N O T Í C I A S
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India Vol. 5 Número 24
Projeto de lei sobre segurança alimentar no parlamento P4
Uma Publicação da Embaixada da Índia, Brasília
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o saudar a nação na véspera do Ano Novo, o Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh desejou que, no Ano Novo, os cidadãos possam trabalhar em conjunto com uma nova determinação para fazer do país um lugar melhor para se viver. “Devemos tratar as novas preocupações que têm surgido, permanecendo firmes em nosso compromisso de colocar a nação no caminho de um desenvolvimento que assegure um crescimento rápido, inclusivo e sustentável,” disse ele.
Segue o texto da mensagem do Primeiro Ministro à nação nesta ocasião: “Desejo a todos um Ano Novo pacífico, produtivo e seguro. O primeiro dia do ano é sempre um dia de resoluções. Cada um de nós toma suas próprias resoluções — viver uma vida mais saudável, viver uma vida mais honesta, viver uma vida melhor e viver uma vida mais feliz. Espero, sinceramente, que no Ano Novo, todos nós possamos trabalhar em conjunto com uma nova determinação: fazer de nossas casas e vizinhança, nosso vilarejo ou cidade, e de nossa nação um lugar melhor para se viver. Se cada um de nós trabalharmos para esse fim, podemos estar certos de que também estaremos fazendo do mundo um lugar melhor e mais seguro. O ano que acaba de terminar foi um ano muito difícil para todo o mundo. As crises econômicas, tensões socioeconômicas, revoltas políticas em muitos países em desenvolvimento e impasses políticos em alguns dos países desenvolvidos, tudo isso lançou uma sombra em 2011. Uma ‘revolução de expectativas crescentes’, promovida pelo alcance extraordinário da mídia eletrônica e da conectividade proporcionadas pelas novas plataformas das redes sociais, manteve em estado de alerta os governos em todo o mundo. Nós, na Índia, tivemos nossa parcela de problemas. A economia indiana desacelerou e a inflação aumentou. A preocupação com a corrupção se tornou central. Não devemos ficar desanimados por causa desses eventos. Todos os países e economias passam por ciclos. Devemos lembrar que as crises são seguidas por períodos de retomada. Na verdade, elas são muitas vezes um teste de nossa capacidade para responder a novos desafios. A tarefa diante de nós é clara. Devemos tratar as novas preocupações que têm surgido, permanecendo firmes em nosso compromisso de colocar a nação no caminho de um
desenvolvimento que assegure um crescimento rápido, inclusivo e sustentável. Quero assegurar a todos vocês no dia do Ano Novo que eu, pessoalmente, vou trabalhar para garantir um governo honesto e eficiente, uma economia mais produtiva, competitiva e robusta e uma ordem social e política mais justa e equitativa. Acredito que temos realizado mais progressos do que geralmente se percebe. Estou muito satisfeito que o governo tenha sido capaz de apresentar, no parlamento, o projeto de lei sobre a segurança alimentar e o projeto de lei Lok Pal e Lok Ayukta. O projeto de lei Lok Pal e Lok Ayukta foi aprovado pela Lok Sabha. É lamentável que o projeto de lei não tenha sido aprovado pela Rajya Sabha. No entanto, nosso governo está comprometido com a promulgação de uma lei Lok Pal eficaz. Juntamente com a Lei do Direito à Informação, a Lei Nacional de Garantia de Emprego Rural e a Lei do Direito à Educação, estes são os legados legislativos que gerações inteiras de indianos serão capazes de valorizar, apreciar e se beneficiar.
ATMs solares estimulam revolução rural
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No dia do Ano Novo não desejo me deter sobre o ano que passou. Em vez disso, gostaria de me concentrar nos desafios do futuro, para que possamos trabalhar todos juntos para superá-los. Hoje, nosso maior desafio é banir a pobreza, a ignorância e a doença. Ao mesmo tempo, devemos trabalhar para construir uma Índia que mantenha a promessa de prosperidade para os milhões de habitantes de nossa nação que começam, apenas agora, a emergir da pobreza. Devemos manter o foco nesta tarefa fundamental no 12º Plano que começa em 2012-13. No futuro, nossa nação tem de enfrentar cinco principais desafios. Para enfrentar esses desafios, precisamos de um esforço concertado do governo central, junto com os governos estaduais, partidos políticos e, de fato, todos os cidadãos interessados. Primeiro, há o desafio urgente de erradicar a pobreza, a fome e o analfabetismo e proporcionar empregos remunerados para todos. Eu chamo este desafio de segurança do sustento. Temos que dar muitos passos para enfrentar este desafio e o mais importante é dar educação a todos os cidadãos. Digo isto com a mais profunda convicção, porque sei o que a educação fez por mim. Nasci numa família modesta, numa cidadezinha sem um médico ou um professor, sem hospitais, sem escola, sem eletricidade. Tinha que andar quilômetros todos os dias para ir à escola, mas perseverei e tive a sorte de ser capaz de concluir o ensino médio e depois cursar o ensino superior. Foi o acesso à educação que transformou minha vida e me deu novas oportunidades com as quais não poderia sonhar por causa de minha origens. Acredito que nossa primeira e principal tarefa é de educar nossas crianças, proporcionando-lhes competências profissionais e garantindo-lhes uma vida com saúde. Não há melhor investimento que podemos fazer no futuro — o futuro de nossos filhos, de nossas famílias, de nossas comunidades e de nossa nação. Juntamente com a educação e cuidados de saúde acessíveis, devemos gerar um processo de crescimento que possa oferecer empregos remunerados a todos. Esta é a única maneira de acabar com a pobreza de forma sustentável. Entretanto, visto que levará um certo tempo para que muitos elementos desta estratégia frutifiquem, devemos prestar atenção urgente às necessidades daqueles que precisam de um apoio imediato. É por esta razão que o governo tem tomado medidas para garantir emprego e acesso a alimentos aos mais necessitados. Continuação na Página 2
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internacionalmente aclamado coreógrafo brasileiro Alexandre Magno, que foi contratado para treinar candidatos na terceira temporada do popular reality show da Zee TV, ‘Dance India Dance’, diz que admira a antiga e rica cultura da Índia. “Valorizo a Índia por sua antiga e rica cultura. Há uma imensa variedade de tradições. É fascinante para um artista. Estou impressionado com a beleza, bem como com a grande oportunidade de aprender,” disse Magno.
“Já tinha vindo a Delhi no início deste ano e levei comigo uma imagem do deus Shiva e da deusa Saraswati, ambos decoram as paredes do meu estúdio em Los Angeles,” acrescentou. O coreógrafo brasileiro tem 25 anos de experiência no show business e trabalhou com celebridades como Michael Jackson, Madonna, Pussycat Dolls e Britney Spears, entre outras. Ele também recebeu um Academy Award com “Dancing With The Stars”. Magno está agora treinando os partici-
pantes do “Dance India Dance” e não pára de fazer elogios a eles. “O tipo de talento que aparece no programa é fenomenal! Virou moda no exterior,” disse Magno. “Os candidatos do programa têm, com certeza, o potencial para provar que nasceram para dançar... Eles me lembram do meu início quando tive que lutar para provar que era um bom dançarino e costumava viajar mais de cinco horas por dia para aprender diferentes formas de dança,” acrescentou.
