Embanews 303 - junho 2015

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embanews revista

Ano 25 - Edição 303 - Junho 2015

revista especializada em embalagem , dirigida aos setores de alimentos , bebidas , cosméticos , farmacêuticos e afins

REPORTAGEM

Sustentabilidade na cadeia do plástico: empresas investem em análise do ciclo de vida e inovação colaborativa

ENTREVISTA Bernadette Franco e Carmem Tadini, do FoRC, falam sobre os desafios da pesquisa e o potencial dos biopolímeros nas embalagens


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xxx editorial

Visão sustentável permeia o futuro Nesta edição de embanews, que trouxe um enfoque um pouco maior sobre a sustentabilidade na cadeia do plástico, percebemos o quanto ainda desperdiçamos em recursos e energia, simplesmente jogando em aterros e lixões material que pode ser reciclado. De acordo com a Abiplast, o desperdício tem um valor, R$ 5,08 bilhões por ano. O lado ‘positivo’, é que toda essa pressão gerada com o problema está desafiando as empresas a encontrarem soluções, muitas delas bastante inovadoras, para o reaproveitamento desse material, principalmente dos mais complexos, de uma forma econômica e socialmente sustentável. É o tema da Reportagem. Na entrevista, conversamos com as pesquisadoras do FoRC, um centro de pesquisas da USP, que tem o apoio da Fapesp, e está desenvolvendo pesquisa na área de biopolímeros biodegradáveis à base de amido de mandioca, com potencial para embalagens ativas. Em fase de negociação de parcerias com o setor privado, o objetivo agora é levar o produto ao mercado. Como disse Gui Brammer, da WiseWaste, “quando todos os agentes da cadeia produtiva se juntam para pensar em novas soluções para problemas complexos, a velocidade e a qualidade das soluções sempre serão superiores às que são tentadas de forma isolada”.

Boa leitura! Elizabeth Keiko Sinzato

Junho 2015

revista

embanews A notícia na embalagem certa Fundador:

Roberto Hiraishi (1942 ~ 2006) Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi Administração: Rejane Doria Publicidade: Vilma Cocka - comercial@embanews.com Redação: Elizabeth Keiko Sinzato - editorial@embanews.com Diagramação: Carlos Rodrigues Assinatura e circulação: Gislaine Duarte Mucciolo - assinatura@embanews.com Impressão e Acabamento: Log & Print Gráfica e Logística S.A. A Revista embanews é uma publicação mensal da Newgen Comunicação Ltda. Redação, Administração e Comercial Av. Francisco Matarazzo, 999 - Conjunto 22 - CEP 05001-000 São Paulo/SP - Brasil - Tel/Fax: (11) 3864-2390 ~ (11) 3864-9621 Registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990. Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores e fornecedores de emba­ lagens; fornecedores de matériasprimas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equi­pamen­tos para envase, emba­lagem, estocagem e transporte; e pres­ta­dores de serviços de apoio, asso­ciações, universidades e ins­ti­tui­ções ligadas ao ramo de embalagem. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista embanews. © DIREITOS RESERVADOS Todos os direitos dos artigos publicados na revista embanews são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação internet, digital, impresso, etc. E-mail: embanews@embanews.com Site: www.embanews.com Exemplar avulso: R$12,50 Assinatura Anual: R$140,00

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xxx sumário

Fotos: Divulgação

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26 ENTREVISTA Bernadette Franco e Carmem Tadini, do FoRC, Centro de Pesquisas da USP, e os caminhos para o desenvolvimento de pesquisa inovadora em biopolímeros de fonte renovável

36 REPORTAGEM

Aumento da coleta seletiva, educação ambiental e soluções inovadoras para a reciclagem são fatores para uma cadeia do plástico mais sustentável

Seções 08 News 24 Case 44 Artigo 46 Competitividade 50 Fronteiras 56 Tecnologia 62 Negócios

42 EVENTO

Inova Embala, uma parceria entre Apex-Brasil e o Instituto de Embalagens, traz iniciativas para a capacitação de empresas para a exportação

Revista embanews xxx Junho´15

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Fotos: Divulgação

Grupo Bobst em impressão de rótulos

Edição comemorativa A Underberg KG está lançando a versão 2016 da embalagem metálica de seu digestivo Underberg, que a cada ano é decorada com motivos que homenageiam um país ou um evento. Este ano, a marca homenageia o Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas 2016. A embalagem traz referências à Cidade Maravilhosa, em design de Henry Meier, da Suíça. A lata é fornecida pela LKPremiumPack GmbH + Co. KG e contém 12 garrafas de 20 ml do digestivo. A edição especial vai ser vendida no mundo inteiro e seu lançamento será em outubro. Foi apresentada pela primeira vez na Duty Free Show of the Americas 2015, em Orlando. Fundada há 168 anos na Alemanha, a Underberg está entre as maiores empresas fabricantes de digestivos no mundo, com fábricas também na Suíça e no Brasil. www.underberg.com

O Grupo Bobst firmou acordo no dia 13 de maio para aquisição de 65% da Nuova Gidue Srl, fabricante italiana de máquinas de impressão banda estreita e média, com a opção de compra das ações remanescentes. O proprietário da Nuova Gidue Srl, Federico d’Annunzio, permanecerá na empresa como CEO e acionista. O valor do negócio não foi divulgado. A Nuova Gidue Srl fornece impressoras flexográficas e offset de banda estreita e média em linha com alto nível de automatização para a indústria de rótulos autoadesivos e soluções de baixa tiragem para convertedores de embalagem. Com a tecnologia, a Bobst irá estender seu portfolio de soluções de impressão e conversão, e confirma sua estratégia de expansão na indústria de rótulos. www.bobst.com



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Fotos: Divulgação

Embalagens individuais formam peça inteira A Tirolez lança o primeiro queijo Provolone de 20kg que já vem fracionado de fábrica e mantém a apresentação original em formato cilíndrico. Com frações de 300g a 350g, embaladas individualmente, o produto será entregue aos varejistas como uma peça inteira montada. A ideia é proporcionar praticidade ao lojista sem perder o apelo visual de um queijo Provolone tradicional. Uma das vantagens do produto é que o seu shelf life sobe para três meses, contra 25 dias quando fracionado no ponto de venda. “Como as porções já vêm embaladas e personalizadas com o rótulo impresso, o varejista precisará apenas pesar o produto e imprimir a etiqueta de venda, ganhando agilidade e praticidade”, afirma Ricardo Abrão, gerente comercial da Tirolez. O grande desafio deste projeto foi desenvolver uma peça de 20kg bastante homogênea para permitir um fracionamento semiautomático com peças bastante regulares. A embalagem é manual para garantir delicadeza no processo e manutenção do formato da peça. Após acondicionar nos filmes cada peça individualmente e proceder ao encolhimento, o queijo é montado manualmente em uma caixa de transporte no formato original. Todo o processo garante que a peça fique íntegra, encaixada e reconstitua o formato do produto original. O produto provolone fracionado é embalado em embalagem de polietileno termoencolhível com rótulo impresso da Cryovac e o layout é da Benchmark. www.tirolez.com/


índice de anunciantes xxx

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EDIÇÃO 303 (JUNHO 2015) Aha Packaging........................................... 59

Emplas ...................................................... 13

Macron...................................................... 35

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Aleusa........................................................ 10

Engepack................................................... 57

Mainard..................................................... 59

Salazar....................................................... 53

Anutec....................................................... 48

Envase........................................................ 60

Malvaccini.................................................. 59

Santa Inês.............................................43/55

Arki Packaging........................................... 61

Evonik................................................... 32/33

Markem Imaje............................................ 63

Sarapuí....................................................... 55

Bandeirante................................................ 09

Facislito...................................................... 55

Max Film.................................................... 57

Saviplast..................................................... 53

Finepack..................................................... 19

MN Design................................................. 53

Serac.......................................................... 14

Molins........................................................ 08

Sicpa.......................................................... 53

Moltec........................................................ 55

SIG Combibloc........................................... 29

Optima....................................................... 37

Sincropet ................................................... 39

Pakmatic.................................................... 47

Soft Color.................................................. 57

Panizzon..................................................... 61

Sunnyvale................................................... 41

Papirus....................................................... 02

Super Finishing......................53/55/57/59/61

Pavan Zanetti ............................................ 21

Supporte.................................................... 61

Pentapack.................................................. 53

Tec do Brasil............................................... 55

Perflexo...................................................... 55

Technocoat................................................ 57

Pintarelli Blufer........................................... 59

Technoveda................................................ 57

Plásticos Pirituba........................................ 57

Trans Erg.................................................... 59

Prêmio Theobaldo de Nigris....................... 51

Uniflex........................................................ 53

Baumgarten............................................... 27 Blowmold................................................... 61

Fispal ......................................................... 52

Bobst.....................................................55/64

Formold .................................................... 57

Brogotá................................................. 07/59

Frasquim ................................................... 61

BST..............................................................11 Celco ......................................................... 61

Fujinox ...................................................... 59 Geraldiscos ................................................ 53

CeMAT....................................................... 54

Gordon ..................................................... 53

China Machinex ........................................ 31

Gráfica Inteligente .................................... 45

Cobrirel...................................................... 12

Ibeplas ...................................................... 04

Congraf...................................................... 23

Igaratiba .................................................... 61

Congresso ABTCP...................................... 49

Inkjett ....................................................... 55

Darhel........................................................ 59

Inpet ......................................................... 61

EFI.............................................................. 03

Instituto de Embalagem ............................ 20

Promáquima............................................... 17

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Embaclass ................................................. 55

Jet Filtros ................................................... 57

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Embalabor ................................................. 59

Krones ....................................................... 15

Protective..............................................22/55

Videojet..................................................... 05

Embali ....................................................... 53

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Rami........................................................... 57

Wee Pack................................................... 57

Embaquim ................................................. 16

Loti ............................................................ 59

RC Dudas................................................... 53

XYPD......................................................... 59

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xxx índice editorial EDIÇÃO 303 (JUNHO 2015)

