EMBANEWS TV ASSISTA O EPISÓDIO 19 DO PODEMBALAR EMBANEWS COM DANILO STORTI, DIRETOR GERAL DA GRÁFICA SARAPUÍ. ESCANEIE O QR CODE AO LADO PELO CELULAR OU ACESSE O LINK HTTPS://YOUTU.BE/U182D_SXQHG
FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)
Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi
Administração: Rejane Doria
Redação: redacao@embanews.com
Publicidade: comercial@embanews.com
Colaboradores desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Clarice Fedosse Zornio, Fabio Mestriner, Leandro Lima Andrade, Manolo Amato, Ricardo Sastre
Projeto Gráfico: FlyJabuti Design
A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.
Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.
Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação impresso, digital ou outros meios sem prévia autorização. Telefone: (11) 3060-8817 / WhatsApp 11 94721-4102
REPOSICIONAR A EMBALAGEM COMO AGENTE DE SUSTENTABILIDADE
No dia 04 de dezembro, em evento híbrido, a ABRE lançou dois materiais que abordam questões fundamentais sobre EMBALAGEM E SUSTENTABILIDADE.
Tendo como objetivo ampliar a discussão sobre um tema tão relevante e focando na importância da embalagem dentro da cadeia de consumo em que ela participa, essas ferramentas abandonam o “tequinês” típico da indústria e trazem o assunto de forma leve e fácil de entender.
Essa nova maneira de comunicar contribui para que a sustentabilidade seja tratada de forma transversal pelas empresas e ajuda a colocar todos os envolvidos na “mesma página”, algo que é fundamental para que a embalagem seja realmente eficaz no seu papel de agente de sustentabilidade.
Um dos materiais é o Guia passo a passo para Autodeclaração Ambiental nas Embalagens, uma ferramenta para melhorar a qualidade das autodeclarações ambientais nas embalagens, resgatando seu papel no engajamento para o consumo responsável.
As autodeclarações ambientais configuram todo texto, símbolo ou gráfico que indicam um aspecto ambiental de um produto, de um componente ou de uma embalagem, feita em rótulos de produtos ou em embalagens.
Autodeclarações ambientais nas embalagens feitas de maneira adequada e assertiva têm como objetivo:
Diminuir o greenwashing tra-
zendo uma comunicação mais clara para o consumidor ajudando-o a fazer escolhas melhores e contribuindo para o consumo responsável;
Dar segurança para as empresas declarantes que terão respaldo para sustentar a autodeclaração ambiental caso sejam questionadas por consumidores ou órgãos reguladores.
A ferramenta da ABRE traz oito passos que devem ser seguidos para que uma ótima autodeclaração ambiental seja feita nas embalagens dos produtos de bens de consumo, pois a crescente proliferação de símbolos e selos tende a confundir os consumidores e a comunicação feita com ética e transparência gera valor compartilhado.
Os oitos passos são:
1) Briefing
2) Normas
3) Rascunho
4) Pré teste
5) Preparação para o lançamento
6) Compromisso de qualidade
7) Aprovação para o lançamento
8) Pós-aprovação
A Constelação da Embalagem Sustentável surge como uma leitura indispensável para profissionais de diversas áreas das companhias, como por exemplo, marketing, compras, comunicação, comercial, entre outras.
O documento destaca o papel das embalagens na construção de um futuro sustentável e é essencial para alinhar toda a equipe e posicionar a embalagem como um elemento estratégico de sustentabilidade, além de ser fundamental para
o engajamento do consumidor.
A Constelação da Embalagem Sustentável traz o conceito da embalagem positiva que abrange três pilares fundamentais e quais são os caminhos para chegar lá.
Pilares da Embalagem Positiva
Social: garante qualidade de vida, oferecendo acesso aos produtos e sendo um condutor de saúde e bem-estar;
Ambiental: preserva o produto, reduz e evita desperdícios, viabiliza o transporte e a distribuição;
E como agente de transformação: estimula escolhas conscientes, promovendo hábitos mais sustentáveis e agregando maior valor.
E as estrelas da Constelação da Embalagem Sustentável apontam como tornar as embalagens cada vez mais positivas.
As estrelas da Constelação da Embalagem Sustentável:
• Matéria-prima
• Função
• Circularidade
• Eficiência e eficácia
• Consumidores
• Intencionalidade
A Constelação da Embalagem Sustentável é um convite para que todo o ecossistema de embalagem e bens de consumo atue de maneira conjunta para ampliar cada vez mais o impacto positivo das embalagens.
