Angela Alves de Lima Emerson Morais Raimundo Pâmella dos Santos Almeida (Orgs.) Ilustrador Douglas Williams Alves
Contos fantĂĄsticos de terror
Angela Alves de Lima Emerson Morais Raimundo Pâmella dos Santos Almeida (Orgs.)
Ilustrador Douglas Williams Alves
Contos fantĂĄsticos de terror
Ficha Catalográfica Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial UFRPE/UAG
C763 Contos fantásticos de terror / Angela Alves de Lima, Emerson Morais Raimundo, Pâmella dos Santos Almeida (organizadores); ilustrador: Douglas Williams Alves. - Garanhuns, UFRPE, 2015. 115 p.: il. ISBN 978-85-7946-248-1 1. Contos de terror. 2. Literatura infantojuvenil.
CDD 808.831
Reitora
Pró-Reitora de Ensino de
Maria José de Sena
Graduação - PREG
Vice-Reitor
Maria Ângela Vasconcelos de Almeida
Marcelo Brito Carneiro Leão Pró-Reitora de Pesquisa e Pró-Reitor de Administração
Pós-Graduação – PRPPG
- PROAD Moacyr Cunha Filho
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Pró-Reitor de Atividades de
Pró-Reitor de Planejamento
Extensão - PRAE
- PROPLAN
Delson Laranjeira Pró-Reitor de Gestão Estudantil - PROGEST Severino Mendes de Azevedo Júnior
Guerra
Luiz Flávio Arreguy Maia Filho Diretor Geral da Unidade Acadêmica de Garanhuns Airon Aparecido de Melo
Apresentação O livro que o leitor tem em mãos é resultado do Projeto
de
Extensão
Biblioteca
Virtual
de
Livros
Infantojuvenis (Edital Bext-2015 da Universidade Federal Rural de Pernambuco), coordenado pela professora Angela Alves de Lima e realizado numa turma de 9º ano da Escola Estadual Elvira Viana na cidade de Garanhuns-PE. Durante o ano de 2015, a bolsista Pâmella Almeida se reuniu com os alunos dessa turma para incentivá-los a ler e a escrever. Foram muitos encontros e, às vezes, desencontros, mas, no fim, o esforço da equipe foi recompensado, com a organização de uma biblioteca virtual, montada por Emerson Morais, o terceiro integrante de nossa equipe. Dois objetivos principais nortearam o nosso projeto. Em primeiro lugar, ampliar a competência leitora dos estudantes. Sabe-se que muitos estudantes apresentam
dificuldades em ler e interpretar textos, por isso, com base em sequência didática que explorou a leitura e a interpretação de textos de terror, escritos por autores consagrados como Edgar Allan Poe, realizamos atividades com foco na compreensão textual, explorando habilidades de leitura exigidas em avaliações externas (SAEB/SAEPE) para que os estudantes pudessem aprimorar a leitura crítica de textos variados. Em segundo lugar, tivemos como proposta fazer os alunos escreverem textos, permitindo que eles assumissem o papel de sujeito-autor que tem algo a dizer sobre o mundo a seu redor. Mostramos a eles que é nesse mundo que seus textos devem circular, não se limitando à correção do professor em sala de aula (eis a importância da construção da Biblioteca Virtual de Livros Infantojuvenis). Essa foi uma etapa que envolveu muitas idas e vindas, pois o processo da escrita se dá num movimento recursivo que exige do produtor do texto o avançar e o retroceder no aprimoramento do texto em desenvolvimento. Mas todas as dificuldades foram
enfrentadas,
vencidas e conseguimos organizar um conjunto de dezoito
textos de terror que estão agrupados em três
temas
centrais: “Crimes Macabros”, “Armadilhas da Mente” e, por último, “O Sobrenatural”. Os dezoito autores de tais textos (Maria Leonay, Erika Leal, Raiany Santana, Felipe Marques, Ewelin Oliveira, Franciele Maria, Emyli Juliana, Nadja Pereira, Guilherme Marques, Maria Eliane, Rilton Ferreira, Raquel da Silva, Maria Vitória, Daniel Almeida, João Vinícius, Mikaelle Freitas, Thiago Pereira e Mayara Tamara), alunos do 9º ano da Escola Estadual Elvira Viana, surpreenderam-nos pela qualidade de sua escrita, com narrativas bem elaboradas que apresentam o suspense necessário a um bom texto de terror. Tal resultado nos levou a querer publicar o livro nas versões digital e impressa para que os alunos possam ter em mãos o resultado de seu trabalho e, assim, se reconheçam como sujeitos-autores que se debruçaram sobre o texto literário, num processo de construção de seu dizer que, agora, vai além dos muros da escola. Gostaríamos de destacar ainda que esse trabalho não teria sido possível se não tivéssemos, primeiramente, o apoio financeiro da Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Além disso, contamos com a abertura da Escola Elvira Viana que, na pessoa da professora e diretora da instituição, Elânia Monteiro, e da professora de Português do 9º ano, Célia Carvalho, nos acolheu e permitiu a realização deste projeto. E, para finalizar, não poderíamos deixar de agradecer a Douglas Alves que, gentilmente, se dispôs a ilustrar todas as histórias narradas por nossos autores. Agora, vamos aos textos e boa leitura!
Angela Alves de Lima
Sumรกrio Parte I
Crimesmacabros A vinganรงa, 11 A cabana, 16
O assassino da pensรฃo, 23
O vizinho, 29
Parte II
Armadilhasdamente A morte virรก, 36
Noite estranha, 46
Cruel destino, 40
Laços de sangue, 50
Parte III
Osobrenatural A casa 7, 59
O livro maldito, 86
A flor do cemitério,
O lobisomem, 92
64
O presente macabro,
A maldição, 70
98
A mulher de branco,
Os caçadores de
75
monstros, 103
Alma sombria, 80
Ilusão mortal, 111
Crimes
macabros
Avingança E
Por Maria Leonay
m um dia chuvoso de inverno, na cidade de
Mokpo, na Coreia do Sul, estava em casa sem vontade de
sair, e meu amigo Joe logo chegaria para me visitar. Fazia
muito tempo que não o via. Então, à espera de Joe, escutei
alguém batendo à porta e fui atender... Até que vi que era meu amigo Joe e disse:
- Joe, como vai você? Entre para conversarmos um pouco! 11
A vingança – Maria Leonay Joe não me respondeu. Estava estranho, sem
expressão alguma na face, ao que perguntei:
- O que aconteceu? Por que você está tão diferente? Joe ficou nervoso e respondeu: - Não aconteceu nada, estou bem. Posso dormir esta
noite aqui?
- Pode sim, sem problema! Vou te mostrar o seu
quarto.
Enquanto levava Joe para o quarto de visitas, percebi que ele não largava sua mochila desde que chegara. Enfim, fiquei preocupada com a situação, mas segui para o meu quarto. Lá, peguei meu celular e vi uma mensagem que
informava do assassinato de um dos meus amigos e que, ao lado do seu corpo, o assassino tinha deixado uma
mensagem com as seguintes palavras: “Todos aqueles que
me fizeram de bobo e me maltrataram irão se arrepender.”. Depois que li isso, fiquei muito triste, claro, mas tentei dormir.
No dia seguinte, acordei às 8h da manhã, e vi que
meu amigo Joe já estava acordado. Então, perguntei a ele:
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A vingança – Maria Leonay
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A vingança – Maria Leonay - Você soube o que aconteceu com nosso antigo
amigo do colégio?
- Eu não estou sabendo de nada - disse Joe, nervoso. Achei aquilo estranho, mas não insisti. Resolvi perguntar se ele queria comer: - Joe, você quer comer alguma coisa? - Não, não. Preciso sair, mas volto logo. Ele respondeu. Após vinte minutos da saída de Joe da minha casa,
recebi outra mensagem no meu celular, dizendo que Débora, a garota da escola por quem Joe era apaixonado,
também havia morrido, e o mesmo bilhete que foi encontrado ao lado do corpo do meu amigo também estava ao lado dela.
Pouco tempo depois de visualizar a mensagem, Joe chegou, com lágrimas nos olhos e seguiu para o quarto em que estava hospedado. Nessa hora, pensei que ele já estava
sabendo do acontecido com Débora. Então, saí de casa para
ir a um café. Passando-se algum tempo, retornei para casa, e encontrei tudo bagunçado e alguns papéis no chão. Peguei um para ler e encontrei o seguinte texto: “nerd,
idiota, gordo...”. Nesse momento, me lembrei de que a
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A vingança – Maria Leonay turma da escola maltratava e fazia algumas brincadeiras
pesadas com Joe. Ele era muito humilhado, principalmente por sua aparência física.
Lembrei também que, antes de conhecer Joe e nos
tornamos amigos, eu também participava de algumas
brincadeiras que faziam com ele, mas, hoje, me arrependo muito disso... Agora mesmo!
E diante de tudo isso, num momento de reflexão, em que um “filme” havia passado pela cabeça, percebi, após
algumas ligações, que as duas pessoas que haviam morrido o humilharam muito no passado. Logo, o assassino seria
Joe. Nesse momento, soltei o papel que estava segurando,
pois percebi que tinha alguém atrás de mim. Virei-me rapidamente e vi Joe. Então ele disse:
- Adeus, Beatriz! Desculpe-me, mas eu preciso terminar o que comecei. Joe, então, saca sua arma e atira, deixando um bilhete, que dizia: “Ainda não terminei a vingança.
Vingarei-me de todos.”.
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Acabana E
Por Erika Leal
m um lindo dia de verão, seis amigos que se
chamavam Roberto, Sandra, Vitor, Catarina, Rita e Rebeca
estavam em um parque aproveitando o dia. Durante uma
conversa, Rebeca comentou que sua família tinha um sítio na cidade de Brejão e contou muitas histórias estranhas e sombrias sobre aquele lugar.
