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Testemunho
Santidade, um desafio!
Somos casados há 57 anos. Há 45 anos fomos escolhidos por Deus para entrar no Movimento das ENS. À medida que fomos conhecendo as propostas do Movimento e vivenciando os métodos (pedagogia e PCEs), fomos formando uma comunidade de vida conjugal que aos poucos cresceu em amor. Tornamo-nos conscientes da nossa condição de batizados, enfrentando as transformações que Jesus nos pedia na sua Palavra, no confronto com a nossa verdade. Era preciso esforço. Foi fácil? Nunca! Jesus sempre foi exigente e os escritos do Padre Caffarel também. Mas, pensávamos em nossos diálogos: assumimos o compromisso, somos responsáveis, fomos chamados a nos converter. Buscar a santidade em casal era o desafio que tínhamos a enfrentar. E esse processo foi sendo percorrido lentamente, muitas vezes com retrocessos, e a correção fraterna principalmente na hora do DEVER DE SENTAR-SE. Assim, a vivência dos PCEs, tendo sempre em vista “as três atitudes”, foi a força que nos fez caminhar sempre. O diálogo com palavras certas e no momento certo aprofundou a comunhão conjugal e nos permitiu manifestar pensamentos, afetos, mágoas e arrependimentos, afastando os mal- -entendidos... E assim, encaminhávamos as soluções. Fomos desenvolvendo a capacidade mútua de tolerância e de perdão. Éramos diferentes, somos diferentes, temos histórias diferentes. O diálogo foi se aperfeiçoando com a maturidade, tornando-nos humildes e reconhecendo nossa verdade. Alcançamos aos poucos o respeito às diferenças e aceitação do perdão. Fomos chamados a servir desde 1978 com a Pilotagem, e foi uma experiência maravilhosa! Para isto, tínhamos que testemunhar coerência e fidelidade às recomendações do Movimento. Estivemos a serviço sempre nesses 45 anos equipistas, seja no Movimento como na nossa Igreja. Julgamos que estamos nos convertendo pelo encontro com o Senhor nas pessoas, na família, na comunidade, na sua Palavra, nos sacramentos. Para nós, o encontro com o Senhor “ultrapassa os limites da emoção e da sensibilidade” e se manifesta em mudança concreta de atitudes e de comportamento, que aos poucos sentimos que vivemos. Essa vida nova nos tornou pessoas melhores, pais melhores, amigos melhores, vivendo a solidariedade e servindo sempre, gratuitamente, com muita disponibilidade. Abrir-nos à vontade de Deus e confrontá-la com nossa verdade foi o processo que mais nos ajudou a ir ao encontro do outro, que é diferente e cujas ações não podemos julgar.
Lenice e Luiz Eq. 1A N. S. das Graças Araraquara-SP