Noticias da India V. 6 n. 3

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India Vol. 6 Issue 3

Nova política de concorrência pode reduzir os preços: Moily

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Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília

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Ministro da Defesa A. K. Antony reuniu-se com seu colega brasileiro, Celso Amorim, em Nova Delhi, no dia 6 de fevereiro. Ambos os líderes mantiveram discussões francas sobre questões de cooperação bilateral de defesa e de segurança regional. Em visita oficial à Índia de 4 a 8 fevereiro de 2012, o Ministro Amorim foi homenageado com uma Guarda de Honra de Tri-Serviços. Altos funcionários do Ministério brasileiro da Defesa e das Forças Armadas, incluindo o chefe da Força Aérea, acompanharam o Ministro Amorim e também se reuniram com seus respectivos colegas. Índia e Brasil compartilham preocupações e interesses comuns e possuem uma parceria estratégica. Nelson Jobim, ex Ministro da Defesa, já havia visitado a Índia no período de 10 a 14 de março de 2010.

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m 14 de fevereiro, os países do grupo BASIC — Brasil, África do Sul, Índia e China — protestaram contra a “teimosia” da União Europeia (UE) de continuar com a política de aviação, dizendo que tal medida unilateral colocaria em risco os esforços internacionais para combater as mudanças climáticas. Numa declaração conjunta emitida após a 10 ª reunião do quarteto em Nova Delhi, os países expressaram profunda preocupação e reiteraram sua firme oposição ao regime de comércio de emissões da UE (EU-ETS) que entrou em vigor em 1 de janeiro. A Índia votou contra o EU-ETS, juntamente com os Estados Unidos, China e alguns outros países. De acordo com a medida, as companhias aéreas que utilizam o espaço aéreo da UE terão que pagar uma taxa pelas emissões de carbono que excedem um limite definido. “Os ministros observaram que a ação unilateral da UE, em nome das mudanças climáticas, foi tomada apesar da forte oposição internacional e prejudica gravemente os esforços internacionais no combate às mudanças climáticas,” disse o comunicado. Os ministros reconheceram a ameaça de tais medidas unilaterais consideradas pelos países desenvolvidos em

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nome das mudanças climáticas na área do transporte marítimo internacional. “Vemos isso como uma grave violação da convenção multilateral de mudanças climáticas e outras leis internacionais. Estamos unidos e tomaremos uma ação conjunta para nos opormos a isso," disse o Ministro indiano do Meio Ambiente Jayanthi Natarajan. Xie Zhenhua, Chefe chinês das negociações sobre o clima, declarou: “Seguindo a proposta, a China se aproximou da UE em níveis diferentes, mas a teimosia persistiu. Esperamos poder trabalhar juntos para manter o princípio multilateral e não tomar medidas comerciais unilaterais. “O grupo também discutiu os resultados das negociações sobre as mudanças climáticas em Durban e o rumo a seguir.

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Ministério dos Assuntos Indianos no Exterior lançou um manual para orientar os ‘Casamentos com Indianos no Exterior’, contendo informações sobre as medidas de proteção em favor de mulheres abandonadas por cônjuges NRI (Indianos Não Residentes), recursos legais e autoridades a serem contatadas para a reparação de injustiças. Uma cartilha intitulada “Pensando em casar sua filha com um NRI?” também foi lançada pelo Ministério, destacando as precauções que devem ser tomadas antes de contratar matrimônio. A Comissão Nacional para as Mulheres (NCW), agência de coordenação no nível nacional para lidar com questões relativas a casamentos com NRIs, elaborou uma cartilha intitulada “Problemas relacionados aos casamentos com NRIs — prós e contras". O documento se focaliza nos problemas relacionados com os casamentos dos NRIs e orienta as mulheres que pretendem casar com um NRI ou uma pessoa de origem indiana (PIO). Além disso, um regime foi lançado em 2007 para prestar assistência jurídica/financeira às mulheres indianas abandonadas ou divorciadas no exterior

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por meio das missões diplomáticas e postos consulares indianos. O regime deve estar disponível para as mulheres indianas que foram abandonadas por seus maridos indianos/ estrangeiros no exterior ou que enfrentam um processo de divórcio num país estrangeiro, de acordo com as seguintes condições: O casamento foi celebrado na Índia ou no exterior com um indiano residente no exterior ou um estrangeiro. A esposa foi abandonada na Índia ou no exterior no período de quinze anos de casamento. O processo de divórcio foi iniciado no prazo de quinze anos de casamento pelo esposo indiano/estrangeiro no exterior. Um divórcio ex-parte foi obtido pelo esposo indiano / estrangeiro no exterior dentro de vinte anos de casamento e uma jurisprudência para a manutenção e pensão alimentícia deve ser apresentada pela esposa. O regime não será disponível para mulheres com antecedentes criminais, se a acusação criminal de rapto parental não constituir um bloqueio e se a guarda da criança ainda não tiver sido julgada.


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NOTÍCIAS DA

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o dia 2 de janeiro, o Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh manifestou sua preocupação com a falta de vontade política global para levar à sério a resolução do problema das mudanças climáticas. O Primeiro Ministro indiano afirmou que a Índia vai desempenhar um papel construtivo nas negociações internacionais sobre o clima se for garantido um “acordo justo e equitativo”. Em seu discurso na 12ª Cúpula de Desenvolvimento Sustentável de Delhi (DSDS), realizada na capital indiana, Manmohan Singh disse que havia necessidade de justiça, pois as emissões per capita dos países desenvolvidos eram 10 a 12 vezes superiores às dos países em desenvolvimento. “A Índia vai desempenhar um papel construtivo nas negociações em curso, se for garantido um acordo justo e equitativo”, disse ele. O tema da 12ª edição da cúpula DSDS era a ‘Proteção dos Recursos Comuns: 20 anos após Rio.' Elogiando o progresso realizado nas negociações da ONU sobre as mudanças climáticas em Durban, o Primeiro Ministro indiano declarou: “A 17ª Conferência das Partes (CoP) de Durban registrou um avanço significativo com a adoção do segundo período do compromisso do Protocolo de Quioto.” Ele acrescentou que as negociações sobre o clima deveriam ser baseadas nos princípios do acesso equitativo aos recursos naturais e de responsabilidades comuns, porém diferenciadas. “Durban deve dar prosseguimento ao Plano de Ação de Bali e temos que encontrar uma solução que garanta aos países em desenvolvimento o direito de se desenvolverem”, reafirmou ele. O Primeiro Ministro indiano entregou o prêmio de Liderança de Desenvolvimento Sustentável de 2012 à Presidente da Finlândia, Tarja Halonen. A cúpula DSDS 2012 foi a primeira grande reunião de líderes mundiais antes da Cúpula Rio+20 em 2012. A cúpula que será realizada em junho de 2012 no Brasil marcará os 20 anos da Cúpula da Terra de 1992. Os principais líderes mundiais se reunirão para negociar e elaborar um plano para um futuro sustentável. Os focos desse evento de três dias serão a proteção dos recursos naturais e a avaliação do progresso alcançado na proteção do planeta nas últimas duas décadas. Três chefes de estado — a Presidente finlandesa Tarja Halonen, o Presidente da República de Quiribati, Anote Tong, e o Presidente das Seychelles, James Alix Michel - além de dignitários, prêmios Nobel e ministros de 15 países — participaram do evento.

