Leitura e Síntese a ser postada até 08/08/16 Dissertação de Mestrado: “Bilhetes Reais e/ou Virtuais: uma Análise Construtivista da Comunicação entre Escola e Família” Autora: Sandra Cristina de C. Dedeschi Orientadora: Telma Pileggi Vinha
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1º Anos - Introdução à página 33 (5 respostas) HTPC ON LINE 02/08/2016 Professora: Regiane Ferreira de Sousa Dissertação de MestradoBilhetes reais e/o virtuais: uma análise construtivista da comunicação entre escola e família. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA. COMUNICAÇÃO POR MEIO DE BILHETES: PARCERIA OU TERCEIRIZAÇÃO? Questões referentes à relação que a escola estabelece com as famílias dos alunos fazem parte do contexto educativo. Tal preocupação também é evidenciada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (artigo 12 parágrafos VI). Entretanto, é fato que a escolas e queixa constantemente da família, julgando-a “ desestruturada” e “ desinteressada”, que por sua vez muitos pais reclamam do trabalho desempenhado dos professores. Uma pratica bastante comum empregada pelas instituições de ensino para manter a comunicação com os pais é o envio dos bilhetes. (Bilhetes referem-se a qualquer comunicação escrita com seu propósito em cadernos, agenda, papéis ou por meio de comunicação eletrônica). Mas, por que a escolha do tema? A autora presenciou situações que fizeram refletir. Uma aluna do 3º ano considerada indisciplinada e com falta de limites. A diretora orientou a professora registrar diariamente na agenda da aluna tudo o que ela fizesse de errado. Tal situação a inquietava e fazia com que se questionasse: Que tipo de relação vai estabelecer a professora, que diariamente a delata tudo que faz? Será que sua agressividade não pode piorar? A forma que essa comunicação acontece realmente promove uma parceria em prol ao estudante ou somente transfere o problema vivenciado no espaço escolar para que os pais resolvam em casa? Será que o conteúdo encontrado em mensagem, reais ou virtuais, favorece a interação entre essas instituições educativas ou trata de terceirizar para a família conflitos de responsabilidade da própria escola? Parece-nos que os bilhetes não são utilizados somente para informar os familiares, uma vez por meio deles a responsabilidade pela solução. Por essa razão, a presente pesquisa foi idealizada tendo o objetivo geral: analisar, a luz do construtivismo, os conteúdos e a implicações dos bilhetes enviados pela escola para a família. Numa perspectiva construtivista são vistos como ocorrência naturais em qualquer relação, sendo considerados necessários ao desenvolvimento do sujeito. Acredita-se que os problemas que surgem na rotina escolar podem torna-se grandes oportunidades para o professor trabalhar as regras e valores inerentes a essa questão. Sandra em sua dissertação através da caracterização dos bilhetes tenta traçar a função de recurso de comunicação entre a escola e a família. Ela verifica as semelhanças e as diferenças dos conteúdos enviados às famílias, utiliza como objeto de estudo a estrutura dos bilhetes enviados por profissionais da escola particular e pública. Nas escolas particulares verificou-se que raras vezes o bilhete trata de assunto sobre a aprendizagem, tem uma linguagem clara, objetiva e respeitosa. Eles tratam de regras e conflitos. Dedeschi, diz que a escola é
corresponsável pelo veto do sujeito na busca de resoluções de conflitos, pois sabe-se das sansões que o bilhete implica. Ela levanta questões sobre o papel da escola nas oportunidades que favorece a resolução de conflitos pelo indivíduo. A autora acredita que os problemas tornam-se oportunidades para o professor trabalhar regras e valores. Mas ela cita Piaget, quando diz ela que os pais devem ser informados do comportamento dos filho, afinal a família é essencial na vida do individuo. Para realização desse trabalho Dedeschi analisou bilhetes, entrevistou os envolvidos nesse processo. Foram esclarecidos alguns aspectos teóricos para melhor compreensão do trabalho estudado por nós nesse HTPC. Família e escola. Segundo nosso material de estudo, a família tem se modificado constantemente devido à necessidade de adaptações a vida pós-moderna, seguindo o contexto sócio- cultural. As famílias são pessoas associadas por relações de sangue ou não, interesses semelhantes (Sayão e Aquino 2006) Por tanto temos diferentes composições de família. Mesmo diante de tais transformações a família tem papel de instituição socializadora, sendo que a educação oferecida influencia no desenvolvimento das crianças. Sandra identifica três tipos de família: A autoritária, as crianças obedecem sem despertar o pensamento critico sobre as ações; a negligente, os adultos não se importam com as crianças, estão focados em seus próprios interesses e a elucidativa, a ideal, onde todos tem voz, compreendendo cada qual o seu papel, proporcionando a reflexão de atos e consequências. Nos dias atuais ocorre em muitos casos à terceirização da educação, independente da classe social, o que resvala na escola, que muitas vezes assume esse papel educador. Com as mudanças da sociedade, a escola também sofre transformações. Os alunos veem a escola como ameaça, por ter uma estrutura hierárquica e rígida. Mas ainda é considerada fundamental pela transmissão de cultural e crescimento intelectual. A escola necessita se reorganizar para atender as mudanças da sociedade pósmoderna, pois a família e a escola se interligam. As famílias culpam a escola Poe fracasso dos alunos, a escola por sua vez questiona o fato da família ser desestruturada e desinteressada como fator desse fracasso. É importante que cada um tenha seu papel definido claramente e acabe com a transferência de responsabilidades. A escola tem que proporcionar interação social e conhecimento, não suprir as necessidades domesticas dos alunos. Entretanto a escola não pode atuar uniformemente, sem considerar as diferenças econômicas e culturais, causando assim o desfavorecimento de alguns alunos. É necessário uma aliança entre a família e a escola visto que ambas são responsáveis pelo sistema educativo das crianças, mas é importante deixar claro o papel que cada uma desempenha. A família é responsável pela educação informal, é onde a criança aprende as atitudes fundamentais pouco a pouco no convívio e nas relações no espaço privado. Na escola é o envolvimento com o novo, o mundo público; através da vivencia em grupo, obter a educação secundaria que consiste em conhecimentos e valores culturais. Mesmo se houver falhas na primeira fase, a segunda tem que cumprir seu papel a fim de promover o desenvolvimento dos alunos. Ao almejarmos um mesmo objetivo a escola e a família devem estabelecer uma negociação, compromissos e responsabilidades entre si. Essa parceria deve ser pautada no respeito a realidade em que as partes estão inseridas. Uma forma de comunicação muito utilizada na parceria entre os dois lados da educação é o bilhete, que é visto como um ativo direto no comportamento dos alunos na escola. Essa forma de comunicação tem dois lados, o positivo por favorecer a relação e contribui para o desenvolvimento infantil e o negativo, que quando perde a função principal e passa a gerar confusão e conflitos que leva ao afastamento e modificação da parceria. Estudiosos acreditam que os bilhetes pressionam os responsáveis a tomar uma atitude em relação às dificuldades do aluno, o que ele faz ou não faz na escola. E que a forma mais eficaz é trazer os pais de forma concreta, com auxilio permanente aos filhos. Mas o estudo da Dedeschi aponta que as atividades de casa, por exemplo, podem se tornar burocráticas não estiverem ligados diretamente ao conteúdo, objetivos e estagio cognitivo do aluno, porque os deveres de casa não afetam somente o processo de aprendizagem, mas também a rotina familiar, visto que necessita da contribuição dos pais. Isso coloca o dever de casa em duas posições, negativa como imposição e positiva como forma de acompanhamento do trabalho realizado em sala de aula. Outro aspecto importante são as práticas educativas, existe a
coercitiva com caráter punitivo, o que faz com que o sujeito não reflita sobre seus atos e as indutivas que privilegiam as explicações e reflexa. Ambas se completam sendo necessário à observação do contexto para sua aplicação. Com o embasamento dos aspectos teóricos adotados, a autora abordará outros princípios para que seja realizada as discussões sobre os dados coletados. Professora Cristiane Alves da Silva - 1º D Professora Adriane - 1º B "Comunicação por meio de bilhetes: parceria ou terceirização" A questão central levantada no texto é a relação que existe entre a família e a escola e como essa relação vem sendo construída historicamente. Uma das marcas dessa relação está no fator comunicação e uma outra marca diz respeito as controvérsias entre as instituições. A autora ressalta a questão dos bilhetes , entendidos como mensagens reais e virtuais, e o quanto este tipo de comunicação promove a interação ou aumenta a distância entre a escola e a família. O objetivo do trabalho se encontra na análise, à luz do construtivismo, dos conteúdos e implicações dos bilhetes enviados pela escola para a família. Uma reflexão baseada numa concepção tradicionalista sobre conflito é relatada : onde o conflito é algo que precisa ser evitado ou resolvido com rapidez. Terceirizar o conflito para que a família resolva é não oportunizar que os alunos discutam e resolvam seus conflitos em sala de aula.. As propostas apresentadas no tema envolvem : caracterização da sociedade,da família e da escola pós moderna ; uma pesquisa realizada em duas instituições; apresentação de princípios construtivistas para um trabalho cooperativo; aspectos metodológicos da pesquisa; dados coletados e discussões sobre os mesmos e considerações finais. QUADRO TEÓRICO : os saberes que nortearam nossas discussões A autora fez uma pesquisa em diferentes fontes de pesquisa e documentos sobre o tema "família-escola" através de palavras chaves. A FAMÍLIA E A ESCOLA NA CONTEMPORANEIDADE "A pós modernidade" Nesta parte do trecho a proposta é fazer uma levantamento histórico com o intuito de caracterizar a pós modernidade. o capitalismo moderno proporcionou uma nova configuração para a sociedade:o sujeito agora se caracteriza como alguém em constante transformação então as condições começam a ser provisórias bem como acontecem em grande velocidade já que vivemos na era do instantâneo. O tempo virou um artigo de luxo e nunca é suficiente para que tudo seja realizado.A sociedade virou escrava do "Senhor do Tempo'. A FAMÍLIA PÓS MODERNA Historicamente não se pode atribuir um modelo correto para esta instituição já que ela também se constrói ao longo do tempo.Assim não é possível afirmar que a família nuclear burguesa é o modelo que todos devem seguir.A pós modernidade trouxe as mais diferentes configurações familiares ; famílias monoparentais, filhos adotivos, produzidas artificialmente e tantas outras. Assim como as famílias se constituem de formas variadas o tipo de educação que elas vivenciam também se emolduram de diferentes maneiras. Há famílias onde os pais, numa postura mais autoritária, assumem uma postura mais rígida e controladora. Ambientes assim trazem pessoas pouco afetuosas e menos comunicativas onde se obedece por temor sem entender ao certo o porquê desta obediência. Mas há também as famílias mais permissivas onde demonstrações de afeto, de diálogo são bem acentuadas em contrapartida o estabelecimento de regras é bem restrito. Há ainda as famílias negligentes onde os pais estão mais centrados nos seus próprios interesses do que na educação dos filhos. E a educação elucidativa onde os adultos não deixam de ter sua autoridade mas são participativos com relações equilibradas e respeituosas. O texto aponta que as famílias não assumem uma única postura e podem transitar por diferentes formas de educar. Mas um dos grandes problemas da contemporaneidade é que os pais querem ser "amigos dos filhos" abandonando muitas vezes a autoridade do adulto. A questão da terceirização da educação também aparece: filhos que são criados por avós ou babás. Essa terceirização pode estar associada a questão econômicas ou psicológicas.Para resolver questões nesta situação muitos pais buscam, por exemplo, programas com soluções como "Super Nany". A ESCOLA PÓS MODERNA Assim como a família pós moderna se construiu ao longo do tempo a escola da modernidade também assume sua posição histórica.Partindo-se da ideia de que a pós modernidade pode ser entendida como uma crise que desencadeia a quebra de paradigmas sobre a compreensão do ser humano. A escola assume a posição de responsabilidade frente a transição entre o público e o privado e o jovem