IPEA ................................................. 34

R1234 .......................................... 18/24

Jaguar .............................................. 15

Reed Exhib. Alcântara Machado ...... 40

A10 design ....................................... 20

Coaper ............................................. 18

Karen Cunha .................................... 16

Relvas Portugal ................................. 18

Abipet .............................................. 62

Cobi Desing ...................................... 16

LK-PremiumPack GmbH+Co.KG ....... 08

Salton ............................................... 18

Corticeira Paulista ............................. 18

M Design .......................................... 15

Saverglass ......................................... 18

Cryovac ............................................ 10

Magistral .......................................... 16

Abiplast .......................................34/62 ABPO ............................................... 62 Antilhas ............................................ 20 Apex-Brasil ....................................... 42 Apholos Etiquetas Metálicas ............ 18

Datamark ......................................... 62 Drizzare Componentes ..................... 18 EFI .................................................... 56

APPE ................................................ 62

Estúdio Ricardo Meyer ...................... 18

Aptar ................................................ 14

Estúdios Disney ................................ 18

Benchmark ....................................... 10

Fapesp .............................................. 26

Bobst ................................................ 08

Ferrari Soluções Inovadoras .............. 42

Boticário ........................................... 20

FoRC USP ......................................... 26

Box Print ........................................... 14

Frascopet .......................................... 18

Braskem ........................................... 36

Igaratiba ........................................... 14

Brazicolor ......................................... 18

Impacta ............................................ 14

Britânia Marcas e Patentes ............... 44

Mondelez Brasil ................................ 58 MWV Group .................................... 20 Narita Design ................................... 42 Natura .........................................14/38

Serac ................................................ 58 SGD Group ....................................... 20 Starbucks Brasil ................................ 36 Sunnyvale ......................................... 58 Tátil .................................................. 14

Nuova Gidue Srl. .............................. 08 Nutty Bavarian .................................. 15 ONG reciclázaro ............................... 40 Optima ............................................. 56 P&G ................................................. 38 Pepsico ............................................. 38 Pierre Fabre ...................................... 62

Tirolez .............................................. 10 Underberg KG .................................. 08 Unilever ............................................ 38 Univ. Presb. Mackenzie ..................... 36 Vapza ............................................... 16 Verstraete ......................................... 58

Plasticbool ........................................ 15

Videojet ........................................... 56

Incom ............................................... 20

Plastipak ........................................... 62

View Cosméticos .............................. 18

Cempre ............................................ 34

Inst. Mauá de Tecnologia ................. 46

Plastivida .......................................... 34

Vigor ................................................ 15

Chelles&Hayashi ............................... 14

Instituto de Embalagens ..............42/50

Prakolar ............................................ 14

WiseWaste ....................................... 36


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Ciclo sustentável de ponta a ponta

Fotow: Divulgação

A Natura está lançando a nova linha Natura Ekos Ucuuba a partir de um ativo da Amazônia, a ucuuba, cuja semente é fonte de uma manteiga leve, com alto poder hidratante e reparador. A espécie, presente em áreas alagadas, está ameaçada de extinção devido à exploração madeireira. O desenvolvimento da linha levou cerca de três anos e é o principal lançamento de Natura Ekos dos últimos cinco anos, depois do açaí, em 2009. A Natura quer que 30% dos insumos consumidos pela companhia sejam provenientes da Amazônia até 2020, como parte do Programa Amazônia, que abrange propostas de desenvolvimento sustentável para as populações da região e para a conservação da floresta. Natura Ekos, criada em 2000, inaugurou um novo modelo de produção na indústria cosmética ao utilizar em todas as suas fórmulas matérias-primas naturais da biodiversidade brasileira. A linha Natura Ekos Ucuuba terá seis produtos, que serão lançados em duas fases, para respeitar os tempos da floresta. Na primeira fase estão sendo lançados a manteiga reparadora para o corpo, manteiga hidratante para as mãos e hidratante desodorante corporal.

PET verde e PET reciclado pós consumo na mesma embalagem As embalagens do hidratante corporal e da manteiga reparadora Natura Ekos Ucuuba são ecoeficientes, e são produzidas com 50% de PET reciclado pós-consumo misturado a 50% de PET verde (com material de origem renovável), que começa a ser utilizado pela Natura com a linha Ucuuba. Antes, a empresa já utilizava a mistura de PET virgem e PET reciclado pós-consumo. A substituição do PET (polietileno tereftalato) de fonte petroquímica pelo PET verde (de fonte renovável) faz parte da estratégia de Sustentabilidade da Natura que contempla em suas diretrizes a utilização progressiva de material de origem reciclada pós-consumo e/ou renovável. As embalagens da linha Ekos também são concebidas a partir da prática de uma série de princípios de Ecodesign. O design das embalagens foi inspirado nos mercados populares do Brasil e em sua rica diversidade, como seu maior valor, e foi criado pelas agências Tátil e Chelles&Hayashi. O pote da Manteiga de 200 g é fornecido pela Igaratiba, a tampa pela Aptar e o rótulo pela Prakolar. A bisnaga da Manteiga de 40 g é da Impacta e o cartucho, da BoxPrint. Já o frasco do Hidrante de 400 ml é fornecido pela Igaratiba, a válvula pela Aptar e o rótulo é da Prakolar. www.natura.com Revista embanews xxx Junho´15


Embalagem homenageia cidades alemãs A Nutty Bavarian, especializada em grãos torrados e glaceados, lança embalagens em homenagem às cidades alemãs de Frankfurt, München (Munique) e Berlin. As amêndoas glaceadas são muito populares nas cidades da Bavaria, tema que ilustra as latas em formato octogonal, fornecidas pela Plasticbool, em versões nas cores vinho, verde e mostarda. A intenção da marca é ampliar a penetração da rede no segmento de produtos alimentícios formatados para presentes, segundo a diretora da rede, Adriana Auriemo. “Essa é a primeira linha de uma série de coleções que iremos lançar ao longo do ano”, diz. O design das latas foi desenvolvido pelo departamento de criação e marketing da Nutty Bavarian. www.nuttybavarian.com.br

Vigor grego salgado A Vigor inova mais uma vez com a linha Grego. Está lançando Vigor Grego Salgado, que além do produto, tem apresentação diferenciada. O pote vem com ‘capacete’ transparente contendo croutons para serem saboreados com o iogurte, e uma colher descartável dobrável. Vem nos sabores Azeitonas Pretas e Salsa & Cebolinha e chega como opção de snack prática e saudável. Agência responsável pelo design da embalagem é a M Design e o fornecedor da embalagem é a Jaguar. www.vigor.com.br

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15 Fotos: Divulgação

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Foto: Divulgação

Produtos orgânicos prontos para o consumo A paranaense Vapza está apostando no mercado de alimentos orgânicos e lançou uma linha exclusiva de produtos, a Orgânicos, prontos para o consumidor colocar o seu tempero e dar seu toque final. Foram investidos R$ 500 mil no lançamento e também na mudança de todas as embalagens e no reposicionamento dos produtos, incluindo as linhas Só Aquecer e Dê Seu Toque Final, marcando os 20 anos da empresa. A logomarca está mais orgânica, leve e simples, e remete ao conceito de simplicidade no preparo e consumo. Além disso o cartucho ganhou janelas nas laterais para visualizar o produto. “Essa visualização, mesmo que seja do pack metálico que envolve as carnes, é importante para que o consumidor saiba exatamente o que está comprando”, destaca Enrico Milani, vice-presidente e diretor executivo da Vapza. “Nossa tecnologia consiste em embalar os produtos a vácuo e, depois, cozidos e esterilizados a vapor dentro da própria embalagem, numa combinação perfeita de pressão, temperatura e tempo para cada tipo de alimento. Isso faz com que nossos produtos conservem sabor e nutrientes. Além disso, essa tecnologia mantém a saudabilidade dos alimentos por um ano, sem necessidade de refrigeração e sem a adição de qualquer aditivo químico”, explica Milani. As imagens ilustrativas das novas embalagens foram produzidas pela fotógrafa Karen Cunha, especializada em produtos gastronômicos e o layout foi criado pela Cobi Design, especializada no design de produtos orgânicos. A Magistral é a fornecedora dos cartuchos. www.vapza.com.br


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Há mais de 25 anos a Promáquina investe em tecnologia para oferecer sistemas de envase e fechamento de embalagens de alta precisão para os mercados Farmacêutico, Cosmético, Químico, Alimentos e Bebidas.

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Homenagem à matriarca Em homenagem à matriarca da família, a Salton lança o espumante Lucia Canei, um sofisticado rosé produzido a partir do método champenoise, com uvas Pinot Noir. Ela foi esposa de Antônio Domenico Salton, imigrante italiano e patriarca da família. Com produção numerada e limitada, de 5.075 garrafas, o espumante ganhou embalagem que remete à mulher doce, mas de pulso forte, de influência decisiva para os Salton, segundo a gerente de projetos da vinícola, Daniela Salton. Por isso, aplicamos características de força no rótulo, representada pela flor do Cardo, de beleza e delicadeza singulares, porém protetora, em função de seus espinhos”, explica. A garrafa em formato de sino fornecida pela Saverglass é clean, apenas com o rótulo metálico na base, em zamac, contendo o nome do produto e uma flor de cardo, produzido pela Drizzare Componentes. As informações do produto estão contidas no gargalo, fornecido pela Brazicolor, assim como o contrarrótulo. Já a história da empresa é contada em um tag preso à garrafa. Primeiro espumante da vinícola a não utilizar cápsula para o fechamento, tem gabieta especial em Zamac com baixo relevo da Apholos Etiquetas Metálicas, da Argentina. A rolha foi pintada exclusivamente para o projeto com os espinhos do cardo pela Relvas Portugal, representada pela Corticeira Paulista. www.salton.com.br