Segue o texto do discurso do Primeiro Ministro: “É com grande satisfação que me encontro, hoje, aqui na sessão inaugural da Cúpula de Desenvolvimento Sustentável de Delhi. Felicito a Presidente da Finlândia, Tarja Halonen, por receber o cobiçado Prêmio de Liderança de Desenvolvimento Sustentável para 2012. Desejamos-lhe felicidades em seu importante papel de co-presidente do Painel de Alto Nível da ONU sobre Sustentabilidade Global. Este ano marca o 20º aniversário da Cúpula da Terra, realizada em março de 1992 no Rio de Janeiro, que definiu o con-

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País em desenvolvimento com vulnerabilidade séria aos desastres climáticos, a Índia desempenha um papel essencial na elaboração de respostas multilaterais, equitativas, bem-sucedidas e baseadas em regras claras sobre questões relacionadas às mudanças climáticas. Os princípios da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas fornecem a base para a criação de um quadro operacional ceito de sustentabilidade e evidenciou sua importância como parâmetro essencial do desenvolvimento humano. A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992) reafirmou que o direito ao desenvolvimento deve ser exercido de forma equitativa para atender às necessidades das gerações presentes e futuras. Reconheceu que a luta contra a pobreza era um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável. A idéia de sustentabilidade começou como um ideal de desenvolvimento. Com o tempo, tornou-se um importante foco da política, particularmente nos países em desenvolvimento que tentam reconciliar o esforço de desenvolvimento com a necessidade imperiosa de proteger o meioambiente. A poluição do ar, a poluição industrial, o aumento da quantidade de resíduos e a poluição dos rios são problemas que todos enfrentamos. Há também uma crescente percepção de que o desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado por países agindo de forma isolada. A ameaça das mudanças climáticas, causada pelas emissões de gases de efeito estufa, levou o mundo a um ponto crítico em que as ações de todos os países afetam todo o planeta. O desenvolvimento sustentável neste contexto apela à cooperação de ambos os países industrializados e em desenvolvimento. Esta cooperação deve ser baseada no direito ao desenvolvimento e na distribuição equitativa da carga. A necessidade de equidade é realçada pelo fato de que as emissões per capita nos países industrializados são 10 a 12

vezes superiores às dos países em desenvolvimento. Todos sabem que o volume global das emissões no mundo tem que diminuir, mas o que isso implica para as emissões de cada país? Temos de encontrar uma maneira de resolver este problema de uma forma que não privem os países em desenvolvimento do direito a se desenvolverem. País em desenvolvimento com vulnerabilidade séria aos desastres climáticos, a Índia desempenha um papel essencial na elaboração de respostas multilaterais, equitativas, bem-sucedidas e baseadas em regras claras sobre questões relacionadas às mudanças climáticas. Os princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas fornecem a pedra angular para a criação de um quadro operacional baseado nessas respostas. Neste contexto, é preciso reconhecer que, atualmente, parece haver uma falta de vontade política coletiva para resolver esta questão com a seriedade que merece. Precisamos dar um novo impulso às negociações globais para relançar uma ação coletiva e cooperativa na gestão das mudanças climáticas. A 17ª Conferência das Partes em Durban registrou alguns avanços importantes. O acordo em Durban para a adoção do segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto é uma conquista si-gnificativa, porque havia dúvidas se um acordo poderia ser alcançado. Estou satisfeito com a consecução desse acordo. Não podemos progredir nesta difícil área e permitir que sejam desfeitos os compromissos do passado.

Nas negociações subseqüentes, precisamos nos concentrar mais sobre a natureza constitutiva dos acordos — com base nos princípios de equidade e de responsabilidades comuns, porém diferenciadas — do que sobre as formas legais. À medida que avançamos, precisamos progredir nos quatro elementos de ação cooperativa que foram estabelecidos em Bali, ou seja, a mitigação, a adaptação, a transferência de tecnologia e o desenvolvimento e alocação de recursos financeiros e investimentos. As ações em todas essas áreas são prioritárias, como parte de uma resposta coerente e orgânica ao problema das mudanças climáticas. Nesse sentido, a Plataforma de Durban deve dar prosseguimento ao Plano de Ação de Bali. Posso assegurar-lhes que a Índia vai desempenhar um papel construtivo nas negociações em curso e cumprir suas obrigações como parte de um acordo justo e equitativo. Adotamos e aplicamos nossa própria estratégia nacional de mitigação e adaptação. Nosso Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas evolui de forma satisfatória e as oito Missões Nacionais registraram alguns avanços. Esperamos construir uma estratégia forte para o 12° Plano Quinquenal — que será iniciado em abril deste ano — de forma a garantir benefícios significativos para o clima e um crescimento inclusivo sustentável. A segurança alimentar, a segurança energética e a sustentabilidade dos recursos naturais escassos constituem os componentes importantes de nossa estratégia para o desenvolvimento sustentável. Vamos tentar reduzir de 20-25% a intensidade de nossas emissões de carbono até 2020, em relação ao nível de referência registrado em 2005. A Índia é um dos gigantes mundiais da biodiversidade. Nosso saber tradicional é conservado de forma codificada nos antigos textos dos sistemas medicinais indianos e não codificados na tradição oral. Com quatro repositórios mundiais de biodiversidade, a Índia figura na lista das dez nações mais ricas em espécies. Continuação na Página 4


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o dia 26 de janeiro de 2012, foi celebrado o 63º aniversário da República da Índia. É uma das datas mais importantes e um dos três feriados nacionais da nação que já conta com 1,2 bilhão de habitantes. Marca a data em que a Constituição do país substituiu o documento prévio de uma Índia ainda colônia. Enquanto uma parada de dimensões gigantescas ocorreu na capital (Nova Delhi), celebrações paralelas menores aconteceram em diferentes estados e cidades do país. A data assume importância similar nos países em que a Índia possui represen-

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tações diplomáticas. Ela é lembrada com comemorações oficiais. Foi o que aconteceu em Brasília, DF. O Embaixador da Índia no Brasil, sua Excelência B. S. Prakash, proferiu algumas palavras sobre a posição atual da Índia no cenário político-econômico mundial, o enorme progresso positivo das relações bilaterais Brasil-Índia e o harmonioso diálogo das duas nações em vários fóruns temáticos e agrupamentos de países, na presença de convidados, autoridades do governo brasileiro e de outros países representados em Brasília, além de entidades da área cultural e amigos da Embaixada e amigos da Índia, residentes em Brasília. Sua