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Continuação da Página 1 Acredito que as iniciativas que temos tomado, investindo em educação e saúde, fornecem uma garantia de emprego e também garantem a segurança alimentar, constituindo uma sólida resposta para o desafio de oferecer maior segurança para o sustento de nossa população. O segundo desafio que exige a nossa atenção é a segurança econômica. A segurança econômica se manifesta quando a economia pode produzir bens necessários para atingir os níveis de consumo desejado pelo povo e gerar empregos produtivos visando satisfazer as aspirações dos trabalhadores. Para chegar a este nível, teremos de assegurar um crescimento rápido acompanhado pela criação de empregos adequados. Um crescimento rápido também é necessário para gerar as receitas que precisamos para financiar os programas de segurança do sustento. O processo de reformas econômicas foi iniciado em meados dos anos oitenta e continuou na década de 90 justamente para acelerar o potencial de crescimento. Graças a nosso sistema democrático, as reformas foram introduzidas gradualmente no início, visando ganhar amplo apoio. É evidente que conseguimos este objetivo pelo fato de que os governos sucessivos de diferentes coalizões políticas no centro, e muitos governos pertencentes a diferentes partidos políticos nos estados, têm prosseguido na mesma direção. No entanto, este ritmo gradual também fez com que os efeitos das reformas tenham levado um certo tempo para serem ressentidos. Mesmo assim, os frutos desse esforço têm sido amplamente evidentes no últimos anos. A taxa média de crescimento da economia foi de cerca de 4% ao ano, antes da década de 80. Desde 2004, ela aumentou com uma média de cerca de 8%. Embora tenhamos todos os motivos para ficarmos satisfeitos com este desempenho, seria errado concluir que a Índia agora se encontra num processo de crescimento rápido e inabalável. Nosso potencial de crescimento está de fato estabelecido. Porém, há muitos desafios que temos de enfrentar se quisermos manter este crescimento nos próximos anos, como de fato devemos. Para alcançar um rápido crescimento sustentado, precisamos fazer mais do que interromper a atual desaceleração que, certamente, consiste num primeiro passo. Precisamos inaugurar uma segunda revolução agrícola suficiente para garantir o crescimento da renda rural. Precisamos também inaugurar várias reformas necessárias para desencadear uma rápida industrialização e construir uma infra-estrutura que requer tal industrialização. O rápido crescimento também trará mudanças estruturais, principalmente na taxa de urbanização. Nossa população urbana deve crescer e passar dos 380 milhões atuais para 600 milhões até 2030. Devemos ser capazes de fornecer empregos produtivos no setor não-agrícola para esta população urbana em plena expansão e também ampliar a infra-estrutura urbana para lidar com a população em questão. Em 1991, quando a economia se libertou da autoridade que controlava as licenças da época do império britânico (Raj), nosso principal objetivo foi de libertar a criatividade de cada um dos cidadãos do peso morto da burocracia e da corrupção. A juventude de hoje, nascida na década de 1980 e mais tarde, não teria a lembrança do tipo de corrupção e do regime de controles e autorizações que haviam sido criados. Para conseguir uma passagem de trem ou instalar um telefone, era necessário subornar alguém. Para comprar uma lambreta, era preciso subornar alguém para poder pular a fila! Todavia, mesmo com toda a energia criativa de nossa população e o desaparecimento das velhas formas de corrupção, surgiram novas formas de corrupção que precisam ser enfrentadas. A eliminação da corrupção é fundamental para apoiar o autêntico empreendedorismo. É também o que deseja o cidadão comum que encontra demasiada corrupção no contato diário com as autoridades. Isto é um problema grave que exige uma resposta multidimensional. Novas instituições, como o Lokpal e o Lokayuktas, são uma parte importante da solução e iniciamos o processo para estabelecê-las. Mas esta é apenas uma parte da solução. Precisamos também reformar os sistemas do
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governo a fim de aumentar a transparência e minimizar o poder discricionário, de forma a reduzir o escopo do desgoverno. Já demos vários passos nesse sentido. Apresentamos no parlamento um projeto de lei sobre a carta de direitos do cidadão que deve capacitar a população a exigir seus direitos e serviços adequados nas repartições públicas. Introduzimos um projeto de lei de responsabilidade judicial. Essas iniciativas levarão tempo para serem implementadas e devemos, portanto, ter paciência. Mas acredito que são iniciativas de transformação e que serão reconhecidas como tal dentro de alguns anos. Um elemento crítico para garantir a segurança econômica e a prosperidade é a necessidade de estabilidade fiscal. No passado, a Índia pagou um preço muito alto pela corrupção fiscal. Muitos de nós se lembram dos dias sombrios de 1990-91, quando tivemos que implorar a ajuda do mundo inteiro. Felizmente, fomos capazes de superar o problema rapidamente e, nas últi-
Devemos lembrar que as mudanças são necessárias para o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, devemos antecipá-las, até mesmo protegendo os mais vulneráveis de seus efeitos nocivos, e não nos fecharmos a uma recusa cega de empreender tais mudanças. mas duas décadas, fomos capazes de manter nossas cabeças erguidas, porque conseguimos administrar bem nossos recursos fiscais. Temos de garantir que o país não tome novamente este rumo. Estou preocupado com a estabilidade fiscal no futuro, porque o déficit fiscal se agravou muito nos últimos três anos. Isto aconteceu principalmente porque tomamos uma decisão consciente, permitindo um déficit orçamental mais elevado em 2009-10, a fim de combater a desaceleração global. Essa foi a política correta na época. Porém, como outros países que recorreram à esta estratégia, esgotamos o espaço fiscal e devemos retomar o processo de consolidação orçamental. Isto é importante para garantir que o processo de crescimento não fique comprometido e, também para que a soberania nacional e o respeito próprio não sejam ameaçados. O passo mais importante para restaurar a estabilidade fiscal no médio prazo é o imposto sobre bens e serviços. Isso vai modernizar o sistema de tributação indireta, aumentar a eficiência econômica e também o total das receitas. Outro passo importante é a redução gradual dos subsídios. Alguns subsídios, como subsídios alimentares, podem ser justificados por razões sociais e devem aumentar quando o projeto de lei de segurança alimentar se tornar operacional. Mas há outros subsídios que devem ser reduzidos. Algumas das reformas necessárias para a segurança econômica são alvo de controvérsias e causam um certo