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A cabana – Erika Leal Rebeca, então, resolveu convidar seus amigos para passarem três dias no sítio, e seus amigos, muito animados, aceitaram. O dia estava muito chuvoso quando chegaram ao sítio e o lugar era muito assustador, pois já fazia muito tempo que ninguém ia lá. Ao anoitecer, todos começaram a ficar com sono e foram se preparar para dormir, mas Sandra, uma das amigas de Rebeca, resolveu dar uma volta pelo sítio e acabou entrando em uma cabana. Ao entrar, ela se deparou com uma armadilha mortal: alguém a atacou com uma faca. Na manhã seguinte,
todos acordaram
e, ao
perceberem que Sandra não estava lá, foram à sua procura, mas ela não deixara nenhuma pista e todos voltaram para casa, exceto Roberto, que, preocupado, resolveu procurar por Sandra um pouco mais, até que encontrou a cabana e viu a armadilha em que Sandra havia caído. Algum tempo depois, todos perceberam que Roberto também havia sumido e ficaram muito preocupados. Por isso,
foram
procurar
seus
amigos desaparecidos.
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A cabana – Erika Leal Começaram a andar pelo sítio e encontraram a cabana. Tudo lá estava limpo e arrumado, como se alguém já estivesse esperando por eles. Vasculharam a cabana até que encontraram o porão, onde havia vários objetos antigos, e entre esses objetos, encontraram um diário que pertenceu a uma moça, porém ele estava fechado com cadeado. Tentaram de tudo para abrir, até que finalmente conseguiram. Nele, estava escrito a história da moça. Então, eles com curiosidade começaram a ler. E no diário dizia: “Meu pai bebia muito, era alcoólatra, então, um dia, ele chegou em casa, depois de ter bebido bastante, estava com muita raiva e, olhando para a minha mãe, pegou uma faca e a esfaqueou na minha frente... Não teve o menor remorso do que estava fazendo e me fez assistir a tudo. Quando ele veio atrás de mim, eu tentei fugir e sair da casa, só que ele era mais rápido do que eu e conseguiu me alcançar, me arrastou até o porão da casa e me deixou lá
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A cabana – Erika Leal
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A cabana – Erika Leal presa por três dias, sem ter o que beber nem comer. Após esses três dias, meu pai reapareceu... Dessa vez carregando a faca que ele usara para matar minha mãe... Ele me feriu gravemente, eu não resisti a tantos ferimentos e morri.” Todos os amigos leram aquele fragmento do diário e ficaram horrorizados com o que tinha acontecido naquele lugar. Já era noite e eles resolveram dormir ali mesmo, pois estava muito tarde. Quando estavam indo se deitar, escutaram barulhos de pegadas do lado de fora da cabana, e outro som ainda mais assustador, o som de uma faca passando nas paredes da cabana. O medo se instalou no coração de todos, ninguém sabia o que aconteceria naquele momento. Logo depois se ouviu outro som... A porta dos fundos tinha sido aberta e, de repente, surgiu um homem. Ele andou lentamente em direção aos amigos que perceberam que ele trazia consigo uma enorme faca. O homem se aproximou dos jovens e, segurando a faca, atacou Vítor e o esfaqueou. Todos começam a gritar e o assassino, após ter matado Vítor, atacou Catarina
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A cabana – Erika Leal violentamente, deixando-a sem defesa alguma. Rita, ao ver seus amigos serem atacados, tentou escapar com Rebeca, mas ele as alcançou, segurou Rita pela roupa e a esfaqueou nas costas. Rebeca assistiu a sua amiga ser assassinada e gritou. Vendo que já não poderia fazer mais nada, correu para a porta da cabana e conseguiu fugir. O assassino, depois de matar Rita, foi atrás de Rebeca e, enquanto ela tentava fugir, enganchou a roupa dela em um galho de árvore, o que a fez cair no chão. Enquanto ela tentava se levantar, percebeu que estava em um local do sítio que não conhecia. Havia uma cruz no chão e nela estava escrito “Sofia”. O assassino chegou ao local em que Rebeca estava e, quando ele se preparava para torná-la sua próxima vítima, escutou uma voz suave, que dizia: - Pai, você não fará isso! Eu não permitirei que isso aconteça novamente! O assassino percebeu que aquela era a voz de sua filha e que ela estava ali de alguma forma. Naquele momento, arrependendo-se do que fez a ela e a outras pessoas que ele cruelmente assassinou, enfiou a faca em
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A cabana – Erika Leal seu próprio coração e finalmente morreu. Depois do que aconteceu, Sofia desapareceu para sempre e Rebeca se tornou a única sobrevivente daquela noite terrível.
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Oassassinoda
PensĂŁo
E
Por Raiany Santana
m uma noite chuvosa, um homem, chamado
Samuel, estava perdido e desesperado na floresta, atĂŠ que,
de repente, ele encontrou uma clareira e, no meio dela, havia uma casa muito grande e diferente. Na verdade, essa casa era uma pensĂŁo, o que era muito estranho, pois estava
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O assassino da pensão – Raiany Santana em um lugar bem afastado. Samuel quis ir à pensão na
mesma hora a fim de passar a noite e usar um telefone para
pedir ajuda. Quando se aproximou da pensão e entrou, sentiu, na mesma hora, um calafrio na espinha e teve uma forte sensação de medo, mas não teve coragem de voltar.
Ele esperou um pouco e percebeu que não havia
ninguém lá. De repente, ouviu um barulho fora da casa, olhou pela janela para ver o que estava acontecendo e viu
um homem com uma carroça de mão. Nessa carroça, havia
algo muito estranho e Samuel teve um forte pressentimento de que deveria se esconder daquele homem, pelo menos para observá-lo por algum tempo.
Quando o estranho homem se aproximou da casa, era possível perceber que seu rosto era desfigurado e que,
dentro da carroça, havia uma moça amarrada. Naquele momento, o homem deformado a retirou da carroça e a
acorrentou a uma espécie de poste de madeira. Samuel não
acreditou no que estava vendo e imediatamente saiu da casa com o pensamento de salvar a moça daquele homem
terrível. Quando o senhor desfigurado saiu de perto da moça, Samuel se aproximou e viu que ela estava chorando muito, então ele disse baixinho:
- Não diga nada, eu vou tirar você daqui!
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O assassino da pensão – Raiany Santana Ele começou a tentar desamarrar a moça e, de
repente, ouviu o som de pegadas fortes se aproximando cada vez mais. Então tentou rapidamente tirar as correntes
que prendiam a moça, mas não estava conseguindo, até
que encontrou um alicate ali perto e pensou em utilizá-lo, só que não havia mais tempo para isso. Assim, correu para
se esconder embaixo de uma mesa, e, quando o assassino retornou, percebeu que a moça tinha tentado fugir:
- Você acha mesmo que iria conseguir escapar de
mim? Ninguém jamais escapou de mim!
Então, o homem deformado pegou uma pá e bateu na
cabeça da moça, fazendo com que ela desmaiasse imediatamente. Samuel, escondido, não acreditava no que
estava vendo. O maníaco começou a arrastar o corpo da moça e o rapaz continuava escondido. Esperou por um
tempo e assim que o assassino saiu de sua vista, ele correu em direção à floresta. Quando estava correndo, percebeu
que o maníaco começou a persegui-lo com uma grande faca de caça. Ele continuou tentando fugir, mas acabou tropeçando em uma pedra e torcendo o pé.
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O assassino da pensão – Raiany Santana
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O assassino da pensão – Raiany Santana O homem deformado se aproximou cada vez mais
dele. Então, Samuel, que estava caído no chão, se
desesperou e apanhou a primeira coisa que viu pela frente. Quando o homem deformado se aproximou, Samuel jogou
uma pedra em sua cabeça, e percebendo que seu pé não
estava tão machucado, resolveu correr de volta para a pensão. Chegando à pensão, foi até uma sala perto da entrada e viu a mulher. Ela estava fria e escura. Ele pensou
em preparar uma armadilha naquele local para o seu perseguidor. Então, amarrou uma corda atrás da porta e,
quando o maníaco entrou, tropeçou na corda e caiu de uma forma que a faca que ele segurava se cravou em seu
coração, fazendo com que ele morresse naquela mesma hora.
Depois da morte do maníaco, Samuel se lembrou da moça que estava tentando salvar. O maníaco homicida a
havia arrastado para dentro da pensão, então ela deveria estar em algum lugar. Samuel começou a procurar pela moça por todo lugar e a encontrou em um quarto perto da
cozinha. Aproximou-se dela e percebeu que ela não sobreviveria a tantos ferimentos graves, pois estava
sangrando muito. Ele teve pena da moça e, para acabar com o sofrimento dela, pegou a faca do maníaco e a esfaqueou no coração para que morresse rapidamente:
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O assassino da pensão – Raiany Santana - Me perdoe por isso, menina... Mas eu preciso
acabar com o seu sofrimento. Assim
que
a
moça
morreu,
Samuel
ficou
extremamente abalado com o que tinha acontecido e resolveu ir embora daquele lugar maldito. Quando saiu
lentamente da pensão, encontrou-se cercado de policiais que disseram: - Você está preso por assassinar brutalmente duas pessoas! Você não tem escapatória! Assim, Samuel foi preso injustamente e ficou
conhecido pela população local como “O assassino da pensão”.
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Ovizinho A
Por Felipe Marques
família Souza vivia em São Paulo e resolveu
se mudar para o interior de Pernambuco. Nessa família, havia seis pessoas: o pai José, a mãe Glória e os filhos Jadeson, Sofia, Marcos e Ester. Eles haviam se mudado porque o pai conseguiu um novo trabalho, à procura de uma vida melhor. O que a família Souza não sabia era que
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O vizinho – Felipe Marques seu vizinho, que se chamava Miguel, era diferente,
estranho, pois passava muito tempo fora de casa e voltava sempre muito tarde. Um dia, a família Souza resolveu organizar um churrasco para conhecer a vizinhança e convidou Miguel. Ele continuava muito estranho,
não
tirava os óculos escuros e prestava muita atenção em toda a família, principalmente na filha mais velha Sofia.