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4,13 milhões no ano passado — em queda devido ao terremoto — as vendas de veículos no Japão devem atingir 4,51 milhões em 2016. O Japão acumulou 4,87 milhões de veículos vendidos em 2010. As previsões de vendas de IHS no Japão devem chegar a 4,35 milhões em 2020. As vendas de veículos japoneses, incluindo os carros ultra compactos, devem crescer para 5,19 milhões neste ano, devido à retomada da demanda após o terremoto do ano passado. Porém, IHS considera que se trata de uma tendência temporária que não deve inverter a tendência de longo prazo. A Austrália, quinto maior mercado da região Ásia-Pacífico depois da Coreia do Sul, deve ser ultrapassada pela Indonésia em 2017. IHS prevê que Toyota Motor Corp. permaneça o maior fabricante asiático de automóveis, com 5,4 milhões de unidades vendidas em 2020, contra 4,2 milhões no ano passado. Esses dados incluem as vendas de carros ultra compactos da subsidiária Daihatsu Motor Co. Para ler a história completa, acesse: http://online.wsj.com/article/SB1000142405270 2303863404577281040033926770.html?mod= WSJINDIA_hpp_LEFTTopStories

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Excelência a Embaixadora Maria Edileuza, da Divisão da Ásia e Oceania do Ministério brasileiro das Relações Exteriores, discursou no mesmo sentido sobre o empenho de ambos os países em se conhecer mutuamente e cooperar em várias áreas, seja na área cultural, científica ou políticodiplomática. Muitos adidos militares de várias Embaixadas estiveram presentes. Neste ano de 2012 a Presidência da Associação dos Adidos está ao cargo do Adido Militar da Embaixada da Índia, o Coronel Dinesh Kumar Singh. Com certeza sua proatividade será visível em vários outros momentos do ano.

mbora a Índia seja a terra natal dos Hindus, seu maior templo se situa a milhares de quilômetros de distância no Camboja. O administrador de um templo no estado do Bihar decidiu fazer algo a esse respeito — construir uma cópia do complexo de templos do século 12 de Angkor Wat à beira do rio Ganges, perto de Patna, capital do estado localizado no leste da Índia. “O templo Angkor Wat do Bihar será tão grandioso quanto o original e um pouco maior — 68 metros por 68 metros com cinco shikharas (torres) de 68 metros de altura,” disse Kishore Kunal, administrador do templo Mahavir Mandir, em Patna. “A construção do templo será concluída em 10 anos e ele será aberto ao público de fiéis com, no mínimo, uma dúzia de sacerdotes.” De acordo com Kunal, o projeto deve custar cerca de 600 milhões (21 milhões de reais) — a metade para a cons-trução da estrutura e o restante para ornamentos, incluindo esculturas de deuses e deusas. No entanto, a réplica não será rodeada por fossos e não haverá nenhum palácio no conjunto de edifícios. Para ler a história completa, acesse: http://www.guardian.co.uk/world/2012/m ar/07/angkor-wat-replica-bihar-india

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Índia está pronta para ultrapassar o Japão e se tornar o segundo maior mercado automobilístico asiático, depois da China que deve manter a lide-rança na próxima década. Apesar das recentes preocupações em relação à desaceleração econômica chinesa, o país deve acumular 30,68 milhões de veículos vendidos em 2020, registrando um aumento de 74% em relação aos 17,66 milhões de unidades vendidas no ano passado, de acordo com IHS Automotive. A China ultrapassou os Estados Unidos e lidera hoje o mercado automobilístico mundial em termos de vo-lume. O estudo da empresa de pesquisas de mercado analisou as tendências de vendas com exceção dos ônibus e caminhões. As vendas na China subiram para 19,21 milhões de unidades vendidas, ultrapassando as vendas combinadas do mercado europeu, avaliadas em 18,15 milhões de unidades vendidas, de acordo com a empresa sediada em Denver. Na Índia, as vendas devem aumentar e passar de 2,91 milhões no ano passado para 4,88 milhões de veículos em 2016. As vendas devem acumular 6,73 milhões em 2020. Com um crescimento na demanda de

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arecia um lugar improvável para uma história em quadrinhos, no sexto andar de um escritório indefinido, situado no centro de Manhattan. Mas, em 16 de fevereiro, foi uma homenagem a uma cidade vibrante de subculturas que os fãs, incluindo o escritor britânico Hari Kunzry e o DJ Rekha de Basement Bhangra, prestaram no ‘Workshop dos Escritores Á s i a t i c o Americanos’, ao comentar as histórias em quadrinhos Amar Chitra Khata, criadas por Anant Pai, que saiu do anonimato como engenheiro químico e entrou para a história como grande inovador dos quadrinhos. O artista indiano faleceu há cerca de um ano. O painel incluiu os artistas nova-iorquinos de origem indiana Himanshu Suri do trio de rap Das Racist e Keshni Kashyp, autor do ‘romance gráfico’ Tina's Mouth. Pai criou uma série de histórias em quadrinhos depois de assistir a um programa de perguntas e respostas, exibido na televisão pública indiana em 1967, durante o qual a criança candidata

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não foi capaz de responder à questão : “Quem era a mãe de Ram?” Ele queria conectar as crianças indianas com sua própria história e as fantásticas cenas da série de cor sépia dos épicos hindus se tornaram um sucesso quase imediato, vendendo mais de 90 milhões de cópias em todo o mundo. Ele não esperava que seus livros se tornassem uma tábua de salvação para os indo-americanos residentes num país em que praticamente não havia representações de sua própria cultura. “Para uma criança que cresceu em Nova Iorque, era legal ver pessoas parecidas comigo nas histórias em quadrinhos,” disse Suri que considerava as histórias em quadrinhos como uma excentricidade americana até descobrir as histórias em quadrinhos Amar Chitra Khata. “Para mim, era como beber o leite materno,” disse Kashyap. “Cresci com as histórias em quadrinhos desde o início e continuo lendo regularmente.” Para ler a história completa, acesse: http://india.blogs.nytimes.com/2012/02/2 2/taking-inspiration-from-anantpai/?ref=india

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nova política nacional de con- rência é apenas um elemento de um concorrência, que deve ser aprovada junto maior, a política de concorrência pelo conselho dos ministros no nacional,” disse Moily. próximo mês, deve “A política nacional de desencadear uma revoconcorrência foi elabolução financeira no país. rada para impulsionar Essa lei também será a segunda maior revo“excelente” para combalução financeira na ter a inflação, declarou o Índia desde 1991. O Ministro dos Assuntos texto do projeto de Corporativos, M. política de concorVeerappa Moily, em rência foi dis6 de fevereiro. tribuído para “Temos uma lei todos os de concorrência, ministérios que foi promulgae deve da em 2009. Mas não temos uma política nacional de concorrência, o que é muito mais importante. !%!)*(& &) ))+%*&) A lei da &('&( *!,&) ( '' &!#. o n c o r c