Solução para produto apícola O projeto do Estúdio Ricardo Meyer para o pólen apícola da Natuflora, marca de produtos apícolas da Coaper (BA), privilegiou o apelo visual da embalagem para levar as informações ao consumidor. Isso porque a rotulagem do produto, que segue as normas da MAPA quanto à regulagem de produtos de origem animal, é bastante restrita. Segundo o designer Ricardo Meyer, o pólen é utilizado como suplemento alimentar devido a suas excelentes propriedades nutricionais, mas é pouco conhecido do público. “A solução criada destaca a imagem do pote com frutas contendo iogurte salpicado com pólen, uma das diversas formas de consumo, que cria um elemento colorido e estimulante no rótulo. Essa imagem sugere o consumo do pólen como complemento de uma alimentação saudável”, diz ele, “saindo da linguagem visual predominante nessa categoria de produtos”. Os frascos PET e as tampas são fornecidos pela Frascoppet de Curitiba. www.estudioricardomayer.com.br

Cinderela na maquiagem para adultos A View Cosméticos lança com exclusividade para o mercado brasileiro, a coleção de maquiagem para adultos inspirada no filme Cinderela, dos estúdios Disney, que estreou em março no Brasil. A linha é composta por batom, quarteto de sombras, blush, esmalte e pó iluminador. A coleção é de alta qualidade e todos os produtos, inclusive o esmalte, vêm em caixinhas individuais, um diferencial proposto para esta coleção, que chega ao mercado em edição limitada. A R1234 criou a linha de embalagens. “Utilizamos o guide fornecido, mas com o cuidado de não deixar o visual infantilizado. Usamos hot stamping dourado e verniz UV para agregar valor e nobreza aos estojos”, conta Rita Ardezzoni, diretora de criação da agência. http://viewcosmeticos.com.br/; www.r1234.com.br

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Nova aquisição Finepack: impressora de rotogravura de 09 cores da Windmoller & Hoelscher – modelo Heliostar SL. Os mais avançados recursos disponíveis atualmente no mundo para garantir toda a qualidade e agilidade nos pedidos.

Não é de hoje que a tecnologia alemã faz toda diferença em matéria de impressão. Por isso ela é respeitada em todo mundo. Aqui no Brasil, a Finepack comercializa embalagens (laminadas ou não) de alta qualidade, impressas em flexografia ou rotogravura e que utilizam essa tecnologia alemã com toda versatilidade. Na hora de decidir pela qualidade de sua embalagem, fale com que é fera no assunto. Fale com a Finepack.

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Fotos: Divulgação

O mundo da maquiagem vai aos frascos O Boticário estende a marca Intense de maquiagem para as fragrâncias. Os Desodorante Colônia Intense e Intense Oopss! são inspirados na alegria e intensidade da mulher moderna, que preza a praticidade e versatilidade. O desenvolvimento da embalagem, conduzido pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, em São José dos Pinhais (PR), teve como desafio gerar sinergia conceitual entre as demais embalagens já existentes na linha Intense. ”Assim, os frascos, desenvolvidos em tamanho ideal para serem transportados na bolsa ou nécessaire, trazem referências do mundo da maquiagem”, explica Tiago Martinello, gerente de Desenvolvimento de Produtos no Grupo Boticário. “O frasco de vidro com gargalo descentralizado aumentou a complexidade técnica da embalagem, mas proporcionou descontração e irreverência, realçadas pelos relevos na face frontal, que unidos fazem alusão a uma boca. A tampa em surlyn acompanha o design do frasco e traz o chanfro presente na linha de maquiagem como elemento conector, além da pigmentação vermelha característica da marca. O cartucho, com a técnica de decoração de gofragem, que remete à textura de tecido, foi inspirado em uma nécessaire – mais uma referência do mundo da maquiagem nas novas fragrâncias.” O design é criação da a10. O frasco é fornecido pela SGD Group, a válvula pela MWV Group, a tampa é da Incom, e o cartucho é impresso pela Antilhas. www.boticario.com.br



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❘❘❘ agenda

NACIONAL 2015 09 a 12 de junho FISPAL FOODSERVICE Expo Center Norte – São Paulo – SP www.fispalfoodservice.com.br 23 a 26 de junho FISPAL TECNOLOGIA Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo – SP www.fispaltecnologia.com.br 30 de junho a 03 de julho CEMAT SOUTH AMERICA Transamérica Expo Center – São Paulo – SP www.cemat-southamerica.com.br 15 a 17 de julho BRASIL BRAU Centro de Exposições São Paulo Expo – São Paulo – SP www.brasilbrau.com.br 4 a 7 de agosto EMBALA NORDESTE Centro de Convenções de Pernambuco – Recife – PE www.greenfield-br.com 25 a 28 de agosto PLASTECH BRASIL Parque de Eventos da Festa da Uva – Caxias do Sul – RS www.plastechbrasil.com.br 30 de setembro a 2 de outubro 16º CONGRAF – CONG. BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA Hotel Windsor Barra - Rio de Janeiro - RJ www.abigraf.org.br/rio201

INTERNACIONAL 2015 16 a 19 de junho EXPO PACK MÉXICO Centro Banamex – Cidade do México – México www.expopack.com.mx 04 a 07 de agosto ENVASE/ALIMENTEK Centro Costa Salguero – Buenos Aires – Argentina www.envase.org 22 a 25 de setembro EUROMOLD Exhibition Centre Düsseldorf – Düsseldorf – Alemanha www.euromold.com 28 a 30 de setembro PACK EXPO LAS VEGAS e PHARMA EXPO Las Vegas Convention Center - Las Vegas – EUA http://packexpolasvegas.com/ 10 a 14 de outubro ANUGA Colônia, Alemanha www.anuga.com Revista embanews ❘❘❘ Junho 15



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xxx case

Conexão com marcas Artigo de Rita de Cássia M. Ardezzoni

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urante o processo de validação do layout de uma linha de produtos, muitas vezes a empresa decide, sabiamente, verificar se suas orientações e direcionamentos possuem força no ponto de venda e se agradam o consumidor. Uma das ferramentas utilizadas é a pesquisa Qualy. Nestes momentos podemos ouvir sua opinião, sua conexão com a marca, a percepção das cores, das formas e dos ícones. E descobrimos que os degradês da direita para esquerda são bons num determinado projeto, mas se inverter ficam muito ruins. Que a fonte do nome daquele remédio de dor de cabeça não pode mudar de jeito nenhum, muito menos a cor. Que o lencinho que envolve o sabonete em barra é importantíssimo porque as consumidoras estão acostumadas a usá-los para perfumar armários e gavetas. Que a cor dourada tem mais força no reconhecimento da marca do que as letras do logotipo. Que a imagem do prato numa travessa com fumaça em formato de coração garante o sabor especial no preparo das refeições para a família. E muitos outros comentários ricos e fundamentais para o entendimento da conexão emocional entre o consumidor e a marca. Sabemos que precisamos preservar estes links a todo custo. Que o maior pesadelo de um relançamento é perder os vínculos com seus consumidores leais. Quando por questões de inovação tecnológica a empresa substitui uma embalagem conhecida pelo seu formato peculiar por uma outra mais moderna, mais prática, com mais área de comunicação, superior em todos os quesitos de produção, diferenciação e estocagem, e vê suas vendas despencarem porque seus consumidores não perceberam a mudança. Procuravam ainda o antigo formato, não enxergaRevista embanews xxx Junho´15

ram as novas embalagens expostas nos mesmos lugares. O produto para o consumidor não é o que está escrito no rótulo, mesmo que mais bonito. A percepção é maior, tem a ver com a forma, o modo como se acomoda nas mãos, o sentido de leitura, o movimento do abrir e fechar, a cor no formato estranho, o salivar quando visualiza a imagem do rótulo e muito mais. Nas experiências de neuromarketing já foi provado que o cérebro não enxerga o que não conhece e o que não foi experimentado, a informação que não existe no banco de memórias. Enquanto assistia estas entrevistas com a atenção do observador técnico, analisando, decodificando as impressões dos outros, me perguntava se eu tinha alguma conexão forte com alguma marca de produto no meu dia a dia. Nesta época eu adorava um perfume produzido por um cliente, uma empresa de vendas porta a porta, de fragrância floral deliciosa. Ganhei este perfume no lançamento da empresa. A embalagem que desenvolvemos para eles, na minha opinião, era chic, sofisticada, elegante. Todos me perguntavam se era algum perfume importado, um luxo. Gostava mesmo da fragrância de rosas que usei por quase um ano. Até que um dia, visitando o cliente reparei na vitrine que a embalagem tinha mudado. A embalagem do “meu” perfume tinha sido alterada. Naquele momento me senti como qualquer consumidor que acha que o produto foi feito exclusivamente para ele. Que a indústria sabe o que ele quer, que se preocupa com seu bem estar e com suas projeções e desejos. Me senti indignada e traída. Sem contar que o layout, para mim e apenas para mim, ficou popular, muito colorido, casual. Me revoltei. E como vingança, a única

possível naquele momento como consumidora, desisti da marca. A partir daquele dia deixei de comprar e usar o tal perfume. Foi um corte drástico e necessário. Emotivamente necessário. Por mais que gostasse da fragrância não tinha mais nenhum vínculo com o que via. Este foi um aprendizado intenso para quem se achava imune a dependências emocionais com marcas e produtos. Hoje, em cada projeto de design que participo, busco os fios de contato, os pontos de conexão do antigo para ser reconhecido no novo, o como representar evolução e modernidade do que precisa continuar conhecido. Como o cérebro só preserva as informações relevantes, precisamos considerar esta questão se queremos ser reconhecidos e lembrados como marcas presentes na vida de nossos consumidores. Um bom exemplo foi o comentário que ouvi há algum tempo: “Aquela marca de chocolate sempre foi vermelha”. O que esta pessoa não sabia é que no projeto de reconstrução da Identidade Visual da empresa utilizamos o vermelho como a cor suporte da marca. O vermelho é uma cor emotiva, vibrante, símbolo da vida, cor do sangue, nobre, sofisticada, tradicional. O registro de memória desta cor é sempre marcante. A identificação é rápida. No caso da empresa de chocolates a alteração foi feita há apenas cinco anos. Mas para aquele consumidor sempre foi assim. Rita de Cássia M. Ardezzoni Partner e Diretora de Criação da R1234 Art Design – rita@r1234.com.br



