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Um meio precioso de transformação de nossa vida pessoal, conjugal e familiar
Olá, queridos equipistas, Graças a Deus o tema de estudo está envolvendo a todos de forma a gerar reações. É assim que nos formamos: lendo, refletindo, partilhando ideias, trazendo questionamentos, sempre no ambiente de fraternidade e desejo de crescermos juntos dentro do Projeto de Deus. Diante de algumas indagações e dúvidas apresentadas, sobre o Tema 2023: “Servir a exemplo de Maria”, queremos trazer-lhes algumas considerações que podem ajudar a compreender melhor o propósito deste tema, preparado e escrito pela SR Oceânia (Austrália, Nova Zelândia, Filipinas, Coreia do Sul).
O tema de estudo é um meio de formação. Seu objetivo é levar os casais equipistas ao aprofundamento da fé e a uma conscientização de assuntos diversos que, ao longo do ano, ajudarão conjugalmente ou como equipe a se aproximarem da Palavra de Deus e do pensamento da Igreja e do Movimento através de reflexões e estudos aprofundados.
Os temas propostos desde 2018 até 2024 são resultado da Orientação Geral do Movimento para esse período: “Não tenham medo, Saiamos”. Na carta anterior publicamos um artigo sobre a Orientação para o Ano, que convoca todos os equipistas com um apelo para sairmos de nossa zona de conforto e irmos ao encontro dos irmãos que estão à beira do caminho. Convocação que tem sido um apelo da Igreja através das Encíclicas e pronunciamentos do Papa Francisco.
A proposta do Movimento das ENS para 2023 parte de uma compreensão fundamental de sua característica essencial: É um Movimento Cristocêntrico. Esta afirmação não deixa espaço para confusões doutrinais, pastorais ou sociais. O tema nos convida a refletir no gesto de servir a exemplo de Maria a partir da consciência cristocêntrica que ela mesma manifesta com a vida. Embora pareça simples e óbvio ter esta clareza, sabemos que nem sempre é, pois a compreensão das coisas exige um exercício diário de oração e entrega confiante a quem nos conduz. Maria fez um itinerário maternal e discipular. Neste caminhar seu itinerário vai se revelando como serviçal ou servidor. A vivência dos encontros mensais neste ano nos colocará “numa viagem que nos sensibilizará, à imitação de Maria, em todos os aspectos do nosso ser membros das Equipes de Nossa Senhora e do nosso serviço, para que, imitando-a, possamos ser veículos de ternura e misericórdia, onde quer que possamos identificar que falta vinho” (Apresentação do livro Tema 2023).
Particularmente não vemos como um casal que busca viver uma vida pautada nos valores do Evangelho, tentando realizar a Santidade Conjugal, não consiga encontrar num Tema voltado para uma conscientização dos problemas e dramas sociais que afetam diversas pessoas no mundo inteiro (pois o tema não foi feito para o Brasil), inclusive em nosso entorno e que deveriam despertar em nós o desejo de sermos mais solidários, mais humanos e mais misericordiosos, não possa ser um meio precioso de transformação da nossa vida e de conversão pessoal, conjugal e familiar. Se queremos ser santos, não podemos nos fechar no conforto do nosso lar, do nosso pequeno mundo, sem nos voltar para as necessidades que batem à nossa porta e que podem, inclusive, estar dentro das nossas próprias famílias, equipe, comunidade, pois os temas apresentados também têm uma leitura mais profunda e existencial do que apenas material... Não ter casa, não ter diálogo, não ter... Apontam para ausências de realidades necessárias às vezes dentro do próprio lar. Ser Santo é um dom, um presente de Deus para a Igreja e para o mundo! Esse apelo que o Movimento nos faz através do Tema não quer dizer que devamos como Movimento das ENS, sair fazendo coisas que nos afastam da nossa identidade e desvirtuando do nosso carisma. Ao contrário, nos pede que, como casais cristãos, nos voltemos às necessidades deste mundo tão carente em diversas áreas e situações e encontremos em nossas estruturas de Igreja (comunidade, paróquia, diocese) e de sociedade que frequentamos uma resposta à pergunta: o que posso fazer como cristão, profissional, paroquiano, membro da sociedade.
Sugerimos a todos que releiam a Carta de Fátima (acessada pelo QR code abaixo) para esclarecer possíveis dúvidas e desfazer incompreensões sobre a proposta do Movimento para esse período.
Abraços Fraternos,
Eles não têm mais educação. Uma afirmação, mas que pode conter vários significados em função, principalmente, da entonação e da intenção de quem a fala. Indignação e julgamento: “Como podem fazer isso? Eles não têm mais educação!”, ou então espanto e assombro: “Eles não têm mais educação?! O que aconteceu? Como chegamos a esse ponto?”, podemos imaginar também o medo: “Eles não têm mais educação! Cuidado! Desrespeitam regras, pessoas, sabe-se lá o que podem fazer!”. São inúmeras as formas de se proferir essa expressão, mas imaginando Maria nos dias de hoje, qual seria a sua atitude? Como Nossa Senhora iria se dirigir a Jesus? E lhe dizer: “Eles não têm mais educação”. Certamente seria uma expressão transbordante de amor maternal de quem quer o melhor para seus filhos, de quem ama o direito, a justiça e a igualdade. Nenhuma mãe verdadeira, acima de tudo as que buscam a santidade, alimenta melhor um filho em detrimento de outro, ou paga estudos para um e deixa o outro sem apoio escolar, pelo contrário, alimenta-os com o mesmo carinho e cuidado e proporciona educação com a mesma atenção, sempre que possível, na mesma escola, sem distinção.
Imaginemos Maria observando nossa sociedade e dizendo: “Eles não têm mais educação!”, e talvez complementasse com profunda tristeza: “Eles não têm mais educação na fé, sem fé não amam a Deus, e sem o Amor, agem como se não fossem irmãos, prejudicando uns aos outros!”. Ou com pesar: “Eles não
Tema do ano: Capítulo IV
Eles não têm mais educação
têm mais educação! As escolas não ensinam da mesma forma, assim, muitos são os excluídos e poucas as oportunidades de transformação!”. E trocando olhares com Jesus, dirá a nós: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”.
Jesus olhando para nós dirá: “Enchei as talhas de água!”. O que entendemos como água a ser transformada em vinho novo quanto à educação? O que está a nosso alcance fazer para transformar uma educação decadente em educação positiva e transformadora? Cada um de nós tem um alcance diferente, toda “água” doada com amor e fé pode ser transformada em “vinho novo”, o mais importante é darmos toda a “água” que temos para Jesus transformar em “vinho novo” da educação. Posso doar parte de meu tempo? À catequese? Aulas de reforço escolar para estudantes carentes? Na alfabetização de adultos ou ensino profissionalizante? Posso contribuir financeiramente com instituições de ensino que atendam crianças carentes? Pagar escola para parentes ou filhos de amigos que enfrentem dificuldades financeiras? Fiscalizar o uso do dinheiro público destinado à educação? O que mais podemos fazer? Deus nos ilumine e inspire a agir como servos que fazem o que Jesus nos diz! Amém!