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ser aprovado em março pelo conselho dos ministros,” disse Moily. O ministro afirmou que a comissão liderada por Dhanendra Kumar apresentou seu relatório e que duas consultas nacionais foram realizadas com todas as partes interessadas com base no documento. Enfatizando o impacto positivo da política de concorrência nacional na economia, ele disse: “A política nacional de concorrência oferece muitos benefícios, pois todos os monopólios e as forças anticompetitivas terão que ser desmantelados.” Referindo-se aos Estados Unidos, o ministro comentou que por causa da política de concorrência nacional, o preço dos produtos petrolíferos tinha sido reduzido pela metade. “É uma excelente maneira de combater a inflação”, disse Moily. O ministro acrescentou que a política proposta ajudará a reduzir substancialmente os preços dos cereais alimentares. “Os preços podem diminuir sem afetar

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a produtividade das empresas. A política de concorrência não é uma coisa de uma vez só ou uma coisa de um segmento só, mas deslancha muitos efeitos consecutivos. Globalmente, os preços devem cair, especialmente dos cereais alimentares. Em alguns estados do país, há uma abundância de cereais e, em outros estados, há um déficit,” disse Moily. O ministro dos Assuntos Corporativos também disse que o comitê Dhanendra Kumar foi encarregado de propor emendas ao projeto de lei de concorrência à luz da nova política de concorrência. “Já elaboramos e enviamos o novo projeto de lei modificado da concorrência a todos os ministérios, à luz da nova política de concorrência. Quando o conselho dos ministros aprovar a política de concorrência, também vai aprovar as novas alterações da Lei da Concorrência. Esperamos apresentar o projeto na sessão de orçamento do Parlamento", disse Veerappa Moily.

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Continuação da página 2 A Índia foi um dos primeiros países a promulgar uma Lei de Diversidade Biológica abrangente em 2002, concretizando as disposições da Convenção sobre a Diversidade Biológica de 1992. Mas a Índia e o mundo ainda têm um longo caminho pela frente antes de conquistar um sucesso importante no cumprimento dos três objetivos da Convenção, ou seja, a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável de seus componentes e a partilha justa e equitativa dos benefícios. Congratulo-me com a organização da 11ª Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade da (!$ !(& !%!)*(& !% ! %& ( %$& % !% %*( % & & '(4$!& ONU, em Hyderabad, no decorrer 8 ! ( %2 ) %,&#,!$ %*& +)* %*1, #9 0 ( )! %* !%# % ) (" #&% % deste ano. Espero que essa conferên- % / 7'+# ) %,&#,!$ %*& +)* %*1, # # ! , ( !(& !% # %* ( &, (% $ %* # )& ( + %2 ) #!$1*! ) & cia leve a um consenso global e a uma ( )! %* & !( *&( ( # ( +(! !( !* * $ 3$ )*!, ( $ '( ) %* ) ação prospectiva sobre iniciativas importantes como a operacionalização dos mecanismos de acesso e de partilha dos benefí- Verde, no âmbito da Lei Nacional do Tribunal Verde de cios, e mais além, promova a participação das comu- 2010. Esse tribunal visa a resolução rápida e eficaz de nidades na conservação e utilização sustentável dos casos relacionados com a proteção ambiental e a conservação de florestas e outros recursos naturais. A jurisrecursos naturais. Gostaria de compartilhar com vocês uma noticia dição garante o cumprimento de qualquer disposição reconfortante: o número de tigres indianos está aumen- legal em matéria de meio-ambiente, incluindo a tando. O censo dos tigres em 2011 mostrou um aumen- assistência humanitária e indenização por perdas e to de 20% dos números de tigres em relação a 2006. A danos. A Autoridade Nacional da Bacia do Rio Ganges é previsão atual é de 1700 tigres nas florestas indianas, outro exemplo de projeto de inovação institucional descomparado a uma população mundial de 3000 animais. tinado a proteger este rio sagrado. O objetivo da Espero que as lições aprendidas nos últimos anos tamAutoridade é garantir a conservação do rio Ganges e bém ajudem a proteger outras espécies ameaçadas de manter os fluxos ambientais, por uma abordagem extinção. Também me congratulo com o aumento de cerca de abrangente da bacia do rio. Esperamos que o envolvi5% da cobertura florestal indiana de 1997 a 2007, ape- mento de todas as partes interessadas e a nova aborsar da leve queda registrada desde então. Esperamos um dagem produzam resultados positivos. A Declaração do Rio de 1992 estabeleceu 27 princínovo acréscimo com a implementação da Missão Índia Verde, que visa adicionar 5 milhões de hectares à cober- pios constantes para proteger a integridade do meiotura arbórea e 5 milhões de hectares à cobertura flore- ambiente e o desenvolvimento sustentável do planeta. stal. Com o tempo, essas florestas atuarão como sumi- Estes princípios têm resistido ao teste do tempo. Peço a douro que poderá absorver 50-60 milhões de toneladas todas as pessoas hoje aqui reunidas para refletir sobre a de dióxido de carbono anualmente. Isso vai representar importância dada à formação dessa nova e justa parceria mundial, que é o principal objetivo da Declaração do cerca de 6% das emissões anuais da Índia. O governo indiano visa a realização concreta de acor- Rio. Na medida em que ficamos aquém das metas e dos dos e mecanismos institucionais de forma a promover objetivos estabelecidos, é preciso articular nossas ações ações políticas e compromissos das partes interessadas para progredir nos próximos anos. É este o desafio. É com a gestão sustentável dos recursos comuns. também uma grande oportunidade. Com estas palavras, O governo criou recentemente um Tribunal Nacional gostaria de agradecer a todos vocês pela atenção.”