compreende que na escola pode aprender conteúdos que o ajudarão na resolução de conflitos em sua vida.. Mas a escola não se transforma para um novo perfil de sua clientela ficando mais fácil dar a esse novo aluno a culpabilidade dos problemas. A escola precisa rever sua organização à luz da sociedade contemporânea. Nesta relação tanto a escola como a família desempenham uma papel bem importante na vida do educando através do papel que desempenham, dos laços que estabelecem e da importância da comunicação entre elas. ESCOLA-FAMÍLIA:DISCUTINDO ALGUNS FATORES DA RELAÇÃO. Nos anos 70 o fracasso escolar estava ligado diretamente a classe cultural onde a culpa caia sobre a falta de participação dos pais na vida escolar do filho. Cabe a escola definir seu papel de forma bem clara pois só assim entenderá o da família. Um tempo depois as exigências escolares primeiramente no setor privado deixaram de considerar as diferenças econômicas, sociais e culturais Algo extremamente relevante no texto é a questão do papel que cada instituição assume nesta relação: é na família que acontece a socialização primária e essa educação informal se inicia quando o sujeito nasce (setor privado) . A escola por sua vez garante a passagem desse privado para o "público", para o coletivo. É necessário que cada parte compreenda com clareza sua função visando uma relação saudável e produtiva e não gastando energia com com queixas e lamentos.. Nos anos 60 havia uma parceria entre escola e familia e nos anos 70 a escola transfere para os pais a responsabilidade de "educar em casa". Já nos anos 90 a escola culpa os pais pela indisciplina cravando assim o distanciamento entre ambas através de choques de acusações quando o que realmente se espera é que elas se tornem forças complementares. A escola precisa pensar e definir realmente o que ela espera dos pais. Assim a forma como os bilhetes são produzidos e enviados está diretamente ligada ao procedimento de desenvolvimento do aluno. “Bilhetes Reais e/ou Virtuais: uma Análise Construtivista da Comunicação entre Escola e Família” A tese apresenta uma pesquisa realizada em escolas publicas e particulares, visando averiguar as funções das agendas escolares que muita das vezes acaba sendo um veiculo de terceirização de trabalho para a família, confrontando o trabalho e a pratica. Parceria ou terceirização A Função das agendas escolares e a maneira de alguns profissionais agirem em meio a desafios e circunstancias que caberia a escola tomar providencias, porém muitas das vezes achamos que estamos certos e utilizamos a agenda escolar com se fosse o Diário de desabafo com as atitudes erradas dos alunos ou se temos tempo demais para elaborar bilhetes. Será que estamos deixando de criar um vinculo com o aluno, por tantas reclamações, tenho consciência que as crianças não recebem o básico de educação, mas com regras e combinados estabelecido pelo grupo acaba ajudando. Enfim a pesquisa nos permite pensar na real função da agenda escolar, meio de comunicação com a família e não Diário de desabafos ou terceirização de serviço. “Bilhetes Reais e/ou Virtuais: uma Análise Construtivista da Comunicação entre Escola e Família” A tese apresenta uma pesquisa realizada em escolas publicas e particulares, visando averiguar as funções das agendas escolares que muitas das vezes acaba sendo um veiculo de terceirização de trabalho para a família, confrontando o trabalho e a pratica. Parceria ou terceirização A Função das agendas escolares e a maneira de alguns profissionais agirem em meio a desafios e circunstancias que caberia a escola tomar providencias, porém muitas das vezes achamos que estamos certos e utilizamos a agenda escolar com se fosse o Diário de desabafo com as atitudes erradas dos alunos ou se temos tempo demais para elaborar bilhetes. Será que estamos deixando de criar um vinculo com o aluno, por tantas reclamações, tenho consciência que as crianças não recebem o básico de educação, mas com regras e combinados estabelecido pelo grupo acaba ajudando. Enfim a pesquisa nos permite pensar na real função da agenda escolar, meio de comunicação com a família e não Diário de desabafos ou terceirização de serviço. Miriam 1ºC
2º Anos - Da página 34: "A construção de um ambiente sócio moral cooperativo e o desenvolvimento na visão construtivista", até a página 56(3 respostas) A construção de um ambiente sócio moral cooperativo e o desenvolvimento na visão construtivista Segundo Piaget, o indivíduo passa por tendências afetivas no percurso de seu desenvolvimento moral. Defendeu a ideia de que a moralidade não pode ser ensinada diretamente por transmissão, havendo um processo de construção pelo sujeito. O sujeito poderá desenvolver-se moralmente num processo de construção no qual há a necessidade de interações favoráveis com o meio social. Da convivência social com os adultos, surge na criança três sentimentos que dão origem ao sentimento de obrigatoriedade. Primeiro o amor, segundo o medo, e o terceiro é o fruto dos dois primeiros, que é o respeito. A mistura da afeição e do temor que as crianças experimentam em relação aos pais e em relação aos adultos em geral é que os levam a obedecer e que favorece a entrada no mundo social regrado, o respeito unilateral. A confiança e simpatia segundo Piaget desempenham importante papel no despertar do senso moral. A criança mergulha no mundo moral por meio da heteronomia, necessário para o surgimento do sentimento de dever. Quando o sujeito de legitimar as regras pelo simples fato de virem das autoridades e passam a compreender que são acordos realizados entre os iguais, significa que o sujeito avançou em direção a uma tendência afetiva mais evoluída, denominada autonomia. Desenvolve a capacidade de seguir as regras por vontade própria e a obediência passa a se originar na compreensão da necessidade dessas. Para a conquista da autonomia moral é indispensável o desenvolvimento dos aspectos cognitivos. Somente por meio do pensamento reversível é que um sujeito consegue conservar os valores e operar com o outro, possibilitando a cooperação e a reciprocidade formal. As relações continuam sendo compostas pelos sentimentos de amor e de medo; porém, o receio da perda do amor ou da punição vai sendo substituído pelo temor de decair ao olhar dos indivíduos respeitados e aos seus próprios olhos. A construção do ambiente sociomoral cooperativo. Para alcançar a autonomia moral é necessário percorrer um longo caminho cercado por inúmeros fatores que favoreçam o seu desenvolvimento. Num ambiente cooperativo, o professor deixa de centralizar o poder e todos os envolvidos passam a fazer parte do processo educativo. As ações dos alunos são valorizadas, sendo constantemente incentivados a compartilhar com os colegas o direito de tomar decisões, bem como de fazer escolhas e se responsabilizar por elas, fazer por si mesmos tudo que forem capazes, manifestar seus desejos e sentimentos e participar ativamente do planejamento da rotina e do trabalho com o conhecimento escolar. Entretanto, para que isto seja possível, faz-se necessário rever a postura do professor, de forma que este diminua sua autoridade, procurando estabelecer relações pautadas em respeito mútuo. Sentimentos como o respeito e admiração deve ser despertados para que a obediência não se baseie somente no medo de punição. A construção de um ambiente sócio moral cooperativo e o desenvolvimento na visão construtivista Segundo Piaget, o indivíduo passa por tendências afetivas no percurso de seu desenvolvimento moral. Defendeu a ideia de que a moralidade não pode ser ensinada diretamente por transmissão, havendo um processo de construção pelo sujeito. O sujeito poderá desenvolver-se moralmente num processo de construção no qual há a necessidade de interações favoráveis com o meio social. Da convivência social com os adultos, surge na criança três sentimentos que dão origem ao sentimento de obrigatoriedade. Primeiro o amor, segundo o medo, e o terceiro é o fruto dos dois primeiros, que é o respeito. A mistura da afeição e do temor que as crianças experimentam em relação aos pais e em relação aos adultos em geral é que os levam a obedecer e que favorece a entrada no mundo social regrado, o respeito unilateral. A confiança e simpatia segundo Piaget desempenham importante papel no despertar do senso moral. A criança mergulha no mundo moral por meio da heteronomia, necessário para o surgimento do sentimento de dever. Quando o sujeito de
legitimar as regras pelo simples fato de virem das autoridades e passam a compreender que são acordos realizados entre os iguais, significa que o sujeito avançou em direção a uma tendência afetiva mais evoluída, denominada autonomia. Desenvolve a capacidade de seguir as regras por vontade própria e a obediência passa a se originar na compreensão da necessidade dessas. Para a conquista da autonomia moral é indispensável o desenvolvimento dos aspectos cognitivos. Somente por meio do pensamento reversível é que um sujeito consegue conservar os valores e operar com o outro, possibilitando a cooperação e a reciprocidade formal. As relações continuam sendo compostas pelos sentimentos de amor e de medo; porém, o receio da perda do amor ou da punição vai sendo substituído pelo temor de decair ao olhar dos indivíduos respeitados e aos seus próprios olhos. A construção do ambiente sociomoral cooperativo. Para alcançar a autonomia moral é necessário percorrer um longo caminho cercado por inúmeros fatores que favoreçam o seu desenvolvimento. Num ambiente cooperativo, o professor deixa de centralizar o poder e todos os envolvidos passam a fazer parte do processo educativo. As ações dos alunos são valorizadas, sendo constantemente incentivados a compartilhar com os colegas o direito de tomar decisões, bem como de fazer escolhas e se responsabilizar por elas, fazer por si mesmos tudo que forem capazes, manifestar seus desejos e sentimentos e participar ativamente do planejamento da rotina e do trabalho com o conhecimento escolar. Entretanto, para que isto seja possível, faz-se necessário rever a postura do professor, de forma que este diminua sua autoridade, procurando estabelecer relações pautadas em respeito mútuo. Sentimentos como o respeito e admiração deve ser despertados para que a obediência não se baseie somente no medo de punição. Realizado pelas profª JULIANA e MARIA JOSÉ dos 2º A e B Síntese da paginas 34 a 56 A moralidade é adquirida por cada um de acordo com suas vivencias e experiências no ambiente social, a principio o ser humano não tem noção de regras, de acordo com o passar dos anos ele ganha uma percepção de que existem normas a serem cumpridas, mas a principio ele respeita e obedece as regras por virem de um adulto e não por ter algum sentido ou necessidade. A convivência social com adultos faz surgir sentimentos importantes para a construção da moral no individuo, o primeiro deles é o amor que lida com o vinculo afetivo entre criança e adulto, o segundo é o medo que lida com uma possível perda do amor ou castigos e por ultimo vem o respeito que nada mais é do que a mistura do amor e temor na vivencias das crianças com os adultos. Essa mistura de sentimento prepara os pequenos para a vida em sociedade onde deverão obedecer e respeitar as regras. A obediência nas crianças é despertada pelo sentimento da obrigação que é intimamente ligado com a sensação de medo da perda ou do castigo. A criança tem o adulto como um referencial e deposita nele sua confiança e isso pode influenciar na construção da moralidade. Vemos que as crianças entendem quando estão sendo desrespeitadas, excluídas e injustiçadas e temos que nos policiar pra que isso não ocorra, temos que sempre priorizar as necessidades e anseios dos pequenos, respeitando sua bagagem cultural e social. A autonomia moral é adquirida no momento em que as crianças conseguem conviver com suas regras e valores e aceitar as dos seus próximos, exercitando assim o respeito por si e pelo próximo e aprendendo a cooperar. A escola precisa ser um ambiente cooperativo onde aluno e professor estão em parceria, o professor deixa de ser o centro de tudo e o detentor do saber total pra dar espaço as necessidades, ideias e questionamentos dos alunos. Para que o professor deixe de ser o centro é preciso abandonar algumas praticas de ensino antiquadas e tradicionalista, não será fácil, mas com esforço e bases teóricas isso torna-se possível. O professor precisa instigar e explorar a curiosidade dos alunos com atividade e exercício que faça o aluno rever suas ideias e pensamentos, despertando assim aquilo que anda adormecido entre os alunos, o tão famoso interesse pelo aprender. A sala de aula precisa estar preparada para receber as crianças de modo que se sintam acolhidas e importantes no processo de aprendizado, afinal a escola tem o dever cuidar do desenvolvimento mental, moral e afetivo propiciando uma construção solida do conhecimento. A avaliação não pode ser um processo punitivo pois não é possível medir o
saber de um individuo, as avaliações devem ser processuais e gradativas de modo que o aluno não se sinta coagido e possa representar de forma transparente o que foi absorvido.
