Guia de campo fungos e cogumelos

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Um passeio pela natureza

Instrutor: Edson Luiz


MICOLOGIA - Estudo dos fungos Grego: mikes - Fungos logos - Estudo

Características gerais dos Fungos • Eucariontes • Uni ou pluricelulares •Os pluricelulares são formados por alongadas que formam estruturas filamentosas chamadas de hifas (se entrelaçam formando um micélio ou corpo do fungo) • Possuem parede celular constituída de quitina • Heterotróficos e aclorofilados • Possuem o glicogênio com carboidratos de reserva • Maioria saprófitos • Digestão extracorpórea • Reprodução: Assexuada e Sexuada • Habitat: ambientes terrestres úmidos, sombreados e também aquaticos • Muitos fungos são parasitas de plantas e animais e podem causar doenças em seres humanos


IMPORTÂNCIA

SAPRÓFITAS - Decompositores de resíduos INDÚSTRIA - Fermentações industriais (Saccharomyxes cerevisiae) Produção de antibiótico

(Penicillium notatum) e

Vitaminas (Aspergillus nidulans) SIMBIONTES - Agricultura  Aumentam a fertilidade (Micorrizas) GENÉTICA - estudo da hereditariedade (Neurospora crassa) CONTROLE BIOLÓGICO - pragas e patógenos PARASITAS - Doenças nos homens e animais (≈ 50 sp.) Doenças em plantas (+ de 8.000 sp.) Fungos

IMPORTÂNCIA

Figura 1 Decompositores

figura 3 Industrial

figura 2 Parasita

figura 4 Biológicos


Os cogumelos: são fungos filamentosos macroscópicos que formam grandes estruturas chamadas de corpo de frutificação. Vivem no solo ou ainda podemos vê-los nos troncos das Decompositores árvores. Alguns são utilizados como alimentos.

Quais são as principais partes principais de um fungo pluricelular?

Micélio reprodutivo Os esporos são as estruturas de dispersão dos fungos, são as suas “sementinhas” .

Micélio vegetativo

Obs: A hifa corresponde a unidade formadora

.

do corpo de um fungo, o seu conjunto é chamado de micélio



Descrição dos carpóforos

Píleo ou Chapéu

Himenóforo

Diâmetro Forma global Forma da margem Película (cor, viscosidade, ornamentação) Consistência da carne Aroma e sabor Forma Cor e alterações de cor ao toque Sabor Tipo de inserção, espaçamento Existência de secreções (leite)  Dimensões (diâmetro e altura)  Forma  Cutícula (ornamentação, viscosidade e cor)  Carne (consistência)  Existência ou ausência de anel, cortina ou volva  Aroma e sabor

PÍLEO OU CHAPÉU Forma


Superfície do píleo ou chapéu

HIMENÓFORO Forma


Inserção do himenóforo

Inserção do himenóforo no estipe. Adaptado de Bon, 1987.

Espaçamento das lâminas


Superfície

Superfície do estipe. Adaptado de Bon, 1987.

Tipos de anel


SILHUETAS E CARACTERES DOS PRINCIPAIS GÉNEROS



ALGUMAS ESPÉCIES DE FUNGOS E COGUMELOS

Cogumelinho-da-mata Nome científico: Gênero Marasmius Encontrados no solo da mata, em locais sombreados e úmidos, nutrindo-se de vegetais mortos.

Amanita Nome científico: Amanita muscaria Na região, é encontrado somente debaixo de pinheiros introduzidos (Pinus). Espécie que pode ser venenosa, não toque!


Cogumelo-orelha Nome científico: Gênero Auricularia Cogumelos gelatinosos em forma de orelha, encontrados na mata. Algumas espécies são comestíveis.

Cogumelo-carniça Nome científico: Gênero Clathrus Encontrado em campos. Seus esporos são dispersados por moscas, atraídas através de seu mau cheiro.


Cogumelo-coral Nome científico: Gênero Clavariadelphus Encontrado na mata, tem formato de corais marinhos.

Cogumelo-madeira Nome científico: Cymatoderma caperatum Encontrado na mata, pode acumular água pelo seu formato de cálice.


Orelha-de-cobra Nome científico: Gênero Ganoderma É encontrado na mata, sobre troncos de árvores. Possui substâncias potentes, que ajudam na decomposição da madeira da qual se nutre. É usado por insetos para colocar seus ovos. Algumas espécies são utilizadas em larga escala como alimento humano (chamadas de Reishi no Japão).

Cogumelo-de-cera Nome científico: Gênero Hygrocybe Encontrado na mata, normalmente entre musgo. Chama atenção pela sua forte cor vermelha e por ser lustroso. Algumas espécies são comestíveis.


Cogumelo Nome científico: Gênero Leucoagaricus Encontrado na mata, no solo.

Guarda-chuva branco Nome científico: Gênero Mycena Encontrado na mata, sobre árvores mortas.


Ninho-de-pássaro Nome científico: Gênero Cyathus Encontrado em locais ricos em matéria orgânica. Os esporos ficam concentrados em pequenas bolinhas achatadas dentro do cálice, que são atiradas para fora quando gotas de chuva batem nelas. Possui diversas substâncias antibióticas e antinflamatórias.