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nervosismo. Isso é compreensível, mas devemos aprender com a experiência adquirida nas reformas passadas. O que admitimos como certo hoje, causou o mesmo tipo de polêmica vinte anos atrás. Devemos lembrar que as mudanças são necessárias para o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, devemos antecipá-las, até mesmo protegendo de seus efeitos nocivos os mais vulneráveis, e não nos fecharmos a uma recusa cega de empreender tais mudanças. Se tivermos confiança em nós mesmos, seremos capazes de enfrentar qualquer desafio. O terceiro desafio que enfrentamos é o desafio da segurança energética. A energia é essencial para o desenvolvimento porque os níveis mais elevados de produção inevitavelmente envolvem um maior uso de energia. Nossos níveis de energia per capita são tão baixos que precisamos, e devemos planejar, um crescimento substancial de disponibilidade energética. O desafio da segurança energética é particularmente grande na Índia, porque estamos tentando desenvolver um ambiente em que os recursos energéticos nacionais são limitados e porque o mundo transita num período em que a energia tende a ser escassa e os preços elevados. Como primeiro passo, temos de garantir uma utilização eficaz de todos os recursos energéticos disponíveis do país. Infelizmente, nossa tentativa de explorar antigas e novas fontes de energia está sendo ameaçada por uma série de problemas. Seja com energia hidroelétrica, carvão, petróleo ou nuclear, encontramos novos desafios que precisam ser superados para desenvolver o máximo possível esses recursos. Devemos reexaminar todas as restrições nacionais de tal desenvolvimento para ver como podem ser superadas. O programa nacional de segurança energética é muito claro. Precisamos de novos investimentos em fontes de energia estabelecidas como carvão, petróleo, gás, hidroelétrica e nuclear. Precisamos também de investimentos em novas fontes de energia como solar e eólica. Paralelamente à expansão da oferta interna, precisamos promover a eficiência energética para conter o aumento da energia associada com o rápido crescimento. Para atingir a eficiência energética e os objetivos de expansão de novos investimentos, é preciso uma política de preços mais racional, alinhando os preços de energia na Índia com os preços globais. Isso não pode ser feito imediatamente, mas precisamos traçar um programa gradativo para tal ajuste e, em seguida, trabalhar para desenvolver o suporte necessário à transição. Sei que isso não será fácil, mas sem alcançar essa transição, não seremos capazes de promover a eficiência energética, tanto quanto deveríamos, e certamente não seremos capazes de atrair investimentos suficientes para ampliar o abastecimento energético no país. A segurança energética também tem uma dimensão global. Mesmo com os melhores esforços nacionais, deve aumentar nossa dependência na energia importada. Precisamos garantir o acesso ao fornecimento de energia importada e também o acesso a novas tecnologias energéticas relacionadas. Isso significa que precisamos de políticas sensíveis, a fim de promover a parceria econômica com os países que têm recursos energéticos e tecnologias. Também precisamos de uma política ativa pro exterior, protegendo o acesso a tais recursos e à tecnologia estrangeira. Um quarto desafio importante que enfrentaremos nos próximos anos é o desafio da segurança ecológica. O crescimento econômico é essencial para o bem estar da nação, mas não podemos permitir que o crescimento continue de uma forma que prejudique o meio-ambiente. Devemos garantir às gerações futuras que o meioambiente, que herdarão de nós, será capaz de proporcionar-lhes uma segurança econômica como a que herdamos de nossos pais. Não podemos permitir que as águas dos rios sejam poluídas por esgotos e efluentes não tratados. No entanto, isso está acontecendo atualmente, porque há uma regulamentação fraca e falta de fiscalização na indústria e nas cidades. Da mesma forma, não podemos permitir que a poluição do ar continue a propagar doenças respiratórias que impõem um fardo pesado a um grande número de pessoas, especialmente a população mais pobre. Continuação na Página 4
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etomamos nesta edição a coluna dedicada aos artistas brasileiros (ou residentes no Brasil) que tocam, cantam, dançam, pintam, escrevem – de alguma forma se relacionam cultural e artisticamente com esse riquíssimo e fascinante país que é a Índia. Desta vez, partilhamos o relato que nos chega do Espírito Santo, onde, em Vila Velha, teve lugar, com o apoio da Embaixada da Índia, o festival indiano “Universo Índia”. Reuniu, no início do mês de dezembro de 2011, pela primeira vez, duas grandes representantes da dança clássica indiana no Brasil. Sons de guizos, cheiro de incenso pairando no ar, rangolis coloridos enfeitados pelas calçadas e Vila Velha estava convidada a entrar no clima indiano. No espaço ‘Marzen’ se reuniram algumas famílias de origem indiana que, juntamente com o público, aproveitaram a noite de entretenimento, se transportando para a Índia por algumas horas. O referido festival, fundado em 2009 por Ana Paiva, única representante da dança
dades como massagem indiana e aplicação de henna. O evento recebeu ainda a primeira mostra de filmes indianos ‘Cineclube Bollywood do Espírito Santo’, com filmes como “Love Aaj Kal”, que tem como atriz a capixaba Giselli modelo da Monteiro, cidade de São Mateus que hoje faz sucesso como atriz de cinema indiana no Espírito Santo, e Rafael Bini, proprietário do espaço, tem como objetivo disseminar a cultura indiana, o entretenimento e o bem-estar do público, apresentando diferentes aspectos da cultura milenar da Índia, como yoga, dança, música, literatura, astrologia védica, medicina ayurvédica, culinária típica, cinema e teatro. Incluiu palestras, workshops, apresentações de música e dança indianas, e ativi-
na Índia. Nesta edição, as apresentações de dança indiana foram reforçadas: o encontro reuniu pela primeira vez no Estado dois grandes nomes das danças clássicas indianas, Ana Paiva e Krishna Sharana. Ana Paiva, residente no Estado e professora de turmas regulares no Espírito Santo e em Brasília, apresentou com graça o estilo Kuchipudi e, juntamente com seu grupo, levou o público a dançar Bollywood, trans-
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ek Chand tornou-se um inspetor das estradas em Chandigarh há seis décadas, quando a única cidade planejada da Índia, um sonho geométrico de linhas claras e edifícios modernistas, projetados em parte pelo arquiteto francês Le Corbusier, começou a tomar forma. Um dia, usando seu acesso aos mapas da cidade, Chand avistou um terreno florestal fora da zona que havia sido programada para o desenvolvimento. Ele começou a criar um país das maravilhas, um pouco de beleza caótica na impecável Chandigarh. Em sua frágil bicicleta, ele percorria a floresta, depois do expediente, em busca de pedras, pedaços de concreto e arame descartado. Durante seis meses, ele não contou nem mesmo a sua esposa que estava laboriosamente criando um jardim de rochas surreal, povoado de mosaicos em forma de animais, deuses indianos, pássaros, figuras feitas com bules quebrados em lugar de chapéus, bêbados tontos segurando garrafas quebradas. Ao longo dos próximos 18 anos, ele criou um retiro de arte popular com ecos de Antoni Gaudí, o autor da catedral da Sagrada Família, em Barcelona, e Simon Rodia de Watts Towers, em Los Angeles, uma fantasia feita com barras de aço. Ele diz que não foi uma inspiração qualquer — foi um projeto dos deuses. “Era apenas um hobby,” disse ele. “Não pensei que um dia mostraria a alguém.”