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s investidores estrangeiros aplicam cada vez mais dinheiro no setor indiano de infraestrutura, sobretudo nos segmentos de energia, petróleo e gás, telecomunicações, ferro e aço, graças às perspectivas de bons lucros, revelou um relatório recente. O volume dos empréstimos em moedas estrangeiras (ECBs), que incluem empréstimos bancários, créditos de fornecedores e compradores, obrigações com taxa flutuante e fixa, e empréstimos das instituições financeiras multilaterais do setor privado, tais como a International Finance Corporation, subiu 50% com US$ 36 bilhões em 2011, em relação aos US$ 24 bilhões registrados no ano anterior, de acordo com os dados do Banco Central da Índia (RBI). “Um olhar mais atento revelou que a maior parte dos ECBs foi realizada no setor de infraestrutura, contribuindo para cerca de 80% do total, incluindo os setores de telecomunicações, energia, petróleo, ferro e aço,” afirmou o relatório do grupo PHD Chamber, publicado em 5 de fevereiro. “O forte fluxo de financiamento externo pode ser atribuído aos diferenciais de juros elevados, disponíveis para os recursos externos em relação à Índia, e às grandes oportunidades de desenvolvimento que permanecem inexploradas no setor de infraestrutura do país”. Os empréstimos em moedas estrangeiras são usados pelas empresas dos setores privado e público para ajudar a financiar a expansão das capacidades existentes de produção e realizar novos investimentos. Essas transações aparecem como uma importante fonte de financiamento para o desenvolvimento de setores essenciais da economia indiana, especialmente em caso de conjuntura econômica adversa e de políticas de aperto monetário decorrente de situações inflacionárias. Existe uma tendência crescente entre as empresas indianas que arrecadam fundos de investidores estrangeiros, pois o custo do dinheiro na Índia é significativamente maior do que no mercado internacional. No entanto, se a tendência for confirmada, haverá algumas implicações para o custo do financiamento externo em relação à aversão ao risco nos mercados financeiros internacionais, afirmou o relatório. “A alocação do capital financeiro global no futuro será muito diferente do passado, uma vez que as dívidas públicas das economias avançadas serão maiores”.


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economia indiana deve crescer 7,1% neste exercício fiscal, encerrado em 31 de março, atingindo um nível superior aos 6,9% projetados no início deste mês, anunciou o Conselho Consultivo Econômico (EAC em inglês) do Primeiro Ministro, em 22 de fevereiro. As taxas de crescimento registradas nos setores da agricultura e da construção devem permanecer acima das previsões antecipadas divulgadas no início deste mês pelo Instituto Central de Estatísticas da Índia, declarou o presidente do EAC em 22 de fevereiro. O conselho consultivo avaliou o crescimento agrícola em 3%, comparado aos 2,5% projetados anteriormente. As safras recordes de arroz e trigo decorrentes das boas chuvas das monções e o forte crescimento dos setores da horticultura e da pecuária devem impulsionar o crescimento do setor agrícola que registrou

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uma taxa de expansão de 7% em 2010-11. O setor manufatureiro deve progredir 3,9%, enquanto o segmento da construção deve encerrar este exercício com uma taxa de crescimento de 6,2%. “As atividades de fabricação e construção sofreram uma estagnação nos três primeiros meses de 2011-12. Os dados indicam um avanço no quarto trimestre,” afirmou Rangarajaran.

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O forte crescimento do setor dos serviços deve continuar com uma taxa cumulada de 9,4% neste exercício fiscal (encerrado em 31 de março de 2012). A previsão de crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixo do objetivo orçamentário, estabelecido em cerca de 9%, e do resultado registrado no ano anterior. As altas taxas de juros, a instabilidade

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s empresas automotivas indianas iniciaram o ano 2012 com uma nota positiva, registrando um crescimento durável e constante nas vendas do mês de janeiro. No ano passado, as empresas do setor lutaram para estimular o mercado, numa conjuntura agravada pelas altas taxas de juros e pelo custo elevado do combustível, que afetaram os sentimentos do consumidor e levaram à estagnação das vendas. As vendas de Mahindra and Mahindra (M&M) aumentaram 22% para 44.717 unidades em janeiro contra 36.718 unidades vendidas no mesmo mês de 2011. As vendas domésticas aumentaram 20% para 41.369 unidades no mesmo período, contra 34.601 unidades vendidas em janeiro de 2011. As exportações saltaram 95%, passando de 1.713 unidades em janeiro de 2011 para 3.348 unidades em janeiro de 2012. Tata Motors também apresentou um forte movimento de vendas com um aumento de 16%. Esse número inclui as exportações de 87.465 unidades contra 75.423 no mesmo período de 2011. A empresa declarou que as vendas domésticas neste mesmo mês cresceram 14%, acumulando 80.382 unidades vendidas, contra 70.475 unidades vendidas no mesmo período do ano passado. As vendas para exportações subiram 43%, passando de 4.948 para 7.083

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veículos vendidos em janeiro de 2012. As vendas nacionais de carros e a distribuição dos automóveis da marca Fiat também cresceram 14%, passando de 32.386 unidades para 36.770 unidades em janeiro de 2012. As vendas dos modelos básicos hatchback Tata Nano registraram um aumento de 15%, acumulando 7.723 unidades contra 6.703 em janeiro do ano passado. A empresa Hyundai Motor India, sediada em Chennai, encerrou o mês passado com um aumento de 15,2% das vendas e 49.901 unidades vendidas contra 43.316 unidades no mesmo período de 2011. As vendas nacionais cresceram 11,85% nesse mesmo mês, somando 33.900 unidades vendidas contra 30.306 unidades em janeiro de 2011. As exportações subiram 22,9% com 16.001 unidades vendidas contra 13.010 unidades

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econômica mundial e a incapacidade do governo a implementar grandes reformas para estimular a economia afetaram o ritmo do crescimento. As atividades de investimento desaceleraram e, como consequência, a formação bruta de capital fixo baixou para 29,3%, registrando uma queda de cerca de 4% em relação aos últimos quatro anos, disse Rangarajan, ex-governador do Banco Central da Índia (RBI). No que diz respeito à inflação, o presidente do Conselho Consultivo do Primeiro Ministro afirmou que a previsão era de queda para 6,5% no final deste exercício fiscal. “As pressões inflacionárias diminuíram desde novembro de 2011 e caíram ainda mais em janeiro de 2012. A previsão é de 6,5% no final do mês de março de 2012. A política monetária e as outras medidas adotadas pelo governo parecem ter efeitos positivos,” disse ele.

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no mesmo período de 2011. O líder do mercado de carros de passageiros, Maruti Susuki, registrou um aumento de 5,2% nas vendas do mês passado, acumulando 115.433 veículos neste mesmo mês contra 109.743 unidades vendidas em janeiro de 2011. As exportações dispararam 54,3% para 14.386 veículos contra 9.321 unidades vendidas em *+ & janeiro de 2011. Mas as vendas nacionais sofreram uma estagnação em janeiro, com um aumento de apenas 0,6% para 101.047 automóveis contra 100.422 unidades vendidas no mesmo período do ano passado. O segmento de duas rodas é liderado por Hero MotoCorp, que acumulou 520.272 unidades vendidas, crescendo 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado com 466.524 unidades. A empresa informou um aumento de 17,4% nas vendas no período de abril de 2011 até janeiro de 2012, com 5.183.440 unidades contra 4.414.537 unidades vendidas no mesmo período de 2010-11. O fabricante de duas rodas e três rodas TVS Motor encerrou o mês passado com um aumento de 5% nas vendas, acumulando 173.514 unidades contra 165.152 unidades vendidas em janeiro de 2011.

