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Compreendendo as vocações
Em cada carta mensal somos convidados a dirigir nosso olhar equipista tanto para a vida da Igreja quanto para a realidade social que nos envolve. A vida da Igreja, com seus momentos fortes e celebrações, nos auxilia a entender a missão de sermos sal e luz. A realidade da vida conjugal, familiar e social ajuda-nos a perceber os ambientes que devemos “temperar” com nossa presença cristã e iluminar com nossa fé. Os meses de agosto e setembro são marcados, na vida da Igreja, por duas realidades fortes: as vocações e a Bíblia. Compreendemos as vocações, tanto a batismal quanto as específicas, como chamados e oportunidades de Deus para a realização de nosso ser, de seu plano para nossa santificação e a santificação do mundo em que vivemos, interagimos e influenciamos. A Sagrada Escritura, acolhida de mente e de coração por uma atenta e fiel ESCUTA DA PALAVRA, nos conduz à compreensão do chamado de Deus a todos – crianças, jovens, adultos, idosos, solteiros (as), casais, viúvas – nas diversas realidades sociais e ambientais. São histórias de vocação e santidade que nos iluminam para entendermos nosso próprio chamado (vocação) à santidade em nossos dias e ambientes. A história da salvação e da santificação da humanidade não termina na última página da Bíblia, mas prossegue na vida da Igreja. É ela que expressa sua esperança futura naquela súplica final do Apocalipse “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap. 22,20). Na história da Igreja, Deus nos dá a conhecer seu projeto e o nosso lugar nele ao nos confrontar com tantos testemunhos e realidades envolvendo a busca mais profunda de homens e mulheres. Essa busca revela uma profunda procura de Deus e da participação na sua Vida Divina, pela realização da santidade. As vocações, como as sementes, precisam de terrenos favoráveis para criar raízes, crescerem e frutificarem (vejam a parábola do semeador). O primeiro terreno é justamente a família. A conjugalidade deve frutificar no gesto de acolher e ajudar os filhos
a realizarem o projeto de Deus para suas vidas, pois somente assim eles se realizarão neste mundo enquanto caminham para a casa do Pai. O tempo da Palavra de Deus e da reflexão vocacional convoca os equipistas para uma especial reflexão e compreensão de sua realidade: tendo respondido a sua vocação batismal e matrimonial, devem tornar-se verdadeiros promotores e apoiadores das vocações da Igreja e na Igreja, principalmente aquelas de especial consagração. Devem criar um ambiente vocacional tanto em seus lares como também em outros ambientes que frequentam, pois todo casal equipista deveria ser, por definição, um verdadeiro promotor vocacional. Nosso Movimento tem se empenhado em oferecer, institucionalmente, auxílio material e espiritual para a formação dos sacerdotes, inclusive buscando maior proximidade com os ambientes de formação sacerdotal e religiosa. Agora, reflitamos: e nós, pessoalmente, em nossas comunidades, paróquias, dioceses temos tentado trilhar o mesmo caminho? É tempo de pensar, discernir e responder aos apelos de Deus, uma vez que a messe é grande e poucos são os operários. Vamos juntos! Deus é Bom sempre!
D. Moacir Arantes SCE Super-Região