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Fotos: Divulgação

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Bernadette Franco

PARCERIA PARA INOVAÇÃO EM BIOPOLÍMEROS O FoRC desenvolve pesquisa na área de biopolímeros de fonte renovável, com potencial para embalagens ativas, e busca parcerias Elizabeth Keiko Sinzato

U

m novo material para embalagens baseado em biopolímeros de fonte renovável, à base de polissacarídeos e proteínas, com potencial para uso em embalagens ativas é o pilar da pesquisa que está sendo conduzida pelo grupo de Novas Tecnologias e Inovação, um dos quatro grupos que fazem parte do FoRC – Food Research Center – Centro de Pesquisas em Revista embanews xxx Junho´15

Alimentos. O FoRC entra agora na fase da busca de parcerias com o setor privado, para viabilizar a produção em larga escala. Uma iniciativa de um grupo de cientistas da Universidade de São Paulo - USP, o FoRC é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Tem por objetivo abordar os prin-

cipais desafios globais e desenvolver pesquisa fundamental, estratégica e aplicada, em nível internacional, focada em alimentos e nutrição no Brasil, visando beneficiar o agronegócio brasileiro, consumidores, responsáveis por políticas públicas e agências reguladoras. Além do grupo de Novas Tecnologias e Inovação, os projetos de pesquisa são focados nos pilares: Sistemas Biológicos em Alimentos; Alimentos, Nutrição e Saúde; e Segurança e Qualidade dos Alimentos. A Fapesp apoia 17 CEPIDs, que reúnem cientistas do Estado de São Paulo e de outros países, financiando a infraestrutura e os recursos humanos necessários. A revista embanews conversou com Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco, coordenadora do FoRC, e com Carmem Cecilia Tadini, vice-coordenadora e responsável pela pesquisa com biopolímeros. Bernadette é graduada em Farmácia e Bioquímica pela USP. Atualmente é Professora Titular do departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e Pró-Reitora de Pós-Graduação da USP. Suas pesquisas são focadas nos microorganismos de importância em alimentos. Carmem graduou-se em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas. É Professora Titular do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP e é Vice-coordenadora do NAPAN – Núcleo de Apoio à Pesquisa em Alimentos e Nutrição. Suas pesquisas na área da Engenharia Química, com ênfase em alimentos, se concentram em temas como transferência de calor de alimentos líquidos, novos processos em panificação e embalagens biodegradáveis. Embanews: Quais são as principais dificuldades que encontram na realização de parcerias com o setor privado? Bernadette Franco: Nós trabalhamos em uma área que não tem tra-



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dição em absorver pesquisas acadêmicas. A indústria de alimentos é formada por algumas grandes indústrias e muitas pequenas e médias indústrias. Para as pequenas e médias a dificuldade é a falta de recursos financeiros e infraestrutura para absorver as novas tecnologias em desenvolvimento. As grandes empresas do setor de alimentos, por sua vez, são na maioria multinacionais, e as pesquisas são feitas em centros de pesquisa fora do Brasil e importadas para cá. Essa é uma restrição pelo fato de que o nosso objetivo é trabalhar em parceria para, juntos, desenvolver pesquisa inovadora. A não ser por isso, não existem restrições, estamos abertos a empresas de todos os portes. Embanews: E como vão funcionar essas parcerias? Bernadette Franco: A empresa participa conosco do desenvolvimento na forma de parceria fundamentada em um instrumento jurídico e terá a oportunidade de explorar o resultado com exclusividade. Nessa questão contamos com o respaldo da Agência USP de inovação, que nos dá suporte nas ações que envolvem transferência de tecnologia. Estamos aprendendo muito ainda, porque é uma nova forma de se fazer pesquisa neste país e estamos trilhando agora esse caminho. A Agência USP está trabalhando conosco há um ano e já estamos colhendo os resultados. A transferência de tecnologia é uma meta importante do FoRC, para que haja a conversão dos resultados das pesquisas e do conhecimento acadêmico gerado em aplicações práticas, e traga benefícios ao país. Embanews: Quais são os investimentos envolvidos na pesquisa? Bernadette Franco: Além dos recursos da própria universidade, na forma institucional e dos docentes, pesquisadores, técnicos, pessoal envolvido na pesquisa, as instalações e laboratórios, a Fapesp nos repassa os recursos para tocar a Revista embanews xxx Junho´15

Carmem Tadini

pesquisa. A proposta do FoRC à Fapesp foi muito bem avaliada em âmbito internacional, entre quase 100 propostas. Foi com base nos pareceres dessa avaliação que a Fapesp escolheu algumas pesquisas para apoiar. Agora o nosso desafio é gerar conhecimento novo, de qualidade e útil para a sociedade. É no que estamos trabalhando. Embanews: Vocês trabalham em uma plataforma colaborativa? Bernadette Franco: O FoRC tem sede na USP, e conta com pesquisadores de várias unidades da própria USP, da Poli, da Faculdade de Saúde Pública, da Veterinária, Engenharia de Alimentos, além de pesquisadores de outras instituições que complementam o nosso time, da Unicamp, Ital, Mauá, em uma equipe multidisciplinar, como exige a pesquisa na área de alimentos. Embanews: Como vê as perspectivas da pesquisa?

Bernadette Franco: Acredito que estamos em um momento favorável para realizar pesquisa de ponta no Estado de São Paulo, pois temos recursos das agências de fomento, recursos humanos de primeira linha, infraestrutura adequada, com muitas parcerias com instituições de pesquisa do exterior. Embanews: Pode nos contar um pouco sobre a pesquisa com biopolímeros e os resultados obtidos até agora? Carmem Tadini: O projeto no laboratório vem desde 2005 e a ideia inicial sempre foi utilizar materiais que pudessem ser definidos como biodegradáveis e, a princípio, comestíveis. Mas acabamos abandonando a linha comestível, porque isso limitaria sua aplicação em embalagens, já que seria necessária uma embalagem secundária que a protegesse. Desde esse início, conseguimos vários avanços. Introduzimos novas fun-



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“Contamos com o respaldo da Agência USP de inovação, que nos dá suporte nas ações que envolvem transferência de tecnologia” Bernadette Franco cionalidades em relação à embalagem convencional, tornando-a ativa, porque entendemos que seria importante para ser aceita pelo mercado. Estamos desenvolvendo as pesquisas em duas frentes: embalagens inteligentes e com função antimicrobiana, e já conseguimos produzir os dois tipos em escala de laboratório. Para isso estamos estudando os micro e nano compósitos. As pesquisas para a função antimicrobiana estão voltadas para aplicação em embalagens de pão de forma. Na embalagem inteligente, que se caracteriza pela mudança de cor de acordo com a alteração de PH do produto, as aplicações estão direcionadas para os produtos de origem animal. Já testamos com peixe e os resultados foram bastante positivos. Embanews: Qual é a fonte do biopolímero? Carmem Tadini: Estamos trabalhando com amido de mandioca nativo. Mas existem no Brasil e fora do país, cientistas pesquisando outras fontes amiláceas, como amido de milho, de trigo, entre outros. Também temos grupos no Brasil desenvolvendo trabalhos com gelatinas, que são proteínas de base animal. Esses materiais são relativamente versáteis, mas buscamos melhorar as propriedades, como aumentar a elasticidade, e a barreira ao vapor d’água, por exemplo. Embanews: Quais os benefícios com a biodegradabilidade do material? Carmem Tadini: Além de se biodegradarem totalmente na natureza, há várias aplicações possíveis, Revista embanews xxx Junho´15

como filmes bioabsorvíveis para aplicação médica, em peças para implante, ou curativos para a pele que liberam medicamentos; essa é uma outra rota de nossa pesquisa e outro processo de patente. Embanews: Já existe um projeto para industrializar o polímero? Carmem Tadini: Solicitamos um financiamento para a aquisição de uma estação de trabalho de extrusão a ser instalada no laborário, para obter as condições ótimas de extrusão do material. A partir disso partiremos para a escala

sitos entram na aditivação, para melhoria das propriedades do material, principalmente barreira ao vapor d’água e ao oxigênio e para dar novas funcionalidades aos materiais. Além disso, uma linha de pesquisa liderada pelo prof. Paulo José do Amaral Sobral, no campus de Pirassununga, está investigando diversos estratos de plantas para aplicação em atividades antimicrobianas nestes materiais para aumentar as alternativas de fontes. Também estamos estudando a melhor maneira de encapsular esses ativos, para que a atividade no material seja efetiva mas não migre para o produto. Embanews: Existe uma cadeia de fornecimento estruturada para a fonte de matéria-prima? Carmem Tadini: Nossa fonte de matéria–prima é o amido sem modificação e, portanto, não vai depender só da mandioca, mas da commoditie mais

Estamos desenvolvendo as pesquisas em duas frentes: embalagens inteligentes e com função antimicrobiana, e já conseguimos produzir os dois tipos em escala de laboratório” Carmem Tadini piloto e depois para a produção industrial. A ideia é que se possa utilizar o mesmo parque de máquinas já existente nas fábricas. A estação de trabalho é importada, tem tecnologia de ponta, e permite trabalhar com diferentes parâmetros de extrusão, temperatura, comprimento de rosca, tipo de rosca, e com inúmeras possibilidades de aplicação, com ou sem vácuo, com ou sem resfriamento, etc. As obras do projeto piloto já estão começando. Embanews: Qual é o papel da nanotecnologia no desenvolvimento desses biopolímeros? Carmem Tadini: Os nanocompó-

acessível em determinado momento. A estação de trabalho também poderá avaliar quais os tipos de matéria-prima possíveis de serem utilizadas. Sabemos que há cooperativas de pequenos produtores agrícolas em várias regiões no Brasil que têm dificuldades em encontrar mercados para escoar sua produção, e essa seria uma oportunidade para isso. Uma das pesquisadoras da equipe está fazendo os estudos sobre a viabilidade econômico-ambiental da matéria-prima, que deverá trazer respostas a essa questão. Já desenvolvemos um case de uma embalagem antimicrobiana para queijo prato para demonstrar a aplicação da pesquisa. www.usp.br/forc


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Usina de reciclagem esteve em funcionamento durante a Feiplastic e coletou mais de 10 toneladas de plásticos

EM BUSCA DO CICLO VIRTUOSO Inovação colaborativa desponta no desenvolvimento de soluções para ampliar a reciclagem do plástico Elizabeth Keiko Sinzato

A

importância do plástico em todos os segmentos industriais, do básico ao mais sofisticado, é bastante conhecida. Só no campo da embalagem, são inúmeras as propriedades que disseminaram largamente o seu uso nas últimas décadas. E sua tecnologia só continua evoluindo. Ao mesmo tempo, cresce o desafio de se criar soluções eficazes para a gestão do resíduo.

