Entreposto | 108 | Maio de 2009

Page 1


Maio 2009

A2

ECONOMIA & NEGÓCIOS ○

Demanda agregada puxa crescimento da Femetran Ao longo de oito edições, feira de transportes e logística realizada na Ceagesp consolida participação do setor automotivo nacional no mercado distribuidor de frutas, hortaliças, flores e pescados frescos O aumento do volume de produtos hor tícolas e flores in natura comercializado no entreposto paulistano da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo indica os bons ventos que soprarão na Femetran 2009, feira que começou ontem, dia 12, e prossegue até sextafeira, 15. Segundo o economista e técnico em abastecimento Neno Silveira, os ótimos índices de vendas de alimentos frescos verificados ao longo dos últimos anos confirmam as expectativas da organização da oitava edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas. “A Ceagesp vem batendo sucessivos recordes de comercialização de frutas, hortaliças e flores”, salienta. “O cenário, portanto, é positivo para o setor, mesmo diante da crise financeira internacional”, completa. Na avaliação do chefe da seção de economia e desenvolvimento da Ceagesp, Flávio Luís Godas, a demanda agregada do segmento é um dos fatores que vem consolidando o sucesso do evento realizado na maior central de abastecimento do continente latino-americano. “De 2002, ano em que foi promovida a primeira edição da Femetran, até hoje, a renda do trabalhador brasileiro cresceu consideravelmente”, ressalta o economista da estatal, lembrando que o Entreposto Terminal de São Paulo atingiu, em 2008, o maior volume de comercialização dos últimos 20 anos. “À medida que o padrão de vida das famílias brasileiras sobe, mais pessoas passam a ter acesso à alimentação de qualidade. O fato cria um ciclo virtuoso de crescimento em toda cadeia produtiva, que, por sua vez, aumenta a demanda por insumos, fertilizantes, máquinas, embalagens, veículos de transporte e outros implementos necessários à atividade econômica”, resume. Dentre as mudanças obser vadas na economia brasileira nos últimos sete anos, Neno Silveira também destaca o aumento da impor tância da atividade agrícola para o PIB (Produto Interno Bruto) e para o

saldo comercial positivo. “Os avanços percebidos são muitos, embora ainda tenhamos um sistema tributário oneroso e complexo para atividade produtiva”, pondera. “Mas convém dizer que a situação do Brasil de hoje é bem diferente da de anos atrás, uma vez que temos reservas internacionais, a inflação sob controle e a política de redução dos juros estão amenizando os efeitos do colapso financeiro global e desenhando um cenário otimista para o futuro”, acrescenta. Para consolidar o crescimento da cadeia produtiva de frutas, hortaliças, flores e pescados, a modernização do setor é urgente e necessária. “Segundo estimativas dos órgãos oficiais, 30% de tudo que é produzido no Brasil é perdido desde a produção até o consumidor, o que dá um número aproximado de US$ 5 bilhões anuais, ou seja, duas vezes e meia o que o Chile exporta em um ano”, revela. “Nos tempos atuais, a questão da logística tem sido ressaltada como uma das mais cruciais para a manutenção do nível de competitividade das empresas. A adequação de processos, que conduza à maior racionalidade no uso dos recursos e a máxima redução possível de custos tornaram-se imprescindíveis para garantir a sobrevivência em um mercado cada vez mais exigente e disputado”, analisa Silveira, enfatizando que, além de reunir todos os agentes da cadeia de produção e distribuição de hor tícolas, a Femetran contribui para a melhor organização e estruturação do setor, promovendo novos negócios e parcerias. Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte, manutenção de veículos, refrigeração, embalagens e as demais formas contemporâneas de logística para a comercialização de frutas, legumes, flores e pescados, a Femetran apresenta à cadeia produtiva envolvida com o setor – transportadores, atacadistas, produtores e outros profissionais – todas as inovações necessárias ao correto escoamento da produção agrícola até a mesa do consumidor.