Após alguns dias, Sofia saiu para fazer compras e não
voltou mais para casa, não deixou rastro, nenhuma pista do seu paradeiro. Na semana seguinte, a polícia encontrou o corpo de uma garota abandonado às margens de um rio e
muitas dúvidas surgiram, pois ela não foi reconhecida por ninguém e a cidade era pequena. As investigações foram
iniciadas e não havia muitas pistas, a única informação era que uma testemunha havia visto um homem de óculos
escuros em um carro preto, próximo ao local do crime, mas ninguém o reconheceu pela descrição que a testemunha disse. A polícia identificou a menina, era a garota
desaparecida Sofia Souza. O detetive David, que estava à
frente das investigações, foi avisar à família que a tinham encontrado, e falou:
- Sr. Souza, encontramos a sua filha...
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O vizinho – Felipe Marques - Ela está bem? Onde ela está? - perguntou o Sr.
Souza ansioso.
- Infelizmente, ela foi encontrada sem vida. Seu corpo foi achado perto do rio. Ela tinha marcas de estrangulamento no pescoço, não sabemos informar mais nada por enquanto - disse David.
Nessa hora, o pai e a mãe de Sofia entraram em desespero, até que Glória desmaiou. Tudo era muito triste e
ninguém aceitava que Sofia tivesse sido assassinada. Ela foi enterrada e as investigações prosseguiram.
Um ano depois do crime, a família continuava a viver na mesma casa. Glória reparou que, há muito tempo,
não via seu estranho vizinho e comentou com seu filho Marcos:
- Há muito tempo não vejo aquele vizinho estranho...
Por onde será que ele anda?
Glória ficou muito desconfiada com isso. Então resolveu investigar a situação, precisava saber sobre o
vizinho... Assim, procurou pelo detetive David, que
resolveu ajudá-la nas investigações. Eles foram pesquisar nos
arquivos
Miguel, na
da
polícia
e
descobriram
que
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O vizinho – Felipe Marques
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O vizinho – Felipe Marques Verdade, era um assassino frio e calculista e que a polícia,
há muito tempo, tentava prendê-lo. O nome verdadeiro
dele era Tomás e já havia matado mais de quinze mulheres.
Após alguns dias, Miguel voltou para casa, depois de
uma longa viagem, e percebeu que a vizinha o olhou de
uma forma estranha, como se estivesse observando-o. Então ele começou a ficar também de olho nela. Já estava planejando matar Glória, mas mal sabia que ela já tinha conhecimento do seu passado obscuro e que havia comprado uma arma.
Um dia, quando Miguel saía de casa, Glória o observava e sabia que ele demoraria a voltar como sempre fazia. Então, resolveu entrar na casa dele. Fez tudo com muito cuidado para não fazer barulho e começou a vasculhar a residência, até que percebeu que, logo depois
da cozinha, havia um quarto pequeno. Resolveu dar uma
olhada nele e, dentro desse quarto, viu várias fotos
espalhadas pelas paredes, fotos de mulheres mortas. Ao olhar atentamente aquelas fotos, ela disse: - Minha filha... Eu não acredito! Glória sentiu um ódio mortal naquele momento e decidiu que iria matar aquele monstro maldito. Então, se escondeu e esperou que ele voltasse. Quando Miguel
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O vizinho – Felipe Marques voltou, ela o surpreendeu e atirou nele. O tiro o atingiu no abdômen, ele caiu, e então ela disse:
- Isso foi pela minha filha, seu maldito! Então, com o assassino ainda caído no chão, Glória foi buscar um galão de gasolina, jogou por toda a casa e
ateou fogo nela, depois saiu. Glória ficou do lado de fora da casa assistindo ao fogo consumir toda aquela casa e, de repente, Miguel saiu da casa com uma fúria assassina, apontou a arma para Glória e atirou:
- Você quase conseguiu me matar... Agora você fará parte da minha linda coleção! Glória deu seu último suspiro de vida e Miguel partiu, desaparecendo para sempre.
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Armadilhas
damente
Amortevirá E
Por Ewelin Oliveira
m um dia muito tenebroso, eu estava em
casa, e meu pais, que se chamam Paulo e Anna, tinham acabado de chegar do hospital, quando meu pai me disse:
- Paola, venha aqui! Tenho uma notícia maravilhosa!
Sua irmã Laura nasceu.
Eu fiquei muito feliz com a notícia. Ela era uma menina muito linda, com os cabelos loiros, tipo cacheado, e
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A morte virá – Ewelin Oliveira olhos pretos. Seu olhar chamava muito a atenção das pessoas, pois era um olhar misterioso.
Então, o tempo foi passando e minha irmã Laura
crescia cada vez mais. E todas as pessoas comentavam sobre ela, sobre seu jeito, pois era muito calada, até com a
família era de poucas palavras... Geralmente só falava a
palavra “morte”, até que completou seus dez anos de idade e esboçou uma misteriosa e surpreendente frase: - A morte virá! Isso chocou a família. Meus pais, então, muito preocupados, resolveram logo procurar um psicólogo, o Dr. Rodrigues, que era considerado um dos melhores da
região. E minha irmã passou a se consultar com ele todas as segundas e quintas-feiras. Tempos depois, o Dr. Rodrigues chamou meus pais para uma conversa. Eles foram ao encontro dele e levaram junto a minha irmã Laura. Lá, já no consultório e prontos
para a conversa, minha irmã Laura estava sentada em uma
das poltronas, olhando para os meus pais e dizendo repetidas vezes:
- A morte virá!
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A morte virå – Ewelin Oliveira
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A morte virá – Ewelin Oliveira Meus pais, assustados, aproveitaram que estavam
diante do doutor, e logo perguntaram o que ela queria dizer com a frase.
- Laura tem um mistério... Não sei lhes dizer qual o problema dela - respondeu o Dr. Rodrigues. Meus pais ficaram horrorizados com o que ouviram e já não sabiam mais o que fazer. Então, resolveram viajar à procura de outras curas para Laura.
A viagem seria bastante longa, e nós já não aguentávamos mais Laura, que sempre dizia: - A morte virá! Até que, durante a viagem, a família toda sofreu um acidente de carro. Eu e meus pais não nos machucamos
muito, porém Laura morreu, falando, minutos antes, a seguinte frase:
- A morte chegou. E
chegou
mesmo!
Tudo
muito
misterioso!
Procuramos muito, tentando encontrar alguma resposta, mas não foi possível.
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Crueldestino H
Por Franciele Maria
á muito tempo atrás, havia um homem
muito solitário que não tinha ninguém no mundo, só a ele mesmo. Ele sofria muito, pois tinha uma aparência
desagradável. Seu rosto era amarelado, suas orelhas eram
grandes, seus olhos eram fundos com olheiras. Mas o que
mais chamava atenção era sua boca extremamente grande. O homem, que se chamava Samuel, vivia em uma
casa muito estranha. Ninguém tinha coragem de passar na
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Cruel destino – Franciele Maria frente daquela casa. A rua era bastante escura e Samuel,
com sua aparência diferente, fazia com que muitas pessoas
tivessem medo dele, pois andava pela rua muito tarde da noite. E isso o tornava muito mais assustador. Num certo dia, uma mulher vinha de seu trabalho,
muito cansada e calada. De repente, ela para, pois se
assustou com um homem vestido todo de preto vindo em sua direção. Com medo, ela gritou. Samuel já estava muito
cansado de passar por aquela situação de preconceito que as pessoas tinham por conta da sua aparência.
A mulher já ia correr, mas Samuel foi mais rápido do que ela. Correu e parou em sua frente e disse: - Nunca fiz mal a ninguém e as pessoas sempre se afastam de mim. Ela olhou para ele e continuou assustada. Não quis
falar com ele. Correu e foi embora para sua casa. Enquanto ela fugia pela rua, surgiu, de repente, um ladrão que a
abordou e tentou pegar a sua bolsa, mas o que ela não
esperava aconteceu: Samuel veio para protegê-la e afugentou o ladrão. E ela, mais assustada ainda, foi embora. Depois do que aconteceu, Samuel não tirou aquela mulher da cabeça. Passaram-se vários dias, sem que ele
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Cruel destino – Franciele Maria saísse de casa. Não comia, ficava apenas trancado no seu
quarto. De repente, sua campainha tocou, o que ele achou
muito estranho, pois ninguém o visitava. Então ele foi atender a porta. - Olá, possa te ajudar em alguma coisa? - disse Samuel. - Eu vim agradecer por você ter me ajudado naquele
dia. Trouxe uma caixa de chocolate pra você.
- Nossa! Não precisava. Muito obrigado por isso.
Qual seu nome?
- Meu nome é Regina. Posso te falar uma coisa? - Claro. Pode, sim. - falou Samuel. - Não parei de pensar em você desde o dia em que me salvou... - Eu não entendo... Ninguém gosta de mim por causa
de minha aparência – disse Samuel.
- Mas eu estou com muita vergonha por ter sentido
medo de você, pois eu percebi que você é uma boa pessoa. assim.
- Não fique envergonhada. Todo mundo me trata
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Cruel destino – Franciele Maria
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Cruel destino – Franciele Maria - Bom, eu preciso ir, só vim trazer esses chocolates. Foi muito bom conhecer você. Muito obrigada, mais uma vez.
Passaram-se meses e ela ia visitá-lo constantemente.
Surgiu, então, uma bela amizade. Com o tempo, a amizade
se transformou numa forte paixão entre os dois. Então, ela disse:
- Samuel, já faz algum tempo que nos tornamos amigos e eu tenho uma coisa para lhe revelar. - Pode falar, Regina. – disse Samuel. - Eu me apaixonei por você... De repente, Samuel enfurecido pega um vaso que
estava do seu lado e joga na parede com força. E Regina disse:
- Por que você fez isso? - Você não pode me amar. Saia daqui!! Regina vai embora muito triste e Samuel também fica
muito triste, pois também estava apaixonado por ela. Mas ele colocou em sua cabeça que não podia se apaixonar por ninguém e que não podia ser amado.
