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PESQUISAS
from Revista O Lojista - Edição de Janeiro/Fevereiro de 2021
by SindilojasRio - Sindicato dos Lojistas do Com do Mun do RJ
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| Janeiro e Fevereiro de 2021 Revista O Lojista
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Centro do Rio foi a região mais afetada
O comércio carioca registrou, em 2020, o pior desempenho dos últimos anos, com queda de 18% nas vendas, em comparação com o mesmo período de 2019. A estimativa é do CDLRio e do SindilojasRio, que levaram em conta os três meses de lojas fechadas devido à pandemia de covid-19.
De acordo com Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades, que juntas representam mais de 30 mil estabelecimentos comerciais, depois de mais de 100 dias de portas fechadas no ano passado devido à pandemia, o comércio carioca ainda não deu sinais de reação. Um exemplo foi o Natal, responsável por 30% do faturamento anual do comércio, que registrou queda de cerca de 8% nas vendas.
O presidente do CDLRio e do SindilojasRio recorda que, já no acumulado de 2019, as vendas recuaram 2,9% em relação a 2018, registrando resultados negativos em todos os doze meses. Mesmo em dezembro, mês do Natal, o varejo carioca registrou queda. Também em 2020, todas as datas comemorativas registraram resultados negativos.
No contexto geral, o comércio do Centro foi a região mais prejudicada em 2020: nos nove meses do ano em que as lojas abriram (o comércio ficou fechado da segunda semana de março até a primeira semana de junho devido à pandemia), o movimento de vendas foi negativo: - 6,9% nos produtos do Ramo Mole (bens não duráveis) e - 9,2% no Ramo Duro (bens duráveis). Se for computado o desempenho zero dos três meses em que as lojas ficaram fechadas, por causa da pandemia de covid-19, os números sobem para - 31,9% no Ramo Mole e - 30,2% no Ramo Duro. Em 2019, o desempenho também foi negativo: - 5% no Ramo Mole e - 6,1% no Ramo Duro. De acordo com os lojistas, além da pandemia e do desemprego, as principais causas do desempenho negativo foram a violência, o grande número de camelôs, o aumento de moradores de rua e a sujeira. Esses fatores afastaram o consumidor do Centro, que se tornou um verdadeiro deserto, o que influenciou o desempenho das vendas, além do fechamento de centenas de estabelecimentos comerciais.
O presidente do CDLRio e do SindilojasRio ressalta que as entidades têm feito diversos pedidos às autoridades municipais e estaduais no sentido de coibir a violência, os camelôs e os moradores de rua que tomam conta do Centro, afastando o consumidor das compras e prejudicando o comércio. “Um choque de ordem poderia, mesmo com a pandemia, amenizar o prejuízo dos lojistas do Centro”, disse Aldo.
“Apesar de institutos de pesquisa mostrarem uma tímida recuperação das vendas em algumas cidades do País, o comércio varejista do Rio não sentiu esta melhoria. A forte redução no consumo, seja pela não circulação das pessoas, seja pela queda generalizada do poder aquisitivo causada pelo desemprego e outros fatores, continua afetando o setor”, afirmou o dirigente.
Ainda segundo ele, as expectativas para 2021 não são animadoras. “A revalorização do espaço urbano e do comércio de rua, a melhoria da segurança e mais eficiência no combate ao comércio ilegal, por meio de fiscalização e repressão à pirataria, às mercadorias de procedência duvidosa, com apoio do governo do estado, são medidas urgentes para promover a recuperação do setor”, concluiu.
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FERIADOS DO RIO EM 2021
A cidade do Rio de Janeiro terá 14 feriados em 2021, sendo um municipal, três estaduais e dez nacionais. Mais o Dia do Comerciário em 18 de outubro, conforme previsto na Convenção Coletiva de Trabalho, firmada entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Comerciários, que prevê a data na terceira segunda-feira do mês de outubro.
Os meses de abril e novembro possuem três feriados cada. Já nos meses de março, julho e agosto não há feriados.
A terça-feira de carnaval será em 16 de fevereiro, conforme a Lei nº 5.243/08. Mas, neste ano, devido à pandemia de covid-19, as lojas poderão abrir mediante Termo de Adesão à Convenção Coletiva de Trabalho nos Feriados. Na quarta-feira de cinzas, o comércio poderá abrir excepcionalmente antes das 12 horas.
