




NO MERCADO BRASILEIRO DE BAG IN BOX
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FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)
Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi
Administração: Rejane Doria
Redação: redacao@embanews.com
Publicidade: comercial@embanews.com
Colaboradores desta edição: Assunta Camilo, Clarice Fedosse Zornio, Fabio Mestriner, Leandro Andrade, Vanessa Pereira
Projeto Gráfico: FlyJabuti Design
A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.
Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.
As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados não são necessariamente as mesmas da Revista EMBANEWS © Direitos Reservados Todos os direitos dos artigos publicados na Revista EMBANEWS são reservados pela Newgen Comunicação Ltda. Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio de comunicação impresso, digital ou outros meios sem prévia autorização. Telefone: (11) 3060-8817 / WhatsApp 11 94721-4102
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• Eficiência no uso de matéria-prima
• Leveza e compactação
• Redução de consumo de energia
• Redução de consumo de água
• Sustentabilidade no transporte
• Reciclabilidade e eco-friendly
• Maior proteção do produto
• Maior durabilidade do produto
Pioneira na produção de sistemas bag in box no Brasil, há 44 anos a Embaquim desenvolve e produz embalagens flexíveis altamente eficientes na conservação de matérias-primas e produtos acabados de diferentes indústrias, com ênfase a alimentos, produtos farmacêuticos e químicos.
Além de linhas padrão de sistemas bag in box de 500 ml a 1.400 l, a empresa se destaca pelos projetos customizados, específicos para as necessidades de cada cliente. Todos eles têm em comum funcionalidade, praticidade, eficiência em linha e total segurança.
Para celebrar esta trajetória de sucesso, a Embaquim renovou sua logomarca. O novo desenho,
mais moderno e arrojado, é de autoria da Pande e reflete os princípios que norteiam a empresa: garantir a conservação dos produtos e a satisfação das pessoas. “Não se trata apenas de produzir embalagens; nosso propósito vai além. Queremos cuidar das pessoas e do planeta, e melhorar a vida de quem produz e de quem utiliza nossas embalagens. Tudo baseado em soluções e em relações confiáveis”, ressalta a CEO da empresa, Laura Canteiro.
O slogan “Confiança vem de dentro” acompanha a nova marca e evidencia a principal mensagem: “Produzimos embalagens do jeito que você precisa, do menor detalhe à maior capacidade produtiva”.
“Tanto o novo logotipo como os novos elementos gráficos das peças de comunicação foram desenhados para serem versáteis e funcionarem harmoniosamente, refletindo a essência da marca”, explica Gian Franco, da Pande. As cores, tipografias e fotografias que complementam a proposta visual representam uma evolução estética e o compromisso contínuo com excelência e inovação.
“Para alcançar consistência visual, criamos uma grade a partir de um dos ângulos do novo símbolo que abre espaços alternativos para posicionarmos os elementos visuais de forma própria e coerente”, completa Gian. Segundo o executivo da Pande, o estilo fotográfico segue a proposta de capturar a essência da humanidade, por meio de sorrisos espontâneos que evidenciam a colaboração em equipe.
Renata Canteiro, Diretora da Embaquim, completa: “Acreditamos que ao olharmos para dentro da empresa, podemos transformar as coisas no ambiente externo, fabricando embalagens do jeito que as pessoas e os produtos precisam e sempre prontos a nos adaptar para atender a necessidades singulares das empresas e pessoas que confiam em nós.”
A marca enaltece ainda o orgulho da Embaquim pelos relacionamentos de longo prazo com o mercado, baseados em confiança e honestidade.
Lançada oficialmente no dia 21 de Março, em um evento na sede da empresa, a nova marca reflete este e todos os demais atributos da empresa, dos seus produtos e dos seus profissionais.