Mas, desde então, o dom para transformar lixo em tesouro, do funcionário indiano de baixo escalão, tem encantado milhões dos visitantes no Nek Chand Rock Garden, um mundo de fantasia onde se entra pagando 30 centavos numa janela pequenina e, em seguida, atravessando
uma pequena porta. “Foi um pouco difícil trazer estas coisas da montanha,” disse ele, hoje com 85 anos, cabelos grisalhos, rosto enrugado e orelhas alongadas. “Mas gosto muito de tarefas complicadas.” A relutância de Chand em jogar coisas no lixo torna-se evidente em seu escritório, repleto de jornais velhos, caixas de tecido e frascos de medicamentos. Esse instinto de reciclagem, muito antes de entrar na moda, lhe foi muito útil, pois propulsou o artista para o palco da arte global. Mas Chand não estava pensando em nenhuma glória há 60 anos, quando ajudava a construir Chandigarh durante o dia e, com obstinação, reciclava lixo durante a noite, elaboração assim sua “cidade dos deuses e deusas”. Consciente de que poderia ser demitido do emprego, e até mesmo processado por uso indevido de terras do governo, ele escondeu seu mundo de fantasia atrás de 55 tonéis enferrujados cuja inscrição, dizendo
que pertenciam ao “Departamento de Obras Públicas”, dava uma falsa ilusão de funcionalismo. No início dos anos 70, com medo de ser descoberto, ele se aproximou do arquitetochefe de Chandigarh para solicitar seu apoio. Sempre ocupado com o plano piloto de Le Corbusier, M. N. Sharma ignorou as ideias de Chand. Mas o humilde inspetor rodoviário persistiu. Eventualmente, Sharma concordou em acompanhar o funcionário que apareceu em sua porta. Chand levou Sharma para a floresta e mostrou a ele como parte da parede com 55 tonéis poderia ser erguida quase sem esforço usando um contrapeso de madeira, permitindo-lhe passar pelo que parecia ser uma barreira impenetrável. Tendo aguçado a curiosidade de Sharma, Chand mostroulhe uma pequena piscina que tinha construído com pedras cuidadosamente arredondadas e centenas de figuras estranhamente belas. “Fiquei muito emocionado,” disse Sharma. “Era uma pequena terra da fantasia num território proibido.” Acreditando que os responsáveis iriam rapidamente destruir a “pilha de lixo” em meio às obras de Le Corbusier, Sharma aconselhou discrição até a chegada de uma administração mais aberta na cidade. Para ler a história completa, acesse: http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg-india-rock-garden20111206,0,5170524.story?page=1
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formando a noite em uma verdadeira festa. Já Krishna, convidada do Rio Grande do Sul, trouxe, através da precisão dos seus movimentos e da riqueza das histórias contadas, o estilo de dança Bharata Natyam. A dançarina, que também é representante do Aatmalaya Institute no Brasil, ministrou um workshop da modalidade durante o festival. Vale ressaltar que as duas profissionais viajam frequentemente pelo país para ensinar e espalhar a arte da dança clássica indiana. Neste ano de 2012, elas pretendem levar para Brasília alguns de seus projetos e eventos. Quem quis relaxar também encontrou opções durante o ‘Universo Índia’, com o Dia Zen, que contou com aulas de diversas modalidades de yoga, palestras, danças, atendimentos de massoterapia e massagem indiana ayurvédica. “O Dia Zen foi a oportunidade, por exemplo, para quem quis descobrir com qual modalidade de yoga se identifica mais”, explicou Rafael Bini. A Embaixada da Índia apoiou este evento que traz na sua assinatura o amor pela Índia e suas tradições.
,3"/+, &+!& +, 3 & /& / "*-/"0 0,) / O governo indiano vai fomentar uma empresa, com um capital inicial de US$ 405,6 milhões, destinada a desenvolver projetos solares federais e ajudar o país a alcançar a capacidade de geração de energia solar de 20 gigawatts, declarou um membro do governo. A decisão de criar a empresa foi tomada no momento em que alguns especia-listas de energias renováveis e solares se lamentavam da falta de investimentos e da relativa ausência de interesse de-monstrada pelas empresas privadas. Em consequência disso, o país poderia não atingir o objetivo de geração de energia solar fixado no âmbito do programa federal. “Uma empresa dedicada garantirá o cumprimento efetivo de nossos objetivos,” declarou o Secretário das Energias Renováveis, Gireesh B. Pradhan numa recente entrevista. O secretário afirmou que a empresa — Solar Energy Corp. of India — assumirá gradualmente a responsabilidade dos projetos solares do governo que são atualmente conduzidos pela NTPC Vidyut Vyapar Nigam Ltd., filial do maior produtor indiano de energia NTPC Ltd. Para ler a história completa, acesse: http://online.wsj.com/article/SB1000142 40529702046616045771863640610549 28.html?KEYWORDS=India
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o dia 22 de dezembro, o governo indiano enviou à Lok Sabha um projeto de lei de segurança alimentar visando fornecer grãos alimentares subsidiados para metade do 1,2 bilhão de habitantes do país. O Ministro da Alimentação K. V. Thomas apresentou o Projeto de Lei de Segurança Alimentar 2011 para garantir a segurança nutricional e alimentar do país, por meio do fornecimento de uma quantidade adequada de alimentos de qualidade a preços acessíveis. O ministro prometeu a 75% da população rural e 50% dos lares urbanos o direito a 7 quilos de grãos alimentares, por pessoa e por mês, pelo preço de US$ 0,056 por quilo de arroz, US$ 0,037 por quilo de trigo e US$ 0,018 por quilo de grãos brutos, caso fossem beneficiários prioritários. O governo federal identificará os beneficiários da categoria geral (APL) e da categoria prioritária (BPL) e estabelecerá as quotas de distribuição para cada estado. A categoria geral terá direito a 3 quilos de grãos por pessoa e por mês pelo preço da metade do preço máximo (MSP). O projeto de lei também prevê a distribuição de pratos feitos ou rações para crianças com menos de 14 anos, mulheres grávidas, mães que amamentam e pessoas à margem da sociedade. Também são previstas cozinhas comunitárias para fornecer pelo menos um prato por dia à população excluída.
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om o lançamento de nove satélites, um programa de administração de dados de sensoriamento remoto e a encomenda do mais rápido supercomputador do país, a agência espacial indiana pode avaliar, com grande satisfação, os êxitos do ano de 2011. Em 2011, a Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO) lançou oito satélites com seu próprio Veículo Lançador de Satélite Polar (PSVL) e um satélite de comunicação por meio do foguete Ariane 5 em Kourou, na Guiana Francesa. Embora tenha sido anunciado para o final do ano, não ocorreu o lançamento de dois satélites de sensoriamento remoto. Com o lançamento do satélite indofrancês Megha Tropiques, destinado ao estudo do sistema climático tropical, a Índia se tornou a segunda nação a conduzir esse tipo de missão espacial. O mais bemsucedido foguete indiano — o PSLV — superou todas as expectativas de meio século quando colocou quatro satélites em órbita em outubro de 2011. O PSLV, que lançou com sucesso 52 satélites dos 53 previstos — em grande medida satélites de observação da terra e de sensoriamento remoto, ambos indianos e estrangeiros — foi uma importante fonte de renda para a ISRO. O único fracasso aconteceu em 1993 quando um satélite não conseguiu alcançar a órbita prevista. A ISRO também decidiu reformar seu foguete mais pesado, o Veículo Lançador de Satélite Geoestacionário (GSLV), para transportar satélites de comunicação. Essa decisão foi tomada logo após a perda de dois foguetes e satélites em 2010. A fim de ampliar o feixe dos canais de comunicação do sistema de Satélite Nacional Indiano (Insat), a ISRO lançou dois satélites de comunicação em 2011 — GSAT-8 e GSAT-12. Com esses dois lançamentos, o número de transmissores de propriedade da ISRO
passou para 187, dos quais 86 são alugados. Há uma demanda, ainda sem resposta, por 170 transmissores suplementares. Para aumentar a freqüência dos lançamentos de satélites e lucrar no mercado internacional dos lançamentos de satélites de sensoriamento remoto, a ISRO pretende construir outro centro de lançamento e desenvolver as instalações existentes na plataforma de lançamento de Sriharikota, situada a cerca de 80 km de Chennai.