O Guia passo a passo para Autodeclaração Ambiental nas Embalagens e a Constelação da Embalagem Sustentável estão disponíveis para download em: www.abre.org.br/abresustentabilidade
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
Bisnagas plásticas de menor impacto ambiental com redução do uso de recursos naturais
A Globoplast é uma empresa referência no fornecimento de soluções ecológicas e eficientes em embalagens, comprometida com as demandas globais. Oferecemos uma ampla variedade de soluções comprovadamente eficazes para reduzir a pegada de carbono, incluindo a diminuição no uso de matérias-primas e emissões de CO2.
Um dos nossos destaques são as tampas Low Profile para bisnagas de 35 e 50 mm, que possuem uma redução significativa no peso em comparação com as opções convencionais. Além disso, utilizamos resinas recicladas em nossas bisnagas, com uma composição de até 100% PCR, o que cria um novo ciclo de vida para as embalagens sem comprometer a funcionalidade e a qualidade dos nossos produtos.
Para nós, a sustentabilidade é um compromisso fundamental em todas as etapas do processo produtivo. Sentimos orgulho em oferecer produtos de alta qualidade, contribuindo para o meio ambiente.
ASSUNTOS IMPORTANTES PARA A INDÚSTRIA DE EMBALAGEM EM 2025
Vivemos tempos velozes e de mudanças aceleradas com desafios que muitas vezes assustam aqueles que não estão percebendo ou acompanhando as mudanças.
A complexidade do mundo atual, a geopolítica global está surpreendendo os analistas e. superando as previsões mais arrojadas com fatos novos e não previstos.
Com o noticiário online 24 horas sete dias por semana, fica difícil acompanhar tantos temas que impactam nosso setor mesmo que aconteçam em lugares distantes pois o mundo atual está integrado de tal forma que tudo o que acontece acaba tendo algum impacto sobre nós.
Para não deixar passar nada de muito importante, devemos estar atentos pelo menos aos temas cruciais do nosso setor e por isso decidi escrever este pequeno lembrete sobro os assuntos que estrão em pauta em 2025, que os dirigentes e gestores do setor de embalagem precisarão estar atentos.
A Inteligência Artificial vem ganhando terreno de forma vertiginosa e acompanhando este movimento, descobri que cerca de 200 inteligências artificiais são lançadas no mundo a cada dia. No início foi a Open AI com o Chat GPT que deu início a população da IA tornando acessível a todos a pesquisa inicial e o conhecimento dessa nova ferramenta.
As grandes plataformas como Google, Amazon, Meta e IBM lançaram suas Inteligências artificiais e logo o ambiente digital online estava repleto delas, mas passada a primeira onda, ficou claro que o futuro será das IA especializada, dedicada temas específicos e milhares delas começaram a ser lançadas nas principais atividades desde medicina, e-commerce, agricultura, engenharia, produção e tantas outras. Assim como no início da internet todas as empresas rapidamente perceberam que precisariam ter um site para não deixar que apenas seus concorrentes aparecessem nas buscas da WEB, algumas empresas já perceberam que precisarão ter suas próprias Ais para não ficarem para trás neste novo cenário competitivo que está se delineando.
Perguntei para a Inteligência Artificial quis os principais benefícios que ela poderia trazer para as empresas do setor de embalagem e esta foi a resposta que obtive:
As inteligências artificiais (IA) especializadas podem trazer vários benefícios para as empresas do setor de embalagem, incluindo:
1. Melhoria na eficiência: A IA pode
automatizar tarefas rotineiras e repetitivas, como a análise de dados e a gestão de estoque, liberando recursos para tarefas mais estratégicas e valorizadas.
2. Aumento da precisão: A IA pode ajudar a reduzir erros e imprecisões em processos de embalagem, como a contagem de produtos e a aplicação de rótulos, garantindo que os produtos sejam embalados corretamente e de forma segura.
3. Melhoria na capacidade de resposta: A IA pode ajudar as empresas a reagir rapidamente a mudanças no mercado, alterações nas demandas de produtos e alterações nos padrões de embalagem.
4. Análise de dados: A IA pode analisar grandes volumes de dados sobre a produção, estoque e entrega de produtos, fornecendo insights valiosos para melhorar a eficiência e reduzir custos.