Instalada em uma área total de 20 mil m2, sendo mais de 12 mil m2 de área construída, a Embaquim é líder no Brasil em bag in box e atua em 17 países localizados nas Américas, Europa, África,
Oceania e Ásia. Esta atuação global segue em expansão e já representa 10% dos negócios da empresa. A empresa também se orgulha de empregar mais de 200 colaboradores diretos, com mais da metade mulheres, muitas delas em cargos de liderança.
OBrasil possui uma forte indústria de alimentos e bebidas líquidas e tem apresentado bons resultados tanto em exportações de máquinas para processamento e embalagem de alimentos, como no consumo de bebidas não alcoólicas e alcóolicas. Os dados sobre o mercado foram apresentados por Richard Clemens, Diretor Executivo da VDMA, durante o Roadshow da drinktec 2025, principal feira mundial do setor, promovido em São Paulo, pela Yontex e Messe Muenchen do Brasil, em parceria com a VDMA.
Em 2024, o país chegou à 6ª posição no mercado de bebidas não alcoólicas, com 29 bilhões de litros. A expectativa de crescimento até 2028 é de 10%, segundo a Euromonitor. Na América Latina, o mercado alcançou mais de 115 bilhões de litros, sendo que os refrigerantes respondem por mais da metade do consumo, com 63 bilhões de litros, seguidos pela água engarrafada, com 33 bilhões de litros, e pelos sucos, com 12 bilhões de litros. Na região, a liderança é do México.
No caso do setor de bebidas alcoólicas, o Brasil ocupa o terceiro lugar, atrás da China e dos Estados Unidos, com pouco menos de 16 bilhões de litros, sendo a cerveja a bebida alcoólica mais popular,
com 15 bilhões de litros, e de maior participação (mais de 90%). A América Latina é a terceira maior região em consumo de bebidas alcoólicas, com 42 bilhões de litros.
No caso dos equipamentos, o Brasil é o principal mercado na América do Sul e está entre os 20 maiores do mundo. As exportações globais de máquinas para processamento e embalagens de alimentos para o país somaram 749 milhões de euros em 2023, o que corresponde a um aumento de 18,5% em relação ao ano anterior. A Itália é o principal fornecedor, seguido pela Alemanha. Já o volume de máquinas exportadas pelo Brasil para o mundo, em 2023, alcançou 260 milhões de euros, sendo os principais mercados: os Estados Unidos, Paraguai, Argentina, Bolívia, México e Colômbia.
Mais de 170 países estarão presentes, entre os dias 15 a 19 de setembro, em Munique (Alemanha), na drinktec 2025, para conhecer principais tendências, lançamentos e inovações que moldarão o futuro do mercado global de bebidas e alimentos líquidos. Serão mais de 1200 expositores, de 60 nações, divididos em 11 pavilhões, que levarão mais de 1000 soluções inovadoras, que estão em fase de desenvolvimento, em projetos pilotos ou finalizadas.
“As principais empresas da cadeia de valor do setor de bebidas e alimentos líquidos, desde matérias-primas até logística, participarão do evento. Não existe outro ambiente no mundo como a drinktec, pois é possível ver os equipamentos em funcionamento, comparar tecnologias, ter contato com profissionais e companhias, conhecer lançamentos, conversar e compartilhar experiências e conhecimento com pesquisadores e especialistas em P&D, além da realização de negócios”, destacou Susanne Blüml, Especialista em Comunicação e Imprensa na YONTEX, parceira da Messe Muenchen, durante Roadshow da drinktec.
De acordo com pesquisa realizada pela Yontex, entre 93% a 99% dos visitantes avaliam que a drinktec adiciona valor aos seus negócios, principal-
mente pela ampla gama de soluções expostas que atendem pequenas, médias e grandes empresas e pela internacionalidade da feira. Outro destaque do evento, segundo Susanne, é o Liquidome, programa de apoio, que recebeu novo formato, com diversas apresentações de pesquisas e inovações, participação de startups e degustações, possibilitando maior intercâmbio de informações e comunicação entre pesquisadores, visitantes e expositores.
