“ TEMPORALIDADE !
TEMPORALIDADE TEMPORALIDADE
Autoras: Barbara Decnop Coelho, Emily Bianca Unhaiser, Marcela Mazão, Maria Angélica Hernandez, Talita Oliveira Monteiro, Tamara Eunice Lima Silva e Valentina Título: Temporalidade no bairro de Pinheiros, Trabalho de graduação apresentado ao Centro Universitário Senac como exigência para obtenção do título de Bacharel em Design Gráfico, Orientadores: Prof}- Priscila Lena Farias e Nikolas Centro Universitário Senac 24 de maio de 2013.
Resumo / Abstract
E
ste artigo apresenta o desenvolvimento e a criação de uma família tipográfica que remete a questão da temporalidade. A classificação e a criação dessa família baseiam-se em um sistema de pesquisas nos seguintes lugares: Rua Cardeal Arco Verde, Avenida Brigadeiro Faria Lima e Avenida Rebouças, (bairro de Pinheiros). No decorrer do trabalho será revelado quais são as tipografias encontradas, história do bairro e os produtos que utilizaremos para implantar a nossa tipografia. Palavras Chaves: classificação tipográfica, tipografia, Pinheiros, história do bairro.
T
his paper presents the development and creation of a typeface that refers the question of temporality. The classification and the creation of this family are based on a system of research in the following places: Cardinal Arc Street Green, Avenida Brigadeiro Faria Lima Avenue and Rebolledo (Pinheiros). During the work will be revealed which are printers found, history of the neighborhood and the products that we use to deploy our typography. Key words: classification typographic, typography, Pinheiros neighborhood history.
Sumário
INTRODUÇAO
07
O PROJETO
09
A DINÂMICA DO TEMPO
10
LEITURAS
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PESQUISA DE CAMPO
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RECORTE GEOGRÁFICO
15
DIVISÕES TIPOGRÁFICAS
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DESENVOLVIMENTO
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IMAGENS - Caixa de Correio - Cimento - Placa de Rua - Grafite - Néon - Placa de Plástico
19 20 22 24 26 28
FAMÍLIA TIPOGRÁFICA - Açoriano - Cimeniano - Ferrozóico - Grafitáceo - Grafitássico - Neonlítico - Plascoceno
30 31 33 35 37 39 41 43
TABELA DE CORES
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KIT PROMOCIONAL
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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{...*)
Introdução
O
projeto Letras Paulistanas propõe a transformação de um elemento vernacular que compõe a paisagem tipográfica urbana atual em uma fonte digital, sendo dessa forma, estudada e legitimada. O grupo escolheu o pedaço do bairro de Pinheiros com a maior concentração comercial, tanto o informal quanto o empresarial. Foram realizadas visitas ao bairro, observação e registro dos elementos tipográficos que caracterizam a região e cada membro do grupo escolheu aquele que mais lhe chamou a atenção, ou despertou questões subjetivas consideradas interessantes ao objetivo do projeto. O conjunto da pesquisa, incluindo o levantamento de dados sobre a região, a percepção do grupo em relação ao ambiente tipográfico de Pinheiros Imagem tirada por: Bárbara
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Introdução
Imagem tirada por: Talita
e as fontes produzidas, reúne tipografias diversas entre si, mas unidas na questão comum que as originou, o fator do tempo na transformação geral do bairro. Logo, em cada fonte produzida, em suas variações de estilos e símbolos urbanos, tentamos retratar o bairro de Pinheiros como uma mistura de registros do tempo. A simbiose entre estilos antigos e conteporâneos, pernamentes e efêmeros. A família tipográfica Temporalidade, faz alusão, em seus nomes individuais, às eras geológicas que são determinadas a partir das mudanças do ambiente, contendo o nome do material ou suporte que serviu de inspiração à confecção dos tipos em seu prefixo e o sufixo relativo a uma era ou período geológico.