5. Desenvolvimento de novos produtos e serviços: A IA pode ajudar as empresas a desenvolver novos produtos e serviços de embalagem, como embalagens personalizadas e embalagens sustentáveis.
6. Melhoria na segurança: A IA pode ajudar a identificar e prevenir riscos de segurança, como a contaminação de produtos e a perda de dados.
7. Redução de custos: A IA pode ajudar a reduzir custos de produção, armazenamento e entrega de produtos, bem como custos de manutenção e reparo de equipamentos.
8. Melhoria na experiência do cliente: A IA pode ajudar as empresas a melhorar a experiência do cliente, fornecendo informações precisas sobre a disponibilidade de produtos e a entrega.
9. Desenvolvimento de parcerias: A IA pode ajudar as empresas a estabelecer parcerias mais eficazes com fornecedores e parceiros, melhorando a colaboração e a comunicação.
10. Inovação e competitividade: A IA pode ajudar as empresas a se manter competitivas no mercado, desenvolvendo soluções inovadoras e personalizadas para atender às necessidades dos clientes.
Em resumo, a inteligência artificial especializada pode trazer benefícios significativos para as empresas do setor de embalagem, melhorando a eficiência, a precisão, a capacidade de resposta e a inovação, entre outros. Portanto, restaevidenteque as empresas dever esta muito atentas a este tema em 2025.
Outro assunto que está dominando a pauta e que não pode ser negligenciado é a questão ambiental. Nosestudos que venhorealizando nas tesesde mestrado e doutorado publicadas pelas universidades
do Brasile do munto, quando se busca por embalagemou “packaging” fica fácil perber que a sustentabilidade e a circularidade se destacam entre os temas abordados.
Nesse tema, uma atenção mais acuradaprecisa ser colcada no que chamo de “Sustentabilidade Positiva” onde a indústriade embalagem em sua comunicação precisa sair da defensiva e deixar de pedir desculpa por existir mas integrar ao seu discurso sobre sustentabilidade a função social da embalagem e sua contribuição para avida das pessoas, só assim ela será perbida cada vez mais comoalgo útil e indispensável à vida humana e menos como uma inimiga do meioambiente que precisa ser combatida com legislações cada vez mais punitivas.
Outro ponto de atenção que deve ser acompanhado em 2025 é a necessidade de uma mudança do mind set dosetor do entendimento da embalagem principalmente como cuto e passar a percebe-lacada vez maiscomo um aferramenta estratégica de competitividade que precisaser utilizada deforma intensiva pelo marketing das empresas, afinal, no novo cenário altamente competitivo em que estamos vivendo, aembalagem nnao pode mais ser usada apenas paracarregar o produto mas sim ser utilzada para agregar valorao negócio da empresa, funcioando como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e instrumento para conectar o consumidor cada vez maiscom a marca e os produtos.
Tudo isso sem falar do e-commerce onde a embalagem precisa trabalhar para diferenciar o produto deseus concorrente entreguesem embalagem de trasporte que o iguala a seus concorrentes, precisa promover um final feliz para a compra, uma boa experiência de desembalagem e principalmente, a embalagem do e-commerce precisa iniar um novo processo de compra, ou seja, uma nova venda.
Estamos no limiar de uma nova etapa, semelhante ao período em que a internet dominou o ambientede negócios e precisamos estar atentos para não ser surprendidos por falta deatenção aos pontos críticos por onde nosso setor vai avançar num grande passo em direção ao futoro próximo cujo horizonte começa a ser possível vislumbrar.
FABIO MESTRINER
Designer professor e Escritor; Autor de Livros didáticos sobre embalagem adotados pelas universidades brasileiras. Foi Presidente da Abre, professor da ESPM e da Mauá
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DESIGN DE EMBALAGEM E SUAS CONEXÕES
Vislumbra-se o futuro promissor do design, área tão importante para o crescimento sustentável da sociedade. O design envolve criatividade e protagonismo. Aprende-se através dos grandes autores e principalmente pelos professores que facilitaram a sistematização das ideias e a criação de métodos para que outros designers pudessem replicá-los, é isso que diferencia a atuação, um bom projeto de design é composto por 70% planejamento e 30% criatividade.
O design está inserido em um sistema complexo e multidisciplinar. A cada novo projeto o designer aprende sobre outras áreas do conhecimento - o ramo de atividade dos clientes - e assim cria-se um repertório ao longo dos anos de profissão. Soma-se a esta complexidade a necessidade de inclusão de soluções para redução de impacto ambiental. A fundação Ellen MacArthur, pioneira nos estudos em economia circular afirma que 80% do impacto ambiental poderia ter sido evitado nas fases de projeto. Percebe-se a importância que o designer tem neste contexto.