Sobre os temas principais do evento: Economia Circular e Gestão de Recursos, Data2Value e Estilo de Vida e Saúde, Richard Clemens, da VDMA, explicou que o foco da indústria está em sistemas de reciclagem inteligentes e gerenciamento sustentável de recursos tanto no processo de produção quanto no de embalagem, o que inclui, por exemplo, tratamento integrado de processos e águas residuais e recuperação de energia de materiais residuais, que contribuem para conservar recursos e promover a economia circular.
No caso do uso de dados par criar valor, Clemens ponderou que transformação digital levou as empresas a criar novos usos para os dados, buscando novos modelos de negócios. Em relação à saúde e estilo de vida, afirmou que as tendências estão mudando e o consumidor pensa na saúde de forma holística, o que significa integrar nutrientes adicionais nas dietas, por exemplo. “Um componente des-
se mercado é pensar em bebidas funcionais com adição de aminoácidos, probióticos. As dietas de alta proteínas estão cada vez mais associadas à saúde”, explicou.
O Roadshow foi aberto por Karin Schutz, Gerente de HR and Outbound Business da Messe Muenchen do Brasil, moderado por Wallace Bruno, responsável pelo setor de marketing da Messe Muenchen do Brasil, e contou ainda com as palestras de Roberto Giampietro, Diretor Geral da KHS Brasil e Silvio Rotta, Diretor Comercial da Krones do Brasil, que trouxeram informações sobre o mercado brasileiro e latino-americano de bebidas, especialmente, cerveja, refrigerantes e água.
Giampetro ressaltou que é drinktec é mais do que uma feira. “É momento de entender o mercado, pois recebemos em nosso estande decisores de compra e de planejamento e isso é muito importante”, disse. Com essa mesma visão, Rotta enfatizou que a drinktec vai além da apresentação de equipamentos e máquinas. “Podemos pensar em conceitos para se ter um mundo melhor. É o local para nos relacionarmos, nos encontramos e festejarmos”, finalizou.
https://drinktec.com/en-US/home
AINX International realizou um open house no último dia 27 de fevereiro, com convidados visitando a nova fábrica de flexografia e rotogravura de última geração na cidade de Cabreúva, localizada no interior de São Paulo. Estiveram presentes ao evento, representantes da INX e da controladora Sakata INX, bem como autoridades locais. A planta está localizada em São Paulo, mesmo estado onde a INX construiu uma nova fábrica de decoração de metal para produzir tintas de 2 peças inaugurada em outubro de 2018.
“Estamos muito entusiasmados em expandir nossa presença na América do Sul mais uma vez”, afirmou Bryce Kristo, presidente e CEO da INX, que esteve presente no evento. “A região de São Paulo é um grande polo econômico que nos permite atender o mercado brasileiro e nos estender por todo o país. Estamos nos estágios iniciais de desenvolvimento de um ambiente de campus que será nosso principal local na América do Sul”, completou Bryce.
A construção da instalação com cerca de 20 mil metros quadrados iniciou-se em meados do ano de 2023, sendo a primeira parte de um complexo de plano diretor. Cabreúva é uma cidade próspera e em crescimento, com uma população superior a 50 mil habitantes, e fica apenas a 40 km da fábrica de decoração de metal INX em Itatiba, também no interior de São Paulo. Guilherme Ribeiro, vice-presidente de operações da INX
A Sakata INX mantém uma tradição especial ao presentear a diretoria da INX Brasil com uma pintura do Monte Fuji, a montanha mais alta do Japão, em cada inauguração de uma nova instalação. Da esquerda para a direita: José Carlos Ribeiro, Diretor Comercial da INX EMEA; Bryce Kristo, Presidente e CEO da INX; Gustavo Ribeiro, Diretor Executivo da INX Brasil; Guilherme Ribeiro, Vice-presidente de Operações da INX na América do Sul; Yoshiaki Ueno, CEO da Sakata INX; e Eduardo Ribeiro, Diretor Comercial da INX Brasil para a América Latina.
na América do Sul, está otimista em relação ao futuro.