Cogumelo-bolinha Nome científico: Gênero Lycoperdon Encontrados em campos (duas espécies da esquerda) e na mata (direita).


Cogumelo Nome científico: Gênero Marasmius Encontrado na mata. Algumas espécies desse gênero são usadas na área biotecnológica, como, por exemplo, no branqueamento do papel.

Cogumelo Nome científico: Gênero Collybia Encontrado na mata, serve de alimento para lesmas.


Cogumelo Nome científico: Gênero Macrolepiota Encontrado nos campos. Algumas espécies são comestíveis e consumidas em larga escala em diversos países.

Cogumelo Nome científico: Thamnomyces chamissonis Encontrado na mata, sobre árvores e galhos mortos. Só existe na Mata Atlântica.


Cogumelo-assassino Nome científico: Gênero Cordyceps Espécie de fungo que ataca o sistema nervoso de insetos, transformando-os em “zumbis”. Em pelo menos uma espécie, o inseto infectado, sem controle sobre seu comportamento, se dirige a um local onde o fungo poderá dispersar seus esporos da melhor forma. E então, o inseto é morto pelo fungo. Mas esse fungo também é fonte de remédios muito importantes, como um que ajuda no transplante de órgãos.

Inseto atacado pelo fungo-assassino

pluminha Nome científico: Gênero Arcyria Encontrada sobre amdeira.


Cogumelo-azul Nome científico: Gênero Chlorociboria Encontrado na mata.

Cogumelo-estrela Nome científico: Gênero Geastrum Encontrado na mata.


Orelha-de-cobra laranja Nome científico: Gênerm locais mais abertos, soPossui grande

Orelha-de-cobra laranja Nome científico: Gênero Pycnoporus sanguineus Encontrado em locais mais abertos, sobre madeira. Possui grande potencial na indústria do papel, pela sua capacidade de branquear a celulose.

Orelha-de-cobra listrada Nome científico: Gênero Trametes Encontrado na mata, possui bordas com linhas de tons variados.


Cogumelo-Coral Nome científico: Gênero Xylaria Encontrado em campos.

Dedo de bruxa

potencial na indústria do papel, pela sua capacidade de branquear celulose. Nome científico: Gêneroa Xylaria Encontrado na mata, é usado na descoloração de madeira usada em objetos decorativos e instrumentos musicais.


Orelha de cobra roxo Nome científico: Gênero Peziza Encontrado na mata, sobre madeira.

Cogumelo-de-barranco Nome científico: Família Boletaceae Encontrado na mata, sempre em barrancos úmidos e sombreados. Algumas espécies dessa família são usadas como especialidades culinárias.


cogumelo Nome científico: Gênero Collybia Encontrado na mata.

Cogumelo-tinteiro Nome científico: Gênero Coprinus Encontrado na mata, na beira da água. Os esporos são dispersos quando o cogumelo se liquefaz, muitas vezes em um líquido preto, lembrando tinta.


cogumelo Nome cientĂ­fico: Dyctiopanus pusillus Encontrado na mata, sobre madeira.

cogumelo Nome cientĂ­fico: GĂŞnero Gymnopilus Encontrado na mata, solta muitos esporos.


Cogumelo-roxo Nome científico: Laccaria ametystina Encontrado na mata, especialmente em locais com muito nitrogênio. Comestível, mas pode acumular arsênico em doses letais.


cogumelo Nome científico: Gênero Lepiota Encontrado na mata.

Cogumelo-amarelo Nome científico: Gênero Leucocoprinus Encontrado na mata. Possivelmente venenoso!


cogumelo Nome científico: Gênero Lycoperdon Encontrado na mata.

cogumelo Nome científico: Gênero Mycena Encontrado na mata.


cogumelo Nome científico: Gênero Pleurotus Encontrado na mata. Algumas espécies desse gênero são comestíveis, e todas se nutrem de nematódeos (pequenos animais vermiformes), paralisando-os com toxinas.

cogumelo Nome científico: Gênero Pleurotus Encontrado na mata. Algumas espécies desse gênero são comestíveis, e todas se nutrem de nematódeos (pequenos animais vermiformes), paralisando-os com toxinas.


Agaricaceae\Coprinaceae

Lepiota castanea IDENTIFICAÇÃO: Chapéu: 2-4 cm, inicialmente acampanulado, depois estendido e plano, com umbo-obtuso, esbranquiçado ou ocráceo. Margem: obtusa, recurvada com a idade. Cutícula: coberto de escamas castanhas a castanhas-avermelhadas. Lâminas: livres, esbranquiçadas, com tonalidades acastanhadas. Pé: 3-7 cm x 0,3-0,5 cm, cilíndrico, fistuloso, esbranquiçado ou branco-rosado acima do anel e acastanhado escamoso abaixo do anel. Anel: fugaz. Odor: forte e desagradável. Esporada:branca.Frutificação:Outono. HABITAT:espéciesaprófita, bosques de folhosas econíferas. DISTRIBUIÇÃO:AAL,BA,BL,E. OBSERVAÇÕES:Tóxico. POSSIVÉIS CONFUSÕES: Pode confundir-se com outras espécies de Lepiota, tóxicas e muito semelhantes morfologicamente, sendo essencial Uma análise das características microscópicas.