9
O Projeto
O
trabalho Letras Paulistanas, abrangemos como partida, duas áreas. A região da Barra Funda, onde passamos nas seguintes ruas e avenidas: Av. Francisco Matarazzo, Av. Auro Soares de Moura Andrade, R. Tagipuru, e o Parque da Água Branca. Encontramos tipografias acidentais, de registro, arquitetônica, artística, comercial e normativa. A tipografia que se destacou foi a acidental e nessa categoria, observamos muitos grafites, nomes escritos nas árvores e pichação. O bairro de Pinheiros, onde percorremos as seguintes ruas e avenidas: R. Capri, R. Paes Leme e Av. Brigadeiro Faria Lima. Neste local encontramos tipografias acidentais, de registro, arquitetônica, artística, comercial e normativa, sendo a tipografia comercial observada como: comércio informal, grafites, pichações e placas de trânsito – obras, a que se destacou entre todas. Os registros fotográficos, na região da Barra Funda: Tiramos cerca de 150 fotos e na região de Pinheiros registramos aproximadamente 450 fotos. Devido às duas áreas serem bem distintas, resolvemos focar na região de Pinheiros, em função da representatividade comercial, tanto empresarial quanto informal.
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O
A Dinâmica do Tempo
bairro de Pinheiros atualmente se encontra em intenso processo de modificação. É um bairro residencial e comercial, extremamente movimentado por conta da diversa atividade comercial que abriga suas ruas. A área do bairro escolhida para a pesquisa foram as ruas e avenidas mais representativas ao centro comercial e empresarial, abrangendo a Avenida Rebouças, Avenida Faria Lima e Rua Cardeal Arcoverde. O resultado da coleta foi um conjunto de 300 imagens que mostram uma região que sofre e sofreu muitas mudanças de estilo, brigando em uma mesma construção características representativos de estilos do início do século passado com grafismos e elementos contemporâneos. Imagem tirada por: Talita
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O
Leituras
Livro - Pensar com Tipos da Ellen Lupton, relata sobre fontes como usa-las, eles são um recuso essenciais por designers gráficos. As primeiras fontes foram modeladas diretamente sobre as formas da caligrafia. Os principais tópicos do livro são: •Na Itália do século xv, escritores e acadêmicos humanistas rejeitaram as escritas góticas em favor da lettera antiga, um mode clássico de escrita manual com formas mais largas e abertas.A preferência pela lette ântica fazia parte do renascimento da arte e da literatura clássicas.Nicolas Jenson, um francês eu aprendera a imprimir na Alemanha, estabeleceu uma gráfica influente em Veneza em torno de 1469. Suas fontes mesclavam as tradições góticas que ele conhecera na frança e na Alemanha com o gosto italiano por formas mais leves e arredondadas, e são incluídas entre as primeiras fontes romanas. Muitas das fontes que usamos hoje, incluindo Garamond, Bembo, Palatina, e Jenson, herdaram seus nomes da impressores que trabalharam nos séculos XV e XVI . •Os artistas do renascimento buscaram padrões proporcionais em corpos humanos idealizados. Em 1529, o designer e tipógrafo francês Geofroy Tory publicou uma série de diagramas que vinculavam a anatomia das letras á do homem [...] Em 1693, um comitê francês nomeado por Luis XIV pôs-se a construir letras romanas em um diagrama finamente tramado. •Na década de 1980, computadores pessoais e impressoras de baixa resoluções puseram as ferramentas da tipografia nas mãos de um público mais amplo.Em 1985, Zuzana Licko começou a projetar fontes que exploravam a textura grosseira desses sistemas.” 12
•
Leituras
O
s logotipos usam a tipografia e a letragem para grafar o nome de uma organização de um modo memorável. Se algumas marcas são feitas com símbolos abstratos ou ícones pictóricos, um logotipo usa letras para criar uma imagem distinta.Os logotipos podem ser feitos com fontes existentes ou com letras personalizadas.Atualmente, muitos deles têm várias versões para uso em situações diversas.Um logotipo faz parte de um programa de identidade mais abrangente, que o designer concebe como uma linguagem viva de acordo com as circunstâncias. •Os designers abrem caminhos para dentro do fluxo de palavras quebrados o texto em partes e oferecendo atalhos e rotas alternativas através da massa de informação. •O design é tanto um ato de marcar quando de espaçar. A arte do tipógrafo não lida apenas com os espaço é construído por um objeto físico. •Muitos designers devotam-se apaixonadamente a construir sites acessíveis para a internet,um meio inventando para promover acesso universal á informação. •Os diagramas pertencem á infraestrutura da tipografia. Os diagramas evoluíram ao longo do séculos de desenvolvimento tipográfico. Para os designers, são dispositivos intelectuais cuidadosamente refinados, cheios de ideologia e ambição.