3º Anos - Da página 57: "A relação entre cognição e afetividade", até a página 74(1 resposta) Síntese da Dissertação de Mestrado. Autora: SANDRA CRISTINA DE CARVALHO DEDESCHI (páginas 57 à 74) Andreia da Silva Mesquita Ana Paula Tomaz Sandra Regina Zoadeli Teotônio 1. Relação entre cognição e afetividade. A psicologia Moral vem tentando sanar as dúvidas por meio da discussão sobre a ação moral e a relação entre a dimensão cognitiva e a afetiva. Pois, saber o que precisa ser feito, não é garantia que a ação desejável seja realizada. Neste ponto entra a discussão entre a moral e a ética, cabendo a moral determinar as regras, o que deve ser feito, mas depende do querer agir dependendo assim da ética, que diz que tipo de vida quero viver, é preciso que tudo isso venha revestido de afetividade, para que tenha sentido e valor, pois o ser humano desde que nasce busca ser valorizado em suas ações e sentimentos, o valor positivo, um simples olhar influenciará em como nos vemos. Como cita a autora “Às vezes quando um aluno é chamado à atenção na frente dos outros, ele considera que não adianta mais mudar”, acreditando que a opinião dos outros já está formada. Sendo assim à ética cabe o controle da energia que leva a ação, dependendo da ética que o sujeito optou. Contudo, podemos influenciar através da motivação, pois a ética é inspirada pela afetividade, sendo que o valor moral não está somente na obediência às regras, mas sim no motivo da obediência. 2. Os conflitos Interpessoais na escola. As interações inevitavelmente geram conflitos, pelas diferenças causadas por manifestações de afetividade, tom de voz, um olhar, gestos. As situações conflituosas fazem parte do cotidiano escolar, contudo o aumento das regras e das punições não devem fazer parte das providências, pois essas situações fazem parte do crescimento do indivíduo e de seu desenvolvimento. Propiciar momentos de reflexão ajuda no processo de consciência e desperta um novo olhar sobre o ponto de vista do outro. O ambiente influencia na solução dos conflitos, pois segundo estudos crianças inseridas em ambientes mais democráticos, onde as tomadas de decisões passam por sua opinião, utilizam de estratégias mais evoluídas para resolver conflitos, devido as mediações mais construtivas. Os envolvidos devem participar ativamente na busca de alternativas para a resolução dos conflitos, não terceirizando as responsabilidades e também não utilizando as regras como instrumento de controle, proporcionando significado às regras, sendo que dependendo da forma que se age os conflitos podem se resolver temporariamente, mas não leva à construção autônoma e à aprendizagem, onde as intervenções devem estimular a coordenação mental das ações e trabalhar com os sentimentos de todos os envolvidos. Dependendo da mediação com ações e métodos variados de intervenções como, assembleias de classe, jogos, discussões de dilemas por meio de filmes e histórias, além dos apontamentos, o educando poderá ser levado a rever a linguagem utilizada, bem como os atos e passar a agir de outra forma aprendendo a respeitar e lidar com outras pessoas. 3. O trabalho com as regras escolares numa perspectiva construtivista. Para que o trabalho com regras obtenha bons resultados é necessário que as regras sejam claras e objetivas mostrando o que deve ou não ser feito, servindo como norteadoras uma vez que nem sempre conseguimos ter regras para todas as situações do cotidiano. Contudo é necessário que o aluno compreenda a função de determinadas regras e que não sejam usadas como medida de controle, sendo baseadas no respeito unilateral, não levando em conta as características de cada acontecimento e seu peso para a boa convivência e funcionamento da escola. As regras proporcionam o desenvolvimento e o bem estar dos indivíduos, delegando aos participantes a responsabilidade pelas tomadas de decisão, estimulando a prática da autorregulação e da cooperação, favorecendo o desenvolvimento da autonomia moral, possibilitando que os alunos se apropriem e compreendam as necessidades das regras, dividindo a responsabilidade pelas relações ocorridas na sala. É importante que algumas regras sejam discutidas e formadas de acordo com a necessidade do grupo, estas são negociáveis, outras não, pois dizem respeito ao
bem comum e ao funcionamento prático da escola. Contudo, é necessário que sejam discutidas e compreendidas por todos os envolvidos e algumas regras que levam em conta as questões morais, colocando limites e ditando diretrizes para o convívio equilibrado entre os indivíduos. Ações como as assembleias que proporcionam momentos de discussões e construções coletivas, podem auxiliar na resolução das situações conflituosas. Contudo, o professor deve cuidar para que as assembleias aconteçam periodicamente com organização e que sejam efetivadas as decisões tomadas pelo grupo. Ações isoladas em sala de aula, não resolverão o problema, por isso todo o ambiente escolar deve ser mais democrático, pautado na cooperação e no respeito mútuo.
4º Anos - Da página 75: "Método", até a página 102(6 respostas) teste PROFª SUELI MACHADO LOPES GOMES – 4º ANO B 2. MÉTODO Trata-se de uma pesquisa de campo na qual foram utilizados métodos: quantitativo e qualitativo. Estudo em que os métodos qualitativo e quantitativo foram utilizados de forma complementar para auxiliar a análise dos dados na investigação a respeito da comunicação entre a escola e a família. A qualitativa capta aspectos que não são possíveis de acordo com o olhar da quantitativa e que a combinação entre elas se baseia em sua capacidade de diferenciação qualitativa não se preocupava em mensurar dados numéricos ou em focalizar a coleta de dados em instrumentos padronizados. A quantitativa está centrada nas quantidades das informações coletadas a fim de que as inferências feitas em uma amostra pudessem ser generalizadas a outras mais amplas. A coleta de dados, optou-se pela análise dos documentos que a escola utilizava para comunicar-se com os pais, por meio de entrevistas com os envolvidos neste processo e pela realização de observações assistemáticas. A abordagem com as famílias se deu de duas formas distintas, de acordo com a solicitação de cada direção. Na privada, foi elaborada uma carta-convite (Apêndice 1) aos pais convidando-os para uma palestra intitulada “A contribuição da Psicologia para a educação de nossos filhos”. Devido ao pequeno número de responsáveis presentes na data agendada pelo colégio, foram enviados em envelopes por meio dos próprios alunos. A instituição privada localizava-se em um bairro de classe de nível socioeconômico alto, de uma cidade do interior paulista, oferecendo os cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental I, II e Médio, nos períodos: matutino e vespertino, variando quanto aos horários de entrada e de saída. Análises de material e documento A partir da definição do problema de pesquisa, optou-se pela investigação dos bilhetes utilizados pela escola para manter a comunicação com as famílias dos alunos. O objetivo é estabelecido, sendo necessário escolher um conjunto de documentos para fornecer as informações necessárias para responder o problema levantado. Portanto, o universo do material foi composto pelos bilhetes que os professores enviaram às famílias dos alunos de 2º e 5º anos e de registros do 8º ano com os objetivos de investigar o conteúdo deles e caracterizar sua estrutura. A coleta de dados desse estudo teve início com o levantamento dos documentos, ou seja, dos bilhetes enviados às famílias dos alunos das turmas em questão. Constatou-se a utilização de outras formas de comunicação escrita para informar os pais a respeito da vida escolar do filho. Foram coletados alguns materiais além das mensagens redigidas pelo próprio professor, que serão descritos nos próximos tópicos, tais como: registros disponibilizados aos responsáveis na internet; circulares como termos de advertência oral, escrita ou de suspensão; informativos sobre regras convencionais não cumpridas e fichas individuais de avaliação periódica. Na escola particular, a orientação educacional nos autorizou a observarmos os prontuários dos alunos bem como a fotocopiarmos os registros dos alunos mais indisciplinados. Na pública, fomos autorizados a observar e fotocopiar as fichas individuais de avaliação de todos os alunos do 8º ano. Os adolescentes não mostravam os bilhetes aos pais e os professores especialistas, por ficarem pouco tempo em sala, alegavam não poder perdê-lo.surgiu a necessidade da criação de outros instrumentos de registro e maneiras para enviar avisos, que divergem nas duas escolas. A monitoria recolhia esta planilha e as informações eram lançadas na internet no período
seguinte ao das aulas para que a família que desejasse pudesse fazer uma consulta. Cada pai acessava apenas as informações sobre seu filho fazendo uso de login e senha pessoais. Tal planilha era composta pela data, turma, período, uma coluna para presença, uma para ocorrências gerais e um espaço para as disciplinares em cada matéria, referentes ao dia da semana. De acordo com a legenda, podem-se identificar os tipos de ocorrências mais comuns no trabalho diário dos professores dessa instituição. O critério foi selecionar os estudantes que mais possuíam registros de advertências enviados para seus familiares. Quando havia alguma ocorrência mais grave ou mesmo quando depois de receber advertências orais tais comportamentos reincidissem, os pais eram informados via comunicado impresso. Um modelo padrão era preenchido e enviado pelo próprio aluno para ser devolvido, assinado, por um dos responsáveis, no dia seguinte. Tais providências poderiam ser mais severas em caso de reincidência, sendo aplicada uma “suspensão”, que era quando o aluno ficava proibido de frequentar as aulas num determinado período. Ressalta-se que tais procedimentos eram de pleno conhecimento dos estudantes. Na pública, geralmente era o diretor quem cuidava de questões disciplinares, mas em sua ausência, cabia ao próprio coordenador do nível I lidar com estes problemas. Quando considerava necessário, registrava o fato num livro que ficava na secretaria da escola. Em casos mais graves, além desse registro, o pai recebia uma circular convocando-o para que comparecesse na escola no dia posterior à ocorrência, sendo sua presença condição para o aluno entrar para a aula. Casos considerados de maior gravidade, a família era contatada por telefone para ser informada dos acontecimentos e solicitar o comparecimento na escola. As anotações eram feitas em casos mais graves, quando havia agressão física. Outro documento utilizado para informar as famílias, nos momentos de reunião, a respeito da situação escolar de seus filhos era a „Ficha Individual de Avaliação Periódica‟. Por meio da observação desta ficha individual, pudemos identificar as ocorrências mais constantes Em ambas as escolas, quando havia alguma ocorrência mais séria em sala, principalmente quando envolvia agressões verbais ou físicas, os alunos eram colocados para fora, cabendo à direção resolver o conflito. Visando identificar e analisar algumas das principais implicações da utilização dos bilhetes ou outras formas de comunicação escrita nas relações estabelecidas entre pais e filhos, na segunda parte da pesquisa, a coleta de dados se deu por meio de entrevistas. A entrevista clínica piagetiana tem a característica de ser semiestruturada, contendo dois tipos de perguntas: as básicas, pertencentes ao roteiro elaborado a partir dos objetivos da pesquisa e as complementares, que são elaboradas no decorrer da conversa para esclarecer o raciocínio do sujeito. As primeiras são as respostas de crença espontânea, dadas espontaneamente pelo entrevistado sem a influência do pesquisador, decorrentes de sua elaboração pessoal a respeito do tema proposto. As segundas, intituladas como crenças desencadeadas, surgem no decorrer da conversa, a partir das questões feitas pelo experimentador, também são elaboradas pelo próprio sujeito, relacionando-se com o conjunto de seu pensamento, de seu nível de desenvolvimento e sua capacidade de reflexão . Para realizar as entrevistas individuais com os envolvidos no processo de comunicação entre a escola e a família: alunos, professores, coordenadores/orientadores e pais/responsáveis, foram elaborados diferentes roteiros . Procurou-se formular as questões de forma que fossem abordadas as ideias dos sujeitos que assumem diferentes papeis na relação educativa. A escolha dos alunos do nível I se deu a partir da observação dos bilhetes, selecionando os que tinham a maior quantidade de recados sobre indisciplina escritos na agenda ou no caderno. Quanto ao nível II, foram selecionados, na escola pública, os estudantes com maior número de registros sobre problemas com comportamento na ficha individual do aluno. Na particular, os que tinham mais relatórios na orientação educacional, e que consequentemente eram disponibilizados na internet, foram os escolhidos. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas a fim de não se perder nenhum detalhe na fala dos entrevistados. Os dados fornecidos por todos os envolvidos na comunicação pudessem auxiliar na análise das implicações nas relações familiares. Os dados observados foram registrados em protocolos cujas informações foram posteriormente analisadas e relacionadas com os outros coletados por meio dos documentos e das entrevistas. A análise dos dados coletados realizou-se por