“Nosso negócio está pronto para desempenhar um papel significativo no crescimento e desenvolvimento desta cidade. Cabreúva se beneficiará muito com a prosperidade que pretendemos trazer, e o prefeito está entusiasmado com esta oportunidade. Já recebemos um número subs- tancial de pedidos de emprego de moradores locais”, reconheceu.
Ribeiro disse que a instalação fica em 20 acres de terra e inclui um espaço separado de 8.000 pés quadrados que abriga o escritório corporativo latino-americano da INX.
“Esta unidade fabril foi construída com equipamentos avançados de fresagem e dispersão e recursos laboratoriais completos. Quando estiver operando totalmente, esperamos ter 150 funcionários e prevemos a produção de 2.000 toneladas de produto por mês para abastecer a região da América do Sul”, disse Ribeiro.
“Ela fornecerá tinta à base de solvente em todo o Brasil e para uma parcela significativa da América do Sul. Esta instalação é fundamental para nossa estratégia de fornecer produtos da mais alta qualidade ao mercado e aumentará substancialmente o calibre de nossos serviços.”
“O mercado está muito entusiasmado com nossa nova fábrica. Os clientes estão entusiasmados em se beneficiar das melhores e mais novas instalações do continente, e nossos parceiros estão igualmente satisfeitos. Este campus tem espaço suficiente para expansão futura para apoiar nossas linhas de produtos digitais, de decoração de metal, à base d´água e outras.”
https://www.inxinternational.com
Durante a pandemia do Covid 19 estava trabalhando como consultor de uma empresa fabricante de matéria prima, uma fabricante de embalagem e duas usuárias de embalagem e pude acompanhar os impactos que ocorreram nos 3 pontos da cadeia.
A fabricante de matéria prima não conseguia atender os pedidos de seus clientes e estabeleceu cotas de fornecimento que privilegiaram naturalmente os clientes mais importante, mais fiéis e aqueles que considerava estratégicos para seu negócio.
A fabricante de embalagens agiu da mesma forma e teve que lutar muito para conseguir matéria prima para atender suas encomendas e as empresas usuárias de embalagem que viram suas vendas crescerem e praticamente dobrarem, tiveram muitas dificuldades com falta de embalagem, falta de embalagem e de matéria prima. Uma delas deixou de fazer um lançamento importante de um produto com nova tecnologia no qual havia investido em pesquisas, tempo e dinheiro por que não. conseguiu um dos componentes da embalagem desse produto.
Hoje, 3 anos depois desses trágicos acontecimentos, podemos observar que algumas empresas que utilizam embalagens e são clientes das empresas que as fabricam, aprenderam bem as lições e entenderam que embalagem é um componente fundamental de seus negócios, que se faltar embalagens elas param de emitir notas fiscais, apresenta rupturas no ponto de venda e abrem espaços para serem ocupados por seus concorrentes.
Essas empresas aprenderam que precisam tratar seus fornecedores de embalagem não mais apenas como um fornecedor de um de seus muitos “insumos de produção”, mas empresas que lhes fornecem um componente fundamental de seu processo e que precisam ser entendidas e tratadas como aliados estratégicos com quem devem manter relações mais próximas e positivas.
A pandemia mostrou que as empresas que mantinham relações de proximidade com seus fornecedores foram tratadas de forma diferenciada, receberam apoio e cotas de fornecimento melhores que seus concorrentes que não tinham relacionamentos mais fortes.
Antigamente, o maior patrimônio de uma empresa eram as fábricas e os meios de produção que elas proporcionavam. Com o advento do Marketing, o maior patrimônio da empresa passou a ser a Marca que a permitia ser reconhecida e conquistar a preferência dos consumidores e superioridade em relação a seus concorrentes. Hoje, os Mestres do Marketing ensinam que o “Maior Patrimônio” de uma empresa é a qualidade dos relacionamentos que ela mantém com seus clientes. Eu acrescentaria apenas que a qualidade dos relacionamentos que as empresas mantêm com seus fornecedo-
res de embalagem, por seu caráter estratégico, também merece ser incluído como um patrimônio de valor para o negócio.