A área de design de embalagem é relativamente nova no Brasil, enfrenta-se dificuldades em atuar no mercado, encontrar espaço é uma tarefa desafiadora. É difícil saber
quanto cobrar por um projeto, a régua vai subindo a cada prêmio e trabalho entregue. O profissional desta área precisa de muitos anos de trabalho e enfrentamento de desafios para sobrevivência. Existem muitos pontos a serem melhorados, como a definição de papéis dentro do ciclo de vida da embalagem. Afinal, quem desenha, é o cliente, fornecedor, agência ou todos juntos?
Apesar de todos os desafios como em qualquer área de atuação, vale a pena ser designer, aprende-se muito ao longo da jornada e é compensador quando vimos os projetos no mercado. As associações de design contribuem para romper barreiras e profissionalizar o mercado. A integração entre a academia e o mercado como fonte assertiva de soluções é um caminho tangível a ser melhor explorado.
O designer contribui para o mercado não apenas na embalagem, as áreas de atuação são múltiplas e crescem a cada ano. As empresas estão percebendo o papel do pensamento em design para o crescimento e manutenção dos seus modelos de negócio. As enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul evidenciaram o papel do design na concepção de artefatos emergenciais e na reconstrução rápida e necessária das residências de quem perdeu tudo.
O design e a criatividade estão na alma dos brasileiros. Estamos avançando internacionalmente, a cada ano novas empresas de design de embalagem prestam serviços para outros países. As multinacionais abriram espaço para atuação global dos brasileiros por perceberem sua flexibilidade e criatividade. A malemolência do brasileiro conquistando outros espaços.
Em nosso contexto, é necessário promover um diálogo com toda a cadeia da embalagem e incentivar a promoção de novos projetos que leve em consideração todos os requisitos projetuais para desenvolver embalagens ideias, que cumpram suas funções, aumente a competitividade dos negócios e que cause o menor impacto ambiental.
As empresas crescem quando estabelecem conexões e parceiras confiáveis e duradouras. O design é um hub de novas possibilidades e recebe de braços abertos os olhares multidisciplinares necessários para a construção de novas ideias.
RICARDO SASTRE
Publicitário, Mestre em Design, Doutor em Engenharia de Produção e Pós-Doutor em Design Sustentável, Pesquisador, Consultor e Professor. Presidente da APdesign e Diretor da Mudrá Design.
ATENÇÃO À CAPACITAÇÃO PARA FORTALECIMENTO DA CADEIA PRODUTIVA
Ocalendário de eventos
2025 do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta) está no ar com maior oportunidade de aprendizagem e interação entre pesquisa, academia e setores produtivos, já que 30 das 40 atividades programadas serão presenciais. Sob coordenação do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), estão um seminário inédito, um congresso internacional e oito cursos dedicados a diferentes materiais para acondicionamento de produtos variados.
Enquanto em 2024 quatro dos sete cursos do Cetea foram on-line, neste ano serão apenas dois cursos neste formato. Assim, o desafio será manter ou até mesmo superar o índice de 95,47% de satisfação dos participantes sem deixar de lado os principais objetivos: a melhoria contínua dos sistemas de embalagem e uma maior competitividade dos setores produtivos, com especial atenção aos benefícios para a sociedade.
Como diariamente trabalha com diversos os materiais e embalagens nos laboratórios, o corpo técnico está motivado em receber presencialmente cada vez mais profissionais e estudantes para apresentar de perto exemplos prá-
ticos e melhor impulsionar discussões relevantes.
TEMAS QUE FAZEM A DIFERENÇA
A novidade de 2025 será o Seminário de inovação em embalagens celulósicas, marcado para 10 e 11 de junho, que abrangerá conceitos, diferentes abordagens para melhoria, aplicações, desafios e oportunidades. Outro destaque é a 13ª edição da Conferência Internacional de Embalagens Flexíveis Tappi/Cetea, realizada a cada dois anos com a Divisão de Polímeros, Laminações e Revestimentos da Tappi, associação técnica da indústria de papel e celulose sediada nos Estados Unidos, para alavancar inovações entre convertedores e usuários do setor na América do Sul e na Europa.
