Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
São Paulo, abril de 2009 www.jornalentreposto.com.br
Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva * * * UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO * * * Ano 10- Nº 107- Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste
Evento acontece em maio na Ceagesp e reúne representantes de toda cadeia produtiva de hortícolas
Femetran eleva expectativa de negócios na Ceagesp
Para o pesquisador Daniel Gerard Eijsink, do grupo de estudos logísticos da Esalq/ USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo), o setor produtivo deve enxergar a logística como uma estratégia competitiva mais eficaz. “É preciso planejar e coordenar as ações gerenciais
de uma forma integrada, avaliando todo o processo, desde o fornecimento da matéria-prima, embalagem, armazenagem e transpor te adequado, até a cer teza de que o cliente teve suas necessidades e expectativas atendidas pelo produto ou ser viço entregue”, avalia. Com o objetivo de mostrar
Feira da Apas reúne atacadistas de alimentos in natura
as mais modernas tecnologias de transpor te, manutenção de veículos, refrigeração, embalagens e as demais formas contemporâneas de logística para a comercialização de frutas, legumes, flores e pescados, a Femetran apresenta à cadeia produtiva envolvida com o setor – transpor tadores, atacadistas, pro-
dutores e outros profissionais – todas as inovações necessárias ao correto escoamento da produção agrícola até a mesa do consumidor. Todos os dias, passam pelo entreposto paulistano da Ceagesp dez mil toneladas de alimentos, per fazendo uma movimentação de
Conheça as espécies de atuns vendidas no ETSP
R$ 12 milhões/dia. O evento também conta com o apoio de toda a cadeia produtiva que integra as principais centrais de abastecimento do Brasil, parceiros institucionais e expositores. Na edição de 2008 par ticiparam as maiores empresas dos setores que envol-
Ceagesp discute exportações do agronegócio Evento realizado no entreposto da capital paulista integrou as comemorações dos 40 anos da companhia. Pág. C1
Governo cearense construirá nova Ceasa Promovida de 18 a 21 de maio na capital paulista, evento da associação estadual dos supermercados aproximará supermercadistas e fornecedores de frutas, legumes e verduras. Pág. A2
Saiba mais sobre o peixe que dá formato aos submarinos. Pág. B1
Produtores do Nordeste aumentarão volume negociado de frutas, verduras, legumes e flores na região. Pág. C2
Idealizada em 2002 para atender à premente necessidade de modernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran enfocará, na sua 8ª edição, as múltiplas e potenciais oportunidades que o segmento oferece. Segundo estimativas dos órgãos oficiais, 30% de tudo que é produzido no Brasil é perdido desde a produção até o consumidor, o que dá um número aproximado de US$ 5 bilhões anuais, ou seja, duas vezes e meia o que o Chile exporta em um ano. Além de reunir todos os agentes dessa imensa cadeia produtiva, outra função do evento é contribuir para a melhor organização e estruturação do setor, bem como promover novos negócios e parcerias. A Femetran 2009 será promovida mais uma vez no entreposto paulistano da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), entre os dias 12 e 15 de maio. A estatal, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, constitui o maior centro atacadista de distribuição de alimentos da América Latina, o que leva a Feira dos Meios de Transpor te, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas ao encontro direto do segmento responsável por um mercado nacional que injeta mais de US$ 17 bilhões no PIB (Produto Interno Bruto) do país.
vem a cadeia de distribuição e logística de hor tifrutícolas. Nomes como Iveco, Ford, Scania, Volkswagen, Volvo, Mercedes Benz, Continental Pneus, MWM International, Goodyear, entre outras estiveram presentes na Femetran do ano passado.
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Projeto FLV tem 95% de adesĂŁo dos permissionĂĄrios Martinho, da APAS; objetivo do encontro ĂŠ aproximar atacadistas e varejistas
A semanas do inĂcio do evento, espaço inĂŠdito dedicado aos produtores de frutas, legumes e verduras estĂĄ quase todo preenchido
ATACADO Produto
Dias da semana
Legumes Frutas
Seg. a SĂĄb. Seg. a SĂĄb.
Local
Dias da semana
Verduras
MLP- Mercado Livre do Produtor
Dias da semana
Pescados
Terça a Såb.
Dias da semana
Diversos*
HorĂĄrio 9h Ă s 20h
Seg. a Såb. AM – ArmazÊm dos Produtores BP – Boxes dos Produtores
Produto
Dias da semana
Flores
Seg. e Quinta
Local
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores)
Feira de Flores
Local
HorĂĄrio
Praça (Peixe, sardinha e congelados)
Produto
Local
HorĂĄrio
Seg. a SĂĄb.
Produto
Local
14h Ă s 21h 8h Ă s 18h
AP – ArmazĂŠm dos Produtores HF – HortifrutĂcolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais
Produto
Local
HorĂĄrio
Terça e Sexta
HorĂĄrio 10h Ă s 18h
06h Ă s 11h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana.
VAREJO Tipo
Dias da Semana SĂĄb. e Dom
VarejĂŁo
VarejĂŁo Noturno
Quar ta-feira
17h Ă s 22h
PBCF Pavilhão (batata, cebola e flores) – Portão 7
Feira de Flores Local
7h Ă s 13h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
Local
Local
HorĂĄrio
Terça e Sexta
06h Ă s 11h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
EXPEDIENTE
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Diretora Geral - Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial - JosĂŠ Felipe Gorinelli Jornalista Resp. - Maria Ă‚ngela Ramos - MTb 19.848 Edição - Paulo Fernando Costa / ValĂŠria Camargo / LetĂcia D.Benetti Editoração EletrĂ´nica / Artes - LetĂcia D.Benetti Projeto GrĂĄfico - Paulo Cesar Rodrigues Web Master - Daniel Ramos Silveira Colaboradores: Neno Silveira, FlĂĄvio Godas, OtĂĄvio Gutierrez, Anita Gutierrez e ManelĂŁo Periodicidade: Mensal – Distribuição Gratuita Redação: Avenida Dr. GastĂŁo Vidigal, 1946 EdifĂcio Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:
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De 18 a 21 de maio, o Expo Center Norte recebe a maior feira supermercadista da AmĂŠrica Latina, o 25° Congresso de GestĂŁo e Feira Internacional de NegĂłcios em Supermercados – APAS 2009. Neste ano, os organizadores do evento destinam, pela primeira vez, cerca de 1.000 m² para o setor de hortifruti. O Projeto FLV – nome dado ao espaço – reunirĂĄ um grande nĂşmero de produtores de frutas, legumes e verduras, com o intuito de aumentar a exposição desse grupo aos varejistas, que comercializam seus produtos. AtĂŠ o momento, 15 empresas confirmaram presença no espaço, o que corresponde a 95% de ocupação da ĂĄrea total do projeto. “A receptividade foi elevada e sabemos que o potencial ĂŠ ainda maior para os prĂłximos anos. Temos como objetivo manter e ampliar a participação do setor FLV na feira e no congresso APASâ€?, diz o Martinho Paiva Moreira, vice-presidente de Comunicação da Apas (Associação Paulista de Supermercados). A expectativa dos permissionĂĄrios com o Projeto FLV ĂŠ alta. Isso porque a entidade viabiliza o contato do setor com os supermercadistas e, em uma oportunidade como a feira Apas, que tem grande dimensĂŁo e repercussĂŁo, essa relação mais estreita pode gerar muitos negĂłcios. Os permissionĂĄrios fecham acordos de abastecimento com os comerciantes, que por sua vez ganham em oferta de variedade e qualidade dos produtos para seus clientes. Miguel Pereira Lopes, gerente de Operação da Dois Cunhados, empresa que classifica frutas e legumes, conta que procura participar da feira Apas porque o evento abre um leque de possibilidades para o setor de hortifruti. â€œĂ‰ uma oportunidade Ăşnica para estabelecermos contato com o maior nĂşmero possĂvel de comerciantes. Quanto mais participamos dessas feiras, mais aparecemos. Minha expectativa ĂŠ continuar a conquistar espaço no mercado e mostrar cada vez mais o nosso trabalhoâ€?, salienta. Para outros expositores, como Eduardo Benassi, diretor geral da Benassi Frutas, o projeto estimularĂĄ a concorrĂŞncia. “A ideia ĂŠ nova e tem tudo para dar certo. É mais uma forma de mostrarmos nossos produtos, meus e dos concorrentes, que estarĂŁo lado a lado. Esse espaço ĂŠ Ăłtimo para o cliente.â€? Para Benassi, a feira ĂŠ uma chance para os permissionĂĄrios se encontrarem com seus clientes, alguns dos quais ainda nĂŁo conhecem, e estabelecer novas parcerias. “Iniciamos relacionamentos e os negĂłcios sĂŁo fechados depois da feira.â€? JosĂŠ Roberto Prado, diretor comercial da produtora de melĂľes Itaueira, acredita que o espaço dedicado ao hortifruti
no evento ĂŠ um incentivo ao setor. “A feira atrai varejistas e isso significa que sĂŁo abertas possibilidades para novos negĂłciosâ€?, ressalta. A Apas 2009 traz o tema “Pessoas para pessoas – Novas competĂŞncias para ser vir o consumidorâ€?. JoĂŁo Sanzovo Neto, presidente da associação, afirma que o intuito da entidade ĂŠ aler tar os supermercadistas sobre a valorização do capital humano que, segundo ele, ĂŠ o grande diferencial no atendimento e na prestação de ser viços ao consumidor. A principal inovação desta edição ĂŠ a inscrição a custo zero para associados da Apas e de outras entidades estaduais de supermercados, desde que seja feita atĂŠ 8 de maio. “Ao invĂŠs de falar em crise, a Apas oferece oportunidades, tanto que decidiu promover custo zero para as empresas supermercadistas associadas que confirmarem a presença antecipada de seus gestores na feira, contemplando todos os nĂveis, da direção Ă supervisĂŁo de lojaâ€?, ressalta Sanzovo. “Abrimos mĂŁo dessa receita e, ao mesmo tempo, estamos investindo no setor.â€? Com 32 mil metros quadrados de ĂĄrea de estandes e uma nova estrutura de auditĂłrios, a Apas deve reunir 400 empresas fornecedoras de produtos, equipamentos e ser viços para supermercados. O evento deverĂĄ gerar negĂłcios da ordem de R$ 4 bilhĂľes e a entidade espera receber 70 mil empresĂĄrios, diretores e executivos de supermercados – volume 10% maior do que o registrado na edição anterior. Simultaneamente Ă feira, haverĂĄ a Rodada de NegĂłcios, em parceria com o Sebrae-SP, com reuniĂľes agendadas entre supermercadistas nacionais e fornecedores de todo o Brasil para a promoção de produtos e serviços das empresas participantes. Outras novidades sĂŁo os espaços dedicados a projetos especiais:
objetivo desenvolver o cross merchandising por meio da gestĂŁo de categorias;
Lounge Popai Com o apoio do Popai Brasil, entidade que estuda a exposição no ponto de venda, serão reveladas soluçþes inovadoras de merchandising e materiais de PDV, displays, inflåveis etc;
Apex O projeto Apex/Apas mostrarå o modelo trabalhado no exterior pela Agência de Promoção de Exportaçþes do Brasil para ampliar o mercado externo às empresas brasileiras, assim como a solução Flavours Brazilian, levada para Dubai, nos Emirados à rabes, em fevereiro. TambÊm participam do evento atacadistas e supermercadistas da AmÊrica do Sul, Europa, à sia e à frica;
Cozinha Mediterrânea Marcas PrĂłprias Com o apoio da Associação Brasileira de Marcas PrĂłprias e o subsĂdio da Apas, serĂŁo apresentadas empresas que desenvolvem e viabilizam produtos de marca prĂłpria para supermercados ou redes;
Empreendedor Com o objetivo de viabilizar a participação de micro e pequenas empresas na feira, a entidade subsidiarå sua inclusão no setor;
Inovação no Canal Varejo Alimentar Em parceria com a Philips do Brasil, a iniciativa terå como
Elaborado pela Câmara Italiana, serå um Espaço Gourmet com conceito de arquitetura italiana, foco na cozinha do Mediterrâneo e participação especial de grandes chefs, com a finalidade de atender empresårios do setor de restaurantes, proprietårios de empresas italianas ou de origem italiana sediadas no Brasil, e formadores de opinião.