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Cruel destino – Franciele Maria Regina voltou à casa de Samuel e, quando ele a viu,
ficou muito surpreso. Repentinamente, ela pulou em seus braços e lhe deu um beijo apaixonado e, assim, os dois ficaram juntos. Passou-se um ano e Regina deu a Samuel a notícia de
que estava grávida. Ele ficou muito surpreso e os dois
sentiram-se muito felizes. Depois de nove meses, chegou a hora de o bebê nascer e eles foram para o hospital. Samuel
ficou esperando notícias. O médico retornou com o bebê nos braços e Samuel o pegou e perguntou por Regina. O doutor falou:
- Sr. Samuel, fizemos tudo que era possível, mas sua esposa faleceu na hora do parto. Eu sinto muito. Samuel ficou muito nervoso com o que médico lhe
falou e desesperado levou o bebê sem nem olhá-lo e foi embora. Chegando em casa muito desesperado, Samuel olhou para seu filho e viu que o bebê era igual a ele e,
assim, seu maior medo se realizou: que seu filho sofresse o que ele sofreu e, dessa forma, passaram a viver suas vidas.
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Noite estranha E
Por Emyli Juliana m uma noite de inverno, na cidade de
Busan, eu estava no meu apartamento sem fazer nada... No maior tédio. Assim, fiquei pensando na vida, sentada no sofá, até que resolvi assistir a um filme de terror.
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Noite estranha – Emyli Juliana Algum tempo depois de o filme ter começado, na sua
melhor parte, a luz se apagou. Do nada. Fiquei com raiva e tentei ligar para uma amiga, mas o celular dela não dava área.
De repente, escutei um barulho na porta. Resolvi não abrir, pois estava com muito medo. Ainda assim, perguntei: - Quem é? Quem está aí? Ninguém respondeu. Perguntei mais uma vez e, novamente, não escutei nada. O barulho que vinha da porta, agora estava vindo da janela. Dessa vez, escutei um grito muito agudo e tive um
grande susto. Então, segui em direção ao meu quarto com muito medo. Coisas horríveis estavam acontecendo.
Chegando ao meu quarto, para minha surpresa, encontrei as paredes cheias de sangue e o urso de pelúcia
que ganhei de minha mãe com os olhos vermelhos, em cima da minha cama. Dei um enorme grito e cobri meu rosto com as mãos.
Algum tempo depois, retirei as mãos e vi tudo normal. Paredes limpinhas e meu ursinho sem os olhos irritados.
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Noite estranha – Emyli Juliana
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Noite estranha – Emyli Juliana Quando olhei para trás, vi uma menina sentada no sofá da sala e perguntei:
- Como você entrou aqui? - Pela porta da frente - responde ela. Nesse momento, tratei logo de verificar a porta. Girei
a maçaneta e nada. Porta fechada. Então, perguntei novamente, olhando fixamente para a porta:
- A porta está trancada. Como você entrou aqui? Quando me virei para a menina, eu a vi coberta de sangue, sorrindo para mim. Então, eu disse: - Meu Deus! O que está acontecendo aqui? Nessa hora, eu acordei, vi que o filme tinha
terminado (acho que há um bom tempo já), desliguei a TV e voltei a dormir. Tudo que passei naquela noite estranha, nada mais foi que um sonho, ou melhor, um verdadeiro pesadelo.
49
Laçosde sangue E
Por Nadja Pereira
m uma manhã chuvosa, na cidade de
Maceió, duas irmãs brincavam no quarto muito felizes.
Quase todos os dias, elas se divertiam na casinha de boneca que, de tão grande que era, cabia as duas dentro. Um dia, enquanto estavam na casa de bonecas, Júlia, a irmã mais 50
Laços de sangue – Nadja Pereira nova, viu uma mulher estranha dentro da casinha, e Juliana, que era a mais velha, percebeu que Júlia estava assustada e perguntou:
- O que houve Júlia? - Tem uma mulher aqui dentro... Depois do que Júlia disse, Juliana ficou muito assustada e chamou a mãe. Assim que a mãe chegou, Júlia falou:
- Mãe, aquela mulher está olhando pra mim! - Minha filha, não tem ninguém aqui - exclama a mãe de Júlia, muito preocupada. - Estou com medo, mamãe. - Tenha calma minha filha, vai passar - disse
novamente a mãe.
A mãe das meninas, que se chamava Claúdia, falou
ao seu marido e pai das meninas, Gilberto, o que havia acontecido, e ele disse:
- O que haviam nos dito finalmente aconteceu. Até hoje eu achei que era só uma história... Mas é tudo verdade! Vamos ter que nos mudar o mais rápido possível!
51
Laços de sangue – Nadja Pereira Então, a família de Júlia se mudou para outra cidade.
Tudo estava bem e todos estavam felizes e, a fim de
comemorar a nova casa, Cláudia resolveu convidar seus vizinhos para uma festa. Durante a festa, Júlia e Juliana
foram brincar de esconde-esconde com seus novos amigos. Júlia resolveu se esconder no porão da casa. Juliana ficou
responsável por procurar Júlia e as outras crianças, e encontrou todas, menos a sua irmã. Nesse momento, ela se desesperou e chamou sua mãe: - Mãe! A Júlia sumiu. - Como? preocupada.
Onde?
-
indagou
Cláudia,
muito
Juliana tentou explicar para a sua mãe o que havia
acontecido e todos foram procurar por Júlia, mas ninguém a encontrou. Passaram-se os dias e Júlia continuava desaparecida, e todos achavam que poderia ter acontecido o pior. Cláudia, então, falou para seu marido Gilberto:
- Gilberto, nós precisamos dizer a Juliana que Júlia é adotada. - Acho que ainda não está na hora, Cláudia - disse
Gilberto.
52
Laços de sangue – Nadja Pereira
53
Laços de sangue – Nadja Pereira - Bom, uma hora teremos que falar - retrucou
Claúdia.
E, naquela noite, durante o jantar, Cláudia falou: - Filha, precisamos lhe contar algo importante. - O que houve, mamãe? - perguntou Juliana. - Filha, a Júlia não é sua irmã de sangue - afirmou
Cláudia.
- Como assim, mãe? - perguntou Juliana, perplexa. - A verdadeira mãe de Júlia dizia ser uma bruxa, ela
era nossa vizinha. Então, um dia, ela engravidou e a
escutamos dizer que mataria o bebê, assim que ele nascesse. Quando a Júlia nasceu, eu e seu pai a pegamos
para salvar sua vida e, quando estávamos fugindo com a
Júlia nos braços, ela nos viu e disse: “Eu encontrarei a minha filha! Ela me pertence.”. Depois disso, acabamos nos mudando para nossa antiga casa.
- Então, a outra casa não era assombrada, mãe? Era a verdadeira mãe da Julia? - perguntou Juliana. - Isso mesmo, filha - falou Cláudia.
54
Laços de sangue – Nadja Pereira Os anos foram se passando e, num certo dia, Júlia
retornou para casa. Ela já havia crescido e se tornado uma moça. Ela bateu à porta e quem abriu foi sua irmã, Juliana, que ficou muito surpresa e disse: - Julia! Você voltou! É você mesmo? - Claro que sou eu, Juliana! - exclamou Júlia. - Onde você passou todos esses anos, Júlia? Nós achávamos que você estava morta. - Naquela noite, uma mulher apareceu, a mesma que vimos na outra casa. Ela me levou com ela. Na verdade, ela é minha verdadeira mãe. Fiquei com ela porque eu era muito pequena... Mas ela é muito má, assim que fiquei maior, eu fugi de volta para a minha família.
- Então você sabe de toda a verdade? - perguntou
Juliana.
- Sim, eu sei de toda a verdade. - Estou tão feliz que você está de volta. Entre por favor, a casa é sua! Cláudia e Gilberto chegaram em casa e encontraram as duas filhas conversando alegremente. Cláudia ficou surpresa e feliz por ver
que Júlia havia voltado para casa.
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Laços de sangue – Nadja Pereira Gilberto chorou ao ver Júlia e correu para abraçá-la, todos choraram de felicidade e foi uma noite de muita alegria.
Ao amanhecer, todos acordaram e desceram para
tomar café. No entanto, Júlia demorou mais do que o normal. Juliana foi acordá-la e percebeu que ela estava fria
e sem vida. Todos ficaram assustados e choraram
novamente, dessa vez, pela perda definitiva de sua menina.
A dor era muito grande e a casa estava vazia e sem vida de novo. Sua morte se tornou um grande mistério.
Depois de alguns dias, após o enterro de Júlia, uma carta chegou à casa da família adotiva sem nenhum
remetente. Cláudia recebeu e viu que dentro do envelope
havia apenas uma folha com um nome. Ela sabia que aquela carta era da verdadeira mãe de Júlia. Nela, a mulher dizia:
“Eu amaldiçoei Júlia para que ela morresse se
decidisse retornar para a casa da família que a roubou de
mim. Ela não quis ser igual a mim. Ela era boa e jamais iria
ser como eu, pois vocês a estragaram. E se ela não seria
minha, não seria de mais ninguém... Ela mereceu morrer e
agora eu realizei meu propósito. Nunca permitiria que Júlia tivesse uma vida feliz!”
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Laços de sangue – Nadja Pereira Assinado: Ana ”
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Osobre natural
Acasa7 A
s
Por Guilherme Marques
madrugadas
na
rua
XIII
vinham
aterrorizando toda a população que lá vivia, com seus acontecimentos bizarros.
Em um dia chuvoso, um grupo de adolescentes, Daniel, Pedro, Renato e André, caminhava alegremente pela rua XIII, contando os fatos estranhos que
ali
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A casa 7 – Guilherme Marques aconteciam. Logo uma senhora saiu da casa de nº 7, uma das mais estranhas da rua e os adolescentes ficaram assustados com o jeito que ela agia, pois chamava o nome
de várias pessoas que já haviam morrido, incluindo a avó
de um dos garotos que estavam lá, o Renato. E o mais aterrorizante de tudo é que a avó de Renato havia sido vítima de rituais de magia negra, mas isso foi há muito tempo atrás.