Manter elações com seus fornecedores de embalagem baseadas apenas no preço, por outro lado, é uma atitude que traz riscos uma vez que todos sabemos que há sempre alguém disposto a fazer “Um pouquinho pior e um pouquinho mais barato” e que não se constrói relações de confiança com base nesse tipo de postura comercial e empresarial.
Além do mais, a embalagem é percebida pelos consumidores como algo que se incorpora de forma indivisível ao produto sendo o componente através do qual eles percebem valor e aceitam pagar por ele. Para o consumidor, coisas iguais não tem valor diferente e é justamente a embalagem que torna diferente para ele produtos iguais ou similares. O perigo que existe em escolher fornecedores que se sustentam no mercado apenas por oferecer preços cada vez mais baixo é que toda a estrutura de construção do Valor que os consumidores aceitam para pelo produto, podem acabar comprometidas se a qualidade percebida do produto se tornar inferior ao que os consumidores percebiam antes pois se isso acontecer eles não aceitarão pagar pelo produto o mesmo que pagavam antes.
Portanto, uma mudança pós pandemia que já ocorreu e foi registrada em pesquisas é a mudança na ordem dos influenciadores no processo de escolha dos fornecedores de embalagem. Antes, compras era o influenciador número 1 e agora a qualidade ocupou o posto de influenciador principal porque as empresas descobriram que não podem confiar em qualquer fornecedor só porque o preço dele é mais baixo, mas precisa avaliar criteriosamente se a empresa escolhida para fornecer um item tão estratégico para seu negócio tem além do preço, estrutura, tradição, e principalmente valores capazes de garantir que ela pode oferecer “Qualidade Confiável”.
Minha recomendação quando pedem meu conselho é que as empresas para as quais embalagem é importante devem sempre buscar fornecedores parecidos com ela, se possível de nível empresarial semelhante, que tem valores parecidos e para isso não podem escolher apenas pelo preço oferecido, mas avaliar cuidadosamente se o termo” Qualidade Confiável” pode ser um atributo reconhecido nessa empresa que vai compartilhar com seu cliente a busca do sucesso num mercado cada vez mais competitivo.
FABIO MESTRINER
Designer, Professor, Escritor
Especialista em Design e Inteligência de Embalagem Autor de Livros Didáticos sobre Embalagem adotados nas universidades brasileiras
https://www.mestriner.com.br
AResolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 105/1999, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que trata das disposições gerais para embalagens e equipamentos plásticos em contato com alimentos, especifica no item 9 que devem ser utilizados apenas materiais virgens de primeiro uso para a elaboração de embalagens plásticas para alimentos. No entanto, esse item também prevê a possibilidade de a Anvisa estudar processos tecnológicos específicos para obtenção de resinas a partir de materiais recicláveis.
Assim, o politereftalato de etileno (PET) reciclado pós-consumo (PCR) teve sua aprovação de uso em embalagens de alimentos regulamentada pela RDC nº 20/2008, sendo, atualmente, o único polímero PCR permitido para tal uso no mercado brasileiro. Tal resolução, que sofreu alterações com a RDC nº 843/2023, estabelece os requisitos gerais e os critérios de avaliação, aprovação e registro de embalagens para alimentos que contenham qualquer proporção de PET-PCR descontaminado (grau alimentício).
Para regularização dessas embalagens junto à Anvisa é preciso seguir os procedimentos estabelecidos na RDC nº 843/2023 e na Instrução Normativa nº 281/2024, além de declarar se a embalagem é mono ou multicamadas, de uso único ou retornável.