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Pesquisa de Campo
O
Imagem tirada por: Bárbara
bairro de Pinheiros é um dos mais antigos da capital, tendo sua origem registrada no século XVI, quando um grupo de índios Tupis passaram a ocupar a região onde hoje se encontra o Largo da Batata, na tentativa de achar um espaço alternativo ao domínio e concorrência dos portugueses. A aldeia ali criada foi inevitalvelmente dominada pelos capitães de terra, brancos, católicos, que abaram por aniquilar a população indígena que alí vivia. O nome do bairro vem da tradução do nome Tupi referente à vegetação presente na época, pinheiros de araucária, extintos a muito tempo da flora paulistana. Foi somente nas primeiras décadas do século XX que o bairro começou a ser devidamente ocupado, por conta dos investimentos urbanos 14
na região, por exemplo, a transferência da Sociedade Hípica Paulista, que aproximou a alta sociedade paulista ao bairro, o abrigo dos inumeros imigrantes, como os japoneses, que por ali se fixaram, o investimento em estruturas de bases, como a construção de escolas, implementação de esgoto, luz elétrica e sistema de transporte público e o Hospital Escola de Medicina que, em 1915 legitimavam o bairro. Na segunda metade do século XX, São Paulo já era um polo comercial, industrial e cultural, e o bairro de Pinheiros acompanhou a expansão da cidade, e hoje é um si um pólo dentro da capital. São, aproximandamente 65 mil habitantes, dentro do seus limites de 69,775 km2 , conferindo uma densidade demográfica próxima a 8,171 Hab/Km2. Têm população média de idade de 44,6 anos, 28% dos moradores tem renda familiar mensal entre 10 e 50 salários mínimos e 73% são classe A e B e quase a metade dos moradores concluíram o ensino superior. Em Pinheiros se localizam as Avenidas Faria Lima e Rebouças, que junto ao comércio informal do Largo de Pinheiros e proximidades, possui uma enorme concentração de empregos e serviços, garantindo um trânsito, movimento e modificação intensa do bairro e sua paisagem. Imagem tirada por: Bárbara
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Recorte Geográfico
O
trajeto percorrido e pequisado reúne os seguintes lugares: Rua Cardeal Arco Verde, Avenida Brigadeiro Faria Lima e Avenida Rebouças.