ETSP - Entreposto Terminal de São Paulo Registrou o maior volume comercializado dos últimos 20 anos Responsável por 80,9% do volume comercializado e 81,9% do volume financeiro de toda a rede de entrepostos Apresentou crescimento de 2,6% no volume comercializado e 10,4% no volume financeiro em 2008 O preço médio por quilo dos produtos comercializados em 2008 foi R$ 1,24.

Ano

Em milhões de reais correntes

Per capita, em reais correntes

Em milhões de dólares estadunidenses correntes

Taxa de variação real no ano

2002

1.346.027,55

7.630,93

459.379,39

1,93

2003

1.556.182,11

8.694,47

506.784,16

0,54

2004

1.766.621,03

9.728,84

603.993,65

4,94

2005

1.937.598,29

10.519,88

795.924,37

2,30

2006

2.300.133,20

12.688,04

2007

2.558.000,00

13.515,00

1.313.098,52

2,03

2008

2.889.719,00

15.240,00

1.665.839,00

1,63

Fonte: Banco Central do Brasil

1.067.600,00

2,18


Maio 2009

A3

IPI

HYUNDAI HR. O ÚNICO FABRICADO NO BRASIL E COM 4 ANOS DE GARANTIA SEM LIMITE DE QUILOMETRAGEM. PORQUE CAMINHÃO TEM QUE DAR LUCRO, NÃO DESPESA.

MOTOR TURBO DIESEL EURO III INTERCOOLER POTÊNCIA MÁXIMA. ! -!)/2 #!0!#)$!$% $% #!2'! $! #!4%'/2)! +' / -%./2 #534/ /0%2!#)/.!, 0/2 +- 2/$!$/

s #AMINHâO URBANO LIBERADO PARA CIRCULAÀâO CARGA E DESCARGA SEM RESTRIÀµES s 6OLUME DE CARGA ¢TIL COM BA¢ M3 s #ARGA ¢TIL KG s "A¢ OU CAÀAMBA DE CHAPA DE AÀO OPCIONAL s 0LATAFORMA DE CARGA A MM DO SOLO s &AR IS DE NEBLINA s $IREÀâO HIDRÖULICA PROGRESSIVA

0% PREÇO ESPECIAL IMBATÍVEL COM ISENÇÃO TOTAL DO IPI.

ARA LIBERADO P M CIRCULAR E TRITAS ÁREAS RES

VÁRIAS OPÇÕES DE CARROCERIA

GASEIRA

TRANSPORTE DE PESSOAS

FÁBRICA DA HYUNDAI NO BRASIL. ANÁPOLIS-GO

AMBULÂNCIA

0ELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO ELEITA A #AMIONETA DE #ARGA DO !NO

SIDER

BOIADEIRA

BAÚ CONVENCIONAL OU FRIGORÍFICO

DISTRIBUIDORES EM TODO O PAÍS: 0800 77 02 011 HYUNDAI CAOA GRANDE SÃO PAULO E ABC: ANHANGÜERA 3909 4400 Rod. Anhangüera, km 17 s !54/./-)34!3 3699 8080 Av. dos Autonomistas, 1.767 s #%!3! 3837 3070 Av. Dr. Gastão Vidigal, 1.555 s #( 3!.4/ !.4/.)/ 5187 0000 R. Ant. das Chagas, 1.196/1.206 s &!#Ê 3977 6100 Av. Edgard Facó, 814 s GUARULHOS 2714-4100 Av. Pres. Tancredo Neves, 2.112 s )")2!05%2! 5538 1000 Av. Ibirapuera, 2.822 s ).4%2,!'/3 5682 7000 Av. Robert Kennedy, 179 s )0)2!.'! 2271 0700 Av. Dr. Ricardo Jafet, 1.209 s )4!)- 3049 0100 Av. J. Kubitschek, 1.593 s *!2$).3 3894 4000 Av. Europa, 555 s */ª/ $)!3 5641 0770 Av. João Dias, 2.192 s -/%-! 3040 8555 Av. Ibirapuera, 2.414 s -/25-") 3740 4400 Av. Dr. Guilherme D. Vilares, 249 s 3!.4!.! 2971 5555 Av. Brás Leme, 3.265 s 3!.4/ !.$2» 4428 4428 Av. Dom Pedro II, 1.805 s 35-!2» 3879 3030 Av. Sumaré, 1.180 s 4!45!0» 2076 6700 R. Serra do Japi, 1.249 s HYUNDAI CAOA INTERIOR DE SÃO PAULO: AMERICANA (19) 3478 8600 s #!-0).!3 (19) 3295 6040 s ,)-%)2! (19) 3446 7000 s s 0)2!#)#!"! (19) 3429 0999 s (95.$!) #!/! -!4/ '2/33/ $/ 35, #!-0/ '2!.$% (67) 3322 2999 s (95.$!) #!/! 0!2!Ù"! #!-0).! '2!.$% (83) 3337 1009 s (95.$!) #!/! PERNAMBUCO - RECIFE: BOA VIAGEM (81) 3326 5949 s )-")2)"%)2! (81) 3471 1119 s (95.$!) #!/! 2)/ '2!.$% $/ 35, #!8)!3 $/ 35, (54) 3021 3003 s ./6/ (!-"52'/ (51) 3595 0200 s 0/24/ !,%'2% (51) 3028 0000