Essas embalagens também devem ser compatíveis com o alimento que vão conter e não devem ceder substâncias que não fazem parte da composição do plástico em concentrações que impliquem risco para saúde ou que alterem as características sensoriais do alimento.
As tecnologias de reciclagem física e/ou química também devem ser devidamente validadas por meio de um procedimento normalizado como challenge test ou equivalente, no qual são verificadas as concentrações de contaminantes modelo no PET-PCR grau alimentício.
As empresas produtoras dessas embalagens devem ser habilitadas para sua comercialização, seguindo procedimentos como registros da aplicação das Boas Práticas de Fabricação, da origem e caracterização do PET-PCR grau alimentício e do controle sobre a
confecção das embalagens que permite rastreabilidade, além da determinação de um sistema de garantia da qualidade para prevenir contaminação com outras fontes de matéria reciclada para aplicações que não sejam de grau alimentício.
É importante salientar que os processos de reciclagem química do PET são fundamentados em processos de glicólise ou metanólise, que originam misturas e não os monômeros originais. Dessa forma, a reciclagem química do PET não é necessariamente contemplada na RDC nº 20/2008, necessitando de uma avaliação mais específica que pode ser peticionada por meio do Assunto 4049 – Avaliação de nova tecnologia aplicada a materiais em contato com alimentos.
Dentro desse contexto, o Mercosul e, consequentemente, a Anvisa estão discutindo aspectos para revisão das resoluções do uso do PET-PCR para embalagens de alimentos a fim de contemplar, de forma segura, a reciclagem química do PET.
A Anvisa considera que podem ser utilizados deliberadamente, sem necessidade de peticionamento ou autorização específica, os processos de reciclagem que promovam uma despolimerização completa, ou seja, que originem monômeros indistinguíveis dos monômeros originais, com pureza adequada e em conformidade com os regulamentos vigentes para materiais plásticos.
BRASIL. Ministério da Educação. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução n° 105, de 19 de maio de 1999, 1999. Disponível em: <https://antigo.anvisa. gov.br/documents/10181/2718376/%284%29RES_105_1999_COMP.pdf/8f483f7d-1be74ba2-9ea7-b47f37826abd>. Acesso em: 25 nov. 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 20, de 26 de março de 2008, 2008 Disponível em: <https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_20_2008_ COMP.pdf/da12c4a6-d15c-413b-b27f-c32a46e5754e>. Acesso em: 25 nov. 2024. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Perguntas e Respostas: Materiais em contato com alimentos, 2024. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/ centraisdeconteudo/publicacoes/alimentos/perguntas-e-respostas-arquivos/embalagens-materiais-em-contato-com-alimentos.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2024.
Artigo original completo foi publicado no Informativo Cetea Vol. 36 nº 3
Parte 1 do artigo na revista EMBANEWS - edição 419 - fevereiro 2025
Pesquisadora do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) do Ital/Apta/SAA
Em um país onde a pobreza predomina, encontramos embalagens simples que, mesmo assim, possuem características bastante interessantes.
A marca de água Vital utiliza parte do rótulo roll label de suas garrafas pequenas, muito populares entre as crianças, para promover uma campanha educativa sobre profissões. O design destaca ilustrações de meninas exercendo diversas atividades, reforçando o papel da educação.
Já a marca de leite Angkor Milk incentiva as crianças a se exercitarem por meio de um design gráfico divertido, ao mesmo tempo que ensina sobre vitaminas e suas funções no organismo, cumprindo uma função educativa.
A Elan apresenta em suas garrafas a pureza das águas das montanhas. A mais famosa delas é a “Montanha Lichia”, que integra a cadeia montanhosa do Parque Nacional Phnom Kulen, localizado na província de Siem Reap.
A produção de café no Camboja é limitada pela falta de infraestrutura. No entanto, a Chaymao Mondulkiri se destaca como uma exceção. Ela cultiva grãos de café Robusta em Pou Lung, Romonea, na província de Mondulkiri. Os grãos são embalados manualmente em sacos de papel kraft com válvulas e recebem 5% de mel local, conferindo um sabor único e especial.