Todo o material resgitrado foi categorizado e analisado sob os seguintes critérios: 16
Divisões Tipográficas
O
conjunto da paisagem tipográfica são formado a partir de um ambiente urbano, com um conjunto de caracteres que formam palavras, datas e outras mensagens composta por letras e números. O conjunto da paisagem tipográfica é dividida por oito subconjuntos que são:
Imagem tirada por: Talita
1. Tipografia arquitetônica: inscrições perenes, tais como o nome e o número de um prédio, geralmente planejada e construídas juntos com o edifício; 2. Tipografia honorifica: inscrições projetadas para homenagear personagens ou fatos históricos relevantes tais como aquelas presentes em monumentos públicos em geral; 17
3. Tipografia memorial: inscrições fúnebres encontradas em espaços urbanos circunscritos, tais como lápides em igreja ou cemitério; 4. Tipografia de registro: inscrições oficiais de empresas públicas ou privadas, tais como prestadores de serviços de telefonia e saneamento, geralmente localizada em grandes tampas; 5. Tipografia artística: manifestações artística realizada sob encomenda, que fazem uso da tipografia, tais como pintura e escultura em formato de letras, presentes em algumas cidades; 6. Tipografia normativa: inscrições que configuram sistemas reguladores e informativos do tráfego urbano, tais como sinais de trânsito e placas de logradouro; 7. Tipografia comercial: inscrições efêmeras, tais como aquelas presentes em pontos comerciais, acrescentadas posteriormente aos edifício, e, na maioria das vezes, substituída periodicamente; 8. Tipografia acidental: inscrições não – oficiais ou não – autorizadas, tais como grafite e pichações, muitas vezes executadas sem planejamento e à revelia vontade dos arquitetos, construtores e proprietários dos edifícios. Imagem tirada por: Talita
18
C
Desenvolvimento
ada membro do grupo selecionou um elemento tipográfico presente no conjunto de registros realizados na pesquisa de campo.
As razões das escolhas, foram, primeiramente subjetivas, e na totalidade, foram cruciais para a definição do tema e o indicativo de uma parcularidade do bairro de Pinheiros - a questão da temporalidade. Como dito anteriormentem a questão dos tempos, presentes na região é muito aparente e sentida, e ao nosso ver, pertinte ao projeto. Transformar um elemento tipográfico vernacular do bairro em um objeto de estudo acadêmico, a passagem de uma manifestação tipográfica manual e despretensiosa em uma fonte digital, tratada como um estudo. A família Temporalidade é composta por: Açoriano, Cimeniano, Ferrozóico, Grafitáceo, Grafitássico, Neonlítico e Plascoceno.
Imagem tirada por: Talita
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Caixa de Correio
Imagens
O
transcorrer da História Postal corresponde à crescente transformação histórica do próprio País, razão pela qual o saber dos principais fatos ligados à implementação e ao aperfeiçoamento, dos serviços postais, fornece um panorama do desenvolvimento histórico brasileiro. Do início dos serviços postais até os dias de hoje, os Correios assumiram sua postura de elo, que aproxima as pessoas e de instituição respeitável, que sempre procurou adequar-se aos vários períodos de progresso do Brasil, promovendo incessante melhoria dos seus serviços e produtos oferecidos à sociedade. Imagem tirada por: Valentina
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Cimento
Imagens
P
ara essa tipografia existir é necessário que a escrita no cimento não seja apagada pelos construtores que desejam uma pavimentação impecável, sem nomes de pedestres genéricos ou desenhos que atrapalhariam a invisibilidade desejada do chão de concreto urbano. Entendemos que o ato de escrever o nome, símbolos no concreto fresco resultado de um impulso, uma vontade boba de marcar a sua passagem por um lugar. A efemeridade dessa vontade condiz com a efemeridade do próprio registro, que será apagado pela erosão urbana ou soterrado sob uma nova camada de concreto. Não há a possibilidade de se deixar pegadas no chão de uma cidade grande, a sua cobertura de asfalto, piche, piso, borracha, não reagem à pisada dos pés. Se mantém impenetráveis, sendo modificadas apenas pelo desgaste do tempo, do clima. Portanto, quando se pisa num cimento fresco, é uma das únicas oportunidades que se tem, de registrar o trajeto dos pés, mas isso pode passar desapercebido até mesmo pelo dono dos sapatos que ali pisou. Quando se escreve, é um ato minimamente calculado, pensado, por mais efêmero que seja. É uma pegada, um registro de presença simbólico, feito de improviso, com o material que se encontra na hora, tubo de caneta, graveto, cartão, o próprio dedo indicador, que contém em si, não só o nome de quem escreveu, mas seu traço, sua caligrafia, única. O registro é feito no chão, 21
suporte onde não costuma-se encontrar textos, informações, ou quando se busca pela “paisagem urbana”, o movimento dos olhos é de buscar ao redor, não em baixo dos pés. O que confere um registro escondido, tímido, pontual, que se perderá, muito cedo, sob camadas mais recentes de elementos urbanos.