Então, os garotos resolveram ir embora, pois a senhora da casa 7 começou a querer persegui-los, em plena duas horas da madrugada. Eles saíram correndo e gritando, acordando a rua toda. Depois de muita correria, Renato chegou em casa, chamou a mãe e disse:
- Mãe, a senhora Chagas da casa 7 invoca os mortos. Sua mãe, muito assustada com o que o filho havia falado, disse: - Filho, isso é impossível, pois a senhora Chagas foi brutalmente morta na casa 7, no acontecimento chamado de “Jogos macabros”.
- Jogos macabros? Que jogos são esses, mãe? - disse Renato. Sua mãe muito nervosa falou:
60
A casa 7 – Guilherme Marques
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A casa 7 – Guilherme Marques - Filho, escute com atenção, eu não quero mais que
você ande pela rua XIII de madrugada!
No dia seguinte, Renato desobedeceu sua mãe e
esperou a madrugada chegar para sair de fininho pela janela do seu quarto e ir até a casa 7. Chegando lá, ele viu a
janela entreaberta e entrou na casa. Então, ele escutou uma sinistra voz perguntar: - O que você faz aqui em casa? Renato, muito assustado, falou: - Como isso é possível? Você já está morta e ainda
vive aqui?
O fantasma da senhora Chagas respondeu. - Eu fui vítima de magia negra, e minha alma está presa neste lugar por toda a eternidade. Renato perguntou: - Então, você é responsável pelos acontecimentos que
vêm acontecendo na rua XIII?
O fantasma, com olhar maligno, respondeu:
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A casa 7 – Guilherme Marques - Eu apenas procuro companhia para toda a
eternidade, por isso faço aos outros o mesmo que fizeram comigo...
Renato, com medo, saiu correndo da casa, mas o
fantasma o perseguiu... Ao amanhecer do dia, Renato é
encontrado morto em frente à casa 7 e, assim, o segredo do
fantasma da senhora Chagas permaneceu guardado e todos da vizinhança até hoje não sabem o real motivo da morte de Renato.
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Aflordo
cemitério E
Por Maria Eliane
ra uma vez, uma menina que se chamava
Milena e gostava de ir ao cemitério todos os dias antes de ir à escola. Lá, era o lugar em que ela mais se sentia em paz,
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A flor do cemitério – Maria Eliane pois era tranquilo, não havia o barulho da escola. Então, procurava fazer ali mesmo suas atividades escolares.
Um dia, Milena estava sentada em cima de um
túmulo e viu uma flor muito bonita, que a deixou
encantada. Quando ela se aproximou da flor, sua irmã apareceu e lhe deu um susto. Ela gritou: - Ah! Que susto, Lúcia!
- Vamos para casa, Milena! - disse Lúcia. Então, Milena desistiu de pegar aquela linda flor e foi embora para casa com sua irmã.
No dia seguinte, dessa vez depois da escola, Milena
voltou para o mesmo túmulo. Lá, viu a flor e resolveu pegála. Depois, arrancou-a e voltou para casa com ela, onde procurou colocá-la em um vaso com água e foi dormir.
Quando deu meia noite, o telefone tocou. Milena
atendeu e uma voz misteriosa falou: - Devolva a minha flor!...
Diante do ocorrido, Milena ficou assustada, desligou
o telefone e correu para o quarto. Tentou dormir, mas não conseguiu.
O dia amanheceu e Milena ainda estava muito
assustada. Foi para escola e, quando sua aula terminou, voltou para casa, sem ir ao cemitério como
fazia
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A flor do cemitério – Maria Eliane costumeiramente. Sua mãe tratou logo de achar aquilo
estranho, já que Milena ia diariamente ao local para realizar seus estudos.
Então, na hora do almoço, a mãe de Milena a
chamou para fazer a refeição, mas ela não quis, seguindo para o seu quarto, onde passou o dia todo isolada. À noite, mais precisamente à meia noite, novamente o telefone tocou. Milena, assustada, resolveu não atender, afinal, da última vez que cena semelhante tinha acontecido
e ela atendeu, sentira-se muito mal. No entanto, sua mãe resolveu atender e novamente a voz misteriosa disse: - Devolva minha flor!... Devolva minha flor!
A mãe de Milena não entendeu o que aquilo queria dizer. Até que ouviu um choro baixinho vindo do quarto da filha. Ela, óbvio, foi até lá, bateu à porta e encontrou Milena chorando bastante. Milena, então, disse: flor!
- Mãe, por favor, me ajuda! Eu preciso devolver essa - O que aconteceu, Milena? Por que você
devolver essa flor? - indagou sua mãe. volta.
quer
- Porque eu peguei no cemitério e o dono quer de
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A flor do cemitério – Maria Eliane
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A flor do cemitério – Maria Eliane Assustada com o que Milena havia dito, a mãe
resolveu deixá-la ir até o cemitério para devolver a flor.
Chegando ao túmulo, Milena ficou muito assustada,
jogou a flor e saiu correndo. Isso porque ela tivera uma
sensação estranha ao chegar à porta do local. Era como se
estivesse sentindo alguém por trás, mas olhou e não viu ninguém.
De volta à sua casa, Milena seguiu logo para o
quarto, onde procurou se trancar. Sua mãe ficara
preocupada, mas resolveu deixar a filha um pouco isolada, por achar que ela ainda estava com medo do episódio da flor.
Passaram-se alguns meses e Milena continuava sem
quere sair de casa, pois, depois do acontecido, ela entrara numa profunda depressão: não queria ir à escola, sair... Enfim, não queria fazer nada.
Completados dez meses sem Milena sair de casa,
alguém bateu ao portão e, por estar só, Milena foi atender. Quando abriu, deu de cara com um homem todo vestido de branco, com os cabelos pretos e muito elegante, segurando em uma de suas mãos a flor que ela havia arrancado no cemitério. O homem, então, disse: - Você matou minha flor...
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A flor do cemitério – Maria Eliane Milena teve tanto medo, mas tanto medo... Que caiu
ali mesmo... No chão, na frente do tal homem. Quando sua mãe retornou para casa, encontrou Milena no portão, sem vida. Naquele dia, ela tinha morrido de medo, literalmente.
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Amaldição U
Por Rilton Ferreira
m grupo de amigas foi acampar em uma
cidade de interior muito pacífica, só que, nessa cidade, às
cinco horas, todos os habitantes tinham medo de uma
mulher que aparecia. Ela tinha um aspecto de inofensiva, mas não era bem assim.
Quando as amigas chegaram à cidade, sentiram um frio na barriga e, no mesmo instante, elas avistaram uma
70
A maldição – Rilton Ferreira bela mulher vestida de preto na praça da cidade.
Aparentemente, ela não aparentava ser assustadora, na verdade, parecia bem simpática. Assim, as amigas que se
chamavam Izabel, Lúcia, Juliana, Ana e Bruna se aproximaram da mulher e perguntaram: - Onde estamos, senhora? A mulher, com os olhos muito abertos, disse: - Vocês estão na praça principal da cidade. E a mulher, sem dizer mais nada, foi embora e sumiu. As meninas ficaram assustadas e Ana foi ao banheiro
público da praça para se maquiar, quando viu uma mulher afiando uma faca. Ana logo gritou e a mulher a atacou. As amigas de Ana disseram:
- Ana está demorando. - Vou ver onde ela está – disse Izabel. Izabel foi procurar Ana e se deparou com o seu
corpo no chão do banheiro. Era horrível todo aquele sangue e Izabel foi correndo avisar às amigas que logo
ligaram para a polícia. Só que, naquela cidade, o celular não tinha sinal. Quando as amigas voltaram para ver o corpo de Ana, ele havia sumido.
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A maldição – Rilton Ferreira
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A maldição – Rilton Ferreira O dia amanheceu e o carro das amigas estava sem
gasolina, quando apareceu uma outra mulher que não quis se apresentar, porque tinha medo da mulher de preto. Ela veio avisar para as jovens do perigo e disse para elas irem
embora antes do anoitecer, porque a cidade era amaldiçoada. Então as amigas perguntaram; - Onde podemos comprar gasolina? - Não existe gasolina nesta cidade. Vocês terão de ir andando. Quando a mulher terminou de falar, as jovens foram logo sumindo daquele local e, no momento em que estavam
chegando no final da cidade, elas se depararam com a mulher de preto que falou:
- Vocês não podem fugir daqui. Ninguém pode escapar da maldição. Então a mulher partiu para cima das jovens e as atacou, ferindo-as gravemente e deixando-as para morrer. Depois de algumas horas, um carro apareceu na estrada e encontrou os corpos das jovens e o motorista ligou para a
polícia. Quando os policiais chegaram, perceberam que uma delas ainda estava viva. Era Lúcia que falava:
- Fujam antes que anoiteça. Aqui tem uma maldição!
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A maldição – Rilton Ferreira Os policiais acharam que Lúcia tinha enlouquecido
por causa das mortes das amigas. Então, vendo o estado dela, levaram-na a um hospital.
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Amulher de N
Por Raquel da Silva
a pacata cidade de Garanhuns, havia um jovem
de 19 anos chamado William. Ele era o gerente de um
famoso restaurante da cidade e, hรก dias, fazia hora extra e andava chegando tarde em casa.
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A mulher de branco – Raquel da Silva Na volta para casa, William sempre tinha que passar
por uma rua deserta e sombria com algumas casas
esquisitas. Então, nessa mesma rua, ele começou a observar
as atitudes de uma mulher que era a única que ele sempre via. Ela tinha uma aparência agradável, rosto pálido, cabelos longos e pretos e sempre usava um vestido branco. Ela chamou a atenção dele pelo fato de, toda noite,
no mesmo horário, essa mulher sair de uma daquelas casas estranhas e andar sempre na mesma direção, nunca olhado para ele. A mulher parecia saber que ele estava ali, mas o
evitava como se ela não quisesse que ele a visse. Por isso,
ela apressava os passos e andava sempre à sua frente. Por fim, ela dobrava a esquina e ele não conseguia mais vê-la.
William queria esclarecer suas dúvidas e achar uma explicação para aquilo. “Quem seria a tal mulher? Por que andava tão tarde da noite, sozinha? Para onde ela iria? Por que nunca olhava para ele?”