Cenário desafiador O Brasil gera cerca de 54,38 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) de todos os tipos, dos quais 80%, é recolhido por Revista embanews xxx Junho´15

caminhões para aterros e lixões. Desse volume, mais de 50% é constituído por matéria orgânica e 13,5% corresponde aos plásticos, que são o principal material reciclável enterrado em vez de ser reciclado. Significa um desperdício de R$ 5,08 bilhões, de acordo com a Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, com base em pesquisa do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A Abiplast estima que são retiradas do meio ambiente, por ano, 805 mil toneladas de resíduos pós-consumo, que dão origem a mais de 725 mil toneladas de materiais plásticos reciclados. A Plastivida faz um Monitoramento dos Índices de Reciclagem Me-

cânica de Plásticos no Brasil (IRmP). A última edição, com base de 2012, revela que a quantidade descartada de plástico pós-consumo foi de 3.262.578 toneladas. A produção total de material plástico reciclado naquele ano ficou em 1.086 mil toneladas, sendo a maior parte produzida na região sudeste. Desse total, 683.201 toneladas (64%) teve origem na reciclagem de plástico pós-consumo e 403.457 toneladas (36%) foi proveniente de reciclagem industrial. O índice de reciclagem de plástico pós consumo foi de 20,9% em 2012. A capacidade instalada das empresas de reciclagem somou 1.704.504 toneladas por ano, originadas por 762 empresas, que geraram 18.771 empregos, e um faturamento bruto de R$ 2.496 milhões. O Cempre – Compromisso Empresarial para a Reciclagem reúne no estudo Ciclosoft, realizado há 20 anos, informações sobre os programas de coleta seletiva desenvolvidos por prefeituras. Por peso, os plásticos representaram 24% dos resíduos que passam por coleta seletiva em 2014, com a seguinte composição: PET (34%), PVC (2%), PEAD (20%), PDBD (19%), PP (6%), PS (3%) e misto (16%). Em 2014, a coleta seletiva alcançou 927 municípios brasileiros, que representam apenas 17% do total. Os programas atenderam 28 milhões de pessoas, cerca de 13% da população. Segundo o Cempre, os municípios adotam um ou mais modelos de coleta seletiva e os programas costumam ser melhor sucedidos quando há uma combinação deles. Cerca de 80% dos municípios realizam a coleta porta em porta; enquanto em 45% dos municípios a população conta com Postos de Entrega Voluntária – PEVs. A participação dos catadores, como parte integrante da coleta seletiva municipal vem avançando e está em 76% dos municípios.

Avaliação do Ciclo de Vida É inegável o problema causado pelo descarte incorreto do resíduo, mas ele é a parte final do ciclo de



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Miguel Bahiense, presidente da Plastivida

Jorge Soto, Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem

vida de um produto, ao longo do qual os impactos ambientais são criados. “É preciso olhar para a questão a partir dessa perspectiva mais ampla”, afirma o diretor de Sustentabilidade da Braskem, Jorge Soto. “Quando se avalia o ciclo de vida do plástico, verifica-se que os benefícios são enormes, para ficar em um exemplo, reduzindo o desperdício de alimentos, garantindo sua conservação e maior shelf life, e com as ações corretas é possível minimizar o impacto ambiental”, afirma. Segundo Soto, a Braskem vem investindo na realização de uma série de estudos de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), que verificam os reais impactos ambientais provocados por bens de consumo ao longo de toda a cadeia de suprimentos e estão servindo de base para projetos inovadores. Um exemplo é a parceria da Braskem com a Starbucks Brasil, que dá destino aos copos plásticos e à borra de café, descartados pela rede. Os dois materiais são utilizados juntamente com o Plástico Verde I’m Green™, para a produção de cestos de lixo para lojas da rede. Personalizados, os cestos têm o aroma característico do café. Após coletados, os copos e a borra de café são lavados e moídos para a retirada de todo o resíduo orgânico. A água utilizada no processo passa por descontaminação em uma estação de tratamento de efluentes. O plástico reciclado é então extrudado, com a adição de Plástico Verde e da borra de café. Revista embanews xxx Junho´15

Luiz Gustavo Ortega, Gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskem

O projeto faz parte da plataforma de valorização de resíduos plásticos da Braskem, chamada Wecycle, e lançada com o objetivo de fomentar negócios e soluções que envolvam a cadeia do plástico, através da colaboração com parceiros. Segundo o gerente de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Luiz Gustavo Ortega, o objetivo com o Wecycle é buscar soluções para os grandes geradores

Cestos produzidos a partir de copos descartados, borra de café e plástico I’m Green, parceria entre Starbucks e Braskem

Guilherme Brammer, CEO da WiseWaste

de resíduos, por setores e projetos específicos, como aconteceu no projeto para reciclagem de bombonas de agroquímicos e de embalagens de óleo lubrificante. Entre os projetos a serem lançados estão o de reciclagem de big bags e de aplicações do polietileno reciclado para sopro, feito com cooperativas de reciclagem de lixo doméstico. Cocriação para a geração de produtos inovadores Hoje uma das questões que desafiam o setor de plásticos é a reciclagem de materiais que combinam diferentes resinas, como é o caso de estruturas multicamadas com plásticos diferentes, materiais laminados com outros materiais, etc., considerados de difícil reciclagem. Encontrar soluções para o reaproveitamento desse tipo de material é um campo que vem avançando através de ações inovadoras, como é o caso da WiseWaste, empresa que nasceu há 4 anos para ser este elo de ligação na área de engenharia de materiais e desenho de cadeias de logística reversa para players de vários setores. Ela firmou um convênio tecnológico com a Universidade Presbiteriana Mackenzie, e tem trabalhado em parceria com várias empresas, como P&G, Braskem, Natura, BRF, Volkswagen, Gafisa, Mercedes Benz, entre outras. Segundo Guilherme Brammer, que fundou a WiseWaste, cada polí-


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mero tem sua característica própria e sua função bem definida na embalagem. “O que se faz necessário avaliar é que quanto mais materiais são misturados em uma mesma embalagem, mais complexo se torna o processo de reciclagem daquele material. Hoje no Brasil o processo mais utilizado para a reciclagem é o mecânico, e para isto quanto mais trabalhamos com materiais da mesma origem de processamento, melhor são os resultados alcançados.” Em sua opinião, apesar de não ter havido uma melhoria na coleta desse tipo de material em escala industrial e nem na venda deste material via cooperativas de catadores, ele observa o maior interesse para se achar soluções em escala para estes produtos. “Muitos projetos estão sendo alavancados por grandes empresas do setor, que não estão medindo esforços para criar processos que absorvam estes materiais como matéria-prima. É que chamamos de cocriação na geração de demanda. Quando todos os agentes da cadeia produtiva se juntam para pensar em novas soluções para problemas complexos a velocidade e qualidade das soluções sempre serão superiores às que são tentadas de forma isolada”, afirma Brammer. A WiseWaste é uma empresa que trabalha basicamente através de cocriação. “Todos os nossos produtos são cocriados e por conceito, todos os nossos investimentos são feitos em pessoas e em inovação”, diz Brammer. A empresa desenvolveu um programa que se chama Jornada WiseWaste na qual 3 módulos interdependentes ajudam os clientes a achar melhores soluções para seus resíduos pré e pós-consumo. “Nossa produção acontece com parceiros estratégicos que já possuem a estrutura para dar escala às formulações que desenvolvemos. E nossos desenvolvimentos são feitos com as tecnologias e equipamentos disponíveis no mercado, sem necessidade de muitas adaptações, apenas alguns periféricos.” As resinas desenvolvidas pela WiseWaste podem ser processadas por sopro, injeção, termoformagem, rotomoldagem e deverá ser lançada Revista embanews xxx Junho´15

Jornada WiseWaste No módulo 1 - Engenharia de Reciclagem, são aplicados conceitos e know-how de engenharia de materiais para encontrar usos em escala para resíduos complexos. Já foram desenvolvidas soluções para embalagens multi-camadas, laminadas com alumínio, laminadas com vários polímeros na mesma estrutura, resíduos termofixos, entre outros materiais. No Módulo 2 - Logística Reversa, usando métodos de Design Thinking, através de cocriação com os clientes, cooperativas de catadores, agentes logísticos, entre outros, desenvolve-se o melhor modelo de logística reversa que mais se encaixe para aquele projeto. No módulo 3 - Fechamento de Ciclo, ocorre geração de escala para as soluções técnicas desenvolvidas na fase de engenharia de reciclagem, por exemplo as tampas de embalagens produzidas com resina plástica de origem reciclada, paletes plásticos retornáveis feitos de BOPP reciclado, resinas plásticas recicladas que estão virando materiais para o mercado moveleiro, e muitos outros lançamentos que serão feitos este ano.