Imagens
Imagens tiradas por: Marcela
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Placa de Rua
A
Imagens
s primeiras placas nas ruas de São Paulo foram colocadas no dia 15 de setembro de 1849, elas eram com fundo preto e a tipografia branca.
Não á registro das dimensões e os materiais utilizados nas placas, e não havia padronizações delas. As placas quem viram depois dessa, foi padronizado nasvias públicas serão de fundo azul escuro, com letras brancas e terão as dimensões de 0,45 de comprimento por 0,25 de altura. No dia 19 de novembro de 1929 foi criada a Lei nº 3.427 – Código de obras Arthur Saboya, que relata a nomenclatura das vias públicas numeração dos imóveis: •Nas ruas as placas serão colocadas nos cruzamentos, duas em cada rua, uma de cada lado á direita, na direção do trânsito, no prédio de esquina ou na sua falta em poste colocado no terreno da esquina. •As placas de nomenclatura serão de fundo azul escuro, com letras brancas, e terão as dimensões de quarenta e cinco centímetros de comprimento por vinte e cinco centímetros de altura. No dia 22 de outubro de 1993, foram criadas novas placas, criando um manual de emplacamento, onde especifica os critérios para afixação das placas no logradouro. As placas terá um suporte para fixação delas, a 23
tipografia serão Helvetia Light e Helvetia Medium, em caixa alta e baixa, sua chapa será de aço zincado nas duas faces, de espessura mínima de 0,50mm, sua cor será azul e os sinais gráficos brancos.
Imagens
Foi selecionado a foto da placa de rua da Av. Rebouças para utilizar de sua tipografia pelo falo dela ser antiga (1915), e são poucos encontradas na região de Pinheiros, sua tipografia se caracteriza normativa , e seu estilo romano, sem sertifa e linear.
Imagens tiradas por: Emily
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Grafite
Imagens
É
uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos. O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas. O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo. Essa tipografia remete as expressões e expansões que o bairro obteve. A arte do grafismo é simples e exuberante das cores, criando conceitos como a repetição, ritmo, equilíbrio e escala. O grafismo pode mostrar uma ideia estática ou com a sensação de movimento. 25
É uma forma sucinta de representar um objeto ou composição de objetos. Por este fato, o grafite foi escolhido na representação do ritmo do bairro e de sua constante evolução.
Imagens tiradas por: Talita e Tamara
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Néon
Imagens
O
néon foi descoberto por volta 1898 (Inglaterra), é um gás obtido a partir de uma experiência com ar liquido destilado, ele é usado para iluminação, utilizando-se tubos em baixa pressão por onde passam correntes elétricas e a sua cor muda de acordo com a mistura de dois gases, hélio e árgon. Também pode ser usado na fabricação de lasers, dispositivos de detecção de radiação, lâmpadas de aviso de equipamentos eletrônicos, tubos de televisão e em indicadores de alta voltagem. O letreiro se refere a uma hamburgueria localizada na Av. Brigadeiro Faria Lima. Foi inaugurada em 1974, na rua dos pinheiros, pela família Silva. A lanchonete foi destinada aos que tinham que trabalhar e não possuiam muito tempo e dinheiro devido à sua rotina. A tipografia é baseada na geometria e a luz se ascende de vermelho. Imagem tirada por: Bárbara
27
Devido a Pinheiros passar grandes mudanças tanto comercial, como empresarial, o bairro possui grande variedade tipográfica, pensando nesse aspecto, a ligação entre a tipografia antiga com a nova nos remete a ideia de que pode haver grandes diferenças assim como semelhanças entre si.