meio da triangulação de métodos entre a pesquisa qualitativa e quantitativa, pelo fato de uma abordagem contribuir com a outra, o que as torna estratégias complementares. Os dados foram analisados em três partes, tendo como base o método de análise do conteúdo, que pode ser utilizado tanto na pesquisa qualitativa quanto nas investigações quantitativas, sendo aplicados de maneiras diferentes. Esse consiste numa técnica que trabalha com dados textuais escritos, que podem ser classificados em dois tipos. Podem utilizar-se de textos construídos durante o processo da pesquisa como as transcrições de entrevistas e os protocolos de observação, procedimentos realizados neste estudo. Além disso, permite o uso de mensagens escritas que foram anteriormente produzidas para qualquer outra finalidade, como no caso dos instrumentos usados pela escola para a comunicação escrita com as famílias dos alunos. Tal método trata de uma forma de investigação cuja finalidade volta-se para a descrição objetiva e sistemática do conteúdo presente na comunicação. Inicialmente, os dados referentes aos documentos coletados foram organizados e analisados quanto ao conteúdo das mensagens que apresentavam e, na segunda parte, a estrutura destes bilhetes foi observada. Para esta mesma autora, “classificar elementos em categorias impõe a investigação do que cada um deles tem em comum com outros. O que vai permitir o seu agrupamento é a parte comum entre eles” Os dados deste estudo foram tratados qualitativa e quantitativamente, a fim de favorecer o reconhecimento de sua caracterização, bem como quantificar a frequência em que ocorriam, justificando a necessidade do uso de métodos de pesquisa e de análise complementares. Num primeiro momento, foi fornecida uma tabela descrevendo as categorias e as subcategorias referentes ao conteúdo dos bilhetes, havendo a concordância em 95% dos casos apresentados. Na segunda etapa, foi utilizado o mesmo procedimento, mediante a definição e a descrição dos aspectos nos quais a estrutura das mensagens foi analisada. Na terceira e última parte deste estudo, realizou-se a análise qualitativa do conteúdo das entrevistas realizadas com os envolvidos no processo de comunicação, a fim de reconhecer as implicações nas relações estabelecidas entre os alunos e seus familiares. Esse conteúdo foi observado seguindo quatro critérios: o primeiro era a respeito das atitudes tomadas pelos pais quando recebiam um bilhete ou outro instrumento para informar fatos vivenciados na escola; no segundo, investigou-se se houve a mudança no comportamento dos alunos depois das intervenções realizadas em casa e seus motivos. Procurou-se também identificar a utilidade dos bilhetes e, por último, discutir a visão dos professores a respeito da parceria com a família de seus alunos. Método – Os caminhos trilhados no estudo Diante da dificuldade da sociedade contemporânea em estabelecer uma parceria entre escola e família, o objetivo da pesquisa é analisar, à luz da teoria construtivista, o seguinte problema: Quais os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família? Trata-se de uma pesquisa de campo, utilizando métodos qualitativo e quantitativo, realizada com seis turmas: 2º ano, 5º ano e 8º ano do Ensino Fundamental, sendo uma turma de cada ano de escola particular e uma turma de cada ano de escola pública. A opção por tais séries e escolas, sustentou-se por identificar possíveis semelhanças e diferenças na comunicação com as famílias de diversas fases do fundamental, estabelecendo uma comparação dos mecanismos de comunicação utilizados na escola particular e na escola pública. A coleta das amostras se deu por três procedimentos: análise de documentos, entrevistas e observações assistemáticas. Foram coletados 1177 bilhetes, sendo analisados 895 e realizadas 70 entrevistas com os sujeitos envolvidos no processo de comunicação. Perfil das escolas A instituição privada localizava-se em um bairro de nível socioeconômico alto de uma cidade do interior, oferecendo desde a Educação Infantil até o Ensino Médio nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 1100 alunos, divididos em 34 turmas. A escola estadual Nível I localizava-se num Conjunto Habitacional da mesma cidade do interior, oferecendo do 1º ao 5º ano, nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 500 alunos, divididos em 16 turmas. A escola estadual Nível II localizava-se num bairro da periferia da mesma cidade do interior, oferecendo do 6º ao 9º ano, nos períodos matutino, vespertino e noturno. A escola contava com 1200 alunos, divididos em 26 turmas. Amostra e coleta de dados Diante da autorização das famílias, por meio de assinatura de um
termo de consentimento, deu-se início as pesquisas em novembro de 2009. A intenção de realizar a pesquisa no final do ano foi pelo acesso aos bilhetes acumulados no decorrer no ano letivo. O apontamento das classes onde a ocorrência da comunicação com pais era mais frequente foi feito por coordenadores e orientadores educacionais das escolas pesquisadas. A coleta de dados teve início com o levantamento de documentos, ou seja, os bilhetes enviados para as famílias. Constatou-se a utilização de outros métodos de comunicação com as famílias a respeito da vida escolar dos filhos, como: registros disponibilizados aos responsáveis pela internet, termos de advertência oral, escrita ou de suspensão, informativos sobre regras convencionais não cumpridas e ficha individual de avaliação periódica. Para as turmas do Ensino Fundamental I (2º e 5º ano), a comunicação das escolas com a família fazia-se por meio de bilhetes enviados via agenda ou caderno e, para as turmas do Fundamental II (8º ano), surgiu a necessidade de criar outros instrumentos de registro e maneiras para enviá-los, divergindo na escola particular e na pública. Tendo em vista analisar os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família, a autora depara-se com o seguinte cenário nas escolas de Ensino Fundamental – nível II particular e pública. Nível II na escola particular (8º ano_PA) É disponibilizada para os professores das diferentes disciplinas, uma planilha de ocorrência para o Ensino Fundamental II na escola particular. As ocorrências referem-se às regras convencionais. Os registros diferenciavam-se dos presentes no Ensino Fundamental I, por se tratarem de um mesmo padrão, visto que eram preenchidos por meio de um software disponibilizado em um ambiente virtual às famílias dos estudantes. No entanto, os professores alegavam que as informações não chegavam aos pais, pois estes precisavam se deslocar, de uma forma ou de outra, para ter acesso, neste sentido existiam famílias que acessavam e outras não. Percebeu-se que a preocupação da escola parecia estar em manter as famílias informadas sobre tudo o que acontecia na vida escolar dos alunos para que não houvesse cobranças futuras caso não houvesse bons resultados, tanto com relação ao rendimento escolar quanto ao comportamento. Na escola particular a comunicação entre escola e família dava-se inicialmente por advertências orais aos educandos e, em casos mais graves ou de reincidências, as advertências eram escritas, seguidas de suspensões. O responsável por lidar com questões disciplinares na escola particular era o orientador pedagógico. Nível II- Na Escola Pública A escola pública também disponibilizava uma planilha na qual cada professor anotava a presença dos alunos em sua aula e os registros que achasse necessário em um espaço em branco. O próprio diretor lidava com as questões disciplinares e, em caso de sua ausência, o coordenador pedagógico era o responsável por tal tarefa. Quando encaminhado à diretoria ou à coordenação pedagógica, tendo em vista a gravidade da ocorrência, a situação era registrada em um livro que ficava na secretaria da escola. Dada a gravidade da ocorrência, o pai era convocado a comparecer à escola com o aluno no dia seguinte. Durante à pesquisa, notou-se uma ausência de registros, o que levou a autora a supor que era pela falta de funcionários. Outro documento utilizado para informar às famílias, nos momentos de reunião de pais, a respeito da situação escolar de seus filhos era a Ficha Individual de Avaliação Periódica. Percebe-se, durante esse momento, que este documento não é lido pelos pais, nem pelo professor tutor da sala. A discussão limitava-se ao número de faltas e às notas em cada disciplina Em ambas as escolas, nas ocorrências graves que envolviam agressão física ou verbal, os alunos eram retirados da sala de aula e encaminhados à direção. As entrevistas Para entender melhor as implicações da utilização dos bilhetes a segunda parte da pesquisa foi a coleta de dados por meio de entrevistas, investigando o que os pais pensam, agem e sentem no que está por trás das palavras. O roteiro desta entrevista clinica Piagetiana tem dois tipos de perguntas, as básicas que pertencem ao roteiro elaborado antecipadamente e as elaboradas no decorrer da entrevista, conforme a necessidade. Nem todas as respostas retratam o real pensamento da criança. Dois tipos são considerados válidos: as respostas de crença espontânea e as respostas desencadeadas no decorrer da conversa. É importante lembrar que uma resposta que parece não envolver com o problema, significa que não é importante, isto é, quando não está envolvido responderá algo que não esclarece realmente o que pensa. A fabulação também muito comum, consiste na criação de
uma história fora do contexto do tema abordado. No planejamento das perguntas optou-se por contextualizar a conversa, por indagações que abordavam a existência de regras ou conflitos na escola e sobre as ações dos professores destes casos, desta forma fazendo com que esse instrumento fosse citado como estratégia de comunicação e solução do conflito. As entrevistas foram realizadas em escola públicas e particulares de 2° ao 8° ano, levando em consideração os alunos que eram atendidos pela coordenação ou tinham algum tipo de encaminhamento. Os pontos importantes nas entrevistas realizadas entre professores e comunidade são: • Linguagem dos professores para a comunidade em questão; • Orientações; • Abordagem feita em relação ao aluno. Após as entrevistas investigou-se se houve a mudança no comportamento dos alunos, a visão dos professores diante da parceria com a família. Método – Os caminhos trilhados no estudo Diante da dificuldade da sociedade contemporânea em estabelecer uma parceria entre escola e família, o objetivo da pesquisa é analisar, à luz da teoria construtivista, o seguinte problema: Quais os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família? Trata-se de uma pesquisa de campo, utilizando métodos qualitativo e quantitativo, realizada com seis turmas: 2º ano, 5º ano e 8º ano do Ensino Fundamental, sendo uma turma de cada ano de escola particular e uma turma de cada ano de escola pública. A opção por tais séries e escolas, sustentou-se por identificar possíveis semelhanças e diferenças na comunicação com as famílias de diversas fases do fundamental, estabelecendo uma comparação dos mecanismos de comunicação utilizados na escola particular e na escola pública. A coleta das amostras se deu por três procedimentos: análise de documentos, entrevistas e observações assistemáticas. Foram coletados 1177 bilhetes, sendo analisados 895 e realizadas 70 entrevistas com os sujeitos envolvidos no processo de comunicação. Perfil das escolas A instituição privada localizava-se em um bairro de nível socioeconômico alto de uma cidade do interior, oferecendo desde a Educação Infantil até o Ensino Médio nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 1100 alunos, divididos em 34 turmas. A escola estadual Nível I localizava-se num Conjunto Habitacional da mesma cidade do interior, oferecendo do 1º ao 5º ano, nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 500 alunos, divididos em 16 turmas. A escola estadual Nível II localizava-se num bairro da periferia da mesma cidade do interior, oferecendo do 6º ao 9º ano, nos períodos matutino, vespertino e noturno. A escola contava com 1200 alunos, divididos em 26 turmas. Amostra e coleta de dados Diante da autorização das famílias, por meio de assinatura de um termo de consentimento, deu-se início as pesquisas em novembro de 2009. A intenção de realizar a pesquisa no final do ano foi pelo acesso aos bilhetes acumulados no decorrer no ano letivo. O apontamento das classes onde a ocorrência da comunicação com pais era mais frequente foi feito por coordenadores e orientadores educacionais das escolas pesquisadas. A coleta de dados teve início com o levantamento de documentos, ou seja, os bilhetes enviados para as famílias. Constatou-se a utilização de outros métodos de comunicação com as famílias a respeito da vida escolar dos filhos, como: registros disponibilizados aos responsáveis pela internet, termos de advertência oral, escrita ou de suspensão, informativos sobre regras convencionais não cumpridas e ficha individual de avaliação periódica. Para as turmas do Ensino Fundamental I (2º e 5º ano), a comunicação das escolas com a família fazia-se por meio de bilhetes enviados via agenda ou caderno e, para as turmas do Fundamental II (8º ano), surgiu a necessidade de criar outros instrumentos de registro e maneiras para enviá-los, divergindo na escola particular e na pública. Tendo em vista analisar os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família, a autora depara-se com o seguinte cenário nas escolas de Ensino Fundamental – nível II particular e pública. Nível II na escola particular (8º ano PA) É disponibilizada para os professores das diferentes disciplinas, uma planilha de ocorrência para o Ensino Fundamental II na escola particular. As ocorrências referem-se às regras convencionais. Os registros diferenciavam-se dos presentes no Ensino Fundamental I, por se tratarem de um mesmo padrão, visto que eram preenchidos por meio de um software disponibilizado em um ambiente virtual às famílias dos estudantes. No entanto, os professores alegavam que as informações não chegavam aos pais, pois estes precisavam se deslocar, de uma forma ou de outra, para ter acesso, neste sentido existiam famílias que
acessavam e outras não. Percebeu-se que a preocupação da escola parecia estar em manter as famílias informadas sobre tudo o que acontecia na vida escolar dos alunos para que não houvesse cobranças futuras caso não houvesse bons resultados, tanto com relação ao rendimento escolar quanto ao comportamento. Na escola particular a comunicação entre escola e família dava-se inicialmente por advertências orais aos educandos e, em casos mais graves ou de reincidências, as advertências eram escritas, seguidas de suspensões. O responsável por lidar com questões disciplinares na escola particular era o orientador pedagógico. Nível II- Na Escola Pública A escola pública também disponibilizava uma planilha na qual cada professor anotava a presença dos alunos em sua aula e os registros que achasse necessário em um espaço em branco. O próprio diretor lidava com as questões disciplinares e, em caso de sua ausência, o coordenador pedagógico era o responsável por tal tarefa. Quando encaminhado à diretoria ou à coordenação pedagógica, tendo em vista a gravidade da ocorrência, a situação era registrada em um livro que ficava na secretaria da escola. Dada a gravidade da ocorrência, o pai era convocado a comparecer à escola com o aluno no dia seguinte. Durante à pesquisa, notou-se uma ausência de registros, o que levou a autora a supor que era pela falta de funcionários. Outro documento utilizado para informar às famílias, nos momentos de reunião de pais, a respeito da situação escolar de seus filhos era a Ficha Individual de Avaliação Periódica. Percebe-se, durante esse momento, que este documento não é lido pelos pais, nem pelo professor tutor da sala. A discussão limitava-se ao número de faltas e às notas em cada disciplina Em ambas as escolas, nas ocorrências graves que envolviam agressão física ou verbal, os alunos eram retirados da sala de aula e encaminhados à direção. As entrevistas Para entender melhor as implicações da utilização dos bilhetes, a segunda parte da pesquisa foi a coleta de dados por meio de entrevistas, investigando o que os pais pensam, como agem e sentem no que está por trás das palavras. O roteiro desta entrevista clínica Piagetiana tem dois tipos de perguntas, as básicas que pertencem ao roteiro elaborado antecipadamente e as elaboradas no decorrer da entrevista, conforme a necessidade. Nem todas as respostas retratam o real pensamento da criança. Dois tipos são considerados válidos: as respostas de crença espontânea e as respostas desencadeadas no decorrer da conversa. É importante lembrar que uma resposta que parece não se envolver com o problema, significa que não é importante, isto é, quando não está envolvido responderá algo que não esclarece realmente o que pensa. A fabulação também muito comum consiste na criação de uma história fora do contexto do tema abordado. No planejamento das perguntas, optou-se por contextualizar a conversa, por indagações que abordavam a existência de regras ou conflitos na escola e sobre as ações dos professores destes casos. Desta forma, fazendo com que esse instrumento fosse citado como estratégia de comunicação e solução do conflito. As entrevistas foram realizadas em duas escolas públicas e uma particular de 2° ao 8° ano, levando em consideração os alunos que eram atendidos pela coordenação ou tinham algum tipo de encaminhamento. Os pontos importantes nas entrevistas realizadas entre professores e comunidade são: • Linguagem dos professores para a comunidade em questão; • Orientações; • Abordagem feita em relação ao aluno. Após as entrevistas investigou-se se houve a mudança no comportamento dos alunos, a visão dos professores diante da parceria com a família. EMEB Nádia Aparecida Issa Pina HTPC on line Professora: Priscilla de Cassia Bessi de Mattos Turma: 1º ano/ciclo II-E Tarefa: Leitura e síntese da Dissertação de Mestrado: “Bilhetes Reais e/ou Virtuais: uma Análise Construtivista da Comunicação entre Escola e Família” Autora: Sandra Cristina de C. Dedeschi Orientadora: Telma Pileggi Vinha 4º Anos - Da página 75: "Método", até a página 102 Método – Os caminhos trilhados no estudo Diante da dificuldade da sociedade contemporânea em estabelecer uma parceria entre escola e família, o objetivo da pesquisa é analisar, à luz da teoria construtivista, o seguinte problema: Quais os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família? Trata-se de uma pesquisa de campo, utilizando métodos qualitativo e quantitativo, realizada com seis turmas: 2º ano, 5º ano e 8º ano do Ensino Fundamental, sendo uma turma de cada ano de escola particular e uma turma de cada ano de escola pública. A opção por tais séries e escolas, sustentou-se por identificar possíveis semelhanças e diferenças na comunicação com as famílias de diversas