Banco de madeira plástica feito de embalagens de cosméticos, com resina desenvolvida pela WiseWaste

também uma linha de resina para impressoras 3D. Um dos desafios para aumentar a produção dessas resinas e as aplicações, segundo Brammer, é a mudança de percepção de valor em relação ao material reciclado. “Mesmo com a limitação no uso de cores, algumas empresas estão usando isso a favor, como a empresa americana Method, que usa material reciclado em praticamente todas suas embalagens de produtos de higiene pessoal e limpeza. Elas têm a cor prejudicada, mas com design superior e uma história (os plásticos co-

letados em praias pelos seus consumidores viram matéria-prima) eles conseguem cada vez mais adeptos. Nós lançaremos uma linha no mercado moveleiro com design que irá surpreender o mercado”, diz.

Grandes empresas na busca de soluções A P&G transformou, por exemplo, embalagens, escovas de dente, aparelhos de barbear antigos e outros itens de plástico em displays para pontos de venda no varejo, em um projeto em parceria com a WiseWaste.



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A Natura é uma empresa que já se debruçou sobre o tema. Ela lançou o Desafio das Embalagens Flexíveis, em 2013, época do lançamento da linha Sou, em stand up pouches, e apesar de não ter gerado uma solução válida à época, trouxe a questão para o debate. Essa prática é parte de sua plataforma de cocriação ou inovação aberta, o Natura Campus, para a promoção de parcerias e conexão em redes para o desenvolvimento de novas ideias, conhecimento, produtos e serviços. A Pepsico também tem um projeto que dá uma nova utilização para embalagens pós-consumo de snacks, em display e paletes. Em 3 anos, foram produzidos 90 mil displays com 470 toneladas de plástico e em 1 ano 22 milhões de embalagens foram transformados em paletes. A Unilever por sua vez tem feito esforço para neutralizar o envio de resíduos originários da produção aos aterros e mesmo para reduzir o consumo de matéria-prima na origem. Esse é o objetivo da Unilever, que desde o final de 2013 tem todos os resíduos de 100% de suas fábricas no Brasil reciclados ou reutilizados de alguma forma, zerando o envio a aterros sanitários. O projeto Aterro Zero nasceu em 2011. Atualmente, todo o material é reaproveitado. Os orgânicos são encaminhados para compostagem (em que o resíduo é transformado em adubo) ou produção de ração animal, entre outros destinos. E o que não é reciclável é destinado ao coprocessamento (destruição em fornos de cimento, gerando energia ou matéria-prima para a indústria cimenteira). Além das nove fábricas da Unilever no Brasil, em 2014, 100% dos Centros de Distribuição exclusivos da Unilever tornaram-se Aterro Zero, e isso corresponde a um volume de 93% dos resíduos gerados em distribuição. A expectativa agora é ampliar para as demais unidades logísticas e escritórios da Unilever.

Reciclagem de EPS A reciclagem do poliestireno expandido (EPS), mais conhecido por Revista embanews xxx Junho´15

Operação Reciclar A Plastivida coordenou, em parceria com o Instituto do PVC, a terceira edição da Operação Reciclar, durante a Feiplastic, Feira Internacional do Plástico, realizada em maio, no Anhembi, em São Paulo, organizada pela Reed Exhibition Alcantara Machado. Todos os resíduos plásticos gerados, desde a montagem até a desmontagem dos estandes dos apoiadores da ação, foram coletados, gerando mais de 10 toneladas de plásticos de 27 empresas, que foram doados para a ONG Reciclázaro – Cooperativa Butantã, entidade responsável pela triagem e comercialização de resíduos para reciclagem, e toda geração de renda foi revertida para os cooperados. Um modelo de usina de reciclagem esteve em funcionamento durante a feira para que os visitantes acompanhassem o processo de preparação dos resíduos plásticos para serem transformados em novos produtos.

Reciclagem de EPS ocorre principalmente na indústria usuária e grande varejo

isopor, é quase desconhecida. No entanto, esse material, que é bastante utilizado como proteção aos produtos, é 100% reciclável. Enquanto o índice médio de reciclagem dos plásticos está em 21%, o do EPS é de 35%, segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida. “Isso ocorre porque a grande parcela do EPS é reciclada na própria indústria usuária e nos grandes varejos, que instalam máquinas degasadoras, que tiram o ar do isopor e o compactam. O EPS tem até 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. O grande usuário de EPS reciclado é

a construção civil que absorve 80% misturado a argamassa, concreto leve, lajotas, telhas termoacústicas, rodapés, etc. Também é utilizado na indústria de calçados, móveis, e utilidades domésticas. No entanto, a reciclagem do isopor de uso doméstico ainda não se viabilizou”, afirma Bahiense. Durante a Feiplastic, a reciclagem do EPS e do PVC foi destacada, pois há um desconhecimento sobre a capacidade de reciclagem desses materiais. O PVC tem baixo índice de utilização na indústria de embalagem. Já a sacola plástica pede um capítulo à parte.



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Embalagem, fator competitivo

na exportação

Inova Embala, uma parceria entre Apex-Brasil e o Instituto de Embalagens, visa capacitar empresas para a exportação

Seminário “A Importância da Embalagem para a Competitividade Internacional”, iniciativa do Inova Embala, reuniu palestrantes como Michael Ferrari e Mario Narita

A

empresa brasileira enfrenta desafios crescentes para ser competitiva no mercado internacional. A Apex-Brasil em parceria com o Instituto de Embalagens criou o projeto Inova Embala, que visa capacitar as empresas brasileiras sobre a importância das embalagens para a exportação, sobretudo no segmento de alimentos e bebidas. Segundo Assunta Camilo, diretora do Instituto de Embalagens, o Inova Embala contribui para a competitividade internacional das empresas participantes da iniciativa à medida que as auxilia a avaliar suas embalagens, considerando as exigências do mercado externo e levando em conta pontos críticos como certificações e normas internacionais, novas tecnologias, novos materiais e estudo das culturas de consumo nos mercados internacionais. “Como parceiro com expertise técnica no assunto, o Instituto se responsabiRevista embanews xxx Junho´15

liza pela organização das ações do projeto que são a capacitação e realização de diagnósticos e análises das embalagens para exportação e atendimento individualizado às empresas para orientações e esclarecimentos sobre dúvidas específicas relativas ao tema Embalagens”, explica Assunta. No atendimento individualizado às empresas – as Clínicas de Embalagem – são considerados aspectos como a inovação em embalagens, conceito e projetos de embalagens, critérios para desenvolvimento de embalagens, melhorias de embalagens para promover uma melhor aceitação (maior competitividade) junto ao mercado alvo, transporte e armazenamento, adequação das embalagens para exportação (critérios necessários para uma embalagem internacionalizada). Em uma das iniciativas recentes do Inova Embala, o seminário “A Importância da Embalagem para a Compe-

titividade Internacional”, discutiu-se o tema pela via da inovação que agrega valor ao produto por meio da embalagem, considerando as principais tendências da atualidade. Entre os palestrantes, Mário Narita, diretor da agência de design da embalagem Narita Design, define como o consumidor vai enxergar a sua embalagem. Para fazer esse trabalho, a agência criou o processo límbico, que utiliza imagens, para acessar as emoções e sentimentos das pessoas, e desenhar a linguagem visual das embalagens. Ele cita o projeto feito para uma bebida com mais álcool, destinada ao público jovem masculino da classe B e C, cujo briefing destacava força e masculinidade, mas depois do processo límbico, a embalagem ganhou shapes mais suaves e sem muito ornamento. “É preciso entender o consumidor como ser humano que é igual em qualquer lugar do mundo. Ele quer ser procurado, reconhecido e amado”, afirma Narita. Michael Ferrari, fundador da Ferrari Soluções Inovadoras e ex-diretor de pesquisa e desenvolvimento da Procter & Gamble, afirma: “O consumidor mudou. Hoje, ele se individualizou, é mais impaciente e quer as coisas na hora. Por isso, ele está mais conectado”, diz. “A geração Y, que em cinco anos vai representar 35% da força de compras, faz compras pela Internet”. Com isso, a personalização de embalagens com o uso da impressão digital é uma boa solução para engajar e interagir com os consumidores. “Hoje, a rede social é fundamental para as marcas, especialmente para falar com os consumidores, através dos dispositivos móveis, e a embalagem é o ponto chave para isso”, conclui Ferrari. O Inova Embala contempla as empresas dos projetos: Brazilian Flavours, Brazilian Rice, Happy Goods, Organics Brasil, Sweet Brasil e Wines of Brazil, das entidades: ABBA, Abiarroz, Abimapi, IPD, Abicab e Ibravin, respectivamente. A próxima etapa do projeto consiste na elaboração da cartilha “Embalagens para Exportação” que será estruturada com base em dúvidas comuns e orientações estratégicas às empresas. www.apexbrasil.com.br www.institutodeembalagens.com.br



44

xxx artigo

O valor de sua propriedade Artigo de: Roberta Ferreira de Oliveira* Ricardo Piragini*

E

ste artigo tem como objetivo explicar e fazê-los refletir sobre a importância de proteção de um dos patrimônios mais importantes de uma empresa: a Propriedade Industrial. Melhor explicando, trata-se do conjunto de criações intelectuais que são desenvolvidas no âmbito empresarial e que são intangíveis, ou seja, não têm forma, mas não deixam de ser valiosas. O que muitos não sabem é que, por vezes, ainda que as demais propriedades da empresa não sejam tão valiosas, o investimento e criação em marcas, patentes e desenhos industriais podem alavancar o valor de uma empresa e, em alguns casos, até superá-la. Para se ter uma noção, o valor da

Objeto de Proteção

Marca

Patente

Desenho Industrial

Software Revista embanews xxx Junho´15

marca Google era de 158 bilhões de dólares, segundo o último relatório sobre o balanço da empresa feito em 2014 por especialistas em avaliação de marcas e ativos intangíveis. Isto quer dizer que, se a Gigante da Tecnologia do Vale do Silício amanhã perdesse todos seus ativos e sobrasse apenas a marca, poderia vendê-la por aquele astronômico valor. Neste sentido, torna-se muito importante para o empresário de qualquer segmento criar e proteger seus ativos intangíveis, sejam eles marcas, patentes ou desenhos industriais, pois tal propriedade não pode ficar a mercê de usurpadores e piratas de plantão que podem “pegar carona” no sucesso da sua empresa. De modo a facilitar a compreensão do que deve ser objeto da proteção enquanto Propriedade Industrial, vejamos o quadro. Cada objeto que se pretende proteger deve ser analisado a fim de verificar quais as possibilidades de registro e melhor forma de proteção.