Lepiota castanea IDENTIFICAÇÃO: Chapéu: 2-4 cm, inicialmente acampanulado, depois estendido e plano, com umbo-obtuso, esbranquiçado ou ocráceo. Margem: obtusa, recurvada com a idade. Cutícula: coberto de escamas castanhas a castanhas-avermelhadas. Lâminas: livres, esbranquiçadas, com tonalidades acastanhadas. Pé: 3-7 cm x 0,3-0,5 cm, cilíndrico, fistuloso, esbranquiçado ou brancorosado acima do anel e acastanhado escamoso abaixo do anel. Anel: fugaz. Odor: forte e desagradável. Esporada: branca.Frutificação:Outono. HABITAT:espécie saprófita, bosques de folhosas E coníferas. DISTRIBUIÇÃO:AAL,BA,BL,E. OBSERVAÇÕES:Tóxico. POSSIVÉIS CONFUSÕES: Pode confundir-se com outras espécies de Lepiota, tóxicas e muito semelhantes morfologicamente, sendo essencial Uma análise das características microscópicas.

Agaricaceae\Coprinaceae

Lepiota castanea IDENTIFICA ÇÃO: Chapéu: 2-4 cm, inicialmente acampanulado, depois estendido e plano, com umbo-obtuso, esbranquiçado ou ocráceo. Margem: obtusa, recurvada com a idade. Cutícula: coberto de escamas castanhas a castanhas-avermelhadas. Lâminas: livres, esbranquiçadas, com tonalidades acastanhadas. Pé: 3-7 cm x 0,3-0,5 cm, cilíndrico, fistuloso, esbranquiçado ou brancorosado acima do anel e acastanhado escamoso abaixo do anel. Anel: fugaz. Odor: forte e desagradável. Esporada: branca.Frutificação:Outono. HABITAT:espécie saprófita, bosques de folhosas e coníferas. DISTRIBUIÇÃO:AAL,BA,BL,E. OBSERVAÇÕES:Tóxico. POSSIVÉIS CONFUSÕES: Pode confundir-se com outras espécies de Lepiota, tóxicas e muito semelhantes morfologicamente, sendo essencial Uma análise das características microscópicas.


Para quem apanha cogumelos Quem apanha cogumelos com base na tradição, deve também aprender conhecimentos científicos. Levar sempre um guia de campo para identificar as espécies! Depois da identificação em campo, identificar o cogumelo em casa olhando cuidadosamente cada cogumelo antes de os cozinhar. Não apanhar cogumelos com pouca luz. Ao fim do dia não os podemos identificar corretamente! Os cogumelos devem-se colher em cestos ou caixas de cartão. Não usar sacos de plástico, latas ou baldes, porque os cogumelos são frágeis e estragam-se rapidamente. Devemos apanhar os cogumelos inteiros, sem os cortar, para termos o cogumelo completo para o identificar e vermos se tem restos de volva (característica de algumas espécies mortais, como a Amanita phalloides). Não se devem estragar os cogumelos não comestíveis! Devemos deixá-los no seu meio natural, pois

COGUMELOS:

têm um papel ecológico PREVENÇÃO DEnos prados e nos bosques.

ENVENENAMENTOS Regras de apanha de cogumelos silvestres Em caso de dúvida deixe ficar. Nunca apanhar cogumelos muito jovens, que não possam ser identificados, nem muito velhos que estejam estragados. Não acredite nos testes! Não há testes que nos permitam distinguir os cogumelos venenosos dos comestíveis, é preciso conhecer as espécies! Os testes do alho, da prata ou do ouro não funcionam! Não dar os cogumelos a provar aos animais (cão, galinha, gato, porco, etc)! As toxinas dos cogumelos podemdemorar semanas a causar sintomas, e há compostos tóxicos para nós que não são tóxicos para outros animais! Nunca apanhar cogumelos na beira das estradas nem em terrenos agrícolas, porque concentram a poluição, herbicidas e outros pesticidas!


Agora que conhece um pouco dos fungos e cogumelos, é hora de colocar em prática o que aprendeu. Tire fotos, faça pesquisas e coloque as informações nas próximas páginas.

GUIA DE CAMPO Prática

Cole aqui a foto do cogumelo

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Cole aqui a foto do cogumelo

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Cole aqui a foto do cogumelo

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Cole aqui a foto do cogumelo

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Fontes BibliogrĂĄficas

Apostila Agricultura para o Futuro Portugal Apostila Cogumelo da PVSUL Aula sobre Fungos e Cogumelos (retirado do site Ebah) Aula de Microbiologia Geral A Fungos ProfÂŞ Elineide Barbosa Unversidade Federal Rural de Pernambuco Imagens retiradas da internet


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