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“Um estudo de viabilidade da criação de um segundo centro de lançamento, similar àquele de Sriharikota, será realizado no 12° Plano Quinquenal (2012-17). Serão analisados a necessidade, financiamento, segurança e outros aspectos do projeto” disse K. Radhakrishnan, Presidente da ISRO. Nesse ano, também foi adotada uma nova Política de Dados de Sensoriamento Remoto que estabelece as regras de gerenciamento, aquisição e divulgação dos dados recolhidos pelos satélites de observação da terra e de sensoriamento remoto. Em maio de 2011, a ISRO encomendou seu
segundo supercomputador, o mais rápido do país, ao Centro Espacial Vikram Sarabhai (VSSC) em Thiruvananthapuram, no estado do Kerala. O novo equipamento será usado pelo cientistas espaciais indianos para resolver as equações mais complexas e estudar a dinâmica computacional dos fluídos dos foguetes da ISRO. Ainda em 2011, o primeiro contingente de graduados do Instituto Indiano de
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racionais de energia mencionadas anteriormente. Finalmente, e mais importante, nossa democracia vibrante enfrenta ameaças à segurança interna e externa que, juntas, podem ser vistas como um desafio de segurança nacional. Apesar das graves provocações de extremistas e terroristas, os indianos mantiveram-se unidos. Eles não perderam a fé em nossa democracia secular, plural e inclusiva. De todas as partes do mundo, as pessoas vêm à Índia em busca de inspiração. Nosso modelo de crescimento inclusivo em uma sociedade aberta inspira aqueles que buscam se libertar da tirania. O mundo atual foi sacudido por uma nova onda de democracia que exige a capacitação das pessoas comuns e, neste contexto, a Índia permanece um exemplo de democracia em funcionamento. Somos uma nação plural, laica, democrática, com mais de um bilhão de pessoas e onde todas as grandes religiões do mundo são livremente praticadas, com inúmeras línguas, comidas, castas e comunidades que vivem juntas numa sociedade aberta. Esta é uma conquista da qual todo indiano pode se orgulhar. O mundo reconhece essa conquista. Acredito que o mundo quer que a Índia tenha sucesso porque a Índia oferece uma esperança. Nossa democracia tem suas falhas, mas nosso povo está ciente delas e têm demonstrado sua capacidade para corrigir estas falhas. Muitas vezes, a democracia pode ser frustrante — tanto para aqueles que estão no governo quanto para
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Tecnologia e Ciências Espaciais da ISRO começou a trabalhar na organização espacial. Além disso, estudantes indianos do Instituto de Tecnologia de Kanpur (IIT-K), da Universidade Anna de Chennai e da Universidade SRM venceram na categoria estrangeira o ‘Environmentally Responsible (Green) Aviation College Student Challenge’, uma competição universitária organizada pela agência espacial norteamericana NASA. O IIT-K e a Universidade SRM também colocaram em órbita os pequenos satélites Jugnu e SRMSAT com o foguete indiano PSLV.
* Continuação da Página 2 A segurança ecológica também envolve a proteção de nossas florestas que desempenham um papel fundamental não só para absorver as emissões de carbono, mas também para garantir a segurança da água. As florestas ajudam a reduzir a dispersão da água e o assoreamento e aumentam a retenção da água no solo, recarregando nossas aquíferos subterrâneos. Muitas vezes, alguns terrenos florestais têm de ser ocupados para permitir a exploração dos recursos naturais, incluindo energia, recursos minerais e potenciais hidroelétricos. Isso deve ser feito de maneira a minimizar a extensão da ocupação e também fornecer um reflorestamento compensatório o suficiente para garantir a segurança ecológica da nação. Todos estes problemas podem ser resolvidos e já foram resolvidos em outros países. Isto exige uma regulação mais forte e mais transparente e também envolve custos adicionais. Estes custos devem ser atribuídos àqueles que poluem e este princípio deve ser bem compreendido e aplicado com rigor. Para além das questões ecológicas imediatas, há o desafio maior das mudanças climáticas. Como cidadãos do mundo responsáveis, devemos buscar um padrão de desenvolvimento que reduza as emissões de gases de efeito estufa por unidade de nosso PIB em cerca de 20-25% até 2020, sendo esta a nossa contribuição para a segurança ecológica global. Esse objetivo está intimamente ligado à busca de políticas
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aqueles que esperam que ela seja mais eficiente, eficaz e humana. Mas, nossa democracia é nossa força. É a base de nossa unidade. É também a mais importante garantia de segurança interna. Igualmente importante para nossa segurança nacional é a modernização de nossas forças armadas. A segurança econômica e energética da Índia também exige isso. Nosso exército, marinha e força aérea exigem a modernização e atualização de pessoal e sistemas. Minha tarefa mais importante, como Primeiro Ministro, é garantir que isto seja realizado. Hoje, compartilhei meus pensamentos com vocês para ajudar a entender a natureza dos desafios que enfrentamos na entrada do Ano Novo. Identifiquei cinco principais desafios que devemos enfrentar. Eles são prioritários na lista de nosso programa político deste ano — segurança do sustento (educação, alimentação, saúde e emprego), segurança econômica, segurança energética, segurança ecológica e segurança nacional. Ao abordar cada um destes cinco desafios, devemos trabalhar juntos como uma nação, e trabalhar junto com outros países do mundo que compartilham as mesmas ideias. Garanto-lhes que vou trabalhar com toda a energia em meu comando para assegurar que possamos enfrentar e superar cada um destes desafios. Vamos permanecer unidos como uma nação e superar esses desafios. Meus melhores votos para o Ano Novo e para os próximos anos. Jai Hind!”
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Índia
Índia toMa ações enérGiCas Contra fraudes finanCeiras
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Índia vai adotar em breve uma regulamentação para garantir sanções mais severas contra fraudes financeiras e responsabilizar ainda mais os dirigentes das empresas, declarou o Ministro dos Assuntos Empresariais, M. Veerappa Moily, em 19 de dezembro. “Baseando-se nas experiências adquiridas no passado, as atuais disposições relativas ao controle, inquérito e investigação das fraudes financeiras serão reforçadas no Projeto de Lei das Empresas 2011, apresentado na atual sessão do parlamento indiano,” disse o ministro Moily. As fraudes financeiras não são explicitamente definidas pela lei existente. As sanções das fraudes financeiras são previstas no Código Penal Indiano. O ministro explicou que a nova
M. Veerappa Moily
regulamentação garantirá “ações mais eficazes contra as empresas e seus dirigentes que praticam ações fraudulentas e não cumprem os requisitos da lei”. “O papel dos quadros superiores de direção, dos membros de comitês de administração, auditoria, remuneração e relação com os acionistas, bem como dos auditores e administradores independentes será reforçado no dever de responsabilidade da empresa,” disse Moily. A definição de “autoridade em situação de descumprimento” será revista para torná-la mais relevante no atual contexto econômico e empresarial, disse ele. O novo projeto de lei das empresas será apresentado no parlamento em 14 de dezembro. Uma vez aprovada pelos legisladores, a nova regulamentação substituirá a atual Lei das Empresas promulgada há 56 anos (1956).