Conforme Convenção Coletiva de Trabalho aos Domingos, firmada entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Comerciários, as lojas que trabalharem em um ou mais domingos não funcionarão na terça-feira de carnaval nem na quarta-feira de cinzas até 12 horas. E ficarão fechadas no Dia do Comerciário, assim como nos dias de Natal (25/12) e de ano novo (1/1), sendo proibido o trabalho nesses dias, mas garantidos os salários de seus empregados para todos os efeitos legais, inclusive repouso semanal remunerado, de acordo com CCT firmada entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Comerciários.
JANEIRO
1º 6ª feira, Dia da confraternização universal, feriado nacional. 20 4ª feira, Dia de São Sebastião, padroeiro da Cidade, feriado municipal.
ABRIL
2 6ª feira, Paixão de Cristo, feriado nacional. 21 4ª feira, Dia de Tiradentes, feriado nacional. 23 6ª feira, Dia de São Jorge, feriado estadual.
JULHO
NÃO HÁ FERIADO
OUTUBRO
12 3ª feira, Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, feriado nacional. 18 2ª feira, Dia do Comerciário no Rio, Terceira 2ª feira do mês.
FEVEREIRO
16 3ª feira de carnaval, feriado estadual.
MAIO
1º Sábado, Dia do Trabalho, feriado nacional.
AGOSTO
NÃO HÁ FERIADO
NOVEMBRO
2 3ª feira, Dia de Finados, feriado nacional. 15 2ª feira, Dia da Proclamação da República, feriado nacional. 20 Sábado, Dia da Consciência Negra, feriado estadual.
MARÇO
NÃO HÁ FERIADO
JUNHO
3 5ª feira, Dia de Corpus Christi, feriado nacional.
SETEMBRO
7 3ª feira, Dia da Independência do Brasil, feriado nacional.
DEZEMBRO
25
Sábado, Natal, feriado nacional.
Comércio do Rio pode perder mais de R$ 4,6 bilhões com os feriados em 2021
Com o excesso de feriados em 2021, sendo 12 em dias úteis com possibilidade de prolongamento, o chamado “enforcamento”, o comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro, já castigado pela pandemia que fechou suas lojas por três meses, pode perder mais de R$ 4,6 bilhões em receitas de vendas neste ano. Cada dia parado representa uma perda média de R$ 385 milhões.
Com os feriados e possíveis dias “enforcados” por conta dos prolongamentos, o ano terá apenas 353 dias comercialmente úteis. Novembro (três feriados com possíveis prolongamentos) será o mês mais prejudicado.
Segundo o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, os 13 feriados do ano e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente do comércio de rua que é o mais atingido, em especial o do Centro, que fica completamente deserto. Com os “enforcamentos”, há a possibilidade de o cidadão folgar 17 dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana. “Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio, que já vem sofrendo os danos causados pela pandemia. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender; os prestadores de serviços e autônomos; e, também, o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas, somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício, principalmente no momento em que enfrentamos uma pandemia que ninguém sabe quando vai terminar”, conclui Aldo.
Hotelaria, bares e restaurantes e serviços ligados ao turismo, antes beneficiados com os feriados, agora também sofrem com os efeitos da covid-19.
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CAPA
| Janeiro e Fevereiro de 2021 Revista O Lojista
Logística – O novo desafio dos lojistas
Com o aumento das vendas on-line devido à pandemia de covid-19, implementar uma estrutura logística eficiente tornou-se essencial para a sobrevivência do comércio. Principalmente a das micros e pequenas empresas, acostumadas com a venda direta apenas no balcão da loja.
Pesquisas feitas pelo Facebook mostram que a compra virtual tornou-se prioritária, estando relacionada diretamente com os efeitos da pandemia. Segundo esses levantamentos, mais de 70% das pessoas mudaram os hábitos de compra e estão se preocupando mais com filas e multidões.
Hoje, as vendas são feitas por telefone, pelas redes sociais, como Instagram, Facebook e Whats-App, e pelos sites de comércio eletrônico das lojas. A multiplicidade de canais de venda e as restrições causadas pela pandemia geraram um novo e grande desafio para a maioria dos lojistas: como oferecer a entrega de seus produtos de forma eficiente, rápida, segura e com custo acessível. E, no rastro do aumento do comércio eletrônico, outro modo de entrega revelou-se como um dos preferidos dos consumidores brasileiros: a compra virtual com retirada dos produtos na loja física.