Congresso de Gestão em Supermercados Com o objetivo de fornecer um painel de informaçþes, pesquisas e conteúdos de interesse do setor, bem como contribuir para a gestão, estra-
tĂŠgia e operação dos supermercados, mais de 70 palestras com especialistas, pesquisadores, executivos e CEOs de grandes empresas do setor no Brasil e no exterior serĂŁo realizadas durante trĂŞs dias de congresso. As palestras estĂŁo divididas em trĂŞs blocos: Motivacionais, Fundamentais e Estruturais. Neste, destacam-se: Ranjay Gulati, professor de Administração de Empresas da Harvard Business School; Susan Dumond, vicepresidente de RH da DisneyABC Television Group; Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo PĂŁo de Açúcar; Luiza Helena Trajano, presidente da rede varejista Magazine Luiza; o mĂŠdico e escritor Augusto Cur y; e o headhunter e escritor Alfredo Assumpção. Durante as tardes, em auditĂłrio especĂfico para este fim, ocorrerĂĄ a Arena do Conhecimento, com ĂŞnfase nas prĂĄticas cotidianas dos profissionais que lidam diretamente com o pĂşblico. A programação do congresso inclui ainda as visitas tĂŠcnicas, que levarĂŁo grupos de atĂŠ 20 supermercadistas de outras regiĂľes para lojas da cidade de SĂŁo Paulo consideradas modelos de excelĂŞncia em gestĂŁo do varejo, com acesso aos gerentes e executivos das empresas visitadas.
:: Serviço: Apas 2009 Local: Expo Center Norte End: Rua JosĂŠ Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – SĂŁo Paulo Data: 18 a 21 de maio HorĂĄrio: Feira – das 14h Ă s 22h (exceto dia 18, com inĂcio Ă s 16h) Inscriçþes: www.portalapas.org.br
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Mercedes-Benz é a marca do ano em veículos comerciais no Prêmio Lotus 2009
Empresa que expõe na Femetran 2009 venceu 10 das 24 categorias do Prêmio Lótus 2009, um dos principais reconhecimentos de produtos e marcas do setor
A Mercedes-Benz conquistou pela segunda vez consecutiva o troféu de “Marca do Ano em Veículos Comerciais” no Prêmio Lótus 2009, uma das principais iniciativas de reconhecimento de produtos e marcas do setor, que se baseia no desempenho de vendas de 2008.
No resultado anunciado dia 7 de abril, a multinacional venceu 10 das 24 categorias, chegando a 107 prêmios nos 16 anos do evento. “A conquista do Prêmio Lótus é um reconhecimento aos esforços da Empresa em estar cada vez mais próxima
dos nossos clientes, buscando atender a todas as suas demandas com uma ampla oferta de produtos, serviços e assistência, por meio da maior Rede de Concessionários do País”, diz Gilson Mansur, diretor de Vendas de Veículos Comer ciais da Mercedes-Benz do Brasil.
Vendas de veículos registram o melhor março da história
Comércio de automóveis, comerciais leves, motos e caminhões cresceu mais de 30%
Os resultados das vendas no varejo do setor automotivo foram positivos no terceiro mês do ano, segundo dados divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição Automotiva). Em março, foram comercializados 418.435 veículos, contra 312.148 em fevereiro, uma alta de 34,05%. “Foi altamente positiva a resposta da economia à redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. Ajudou a economia a reagir”, afirmou Sergio Reze, presidente da entidade. Em relação a março de 2008, quando foram negociadas 391.873 unidades, o crescimento foi de 6,78%. No entanto, comparando o acumulado dos primeiros três primeiros meses de 2009 com o do ano passado, o setor apresentou queda de 4,43%.
Automóveis e comerciais leves As vendas de automóveis no varejo aumentaram 36,38%, saltando de 191.343 unidades para 260.959 unidades. “O mês de março foi turbinado pela
Motoristas de São Paulo treinam em simulador de caminhão Volkswagen Expositora da Femetran 2009, multinacional aposta no treinamento dos profissionais que operam guindastes e dirigem veículos pesados
O Instituto Brasil-Canadá de Treinamento de Operadores de Guindaste e Transporte (IBC) criou uma impor tante ferramenta para auxiliar no treinamento de motoristas: um simulador de caminhões que utiliza uma cabine VW Worker, cedida pela Volkswagen Caminhões e Ônibus. Instalado no baú de um caminhão VW Delivery 5.140, o simulador permite a prática de como dirigir corretamente com prudência e habilidade, não excedendo os limites da pista ou do veículo.
Além de “Marca do Ano em Veículos Comerciais”, outro destaque da empresa na premiação foi o troféu de “Chassi do Ano”, conferido ao OF 1722 para ônibus pela 4ª vez seguida. Mercedes-Benz venceu esta categoria em sete anos consecutivos.
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Nas categorias de produtos, a montadora recebeu quatro prêmios: “Caminhão Semileve do Ano”, “Caminhão Médio do Ano”, “Chassi Urbano do Ano” e “Chassi Rodoviário do Ano”. Além disso, assegurou mais quatro prêmios nas categorias de marcas do ano, sendo eleita em “Caminhões Semileves”, “Caminhões Pesados”, “Chassis Urbanos” e “Chassis Rodoviários”.
expectativa dos consumidores em relação ao fim da redução da alíquota do IPI e pelas promoções. Mas este volume não é factível de acontecer o ano todo. Não é a realidade que estamos prevendo para 2009”, disse Reze. O segmento também registrou crescimento no mês de março e no primeiro trimestre do ano. Comparando março de 2009 com o mesmo mês do ano anterior, quando foram comercializadas 220.884 unidades, o acréscimo foi de 18,14%. No primeiro trimestre deste ano foram emplacadas 642.031 unidades, contra 617.332 unidades, numa alta de 4%.
Caminhões No varejo foram vendidos, em março, 8.643 caminhões, contra 6.472 em fevereiro, gerando um crescimento de 33,54%. “A alta foi motivada pela safra que está sendo colhida. Isto ajudou o setor”, comentou Reze. No entanto, na comparação do acumulado de 2009 com o do ano passado, o resultado foi 16,62% menor. Os emplacamentos no segmento caíram de 25.790 unidades para 21.504. Expectativa A expectativa da Fenabrave é que o setor tenha um semestre equilibrado. O volume de automóveis e comerciais leves devem se estabilizar em 200 a 210 mil unidades mensais, o que deve contabilizar 2,6 a 2,7 milhões de unidades no final de 2009. Segundo Reze, este volume é inferior aos números alcançados até setembro de 2008, mas atende às necessidades do setor. Já o setor de caminhões depende de frete. “O segmento de caminhões depende de como a economia vai reagir nos próximos meses”, disse o presidente da entidade.
A cabine Volkswagen foi adaptada para uso no simulador, que está sendo usado inicialmente para treinamento de operadores de guindastes. “Os operadores de guindaste são os mesmos profissionais que dirigem os caminhões até as obras. Percebemos uma deficiência no seu preparo, e por isso tivemos a idéia de montar o simulador”, explica Vânia Rocha Arienzo, diretora do IBC. Segundo ela, ao dirigir o simulador, o motorista tem a realidade da cabine à sua disposição, pois todos os instru-
mentos são funcionais graças à ajuda de um programa de computador. “Além da interatividade entre software e cabine, o motorista é treinado sob diversas condições climáticas, e diferentes situações de risco. Algumas delas podem ser adicionadas a qualquer momento pelo instrutor”, diz. De acordo com a diretora, o simulador será usado pelo instituto e por empresas que o alugarem para treinamento de seus funcionários. Não há fins lucrativos: os recursos arrecadados com as locações
serão usados em novos treinamentos do IBC. Para Sergio Beraldo, gerente de Desenvolvimento da Rede da Volkswagen Caminhões e Ônibus, a parceria com o instituto demonstra a preocupação da empresa em relação ao treinamento desses profissionais. “Temos intensificado nossas ações de treinamento, por meio de uma série de eventos voltados à nossa rede de concessionários e aos clientes da marca. Essa ação com o Instituto Brasil-Canadá é mais uma amostra do foco que damos na
capacitação dos motoristas e operadores dos nossos clientes, pois sabemos da importância de uma operação correta na busca de melhor eficiência dos produtos”, afirma. Sediado em Carapucuíba (SP), o Instituto Brasil-Canadá de Treinamento de Operadores de Guindaste e Transpor te – IBC, foi criado em 2004 para desenvolver cursos para a formação e treinamento desses profissionais. O projeto visa atender a carência no mercado de pessoas com a formação teórica e prática para operar as deze-
nas de novos equipamentos que ingressam no País. Vânia Arienzo alerta o setor para a importância desses treinamentos, já que a inabilidade dos operadores desses equipamentos impor tados, que geralmente são bastante sofisticados, pode elevar em muito o risco de acidentes. “A falta de experiência pode trazer enormes prejuízos materiais e humanos”, diz.