Imagens
Foi escolhido esse letreiro porque é algo instalado recentemente feito para chamar a atenção dos fregueses tanto pela luminosidade como pelo estilo geométrico, valorizando o próprio nome (hamburguinho).
Imagem do Google
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Placa de Plástico
Imagens
A
tipografia é baseada na fonte Helvetica que foi desenvolvida por Max Miedinger em 1957 , em Basilea, Suiza. Em 1960 o nome da tipografia foi alterada pela empresa alemã filiada da Hass Stempel para Helvética, a ideia inicial era que a fonte se chamasse Helvetia,( suíça em latim) entre tanto consideram muita pretensão batizar uma fonte como o nome de uma nação dessa forma resolveram alterar o nome pra helvética para que tivesse um alcance maior no “Marketing Internacional” A família Helvetica se caracteriza como a tipografia comercial mais importante da historia por seu neutralidade, versatilidade e alta legibilidade. É uma tipografia que não diz nada de se mesma, e muito adequada para cartazes informativos, onde não pretendesse dizer mais nada alem da mensagem. Foi escolhida essa foto pelo fato de ser do tipo comercial baseado com a fonte feito a mão e a forma que da ser geométrica, o contraste que da resaltar entre a cor do fundo com a cor da letra interagindo com um tipo de sinalização para as pessoas saberem o lugar onde fica.
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Imagens
Imagem tirada por: AngĂŠlica
30
A
Família Tipográfica
pós a seleção de imagens, cada integrante do grupo tratou a sua foto no programa Photoshop (CS6), vetorizou em cima da imagem os caracteres no programa Ilustrator (CS6). Para dar continuidade à fonte, o grupo fez leituras a respeito de tipografia ganhando conhecimento para reproduzir uma fonte. Foram lidos os seguintes livros: •Design Ing Type – Karen Cheng Pensar com Tipos – Elen Lupton •História do Design Gráfico – Phelip Meggs •Elementos do estilo tipográfico – Robert Bringhurst A família tipográfica foi desenvolvida á partir das imagens escolhidas. Com elas desenvolvemos todo o alfabeto, números, acentos e caracteres especiais. Todo o processo foi feito no software Ilustrador (CS6). Após tudo alinhado em uma única base, as fontes foram passadas para o software Fontographer (5). No Fontographer, escolhemos o nome da família tipográfica e geramos as fontes! Pensamos em trabalhar com o nome TEMPORALIDADE, que remete o objetivo da variação do tempo verificando nas saídas fotográficas no bairro de Pinheiros. Com base nisso, escolhemos os nomes das fontes em eras geológicas, justificando o material de cada fonte (por meio das fotos escolhidas). 31
32
Aรงoriano
Açoriano
P
ara a composição de uma letra, é necessário respeitar as regras determinadas, para o conjunto das mesmas, tornando uma família com coerência e seguindo um padrão. Cada tipografia têm um método para tornar uma leitura mais agradavél, mas se este, for feito inapropriado ao estilo da fonte, a leitura torna-se cansativa e chata, tendo quebra de linha e ritmo.
Aplicação em texto. 33
Cimeniano
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ÁÀÂÄÃÉÈÊËÍÌÎÏ ÓÒÔÖÕÑÜÛÚÙÇ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz áàâãäéèêëíìîïñ óòôõöúùûüç _#-$%:;/.,¨` 1234567890 ( )*!-?”@& 34
Cimeniano
É
necessário saber a proposta do conteúdo.
Se for em um livro, as letras não são tão notadas aos leitores, porém a legibilidade estará em evidência, pois a leitura é corrida. Já em cartazes, os caracteres são notados e devem seguir a estrutura do conteúdo. Há fontes, que ultrapassam esses limites, porém é característica da fonte, é não interferem em sua composição e regras.