Principais características

Forma de Registro

- Sinal distintivo que será vinculado a produtos e/ou serviços

Registro pode ser requerido nas seguintes formas: - Nominativa - Mista - Figurativa - Tridimensional

- Invenção ou melhoramento de um objeto ou processo

A patente pode ser nas seguintes modalidades: - Patente de Invenção - Modelo de Utilidade

- Proteção da forma plástica ornamental de um objeto (estética)

Registro deve ser requerido desde que o Desenho Industrial tenha novidade em relação ao que existe no mercado

- Programa de computador original

Proteção do código fonte

Entretanto, inicialmente, vale elucidar que a marca, por exemplo, não deve se confundir com o nome empresarial, visto que são institutos jurídicos diferentes e que merecem proteções distintas. Ou seja, o simples fato da empresa já ter sido constituída na Junta Comercial ou em outros órgãos, não retira a importância de se buscar a proteção de marca. No Brasil, o principal órgão de registro é o INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que se ocupa dos registros de marcas, desenhos industriais e softwares, bem como o depósito de patentes. Vale ressaltar, ainda, que como toda a propriedade, as marcas, patentes, desenhos industriais, etc. podem entrar no balanço da empresa como ativos valiosos. Por isso, é de suma importância que tal proteção ocorra o quanto antes e que se consultem especialistas na matéria para que não haja prejuízos e decepções futuras. Por fim, pode-se concluir que a Propriedade Industrial tem um papel importante no desenvolvimento e consolidação da empresa no mercado, tanto no âmbito da inovação tecnológica (desenhos industriais e patentes) quanto no imaginário do cliente/ consumidor, através da associação de qualidade com determinada marca de produtos ou serviços prestados. A partir da próxima edição entraremos em mais detalhes no escopo de proteção e importância de cada um dos tipos de Propriedade Intelectual disponíveis para a maior proteção das empresas. *Advogados de Britânia Marcas e Patentes Ltda. e-mail: ricardo.piragini@britaniamarcas.com.br



xxx competitividade

Birô de apoio ao aumento da competitividade

O

Instituto Mauá de Tecnologia desenvolveu metodologia para apoiar o aumento da produtividade e da competitividade de micro, pequenas e médias empresas (PMEs) de diversos segmentos, o que inclui as indústrias fabricantes e usuárias de embalagem, utilizando as instalações do Laboratório de Comissionamento Virtual. Cinco etapas compõem a metodologia: a) Mapear os processos; b) Avaliar criticamente os procedimentos; c) Cronometrar as etapas dos processos; d) Virtualizar os processos, identificar claramente as oportunidades de aumento da produtividade e propor ajustes para implantá-las; e) Simular os resultados advindos desses ajustes. Na edição de Janeiro de 2015 da embanews detalhei as três primeiras como sendo os passos iniciais para tornar “enxuto” o Sistema Embalagem. A redação dada à quarta etapa foi a seguinte: os dados coletados são analisados criticamente e, a partir das conclusões dessa análise, tem-se o alicerce sobre o qual deve ser elaborada a estratégia para adotar a filosofia da embalagem “enxuta”. O presente texto a amplia ao incluir a virtualização como ferramenta para identificar oportunidades de melhoria. Na Figura 1 encontra-se um exemplo de linha de montagem de redutores a partir do desenho da peça. Isso também pode ser feito para a produção de material de embalagem e para o envase de alimentos, cosméticos, produtos químicos e farmacêuticos. Com todas essas informações em mãos, é possível simular, por exemplo: a) alterações nas máquinas para aumentar sua eficiência; b) mudanças de layout; c) correlações entre características de materiais de embalagem e

Foto: Divulgação

46

Antonio Cabral

a Eficiência Global dos Equipamentos1 (OEE2 ). Enfim, há um universo de possibilidades a explorar. Cabe aqui a pergunta: é possível utilizar esses recursos? A resposta (sim!) se consubstancia no Birô de Apoio à Competitividade das Micro, Pequenas e Médias Empresas (vista parcial do Laboratório na Figura 2), parte da “Estratégia de Manufatura Digital” do Curso de Engenharia de Produção da Mauá. Atualmente, além de professores com experiência no ambiente industrial, o Birô conta com 5 bolsistas do CNPq (profissionais e estudantes) e 8 monitores (alunos do 3º e 4º anos de Engenharia de Produção) que colaboram nos trabalhos e, ao mesmo tempo, especializam-se nos softwares. A fase inicial, de formação de competências, conta também com o apoio de 8 empresas de diferentes setores (outras 5 entrarão no projeto em junho) e deverá estar concluída no final de 2015, quando todos os procedimentos operacionais também estarão definidos. A expectativa é que o Birô esteja aberto ao mercado no início de 2016. Deixo um convite aos leitores: visitem o Laboratório e conheçam o nosso trabalho. FIGURA 2: VISTA PARCIAL DO LABORATÓRIO

FIGURA 1: EXEMPLO DE VIRTUALIZAÇÃO DE LINHA DE MONTAGEM DE REDUTORES

1

Eficiência Global dos Equipamentos é a tradução proposta por Robert Hansen para a sigla OEE. 2 OEE – Overall Equipment Effectiveness.

Referência Bibliográfica HANSEN, R. C. – EFICÊNCIA GLOBAL DOS EQUIPAMENTOS;

tradução Altair Flamarion Klippel - Porto Alegre: Bookman, 2006. 246p. Antonio Cabral Coordenador do Curso de Pós-graduação em Engenharia de Embalagem do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia - acabral@maua.br Revista embanews xxx Junho´15



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Os americanos “verdes” e a questão de produtos sem embalagens

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ecentemente visitamos os Estados Unidos e aproveitamos para pesquisar os pontos de venda da “comunidade verde”. A crescente onda pela saúde tem multiplicado as vendas de produtos orgânicos e naturais. Redes como Whole Food’s® ampliam as lojas e o número delas, espalhando-se também para outros países. Outras redes menores, como a Trader Joe’s®, também surfam na onda do “simples é mais”, com proposta de produtos integrais e naturais, na grande maioria, de marca própria. Essa rede de supermercados iniciou suas atividades em 1958, possui dezenas de lojas e tem uma loja em Washington, num bairro de classe média alta, na avenida 14 Noroeste, próximo à rua T. A clientela é local, fiel e se divide entre esse mercado e o próximo Whole Food’s®, que se encontra na rua P. Com isso foi possível saber a quantidade de consumidores das duas lojas, já que elas eram grandes e estavam quase sempre lotadas, principalmente no final do expediente. Notamos que ambas tinham a linha de produtos de A a Z praticamente completa. Destacaria como curiosidade que no Trader Joe’s® havia até mesmo papel higiênico e vinho de marca própria! Ainda pudemos notar a venda de água, mel, conservas, congelados e praticamente toda a sorte de produtos. O padrão de design das embalagens era muito simplista, com ilustrações estilizadas e divertidas. Na mesma linha seguia a comunicação dos tops de gôndola. Os móveis eram espartanos, com prateleiras simples de tábuas corridas e com amplo espaço entre os corredores. O Whole Food’s é mais bem estruturado, com produtos com preços acima da média dos demais supermercados. A linha inteira de produtos é no mínimo Revista embanews xxx Junho´15

“natural”, além de diet, light, especiais (integrais, sem glúten, sem lactose, vegetariano, sem transgênicos etc.). A marca própria 365® para alimentos é completa, com muitos itens orgânicos. Na seção de produtos frescos, além de frutas, verduras e legumes frescos, comercializam sopas e saladas em grandes buffets self service. Nessa loja, a proposta de venda de alguns produtos sem embalagem está em prática para uma linha de grãos, cereais e massas. No alto da gôndola há uma chamada anunciando que assim estão propondo um menor food print... Mas me pergunto: quem conferiu a Análise de Ciclo de Vida para garantir isso? Pareceu-me falso, pois como os produtos estão expostos em tubos abertos, acredito que a segurança ali-

Fotos: Divulgação

EUA

Assunta Napolitano Camilo

mentar fica comprometida. Além disso, como seria possível manter o shelf life, a crocância e as características dos produtos? De que adianta o produto não ter embalagem se para levar para casa os consumidores são obrigados a embalá-los nos saquinhos de plástico disponíveis para pesagem? Creio que seria importante analisar com maior profundidade todo o ciclo, pois pior do que ter embalagem superdimensionada, é ter uma embalagem subdimensionada que compromete o produto, a saúde do consumidor e o meio ambiente. Embalagem é melhor e promove um mundo melhor. Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br.

Lojas inteiras de produtos naturais; algumas adotam a venda de produtos sem embalagem, prática questionada na segurança alimentar e shelf life do produto ASSUNTA NAPOLITANO CAMILO Diretora da FuturePack - Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens - Ensino & Pesquisa Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora de vários livros sobre o assunto, incluindo o mais recente Better Packaging Better World. E-mail: atendimento@institutodeembalagens.com.br


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Precisão do equipamento pode ser regulada A TEC Engineering do Brasil, empresa que atua na área de equipamentos para automação industrial, lançou durante a Feiplastic a Esteira inclinada com Detector de metal, com aplicações principalmente na indústria de alimentos e de plástico reciclado, entre outras. O detector de metal detecta no produto embalado a presença de metais de diferentes dimensões, de acordo com o cliente, que determina o grau necessário de precisão do equipamento. Na indústria de reciclagem de plásticos, sua aplicação é particularmente útil, pois a presença de metal no plástico danifica os moinhos.