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INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Santa Feira do Peixe impulsiona comércio de pescados na Ceagesp Durante os três dias do evento, os comerciantes venderam mais de 60 toneladas de peixes frescos e bacalhau, legumes, verduras e temperos; novidade ficou por conta da barraca de comida japonesa A 4ª Santa Feira do Peixe, realizada nos dias 7, 8 e 9 de abril, fez parte das comemorações dos 40 anos da Ceagesp, que incentiva o consumo de pescado durante todo o ano, nos varejões de quarta, sábado e domingo e de segunda a sábado na Peixaria Millenium. Na semana que antecede a Páscoa, o Pátio do Pescado ficou tomado por milhares de consumidores ávidos por ofertas e produtos especiais. En-
tre os destaques, foram o bacalhau do Porto a R$38, 90/ kg e Saithe a R$21/kg, sardinha ou cavalinha a R$ 2,80/ kg, pacu a R$ 6,50/kg, além de tilápia a R$6/kg e camarão ferro a R$ 12,00/kg. Também foram vendidos legumes, ervas frescas e temperos em geral. A novidade da edição deste ano foi a comercialização de pratos da culinária japonesa, como sushi, sashimi, yakisoba, entre outros, em barraca própria.
Cresce interesse pelos aspectos nutricionais do pescado Desenvolvimento da ciência da nutrição ajudou a constatar e a divulgar o importante valor nutritivo desses alimentos O interesse pelo pescado como alimento aumentou após a expansão da ciência da nutrição, constatando-se o seu importante valor nutritivo, principalmente pelos altos teores de vitaminas A e D, cálcio e fósforo, baixa quantidade e considerável qualidade dos lipídios, bem como pela presença de proteínas de elevado valor biológico. É o que aponta a pesquisadora e diretora da Unidade Laboratorial de Referência em Tecnologia do Pescado do Instituto de Pesca, Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva. Cristiane explica que a composição do pescado varia entre 60 e 85% de umidade, aproximadamente 20% de proteína bruta, 1 a 2% de cinzas e 0,6 a 36% de lipídios. Em relação aos aminoácidos essenciais, a composição do pescado é completa, balanceada e bastante semelhante entre as espécies de água doce e do mar. “A carne de pescado apresenta boa digestibilidade por conter menos tecido conjuntivo (3%) em comparação com a de mamíferos (17%). Apre-
senta ainda, em média, 5% de gordura (cerca de 1/3 da apresentada por mamíferos), 26% de proteína, todos os aminoácidos (1 a 5 mg de aminoácidos livres/grama de proteína), elevados teores de vitaminas do complexo B e menos do que 1,5% de matéria mineral, embora seja excelente fonte de cálcio e fósforo”, complementa. A pesquisadora alerta, ainda, que o pescado tem elevado teor de lisina, “sendo, por isso, necessário na dieta brasileira, constituída basicamente de arroz”. A digestibilidade é alta, acima de 95% conforme a espécie, e maior que a das carnes em geral e do leite. O teor de lipídios varia em função da espécie, tipo de músculo, sexo, idade, época do ano, habitat e dieta. Eles são importantes como fonte de energia, como constituintes de membranas celulares, nutrientes essenciais, substâncias controladoras do metabolismo, substâncias isolantes de temperatura e protetores contra danos mecânicos externos. Podem estar associ-
ados, positiva ou negativamente, a diversas propriedades como sabor, cor, características emulsificantes e conteúdo calórico. E o diferencial nos pescados é a presença de ácidos graxos poli-insaturados, correlacionados à baixa incidência de doenças cardiovasculares nos esquimós e japoneses, povos com elevado consumo. “A partir da década de 50, pesquisas começaram a demonstrar a influência dos ácidos graxos insaturados na redução das taxas séricas do colesterol, enquanto outras demonstraram que esses ácidos também reduziram o risco de doenças como artrite e câncer. Apesar de necessários para inúmeras reações bioquímicas, o ser humano precisa ingerir ácidos graxos essenciais, pois eles não são produzidos pelo organismo”. Os ácidos graxos têm uma série de funções no organismo humano, como atuar na construção de células, desenvolvimento do cérebro e da retina, e a ausência causa uma série de anomalias fisio-
lógicas e bioquímicas, prejudicando o crescimento e a fertilidade, por exemplo. Além de peixes, vários outros alimentos disponibilizam esses ácidos graxos, conforme Cristiane, como o óleo de linhaça, nozes, sementes de abóbora, sementes de gergelim, abacate, óleo de canola não-refinado e extraído a frio, mostarda e alguns vegetais de cor verde escuro, mas os animais marinhos, especialmente peixes como salmão, cavala, sardinha, anchova e atum, são “campeões”. Cristiane dá uma informação preocupante: pesquisas de caracterização da alimentação complementar para o primeiro ano de vida da criança relataram que o peixe foi um dos alimentos mais rejeitado, sendo que 85,4% das mães entrevistadas admitiram não ter interesse na inclusão de peixe na dieta infantil. Embora não haja consenso na literatura sobre o melhor período da vida para a introdução do peixe na dieta, segundo ela, é desejável que ocorra gradualmente a partir do sexto mês de vida.
MWM INTERNATIONAL participa da FEMETRAN 2009 Companhia irá expor motores para veículos comerciais leves e médios com foco na entrega urbana e na média distância A MWM International Motores, líder no desenvolvimento de tecnologia diesel no Mercosul, estará presente na edição 2009 da Femetran com os motores das séries Sprint e Acteon. A feira acontece entre os dias 12 e 15 de maio na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). Para Roberto Alves dos Santos, gerente de marketing da MWM International, par ticipar da maior feira de logística e distribuição de produtos hortigranjeiros do Brasil é uma grande oportunidade para a companhia se aproximar do consumidor final e ter um feedback sobre seus motores. “A Femetran proporciona uma interação maior com o consumidor dos veículos equipados com nossos propulsores e é uma forma de ouvir o que este público pensa sobre a empresa e nossos produtos”, afirma o gerente. Entre os motores que estarão expostos está o propulsor motor eletrônico Sprint 4.08 TCE, de 3.0 litros, que equipa ônibus e caminhões leves da Volkswagen com destaque para o Delivery 8-150, o caminhão leve campeão de vendas em 2008. Segundo a empresa, o modelo apresenta excelente desempenho nas diversas faixas de rotação e potência de até 143 cv e proporciona ao veículo agilidade e baixo custo operacional, características que fazem dele um sucesso no uso urbano. O visitante também poderá conhecer o modelo Acteon 4.12 TCE de 4 cilindros e potência de 150 a 206 cv, que conta com o sistema eletrônico de injeção de combustível common rail e cabeçotes individuais “uniflow”. A família Acteon, que conta com versões de 4 e 6 cilindros e potencia de até 310 cv, equipa no Brasil diversos modelos de caminhões e ônibus de grandes empresas como Volkswagen, Volvo e Agrale.
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CQH- CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP
O abacaxi do Tocantins e a fusariose Sinais e Sintomas
Por Júlia Crook * O abacaxi é um fruto tropical com grande demanda no mercado de frutas. No Brasil, o abacaxizeiro é cultivado praticamente em todos os Estados, e a maior parte da produção é destinada ao mercado de frutas frescas. Segundo o IBGE, o Tocantins é o sétimo maior Estado produtor de abacaxi Pérola do país. A Ceagesp recebe 24 % da produção total de abacaxi do Tocantins e 27% do abacaxi Pérola comercializado na Ceagesp de São Paulo são originários do Tocantins. A cultura é atacada por uma grande variedade de doenças causadas por fungos, bactérias e vírus, além de anomalias de causas não parasitária. Embora existam poucas informações sobre o efeito de alguns agentes patogênicos sobre o rendimento da cultura, considera-se que a fusariose é a doença mais destrutiva do abacaxizeiro, uma vez que, em condições favoráveis de desenvolvimento, pode causar perdas elevadas na produção. A fusariose é causada pelo fungo Fusarium subglutinans e ocorre em praticamente todas as regiões produtoras, atingindo as duas cultivares mais plantadas (Pérola e Smooth Cayenne), ambas constituídas de base genética estreita, dificultando os programas de melhoramento genético. A doença foi relatada pela primeira vez no estado de São Paulo em frutos da cultivar Smooth Cayenne (Havaí), e já se encontra disseminada por todo o país e em alguns países da América Lati-
Os sintomas mais evidentes da doença são a exsudação de goma em frutos, com tendência para o amarelecimento precoce. Com a evolução da doença, as par tes lesionadas internas dos frutos perdem a rigidez, encolhemse, e os frutos tornam-se deformados. Frutos em estágios mais avançados de desenvolvimen-
Controle na. Em Tocantins a situação é dramática e exige medidas urgentes, pois a alta incidência de fusariose fez a área de abacaxi cair de três mil hectares em 2007 para mil hectares no ano passado. O patógeno é capaz de infectar todas as partes da planta. A penetração do fungo ocorre através de ferimentos, resultantes de rachaduras e fendilhamentos do processo normal de crescimento da planta, sendo as inflorescências o principal sítio de infecção. O período crítico para infecção é logo após a indução floral, quando os conídios, transportados pelo vento, respingos de chuva e insetos, são depositados na roseta foliar, podendo infectar a inflorescência já na sua fase inicial. Os danos causados pela broca dos frutos contribuem para a penetração do fungo. A ocorrência de umidade relativa do ar acima de 90%, associada a chuvas e temperatu-
ras entre 15ºC e 25ºC, agravam acentuadamente a disseminação e o sintoma da doença. Estas condições favoráveis de umidade são muito comuns nas regiões produtoras de abacaxi, sendo ainda facilitadas pela arquitetura da planta que canaliza as gotas de orvalho e toda a precipitação para as axilas das folhas e para o ponto de crescimento da inflorescência. Ao contrário do que ocorre com outras fusarioses o fungo Fusarium suglutinans não sobrevive no solo por longos períodos. As mudas infectadas e enterradas perdem a capacidade de ser vir com fonte de inóculo após 30 dias da operação. A alta incidência de fusariose nas regiões produtoras de abacaxi está acarretando uma progressiva diminuição na área de plantio e o abandono da atividade pelos produtores rurais, sendo necessária a adoção urgente de medidas de prevenção e controle da doença.