O novo hábito ganhou destaque devido à necessidade de distanciamento social e, também, ao custo do frete, considerado caro e com prazo muito longo pela maioria dos consumidores, segundo Maren Lau, vice-presidente do Facebook na América Latina. O frete tem se mostrado como um entrave à conclusão das compras on-line: 90% dos consumidores disseram que se importam com o prazo das entregas e 71% declararam estar insatisfeitos com o valor do frete. Assim, por conta dessa insatisfação, a opção de retirada na loja vem sendo cada vez mais procurada: 72% dos consumidores querem que a loja ofereça esta opção, quando decidem suas compras. “O brasileiro aprendeu a se importar mais com o frete e, com a pandemia, prefere comprar on-line e retirar na loja”, alerta Maren Lau.
Diante dessa conjuntura, as empresas perceberam a necessidade urgente de investir em logística, melhorar seus processos, usar melhor tecnologias disponíveis e ter maior eficiência na gestão do estoque de mercadorias. Sempre lembrando que entregas mal feitas, com atraso ou, a pior das hipóteses, não entregar os produtos vendidos, podem destruir a reputação de uma marca.
Para aprofundar a mportância da logística para o varejo, a revista O Lojista conversou com Haroldo Monteiro da Silva Filho, professor do MBA de Gestão Estratégica no Varejo do IBMEC.
Com a pandemia de covid-19 e o aumento do comércio eletrônico, as lojas precisam realmente investir mais em logística?
– As vendas on-line não são mais uma estratégia de diferenciação em relação aos concorrentes e, sim, um canal de vendas que a empresa deve considerar para atender ao novo comportamento do consumidor. O ideal é a empresa ter uma área especializada em vendas on-line para atender essa demanda crescente. Se isto não for possível, deve contratar uma consultoria em logística para desenvolver um plano que atenda as necessidades do negócio.
Quais os acertos e falhas do varejo em relação à logística?
– Uma das falhas é a falta de entendimento, ainda, de que as vendas virtuais têm que ser consideradas tão importantes quanto as vendas em lojas físicas. Outra falha é ter uma boa comunicação visual (ex. fotos no Instagram), mas o consumidor receber um produto que não corresponde à foto. Isto gera um efeito muito ruim para o lojista, que pode até afastar os seus tradicionais consumidores. Já acerto é justamente a percepção dessa tendência que ganhou força, como reflexo da pandemia. Acertos são, por exemplo, novos meios de pagamento on-line, que dão segurança e agilidade ao consumidor na hora de efetuar suas compras.
Qual a importância da tecnologia nesse processo?
– A tecnologia faz toda a diferença para garantir que os estoques estejam com as quantidades corretas de produtos e, assim, evitar problemas com as vendas on-line. A boa gestão do estoque da loja física com disponibilidade para venda on-line é mandatória. A tecnologia tem papel importante, também, em relação à entrega, que exige agilidade. Portanto, é fundamental a integração de plataformas de entrega ao negócio.
Quais são as dicas para ter uma logística eficiente de entregas?
– Empresas pequenas devem investir em consultorias especializadas para implementar o processo e seguí-lo. O que não deve fazer é buscar a solução interna com profissionais sem experiência em logística. “O barato pode sair caro”. Nesse processo de logística é importante a diversificação, e não só focar na entrega no domicílio do cliente: a estratégia “compre on-line e retire na loja” pode ser interessante, ainda mais se for usada para aumentar o fluxo na loja física. O cliente vai retirar a mercadoria e o vendedor tem a oportunidade de oferecer-lhe novos produtos. Outra estratégia é a venda on-line com a opção de retirada sem sair do carro. Uma parada rápida para pegar um produto significa obtê-lo logo, em vez de esperar dias pela entrega. A entrega pode ser feita no estacionamento do shopping ou em frente à própria loja, por exemplo.
Como micros e pequenas empresas lojistas podem se estruturar para ter comércio eletrônico com a entrega dos produtos?
No caso do varejo de produtos em geral, que não seja alimentação, os pequenos varejistas devem procurar os grandes marketplaces para efetuar suas vendas. Mas, deve estar atento ao prazo de entrega, que deverá ser competitivo em relação aos concorrentes. Terceirizar a entrega com empresas especializadas pode ser uma solução. Atenção ao problema da integração dos estoques de lojas físicas e virtuais. Este é o grande desafio para as empresas, sejam grandes, médias ou pequenas. O cliente quando clica no produto para comprar (por celular ou no seu computador) ele deve ser informado corretamente da disponibilidade do produto.
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