São Paulo 11 2971-5623 | 11 2971-5624 Demais Localidades 0800-7702011 comercial@cmd-hyundai.com.br


A4

A Renault, participando pela segunda vez da Femetran, espera prospectar clientes e fechar negócios posteriormente nas concessionárias. “Já fizemos muitas negociações no primeiro dia da feira e esperamos vender pelo menos 15 carros”, diz o consultor de vendas André Zangari. No estande da empresa, o cliente encontra veículos com preços especiais. O Kangoo Express custa a partir de R$ 31.600 e o Master Furgão a partir de R$ 69.131.

Visite: www.renault.com.br

A Volkswagen Caminhões participa da Femetran desde a primeira edição, realizada em 2002. “A Ceagesp é um ambiente muito bom para fazer negócios, por isso a expectativa é grande”, diz o Gerente de Marketing da empresa, Rogério Sakurai. O caminhão pesado do modelo Constellation 24.250 e o semileve 8.150 da linha Delivery estão com preços especiais para a Femetran. O visitante que passar no estande para saber os preços ainda ganha uma camiseta.

Visite: www.vwcaminhoeseonibus.com.br

Maio 2009

A Volvo traz para a Femetran 2009 seu mais recente lançamento, a série especial de caminhões semipesados da linha Eco Experience, que apresenta baixo consumo de combustível. “Queremos mostrar nossos produtos e atender as necessidades imediatas dos cllientes”, diz o gerente de vendas Wanderlei Aníbali. Os caminhões estão com condições especiais para a Femetran. O preço caiu de R$ 205 mil para R$ 192 mil e o Banco Volvo oferece taxas de financiamento de 0,79% pelo Finame.

Visite: www.volvo.com.br

Além de caminhões, a Scania oferece aos visitantes da Femetran pacote de peças originais com preços promocionais.

Visite: www.scania.com.br


Maio 2009

A5

É a segunda vez que a Iveco participa da Femetran. Para esta edição, a montadora traz o lançamento da linha Tector que, segundo o representante comercial da empresa Hélio Medeiros, é um derivado da linha Eurocargo, mas com novas tecnologias. A empresa expõe também os veículos da linha leve Daily, direcionada para distribuição de cargas em grandes centros urbanos. “O momento econômico do país está mais difícil, mas a nossa expectativa é muito boa”, diz Medeiros.

Visite: www.iveco.com.br

A Mercedes-Benz marca presença em mais uma edição da Femetran e oferece diversas atividades para os visitantes do evento, entre elas a exposição de caminhões e do motor eletrônico. Durante as palestras proferidas no estande, também são apresentados aos clientes alguns destaques do pacote de produtos e serviços pósvenda. Entre os modelos disponíveis na feira estão o caminhão pesado Axor 1933 e o semipesado Atego 2425 6x2. “Queremos trazer mais clientes para divulgar nossos produtos e a tradição da nossa marca”, diz o analista de marketing Carlos Eduardo de Souza.