A prevenção e controle da fusariose na cultura do abacaxi exigem a combinação de técnicas de prevenção e controle, que diminuam o inóculo e impeçam a contaminação de plantas sadias. Alguns procedimentos podem ser adotados: - Produções de mudas em viveiros mediante seccionamento do caule, seguido do seu tratamento com fungicida e enviveiramento (tempo de produção – 45 a 50 dias); - Técnicas de micropropagação in vitro, uma alternativa viável para a produção massal de material propagativo, podendo ser utilizada não só na produção de mudas sadias dos cultivares comerciais suscetíveis, mas também na multiplicação rápida de variedades resistentes à fusariose. 2.Diminuição de inóculo - Eliminação dos restos cul-
to e maturação, quando doentes, apresentam as áreas externas com coloração parda marrom. A infecção em mudas geralmente ocorre quando estas ainda se encontram aderidas à planta-mãe, com frutos doentes. Na parte basal da muda, observa-se uma lesão necrótica, podendo haver ou não exsudação de goma. Nos estágios iniciais, os sintomas são quase imperceptíveis, levando
os agricultores menos avisados, a utilizar em seus plantios material propagativo já doente. As plantas originadas de mudas infectadas, ou que foram infectadas após o plantio, podem apresentar sintomas de encurtamento do talo, morte do ápice, enfezamento, alteração da filotaxia, clorose de folhas e morte da planta. Normalmente exalam odor de bagaço de cana em fermentação, característico dos sinais da doença.
turais, garantindo a redução do inóculo; -Erradicação de todas as plantas com sintomas da doença para evitar a disseminação do fungo, sendo substituídas por mudas sadias; - Escolha de áreas de plantio sem histórico da doença; -Enquanto não houver mudas de viveiro, todo cuidado é pouco, na escolha do local para retirada das mudas e na escolha das mudas para plantio.
tas/ponto (glebas com mais de 5 ha) para a determinação da hora de controle químico durante o desenvolvimento vegetativo , que deve ser adotado com 1% de plantas infectadas no talhão.
3. Prevenção e controle da infecção - Garantir o desenvolvimento uniforme das plantas, através da utilização de mudas robustas e de tamanho homogêneo - Realização da indução floral em períodos que permitam o desenvolvimento da inflorescência em condições ambientais desfavoráveis à ocorrência da doença; - Monitoramento com inspeções periódicas a plantação, analisando 10 pontos de 50 plantas/ponto (glebas de 5 ha) e 20 pontos de 50 plan-
- Controle químico da fusariose na inflorescência, período de maior suscetibilidade á infecção. - Controle da broca-do-fruto, que pode acelerar a fusariose; - Proteção mecânica das inflorescências com sacos de polietileno e sacos de papel pergaminho, evitando que os conídios (estruturas de propagação da fusariose) sejam disseminados para as inflorescências durante o período de maior susceptibilidade. 4.Controle Genético: - Utilização de variedades resistentes à Fusariose como Imperial e Vitória;
*estagiária do CQH
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Qualidade CQH- CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP
Atuns to fusiforme, corpo alongado e ral acima da temperatura do boca grande, duas barbatanas ambiente onde nadam. Por Cinthya Ugliara* dorsais bem separadas e ajusO volume de atum comercitáveis a um sulco. O corpo é alizado na Ceagesp passou de O atum do gênero Thunnus coberto por minúsculas escacerca de 600 toneladas em é um dos grupos de espécies mas. (A construção do subma2002 para pouco mais de mil de peixes mais importantes do rino imita o formato do atum.) toneladas em 2007, um cresponto de vista pesqueiro. Eles formam cardumes com cimento de 88%. O valor comerO atum pertence ao reino peixes da mesma idade, são cializado em 2007 foi superior Animalia, filo Chordata, classe predadores ativos e excelentes a R$ 11,5 milhões. Actinopterygii, ordem PerciforO atum responde por 1,9% mes, família Scombridae e gê- nadadores, podendo atingir até 70 quilômetros por hora. do volume total de peixe comernero Thunnus. Os atuns estão Os atuns são peixes endocializado na Ceagesp, ocupandistribuídos em todos os oceatérmicos e por isso conseguem do o 11º lugar numa lista de nos das regiões tropicais e subelevar sua temperatura corpo57 espécies. tropicais. Eles possuem forma123456789012345678901234567890121234567890123456789012
123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 As espécies de atum mais comumente 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 encontradas na Ceagesp são: 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012 123456789012345678901234567890121234567890123456789012
Thunnus obesus Conhecido como bati ou bigeye, possui proporcionalmente olhos maiores em relação ao tamanho do corpo que os outros atuns;
Thunnus Conhecido como albacora ou voador, possui nadadeiras peitorais mais alongadas e que chegam a ultrapassar a segunda nadadeira dorsal;
Thunnus albacares Conhecido como yellow fin ou kihada (quando adulto) ou kimeji (quando jovem) possui a segunda barbatana dorsal e a barbatana anal amareladas, estas passam a ser muito alongadas quando o peixe se torna adulto. O yellow fin é o atum de grande porte mais comum na Ceagesp;
Thunnus thynnus Conhecido como honmaguro ou blue fin, é o atum verdadeiro e raramente chega à Ceagesp. Quando isso ocorre o honmaguro já tem destino certo, em geral restaurantes japoneses sofisticados, pois o seu valor é bastante elevado em comparação aos outros atuns. A sua barbatana peitoral é muito curta e o seu abdome usualmente é marcado com pintas a listras brancas.
A tabela abaixo fornece as principais características em relação a tamanho, peso e idade:
Voador
Tamanho máximo
250cm
Peso máximo Idade máxima
*Estagiária do CQH
Caderno Técnico
B
Pimentão contém alto índice de resíduos tóxicos, constata Anvisa O levantamento aponta ainda que 30% das amostras de morango, uva e cenoura também apresentaram resultados insatisfatórios
comercializados na Ceagesp
Biegey
B1 JORNAL ENTREPOSTO
Yellow fin
Blue fin
140cm
239cm
458cm
210kg
60,3kg
200kg
684kg
11 anos
9 anos
9 anos
15 anos
Agência Brasil A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou no último dia 15 os resultados do seu Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (Para). Foram analisados 1.773 amostras de 17 alimentos. O pimentão foi o que apresentou pior resultado, com 65% das amostras com índices insatisfatórios. A Anvisa considera o resultado insatisfatório quando o alimento apresenta índices de resíduos agrotóxicos acima dos permitidos, ou quando detecta que foram usados venenos proibidos para aquele tipo de cultura. Morango, uva e cenoura também apresentaram resultados insatisfatórios, acima de 30% das amostras. Já o arroz e o feijão tiveram bons resultados, com 4,41% e 2,92% das amostras insatisfatórias, respectivamente.
Manga, batata, banana, cebola e maçã estão entre os que apresentaram os menores índices de contaminação, sempre abaixo de 4%. O tomate também reduziu a quantidade de agrotóxicos encontrados nas amostras, de 44,72% em 2007, para 18,27% em 2008. Mesmo assim, ele ainda está acima da média geral de irregularidades encontradas nos alimentos, que foi de 15,29%. A Anvisa alertou ainda para o fato de que foi detectado uso de agrotóxicos proibidos em todas as amostras. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que ele próprio já cortou o consumo de alguns dos alimentos com maiores índices de contaminação e que a população deve dar preferência aos produtos da época, que necessitam de menos pesticidas na hora de serem produzidos. “Eu mesmo já cor tei [esses alimentos]. Agora, vai do critério
de cada um. E a dica e esta: use produtos da época”, disse. Temporão assinalou também que os resultados servem de aler ta tanto para a população quanto para os próprios produtores, para que eles sigam as regras da vigilância sanitária. O ministro lembrou que os dados são uma média, o que não significa que os alimentos terão estes índices de contaminação em todo o país. O Brasil é o país que mais consome produtos agroquímicos no mundo. Os agrotóxicos respondem por um mercado que movimentou, no ano passado, R$ 12,7 milhões. Os agrotóxicos também são responsáveis pela segunda maior causa de intoxicação da população no Brasil, perdendo apenas para as intoxicações por medicação. Esses produtos também podem causar problemas hormonais, reprodutivos e câncer.
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B2 CQH - CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP
CONCLUSÃO
Marca e rotulagem do caqui Pesquisa do CQH mostra que a marca do produto pode representar um diferencial competitivo, caso esteja bem estabelcida no mercado
Por Adriana Kunitake
O Programa de Valorização da Nota Fiscal do Produtor está trabalhando com caqui. Um dos trabalhos realizados foi o levantamento preliminar sobre a utilização de marca e de rótulo do produto nas embalagens de caqui no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp. O levantamento teve como objetivo a coleta de informações sobre a presença da marca e sobre a qualidade do rótulo nas embalagens do caqui das variedades Rama For te, Fuyu, Giombo e Taubaté. A pesquisa começou no início de março, foi feita em 88 lotes de caqui e teve a colaboração de 44 atacadistas da Ceagesp e utilizou, para a avaliação da rotulagem, as exigências legais já existentes. As cinco variedades mais comuns de caqui par ticiparam da avaliação geral: Fuyu, Rama Forte, Giombo, Kyoto e Taubaté. Avaliações mais detalhadas foram feitas para as variedades Fuyu e Rama Forte. Foram avaliadas a presença de marca (produtor ou atacadista) nas caixas de caqui e a visibilidade e da adequação dos dados presentes no rótulo
Marca A marca pode representar um diferencial competitivo no mercado, caso esteja bem estabelecida. Ela pode ter forte influência nas expectativas sensoriais dos consumidores, na escolha, compra e aprovação do produto. A presença da marca permite a formação da imagem e do conceito sobre o produto e o seu fabricante, relacionando a qualidade do produto à sua marca. A marca é um instrumento de propaganda acessível aos produtores, com estabilidade de ofer ta e qualidade na safra do produto. Os resultados da pesquisa mostram que: 1. A maioria (69%) das embalagens de papelão possui marca ou do atacadista (17%) ou do produtor (52%); 2. A grande maioria (71%) das embalagens com marca apresenta rótulos de boa visibilidade, o que mostra maior preocupação do produtor ou do atacadista com marca na melhor apresentação do seu produto no mercado. Rótulo O rótulo identifica o responsável pelo produto, a sua
origem, variedade e classificação. A adoção do rótulo é o primeiro passo para garantir a segurança alimentar, a rastreabilidade e a transparência nas relações comerciais. 1. 10% das caixas avaliadas não possuem rótulo, todas elas embalagens de madeira. Na variedade Rama Forte a ausência de rótulo foi de 12% e na variedade Fuyu de 4%; 2. Houve falha no preenchimento do rótulo em 84% das caixas avaliadas. As três principais falhas no preenchimento do rótulo foram: peso líquido e classificação. 3. Os rótulos de muitas caixas de papelão, apesar de possuírem os campos exigidos por lei, de preenchimento, não estavam preenchidos de forma adequada e visível: 43% das caixas avaliadas apresentam boa visibilidade, 31% média e 27% ruim.