Casa de Mirza Ghalib eM delhi
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o dia 27 de dezembro, o legado do poeta urdu Mirza Ghalib ganhou um lugar permanente em Delhi com a inauguração de uma coleção de objetos relacionados ao poeta e à sua obra, na casa de sua família na Velha Delhi, por ocasião do 214° aniversário de seu nascimento. A Prefeita de Delhi, Sheila Dikshit, inaugurou a exposição realizada na casa de Ghalib, restaurada recentemente e situada na estreita rua (gali) Qasim Jaan, perto de Ballimaram, no mercado central de Chandni Chowk. Uma assembléia de eminentes poetas, escritores e fãs de Mirza Ghalib, liderada por Sheila Dikshit, caminhou de Town Hall a Ballimaran onde a Prefeita de Delhi inaugurou a coleção Ghalib. Participaram do evento o poeta Gulzar, o diplomata Pavan K. Varma, o músico Ustad Ahmed Khan da Delhi Gharana e vários outros músicos e artistas famosos. Nascido em Agra em 1797, Ghalib
residiu nessa casa de 1856 a 1869, durante os últimos anos de sua vida. Resultado de uma colaboração entre o Ghalib Memorial Movement, o Indian Council for Cultural Relations, o Governo de Delhi e o India Islamic Cultural Centre, a exposição permanente foi inaugurada na ocasião do festival Yaadgar-eGhalib, realizado de 26 a 28 de dezembro. A cerimônia começou com uma sessão de poesia. A Pierrot Troupe apresentou uma comédia teatral em urdu, intitulada Ghalib, no dia 28 de dezembro, no India Islamic Centre. “O destaque das comemorações deste ano foi a notável mudança da casa de Ghalib com a chegada da nova exposição permanente,” afirmou o Diretor Geral do ICCR, Suresh Goel. “O objetivo era tornar a casa um marco importante no mapa do turismo cultural do país. Tivemos um cuidado especial para reunir as cartas históricas e outros
Portos movimentam 3,13 bilhões de toneladas de mercadorias
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ara atender à crescente circulação de navios de carga, o governo indiano declarou, em 17 de dezembro, que pretende desenvolver a infraestrutura portuária do país para alcançar uma capacidade de 3,13 bi-lhões de toneladas em 2020, contra 870 milhões de toneladas atualmente. “O total das cargas movimentadas pelos portos indianos deve crescer para cerca de 2,5 bilhões de toneladas até 2020. A fim de atender o fluxo de mercadorias, a capacidade dos portos deve alcançar 3,13 bilhões de toneladas até 2020,” anunciou o Ministro do Transporte Marítimo, G. K. Vasan. Conforme declarou o mi-nistro Vasan, a Índia investirá US$ 52 milhões nos próximos dez anos para ampliar a capacidade portuária. Os portos indianos movimentaram cerca de 870 milhões de toneladas de mercadorias em 2010-11, enquanto os principais portos transportaram 570 milhões de toneladas.
aumentou a taxa de juros dos depósitos a prazo nri
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objetos do famoso poeta,” disse Uma Sharma, que fundou o Ghalib Memorial Movement. No ano passado, a Prefeita de Delhi instalou um busto de Mirza Ghalib, esculpido por Ram Sutar, na casa do poeta.
o dia 27 de dezembro, o Banco Nacional do Punjab (PNB), segundo maior credor do setor público indiano, anunciou um aumento da taxa de juros das contas externas dos não-residentes (NRE) para 9,25% a partir do 1° de janeiro de 2013. A maior parte dos outros grandes bancos também aumentaram as taxas de juros dos depósitos a prazo NRE. O Banco HDFC elevou recentemente as taxas de juros de depósitos com diferentes prazos de vencimento para 9%. O Banco de Allahabad aumentou sua taxa para 7,5%. O Banco IndusInd elevou suas taxas de juros para 9,25% e o Yes Bank para 9,6%. As atuais taxas de juros dos depósitos ofertas pela maior parte dos bancos ficam na casa dos 3-4%. Os credores elevaram as taxas de juros para atrair os depósitos dos NRIs.
Modelo indo-brasileira sonha CoM bollywood
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modelo indo-brasileira Nathalia Pinheiro, que foi selecionada como top no Calendário da KingFisher em 2012, está de olho em Bollywood e quer fazer carreira na indústria cinematográfica hindi. Também espera trabalhar com seu ator favorito Shah Rukh Khan. “Sou uma grande fã de Bollywood e, por isso, quero me tornar famosa na Índia. Mas antes, gostaria de melhorar minha maneira de atuar, dançar e falar, pois são três habilidades essenciais para começar uma carreira cinematográfica,” disse Nathalia depois de vencer a seleção da Kingfisher em 14 de dezembro. A brasileira já atuou em um filme do sul da Índia e está negociando para se tornar top model de uma famosa marca internacional. “Sim, atuei num filme sulindiano, mas não quero falar disso para desfrutar o momento presente. Posso
aproveitar agora esses grandes sucessos,” disse ela. Nathalia tem um avô indiano e uma avó portuguesa. Sua mãe é portuguesa e seu pai é metade punjabi, metade português. Nascida no Rio de Janeiro, ela passou os últimos oito meses na Índia. Está apaixonada por Shah Rukh Khan e quer dividir a tela com a superestrela de Bollywood. “Desejo ardentemente trabalhar com Shah Rukh Khan. É um homem maravilhoso. É uma pessoa que pode fazer qualquer papel sem esforço. Por isso, dividir a tela com ele seria um imenso prazer para mim. Entre as atrizes indianas, Kareena Kapoor é minha preferida. Ela tem um rosto maravilhoso e uma grande personalidade.” Os item numbers (número musical executado por ator/atriz que nada tem a ver com o enredo do filme) estão tam-
bém em sua lista de pedidos, mas sua atuação deve ser bem diferente das outras atrizes. “Dançar é uma exigência essencial em qualquer filme de Bollywood. Tem que conhecer ao menos os passos básicos. Não me importo com os item numbers, mas quero executá-los com certa sofisticação. Não quero assinar qualquer item number apenas pelo dinheiro,” enfatiza a jovem brasileira de 21 anos de idade. Afetuosamente chamada de Nathy, Nathalia iniciou sua carreira de modelo aos 14 anos. “Acredito que enquanto não tiver alcançado uma melhor visibilidade, ninguém reconhecerá você. A seleção “Hunt for the Kingfisher Calendar 2012” me ofereceu essa oportunidade. Consegui uma melhor visibilidade e as pessoas certas me ensinaram como concretizar meu sonho," disse ela.