Fundamentais para a atualização e o desenvolvimento de equipes, os cursos mais uma vez têm especial atenção. O primeiro, programado para 26 e 27 de março, abordará requisitos básicos, características, propriedades e legislação aplicadas às embalagens metálicas. Os alimentos enlatados, inclusive, serão foco do BPCS Trai ning, de 1º a 5 de setembro, capacitação requisitada em cum-
primento à legislação dos EUA para supervisores de processamento de alimentos de baixa acidez e acidificados mantidos a temperatura ambiente.
As embalagens celulósicas, por sua vez, ganham destaque em 7 e 8 de maio com um curso dedicado a propriedade e avaliação da qualidade e outro focado em regulamentos da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) para contato com alimentos. Esses regulamentos serão abordados também considerando embalagens e materiais plásticos: haverá um curso presencial em 8 e 9 de abril e outro on-line em 7 a 9 de outubro. As embalagens plásticas voltam a ser abordadas de 11 a 13 de novembro em curso on-line com foco em seus materiais e propriedades.
Além disso, em 24 e 25 de junho acontece a quinta edição do curso Embalagens para produtos farmacêuticos e para saúde: materiais, requisitos e avaliação da qualidade
Acesse o QR Code e confira o calendário de eventos do Ital
do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea)
SÍLVIA TONDELLA DANTAS
Diretora
do Ital
CUIDADO E TRADIÇÃO: A EXCELÊNCIA DAS EMBALAGENS JAPONESAS
Os japoneses cultivam um profundo respeito e consideração pelo próximo, e suas embalagens refletem esses valores, sendo verdadeiras demonstrações de deferência ao consumidor. As embalagens acompanham as tendências de consumo e revelam um cuidado especial com os mínimos detalhes e o cumprimento rigoroso das legislações. Um exemplo disso é o macarrão da Aoifoods, que destaca com orgulho em sua embalagem que o produto foi feito com trigo japonês e sem adição de sal. A comunicação é realizada em hiragana, no formato vertical, como é tradicional no idioma japonês. O design gráfico é sutil, utilizando marcas d’água de fibras e uma ilustração que remete ao método tradicional de produção do macarrão. No verso, as instruções de preparo são claras, com ilustrações explicativas. Ingredientes potencialmente alergênicos são destacados em vermelho, e há alertas sobre o uso
de água quente e qualquer sinal de problemas com o produto. Além disso, a embalagem inclui uma tabela nutricional completa, várias formas de contato com o serviço de atendimento, e recomendações práticas, como manter o produto longe de itens com odores fortes para evitar a migração de cheiros. Informações sobre o material utilizado, polipropileno (PP), são fornecidas com simbologia internacional e em katakana. Um detalhe encantador é o fitilho dourado que “amarra” a embalagem. Embora selada, essa adição resgata a estética ancestral de fechamento, conferindo charme e tradição à apresentação.
A embalagem de macarrão para udon da Rinsendo mantém os altos padrões. Produzida em BOPP (polipropileno biorientado), é um flow-pack com selagem superior, e conta com um recorte que facilita a abertura, evidenciando a preocupação de oferecer praticidade ao consumidor. O design delicado remete às plantações de
arroz e trigo, utilizando apenas as cores preto e vermelho. O acabamento matte confere um toque especial, além de remeter a outra referência antiga, o uso de papel.
Já a Riz Hinohikari optou por inovar ao apresentar seu arroz especial em uma lata de alumínio, semelhante às usadas para bebidas, mas com adaptações no topo. O rótulo termoencolhível segue o estilo minimalista, utilizando apenas branco e preto, com ilustrações de ramos de arroz e orientações cuidadosas para o consumidor.
Esse nível de atenção aos detalhes e respeito pelos consumidores demonstra que cuidado e dedicação fazem embalagens melhores para um mundo melhor!
Diretora do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br
ASSUNTA NAPOLITANA
CAMILO
“A REVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS SUSTENTÁVEIS:
O PAPEL E O PAPEL CARTÃO COMO PROTAGONISTA NA
ERA DA SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO”
Nos últimos anos, o mercado global tem vivenciado uma transformação significativa no que se refere ao uso de materiais em embalagens, impulsionada por demandas crescentes de sustentabilidade e mudanças no comportamento dos consumidores. A demonização do plástico, amplamente difundida por vídeos de impacto e denúncias relacionadas à poluição ambiental e seus efeitos sobre a vida selvagem, gerou um movimento irreversível em direção a alternativas ecologicamente responsáveis. Nesse contexto, o papel e o papel cartão com barreiras, emergiu como uma solução inovadora e indispensável para marcas que desejam se alinhar a valores ambientais e conquistar um novo posicionamento no mercado.