No dia seguinte, William saiu um pouco mais tarde do trabalho e, por volta da meia-noite, ele passou naquela mesma rua. Mas, dessa vez, algo diferente aconteceu. A mulher estava na frente da mesma casa de sempre, como se esperasse por algo ou alguém, como se esperasse por ele.
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A mulher de branco – Raquel da Silva
77
A mulher de branco – Raquel da Silva William queria esclarecer suas dúvidas e, sem que a
mulher percebesse, quando ela começou a andar, ele a
seguiu. Quanto mais William a seguia, ia ficando cada vez mais assustado. Tudo estava cada vez mais estranho. Ele parecia estar no meio do nada, a rua ia ficando mais e mais
fria com uma intensa neblina. E, quanto mais ele andava, menos casas havia na rua.
William, por um instante, desviou o olhar da mulher
e, quando olhou para a frente de novo, ela já não estava mais lá. Então, William se desesperou. - Socorro! Socorro! – ele gritou, pois não sabia mais
voltar.
Então correu na mesma direção em que a mulher de
branco estava indo. Até que ele percebeu que a rua em que caminhava era sem saída. O rapaz ficou ainda mais desesperado e se arrependeu de ter seguido aquela mulher. Então gritou:
- Droga! Droga! Por que fui seguir aquela maldita mulher? De repente, ele viu uma claridade muito forte. Ele não conseguia ver direito até que se aproximou mais e
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A mulher de branco – Raquel da Silva percebeu que aquela luz era a mulher de branco e, então, perguntou-lhe: mim?
- Quem é você? Por que sempre desaparece para E ela, com poucas palavras, respondeu:
- Eu sou a Lúcia e eu apareci porque você está preso em um mundo que não é mais seu. Eu vim resgatá-lo. William não estava entendendo nada. Então, ela continuou: - Faz quinze dias que você faleceu, mas não se deu
conta. Foi atropelado e não resistiu. Eu sinto muito, seu
lugar agora é comigo, eu vou levá-lo para um novo mundo. William chorava muito naquele momento, mas
seguiu Lúcia e os dois foram para a luz.
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Alma sombria E
Por Maria Vit贸ria
m uma madrugada qualquer, todos os
habitantes de um bairro de Jo茫o Pessoa estavam em suas casas, quando, de repente, ouviu-se um barulho estrondoso e todos ficaram assustados e preocupados. Um jovem chamado Henrique ficou muito curioso
e queria saber o
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Alma sombria – Maria Vitória que tinha acontecido. Ele andou por todo o bairro,
procurando a origem daquele grande barulho, quando, de repente, apareceu na frente dele uma senhora toda de
branco, com marcas de sangue em suas roupas. Henrique ficou muito assustado e saiu correndo de volta para casa.
No dia seguinte, Henrique falou para todos os seus
vizinhos que tinha visto uma senhora toda ensanguentada,
mas ninguém acreditou no que o rapaz dizia e ele continuou curioso para descobrir quem era aquela
senhora. A noite chegou e Henrique saiu de casa para procurar novas pistas sobre a misteriosa mulher. Chamou um de seus amigos mais próximos que se chamava Paulo, pois queria que ele o ajudasse a encontrar a misteriosa
mulher. Mesmo sem acreditar em Henrique, Paulo decidiu
ajudá-lo. Os dois foram à procura da mulher pelo bairro e Paulo começou a irritar seu amigo com brincadeiras. Então, Henrique disse:
- Você vai ver que é verdade! Essa senhora fica
vagando pelas ruas à noite, coberta de sangue.
Paulo continuou rindo de Henrique, ainda sem
acreditar naquela história. Então os dois andavam pelas ruas e, depois, resolvem se separaram: cada um entrou em uma rua diferente para procurar mais rápido. Paulo
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Alma sombria – Maria Vitória
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Alma sombria – Maria Vitória olhou para a esquina e viu que lá estava a senhora, toda de branco e com as roupas e o rosto cobertos de sangue. Então, ele começou a gritar:
- Socorro! Socorro! Socorro, Henrique! Henrique escutou os gritos de Paulo e foi na direção deles e, quando finalmente encontrou seu amigo, ele também viu a senhora que já estava no fim da rua. Assim, eles combinaram: - Vamos descobrir quem é essa senhora? perguntou Henrique. - Vamos tentar! - disse Paulo. Os garotos começaram a seguir a senhora e, depois de um tempo, chegaram a uma casa abandonada, onde a
estranha senhora entrou. Os dois decidiram que também entrariam na casa. Assim que chegaram lá, viram que tudo
estava muito sujo, os móveis estavam cobertos de pó e nas paredes havia vários retratos da misteriosa mulher. Então, eles resolveram que procurariam mais pistas.
Enquanto eles procuravam a solução desse mistério, encontram, em cima da mesa, alguns jornais antigos, sendo
que, em um deles, estava estampada uma foto daquela senhora com a seguinte manchete: “Mulher é brutalmente
83
Alma sombria – Maria Vitória assassinada”. No momento em que os dois descobriram a
verdade, a vontade deles era somente fugir daquele lugar,
mas, quando tentaram chegar à porta, a senhora estava esperando por eles e todas as janelas se fecharam. Eles
correram em direção à cozinha e a senhora que estava muito zangada foi atrás. Quando os rapazes chegaram à cozinha e perceberam que as portas dos fundos também estavam fechadas, se desesperaram e começam a gritar: - Socorro! Socorro! Alguém nos ajude! Quanto mais eles gritavam, mais a senhora se zangava, até falar com raiva: - O QUE VOCÊS QUEREM NA MINHA CASA? A senhora se aproximou da pia e pegou uma faca antiga, e os rapazes ficaram paralisados de tanto medo. Então ela falou:
- AGORA SERÁ O FIM DE VOCÊS... Depois de um mês, um homem foi até a velha casa, ele era corretor de imóveis e pretendia vendê-la, mas, para isso, era necessário limpar e arrumar tudo. O corretor foi até a cozinha e se deparou com os corpos dos dois rapazes
já em estado de decomposição avançado. Ele caiu de joelhos e chorou inconsolavelmente, pois se deu conta que
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Alma sombria – Maria Vitória finalmente resolveu o mistério do desaparecimento de seus amigos: Henrique e Paulo.
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Olivro
maldito A
Por Daniel Almeida
vida na zona sul passava muito rรกpido:
todos trabalhavam, pagavam suas contas e viviam uma vida normal. Certo dia, chega ao bairro um novo morador.
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O livro maldito – Daniel Almeida Ele era alto, magro e todos os vizinhos ficaram um pouco assustados por sua aparência. Parecia ser de outro país, pois não falava português muito bem. Ele só chegou à vizinhança trazendo uma mala e um gato que, por sinal, era muito bonito.
Eu tive uma vontade muito grande de falar com meu
novo vizinho, mas, sempre que eu tentava falar com ele, sentia uma sensação estranha, sentia medo e minhas
pernas tremiam. Decidi então ficar quieto e não falar com ele, pelo menos por enquanto.
Na primeira noite do novo vizinho na nossa rua, em sua casa não havia sequer uma luz acessa, o gato dele estava na janela e, quando olhei mais atentamente, percebi que havia várias velas acessas dentro da casa. Fiquei
observando por um tempo tudo o que acontecia lá. Decidi
que falaria com ele naquela noite, caminhei até a porta da casa, toquei a campainha e esperei. Quando ele atendeu, eu me apresentei:
- Olá, meu nome é Marcos, sou seu vizinho da casa da frente. - Olá, entre - disse o vizinho com um sotaque
engraçado.
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O livro maldito – Daniel Almeida
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O livro maldito – Daniel Almeida Pelo sotaque, ele parecia ser espanhol e perguntei: - Qual o seu nome? - Meu nome é Diego Costa - disse o vizinho. - O que você faz aqui? - Estou aqui, porque sempre quis conhecer o Brasil... De repente, o vizinho começou a mudar... Seu rosto começou a ficar diferente, parecia estar com raiva e saiu
correndo para a rua. Ele sacou uma arma e matou a todos os que via pela frente. Vários inocentes morreram. Eu gritei, pedi que ele parasse com aquela atrocidade, mas ele
continuou a atirar. Repentinamente, um traficante de drogas da região, que estava ali por perto, apareceu e
atirou nele, matando-o na mesma hora e, assim como começou, tudo acabou rapidamente.
Depois que aquilo acabou, eu comecei a ter uma sensação estranha. Entrei novamente na casa dele para tentar encontrar uma resposta e entender aquele homem. Fiquei impressionado com o que vi. Na mala que ele trouxe, havia centenas de dólares e, no meio de todo aquele
dinheiro, havia um livro preto. Resolvi levá-lo junto comigo. Na rua, estava tudo uma grande confusão, ele
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O livro maldito – Daniel Almeida havia matado três pessoas. Entrei na minha casa, coloquei o livro na minha mesa de cabeceira e fui me deitar.
A confusão lá fora era tão grande e tão barulhenta
que eu não conseguia dormir. Apenas depois que tudo ficou mais calmo, finalmente adormeci. Assim que eu acordei, me lembrei do grande e misterioso livro negro.
Peguei o livro na mesinha e percebi que ele era muito antigo e cheirava a mofo. Abri o livro e nele havia um tipo
de escrita que eu não entendia, parecia ser uma língua
antiga, um livro de rituais pelas imagens que nele continha. Folheei o livro e, algumas páginas depois, vi havia algo escrito em português que dizia “Se você está com esse livro, não há escapatória, você caiu em uma armadilha maldita, sua vida agora será apenas tormento e desespero!”.
Por um momento, senti muito medo, mas pensei que poderia ser mentira ou uma brincadeira de mau gosto.