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sideravelmente para a publicação de inscrições inéditas e treinar os jovens epigrafistas. No meu entender, a ASI começou a organizar programas especiais de estudo das inscrições antigas para jovens graduados. “Considero louvável a republicação da prestigiosa revista Ancient India após uma interrupção de cerca de 50 anos. Precisamos multiplicar tais iniciativas,” disse o Primeiro Ministro. Ao receber o Primeiro Ministro e o Ministro do Desenvolvimento dos Recursos Humanos e das Telecomunicações Kapil Sibal, a Ministra da Cultura, Habitação e Alívio da Pobreza Urbana, Kumari Selja disse que, em 1861, o governo indiano da época assumiu a proteção dos monumentos arqueológicos da Índia. A ministra acrescentou que a ASI tinha realizado vários grandes projetos de exploração, escavação, pesquisa e preservação com muito profissionalismo e dedicação. ASI administra hoje mais de 3.677 monumentos no país e, graças a sua perícia, participa dos projetos de Ta-Prohm no
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o conceber, desenvolver e instalar caixas automáticas (ATMs) alimen- tadas por energia solar, uma startup indiana iniciou uma revolução silenciosa nas comunidades rurais. Um lote inicial de 400 caixas automáticas solares — o maio pedido mundial — foi encomendado pelo State Bank of India (SBI). O produto, denominado Gramateller (gram em hindi significa vilarejo), foi elogiado pela importante economia de energia e o bom desempenho. Em 2010-11, as caixas automáticas foram instaladas em locais situados entre 20 e 50 quilômetros das sedes dos distritos, em vários estados, disse Vijay Babu, diretor executivo de Vortex Engineering, que produziu as máquinas em Chennai. Depois do sucesso das caixas automáticas solares do SBI, o Catholic Syrian Bank e o Indian Bank encomendaram respectivamente 50 e 20 Gramatellers, enquanto
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Camboja e do templo de Vat Phou no Laos. O instituto indiano também deve conduzir os trabalhos de conservação do templo Ananda em Bagan, na Birmânia e o conjunto dos templos de Myson, no Vietnã. A ministra anunciou que o Ministério da Cultura e a ASI tinham elaborado um calendário de manifestações e iniciativas culturais, incluindo a organização de conferências internacionais, um conclave dos Ministros da Cultura de todo o mundo, seminários regionais, exposições, conjuntos de publicações e programas comunitários de cidadãos em todo o país. Kumari Selja também informou que a ASI estava desenvolvendo um programa financiado pelo governo central para apoiar os trabalhos dos departamentos estaduais de arqueologia, universidades e instituições. Como parte das comemorações do 150° aniversário da ASI, a ministra disse que foi criado um programa de bolsa de estudos para jovens arqueólogos indianos e jovens professores visitantes da Ásia Central e do Sudeste e Oeste-Asiáticos.
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10 máquinas suplementares foram entregues a outros bancos indianos. Os fundadores de Vortex, Babu e Lakshminbarayan Kannan, são ambos alunos do Instituto Indiano de Tecnologia de Madras (IIT-M) e os cérebros por trás do Gramateller. “Nosso projeto de operar caixas automáticas solares causou muita incredulidade. Enfrentamos o desafio inicial de conseguir que fossem adotados pelos utilizadores finais, os agricultores tradicionais que não entendem bem a tecnologia. Mas depois de entender que poderiam controlar melhor seu dinheiro, eles aceitaram totalmente as máquinas,” disse Babu. “A carga de trabalho aumentou com o crescente número de clientes, visto que não há outras caixas automáticas num raio de 20 quilômetros ou mais, graças à alimentação solar dos Gramatellers,” acrescentou Babu.
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m dezembro de 2011, o Primeiro Ministro Dr. Manmohan Singh deu início ao ano de comemoração dos 150 anos da principal instituição indiana de pesquisa arqueológica e conservação do acervo cultural do país, a Archeological Survey of India (ASI). No discurso na cerimônia do 150° aniversário da ASI, realizado em 20 de dezembro, o Primeiro Ministro indiano enfatizou a notável contribuição da instituição para a descoberta do rico patrimônio cultural e histórico do país, visando “preservá-lo para as gerações futuras.” O Primeiro Ministro acrescentou: “O país deve grande parte de seu entendimento de nosso passado aos importantes trabalhos de exploração, escavação e documentação minuciosa realizados pela Archeological Survey of India. A civilização harappeana nunca teria sido conhecida sem o extenso trabalho conduzido pela instituição.” “Ao longo dos anos, Archeological Survey of India desenvolveu grandes capacidades em termos de exploração, escavação, conservação, restauro ambiental, pesquisa e publicação. Mais do que nunca, a arqueologia abre hoje novos campos de pesquisa — ambos em termos de filosofia e de metodologia.” O Primeiro Ministro Singh acrescentou: “O governo está empenhado em conferir a maior autonomia possível aos trabalhos da ASI.” Ao divulgar um conjunto de doze livros, Dr. Singh comentou: "Alegro-me pelo fato da ASI ter implementado algumas recomendações do Central Advisory Board of Archaeology, relativas ao estudo das inscrições, administração de acervo e publicação de inventário. “O Epigraphia Indica foi re-editado apos duas décadas. O Ministério da Cultura também criou uma Cátedra Nacional de Estudos das Inscrições Antigas dentro da Archeological Survey of India. Acredito que alguns especialistas eminentes devem integrar a organização a fim de contribuir con-
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Índia
Os dois jovens empresários começaram a examinar o projeto em 2004-05, por iniciativa do IIT-M, e aperfeiçoaram o produto até que fosse viável do ponto de vista comercial. O IIT-M, que tinha sido solicitado pelos bancos para desenvolver uma alternativa robusta às caixas automáticas existentes, enviou o projeto para Vortex. “As caixas automáticas tradicionais não
ez indianos, incluindo um jovem de 17 anos, parecido com o fundador de Facebook Mark Zuckerberg, e estrelas da música pop como Lady Gaga e Justin Bieber, figuram no ranking anual Forbes das “Celebridades Famosas com Visão do Futuro”. A famosa revista econômica norte-americana elaborou uma lista de personalidades, com menos de 30 anos, que as empresas deveriam contratar agora e que trabalharão para elas no futuro, visto que são jovens que pretendem “mudar o mundo”. Entre os indianos que figuram na lista que abrange 12 setores de atividades, incluindo energia, finanças, mídia, direito, entretenimento, ciências, desenho e tecnologia, encontra-se Kunal Shah, o mais jovem diretor geral da Goldman Sachs, com 29 anos de idade. Também figuram na lista: Param Jaggi que venceu o prêmio de melhor estudante no Austin College, graças ! à invenção de um dispositivo com algas, fixado no tubo de descarga de um carro e que transforma o dióxido de carbono em oxigênio. O diretor executivo de Damascus Fortune, Vivek Nair, desenvolveu aos 23 anos uma tecnologia que transforma as emissões industriais em nanotubos de carbono. O consultor financeiro de 25 anos, Vikas Mohindra, atua no Bank of America, Merrill Lynch, e que ganhou US$ 38 milhões em três anos e Manvir Nijhar, 28 anos, presidente da European Equity Derivatives Sales de Citigroup que impulsionou o negócio dos derivativos na Citi". Sidhant Gupta, 27 anos, graduado da Universidade de Washington, desenvolveu novos sensores e softwares para poupar eletricidade, calor e gás em casa.
são viáveis em áreas com corte de luz de mais de 8 a 10 horas por dia, em razão da necessidade de conjuntos de geradores e de ar-condicionado. Graças ao Gramateller, as pessoas que vivem nos vilarejos não precisam perder tempo para buscar o dinheiro nas cidades,” disse Kannan. Vortex é a única empresa indiana que figura no ranking das “10 startups que mudaram sua vida”, elaborado em 2011 pela revista Times Magazine, a partir das 31 empresas reconhecidas como “Pioneiras Tecnológicas” pelo Fórum Econômico Mundial”. “O Gramateller básico tem 12 horas de autonomia elétrica, desde que haja um boa radiação solar durante pelo menos cinco horas por dia. Os painéis solares convertem essa radiação em energia elétrica, armazenada em baterias. Uma unidade pode poupar mais de 90% do custo total de operação de uma caixa automática, avaliado em US$ 2.913, a metade devido ao ar-condicionado,” disse Sabarinath Nair, diretor de marketing de Vortex.
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TENDÊNCIAS Indianas 7
Índia
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e um crescimento de 22,7% no período de janeiro-setembro de 2010 em relação ao mesmo período de 2009.