renda média per capita indiana aumentou 15,6%, atingindo INR 53.331 em 2010-11 contra INR 46.117 no ano anterior, devido às altas taxas de crescimento econômico (8,4%) e de inflação, declarou o Ministério das Estáticas e da Implementação dos Programas, em 31 de janeiro. A renda média per capita ultrapassou pela primeira vez a marca de INR 50.000. Mesmo em termos reais baseados nos preços de 2004-05, a renda per capita aumentou 6,4% em 2010-11 em relação a INR 33.843 registrados no ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) a preços constantes (2004-05) foi avaliado em INR 48,859 bilhões em 2010-11, ou seja, um aumento de 8,4% em relação ao ano anterior com INR 45,076 bilhões. Com uma população de 1,2 bilhão de pessoas, as poupanças domésticas indianas acumularam INR 24.819 bilhões em 2010-11, subindo 32,3% em relação ao ano anterior com INR 21,829 bilhões. As poupanças domésticas aumentaram 33,8% em 2009-10. A formação bruta de capital doméstico, que mede o aumento dos ativos físicos, subiu para mais de INR 26,920 bilhões em 2010-11, a preços constantes, comparado aos INR 23,636 bilhões registrados no ano anterior.

Tartaruga Roofed, a Lebre Híspida, o Langur Dourado e o Javali Anão. “Ajudamos a formar grupos de autoajuda (SHG em inglês), treinando homens e mulheres no processamento de alimentos e nas técnicas de tecelagem,” disse Talukder. “A associação Aranyak também ajudou as pessoas que vivem nas aldeias a comercializar seus produtos,” acrescentou. Além de Mrinali, há 22 mulheres Bodo em seu grupo de auto-ajuda. “Com a

redução de dependência da exploração florestal, esses SHGs ajudam as atividades de preservação ambiental,” disse Talukder. “Atividade comum entre as comunidades Bodo e Adivasi que vivem na periferia do Parque Nacional Manas, a caça para comer foi reduzida,” disse Namita Brahma, pesquisadora na Aranyak. O sucesso desse programa levou Aranyak a introduzir programas similares nas zonas periféricas do Parque Nacional Kaziranga.

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rinali Moshahary nunca imaginou que suas garrafas de geléia de mamão encontrariam um sucesso tão grande na Feira Agrícola Regional do Nordeste 2012, que foi realizada em Khanapara, nos arredores de Guwahati. Deve-se ao trabalho de um grupo de ativistas da biodiversidade que ofereceu meios de subsistências alternativas às pessoas como Mrinali, que vivem em aldeias da periferia do Parque Nacional Manas, no estado de Assam. Aranyak iniciou esse novo projeto há cerca de dois anos e meio para ajudar as pessoas que moram perto do parque nacional a vender seus produtos em

Guwahati, capital do estado de Assam. “O projeto era fornecer meios de subsistências às pessoas das zonas periféricas do parque, com objetivo de reduzir sua dependência da exploração florestal e ajudar a proteger a biodiversidade. Queríamos estimular a participação da comunidade na conservação do Parque Nacional Manas por meio de atividades economicamente auto-suficientes,” disse Bibhuti Prasad Talukder, secretário de Aranyak. Situado no sopé do Himalaia, o Parque Nacional Manas é um projeto do Tiger Reserve e Biosphere Reserve. O parque é conhecido pelas espécies endêmicas ameaçadas de extinção, tais como a


6 NOTÍCIAS Indianas

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NOTÍCIAS DA

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o dia 6 de fevereiro, o governo indiano introduziu um novo projeto de lei abrangente de combate ao tráfico de drogas. “A nova lei promulgada hoje reafirma o firme compromisso do governo indiano e visa superar os desafios colocados pela ameaça das drogas,” declarou o Ministro indiano das Finanças, Pranab Mukherjee, na divulgação do projeto de lei em Nova Delhi. “Essa política evidencia o compromisso da Índia com a responsabilidade decorrente de sua posição estratégica entre duas importantes regiões mundiais de produção de narcóticos ilícitos,” disse ele. Esse projeto tenciona combater a ameaça do consumo de droga e toma providências para o tratamento, a reabilitação e a reintegração social das vítimas do consumo de drogas.

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ma edição especial de Gitanjali, antologia de poemas do prêmio Nobel Rabindranath Tagore, foi publicada em 4 de fevereiro. O Ministro indiano das Finanças, Pranab Mukherjee, apresentou o livro como parte das comemorações do 150° aniversário do nascimento do poeta. A cerimônia foi realizada no prédio da Asiatic Society, fundada em 1784 em Kolkata. “Tenho a honra de divulgar essa edição especial — o primeiro manuscrito da obra de Tagore, que faz parte da Coleção Rothenstein," disse Mukherjee. A coleção pertence à Houghton Library da Universidade de Harvard nos Estados Unidos. O ano de 2012 também marcará os cem anos de Gitanjali.

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crimes, à melhora da saúde pública e à elevação social da sociedade,” declarou o

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anifestando confiança na adoção da nova lei das empresas pelo Parlamento indiano durante a Sessão do Orçamento, o Ministro dos Assuntos Corporativos, Veerappa Moily, declarou em 6 de fevereiro que o governo central não tornará obrigatórios os gastos com Responsabilidade Social Corporativa (CSR). "Estou confiante de que a nova lei das empresas será adotada na sessão do orçamento. A Comissão Parlamentar das Finanças, liderada por Yashwant Sinha, já apresentou um relatório,” disse Moily num evento organizado pela Câmara de Comércio de Calcutá. O novo projeto de lei das empresas foi encaminhado à comissão parlamentar em dezembro do ano passado, após o pedido de um novo exame do projeto pelos partidos de oposição. Essa nova lei visa substituir a Companies Act 1956, introduzindo novas disposições em matéria de CSR, ações nos tribunais e prazo fixo para os administradores independentes. Alguns partidos políticos pressionaram

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o governo para tornar obrigatórios 2% de gastos em CSR para as empresas. Mas Moily afirmou que o governo não era favorável à proposição.

“Há algumas preocupações das corporações em relação à contribuição obrigatória das empresas... mas não somos a favor disso. O cumprimento não é compulsório, mas o relatório é obrigatório,” disse ele. A medida propõe que as grandes empresas destinem 2% do lucro médio de três exercícios consecutivos a projetos de Responsabilidade Social Corporativa. Mas o não cumprimento da norma não resultará em sanções penais, e as empresas deverão apenas mencionar a razão da decisão no relatório anual. Num evento realizado pela Federação das Câmaras Indianas de Comércio e Indústria (FICCI), Moily declarou ter esperança que a nova Lei da Concorrência seja aprovada pelo Conselho dos Ministros, enquanto o projeto de lei ‘National Corporate Governance’ deve ser finalizado “nos próximos seis meses”. As normas de informação financeira internacionais serão reforçadas até 2015 e essas iniciativas fazem parte da segunda geração de reforma econômica, disse ele.