5. Os produtos das caixas de papelão tendem a ser mais selecionado do que nas de madeira, com honrosas exceções. A caixa de madeira pode ser uma excelente alternativa,
se utilizada como embalagem descartável e madeira laminada. 6. O uso da caixa de papelão rotulada para outro produto mostra a falta de preocupação com a informação que a embalagem fornece.
Ocorrência de falhas de preenchimento da rotulagem de embalagens de caqui (%) Geral
Rama Forte
Fuyu
Nome do produto
32
33
23
Nome da variedade
41
46
17
Classificação
45
46
43
Peso líquido do produto
47
46
53
Nome do Produtor
22
29
7
Endereço do Produtor
23
29
7
Inscrição do Produtor
26
33
7
A rotulagem é o primeiro passo para a construção da marca. A marca é a representação visual do produto e do seu fornecedor e deve transmitir e garantir os benefícios do produto. A utilização da marca na embalagem predomina nas embalagens de papelão (69%). O rótulo é impresso em todas as caixas de papelão. A visibilidade do rótulo é boa e média em 72% das embalagens de papelão e em 36% das embalagens de madeira. Existem grandes falhas no preenchimento, sendo as maiores a ausência do peso líquido, da classificação e do nome da variedade.
4. As caixas de madeira, quando retornáveis, dificultam a troca do rótulo a cada viagem. A colocação do rótulo solto dentro da caixa foi obser vada em 12% das embalagens de madeira analisadas, o que impede a sua visibilidade.
Hortiescolha - Banana Programa auxilia na caracterização, escolha e controle de qualidade de frutas e hortaliças frescas de serviços de alimentação coletiva Fabiane Câmara Débora Regina Palos Fernanda dos Santos Assis Maria Aparecida Martins
A qualidade e o custo do fornecimento dos alimentos, fornecedores de energia e nutrientes para a manutenção vital, prevenção de doenças e a educação do futuro consumidor, usuário do serviço de alimentação escolar, depende da realização de uma boa compra. A compra de frutas e hortaliças pelos serviços de alimentação, em especial pela alimentação escolar, exige o estabelecimento do tipo de produto (classificação) de melhor custo-benefício. O programa Hortiescolha é uma ferramenta de auxílio na caracterização, escolha e controle de qualidade de frutas e hortaliças frescas aos serviços de alimentação coletiva. O trabalho começa pelo levantamento dos principais produtos e dos métodos de preparo mais comuns utilizados pelos serviços de alimentação, seguido da caracterização de cada classificação, da diferença de valor entre as classificações e do estudo do aproveitamento do produto. O resultado é apresentado num formato de ficha composta por descrição do produto; opções de escolha na solicitação de compra (variedades mais comuns, forma de apresentação, etc); indicativos de maturação; caracterização do produto pela cotação da Ceagesp; padrão mínimo de qualidade; orienta-
ção para a escolha da classificação de melhor custo-benefício. A banana é uma fruta muito apreciada pelo sabor, facilidade de consumo, baixo custo e também por ser fonte de energia, vitaminas e minerais. A fruta foi um dos produtos estudados pelo Hortiescolha por ser de grande consumo pelos ser viços de alimentação. Os grupos varietais juntam variedades de características semelhantes: Cavendish (Nanica, Nanicão, Grand Naine e Caipira); Ouro; Maçã (Maçã, Mysore, Thap Maeo e Figo) e Prata (Prata, Prata Anã, Pacovan, Branca e FHIA 01). Trata-se de uma fr uta climatérica - aquela que pode ser colhida com a casca verde e com o desenvolvimento completo, pois amadurecerá depois de colhida. O amadurecimento é caracterizado por uma série de transformações, principalmente na coloração da casca, firmeza, além da intensificação do sabor e aroma. A banana verde é constituída essencialmente por água e amido e à medida que vai amadurecendo, o amido transforma-se em açúcares mais simples, como a glicose, frutose e sacarose, que dão à banana o sabor doce - um dos mais importantes atributos de qualidade. A polpa da banana verde apresenta uma for te adstringência (determinada pela presença de compostos fenólicos solúveis, principalmente os taninos), porém à medida que o fruto amadurece, ocorre polimerização destes compostos, com consequente diminuição da adstrin-
gência. Um dos critérios mais utilizados na previsão do ponto de colheita é a determinação visual do desenvolvimento através da medida do diâmetro do fruto. O amadurecimento na planta não é uniforme devido à diferença de idade entre as pencas do mesmo cacho. A uniformização do amadurecimento exige sua climatização (técnica que proporciona um amadurecimento mais uniforme e acelerado, onde a temperatura, umidade do ar e concentração de gases são controlados, ocorrendo aplicações pré-determinadas de gás indutor do amadurecimento, como o etileno). A comercialização da banana exige a participação direta do produtor, do climatizador, do atacadista e do comprador (varejo ou serviço de alimentação). A Ceagesp cota as variedades de banana: Nanica, Prata (de São Paulo e Minas Gerais), Ouro e Maçã da classificação mais valorizada. A tabela abaixo descreve as características das bananas cotadas pela Ceagesp (bananas de melhor qualidade e com tamanho mais valorizado):
Além do tamanho, a aparência externa é um dos principais fatores que determinam o preço da banana. A aparência externa inadequada pode causar diminuição de preço em até 40%. A climatização mal feita também desvaloriza a banana, pois pode provocar o escurecimento da casca, amolecimento e podridão da polpa entre outros. As frutas com diâmetros muito menores e comprimentos muito maiores do que os usualmente cotados apresentam uma desvalorização em torno de 20%. Na solicitação de compra da banana, algumas exigências devem ser feitas para a garantia da qualidade mínima do produto. A presença de frutos que apresentem os defeitos como podridão ou lesões, amassados, fruto imaturo ou em estado de senescência avançado não deve ser tolerada. O estudo mostrou que existe grande diferença de valor por variedade. A variedade de banana mais valorizada é a ‘Maçã’, seguida pela ‘Ouro’, ‘Prata’ mineira , ‘Prata’ paulista e a menos valorizada é a ‘Nanica’. O valor da bana-
na Maçã é três vezes maior que o da Nanica. A banana ‘Prata’ mineira possui um valor maior que a banana ‘Prata’ paulista no processo de comercialização do mercado atacadista, principalmente devido a sua melhor aparência externa e melhor qualidade da casca. A banana ‘Nanica’ mostrou ser a escolha de melhor custo-benefício para o Serviço de Alimentação. A utilização da Banana ‘Nanica’, permite com os mesmos recursos um
acréscimo de quantidade de banana pronta para o consumo: 171% maior que a ‘Maçã’; 132% maior que a ‘Prata’ mineira; 76% maior que a ‘Prata’ paulista. No caso da dúvida na escolha entre a banana ‘Prata’ mineira ou paulista, verificou-se que a utilização ‘Prata’ paulista, permite acréscimo de 46% no volume pronto para consumo, quando comparada à banana ‘Prata’ mineira. O treinamento do programa Hortiescolha é um serviço oferecido gratuitamente pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp para o setor de refeições coletivas. Cinquenta e nove profissionais da área de alimentação das prefeituras de Suzano e Taboão da Serra, e das empresas de alimentação NMN e New Plus se beneficiaram com o treinamento realizado em março.
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MÉRITO FITOSSANITÁRIO
Prêmio incentiva boas práticas agrícolas Prêmio Mérito Fitossanitário destacará os projetos de empresas, revendas, cooperativas e centrais de recebimento
Ao longo de 2008, as indústrias que pesquisam e desenvolvem defensivos agrícolas no Brasil foram responsáveis por grandes ações voltadas à educação. Treinamento do homem do campo, uso correto e seguro de defensivos agrícolas e responsabilidade sócio-ambiental foram as linhas seguidas pelos projetos
das empresas associadas à Andef. No dia 25 de maio, as iniciativas serão apresentadas durante a cerimônia do XII Prêmio Mérito Fitossanitário. Instituída há 12 anos, a premiação tem a finalidade de prestigiar os envolvidos na difusão dos princípios das Boas Práticas Agrícolas; na ocasião, a plateia do Espor te Clube
Sírio, localizado na capital paulista, será composta por pesquisadores, empresários, docentes, representantes de entidades e outros profissionais do agronegócio. Além das empresas, os projetos realizados com o mesmo escopo por centrais de recebimento de embalagens de defensivos agrícolas, representadas pelo Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias); revendas de produtos, pela Andav (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários); e cooperativas, que têm como representante a Organização das Cooperativas Brasileiras, estão incluídos na programação, divididos pelas categorias Indústria, Central de Recebimento, Canal de Distribuição e Cooperativa. Sob coordenação da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, per tencente à Esalq/USP desde 2005, os trabalhos são avaliados pelas comissões julgadora e executiva do prêmio. Essas são compostas por profissionais do governo, instituições de pesquisa e universidades de grande reconhecimento pela sociedade. Na última edição do prêmio, foram investidos cerca de R$ 23 milhões em projetos que atingiram, segundo os organziadores, quase 30 milhões de pessoas, direta e indiretamente.
Pesquisador vai traçar perfil do agronegócio brasileiro para os próximos 15 anos O pesquisador da Embrapa Soja Décio Luiz Gazzoni assumiu, no último dia de 2 de fevereiro, a função de gerente de um projeto da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O projeto visa fazer análise estratégica do agronegócio brasileiro para os próximos 15 anos. A conclusão do projeto está prevista para dezembro de 2010. “É um grande desafio poder mapear o agronegócio brasileiro do futuro, traçando os panos de fundo doméstico e internacional, identificando os problemas e os pontos de alavancagem, as ameaças e as oportunidades, propondo medidas legais para sanar os gargalos e viabilizar os apoios”, avalia Gazzoni. Segundo ele, além da análise estratégica, o governo pretende estabelecer propostas concretas de políticas públicas. Pesquisador da Embrapa desde 1974, Gazzoni é engenheiro agrônomo com mestrado em entomologia. Atualmente é membro do International Scientific Panel on Renewable Energy, consultor internacional do Banco Interamericano de Desenvolvimento e coordenador da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel.
O permissionário Marcelo, da Kitakawa Comércio de Flores, recebe da concessionária Guarumoto sua Honda CRF, contemplada através do Consórcio Nacional Honda . A Honda e o Consórcio Nacionall Honda entregam mensalmente diversas motos para os permissionáros da Ceagesp.