Aplicação em texto. 35
Ferrozóico
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ÁÀÂÄÃÉÈÊËÍÌÎÏ ÓÒÔÖÕÑÜÛÚÙÇ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz áàâãäéèêëíìîïñ óòôõöúùûüç _#-$%:;/.,¨` 1234567890 ()*!-?”@&
36
Ferrozóico
É
importante destacar que, a tipografia é um item importante na composição de um projeto. Ela ajudará no desenvolvimento dos elementos, tanto na escolha da fonte, como tamanho, entrelinha, espaçamento, todos os itens necessários para uma boa apresentação final.
Aplicação em texto. 37
Grafitáceo
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ÁÀÂÄÃÉÈÊËÍÌÎÏ ÓÒÔÖÕÑÜÛÚÙÇ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz áàâãäéèêëíìîïñ óòôõöúùûüç _#-$%:;/.,¨` 1234567890 ()*!-?”@& 38
Grafitáceo
Classificação Tipográfica, é baseada pela classificação feita originalmente por Maximilien Vox, e é dividida em sete classes: romanas, lineares, incisos, manuais, manuscritos, góticos e não latinos. Essas classificações, têm referência no desenho da letra. Aplicação em texto. 39
Grafitássico
ABCDEFGHIJKLMNOPQRST UVWXYZ ÁÀÂÄÃÉÈÊËÍÌÎÏ ÓÒÔÖÕÑÜÛÚÙÇ abcdefghijklmnopqrst uvwxyz áàâãäéèêëíìîïñ óòôõöúùûüç _#-$%:;/.,¨` 1234567890 ()*!-?”@& 40
Grafitássico
É
importante saber utilizar os recursos de composição para destaque dos elementos, como: capitular, versalete, indentação e recuo. As recomendações varia, pois nenhum desenho de tipo pode ser adequado a todas as situações. O ideal é identificar uma fonte apropriada para cada contexto!
Aplicação em texto. 41
Neonlítico
ABCDEFGHIJKLMNOPQRST UVWXYZ ÁÀÂÄÃÉÈÊËÍÌÎÏ ÓÒÔÖÕÑÜÛÚÙÇ abcdefghijklmnopqrst uvwxyz áàâãäéèêëíìîïñ óòôõöúùûüç _#-$%:;/.,¨` 1234567890 ()*!-?”@& 42
Neonlítico
O
observar as formas de uso com letras maiúsculas e minúsculas. Se em uma frase, eu deixar T tO oD da AS sa AS sl LE e T tRra AS sE em Mm Ma AÚ úS scCu Ul La AS s, o leitor dá a entender que foi aumentado o tom de voz. Se em outro caso, as letras estiverem minúsculas, dependendo da composição da frase, passará despercebido.
Aplicação em texto. 43
Plascoceno
ABCDEFGHIJKLMNOPQRST UVWXYZ ÁÀÂÄÃÉÈÊËÍÌÎÏ ÓÒÔÖÕÑÜÛÚÙÇ abcdefghijklmnopqrst uvwxyz áàâãäéèêëíìîïñ óòôõöúùûüç _#-$%:;/.,¨` 1234567890 ()*!-?”@& 44
Plascoceno
P
ortanto, as aplicações devem ser bem resolvidas em textos de livro, revista, cartazes, jornais, entre outros. Tudo é baseado no contexto, onde a tipografia torna-se essencial, considerando os elementos básicos para uma boa composição.
Aplicação em texto. 45
Tabela de Cores
A
tabela de cores, foi desenvolvida á partir de imagens tiradas pelo bairro de Pinheiros.
Os tons de cinza (composta pelas 9 primeiras), remete as mudanças constante do bairro. (a expansão em centros comerciais e informais). Já os tons de marrom com o verde é representado pela difusão do velho com o novo. Transmite a rigidez e ao mesmo tempo a fluidez, do desenvolvimento e ampliação do bairro.