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nquanto emergem movimentos artísticos de vanguarda em países onde a arte é considerada como instrumento de mudança social, as performances artísticas são cada vez mais usadas para reagir, criticar e envolver as pessoas num diálogo estético acerca das questões sociais, por meio de uma combinação de performances, linguagem corporal, músicas, narrativas, debates e arte visual convencional. A arte performativa cria uma ponte entre as pessoas cultas e as pessoas sem cultura escrita, pois o indivíduo que realiza a performance utiliza seu corpo, oferecendo um acesso direto à arte. Isso abre um espaço de debate cultural porque se trata de arte direta. Descobre-se a maneira singular de agir de um artista. É um meio eficaz para apresentar idéias,” disse Roselee Goldberg, historiadora da arte, crítica e precursora da arte performativa. Goldberg, que organiza a bienal de arte performativa ‘Performa’ em Nova Iorque, foi à Índia em busca de artistas para a edição 2013 do festival. Fiquei fascinada pela nova performance artista de Subodh Gupta, intitulada ‘Spirit Eaters’, disse

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Goldberg. A nova coreografia de Gupta é uma representação de uma antiga tradição de festa funerária. A obra recria o ritual de refeição e de pagamento de uma comunidade de sacerdotes brâmanes depois de um luto numa família no interior dos estados de Bihar, Uttar Pradesh e Bengala. O artista retrata tradições ameaçadas de extinção e a hierarquia das castas nas terras centrais do país, por meio dessa arte performativa interativa. Motherland, a nova performance de

Índia

ministério indiano das Finanças. Mukherjee comentou que, de acordo com a nova política, diferentes ministérios e departamentos do governo central e dos governos estaduais terão que colaborar para combater a ameaça. “Hoje, é toda a humanidade que enfrenta de uma forma ou de outra o problema das drogas,” disse ele. De acordo com um relatório das Nações Unidas publicado em 2011, entre 149 e 272 milhões de pessoas, ou seja, 3,3% a 6,1% da população mundial na faixa etária de 15-64 anos, consumiram substâncias ilícitas no ano passado. “Mais alarmante ainda, é o fato que esse número aumentou desde o final dos anos noventa. É claro que a comunidade internacional tem que intensificar a luta contra os desafios do tráfico de drogas ilícitas, e a Índia, que representa um sexto da população mundial, tem uma responsabilidade maior nessa matéria,” disse o Ministro de Finanças, referindose ao relatório das Nações Unidas.

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otável historiadora urbana e autora de vários livros sobre a história e a cultura de Mumbai, Sharada Dwivedi faleceu no dia 6 de fevereiro em Mumbai. Ela tinha 69 anos. “Ela sofreu uma breve indisposição e foi levada ao hospital de manhã,” declarou um membro da família. Dwivedi estava ( -, empenhada em vários projetos de conservação do patrimônio urbano de Mumbai. Também participou do Mumbai Heritage Conservation Committee e fazia parte do comitê executivo do Urban Design Research Institute (UDRI). Escreveu vários livros sobre arte, arquitetura, história urbana, patrimônio e conservação. “Para Sharada, a cidade moderna assegurava as maiores proezas que a civilização humana pode realizar para si mesma,” disse o poeta Ranjit Hoskote, amigo de Dwivedi. Pushpamala N., artista de Bangalore, envolve os espectadores num debate sobre a discriminação entre ho-mens e mulheres na antiga poesia do Karnataka. A peça evoca o uso de narrativas, músicas e arte pela poetisa de língua kannada, Thirumalamba. Pushpamala observa o pós-colonialismo com os olhos de historiadora e feminista. “Os parâmetros da arte estão mudando para transmitir as realidades e as verdades históricas. Em minha nova coreografia, tenciono (* )* descobrir o poder das mulheres na literatura kannada. Utilizo a poetisa com símbolo de Mother India e falo sobre a servidão do intelecto feminino numa sociedade dominada pelos homens,” disse Pushpamala. Amal Allam, eminente presidente da National School of Drama, explica: “o teatro é uma combinação de todas as artes, mas a performance é apenas uma parte dele. A arte tem uma noção limitada de identidade em suas formas convencionais. Não pode florescer no isolamento artístico.”


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TENDÊNCIAS Indianas 7

Índia

ara a geração que aprendeu a articular os pensamentos com 140 caracteres e conhece smartphones e tabs, os livros didáticos eletrônicos são apenas o próximo passo. Mas, antes, alguns problemas de infraestrutura precisam ser resolvidos para que haja uma revolução na educação na Índia, segundo especialistas. Recentemente Apple, o gigante da tecnologia, lançou um software para livros digitais que ocasionou, globalmente, um surpreendente número de 350.000 downloads de arquivos nos três primeiros dias. Os especialistas em teoria da educação concordam que os livros digitais são a chave para o futuro da educação. “Livros eletrônicos têm a chave para o futuro, pois a próxima geração é especialista em tecnologia. É a era dos computadores, as árvores serão salvas e as crianças não precisam carregar mochilas pesadas,” disse Madhulika Singh, diretora da Escola Internacional Tagore, Delhi. Mas ela também expressou preocupação com a escassez de recursos. “Hoje há deficiências que devem ser superadas a longo prazo. Para colher os benefícios reais de livros didáticos eletrônicos, temos de presumir que toda criança tem acesso a um computador e à internet ... muitas reformas estruturais são necessárias,” acrescentou. Há, no entanto, muito entusiasmo sobre a facilidade de disponibilidade e outras características de um livro digitalizado. “Minha filha de oito anos passa tanto

tempo no computador que é difícil encontrar tempo para a leitura. Mas, ao mesmo tempo, a leitura on-line é algo que ela faz de bom grado,” diz Neelam Tripathi, uma profissional de software em Gurgaon, cidade-satélite de Nova Delhi.