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O Prohort e a informação de mercado: o caso da uva Programa visa integrar informações de bancos de dados dos mercados atacadistas Por Anita de Souza Dias Gutierrez
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Portaria n ° 171 de 24 de março de 2005, instituiu o Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro), no âmbito da Conab, tendo como objetivos estimular e coordenar a captação de dados relativos ao processo de comercialização dos mercados atacadistas de hortigranjeiros e a
A seguir, algumas das informações do Prohort sobre o volume de uva nas Ceasas: “ O volume total anual é de 129.318 toneladas e o do importado de 14.251 toneladas, 11,02% do volume total. ○
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“ A comercialização de uva (nacional + importada) está muito concentrada na Ceagesp (54% do volume), seguida pela Ceasa do Grande Rio (8,51%), a Ceasa de Campinas (7%) e a Ceasa da Grande Vitória (3,36%), que respondem em conjunto por 93% do volume total de uva. ○
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“ A Ceagesp (49%), a Ceasa do Rio de Janeiro (22%), a Ceasa da Grande BH (9%), a Ceasa de Campinas (7%) e a Ceasa da Grande Vitória (3%) são responsáveis por 92% da uva nacional comercializada nas cnetrais. ○
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“ A Ceagesp (91%), o Grande Rio (3%), Campinas (4%) e a Grande Vitória (1%) são responsáveis por 98% do volume total de uva impor tada das Ceasas. ○
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“ A uva importada é muito impor tante em algumas Ceasas como a de São Paulo da Ceagesp, onde a sua participação chega a mais de 28% em fevereiro, março e abril e na média anual a 18%. Na Ceasa de Campinas, a participação da uva importada é maior que 10% em março, abril e julho e 5%, em média no ano. ○
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“ No entreposto paulistano da Ceagesp a participação da uva impor tada vem crescendo ao longo dos anos. Em 2000 era 12% e em 2008 chegou a 21%; ○
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“ O volume de uva (nacional + importada) caiu 6% no ETSP, 6%, quando comparamos 2000 a 2008 e 28% na Ceasa da Grande BH e na Ceasa da Grande Curitiba. ○
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“ A oferta de uva (nacional
+ importada) ao longo do ano é bem distribuída: 6% a 7% do volume total por mês entre abril e novembro, passando de 10 a 11% entre janeiro e março e concentrando-se em dezembro com 18% do volume anual. ○
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“ A oferta de uva importada está concentrada nos meses de fevereiro a abril, de 15 a 18% do total. No ETSP a concentração é ainda maior – de 15 a 21% entre fevereiro e abril; ○
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“ A uva originária do Vale do São Francisco é muito importante no abastecimento das grandes Ceasas do Brasil. Ela representou, em 2007, 41% da uva nacional da Ceasa de Vitória, 33% da Ceasa do Grande Rio, 11 % do ETSP, 6% da Ceasa da Grande BH e 2% da Ceasa de Campinas; ○
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“ A oferta de uva dos estados da Bahia e Petrolina se concentra (70% do volume total) nos meses do fim de ano: setembro (11%), outubro (21%), novembro (18%) e dezembro (19%); ○
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“ Os dados de entrada por variedade, originária de Petrolina, nas diferentes Ceasas do Brasil mostram, em 2008, 53% da uva sem identificação de variedade, 26% da variedade Itália, 7% da Benitaka, 5% da RedGlobe e 6% da Thompson. As informações aqui apresentadas podem ser trabalhadas para qualquer produto. Elas são obtidas a par tir das vias das notas fiscais ou dos romaneios entregues na por taria das Ceasas. O preenchimento incorreto ou incompleto da nota fiscal diminui a credibilidade dessas informações. É bom lembrar que o investimento em gente e equipamento para a manutenção do Sistema de Informação de Mercado já faz parte do custo de administração de cada Ceasa e a qualidade das informações é responsabilidade de cada um de nós.
integração dos seus respectivos bancos de dados, universalizando as informações; favorecer melhorias nos processos de gestão técnico-operacional e administrativa dos mercados atacadistas; agregar inteligência e conhecimentos tecnológicos gerados pelo desenvolvimento do setor, em âmbito nacional e internacional, para transferência à cadeia produtiva, orientados às
necessidades e exigências de mercado; prestar assessorias e consultorias em infra-estrutura física, tecnológica e ambiental aos mercados atacadistas, resguardada a existência de suporte requerido e estimular a interação do setor com as universidades, órgãos de pesquisa e fomento, instituições públicas e privadas, organizações não-governamentais e às políticas públicas de
abastecimento e de segurança alimentar e nutricional. www.ceasa.gov.br
O Prohort conseguiu um feito extraordinário – juntar as informações de volume e preço das Ceasas mais importantes do Brasil. Infelizmente, algumas Ceasas do Brasil ainda não colocam os seus dados no sistema, como as centrais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Outras,
como a de Campinas (2006) e do Rio de Janeiro (2004) só colocaram os dados dos últimos anos. As informações estão disponíveis num formato de fácil consulta e utilização. O arquivo é um pouco pesado e precisa de uma boa velocidade de internet para ser utilizado. http://dw.prohort.conab.gov.br/ pentaho/Prohort
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PRODUĂ‡ĂƒO DIVULGAĂ‡ĂƒO
Cidade de Jundiaà colhe primeira safra de maçãs Decidido a investir em novas variedades de frutas, o produtor Antonio Roberto Losqui de Jundiaà (SP) passou a fazer pesquisas e anålises atÊ descobrir que havia uma nova variedade de maçã que não requer temperaturas muito baixas para se desenvolver. Foi assim que ele plantou 500 pÊs da variedade Eva, hå dois anos. Durante uma reunião
com outros produtores da cidade, Losqui expĂ´s sua ideia de plantar maçãs. “As pessoas acharam que eu estava loucoâ€?, brinca o produtor. Em dezembro do ano passado, Losqui colheu sua primeira safra, que rendeu cerca de oito toneladas e jĂĄ pretende aumentar a produção. “Quando as ĂĄrvores atingirem a maturidade, daqui a dois anos, cada pĂŠ renderĂĄ atĂŠ 60
quilosâ€?, diz. Toda a produção foi vendida na Ceagesp, onde o produtor mantĂŠm a empresa ARL Frutas hĂĄ quase 40 anos. Segundo ele, a aceitação dos clientes foi boa. “O que dĂĄ valor comercial Ă s frutas ĂŠ beleza e sabor e nisso nĂŁo ficamos devendo nada Ă s maçãs vindas do Sulâ€?, afirma. Outra vantagem ĂŠ que a maçã de JundiaĂ, colhida em dezem-
Antonio Roberto Losqui de JundiaĂ (SP)
bro, aproveita o perĂodo de entressafra das frutas da RegiĂŁo Sul do paĂs. Atualmente, os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina sĂŁo responsĂĄveis por mais de 95%
da produção nacional de maçãs. A produção paulista Ê insignificante (0,20%) frente a produção nacional. O pesquisador e diretor do Centro de Frutas do IAC, Edvan Cha-
gas, que orientou o produtor, deixa claro que nĂŁo tem pretensĂŁo de que o estado de SĂŁo Paulo seja competitivo no cultivo de maçã. “O que vislumbramos ĂŠ disponibilizar uma nova alternativa na diversificação da fruticultura do “Circuito das Frutasâ€?, que envolve JundiaĂ e mais 9 municĂpios vizinhosâ€?, diz. . Comprovado o sucesso, o produtor Antonio Losqui jĂĄ pode se preparar para enfrentar a concorrĂŞncia. Segundo o agrĂ´nomo Chagas, jĂĄ existem mais de dez produtores interessados em iniciar o plantio de maçã na regiĂŁo de JundiaĂ. “Recebemos diariamente inĂşmeras consultas a respeito da possibilidade de novos investimentos nessa ĂĄreaâ€?, afirma. (V.C.)
Programa de Valorização da Nota Fiscal do Produtor Diversos municĂpios jĂĄ solicitaram treinamento para orientar os produtores rurais no preenchimento correto das notas fiscais
Por Ubiratan Martin Ferraz/ CQH O programa de Valorização da Nota Fiscal do Produtor começou em outubro do ano passado. O seu foco principal ĂŠ a melhoria do preenchimento da nota fiscal do produtor, que trarĂĄ como consequĂŞncias: 1. O aperfeiçoamento do Sistema de Informaçþes da Ceagesp (base para a tomada de decisĂľes de todos os agentes de produção e comercialização de frutas, hortaliças, flores, plantas ornamentais e pescados de todo o Brasil); 2. A melhoria do repasse da cota-parte do ICMs, uma das principais fontes de recursos dos municĂpios produtores de frutas, hortaliças, flores, plantas ornamentais e pescados; 3. A melhoria da aposentadoria dos produtores rurais e os recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, mantidos pelo recolhimento de 2,3% para o INSS, sobre o valor da produção, conhecido como Funrural; 4. A diminuição dos atritos comerciais e da inadimplĂŞncia na comercialização. A Ceagesp apresentou o programa a convite das Câmaras Setoriais do Estado de SĂŁo Paulo. As câmaras setoriais, sindicatos rurais e prefeituras vĂŞm demonstrando grande interesse e apoio ao programa e colaborando inclusive na confecção de materiais de divulgação. O trabalho começou com as “frutas de caroçoâ€? (pĂŞssego, nectarina, ameixa) no final do ano passado e agora o caqui ĂŠ o produto da vez. Os fiscais da portaria do entreposto foram treinados para orientar os transportadores que por tarem notas com problemas no preenchimento. O transportador, responsĂĄvel pelo produto que transpor ta, o ĂŠ tambĂŠm pelas informaçþes sobre o produto e o fornecedor, declaradas na nota fiscal.
