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Tema do ano – capítulo III Fragilidades: cultura atual e desigualdades sociais
Tema do ano – capítulo III Fragilidades: cultura atual e desigualdades sociais “...a misericórdia, pela qual socorremos as carências alheias, ao favorecer mais diretamente a utilidade do próximo, é o sacrifício que mais agrada a Deus” (São Tomás de Aquino). O matrimônio é um sacramento que foi instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo e é o caminho natural de santificação da humanidade. No matrimônio, Deus une homem e mulher de maneira que, formando “uma só carne” (Gn 2,24), possam transmitir a vida humana: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1,28). Particularmente temos no e pelo matrimônio uma oportunidade de fazer a diferença neste mundo tão carente de testemunho e exemplos de vida cristã. Somos convocados, na nossa condição de casados, a respeitar e promover os direitos fundamentais de cada ser humano, na concretude da vida, vivendo neste contexto de desigualdades sociais, desencontros e injustiças. O matrimônio é um sacramento de amor, porque é um sacramento que nos leva a negar a nós mesmos, ao nosso egoísmo, nossos caprichos, para viver para a salvação de nosso cônjuge, de nossa família, e para o bem dos outros, principalmente diante de um mundo assolado por problemas sociais e econômicos de toda a natureza. Assim, somos chamados a agir no meio em que vivemos, fazendo a diferença com nossas atitudes de amor e misericórdia. As bem-aventuranças (Mt 5, 1-12) nos propõem desinstalarmos de nosso confortável estilo de vida, nos propõem aperfeiçoar-nos e curar-nos de nossas fragilidades, preparando-nos para sair sem medo pelo mundo, onde nossa fé e testemunho haverão de gerar nas pessoas o desejo de Deus e de também comprometer-se com a Igreja em busca de um mundo onde reinam os valores do Evangelho. Jesus nos anunciava com alegria o Reino de Deus e sua presença entre nós, e quer ainda hoje nos mostrar que o caminho da verdadeira felicidade está na prática das bem-aventuranças, e quer que tornemos estas belas palavras escritas no papel em verdadeiras mudanças reais de vida em nosso dia a dia, no nosso trabalho, na igreja, na família, na comunidade. A santidade a que todos somos chamados passa pela observância das bem- -aventuranças, e não há atalhos neste caminho. Devemos estar atentos ao que na cultura atual incomoda nosso caminho para a santidade. Estamos preparados para isto? Então, não tenhamos medo, saiamos para cumprir fielmente nossa missão. “... Caso contrário, a santidade não passará de palavras” (Papa Francisco - GE, 66).
Meire e Gilson CRP Centro-Oeste