As cervejas Hanuman e Angkor utilizam garrafas proprietárias com a marca em alto relevo e
tampas de alumínio do tipo pull-off, proporcionando praticidade para os consumidores, que geralmente bebem diretamente das garrafas retornáveis, uma escolha mais sustentável. Como a cerveja é considerada um luxo no Camboja, esses produtos trazem rótulos autoadesivos sofisticados e gargantilhas metalizadas, combinando design moderno com referências às tradições e monumentos cambojanos.
A SAMAI Rum Distillery (em khmer: ), localizada na capital Phnom Penh, é uma das poucas destilarias do país. A empresa produz um rum premium nas versões prata, ouro e uma edição especial adaptada ao gosto cambojano, com pimenta.
Essas embalagens mostram que, mesmo em cenários desafiadores, a criatividade e a conexão com a cultura local podem transformar produtos em verdadeiras histórias que encantam e educam.
Embalagens melhores mundo afora, mundo melhor.
Diretora do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br
Nos últimos anos, a indústria de embalagens tem passado por uma transformação significativa, impulsionada pela busca por soluções mais sustentáveis e eficientes. As embalagens flexíveis emergiram como uma tendência dominante, oferecendo vantagens como menor uso de material, redução de custos logísticos e maior conveniência para os consumidores. No entanto, uma nova decisão política nos Estados Unidos pode impactar esse cenário globalmente.
Recentemente, o ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva permitindo o retorno dos canudos plásticos em estabelecimentos americanos, revertendo políticas anteriores que incentivavam alternativas sustentáveis. Essa decisão reacende o debate sobre a responsabilidade ambiental das empresas e pode influenciar as regulamentações e o comportamento do consumidor em relação a outros materiais plásticos, incluindo embalagens flexíveis.
CRESCIMENTO
As embalagens flexíveis têm se destacado no mercado por sua capacidade de oferecer proteção eficiente aos produtos com menor impacto ambiental em comparação com opções rígidas. Elas são amplamente utilizadas em alimentos, bebidas, produtos de higiene e até mesmo no setor farmacêutico. Além disso, possuem um menor peso e volume, reduzindo a pegada de carbono durante o transporte e a distribuição. Muitas empresas vêm investindo em tecnologias para tornar essas embalagens mais recicláveis e biodegradáveis, atendendo às exigências de consumidores cada vez mais conscientes. Inovações como os filmes compostáveis e monomateriais recicláveis estão ganhando espaço e moldando o futuro do setor.
O QUE MUDA COM A DECISÃO DE TRUMP?
O retorno dos canudos plásticos nos EUA pode gerar um efeito cascata na aceitação de plásticos descartáveis, enfraquecendo iniciativas globais de redução de resíduos. No entanto, a decisão executiva também apresenta um ponto de vista positivo, conforme argumentado pelo governo Trump: Fim do uso forçado de canudos de papel: A ordem executiva instrui o governo federal a interromper a
aquisição e o uso de canudos de papel dentro dos edifícios federais e desenvolver uma Estratégia Nacional para acabar com o uso forçado desses canudos em 45 dias.
Senso comum na regulamentação: A administração Trump argumenta que as proibições de canudos plásticos foram impulsionadas mais pelo simbolismo do que por ciência, ressaltando que estudos indicam a presença de substâncias químicas nocivas, como PFAS, em canudos de papel.
Custo e eficiência: Canudos de papel são mais caros, muitas vezes obrigam o uso de múltiplos canudos por serem menos resistentes e não necessariamente possuem menor pegada de carbono em comparação aos canudos plásticos.
Impacto ambiental questionável: Além de serem frequentemente embalados em plástico, canudos de papel exigem mais água e recursos em sua produção, o que pode anular os benefícios ambientais.