1. A transição de plásticos para barreiras de papel cartão
Grandes end users vêm adotando materiais de base celulósica com barreiras funcionais como uma alternativa viável ao plástico, não apenas para se adequar a regulamentações ambientais mais rígidas, mas também para atender à demanda de consumidores que valorizam marcas alinhadas à sustentabilidade. Esse movimento deixou de ser uma tendência para se tornar uma realidade consolidada. Os substratos celulósicos, aliados a tecnologias de barreiras biodegradáveis ou recicláveis, permite a proteção contra umidade, gordura e outros agentes externos, além de promoverem selabilidade, tornando-o ideal para aplicações em embalagens de alimentos e bebidas, tanto no setor foodservice quanto no e-commerce,
2. A pandemia como catalisadora de mudanças
A pandemia de COVID-19 acelerou a digitalização do consumo, expandindo de forma exponencial o uso de aplicativos de delivery e e-commerce. Esse cenário trouxe novos desafios e oportunidades para o mercado gráfico e de embalagens. O aumento na demanda por embalagens seguras, sustentáveis e personalizáveis impul-
sionou investimentos robustos em tecnologia e infraestrutura. Máquinas especializadas na produção de bandejas, copos e outras soluções baseadas em papel cartão passaram a ocupar papel central nos parques industriais, ampliando a capacidade produtiva e fomentando a inovação no setor.
3. Tendências no mercado de flowpack de papel
O setor de embalagens no estilo flowpack em papel selável, segue uma trajetória de crescimento acelerado, alimentado por uma convergência de fatores:
• Sustentabilidade como pilar estratégico: Governos e organizações ao redor do mundo estão implementando legislações que restringem o uso de plásticos de uso único, promovendo alternativas renováveis e recicláveis. Marcas que adotam o papel cartão reforçam sua responsabilidade ambiental e melhoram sua percepção pública.
• Inovação em barreiras funcionais: Tecnologias de revestimento estão evoluindo para oferecer barreiras biodegradáveis, compostáveis e recicláveis que podem substituir o polietileno (PEBD) e outros plásticos. Materiais como barreiras à base de água ou biopolímeros são destaque.
• Valorização do design e personalização: O papel é altamente versátil para impressão e branding, permitindo que empresas criem embalagens que não apenas protejam o produto, mas também transmitam a identidade da marca e seu compromisso com a sustentabilidade.
• Economia circular e logística reversa: Além de produzir embalagens mais sustentáveis, marcas estão cada vez mais comprometidas em fechar o ciclo do consumo, investindo em iniciativas de reciclagem e compostagem.
• Adoção no segmento premium: As marcas premium estão liderando a substituição de plásticos em embalagens secundárias, priorizando materiais como o papel e o papel cartão para reforçar a percepção de qualidade e sofisticação, alinhada à responsabilidade ambiental.
4. Avanços no parque industrial e futuro do setor gráfico
O mercado gráfico está se adaptando rapidamente para atender à crescente demanda por soluções de flowpack em papel e embalagens em papel cartão. Isso inclui:
• Automatização e aumento da eficiência produtiva: Máquinas modernas de alta capacidade para corte e vinco e modelagem estão permitindo maior produtividade e redução de custos operacionais.
• Investimento em novas tecnologias: O desenvolvimento de materiais híbridos e soluções com menor impacto ambiental está na pauta dos principais players do mercado.
• Colaborações estratégicas: Fabricantes, fornecedores de matérias-primas e end users estão trabalhando em sinergia para desenvolver novos produtos que atendam às demandas de funcionalidade, custo e sustentabilidade.
Conclusão
O mercado de embalagens baseadas em papel e papel cartão está no epicentro de uma revolução no consumo, impulsionado pela necessidade de alinhamento às exigências ambientais e às expectativas do consumidor moderno. Para empresas que atuam no setor gráfico, esse movimento representa uma oportunidade de reposicionamento estratégico, por meio de inovação, sustentabilidade e atendimento a novos nichos de mercado. Aqueles que liderarem a transformação para soluções baseadas em papel, investindo em tecnologia e em parcerias de longo prazo, estarão mais bem posicionados para capitalizar sobre as tendências globais e se destacar em um cenário competitivo cada vez mais pautado pela responsabilidade ambiental.