Diariamente uma amostra das notas de entrada de caqui ĂŠ separada pelos fiscais da por taria e encaminhada ao Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp. O trabalho do CQH ĂŠ composto por trĂŞs partes. Na primeira etapa, a qualidade de preenchimento da nota fiscal ĂŠ avaliada e os resultados sĂŁo encaminhados ao ĂłrgĂŁo de agricultura do municĂpio produtor, acompanhado dos dados de entrada na Ceagesp daquele municĂpio, com fotocĂłpia da nota com problemas de preenchimento e indicaçþes das incorreçþes e do modelo de uma nota bem preenchida para facilitar a orientação do produtor. Na segunda par te sĂŁo realizadas uma vistoria do produto no atacadista de destino e uma avaliação de sua qualidade, com a colaboração do atacadista. O estudo estĂĄ levantando a utilização de marcas e de rĂłtulos nas embalagens, os principais atributos que valorizam e desvalorizam o caqui e montando uma tabela de equivalĂŞncia entre as classificaçþes utilizadas pelos produtores, pela cotação de preços da Ceagesp e pelo Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura. Na terceira par te estĂŁo sendo desenvolvidos materiais de orientação do produtor como a Cartilha da Nota Fiscal do Produtor e de divulgação do programa como os cartazes que serĂŁo afixados na portaria da Ceagesp, alertando o transportador sobre a sua responsabilidade. Diversos municĂpios jĂĄ manifestaram apoio ao programa e solicitaram o treinamento dos produtores rurais no preenchimento correto da Nota Fiscal. O primeiro treinamento jĂĄ foi realizado em dezembro em SĂŁo Miguel Arcanjo. O prĂłximo treinamento estĂĄ sendo agendado com a Prefeitura de Guararema. No Congresso Brasileiro de Olericultura, que serĂĄ realizado em Ă guas de SĂŁo Pedro, o programa serĂĄ apresentado no dia dedicado aos produtores rurais, 5 de agosto.
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ECONOMIA
Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para março
Flávio Luís Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp
Quantidades comercializadas O entreposto terminal de São Paulo – ETSP recuperou parte das perdas registradas no primeiro bimestre de 2009. A retração de 3,33% no
bimestre passou a 1,41% no trimestre. No período de janeiro a março de 2009 foram comercializadas 782.957 toneladas
de hortifrutícolas, flores e pescados ante 794.124 negociadas em 2008, conforme gráfico abaixo:
Tendência
Por setor de comercialização, os setores de flores (15,22%) e pescados (-22,79%) apresentaram as maiores reduções. Também registraram retração os setores de legumes (-0,84%) e diversos (-8,02%). O setor de verduras registrou elevação de 3,23% e o de frutas cresceu 0,33%.
A partir deste mês a situação deverá acentuar o processo de normalização em razão da melhora das condições climáticas. As frutas deverão continuar registrando elevação do volume ofertado principalmente com a perspectiva da entrada de produtos sazonais e de grande representatividade como caqui, tangerinas, limão, melancia, manga, laranja, entre outros. O setor de Legumes deve apresentar crescimento acentuado do volume ofer tado e queda generalizada dos preços praticados. Produtos importantes como tomate, chuchu, ce-
noura, abobrinha, entre outros, deverão figurar entre as opções de compra. Já as verduras devem iniciar processo de normalização somente na segunda quinzena de abril. Produtos mais sensíveis como alface, rúcula, agrião, escarola, brócolis, entre outros, devem permanecer com preços elevados até a semana que antecede o feriado de 21 de abril. Após esta data, a tendência é de redução dos preços praticados no setor. O quadro ilustra as principais opções de compras em abril:
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CÁ ENTRE NÓS
Um mês concorrido Por Manelão
O mercado está uma maravilha com a grande oferta de frutas, legumes, verduras. O peixe da Semana Santa esteve presente na mesa do trabalhador, sempre temperado com coentro, pimentão, cebola, batata e o popular tomate, que baixou de preço. O caqui vem dando um toque colorido na fruteira, mas os citros vem chegando com tudo: laranja pêra, bahia, lima, a tangerina cravo, a poncã e a aromática mexirica rio, a popular carioquinha estão chegando ao mercado com força total. E as maçãs estão uma gostosura... A Associação Nossa Turma agradece as bênçãos que recebeu no seu 11º aniversário. A família ceagespiana que visitou a nossa entidade e
nos doou frutas e legumes por meio dos amigos comerciantes. A padaria Nativa presenteou a garotada com um super bolo brigadeiro de mais de 50 quilos e todos puderam se deliciar. Obrigado à tia Cida e ao tio Edu! A fábrica de plástico Gecal, por meio do vendedor Fernando Oda, nos doou 20 caixas plásticas gravadas com o nome da associação. Elas servirão para armazenarmos os alimentos a serem preparados na nossa cozinha. O Instituto Unibanco compareceu e nos deu várias peças de brim para ajudar na confecção do uniforme dos alunos. A Casas Bahia também se fez presente e nos destinou farto material do setor de cama,
mesa e banho. Em breve realizaremos um bazar da pechincha com as peças doadas. O mês de maio vem chegando e com ele o desejo de melhorias salariais para o trabalhador. Mas em tempos de crise, é melhor negociar e garantir o emprego. O nosso caminhoneiro, que é o verdadeiro formador de opinião em matéria de transportes, está aguardando a Femetran que acontece na Ceagesp, entre os dias 12 e 15 de maio. Na feira, as montadoras estarão expondo o top do transporte e da logística. E na roda de conversa, os heróis da estrada com certeza vão dizer que o seu ‘bruto’ é mais valente que o do companheiro. A Femetran tem entrada franca. Não perca!
Uma lição da crise (quem dera não fosse em vão) Entre as medidas adotadas pelos governos de diversos países mundo afora, visando combater os efeitos da crise que abala a economia global desde o último trimestre de 2008, acho que nenhuma teve resultados mais imediatos e tão profundos quanto aquela tomada pelo próprio governo brasileiro, promovendo a redução de impostos sobre a venda de automóveis. Penso que nenhum analista pode negar que, com a força da indústria automobilística e sua capacidade de alavancar a produção de uma enorme gama de empresas fornecedoras, a manutenção (ou o aumento) das vendas de automóveis, estimulada pela redução de impostos e consequente redução dos preços finais dos veículos, evitou um quadro muito mais sério de recessão e desemprego no país. Pelos expressivos resultados alcançados com a medida, e em que pese o fato da mesma ter sido bastante difundida, considero que sua importância como fator de estímulo à economia foi pifiamente ressaltada. A falta de destaque com que foi tratado o tema pela maioria dos comentaristas revelou-se, em minha opinião, absolutamente surpreendente e incompreensível, uma vez que ela colocou um facho muito claro sobre uma das causas que atravancam o avanço do país, a saber, a sanha tributa-
rista. Pode ter parecido surpreendente também o fato de uma ação tão bem sucedida não ter sido mais amplamente divulgada nem mesmo por quem a colocou em prática, ou seja, o próprio governo. Sobretudo se considerarmos que nunca antes na história desse país um governo foi tão pródigo na divulgação de seus feitos, inclusive dos que nunca saíram do papel. Mas, nesse último caso, penso que a coisa não foi tão inusitada assim e até tem uma explicação bem trivial, embora sirva para espelhar um aspecto dramático da situação brasileira. Para o governo, equivaleria a dar um tiro no pé sair alardeando os efeitos benéficos de uma redução, ainda que limitada e setorial, da carga de impostos. Em outras palavras, tomouse a medida por entendê-la necessária, mas nada de ficar louvando os resultados. Isto ajudaria a deixar mais claro para a população os efeitos perversos sobre a economia de uma carga tributária absolutamente insuportável, não tanto pelo seu tamanho, mas muito pela destinação improdutiva (quando não indecente) que se dá a grande parte dos recursos arrecadados com impostos no Brasil. Se um pequeno alívio tributário em determinado setor da indústria mostrou-se um remé-
Por Neno Silveira
dio tão bem sucedido, o que não poderia propiciar uma redução maior e permanente de impostos? Se a canga do setor público não funcionasse como uma pesada âncora a emperrar as atividades produtivas, quem pode dizer que não teríamos uma sociedade mais rica, mais justa e com menos mazelas em setores vitais como os da saúde e da educação? Enfim, se o que se arrecada não fosse desviado para o sustento de estruturas padecentes de obesidade mórbida, como as que caracterizam o executivo e o legislativo brasileiros, quem sabe não estaríamos já em outro patamar no que diz respeito à qualidade de vida e aos direitos fundamentais de todos os cidadãos? Mas, justiça seja feita, o quadro de iniquidades que enfrentamos não é obra do governo atual, mas de todos que se sucedem desde as capitanias hereditárias. Colocando de outra forma, equivale a dizer que esse quadro é a expressão de uma doença aparentemente endêmica da sociedade brasileira. Uma moléstia que se caracteriza, principalmente, pela capacidade de adaptação de uma cepa oligárquica de políticos e burocratas, os quais, de tempos em tempos, associamse a novos vírus de diversas origens para manterem a infestação dos três poderes da República.
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Ceasas Brasil
C1 JORNAL ENTREPOSTO
Caderno de Notícias
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Seminário discute exportação do agronegócio brasileiro Promovido pelo Ministério da Agricultura, AgroEX visa estimular e orientar produtores interessados em exportar sua produção
Como parte das comemorações dos seus 40 anos, a Ceagesp sediou o 21° Seminário do Agronegócio para Exportação (AgroEx), no dia 31 de março, no entreposto da capital. Segundo os organizadores, o evento reuniu mais de 200 pessoas, entre produtores rurais, associados de cooperativas, distribuidores e permissionários, que tiveram acesso a informações sobre instrumentos de auxílio à exportação, como linhas de financiamento, formas de agregar valor ao produto e apoio ao exportador no exterior. O AgroEx é promovido pelo Ministério da Agricultura com objetivo de estimular produtores interessados em exportação. A metodologia inclui palestras estratégicas e debates sobre regras e práticas do comércio internacional, linhas de financiamento para a atividade expor tadora e ferramentas institucionais que fomentam o processo de exportação. O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, abriu o evento dizendo acreditar que o setor de hortigranjeiros tem condições de crescer no comércio exterior. Ele mencionou o estado da Califórnia, um dos mais ricos dos Estados Unidos, grande exportador desses produtos, que foge ao perfil americano de produtor de grãos e algodão. Lembrou também o Chile, destaque na exportação de frutas. “Há oportunidades no Oriente Médio e nos países asiáticos que precisamos explorar”. Já o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Mapa, Eduardo Sampaio, deu o exemplo da banana, que é uma importante fruta produzida no Brasil e comercializada internacionalmente. A União Europeia compra em torno de US$ 3 bilhões da fruta por ano, enquanto o Brasil exporta apenas US$ 38 milhões, o que representa participação de 0,5% no mercado mundial. O diretor disse ainda que a venda de leite em pó do Brasil, que hoje representa 1,8% do mercado externo, pode aumentar.