“Acredito que um livro didático eletrônico possa ajudar a motivar as crianças a estudar,” diz ela. Livros didáticos eletrônicos são a base para a e-sala de aula. A vantagem em relação aos métodos tradicionais de ensino inclui animações e ilustrações que não são possíveis nos livros didáticos comuns. Além da capacidade de realizar o programa de um ano inteiro na palma da mão, os livros didáticos eletrônicos oferecem a oportunidade de aprender com diversas mídias — texto, vídeo e áudio. Mesmo com um mercado indiano limita-

do de livros digitais, os livreiros consideram-no como sendo o futuro. “Livros didáticos eletrônicos são uma seqüência natural para a tendência atual da educação digital que vem sendo introduzida nas salas de aula em toda a Índia e que tornam os alunos familiarizados com a mídia digital,” diz

Soumya Banerjee, fundadora da Attano que oferece serviços educacionais de multimídia. “Livros didáticos eletrônicos também possuem características de avaliação, como testes e provas, inseridos no próprio livro que possibilitam registrar imediatamente o desempenho do aluno,” diz ela. Fundada em 2009, Attano criou livros eletrônicos na Índia, convertendo os livros didáticos simples em livros interativos com diagramas e imagens correspondentes. Agora a empresa disponibiliza livros didáticos eletrônicos a partir do nível primário até o último ano do

ensino secundário. “Os livros são de fácil utilização, até mesmo por crianças de seis anos de idade,” diz Banerjee. “Estamos nos focalizando em compradores individuais, os mesmos que compram exemplares de um livro didático nas livrarias.” “Os livros digitalizados elaboram conceitos, por exemplo, se o capítulo tiver que explicar o funcionamento do coração, estes livros provêem um esquema digitalizado, tornando mais fácil a compreensão infantil. Atualmente, a maioria dos livros eletrônicos são textos simples sem elementos interativos (em grande parte elaborados para atender a ficção). Os livros didáticos são diferentes, pois possuem texto, imagens, tabelas e referências. Estamos ultrapassando os limites para torná-los mais interativos — integrando áudio, vídeo, testes e fontes de conhecimento como dicionários e wikipedia,” disse Banerjee. O Conselho Central de Ensino Secundário oficial (CBSE) disse que mesmo se a medida for adotada pelo conselho, seria prematuro comentar sobre isso. “Livros digitais são interativos.. As crianças gostam de estudar e também aprender com eles,” diz ele. Segundo a Internet World Stats, site internacional que registra o uso mundial da internet, a Índia ocupa o terceiro lugar na utilização da Internet com quase 100 milhões de usuários, compreendendo 8,4% da população da Índia e 4,7% de usuários no mundo.


8 Viagem & TURISMO

NOTÍCIAS DA

Índia

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ntigamente, Zaina Kadal era o lugar mais famoso da cidade de Srinagar, na Caxemira, onde prosperava o comércio de atacadistas e multidões convergiam para visitar os santuários nas proximidades. Os mais idosos ainda se lembram do burburinho das ruas de Zaina Kadal. Conectando o antigo bairro de Bohri Kadal com Nawab Bazaar, a ponte Zaina Kadal é uma das sete pontes mais antigas, construídas sobre o rio Jhelum, e resgata a história da velha Srinagar. Construída no ano de 1427 pelo sultão Zainul Abidin, conhecido como ‘Budshah’, a ponte tem 90 metros de comprimento e fornece uma bela vista da antiga e incomparável cidade. Nas três últimas décadas, Lal Chowk tornou-se o novo mercado central na zona residencial de Srinagar, ofuscando o antigo comércio de Zaina Kadal. Mesmo assim, Zaina Kadal permanece importante, pois é o ponto de partida para a visita dos santuários muçulmanos na cidade antiga. Logo ao atravessar a ponte, podemos

avistar a Mesquita de Shahi-Hamdan, e se chegarmos na hora certa, será possível ouvir o canto do muezim, da torre da mesquita, chamando os fiéis para as cinco orações cotidianas. Verdadeiro deleite para os amantes da natureza, a brisa fresca que sopra no rio Jhelum, associada à magnífica vista das mesquitas e dos monumentos históricos presentes em cada lado da ponte, pode transportar os visitantes para uma cápsula do tempo. A bela vista da torre do Templo de Ram, da tumba da mãe de Budshah e das antigas escadarias de Gadiyar Ghat e Baadshah Ghat contribuem para a beleza do lugar. Referindo-se à importância dos ghats há cerca de 50 anos, Muhammad Shafi, um residente local, disse: “Aqui nesses ghats, era feito o transporte de mercadorias para Khanabal, no sul da Caxemira, ou para Khadinyar no norte da Caxemira.” A ponte de Zaina Kadal era o principal ponto do comércio atacadista em Srinagar. Em ambos os lados da ponte, o mercado se caracterizava por cabanas de madeira onde eram vendidas roupas, especiarias, peixes secos e cereais.

O mercado perdeu seus clientes, pois muitos moradores se mudaram para bairros residenciais como Rajbagh, Lal Bazaar, Pir Bagh, Hyderpora e Bemina. A antiga ponte, bem como a nova construída nas proximidades há cinco anos, possui um design cantiléver. Como muitos outros presentes oferecidos por Budshah à população, a ponte deveria ser “tão importante quanto a vida”. Ela foi construída depois que um médico Pandit curou-o de uma doença muito grave. O médico Shri Bhat tratou o Sultão e, em troca, o rei perguntou-lhe o que queria de mais precioso. Shri Bhat disse que queria um presente “tão precioso quanto a vida”. Impressionado por sua humildade, Budshah construiu a ponte e fez muitas outras ações filantrópicas. Budshah também manteve relações amistosas com os hindus — o que permite entrever o profundo ethos secular da Caxemira. Elogiando a antiga ponte, ainda hoje utilizada por muitos veículos, Zareef Ahmad Zareef, famoso poeta do Vale da Caxemira, acrescentou: “Ao construir a ponte, a competência dos engenheiros de

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Budshah foi espetacular. Esta ponte tem resistido ao desgaste por mais de 500 anos. Devemos preservá-la a qualquer custo." Zareef lançou uma campanha para a preservação da ponte, assim como de muitos outros monumentos históricos na velha Srinagar. Relembrando a antiga glória de Zaina Kadal, Ghulam Muhammad Wani, com 80 anos, residente na velha Srinagar, disse: “Antigamente, Zaina Kadal era o centro do comércio de Srinagar e os bairros elegantes que existem hoje, eram vilarejos onde as pessoas faziam piqueniques.” Em 2011, houve especulações de que a velha ponte seria demolida. No entanto, o governo decidiu preservá-la. “É uma ponte histórica que ilustra os conhecimentos de engenharia de nosso povo. A ponte deve ser preservada como patrimônio nacional,” disse Z.G. Muhammad, conhecido escritor de Srinagar. Embora muitas pessoas tenham deixado de frequentar o bairro de Zaina Kadal, ele ainda mantém um pouco da magia de outrora quando foi denominado “tão importante quanto a vida”. — Jamsheed Rasool

Declaração de Exoneração de Responsabilidade: Noticias da Índia reúne conteúdos de fontes diversas e as visões expressas em entrevistas e artigos publicados não representam necessariamente as visões da Embaixada ou do Governo da Índia. Printed and Published by Embassy of India, SHIS QL 08, Conj. 08, Casa 01, Lago Sul, Brasilia-DF 71620-285, Brazil Impresso e publicado pela Embaixada da Índia, SHIS QL 08, Conj. 08, Casa 01, Lago Sul, Brasília-DF 71620-285, Brasil


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