fases do fundamental, estabelecendo uma comparação dos mecanismos de comunicação utilizados na escola particular e na escola pública. A coleta das amostras se deu por três procedimentos: análise de documentos, entrevistas e observações assistemáticas. Foram coletados 1177 bilhetes, sendo analisados 895 e realizadas 70 entrevistas com os sujeitos envolvidos no processo de comunicação. Perfil das escolas A instituição privada localizava-se em um bairro de nível socioeconômico alto de uma cidade do interior, oferecendo desde a Educação Infantil até o Ensino Médio nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 1100 alunos, divididos em 34 turmas. A escola estadual Nível I localizava-se num Conjunto Habitacional da mesma cidade do interior, oferecendo do 1º ao 5º ano, nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 500 alunos, divididos em 16 turmas. A escola estadual Nível II localizava-se num bairro da periferia da mesma cidade do interior, oferecendo do 6º ao 9º ano, nos períodos matutino, vespertino e noturno. A escola contava com 1200 alunos, divididos em 26 turmas. Amostra e coleta de dados Diante da autorização das famílias, por meio de assinatura de um termo de consentimento, deu-se início as pesquisas em novembro de 2009. A intenção de realizar a pesquisa no final do ano foi pelo acesso aos bilhetes acumulados no decorrer no ano letivo. O apontamento das classes onde a ocorrência da comunicação com pais era mais frequente foi feito por coordenadores e orientadores educacionais das escolas pesquisadas. A coleta de dados teve início com o levantamento de documentos, ou seja, os bilhetes enviados para as famílias. Constatou-se a utilização de outros métodos de comunicação com as famílias a respeito da vida escolar dos filhos, como: registros disponibilizados aos responsáveis pela internet, termos de advertência oral, escrita ou de suspensão, informativos sobre regras convencionais não cumpridas e ficha individual de avaliação periódica. Para as turmas do Ensino Fundamental I (2º e 5º ano), a comunicação das escolas com a família fazia-se por meio de bilhetes enviados via agenda ou caderno e, para as turmas do Fundamental II (8º ano), surgiu a necessidade de criar outros instrumentos de registro e maneiras para enviá-los, divergindo na escola particular e na pública. Tendo em vista analisar os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família, a autora depara-se com o seguinte cenário nas escolas de Ensino Fundamental – nível II particular e pública. Nível II na escola particular (8º ano_PA) É disponibilizada para os professores das diferentes disciplinas, uma planilha de ocorrência para o Ensino Fundamental II na escola particular. As ocorrências referem-se às regras convencionais. Os registros diferenciavam-se dos presentes no Ensino Fundamental I, por se tratarem de um mesmo padrão, visto que eram preenchidos por meio de um software disponibilizado em um ambiente virtual às famílias dos estudantes. No entanto, os professores alegavam que as informações não chegavam aos pais, pois estes precisavam se deslocar, de uma forma ou de outra, para ter acesso, neste sentido existiam famílias que acessavam e outras não. Percebeu-se que a preocupação da escola parecia estar em manter as famílias informadas sobre tudo o que acontecia na vida escolar dos alunos para que não houvesse cobranças futuras caso não houvesse bons resultados, tanto com relação ao rendimento escolar quanto ao comportamento. Na escola particular a comunicação entre escola e família dava-se inicialmente por advertências orais aos educandos e, em casos mais graves ou de reincidências, as advertências eram escritas, seguidas de suspensões. O responsável por lidar com questões disciplinares na escola particular era o orientador pedagógico. Nível II- Na Escola Pública A escola pública também disponibilizava uma planilha na qual cada professor anotava a presença dos alunos em sua aula e os registros que achasse necessário em um espaço em branco. O próprio diretor lidava com as questões disciplinares e, em caso de sua ausência, o coordenador pedagógico era o responsável por tal tarefa. Quando encaminhado à diretoria ou à coordenação pedagógica, tendo em vista a gravidade da ocorrência, a situação era registrada em um livro que ficava na secretaria da escola. Dada a gravidade da ocorrência, o pai era convocado a comparecer à escola com o aluno no dia seguinte. Durante à pesquisa, notou-se uma ausência de registros, o que levou a autora a supor que era pela falta de funcionários. Outro documento utilizado para informar às famílias, nos momentos de reunião de pais, a respeito da situação escolar de seus filhos era a Ficha Individual de Avaliação Periódica. Percebe-se, durante esse momento, que este
documento não é lido pelos pais, nem pelo professor tutor da sala. A discussão limitava-se ao número de faltas e às notas em cada disciplina Em ambas as escolas, nas ocorrências graves que envolviam agressão física ou verbal, os alunos eram retirados da sala de aula e encaminhados à direção. As entrevistas Para entender melhor as implicações da utilização dos bilhetes a segunda parte da pesquisa foi a coleta de dados por meio de entrevistas, investigando o que os pais pensam, agem e sentem no que está por trás das palavras. O roteiro desta entrevista clínica Piagetiana tem dois tipos de perguntas, as básicas que pertencem ao roteiro elaborado antecipadamente e as elaboradas no decorrer da entrevista, conforme a necessidade. Nem todas as respostas retratam o real pensamento da criança. Dois tipos são considerados válidos: as respostas de crença espontânea e as respostas desencadeadas no decorrer da conversa. É importante lembrar que uma resposta que parece não envolver com o problema, significa que não é importante, isto é, quando não está envolvido responderá algo que não esclarece realmente o que pensa. A fabulação também muito comum, consiste na criação de uma história fora do contexto do tema abordado. No planejamento das perguntas optou-se por contextualizar a conversa, por indagações que abordavam a existência de regras ou conflitos na escola e sobre as ações dos professores destes casos, desta forma fazendo com que esse instrumento fosse citado como estratégia de comunicação e solução do conflito. As entrevistas foram realizadas em escola públicas e particulares de 2° ao 8° ano, levando em consideração os alunos que eram atendidos pela coordenação ou tinham algum tipo de encaminhamento. Os pontos importantes nas entrevistas realizadas entre professores e comunidade são: • Linguagem dos professores para a comunidade em questão; • Orientações; • Abordagem feita em relação ao aluno. Após as entrevistas investigou-se se houve a mudança no comportamento dos alunos, a visão dos professores diante da parceria com a família. EMEB Nádia Aparecida Issa Pina HTPC on line Professora: Priscilla,de Cassia Bessi de Mattos Turma: 1º ano/ciclo II-E Tarefa: Leitura e síntese da Dissertação de Mestrado: “Bilhetes Reais e/ou Virtuais: uma Análise Construtivista da Comunicação entre Escola e Família” Autora: Sandra Cristina de C. Dedeschi Orientadora: Telma Pileggi Vinha 4º Anos - Da página 75: "Método", até a página 102 Método – Os caminhos trilhados no estudo Diante da dificuldade da sociedade contemporânea em estabelecer uma parceria entre escola e família, o objetivo da pesquisa é analisar, à luz da teoria construtivista, o seguinte problema: Quais os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família? Trata-se de uma pesquisa de campo, utilizando métodos qualitativo e quantitativo, realizada com seis turmas: 2º ano, 5º ano e 8º ano do Ensino Fundamental, sendo uma turma de cada ano de escola particular e uma turma de cada ano de escola pública. A opção por tais séries e escolas, sustentou-se por identificar possíveis semelhanças e diferenças na comunicação com as famílias de diversas fases do fundamental, estabelecendo uma comparação dos mecanismos de comunicação utilizados na escola particular e na escola pública. A coleta das amostras se deu por três procedimentos: análise de documentos, entrevistas e observações assistemáticas. Foram coletados 1177 bilhetes, sendo analisados 895 e realizadas 70 entrevistas com os sujeitos envolvidos no processo de comunicação. Perfil das escolas A instituição privada localizava-se em um bairro de nível socioeconômico alto de uma cidade do interior, oferecendo desde a Educação Infantil até o Ensino Médio nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 1100 alunos, divididos em 34 turmas. A escola estadual Nível I localizava-se num Conjunto Habitacional da mesma cidade do interior, oferecendo do 1º ao 5º ano, nos períodos matutino e vespertino. A escola contava com 500 alunos, divididos em 16 turmas. A escola estadual Nível II localizava-se num bairro da periferia da mesma cidade do interior, oferecendo do 6º ao 9º ano, nos períodos matutino, vespertino e noturno. A escola contava com 1200 alunos, divididos em 26 turmas. Amostra e coleta de dados Diante da autorização das famílias, por meio de assinatura de um termo de consentimento, deu-se início as pesquisas em novembro de 2009. A intenção de realizar a pesquisa no final do ano foi pelo acesso aos bilhetes acumulados no decorrer no ano letivo. O apontamento das classes onde a ocorrência da comunicação com pais era mais frequente foi feito por coordenadores e orientadores
educacionais das escolas pesquisadas. A coleta de dados teve início com o levantamento de documentos, ou seja, os bilhetes enviados para as famílias. Constatou-se a utilização de outros métodos de comunicação com as famílias a respeito da vida escolar dos filhos, como: registros disponibilizados aos responsáveis pela internet, termos de advertência oral, escrita ou de suspensão, informativos sobre regras convencionais não cumpridas e ficha individual de avaliação periódica. Para as turmas do Ensino Fundamental I (2º e 5º ano), a comunicação das escolas com a família fazia-se por meio de bilhetes enviados via agenda ou caderno e, para as turmas do Fundamental II (8º ano), surgiu a necessidade de criar outros instrumentos de registro e maneiras para enviá-los, divergindo na escola particular e na pública. Tendo em vista analisar os conteúdos e as implicações dos bilhetes que a escola envia para a família, a autora depara-se com o seguinte cenário nas escolas de Ensino Fundamental – nível II particular e pública. Nível II na escola particular (8º ano_PA) É disponibilizada para os professores das diferentes disciplinas, uma planilha de ocorrência para o Ensino Fundamental II na escola particular. As ocorrências referem-se às regras convencionais. Os registros diferenciavam-se dos presentes no Ensino Fundamental I, por se tratarem de um mesmo padrão, visto que eram preenchidos por meio de um software disponibilizado em um ambiente virtual às famílias dos estudantes. No entanto, os professores alegavam que as informações não chegavam aos pais, pois estes precisavam se deslocar, de uma forma ou de outra, para ter acesso, neste sentido existiam famílias que acessavam e outras não. Percebeu-se que a preocupação da escola parecia estar em manter as famílias informadas sobre tudo o que acontecia na vida escolar dos alunos para que não houvesse cobranças futuras caso não houvesse bons resultados, tanto com relação ao rendimento escolar quanto ao comportamento. Na escola particular a comunicação entre escola e família dava-se inicialmente por advertências orais aos educandos e, em casos mais graves ou de reincidências, as advertências eram escritas, seguidas de suspensões. O responsável por lidar com questões disciplinares na escola particular era o orientador pedagógico. Nível II- Na Escola Pública A escola pública também disponibilizava uma planilha na qual cada professor anotava a presença dos alunos em sua aula e os registros que achasse necessário em um espaço em branco. O próprio diretor lidava com as questões disciplinares e, em caso de sua ausência, o coordenador pedagógico era o responsável por tal tarefa. Quando encaminhado à diretoria ou à coordenação pedagógica, tendo em vista a gravidade da ocorrência, a situação era registrada em um livro que ficava na secretaria da escola. Dada a gravidade da ocorrência, o pai era convocado a comparecer à escola com o aluno no dia seguinte. Durante à pesquisa, notou-se uma ausência de registros, o que levou a autora a supor que era pela falta de funcionários. Outro documento utilizado para informar às famílias, nos momentos de reunião de pais, a respeito da situação escolar de seus filhos era a Ficha Individual de Avaliação Periódica. Percebe-se, durante esse momento, que este documento não é lido pelos pais, nem pelo professor tutor da sala. A discussão limitava-se ao número de faltas e às notas em cada disciplina Em ambas as escolas, nas ocorrências graves que envolviam agressão física ou verbal, os alunos eram retirados da sala de aula e encaminhados à direção. As entrevistas Para entender melhor as implicações da utilização dos bilhetes a segunda parte da pesquisa foi a coleta de dados por meio de entrevistas, investigando o que os pais pensam, agem e sentem no que está por trás das palavras. O roteiro desta entrevista clínica Piagetiana tem dois tipos de perguntas, as básicas que pertencem ao roteiro elaborado antecipadamente e as elaboradas no decorrer da entrevista, conforme a necessidade. Nem todas as respostas retratam o real pensamento da criança. Dois tipos são considerados válidos: as respostas de crença espontânea e as respostas desencadeadas no decorrer da conversa. É importante lembrar que uma resposta que parece não envolver com o problema, significa que não é importante, isto é, quando não está envolvido responderá algo que não esclarece realmente o que pensa. A fabulação também muito comum, consiste na criação de uma história fora do contexto do tema abordado. No planejamento das perguntas optou-se por contextualizar a conversa, por indagações que abordavam a existência de regras ou conflitos na escola e sobre as ações dos professores destes casos, desta forma fazendo com que esse instrumento fosse citado como estratégia de
comunicação e solução do conflito. As entrevistas foram realizadas em escola públicas e particulares de 2° ao 8° ano, levando em consideração os alunos que eram atendidos pela coordenação ou tinham algum tipo de encaminhamento. Os pontos importantes nas entrevistas realizadas entre professores e comunidade são: • Linguagem dos professores para a comunidade em questão; • Orientações; • Abordagem feita em relação ao aluno. Após as entrevistas investigou-se se houve a mudança no comportamento dos alunos, a visão dos professores diante da parceria com a família.