Guardei o livro e, quando ia saindo do meu quarto, percebi que meu corpo deu um estalo, senti uma dor horrível nas costas, minha voz começou a ficar rouca, minhas unhas
cresceram, meu rosto ficou feio e deformado, parecia com o rosto daquele assassino louco, antigo dono do livro. Fui
perdendo minhas forças, fiquei fraco e sem alegria nenhuma no coração... Então escutei alguma coisa falar na minha mente:
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O livro maldito – Daniel Almeida - Morte... Sangue... Sangue inocente... Senti algo entrando em mim, eu não era mais eu mesmo, algo tomava conta do meu corpo e da minha vontade. Peguei uma faca e sai correndo pela favela,
derrubei pelo menos três pessoas com a minha faca, não sei
se morreram ou não, tudo era tão divertido... Isso era muito bom, mas antes que eu atacasse outra pessoa, um policial que estava por perto atirou em mim. Caí no chão sem
reação. Naquele momento, entendi que havia um espírito
maligno naquele homem e que, de alguma forma, ele passou para meu corpo, fui mais uma de suas vítimas.
Eu agora só tinha alguns segundos de vida, meu corpo tremia e eu senti que minha morte tinha chegando.
Quando a vida finalmente me deixou, o espírito saiu de mim... À procura de sua próxima vítima inocente.
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Olobisomem H
Por João Vinícius
á muito tempo, havia uma mulher que tinha
sete filhas e estava grávida de um menino. Ele iria se chamar Léo. O menino nasceu forte e saudável e, com o
passar do tempo, foi crescendo e se tornou um jovem muito revoltado com a vida, pois sua mãe só tinha olhos para suas filhas.
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O lobisomem – João Vinícius Anos depois, quando Léo completou seus 18 anos,
começou a estudar em uma faculdade da sua cidade, e lá
conheceu uma garota chamada Maria com quem iniciou um namoro em pouco tempo. Mesmo estando feliz com
Maria, Léo andava bebendo muito e saindo para muitas festas com os amigos.
Certa manhã, Léo brigou com sua namorada, pois ela estava muito insatisfeita com o que ele andava fazendo. Revoltado, ele saiu de casa para beber com seus amigos novamente e ficou tão bêbado que resolveu ir para a casa
da sua mãe. Chegando lá, ele começou a brigar com ela e bateu em seu rosto. Com raiva, ela disse:
- Você é uma praga que nunca deveria ter nascido! Léo.
- Eu vou embora e nunca mais voltarei aqui! - disse Léo retornou para a casa de sua namorada Maria. Ele
estava muito revoltado com o que sua mãe havia lhe dito.
Então sua irmã Bianca, que era muito apegada a ele, foi até a casa de Maria para conversar com Léo, pois estava muito preocupada.
- Léo, você precisa ser batizado. Conheço uma mulher que pode fazer isso por você, e é muito importante
93
O lobisomem – João Vinícius que você saiba da verdade. Vou lhe contar a história do segredo da nossa família. Há muito tempo atrás, havia um
homem que tinha sete irmãs mais velhas e que, em um determinado dia, teve uma terrível briga com sua mãe e, por isso, ela lhe rogou uma praga, e ele, assim como você,
Léo, não era batizado. Em uma noite de lua cheia, seus olhos mudaram de cor, suas unhas e dentes cresceram, sua
roupa rasgou e seu corpo ficou coberto de pelos e assim ele se tornou um Lobisomem.
Léo, sem acreditar em uma só palavra, disse: - Eu não acredito em você, vá embora! Bianca ficou muito triste com aquelas palavras e foi
embora. Maria, que ficou muito enfurecida e triste com a maneira de Léo tratar a irmã, falou:
- Léo, eu vou para a casa da minha mãe ficar um
tempo com ela.
- Maria não vá, já está muito tarde, é perigoso! disse Léo. Era uma noite de Lua cheia e Léo estava dormindo,
quando, de repente, acordou com uma dor insuportável, seus olhos começaram a mudar de cor, suas unhas e dentes começaram a crescer e pelos nasceram em todo o seu
94
O lobisomem – João Vinícius
95
O lobisomem – João Vinícius corpo. Maria, apavorada que ficou, saiu de casa aos gritos, e Léo completou sua transformação.
Na manhã seguinte, Léo acordou em um cemitério,
sujo e com suas roupas rasgadas. Ele trocou de roupa e foi à procura de sua irmã Bianca, que ainda morava com a
mãe. Quando a encontrou, Bianca estava com muito medo dele, então ele perguntou: - Bianca, por favor, explique o que está acontecendo comigo! Diga tudo o que você sabe! - Isso tudo aconteceu porque nossa mãe lhe rogou
uma praga! - disse Bianca.
Foi anoitecendo e Léo retornou arrasado para casa, Maria não se encontrava lá, pois havia dito a Bianca que estava com muito medo e por isso ficaria na casa da sua
mãe. Léo estava com fome e então resolveu procurar algo para comer na cozinha, quando, de repente, sentiu
novamente uma dor alucinante no peito. Assim que caiu no
chão, já estava se transformando em Lobisomem.
Completada a transformação, ele começou a uivar e saiu noite afora.
Léo foi correndo e uivando para a casa da sua mãe, viu que uma das janelas estava aberta e por ela
entrou.
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O lobisomem – João Vinícius Nesse momento, a mãe e irmãs de Léo viram o enorme
lobisomem e imediatamente começaram a gritar e tentar
fugir, mas antes que elas conseguissem escapar, Léo foi na direção delas com a selvageria e a força de um animal e matou sua mãe e seis irmãs. Depois de toda essa matança,
sobrou apenas Bianca, que estava em um dos cantos da
parede chorando muito, horrorizada com o que acontecera ali. Então ela falou:
- Por favor, não me mate, irmão! E o grande lobo a observou atentamente, soltou um
grande e alto uivo e desapareceu para sempre na escuridão da noite.
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Opresente macabro
N
Por Mikaelle Freitas a cidade de S達o Paulo, no bairro da Boraceia,
vivia uma garota chamada Mika que morava com sua m達e
Sara. Certo dia, um carteiro entregou uma encomenda na
casa de Mika, sem remetente, e quando Sara abriu a caixa,
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O presente macabro – Mikaelle Freitas para sua grande surpresa, era uma estranha boneca. Sara
sentiu medo, jogou a boneca no lixo e foi jantar com sua filha. Após o jantar, Mika lavava os pratos, quando repentinamente ela escutou um grito. Subiu às pressas para
o quarto da sua mãe e, quando chegou lá, ela não estava. Mika foi à procura de Sara por toda a casa e ao retornar à cozinha encontrou sua mãe, estendida no chão. Ela correu
até a sala para telefonar para a emergência e encontrou a
boneca em uma poltrona. Depois que a polícia e os paramédicos chegaram, eles disseram que a mãe de Mika havia se suicidado.
Após a trágica morte da mãe de Mika, os familiares vieram para o enterro e resolveram ficar um tempo a mais com Mika, que decidiu dar a boneca a sua sobrinha, Evelin.
Porém, quando foi buscar a boneca, ela havia desaparecido. Ao retornar para a sala, Mika percerbeu que sua sobrinha
já estava com a boneca nos braços. Ela achou isso muito estranho. Alguns dias depois, após a missa de sétimo dia de
Sara, Mika convidou o padre Samuel, que havia celebrado a missa, para um jantar na sua casa com sua irmã Emilly,
seu cunhado Erick e Evelin. Assim que o padre entrou na casa sentiu um mal-estar. Então ele disse:
- O clima desta casa está muito pesado...
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O presente macabro – Mikaelle Freitas
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O presente macabro – Mikaelle Freitas Quando todos começaram a jantar, de repente, o
padre Samuel começou a passar muito mal, imediatamente
ele se levantou da mesa e foi embora. No meio do caminho, o padre dirigia muito nervoso e, como não estava se sentindo bem, capotou o carro. Assim que os policiais
chegaram para ver o que havia acontecido, perceberam que o padre estava preso nas ferragens. No momento da
retirada das ferragens que o prendiam, perceberam que o padre já estava morto.
Enquanto isso, na casa de Mika, logo após o jantar,
ela subiu até seu quarto e percebeu que a boneca estava na poltrona ao lado de sua cama e que, no colo da boneca,
havia uma faca. Então, repentinamente, faltou energia e ela ouviu sua irmã gritar. - Ahhhhhhh! Mika correu em direção à sala e quando chegou lá percebeu que sua irmã estava morta. Ela ficou horrorizada com o que viu e correu para o quarto do seu cunhado. Quando chegou lá, deu de cara com seu cunhado Erick
sendo morto pela boneca. Mika não acreditou no que
estava acontecendo, gritou e correu para o corredor. A boneca foi atrás de Mika e puxou o tapete, fazendo com que Mika caísse no chão. Depois a empurrou escada a
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O presente macabro – Mikaelle Freitas baixo. A boneca desceu as escadas e Mika apavorada suplicou:
- Por favor, não me mate! Pelo amor de Deus! Então, a boneca segurou a faca bem alto com suas mãos, deu uma gargalhada maléfica e matou Mika sem
piedade. Os vizinhos escutaram muito barulho vindo da
casa e chamaram a polícia. Quando o socorro chegou, foram encontrados três corpos, mas não encontraram a sobrinha de Mika e decidiram vasculhar a casa à procura da menina. Enquanto procuravam por ela, escutaram
risadas de criança vindo do porão da casa... E lá encontraram a menina brincando de boneca.
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Oscaรงadores
demonstros A
Por Thiago Pereira
o soar da meia noite, dois caรงadores estavam
acampando em uma floresta, aproveitando tudo o que a natureza tinha a oferecer. Ao dar uma volta no local, um deles viu um animal grande e estranho. Imediatamente, ele correu em disparada de volta para o acampamento.
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Os caçadores de monstros - Thiago Pereira Quando chegou lá, encontrou seu amigo morto. Com
medo, entrou em seu jipe e foi embora dali. Já na cidade, ele foi até uma delegacia avisar à polícia sobre o acontecido, mas não acreditaram nele. Ele
ficou
tão
nervoso que começou a falar mal dos policiais, por isso foi preso por desacato à autoridade.