MANOLO AMATO
Consultor em Desenvolvimento de Embalagens, Inovação Industrial e Otimização de Linhas Produtivas; Especialista em Papel e Celulose; Docente no Instituto Racine
REFLEXÕES PARA 2025
Às vezes, ouvimos pessoas mais velhas dizerem: “Se eu tivesse a cabeça que tenho hoje, teria feito tudo diferente.” Mas a verdade é que não podemos mudar o passado. O que passou, passou!
O que realmente importa é o que aprendemos com as nossas experiências, sejam elas positivas ou não. No mundo corporativo, isso não é diferente. Não perca tempo tentando agradar a todos, porque isso é impossível! O foco deve ser em estar bem consigo mesmo e ter a certeza de que está a
dando o seu melhor sempre!
Respeite todos como gostaria que fosse respeitado! Isso é fundamental! Aperfeiçoe-se nas áreas onde sente que precisa de desenvolvimento e mantenha-se atualizado no que se propôs a fazer. O resto? Deixe que a vida se encarregue.
E quando sentir que a equação não está positiva? Não hesite! Procure algo que realmente te identifique e vá atrás do que te motiva. O autoconhecimento é chave para entender o que realmente importa e te faz feliz.
Aceite de bom grado o que não está sob o seu controle e
entregue nas mãos de Deus. A vida tem uma forma surpreendente de nos guiar quando deixamos de lado as preocupações desnecessárias.
O caminho para a sua felicidade e realização profissional começa com você. Invista no seu crescimento pessoal, abrace as mudanças de hábitos e siga em frente com confiança!
LEANDRO LIMA ANDRADE Graduado em Química com especialização em Engenharia de Embalagens, possuindo 20 anos de experiência profissional na área de embalagens nos segmentos Cosmético, Alimentício e Limpeza
ANTONIO CABRAL
PRECISA-SE DE PROFISSIONAIS COM VISÃO SISTÊMICA
No último dia 3 de outubro de 2024, o Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, realizou um workshop com a presença de professores e de profissionais ligados a indústrias fabricantes e usuárias de embalagem e a associações de classe. O objetivo foi entender o momento atual das organizações onde se nota falta de profissionais para ocupar cargos técnicos e gerenciais relevantes.
Diversos documentos serviram como alicerce para preparar e conduzir o evento. Dentre eles podem ser citados: The Global Talent Crunch1; World Inequality Report 20222; 2023 in Nine Charts: A Growing Inequality3; Nova Indústria Brasil4; Mauá sob a Ótica do Nexialismo5; PISA 2022: Creative Minds, Creative Schools - Volume III6. Essas leituras ressaltaram: a falta de talentos identificada pelas organizações; as desigualdades sociais e educacionais da população brasileira; um consistente plano brasileiro para a geração de valor pela indústria; e o esforço da Mauá para a formação / aperfeiçoamento de profissionais com a mentalidade nexialista.
Durante o evento, os depoimentos de cada um dos 35 participantes foram anotados com a maior riqueza de detalhes possível. Em seguida, foram cuidadosamente analisados sob a perspectiva da pós-graduação e agrupados de acordo com as competências e as habilidades a desenvolver. O relatório deverá ser divulgado no início de 2025 e será objeto de posterior publicação na EMBANEWS Na atividade final do workshop, os participantes formaram 5 grupos e receberam a missão de redigir, cada um, uma frase (só uma) que começasse com um verbo de ação7 e sintetizasse sua recomendação para formar ou aperfeiçoar profissionais para atender suas demandas. Eis as frases:
• Promover o intercâmbio entre instituições de ensino e as organizações para que os acadêmicos possam conhecer os aspectos técnicos e de negócio;
• Desenvolver a visão sistêmica para formar profissionais transformadores e contribuir para ressignificar o papel da engenharia no mundo;
• Criar conteúdo mínimo de horas para residência ou estágio para ganhar experiência na indústria, em paralelo à graduação e pós-graduação, desde o início dos cursos, priorizando a visão sistê-
mica analítica, com foco em solução de problemas para geração de valor;
• Formar profissionais com conhecimento tecnológico e visão sistêmica, focados em inovação e no desenvolvimento de habilidades emocionais e de gestão;
• Conectar casos de sucesso e de insucesso com ferramentas digitais emergentes utilizando os exemplos práticos para que exista uma comparação entre a resolução virtual e a real.