5º Anos - Da página 103: "Comunicação: Parceria ou adversária? O que mostram os bilhetes e as entrevistas", até a página 129(8 respostas) SINTESE: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS Comunicação: Parceira ou adversária? O que mostram os bilhetes e as entrevistas. (Pg. 103 a 130). PROFª TALITA O texto considera a importância de uma parceria entre a escola e a família. A pesquisa visou compreender a comunicação escrita em forma de bilhetes dos docentes para aos pais. Assim foram analisados alguns bilhetes, e destes também foram excluídos: mensagens que foram enviadas pela família (justificativa de faltas, atividades extras, uso de medicamentos, etc.). Mensagens enviadas pelos professores (acidentes, agendamento de reunião com os pais, solicitação de envio de algum material para a escola, informações sobre objetos perdidos e esclarecimento sobre atividades). Os bilhetes analisados nesta pesquisa, visam responder a necessidade de a escola manter uma relação harmoniosa com as famílias, utilizando a comunicação como recurso para que os pais fiquem cientes do processo educativo de seus filhos, tratando-os de maneira, clara, objetiva e respeitosa. Diante disso, a pesquisa classificou os bilhetes do ensino fundamental; 2º, 5º e 8º anos. A maior parte dos bilhetes analisados pertenciam ao 8º ano, o conteúdo tratado tratava- se sobre questões de indisciplina, estes enviados por meios eletrônicos, pois os alunos desta séria, não mostravam suas agendas aos pais, assim como não aprovavam o uso da mesma. Já para os alunos menores, não se faz o uso deste recurso, pois normalmente os pais acompanham os filhos e já mantem contato direto com os professores. Percebe- se mediante aos dados, que a escola particular mantem mais contato com as famílias por meio de bilhetes, comparando-a a escola pública, pois a escola particular tem essa preocupação com a “prestação de serviço” e necessita manter a satisfação de seu cliente, informando aos pais tudo sobre a vida escolar de seu filho. Já a escola pública sofre com as problemáticas deste serviço, com falta de funcionários, auxiliares, afastamentos, recursos, etc. Então, o professor acaba orientando o aluno de forma oral. Os bilhetes foram classificados em três categorias: aprendizagem (tratando sobre questões cognitivas e desenvolvimento), conflitos (indisciplina) e regras convencionais ( normas). Com isso, nota- se que as escolas buscam meios que facilitem a comunicação de forma a não sobrecarregar o trabalho do docente e garantam que os pais tomem ciência dos comportamentos inadequados, ajudando que sejam evitados e ao mesmo muitas vezes até terceirizando para as famílias atitudes que podem ser aplicadas em sala. Muitas vezes dependo da maneira que se escreve o bilhete, a criança poderá sofrer consequências inesperadas e/ ou até agressivas. Coloca- se também como colaborador nestes casos, o professor pode utilizar de assembleias, envolvendo os alunos, e assim trazendo para eles a corresponsabilidade, em busca de um bom rendimento. SINTESE: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS Comunicação: Parceira ou adversária? O que mostram os bilhetes e as entrevistas. (Pg. 103 a 130). PROFª TALITA O texto considera a importância de uma parceria entre a escola e a família. A pesquisa visou compreender a comunicação escrita em forma de bilhetes dos docentes para aos pais. Assim foram analisados alguns bilhetes, e destes também foram excluídos: mensagens que foram enviadas pela família (justificativa de faltas, atividades extras, uso de medicamentos, etc.). Mensagens enviadas pelos professores (acidentes, agendamento de reunião com os pais,
solicitação de envio de algum material para a escola, informações sobre objetos perdidos e esclarecimento sobre atividades). Os bilhetes analisados nesta pesquisa, visam responder a necessidade de a escola manter uma relação harmoniosa com as famílias, utilizando a comunicação como recurso para que os pais fiquem cientes do processo educativo de seus filhos, tratando-os de maneira, clara, objetiva e respeitosa. Diante disso, a pesquisa classificou os bilhetes do ensino fundamental; 2º, 5º e 8º anos. A maior parte dos bilhetes analisados pertenciam ao 8º ano, o conteúdo tratado tratava- se sobre questões de indisciplina, estes enviados por meios eletrônicos, pois os alunos desta séria, não mostravam suas agendas aos pais, assim como não aprovavam o uso da mesma. Já para os alunos menores, não se faz o uso deste recurso, pois normalmente os pais acompanham os filhos e já mantem contato direto com os professores. Percebe- se mediante aos dados, que a escola particular mantem mais contato com as famílias por meio de bilhetes, comparando-a a escola pública, pois a escola particular tem essa preocupação com a “prestação de serviço” e necessita manter a satisfação de seu cliente, informando aos pais tudo sobre a vida escolar de seu filho. Já a escola pública sofre com as problemáticas deste serviço, com falta de funcionários, auxiliares, afastamentos, recursos, etc. Então, o professor acaba orientando o aluno de forma oral. Os bilhetes foram classificados em três categorias: aprendizagem (tratando sobre questões cognitivas e desenvolvimento), conflitos (indisciplina) e regras convencionais ( normas). Com isso, nota- se que as escolas buscam meios que facilitem a comunicação de forma a não sobrecarregar o trabalho do docente e garantam que os pais tomem ciência dos comportamentos inadequados, ajudando que sejam evitados e ao mesmo muitas vezes até terceirizando para as famílias atitudes que podem ser aplicadas em sala. Muitas vezes dependo da maneira que se escreve o bilhete, a criança poderá sofrer consequências inesperadas e/ ou até agressivas. Coloca- se também como colaborador nestes casos, o professor pode utilizar de assembleias, envolvendo os alunos, e assim trazendo para eles a corresponsabilidade, em busca de um bom rendimento. O texto trata da parceria entre escola e família. Com relação aos bilhetes enviados aos pais, a maioria são para os alunos maiores e o principal assunto são os problemas de comportamento e o não cumprimento de regras. Há grande dificuldade de comunicação com estes pais, pois os alunos dificultam não entregando ou não usando as agendas. Por isso os professores passaram a utilizar a internet para esse fim. Porém, na escola privada, os acontecimentos são lançados em uma planilha e posteriormente lançados na internet, para agilizar o trabalho do professor. Entretanto, dessa forma, não há reflexão por parte do aluno. Quando os alunos são menores os professores teriam mais tempo para redigir o bilhete, além disso o contato entre escola e família é maior. A escola informa sobre a atitude do aluno, mas acaba não resolvendo os conflitos dentro da escola. A maioria dos bilhetes são da escola privada, devido a prestação de serviços deixar os "clientes" satisfeitos e cientes dos acontecimentos, isso porque contam com grande números de funcionários. Enquanto na escola pública, devido a falta de profissionais, os alunos são mais advertidos oralmente, sem tantos registros de comunicação com a família. O adulto, dentro da escola, precisa trabalhar a autoridade sem que o aluno sintase diminuído. É importante ressaltar o uso das regras de forma consciente e auxiliar na reflexão do aluno. Com os alunos menores, há mais resultados com as intervenções orais, pois costumam cumprir melhor as regras, diferente dos maiores, pois são mais questionadores e resistem mais nas reflexões sobre esse assunto. Com os bilhetes, os professores acreditam que os pais podem auxiliar, que além de resolver os conflitos na escola, os pais devem estar cientes e conversar novamente com o aluno em casa. Mara Priscila Dazio A leitura foi bem indicada, em especial para reflexão sobre nossa realidade enquanto escola publica. Uma das constatações foi a de que quanto maior o aluno, maior a quantidade de bilhetes. Outra, que a escola privada envia esmagadoramente uma quantidade maior de bilhetes. A autora relaciona bem esse fato com a questão financeira, pois os alunos e seus pais são "clientes" e quando o docente comunica um fato envolvendo conflitos ou dificuldades pedagógicas, o mesmo está mostrando "serviço" ao ser atento ao que ocorre com seus alunos. A estrutura funcional da escola particular facilita essa comunicação, pois possuem funcionários
com funções especificas, como lançar solicitações de docentes na página virtual da instituição, intermediar conflitos ou fazer um primeiro atendimento aos pais, o que não ocorre na publica. Outro fato de destaque, é que há mais bilhetes relatando conflitos do que relacionados ao aprendizado. Um problema comum á publica e a privada refere-se ao não cumprimento das regras, como o mencionado em um bilhete onde a professora "pede desculpas" á mãe por não ter verificado se a mesma pegou autorização para entrar atrasada. No texto, está explicito que a mãe sabia da regra, mas a burlou. De maneira discreta, a professora atribuiu a si mesma a culpa, afinal, a mãe é "cliente". Essa atitude do adulto, presenciada pela criança, terá mais efeito no desenvolvimento da sua moral do que todos os discursos e "ameaças" relacionadas ás regras da escola. Ao ler os bilhetes, pude refletir minha própria escrita, como posso ser mal interpretada e as palavras voltarem contra mim. Também ponderei sobre melhorar a parceria para fins pedagógicos, convidando a família para ser autora do aprendizado da criança, assim como sua compreensão do que é viver em sociedade, respeitando regras, combinados e principalmente, o outro. Debora SINTESE: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS Comunicação: Parceira ou adversária? O que mostram os bilhetes e as entrevistas. (Pg. 103 a 130). O texto considera a importância de uma parceria entre a escola e a família. A pesquisa visou compreender a comunicação escrita em forma de bilhetes dos docentes para aos pais. Assim foram analisados alguns bilhetes, e destes também foram excluídos: mensagens que foram enviadas pela família (justificativa de faltas, atividades extras, uso de medicamentos, etc.). Mensagens enviadas pelos professores (acidentes, agendamento de reunião com os pais, solicitação de envio de algum material para a escola, informações sobre objetos perdidos e esclarecimento sobre atividades). Os bilhetes analisados nesta pesquisa, visam responder a necessidade de a escola manter uma relação harmoniosa com as famílias, utilizando a comunicação como recurso para que os pais fiquem cientes do processo educativo de seus filhos, tratando-os de maneira, clara, objetiva e respeitosa. Diante disso, a pesquisa classificou os bilhetes do ensino fundamental; 2º, 5º e 8º anos. A maior parte dos bilhetes analisados pertenciam ao 8º ano, o conteúdo tratado tratava- se sobre questões de indisciplina, estes enviados por meios eletrônicos, pois os alunos desta séria, não mostravam suas agendas aos pais, assim como não aprovavam o uso da mesma. Já para os alunos menores, não se faz o uso deste recurso, pois normalmente os pais acompanham os filhos e já mantem contato direto com os professores. Percebe- se mediante aos dados, que a escola particular mantem mais contato com as famílias por meio de bilhetes, comparando-a a escola pública, pois a escola particular tem essa preocupação com a “prestação de serviço” e necessita manter a satisfação de seu cliente, informando aos pais tudo sobre a vida escolar de seu filho. Já a escola pública sofre com as problemáticas deste serviço, com falta de funcionários, auxiliares, afastamentos, recursos, etc. Então, o professor acaba orientando o aluno de forma oral. Os bilhetes foram classificados em três categorias: aprendizagem (tratando sobre questões cognitivas e desenvolvimento), conflitos (indisciplina) e regras convencionais ( normas). Com isso, nota- se que as escolas buscam meios que facilitem a comunicação de forma a não sobrecarregar o trabalho do docente e garantam que os pais tomem ciência dos comportamentos inadequados, ajudando que sejam evitados e ao mesmo muitas vezes até terceirizando para as famílias atitudes que podem ser aplicadas em sala. Muitas vezes dependo da maneira que se escreve o bilhete, a criança poderá sofrer consequências inesperadas e/ ou até agressivas. Coloca- se também como colaborador nestes casos, o professor pode utilizar de assembleias, envolvendo os alunos, e assim trazendo para eles a corresponsabilidade, em busca de um bom rendimento. SINTESE: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS Comunicação: Parceira ou adversária? O que mostram os bilhetes e as entrevistas. (Pg. 103 a 130). O texto considera a importância de uma parceria entre a escola e a família. A pesquisa visou compreender a comunicação escrita em forma de bilhetes dos docentes para aos pais. Assim foram analisados alguns bilhetes, e destes também foram excluídos: mensagens que foram enviadas pela família (justificativa de faltas, atividades extras, uso de medicamentos, etc.). Mensagens enviadas