A sustentabilidade continua sendo um fator-chave para a competitividade no setor de embalagens. Embora a decisão de Trump possa alterar temporariamente a dinâmica do mercado americano, a pressão de consumidores, investidores e reguladores em outras partes do mundo deve manter o impulso para soluções mais ecológicas.
Empresas que investirem em inovação e adaptação a normas ambientais mais rigorosas estarão melhor posicionadas para o futuro. A evolução das embalagens flexíveis seguirá seu curso, impulsionada por novas tecnologias, economia circular e um crescente compromisso global com a sustentabilidade.
E você, como enxerga o impacto dessas mudanças no mercado de embalagens? Deixe seu comentário e vamos debater o futuro da sustentabilidade na indústria!
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Oque diferencia um profissional de embalagem do outro, assim como em qualquer profissão, além de sua preparação acadêmica, é o quanto cada um se dedica a absorver conhecimento na área. Muitos acreditam que desenvolver uma embalagem é apenas transmitir um briefing aos fornecedores e aguardar que eles entreguem a solução pronta. Sim, esse é um caminho, mas seguirá sempre na superfície do processo, sem compreender a fundo como se chegou ao resultado final e os motivos por trás de cada escolha.
Por outro lado, quando você realmente se envolve no projeto, acompanha os fornecedores de perto e vivencia cada detalhe, o aprendizado se torna muito mais rico. Isso lhe dará mais bagagem para elaborar briefings mais sólidos e detalhados, ajudará sua empresa a escolher os fornecedores mais adequados para cada tipo de embalagem e contribuirá diretamente com sua equipe de manufatura, garantindo o melhor uso dos materiais para otimizar a produtividade. Além disso, auxiliará o time de Desenvolvimento de Produto a entender como a embalagem pode impactar a estabilidade do produto ao longo de sua vida útil.
Mas para isso, é preciso gostar de estar presente: visitar fornecedores, conhecer ferramentarias, entender a fundo os materiais desde a sua
origem. Só assim se constrói um conhecimento verdadeiro e consistente.
Para ilustrar, pense na profissão de médico. O que diferencia um bom profissional não é apenas o tempo de estudo, mas sua capacidade de ouvir o paciente, examiná-lo com atenção e, a partir disso, prescrever o tratamento mais adequado.
No universo das embalagens, acontece o mesmo. Muitos trabalham na área porque é um campo fascinante e repleto de desafios, mas nem todos possuem as habilidades necessárias para fazer entregas que estejam dentro das expectativas. E aí entra uma reflexão essencial: este é o caminho que realmente te motiva? Se a resposta for sim, mergulhe de cabeça, viva cada etapa e torne-se um especialista completo. Caso contrário, talvez seja o momento de repensar e tentar encontrar o que realmente se conecta com você.
LEANDRO LIMA ANDRADE
Graduado em Química com especialização em Engenharia de Embalagens, possuindo 20 anos de experiência profissional na área de embalagens nos segmentos Cosmético, Alimentício e Limpeza
Bisnagas plásticas de menor impacto ambiental com redução do uso de recursos naturais
A Globoplast é uma empresa referência no fornecimento de soluções ecológicas e eficientes em embalagens, comprometida com as demandas globais. Oferecemos uma ampla variedade de soluções comprovadamente eficazes para reduzir a pegada de carbono, incluindo a diminuição no uso de matérias-primas e emissões de CO2.
Um dos nossos destaques são as tampas Low Profile para bisnagas de 35 e 50 mm, que possuem uma redução significativa no peso em comparação com as opções convencionais. Além disso, utilizamos resinas recicladas em nossas bisnagas, com uma composição de até 100% PCR, o que cria um novo ciclo de vida para as embalagens sem comprometer a funcionalidade e a qualidade dos nossos produtos.
Para nós, a sustentabilidade é um compromisso fundamental em todas as etapas do processo produtivo. Sentimos orgulho em oferecer produtos de alta qualidade, contribuindo para o meio ambiente.