Edy e Maicon que também eram caçadores ficaram sabendo do ocorrido com seu amigo e foram até a
delegacia. Chegando lá, pagaram a fiança dele e lhe perguntaram o que realmente havia acontecido na floresta.
- O que você viu na floresta? O que aconteceu? perguntou Maicon. Seu amigo, que estava muito nervoso, disse: - Eu não sei explicar muito bem... Era um grande e pavoroso animal. Eu o aconselho a não ir até lá. - Maicon, ele está muito nervoso e perturbado, é melhor chamarmos um psicólogo ou alguém para ajudá-lo, ele está realmente precisando - disse Edy, preocupado com seu amigo.
- Você tem razão Edy, mas vamos até a floresta, eu
acho que já sei que animal é esse - disse Maicon com confiança.
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Os caçadores de monstros - Thiago Pereira A caminho da floresta, Edy e Maicon conversavam
no carro.
- Que mostro é esse, Maicon? - perguntou Edy. - É um Quênian - disse Maicon com certeza na voz. - Que criatura é essa Maicon? - perguntou Edy novamente, agora com preocupação na voz. - O Quênian é uma pessoa que nasce diferente dos outros... Ele se alimenta de carne humana e por isso vive muito mais que um humano normal. Ele deve ter mais ou
menos cinco séculos de idade e tem a força de cinco homens - disse Maicon. - Então temos de pegá-lo antes que ele machuque e mate mais pessoas - disse Edy com determinação. Chegando à floresta, Edy e Maicon decidiram procurar pistas do monstro, mas não encontraram nada.
Fizeram algumas armadilhas para capturá-lo, mas elas também não funcionaram. Então, Maicon disse:
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Os caรงadores de monstros - Thiago Pereira
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Os caçadores de monstros - Thiago Pereira - Nós não encontramos nada, Edy... Eu devo ter me
enganado, provavelmente deve ser um urso. Vamos fazer uma última tentativa e, se não conseguirmos nada, nós iremos embora.
- Então vamos nos disfarçar com folhas e lama e nos escondermos nas árvores - disse Edy. - Quando ele finalmente aparecer, nós o pegaremos
com essa belezinha de arma aqui. Vamos logo nos esconder antes que anoiteça, porque a lua está cheia. Será que ele vai aparecer? - perguntou Maicon.
- Tomara que sim, porque eu estou com muita vontade de pegá-lo - disse Edy. À meia noite, Maicon e Edy ouviram um barulho e, de repente, o Quênian apareceu. Edy tentou atacá-lo com uma faca, mas o Quênian quebrou a lâmina e, em seguida, deu um soco nele. Edy caiu no chão e bateu a cabeça com
muita força, desmaiando. Maicon, ao ver seu amigo sendo
atacado, não deixou barato e atirou contra o monstro. O Quênian se apavorou com o barulho da arma e correu para a floresta. Maicon imediatamente foi ajudar Edy que estava ferido e desmaiado. Ele o levantou e o colocou no carro
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Os caçadores de monstros - Thiago Pereira para irem ao hospital mais próximo. Chegando ao hospital, Edy é levado às pressas em uma maca para a emergência. Então o médico perguntou a Maicon:
- O que aconteceu? Por que ele está tão machucado? Maicon muito desconfiado respondeu: - Nós estávamos fazendo trilha de moto pela floresta, foi aí que ele caiu e se machucou. - Pois tenham mais cuidado na próxima vez que
forem fazer uma trilha na floresta. Pelo que me parece, seu amigo quebrou duas costelas e bateu a cabeça com muita força, está com um corte bem feio - disse o médico.
- E ele vai ficar quanto tempo internado, doutor? perguntou Maicon preocupado. - Acho que eu o deixarei em observação durante três
dias, por conta da pancada na cabeça.
O médico saiu e Maicon ficou frustrado com a
situação.
A caminho de casa, Maicon escutou um comentário de um homem desconhecido. Ele disse que cinco jovens haviam desaparecido na floresta naquele mesmo dia. Maicon já imaginava o que teria acontecido com os jovens
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Os caçadores de monstros - Thiago Pereira e decidiu ir até a floresta para matar aquele monstro, antes
que ele machucasse mais pessoas. Mesmo estando sozinho e acreditando que não conseguiria, ele resolveu arriscar.
Quando a noite chegou, Maicon estava novamente a
caminho da floresta e o pneu do seu carro furou em uma
pedra que estava no meio da estrada, por isso, ele precisou
andar o resto do caminho. Meia hora depois, ele finalmente chegou à floresta e decidiu acampar em uma clareira que
encontrou, pois, ele sabia que o monstro não demoraria a aparecer. Maicon resolveu descansar um pouco e acabou adormecendo, quando, de repente, o Quênian apareceu e o segurou pelos pés, jogando-o com força no chão. Ele se levantou com rapidez e mesmo sem os seus equipamentos correu. O Quênian o perseguiu sem saber para onde ele
iria. Enquanto fugia do monstro, Maicon se perdeu dentro
da floresta e acabou sendo encurralado. Quando o Quênian tentou dar-lhe um soco, ele desviou, o Quênian o atacou
novamente, mas, dessa vez, Maicon foi atingido e caiu no chão desmaiado.
Quando o Quênian finalmente ia atingir Maicon com um golpe mortal, naquele exato momento Edy apareceu e atirou duas vezes no monstro. O Quênian caiu
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Os caçadores de monstros - Thiago Pereira ferido e Edy não perdeu tempo acertando-o com um tiro fatal. Maicon acordou e viu Edy ao lado do Quênian. Com medo, ele gritou pelo amigo, mas Edy o acalmou e disse: - Ele já está morto, amigo, não se preocupe mais, tudo já está acabado. Agora vamos para casa.
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Ilusãomortal E
Por Mayara Tamara
u me chamo Vera e minha história começou
a partir do dia em que me mudei para a cidade de Curitiba
em busca de um novo lar e novas oportunidades. Em uma
tarde de domingo, pensei em fazer um passeio pelo parque da cidade, mas não me senti segura de andar sozinha. Fiquei horas me arrumando para esta tarde, porém meu
pressentimento não era dos melhores, pois nunca tinha andado sozinha por lá. Eu era nova no bairro.
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Ilusão mortal – Mayara Tamara Além disso, quanto estava indo ao parque, as pessoas
olhavam para mim de um jeito como se eu tivesse alguma coisa errada. Queria voltar para casa, mas, como já estava no meio do caminho, continuei andando.
Quando cheguei lá, não me senti segura naquele lugar. As pessoas eram estranhas e andavam com roupas
muito escuras, nas cores preta e vermelha. As horas foram se passando e ficou casa vez mais tarde. Então resolvi ir para casa.
Assim que cheguei em casa, tomei banho e me preparei para ir deitar, quando ouvi um barulho. Saí para a varanda da minha casa e a rua estava muito escura e esquisita. As luzes estavam apagadas e não havia ninguém
lá. Voltei para meu quarto e adormeci. Passaram-se alguns minutos e me acordei assustada com outro barulho. Saí da cama andando na ponta dos pés. Abri a porta devagar e vi
um homem de capa preta na esquina da minha rua. Corri para dentro de minha casa. Fiquei com muito medo, mas fui para o meu quarto e me deitei.
Amanheceu e eu ainda estava com muito sono, pois
não consegui dormir o resto da noite. Eu achava que as pessoas do meu bairro poderiam ser vampiros.
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Ilusão mortal – Mayara Tamara
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Ilusão mortal – Mayara Tamara Mas, com o passar do tempo, percebi que aquelas
pessoas não eram tão estranhas assim e fiz até algumas
amizades. Constatei também que nem todas as pessoas são más. Fiquei sabendo depois, por um vizinho, que, naquela
noite em que eu vi o homem de preto, havia acontecido um assalto na rua da minha casa. Assim, comecei a pensar que era bobagem ter achado que aquele homem queria me fazer mal.
Numa noite, fui passear pela praça novamente e conheci um rapaz. Seu nome era Erick. Sentamo-nos um pouco e começamos a conversar e nos conhecer. Ele tinha seu jeito estranho e misterioso, mas não me preocupei. Nos dias seguintes, marcamos um encontro, novamente no parque. Ele estava com um bonito sobretudo preto e falou: - Que bom que você veio, está muito bonita. Vamos
dar uma volta?
- Obrigada. Vamos, sim. Então,
fomos
passear
pelo
parque.
Estava
escurecendo, mas não tive medo, porque estava com Erick.
Chegamos a um lugar que era sombrio e desabitado. Assim, eu disse:
- Erick, para aonde estamos indo? Que lugar é esse?
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Ilusão mortal – Mayara Tamara Então, Erick falou: - Eu a trouxe aqui para lhe dizer algo... Fui eu quem você viu naquela noite, porque eu queria você... Fiquei muito assustada e vi que ele tinha longos
caninos e estava com um sorriso apavorante. Eu gritei de
horror e ele me atacou, mordendo meu pescoço... Lentamente fui perdendo minhas forças e tudo ficou escuro.
Depois desse acontecimento macabro, eu acordei no hospital. Havia ficado desacordada por três dias. Quase morri, mas, por conta do meu grito, alguém me ouviu e,
quando eu estava quase morta, essa pessoa apareceu e assustou o vampiro que desapareceu na escuridão da noite...
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Oprojeto O
Projeto
Biblioteca
Virtual
de
Livros
Infantojuvenis foi idealizado com o objetivo de auxiliar alunos de escolas públicas a superarem suas dificuldades em ler e interpretar textos, assim como a produzir os mais
variados gêneros textuais. Por isso, o projeto ofereceu a estudantes do 9º ano atividades de leitura e interpretação que possibilitassem o desenvolvimento de suas habilidades
leitoras, assim como a produção de textos, que explorassem a capacidade comunicativa dos alunos.
Para tornar o processo de construção dos textos uma
real atividade sociointerativa, os textos produzidos pelos
estudantes foram copilados e transformados neste livro, o qual se encontra disponibilizado na Biblioteca Virtual de
Livros Infantojuvenis, produto final do projeto em foco. Os alunos participaram do processo de elaboração do livro e da organização da biblioteca virtual.