pelos professores (acidentes, agendamento de reunião com os pais, solicitação de envio de algum material para a escola, informações sobre objetos perdidos e esclarecimento sobre atividades). Os bilhetes analisados nesta pesquisa, visam responder a necessidade de a escola manter uma relação harmoniosa com as famílias, utilizando a comunicação como recurso para que os pais fiquem cientes do processo educativo de seus filhos, tratando-os de maneira, clara, objetiva e respeitosa. Diante disso, a pesquisa classificou os bilhetes do ensino fundamental; 2º, 5º e 8º anos. A maior parte dos bilhetes analisados pertenciam ao 8º ano, o conteúdo tratado tratava- se sobre questões de indisciplina, estes enviados por meios eletrônicos, pois os alunos desta séria, não mostravam suas agendas aos pais, assim como não aprovavam o uso da mesma. Já para os alunos menores, não se faz o uso deste recurso, pois normalmente os pais acompanham os filhos e já mantem contato direto com os professores. Percebe- se mediante aos dados, que a escola particular mantem mais contato com as famílias por meio de bilhetes, comparando-a a escola pública, pois a escola particular tem essa preocupação com a “prestação de serviço” e necessita manter a satisfação de seu cliente, informando aos pais tudo sobre a vida escolar de seu filho. Já a escola pública sofre com as problemáticas deste serviço, com falta de funcionários, auxiliares, afastamentos, recursos, etc. Então, o professor acaba orientando o aluno de forma oral. Os bilhetes foram classificados em três categorias: aprendizagem (tratando sobre questões cognitivas e desenvolvimento), conflitos (indisciplina) e regras convencionais ( normas). Com isso, nota- se que as escolas buscam meios que facilitem a comunicação de forma a não sobrecarregar o trabalho do docente e garantam que os pais tomem ciência dos comportamentos inadequados, ajudando que sejam evitados e ao mesmo muitas vezes até terceirizando para as famílias atitudes que podem ser aplicadas em sala. Muitas vezes dependo da maneira que se escreve o bilhete, a criança poderá sofrer consequências inesperadas e/ ou até agressivas. Coloca- se também como colaborador nestes casos, o professor pode utilizar de assembleias, envolvendo os alunos, e assim trazendo para eles a corresponsabilidade, em busca de um bom rendimento. Nesta parte da dissertação a autora aborda as diferenças entre a comunicação escola/família da rede particular e pública, concluindo que na primeira a comunicação é mais efetiva devido a escola ser paga e oferecer uma estruturas muito melhor, enquanto a segunda sofre com a desestrutura: professores doentes, falta de funcionário, entre outras coisas. Entretanto, nas duas escolas, observa que conforme as crianças vão crescendo os métodos utilizados já não surtem o mesmo efeito e os professores acabam procurando outras estratégias; na escola particular outros meios de comunicação e na pública a não comunicação escrita, somente advertências verbais. Na categorização dos bilhetes, a autora defende que a escola está mais preocupada com regras convencionais do que com os aspectos morais e acaba se tornando parcial ao aplicar "sanções" no infringir das normas estabelecidas. A autora justifica que as regras são importantes para os alunos, mas que devem ser primordialmente discutidas e compreendidas pelos alunos. De forma geral, a autora aborda a questão dos bilhetes como recurso que a escola utiliza para normalmente tratar de regras, comportamentos e conflitos e que sendo assim não agrega a vida do educando, pois o processo acaba sendo unilateral, uma vez que o estudante não tem participação, isto é, o bilhete é escrito sobre ele, mas ele não participa desta escrita ficando a mercê apenas das consequências. Denise Evelin Apresentação e discussão dos dados Objetivos da análise /investigação das mensagens Classificação dos conteúdos Estrutura na redação Retirados das análises , bilhetes que vinham da família para a escola pois o foco da pesquisa era a comunicação estabelecida pela escola, também foram retirados os bilhetes informativos coletivos, analisados , portanto, 895 bilhetes Análise quantidade/qualidade do conteúdo enviado nos bilhetes para os pais do ensino fundamental Bilhetes nas diferentes séries do ensino fundamental Bilhetes se dividiram em três séries( 2ª 5ª e 8ª), sendo a grande maioria para os pais de alunos da 8ª série. A análise do conteúdo demonstrou cobrança rígida de comportamento dos alunos. O espaço comunicativo, inclusive virtual, foi usado para na grande maioria das vezes para informar sobre infrações cometidas na escola pelos alunos e essa comunicação era “ terceirizada” pela alegação dos
professores de falta de tempo para tal demanda( aulas de 50 minutos) Para as séries iniciais do fundamental havia contato pessoal : família presente na escola , o que diminuía a necessidade de bilhetes. Pode-se inferir que o professor comunica sobre atitudes dos alunos mas não reflete sobre suas ações , precisa-se revisar essa relação. Os bilhetes por instituição de ensino A maioria absoluta dos bilhetes enviados foi na escola particular( 96%) contra os 3% da escola pública. Esse dado nos mostra que além do fato da escola privada ter o interesse em atender o seu cliente da melhor forma possível existe na escola privada uma gama maior de funcionários para olharem as crianças, garantindo esse auxílio ao cuidado com o comportamento dos alunos.Na escola pública o corpo de funcionários está sempre defasado, o que refletia na intervenção ao comportamento dos alunos, comunicando às famílias os casos mais graves. Bilhetes por instituição e série A escola privada teve a maioria dos bilhetes às séries inicial e final e a escola pública teve a maioria dos bilhetes no 5º ano. Constatou-se que nas séries iniciais onde o controle dos adultos não é questionado, a necessidade de bilhetes é menor ao passo que crescem, os alunos já começam a questionar as regras e segui-las , o que torna necessário buscar comunicação com a família para sanas questões de comportamento. As categorias dos bilhetes Agrupados os bilhetes pela semelhança e análise do seu conteúdo em três categorias: 1 aprendizagem(desenvolvimento cognitivo do aluno) 2 conflitos ( comportamentos totalmente inadequados) 3 regras convencionais (conduta esperada para determinada para grupo ou turma) Observou-se que pouquíssimos bilhetes(2%) se encaixaram na primeira categoria e que 98% dos restantes houve equilíbrio entre a segunda e a terceira categoria. O foco da comunicação foi avisos à família, daquilo que perturbava o andamento da escola. Ainda observou-se que a manutenção às regras convencionais parece mais importante para os educadores do que os conflitos sócio morais. É necessário rever a quantidade e necessidade das regras convencionais nas instituições de ensino. Os bilhetes e suas categorias nas diferentes séries do Ensino Fundamental 2º ano 29% aprendizagem(resposta à solicitação da família) 79% conflitos ( enviados pelo professor) 5º ano 12% aprendizagem 78% conflitos 10%regras convencionais 8º ano 1% aprendizagem 45% conflitos 54% regras convencionais Como já comentado, nas séries finais os mecanismos de “coação”, não funcionam como nas séries iniciais.Por isso, maior registro de regras não cumpridas nas séries finais. Em relação à bilhetes que abordam a aprendizagem já eram poucos nas séries iniciais e diminuíram , ainda mais nas séries finais – o oposto ocorre em relação às regras convencionais. Os bilhetes e suas categorias nas instituições de ensino. Na escola pública, o tema predominante nos bilhetes são os conflitos e na particular são as regras convencionais. Os bilhetes e suas categorias por instituição e série. 2º ano : poucos bilhetes tanto na escola particular quanto na pública e a maioria por questões de conflito, nenhuma por quebra de regras convencionais. 5º ano: ainda poucos bilhetes, sendo que na escola particular , esta é a série de menor quantidade de bilhetes, enquanto que na pública, onde predominam as questões de conflitos nos bilhetes, é a série com maior quantidade de bilhetes. Observou-se que nessa série há a concepção da escola pública no controle do comportamento, na ameaça da comunicação à família e na particular, há concepção de desvirtuar o espaço de discussão coletiva, do que é coletivo para os conflitos individuais. 8º ano: na particular em grande número de bilhetes sobre regras convencionais( a maioria) e muitos também sobre conflitos.Além disso, nessa série a comunicação é virtual ou terceirização na maioria.Em relação à escola pública nenhum bilhete- aparentemente comunicação por telefone. As notas, avaliações e boletins são usadas para informar rendimentos dos alunos, tanto na escola particular quanto na pública. Em síntese, na escola particular há mais bilhetes, pois a família acompanha mais os alunos e exige mais informação.A incidência de bilhetes é maior no 8º ano da escola particular pois os pais comparecem menos à escola e os alunos transgridem com mais frequência as regras às quais questionam. Susana Gomes Carvalho Amado
Arte - Da página 129: "Os bilhetes sobre aprendizagem", até a página 169(1 resposta)
Nossa leitura foi sobre "bilhetes de conflito". Percebemos logo de início que a vivência da escritora não correspondia com a nossa realidade. Os bilhetes aos quais ela levou em consideração eram em sua maioria de colégios particulares e todos do fundamental II. Acreditamos que a faixa etária influência bastante no tipo e na quantidade de bilhetes que fazemos. No texto ela diz que os professores fazem bilhetes na tentativa de se eximir de culpa futura. Que esses acontecem mais no fundamental II e em maior escala na rede particular e nessa é mais comum bilhetes referentes ao rendimento escolar das crianças e a sugestão de aulas particulares, ela acredita que os pais dessas escolas tem mais interesse na vida escolar de seus filhos. Sugere-se uma parceria entre o corpo docente e a gestão, fazendo combinados de como agir ou o que dizer na tentativa de diminuição de conflitos e/ou bilhetes. E que não é adequado que haja qualquer tipo de conversa dessa natureza, entre pais e professores, fora do ambiente escolar. Ainda no ambiente da escola particular ela nota o uso de bilhetes virtuais (email) entre a escola e os pais, por ser um meio mais rápido e direto. Nas séries mais velhas percebeu-se que com a troca constante das matérias e os professores, há mais conflito. E que a maioria dos professores que ela entrevistou, prefere tentar resolver o conflito com o aluno primeiro. E que 90% dos conflitos que ela investigou, são dos colégios particulares. Ela também afirma que os bilhetes de conflito entre pares, a maioria deles é quando ocorre alguma perturbação da aula ou quando o aluno não cumpre as regras. Que geralmente quando há agressão física, só se avisa aos pais quando uma das partes fica marcada ou se machuca. Ela acredita que nesses tipos de bilhetes, quanto maior a criança, menor o número de bilhetes. No quesito "bilhetes de conflito com autoridades", 88% é de não cumprimento de atividades. Os assuntos dos bilhetes eram: rompimento de ordem, esconder coisas, atitudes desrespeitosas, agressões, satisfações aos pais e perturbação da ordem. Bárbara, Tátila e Gabriela.