A Hyundai estreia sua participação na Femetran com os utilitários da linha HR a preços promocionais, de R$ 49.900 por R$ 47 mil. “É a primeira vez da empresa na feira, por isso nossas expectativas são as melhores possíveis”, diz o gerente Sidnei Baptista.

Visite: www.mercedes-benz.com.br

Visite: www.hyundai.com.br


Maio 2009

A6

“A montadora está oferecendo as duas primeiras revisões gratuitas para quem comprar um furgão da linha Transit”, diz a super visora de vendas da Souza Ramos, Alessandra Massuoka

Os novos furgões Transit e os caminhões F-4000, Cargo 815e, Cargo 1317e, e Cargo 2428e são as atrações da Ford na Femetran 2009. No estande da montadora, os consultores dos distribuidores Caoa, Souza Ramos e Sonnervig estão à disposição para apresentar os produtos e tirar dúvidas. Os clientes podem agendar um test drive diferenciado com a Transit e ficar até cinco dias com o veículo em sua empresa.

A MWM International Motores está presente na edição 2009 da Femetran com os motores das séries Sprint e Acteon. “Queremos mostrar aos visitantes a robustez e a tecnologia dos nossos produtos”, diz o super visor de Marketin, Márcio Faber.

A Pneulinhares oferece condições especiais para quem visita a Femetran e participa mais uma vez da feira para divulgar a empresa, que tem um truck center com ser viços especiais localizado em frente ao entreposto paulistano da Ceagesp. “A Femetran sempre gera bons negócios a longo prazo”, afirma o gerente da empresa, Roberto Berti.

Visite: www.fordcaminhoes.com.br

Visite: www.mwm.com.br

Visite: www.pneulinhares.com.br

Pedro Trucão, o repórter das estradas O radialista Pedro Trucão trasmitiu ao vivo, no primeiro dia da Femetran, o programa Pé na Estrada, da rádio Globo AM, e aproveitou a ocasião para entrevistar a dupla sertaneja João Neto e Frederico, diretamente do recinto da feira promovida no maior mercado de alimentos da América Latina

O presidente do Sindicar, José Pinheiro, e Pellè marcaram presença na abertura da Femetran 2009

Informesobr eagripe causadapelono vovírus InfluenzaA/H1N1

A gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (inicialmente chamada de gripe suína) é uma doença transmitida depessoa apessoa atravésde sec reções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou espirro de pessoas infectadas. A transmissão pode ocorrer quando houver contato próximo (aproximadamente um metro), principalmente em locais fechados, com alguém que apresente sintomas de gripe (febre, tosse, coriza nasal, espirros, dores musculares). Caso ocorra transmissão os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após o contato. Não há registro de transmissão da Influenza A/H1N1 para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e produtos derivados. Este novo vírus não resiste a altas temperaturas (70ºC).

1–PR ODECIMENTOSP ARAAPOPULA ÇÃOCUID ADOS

4–PER GUNTASERE SPOSTAS

1.1–OndeHÁcasosde tectadosdegripepelovírusIn fluenzaA/H1N1 Opacient ecomumasuspeit adeinf ecçãopelovírusIn fluenzaA(H1N1)dev eráutiliz armáscar adesde omoment oemquef oridentific adaasuspeit adeat éacheg adanolocaldeisolamen tohospit alarou domiciliar.

>>OqueéInfluenz aA/H1N1(agripesuína)? Éumadoençatr ansmitidaporumnov otipodevírusdamesmaf amíliaquetr ansmiteagripe.Apartir deagor avocêv aiouvirnat elevisão,r ádioelernosjornaisonomeInfluenz aA/H1N1enãomaisgripe suína.

1.2–OndeNÃ OHÁcasosde tectadosdegripepelovírusIn fluenzaA/H1N1 Nãoháevidênciasquec omprovempr oteçãopar aousodemáscar ascirúr gicaspar aapopulaçãoem ambienteaberto.