O Ministério do Turismo já incluiu um segmento de turismo médico no regime de Assistência ao Desenvolvimento de Marketing (MDA). Na sequencia, o Ministério do Turismo aprovou US$ 27,742 como MDA a 10 prestadores de serviços médicos de turismo em 2011. Como mencionado num relatório da RNCOS intitulado ‘Booming Medical Tourism in India’, a participação do país no ramo do turismo médico internacional será de 3% até o final de 2013 e deverá gerar receitas no valor de US$ 3 bilhões, com uma taxa CAGR de crescimento de cerca de 26% no período de 2011-2013. O número de turistas para fins médicos deve crescer com uma CAGR de mais de 19% durante o período previsto e chegar a 1,3 milhões até 2013. O segmento doméstico do turismo médico também tem registrado um crescimento importante nos últimos anos, com um número importante de turistas indianos que viajam para os estados de Kerala, Karnataka, Himachal por razões 'médicas e de saúde’. A fim de promover a chegada de mais turistas estrangeiros no país no segmento do turismo médico, o governo indiano introduziu uma nova categoria de visto denominado ‘Visto Médico’ (M-Visa), especialmente para turistas estrangeiros que vêm à Índia por motivos médicos e de saúde.
De acordo com a política de Investimento Direto Estrangeiro (IDE), o governo indiano autorizou 100% de investimento estrangeiro sob rota automática na indústria hoteleira e do turismo. Além disso, para facilitar a entrada de turistas estrangeiros, o governo criou um novo sistema que permite aos turistas da Finlândia, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia e Cingapura obter um visto turístico (TVoA) na chegada ao país por um período de 30 dias.
Os negócios indianos de turismo e hospitalidade no país têm sido marcados por uma trajetória de crescimento rápido, claramente comprovada pelas enormes perspectivas em vários segmentos. As iniciativas do governo, juntamente com os empreendimentos da indústria turística, devem ajudar a manter o ritmo deste incrível crescimento até mesmo no futuro. (Cortesia: India Brand Equity Foundation)
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setor do turismo indiano tem vivido uma sólida fase de crescimento, impulsionado pela prosperidade da classe média, o aumento dos gastos dos turistas estrangeiros, as promoções e a gestão do Governo da Índia para incentivar a ‘Incredible India’. A indústria do turismo na Índia é ampla e dinâmica, e a nação está se tornando rapidamente um importante destino internacional. A indústria indiana de viagem e turismo é um dos negócios mais lucrativos do país, e também contribui com um volume considerável de divisas para as reservas do país. Uma série de razões são citadas como sendo a causa do progresso e do sucesso do setor indiano de viagem e turismo. Anualmente, o crescimento econômico recebe milhões graças à classe média indiana, um grupo que está impulsionando o crescimento do turismo interno. Em parte devido à indústria de TI e terceirização em expansão, um número crescente de viagens de negócios à Índia é feito por estrangeiros que, muitas vezes, prolongam a estada com um fim de semana ou algumas semanas a mais. Os turistas estrangeiros gastam mais na Índia do que em qualquer outro país no mundo. ! Considerado o maior setor de serviços no país, a indústria do turismo e hospitalidade contribui com cerca de 6,23% do PIB nacional e 8,78% do total de empregos no país Durante janeiro-setembro de 2011, o total de chegadas de turistas estrangeiros (FTAs) ficou em 4,22 milhões com um crescimento de 10%, em comparação aos
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3,84 milhões de FTAs e um crescimento de 8% durante janeiro-setembro de 2010 em relação ao mesmo período em 2009. De acordo com um relatório do Ministério das Relações Exteriores, o setor de hospitalidade indiana deve receber um investimento previsto de US$ 12 bilhões nos próximos dois anos, juntamente com uma série de iniciativas, já em curso, da indústria. Conforme o relatório do Ministério do Turismo, a receita cambial (FEE) é a seguinte: durante janeiro-setembro de 2011, as receitas em divisas (FEE) do turismo foram de US$ 10,25 com um crescimento de 16,6%, em comparação com as receitas FEE de US$ 8,79 bilhões
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8 Viagem & TURISMO
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60 km de Srinagar, a cidade turística de Gulmarg está zunindo com a multidão de visitantes que invadem suas ruas, trazendo bons negócios para o comércio e a hotelaria. Depois de muitos anos, esta estação de esqui no norte da Caxemira, onde também se pode praticar snowboard e patinação no gelo, recebeu centenas de turistas e moradores locais na virada do ano 2012 com fogos de artifício, muita música e alegria. Mais de duas dúzias de hotéis, com 1.200 leitos, bem como hospedarias do departamento de turismo foram reservados para preparar as festas do Ano Novo. E, embora alguns visitantes tenham partido logo após os festejos, muitos decidiram prolongar a
estada, disse um representante do departamento de turismo Como as férias escolares ainda não terminaram, hordas de turistas de Nova Delhi e de outras cidades ainda percorrem o sinuoso caminho até Gulmarg para desfrutar das baixas temperaturas e dos locais pitorescos Aprender a esquiar, disse um pai que trouxe os dois filhos para Gulmarg, era apenas uma desculpa para ficar longe da agitação da cidade grande. Empresários locais que sofreram durante anos a ausência dos turistas, simplesmente não conseguem parar de demonstrar seu contentamento. Neste ano, todos os hotéis e a maior parte das hospedarias do departamento de turismo da cidade foram reservados para os turistas e os moradores locais.
“A maior parte dos visitantes vieram aqui para celebrar o Ano Novo e tudo ficou lotado durante quase três dias. Hoje ainda há 50% de ocupação, mas em comparação com os anos passados, esta temporada bateu o recorde,” disse Tahir Ahmad, gerente do Hotel Hilltop “Neste ano, não organizamos nenhum evento especial em Gulmarg, porque o turismo tem se desenvolvido de modo favorável e decidimos permitir que as coisas seguissem o próprio ritmo naturalmente, sem qualquer patrocínio ou influência. Afinal, o turismo é uma indústria auto-sustentável e existe há séculos na Caxemira,” disse um funcionário do Departamento Estadual de Turismo. Dezenas de jovens dançaram na neve até de manhã cedo para acolher o
Índia
Ano Novo. “Viemos aqui pela primeira vez para o réveillon de 2012. Já comemoramos o Ano Novo em muitos lugares da Europa, mas a nossa visita a Gulmarg ficará para sempre na memória por causa da incrível beleza deste lugar,” disse Prakash Kumar, 27 anos, que veio de Greater Noida, em Uttar Pradesh. Embora o vale tenha recebido até agora pouca neve para a temporada, Gulmarg tinha bastante neve nas encostas e nos prados para tornar o inverno branco inesquecível O ano passado encerrou com a visita de cerca de 600.000 turistas no estado de Jammu e Caxemira, sem incluir os peregrinos de Vaishno Devi e Amarnath. O Ano Novo começou bem e a esperança é de que continue assim.
Declaração de Exoneração de Responsabilidade: Noticias da Índia reúne conteúdos de fontes diversas e as visões expressas em entrevistas e artigos publicados não representam necessariamente as visões da Embaixada ou do Governo da Índia. Impresso e Publicado pela Embaixada da Índia, SHIS QL 08, Conj. 08, Casa 01, Lago Sul, Brasília-DF 71620-285, Brasil Tel: 55-61-3248 4006 Fax: 55-61-3248 5486 E-mail: indemb@indianembassy.org.br Website: www.indianembassy.org.br