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A Videojet está lançando a tinta V418 para seus equipamentos de codificação ink jet da Série 1000. O lançamento atende os rigorosos padrões da indústria de alimentos, como a nova versão do British Retail Consortium (BRC), recentemente introduzido, assim como o EU food labeling directive 1169/2011. A V418 foi formulada especificamente para melhorar a aderência e a resistência à abrasão em embalagens de filme flexível comumente usadas em fábricas de carnes, aves, peixes e frutos do mar. As condições ambientais como frio e umidade que cercam a área de embalagem desse tipo de produto impõem desafios de como melhorar a aderência ruim da tinta sobre a embalagem devido a resíduos oleosos ou condensação. A V418 foi formulada para repelir ativamente a água e uma variedade de óleos depois da secagem, proporcionando impressões de melhor qualidade e mais duradouras em ambientes extremos, especialmente em materiais difíceis de imprimir, como o polietileno. www.videojet.com

Fotos: Divulgação

Codificação em ambientes úmidos

Multifuncionalidade na envasadora e tampadora A KUGLER Flexofill, que esteve em exposição na FCE e também será apresentada pela Optima na Fispal, é uma máquina monobloco, multi-talento, para envase e fechamento de produtos líquidos e/ou viscosos em embalagens estáveis. Este modelo de máquina é 100% fabricado no Brasil, a partir de tecnologia alemã, e foi desenvolvido para atender o mercado brasileiro. Conta com financiamento pelo Finame e está em conformidade com as normas da GMP e NR12. É uma solução voltada para as indústrias alimentícia, cosmética e farmacêutica, que oferece excelente acessibilidade, e é fácil de limpar. Alterações de formato são realizadas de forma rápida e fácil através de receitas programadas no painel de controle touchscreen. Quatro sistemas diferentes de envase podem ser utilizados para o processamento ideal dos produtos. O volume máximo de envase é de 500 ml e a capacidade máxima de produção é de 70 frascos/min. www.optima-bra.com Impressão digital para termoformagem A EFI destaca a EFI VUTEk GS 3250 ProTF, solução para impressão digital direta com tinta UV de superfícies para termoformagem profunda, que suporta a pressão a vácuo em altas temperaturas, com alta qualidade de impressão, sem danos, como lascas ou perda de adesão. Entre as aplicações estão sinalizações, embalagens, displays para ponto de venda e painéis. Aceita materiais como PETG, acrílico, policarbonato, poliestireno, PVC e outros. Possui tecnologia de escala de cinza, imprimindo imagens com alta qualidade, mantendo a velocidade de produção com melhor aproveitamento da tinta. www.efi.com

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A 5ª edição da Plastech Brasil acontece de 25 a 28 de agosto, no Parque de Eventos da Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS), uma realização do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás). A feira cobre a cadeia petroquímica de transformação e é considerada a mais importante do setor organizada por um sindicato empresarial. O evento acontece a cada dois anos e foi concebido pelos próprios empresários para criar e desenvolver um ambiente favorável à geração de resultados. A Plastech Brasil proporciona espaços de aproximação e relacionamento; rodadas de negócio em parceria com o programa Think Plastic Brazil - em escala internacional -, e o Sebrae, com foco no mercado interno; além de uma iniciativa de sustentabilidade com alcance na esfera pública, o Recicla Plastech Brasil.

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A embalagem de cream cheese Philadelphia, da Mondelez Brasil, está mais arredondada, facilitando a utilização, mais prática para o consumidor tirar o queijo com uma colher. Os potes e tampas foram decorados por sistema IML – In mold label, da Verstraete. Apenas com um rótulo é possível decorar todos os lados da embalagem, com alta qualidade de impressão, proporcionada pelo sistema offset. Na tampa transparente de Philadelphia, foi utilizado o DoubleSided IML, rótulos IML impressos frente e verso, permitindo a visualização de receitas no verso da tampa. Com sede na Bélgica, a Verstraete tem escritório regional em São Paulo. As embalagens são produzidas pela Jaguar Plásticos, pelo processo de injeção. http://www.verstraete-iml.com/pt

Garrafas a partir de bobinas A Serac irá demonstrar na Fispal a máquina Roll n’ Blow, que traz um conceito inovador de termomoldagem vertical para a produção de garrafas a partir de bobinas de plástico. Desenvolvido inicialmente para o PS, agora pode ser aplicado em PP. A tecnologia foi adaptada para produzir garrafas para a indústria de lácteos, como iogurtes, que não aparentam nenhuma diferença com as garrafas sopradas. A inovação está no processo de termoformagem vertical que primeiro forma as chapas de plástico num tubo, antes de aquecer e soprar a garrafa em um molde. Como resultado, não há limites de tamanho para o gargalo ou altura da garrafa. As garrafas também mostram uma melhor resistência à compressão vertical do que a tecnologia de termoformagem convencional. A solução permite a produção de garrafas na planta do cliente, reduzindo a pegada de carbono do processo. www.serac.com.br

Envolvera de paletes A Sunnyvale está com nova solução em seu portfolio. É a nova máquina envolvedora automática DR1800FZFM, que conta com braço giratório e trabalha com filme estirável para a unitização de cargas em paletes. Sustentada com estrutura de quatro colunas, a máquina envolvedora atinge velocidade máxima de rotação do braço giratório de 20 rpm e detecta automaticamente a altura do palete via sensor. O conjunto de solda e corte do filme é parte integrante do equipamento. A capacidade de produção é de 40 paletes/ hora. www.sunnyvale.com.br

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A Fispal Tecnologia - Feira Internacional de Processos, Embalagens e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas acontece de 23 a 26 de junho, no Anhembi. Na abertura do evento, no dia 23 de junho, às 9 horas, haverá o debate Brasil Processed Food 2020: A Importância da Comunicação Direcionada ao Consumidor, que se propõe a discutir os mitos e preconceitos na comunicação e promoção de alimentos processados, apoiado na pesquisa A Importância dos Alimentos Processados para a Sociedade Brasileira que está sendo realizada pelo ITAL - Instituto de Tecnologia de Alimentos. O estudo foi dividido em três partes: Ciência e Tecnologia, Mercado e Consumo.

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PET, preparado para a demanda Econômico e cada vez mais sustentável, o poliéster vem se sobressaindo entre os materiais de embalagem. Além de mercados de uso consolidado, como os de refrigerantes, águas minerais e óleos comestíveis, a inserção é crescente nos segmentos de sucos, energéticos, condimentos e lácteos, como apontou recentemente o presidente da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), Auri Marçon. Destacam-se também novos usos da embalagem para apresentações em capacidades maiores, como garrafões de água mineral e bombonas de produtos de limpeza. Ao lado da Mossi & Ghisolfi, referência na produção de resina PET no Brasil há 13 anos, teve início a primeira etapa de produção pela Petroquímica Suape, em agosto de 2014. A capacidade instalada de produção de resina passa assim para 775.000 t/ano. Com a entrada da segunda parte da operação de Suape em 2015, esta irá atingir 1.000.000 t/ano. Mesmo estando previsto algum crescimento no consumo doméstico para 2015 e substituição de parte das importações de pré-for-

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Revista embanews xxx Junho´15

mas, a produção atual passou a ser maior do que a demanda, o que deve levar os fabricantes a procurarem o mercado externo, principalmente o sul-americano, para comercializarem seus excedentes nos próximos anos. As iniciativas e a perseverança no desenvolvimento da reciclagem também têm dado bons resultados. Entre outras empresas, a Natura anuncia que as embalagens de produtos da linha Ekos têm 50% de PET reciclado de embalagens com vários usos. Ambev afirma estar envasando parte da produção de guaraná Antarctica em garrafas 100% recicladas desde 2013. Baseada em normas europeias e americanas, a Anvisa homologou, nos últimos três anos, quatro empresas (Valgroup, Global PET, Unipet e Viscotec) para reciclagem BTB (bottle to bottle), estando estas habilitadas a vender resina recuperada para produção de embalagens alimentícias, exceto para água mineral. A capacidade atual de produção deste tipo de reciclado é de aproximadamente 100.000 t/ano. A figura mostra o consumo nos anos recentes.

A Pierre Fabre do Brasil anunciou um plano estratégico de investir acima de R$ 50 milhões para reforçar a presença industrial do grupo no Brasil com a modernização de sua fábrica de Areal (RJ) entre 2015 e 2019, que terá sua capacidade de produção quintuplicada. A planta será dedicada à produção de dermocosméticos, principalmente das marcas Darrow e Avène. Em médio prazo, a companhia prevê fazer da fábrica de Areal a sua plataforma industrial e logística para todos os países da América do Sul. Pierre Fabre é o 3º laboratório farmacêutico francês e o 2º laboratório dermocosmético mundial. Seu volume de negócios aumentou em 2014 para 2,11 bilhões de euros. O acordo de compra da APPE, especialista europeia em embalagem PET, pela Plastipak Packaging, fabricante global de embalagens plásticas rígidas, deve ser concluído em 1º de junho. A Plastipak foi selecionada pela Partners Florestais (administradores de La Seda de Barcelona) como o licitante vencedor para adquirir a APPE com um lance vencedor de 360 milhões. A APPE tem atualmente nove unidades fabris, na Europa, Ásia e Norte da África e a Plastipak tem 32 fábricas pelo mundo, das quais sete na Europa. A expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado foi de 269.828 toneladas em abril de 2015, segundo dados da ABPO – Associação Brasileira de Papelão Ondulado. O volume foi 6,18% abaixo do apresentado no mês anterior e 2,23% menor em relação a abril de 2014. No acumulado do ano, de janeiro a abril, o setor movimentou 1.088.938 toneladas, queda de 1,23% em comparação ao mesmo período do ano passado. O setor de borracha e plástico recebeu R$ 680 milhões em investimento estrangeiro direto (IDE) em 2014, que representa o montante de investimentos realizados por estrangeiros no Brasil, caindo 17% em relação a 2013, enquanto a indústria de transformação teve um crescimento de 11% no IDE. O dado consta do Perfil 2014 da Indústria Brasileira de Transformação de Material Plástico, elaborado pela Abiplast.


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