Educação Física - Da página 169: "Bilhetes sobre conflitos envolvendo pares", até a página 200(1 resposta) Bilhetes sobre conflitos envolvendo pares Escola Pública X Escola Privada • 469 bilhetes/ somente 08 foram identificados conflitos entre pares, todos de escolas privadas. 1) O olhar da escola para o conflito entre os alunos estava de fato a romper a ordem. Bilhete: Ocorrência – 2 colegas brigaram. Poderá ocorrer suspensão. 2) Enfoque na atitude dos envolvidos se estava utilizando estratégias impulsivas, agressivas ou desrespeitosas para lidar com os conflitos. Não foi encontrado nenhum bilhete a ser classificado nesse grupo. 3) Respeito ao bilhete. Dar satisfação aos pais sobre ocorridos na escola. Em alguns casos os professores enviavam respostas a bilhetes dos pais, pois as crianças só comunicavam ocorridos em casa. Exemplos: a) Rompimento da ordem: esconder o material do outro; b) Atividades desrespeitosas: crianças respondem a uma provocação com soco; c) Satisfação aos pais: informar ocorrências. Instituição Privada Uma das escolas tinha a grande preocupação em manter os pais informados. Já outra escola privada, poucos educadores tinham a preocupação em manter os pais informados, o que parecia que o foco não estava na possibilidade de favorecer o desenvolvimento da autonomia. Bilhetes sobre regras convencionais Informar aos pais quando essas regras da rotina escolar não estão sendo seguidas adequadamente. -Quantificação de bilhetes: Quanto mais avançado a escolaridade, maior o rigor com as regras: Escola Pública: 0,4 Escola privada: 99,6 Advertências: comparecer com atraso. Notificação: Ausência à aula ou falta em dia de provas Responsabilização: Ensino Fundamental II: 100% dos bilhetes eram de responsabilidade da escola, pois abordavam assuntos que ocorrem no espaço pedagógico. Exemplo: “a aluna não permanece sentada durante as aulas”, “o fulano está brincando muito na aula e não está fazendo as lições”. Isso evidencia que o professor delega a família atuações que são inerentes ao espaço escolar. Não fica claro se realmente espera uma providência dos pais. • Será que para aprender é imprescindível que os alunos fiquem sentados? • O que será que está acontecendo na sala de aula para que o aluno não sente? Sousa e Santos 2005... constataram por meio das mensagens (bilhetes) enviados nos cadernos dos alunos , que o professor atribui aos pais a responsabilidade por faltas e comportamentos relacionados
estritamente a escola. Redação: bilhetes descritivos (com muitos detalhes): eu disse, ele falou, etc. Informação: foi observado que o bilhete apresentava somente o fato ocorrido e deixava claro o processo em que foi ocasionado, bem como possíveis intervenções.
A.E.E. - Da página 201: "A estrutura dos bilhetes por série", até a página 235(1 resposta) A.E.E. - Da página 201: "A estrutura dos bilhetes por série", até a página 235. A referida leitura trata várias pesquisas realizadas para verificar as estruturas dos bilhetes nas diferentes classes e instituições. A estrutura dos bilhetes por série A primeira pesquisa realizada foi feita com os pais dos alunos de duas turmas (2º ano e 5ºano) para verificar as diferenças nas estruturas das mensagens relatadas nos bilhetes enviados via agenda pelos professores. Os tópicos que apresentaram maior porcentagem em ambas as séries os bilhetes apresentam enfoques negativos, e a maioria solicitava providência por parte dos pais. Quase a metade dos bilhetes não explicitava a quem era dirigida a mensagem. A estrutura dos bilhetes por instituição Outra pesquisa foi feita para saber os seguintes tópicos, comparando as instituições privadas e publicas. 1- Responsabilidade escola/família 2- Linguagem objetiva e clara 3- Informa fato/processo 4- Enfoque negativo 5- Solicitava providência 6- Destinatário ausente. O resultado foi: (tópicos que mais destoaram) • DESTINATÁRIO AUSENTE: INSTITUIÇÃO PARTICULAR: 0 INSTITUIÇÃO PÚBLICA: 55,9 • LINGUAGEM CLARA E OBJETIVA: INSTITUIÇÃO PARTICULAR: 70,9 INSTITUIÇÃO PÚBLICA: 26,4 De acordo com a autora, se faz necessário e muito importante que as escolas estabeleçam parcerias ESCOLA/FAMÍLIA, os bilhetes não podem ser escritos por impulso; ao escrever uma mensagem o professor precisa refletir sobre como o outro poderá interpretá-la e no tipo de sentimento que provocará ao receptor “se colocar no ugar do outro”, e a forma que o assunto será tratado. A redação pode demonstrar quando o emissor está bravo/com raiva. Partindo do pressuposto que os pais devem ser respeitados, os professores precisam refletir em qual o objetivo de enviar tal bilhete, qual tipo de informação é relevante e em quê pode contribuir para que o problema seja resolvido. É INDISPENSÁVEL que os bilhetes sejam revistos com calma para que as palavras sejam descritas com clareza e objetividade. A Comunicação nas relações familiares Entrevista abordando os seguintes aspectos: 1º Dizia respeito às atitudes tomadas pelos pais serem informados a respeito dos fatos que envolviam os filhos. 2º Foi verificado se depois que a família era comunicada e fazia sua intervenção; havia mudança das atitudes sobre as quais a escola se queixou e se ocorria a reincidência dos comportamentos inadequados. De 46 entrevistas foi relatado implicações vivenciadas 35 sujeitos o restante (11) afirmou não ter levado o bilhete para casa. As atitudes dos pais - Os pais nem sempre sabem como agir; 100% dos responsáveis entrevistados acabavam legitimando as informações (queixas) pela escola; não contestando em nenhum momento. Nas pesquisas verificou-se que os pais demonstram que consideram o professor como uma autoridade na escola, logo sabe o que é melhor para o aluno. É importante ressaltar que os pais procuram ensinar aos filhos que estão “errados” e que devem obedecer aos professores. Esse resultado vai contra a queixa constante da escola de que geralmente contam com o apoio da família e que frequentemente é desautorizada pelos pais. Nas entrevistas com os responsáveis foi identificado as seguintes estratégias: punição ou castigo (80%), conversas ou sermões (33,3%), ameaças (20%), recompensa ou promessas (6,6%). Não foi identificada em nenhuma entrevista a presença de diálogo no sentido construtivo, em que os envolvidos trocam perspectivas e buscam por acordos mútuos. O sujeito aprende que esse comportamento não é aceitável e quita o seu débito (castigo, sermões entre outros), mas não compreende a relevância de mudar suas atitudes (se é que deva mudá-las). A partir da análise de dados constatou-se vários castigos aplicados depois que receberam bilhetes como: • Restrição ao acesso a meios eletrônicos (TV, computador, videogame, internet); • Proibida atividades sociais (festas, aniversários); • Proibido brincar fora de casa (bicicleta, futebol); • Restrição ao convívio familiar (ir mais cedo para o quarto); • Proibir alguma guloseima. A segunda forma de castigo consistia em agressões
físicas. Quando as famílias são comunicadas; entendem que a escola espera que tomem providências; e muitos usavam da violência como “corretivo”. Isto pode gerar várias implicações como: traumas ocasionados, podem variar desde marcas físicas até emocionais e psicossociais como: baixa-autoestima, agressividade, depressão entre outros, trazendo sérios danos não só na infância como também na fase adulta. Um fato que merece destaque é que os castigos físicos (bater, colocar de joelhos no milho/feijão, colocar na parede etc.) praticamente foram constatados nas turmas da escola pública, geralmente no nível I do Ensino Fundamental. Parece-nos que, com os mais velhos, as famílias utilizam “as conversas” recorrendo em alguns casos para o uso das palmadas. Uma estratégia mais favorável à resolução cooperativa de conflito seria a descrição do problema, a escuta a perspectiva do filho/aluno, questões que levassem a pensar na validade das normas, nas causas do comportamento e nas possibilidades de outras ações e consequências. Chega-se a conclusão que por passar longo tempo ouvindo os adultos, boa parte do que foi dito não é assimilado, uma vez que a assimilação de um conteúdo não se dá pela escrita passiva e sim por meio da atividade mental. Chega-se à conclusão também que enviar o bilhete gera o sentimento de culpa, receio, medo, punição e não ao arrependimento e a vontade de reparação. Em relação aos prêmios; recompensas por boa conduta, com o decorrer do tempo pode gerar dependência dessas premiações e do julgamento das outras pessoas. Além disso, conforme cresce, será necessário aumentar as recompensas, indo contra o que é a verdadeira autorregulação. Quando um sujeito faz algo errado, precisa se incomodar com sua própria atitude, podendo sentir vergonha do que fez. Dessa forma poderá não querer repeti-la para não se sentir mal novamente exercitando sua capacidade de se autorregular. Percebe-se a ausência de diálogos construtivos nas medidas tomadas em casa quando o filho recebia um bilhete ou outra comunicação da escola. Isso parece confirmar a hipótese da autora, de que, pais e professores não reconhecem que os problemas que acontecem no espaço escolar ou familiar podem ser oportunidades de desenvolvimento e de aprendizagem, nem mesmo que pertencem ao envolvido, que deve agir sobre esse objeto de conhecimento com a mediação do adulto. Nas pesquisas nenhuma turma identificou-se o uso de diálogos construtivos que pudessem favorecer a reflexão dos envolvidos nos conflitos. As atitudes dos alunos: mudança no comportamento Constatou-se por meio de conversas com alguns alunos, que tais mudanças não são tão simples. Muitos confirmavam o medo de levar outro bilhete ou nova punição quando chegassem em casa, no entanto, era difícil para eles mudarem a conduta. Outro fator importante que vale destacar é com relação ao Conselho Tutelar. É possível perceber que os educadores responsabilizam as famílias por muitos dos problemas que ocorrem em seu espaço delegando-lhe a responsabilidade pelas soluções, mas como alegam não alcançar os resultados esperados, passam aos Conselhos Tutelares novamente se eximindo de suas tarefas e buscando por formas mais eficientes de controlar não somente os alunos como seus familiares. No Relatório de Monitoramento Global Superando Desigualdades: destacou-se que a maioria das aulas eram pouco interessantes e parecia não haver preocupação por parte dos professores em relação ao planejamento, baseando a didática quase que exclusivamente no uso do livro didático. A escola precisa urgentemente reestruturar não apenas no que diz respeito às relações interpessoais, mas rever a forma como o conhecimento é trabalhado em sala de aula; a práxis do professor, a maneira como as regras são estabelecidas, o processo de avaliação, a comunicação com a família, etc. Conclusão: Na perspectiva construtivista, o sujeito tem um papel ativo na resolução de conflitos em que se envolve, cabendo-lhe participar das discussões que possibilitem que veja o problema por diferentes perspectivas, analise as implicações e pensando nas soluções mais adequadas para todos. Ana Lucia Ferraz da Silva e Débora Fogagnoli - AEE – DI 2016
Professoras Substitutas - Da página 235:"A utilidade dos bilhetes", até a página 244(0 resposta) Ainda não há respostas para esta pergunta.
Professora - LAB - Da página 245: "Considerações Finais: O que encontramos e onde se pode chegar...", até a página 256(1 resposta) Com o objetivo de comparar os mecanismos de comunicação, a coordenadora pesquisou 895 bilhetes em escolas públicas e particulares. Encontramos que de acordo com a pesquisa, a concepção tradicional compreende os conflitos como algo negativo. Para evitar o surgimento dessas dissensões e para manter a disciplina compreendida como obediência, geralmente a escola se vale de um número extenso de “regras convencionais” que precisam ser impostas por não serem legitimadas pelo estudantes uma vez que desconhecem seus princípios e sua real necessidade. A comunicação realizada pela escola não favorece que o estudante desenvolva a consciência necessária para mudança de postura por meio da autorregulação. Já na perspectiva do estudo, podemos visualizar os conflitos como oportunidades de aprendizagem dos alunos; Ajuda os envolvidos a conhecer suas atitudes, reconhecer seus sentimentos, trocar pontos de vista procurando coordenar e respeitar as ideias de todos, busca encontrar soluções justas e equilibradas para resolver os conflitos; Oferece um ambiente sociomoral cooperativo e favorável para o desenvolvimento da autonomia; Na perspectiva construtivista, os alunos devem ser críticos, autônomos, cidadãos conscientes. Envolver o aluno no processo de solução é diferente de regras impostas por obediência e conformismo sem compreensão da real necessidade. Muitos professores escrevem os bilhetes no auge dos conflitos e o fazem por impulso, justificando que o bilhete é para informar os pais e de forma intencional esperam que os pais tomem atitudes disciplinares e procedimentos coercitivos. A escola deve estabelecer uma parceria forte com a família, um ambiente acolhedor, buscando uma interatuação através de espaços para colocarem seus argumentos, refletir sobre suas atitudes.