• O tema visão sistêmica está presente em 3 das 5 recomendações. A esse respeito, a edição 409 da EMBANEWS8 , publicada em abril de 2024, mostra como desenvolvê-la a partir dos conceitos publicados por Peter Senge9 em seu livro “A Quinta Disciplina”. Em resumo, cada indivíduo precisa ter domínio pessoal (leia-se ter e executar um claro projeto de vida) e ajustar, permanentemente, seus modelos mentais (quebrar paradigmas) às situações do cotidiano. Por sua vez, os times empresariais devem ter objetivos comuns e ininterruptamente aprender em conjunto. Assim procedendo, a empresa terá visão sistêmica, porque entenderá o próprio papel e o dos demais agentes da cadeia produtiva em que atuam e, consequentemente, as relações entre eles. É como ensinar a olhar ao mesmo tempo a floresta e as árvores. É o que o autor chama de “organizações que aprendem10” e formam talentos.
Trata-se de missão árdua porque, atualmente, as redes sociais (Facebook, LinkedIn, X) e as plataformas de compartilhamento de imagens e vídeos (YouTube, Instagram, TikTok, Pinterest) são sedutoras pelas possibilidades de ganho financeiro com aparente facilidade. O necessário intercâmbio empresa / universidade para fortalecer o pragmatismo dos profissionais, especialmente na graduação também foi muito debatido. Sobre esse assunto, muito se falou da concorrência das organizações financeiras, que oferecem melhores condições salariais (e benefícios) do que as indústrias, fato que “seduz” o futuro engenheiro e o distancia das atividades fabris. Tanto empresas como escolas precisam se abrir mais para que as atividades extracurriculares possam de fato desenvolver competências, habilidades e atitudes nos alunos. Por exemplo, as empresas poderiam permitir a participação de alunos em projetos específicos ou estágios de férias que, em última análise,
permitem identificar os tão procurados talentos. Poderiam também ministrar palestras sobre temas do cotidiano industrial, relatando casos de sucesso e de insucesso. Por outro lado, as escolas convidariam empresas para participar com considerável frequência de aulas, seminários, congressos e encontros culturais ou para patrocinar projetos de iniciação tecnológica, orientados por professores especialistas, e que versem sobre temas de seu interesse.
O perfil crítico foi tema recorrente nas discussões, embora tenha sido citado apenas uma vez nas recomendações. Trata-se da capacidade de questionar e analisar de forma racional os fatos do dia a dia por meio de pensamento reflexivo para chegar o mais próximo possível da verdade. A esse respeito, Descartes11 deixa claro que o espírito crítico é caracterizado pelo permanente questionamento e análise racional, e pela busca de evidências para embasar conclusões.
Em síntese, muito foi aprendido pela escola e esse aprendizado será incorporado aos próximos módulos do curso de Pós-graduação em Engenharia de Embalagem.
Aos participantes do workshop fica explicitado o profundo sentimento de gratidão.
Feliz 2025 a todos!
1 Disponível em https://encr.pw/O5HNn, último acesso em 23 de dezembro de 2024;
2 Disponível em https://wir2022.wid.world/, último acesso em 23 de dezembro de 32024;
3 Disponível em https://encr.pw/w4fry, último acesso e 23 de dezembro de 2024;
4 Disponível em https://acesse.one/Y8OWh, último acesso em 23 de dezembro de 2024;
5 Disponível em https://encr.pw/ZpYvi, último acesso em 23 de dezembro de 2024;
6 Disponível em https://l1nq.com/Tv8MP, último acesso em 23 de dezembro de 2024;
7 Verbos de ação expressam o que alguém ou algo está fazendo (por exemplo, transportar, desenvolver, criar). Não utilizar verbos que exprimam “estado” (ser, estar, ficar, permanecer).
8 Disponível em https://l1nq.com/aJr73, último acesso em 23 de dezembro de 2024.
9 SENGE, P. M. quinta disciplina. 14ª.ed. tradução de Regina Amarante. São Paulo: Best Seller, 1990.
10 SENGE, P.M. A dança das mudanças. 1ª ed. tradução de Bazán Tecnologia e Linguística, -Rio de Janeiro : Campus, 1999.
11 DESCARTES, R. Discurso do Método ; [tradução Lourdes Nas- cimento Franco]. – São Paulo ; Ícone, 2006.
ANTONIO CABRAL Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT)