LILIAN UYEMA
Certificação A importância da certificação na produção agrícola, um dos requisitos cada vez mais exigidos pelos compradores internacionais, foi um dos temas abordados no seminário. O engenheiro agrônomo da Ceagesp, Gabriel de Almeida, explicou os princípios do Sistema de Produção Integrada (Sapi) e a importância deste tipo de certificação na abertura de novos mercados. “A adoção do Sapi reduz a aplicação de agrotóxicos e herbicidas que, no caso do melão, podem até ser eliminados”, enfatizou. Os expor tadores podem contar com as certificações governamentais e as privadas, que também agregam valor ao produto na hora de exportar. O analista de comércio exterior do Núcleo de Integração para Expor tação do Mapa, Adilson Farias, informou que há várias certificações voltadas inclusive para pequenos produtores. O diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento
da Indústria e Comércio, Fábio Martins, ressaltou que a decisão de exportar não deve estar atrelada ao momento ruim do mercado interno. “Para ingressar no mercado externo é preciso, em primeiro lugar, se consolidar no mercado interno, estabelecer estratégias, ter um planejamento e atender às exigências do país comprador”, ressaltou. Financiamento O administrador do Departamento de Relações com o Governo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Victor Burns, esclareceu que a maior dificuldade para acessar o crédito não é a falta de dinheiro, mas de informação. Ele disse que 88% das empresas que buscam recursos são pequenas e médias e que o banco reserva as melhores condições de financiamento para este segmento. “Há linhas para pré-embarque, fase de produção, e de pós-embarque, para o produto acabado, pronto para ser consumido no mercado externo”, afirmou.
CASO DE SUCESSO
Exportador relata experiência no 21º AgroEx Um dos pontos fortes do seminário foi o caso de sucesso de exportação apresentado pelo empresário Reginaldo José Haeik. Sediada em Santa Catarina, a empresa familiar de Haeik vende 1,5 milhão de toneladas de banana ao ano para Uruguai e Argentina. O empresário relatou sua experiência no comércio internacional, desde quando começou, em 1962, até os dias atuais. Ele enfatizou que os requisitos fitossanitários são cada Reginaldo José Haeik falou sobre o sucesso de suas vez mais exigidos dos empre- exportações endedores. “Para continuar exportando é preciso cumprir as mo depois de ter percorrido sidade do cliente, buscando o exigências e investir mais na milhares de quilômetros. “Por ideal”, ressalta. qualidade da fruta”, completa. isso usamos embalagem adeA prova de que sua fórmula Para ele, a mercadoria tem de quada, transporte paletizado e está certa é a fidelidade de chegar ao cliente no exterior todo o cuidado para preservar seus clientes. “Alguns comercom a mesma qualidade que a integridade do produto. Nos- ciantes da Argentina compram saiu do local de origem, mes- so objetivo é atender a neces- meus produtos há 40 anos”.
Ceagesp inaugura galeria de fotos No último dia 30 de março foi inaugurada a galeria de fotos no entreposto paulistano em mais uma comemoração dos 40 anos da Ceagesp A galeria reúne imagens que retratam fatos históricos e culturais relacionados à maior central de abastecimento da América Latina.
A cada período uma nova exposição entrará em cartaz. A primeira fotografias antigas do cotidiano do entreposto, como a inauguração do Mercado de Flores, em 1967, e as filas que se formavam em frente ao restaurante que servia a famosa sopa de cebola na década de 1970. Para o presidente da Ceagesp, Rubens Boffino, a empresa precis organizar e tornal pública sua memória. Ele pediu para que os funcionários tragamfotos e outros documentos de seus arquivos pessoais para contribuir com o acervo da estatal.
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CEASA MG
CeasaMinas lança projeto de geração de emprego e renda Programa irá identificar as áreas com maior demanda de emprego e qualificar profissionais para atuar no entreposto de Contagem A CeasaMinas lançou no último dia 6 o “Rede que Vale”, projeto de geração de emprego e renda no entreposto de Contagem, de iniciativa Fundação Vale e da ONG Rede Cidadã. O objetivo do programa é promover a capacitação, inserção e recolocação de candidatos acima de 15 anos em empresas estabelecidas na central mineira. O projeto é dividido em quatro etapas, todas realizadas no entreposto de Contagem. Primeiro o candidato faz um cadastro e depois, na segunda etapa, responde a um questionário que visa elaborar o per fil detalhado. Na terceira etapa, o interessado participa do curso de orientação profissional prática, com carga horária de 8 horas, a fim de orientar os candidatos quanto à ética profissional e mercado de trabalho. Na última etapa é feita uma entrevista individual que simula um processo de recrutamento. Sendo aprovado, o candidato passará a integrar um Banco de Talentos. Caso o interessado se enquadre no perfil de uma vaga disponibilizada, o encaminhamento será feito para as empresas sem custos para os lojistas. Capacitação Segundo a central, o projeto ainda buscará identificar áreas em que as demandas de empregos sejam maiores e existam poucos candidatos qualificados. Nesse caso, serão oferecidos cursos de capacitação especializada para formar mão-de-obra. As aulas serão ministradas por voluntários cadastrados de diferentes especializações. Os candidatos encaminhados para empregos no entreposto de Contagem serão acompanhados durante seis meses pela equipe do projeto. As empresas poderão oferecer vagas através do preenchimento de formulários padronizados que serão recolhidos pela equipe do projeto.
Ceasa do Paraná tem áreas disponíveis A Ceasa do Paraná lançou edital de licitação pública de 27 áreas para ocupação em seus mercados atacadistas. Quatorze destas áreas estão no entreposto de Curitiba – o quarto maior mercado nacional de hortigranjeiro em volume de comercialização.
Outros espaços estão disponíveis nas centrais de Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá, regiões de grande potencial de produção hortigranjeira. A ocupação será através da permissão remunerada de uso, seguindo as legislações federal e estadual específicas de pregão presencial. Os interessados nas áreas poderão obter mais informações através do site www.ceasa.pr.gov.br, no ícone Licitação de Áreas. Além do acesso ao edital, a página apresenta dimensões e localizações, com fotos dos espaços disponíveis.
Ceará terá nova central de abastecimento No último dia 9 de março o governador do Ceará, Cid Gomes, assinou a ordem de serviço para a construção de uma nova unidade de abastecimento no estado. O investimento deverá beneficiar mais de dois milhões de pessoas, segundo o governo. Com a construção da Ceasa, produtores e comerciantes de frutas, verduras, pescado e flores dos estados do
Ceará, Pernambuco, Piauí, Paraíba e Bahia, poderão comercializar sua produção, além de ampliar sua rede de distribuição. De acordo com Gomes, a nova central irá organizar o processo de comercialização oferecendo preços menores ao consumidor final. “Esse é um espaço para o pequeno e médio produtor. Aqui o agricultor vai poder colocar à venda
sua produção de forma organizada”, relatou. Localizada em Barbalha, o novo mercado ocupará um terreno de 280 mil m², com cerca de 80 mil m² de área construída. O investimento totaliza R$ 6.984,16 oriundos do Tesouro do Estado. O secretário Camilo Santana informou que a construção da Ceasa irá elevar de 75 mil toneladas para 200 mil
toneladas a produção de hortigranjeiros comercializados. “Isso representa uma elevação de 215%. Quando isso ocorrer o governo do Estado investirá na construção de mais dois pavilhões. Em 10 anos o Ceará deverá triplicar sua produção agrícola e gerar milhares de novos empregos”, finalizou Camilo. , Crato, Juazeiro do Norte e Missão velha).
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CENTRAIS DE ABASTECIMENTO
Abracen elege novo presidente Lages assume presidência da entidade com desafio de promover o desenvolvimento das centrais de abastecimento do país O presidenteda CeasaMinas, João Alber to Paixão Lages, tomou posse como novo presidente da Abracen no último dia 16 e anunciou novas perspectivas para o
setor agroalimentar. Lages ressaltou que a criação de uma legislação nacional específica para as Ceasas será o principal desafio de sua gestão.
Até o início de maio, devem ser definidas comissões responsáveis pelo desenvolvimento dos projetos. Cada comissão será composta por representantes de três Ceasas.
No encontro das centrais de abastecimento realizado em Brasília no mês passsdo, foram apresentados o relatório de gestão e a prestação de contas referentes a 2008,
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pelo atual presidente da Abracen, Reginaldo Moreira. Na mesma reunião, o consultor contratado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Altivo Cunha, apresentou o estágio atual do diagnóstico que tem realizado nas Ceasas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort). Trata-se de um trabalho de levantamento das atividades desenvolvidas nos mercados brasileiros, no qual cada central é analisada com base em questionários, visitas, fotografias e questões mais relevantes para o setor como, por exemplo, programas sociais realizados, problemas de embalagens e logística. O principal objetivo do diagnóstico é retratar a atual situação das centrais, conhecendo as demandas do setor, em busca da progressão dos pontos positivos e da solução dos problemas encontrados nas avaliações realizadas. De acordo com o Prohort, cerca de 20 Ceasas já responderam os questionários.
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Ceasa de Goiás ganhará entreposto de pescado Pequenos produtores poderão comercializar sua produção diretamente com o consumidor
41 1050 ou
Um encontro entre o presidente das Centrais de Abastecimento de Goiás, Edivaldo Cardoso e o superintendente federal da Pesca e Aqüicultura de Goiás, Domício Vieira estabeleceu a parceria entre os dois órgãos para a instalação de um entreposto de pescado no Estado. De acordo com o superintendente, a ideia é abrir espaço para que os pequenos produtores de pescado possam comercializar sua produção diretamente com o consumidor, sem passar pelos atravessadores. “A Ceasa é
uma marca de credibilidade na área do abastecimento de alimentos e queremos tê-la como parceira na política de aumentar a produção e consumo do pescado no Brasil”, resumiu Domício. Segundo ele, atualmente as maiores produções de pescado no Estado se concentram na região metropolitana e sudoeste. Para o presidente da central, a proposta da Superintendência Federal de Aquicultura e Pesca está em sintonia com a função da Ceasa. “Algumas cadeias deixam de produzir por dificuldades de comercia-
Abracen tem novas filiadas As Centrais de Abastecimento de Paulo Afonso e o Mercado do Produtor de Juazeiro, ambos na Bahia, se refiliaram à Abracen após quatro anos de desligamento da associação. Os dois mercados promovem a organização do setor de comercialização e abastecimento do estado da Bahia e participam do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Pro-hort), em convênio com a Campanha Brasileira de Abastecimento (Conab), além de contribuir ao setor em nível nacional. O motivo principal da refiliação do mercado de Paulo Afonso foi o apoio que aquele mercado recebeu da Abracen em relação ao trabalho operacional, há pouco mais de quatro anos.
lização. A Ceasa fará tudo o que for necessário para viabilizar este projeto”. Hoje, já estão instalados entrepostos de pescado nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Com a parceria firmada, Goiás será o primeiro estado do Centro-Oeste a instalar um entreposto de pescado. A ideia dos titulares da Seap e Ceasa é seguir o modelo da Ceagesp que integra cerca de 60 empresas de pesca e comercialização de peixes.
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