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Kit Promocional
O
Kit promocional é composto por 56 carimbos (representando tipos), com 2 almofadas (1 preta e 1 vermelha) e 2 tintas com as respectivas cores.
Contém 2 camisetas (unissex - preta e branca). A embalagem é uma caixa de madeira com medidas de 31cm x 51cm e um livreto (tamanho A5), com conteúdo de todo o processo de pesquisa do bairro, até o desenvolvimeto da Família Tipográfica.
47
O
Conclusão
trabalho Letras Paulistanas foi desenvolvido na região de Pinheiros com foco em grandes ruas históricas: Rua Cardeal Arco Verde, Avenida Rebouças e Avenida Brigadeiro Faria Lima.
Pelo fato do bairro encontrar em intenso processo de modificação, concluímos que Pinheiros é um bairro viajante do tempo onde reúne o antigo com o novo, sendo o antigo algo perene que sobreviveu à passagem do tempo, mas encontra-se escondido, camuflado ou em simbiose, com estilos novos e modernos que tem a efemeridade característica à sua temporalidade. Esse projeto foi a oficialização de um elemento tipográfico vernacular através da criação de uma família tipográfica, trazem a si próprio, uma questão de registro daquilo que some com a modificação da paisagem urbana, logo acreditamos que o principio da temporalidade, especificamente a relação do efêmero com o perene é pertinente à proposta.
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Referências
Bairros paulistanos de A a Z / Levino Ponciano . - 2º ed. revista - São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2002. Amaral, Antonio Barreto do. O Bairro de Pinheiros. Ed. do departamento de cultura, secretaria de educação e contribuição da prefeitura do município de São Paulo -1969. Pg. 11, 12, 13, 14, 77, 78, 79, 91, 92,115 até 119. Dick, Maria Vicentina de Paula do Amaral. A dinâmica dos nomes de São Paulo 1554-1897 - Annablume, 1996. Pg: 119 até 123. Lacomebe, Amerio Jocobina. A Cidade de São Paulo – Estudo de Geografia Urbana - Volume 3 – Aspecto da Metropolis Paulistana. Ed S.A - São Paulo, 1958. Pg.: 314 até 318. Ebie, Reale. Brás, Pinheiro, Jardins – Os três bairros, três mundos. - S.P Pioneira, Ed. Universidade de São Paulo, 1982. Pg: 63, 72, 73 Ponciano, Levino. São Paulo: 450 bairros, 450 anos Ed. Senac – São Paulo , 2004 Pg.225 Teixeira, Ronaldo Lopes. Guia Unibanco-SP Ed. BE/Comunicação, 2006 Pg. 133. Dna Paulistano/ Datafolha, Caderno “Cotidiano”, Publifolha - SP, 2009 Pg.178. Sp2040: A Cidade que queremos Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano – São Paulo: SMDU, 2012. Pg: 297 até 298. 49
Referências
Revista: Urbs – Ano VI nº 27 – julho / agosto 2002. Ed:Viva o Centro –Artigo : O Novo Largo da Batata – Ana Candide Vespici . Pg: 38 á 40.
Rosa, Silva Costa. 1001 ruas de São Paulo -1 ed. São Paulo: Editora Panda.2003. Pgs: 55 59 e 186.
Lupton, Ellen, pensar com tipos. Editora: Cosac & Naify. Lançamento: Setembro 2006 Número de páginas: 184
Anna Paula S. Gouveia, André Luiz T. Pereira, Priscila L. Farias, Gabriela G. Barreiros [Senac/SP] – Paisagens tipográficas – lendo as letras nas cidades.
50
Este projeto foi diagramado no sotware InDesign CS5 para Pc, utilizando a Família Temporalidade. Em papel couchê fosco 120g para miolo e couchê brilhante 150g para capa.
{...*)