>>Comoétr ansmitidaaInfluenz aA/H1N1? Étr ansmitidadepessoapar apessoaespecialment eatr avésdet osseouespirr o.Algumaspessoas podemseinf ectarentr andoemcon tatocomobje tosc ontaminados.Nãohár egistrodetr ansmissãodo novosubtipodaInfluenz aA/H1N1pormeiodainges tãodecarnedepor cooupr odutosderiv ados. 1Cont atopr óximo:cuidar ,con viverouter con tatodir etocomsecr eçõesr espiratóriasoufluidos corporaisdeumcasoSuspeit o.

2–PR OCEDIMENTOS 2.1–Sãoconsider adoscasossuspeit os Pessoasqueapr esentaremf ebrealt ademaneir ar epentina(>38ºC)et ossepodendoest ar acompanhadasdeumoumaisdosseguin tessint omas:dordecabeç a,dormuscular ,dornas articulaçõesoudificuldaderespir atória: a.T erapr esentadosint omasat é10diasapósvolt ardeviagensaoe xterior,depaísesquer eportaram casosdeIn fluenzaA/H1N1; b.Outertidocon tatopr óximo1,nosúltimos10dias,comumapessoaclassific deInfluenz aA/H1N1.

adacomoc asosuspeito

>>Quaissãoossin tomasdaInfluenz aA/H1N1? Sãosint omassemelhant esaosdagripe:f ebrealt aetosse,masem algunscasost ambémpodem aparecer:dordecabeç aenocorpo ,g argantainflamada,f altadear ,cansaç o,diarr éiaevômi tos. >>Qualquerpessoapodepeg araInfluenz aA/H1N1? Nomoment o,essecon tágioes táacon tecendodef ormar estritaemalgunspaíses.Ent ão,porenquant o, estámaissujeitoapeg ara“ gripesuína” ,quemviajarpar aesseslug ares.Masomundoest áemalert a, porquehojeemdiamuit aspessoasviajampar adiver sospaíses.

2.2–Pr ocedimentosem r elaçãoaosc asossuspeit os Procurarat endimentomédico ,massoment enoscasosacima.

>>Oqueeudev of azersetiv erdúvidasobr et ercon traídoaInfluenz a A/H1N1? Sevocêc hegoudeumaviag emint ernacionalenosúltimos10diasdasuacheg adasur giremsint omas comof ebrealt a(maiordoque38°C),tosse,dordec abeça,dornoc orpo,g argantainflamada,pr ocure umserviçodesaúdeeinf ormesobr esuaviagem.Omédi coa valiarásevocêéumc asosuspeitoou apenasumcasoemquede veser acompanhadaae voluçãodossint omas.

3–RE COMENDAÇÕES

>>AInfluenz aA/H1N1podeapr esentarcomplic ações? Comoqualquergripepodeev oluirpar asinusite ouat épar aumquadr ocomc omprometimento pulmonar.

Sevocêe steveemár eaaf etadapelagripesuínaeapr esentaalgunsdossint omasacima,adot ar quarentenadomiciliarv oluntáriae:P ermaneçaemc asadur antedezdias,util izandomáscar acirúr gica descartável.

>>Seeupeg aradoença,t emtr atamento? Sim,e xister emédioporviaor alquecomba teovírusdaInfluenz aA/H1N1.Outr asmedidascomo repouso,inges tãodelíquidoseboaaliment açãopodemauxiliarnar ecuperaçãodasuasaúde.

Nãov áaotr abalhoouàescola. Meçasuat emperaturatr êsve zesaodia. Fiquea tentopar aosur gimentodet osse. Nãocompartilharali mentos,copos,t oalhaseobjet osdeusopessoal. Evitartoc arolhos,narizouboc a. Cubraonarizebocaqua ndot ossirouespirr ar. Lavarasmãosfr eqüentementecomáguaesabão ,especialmen tedepoisdet ossirou espirrar. Manteroambien teven tilado. Evitarcon tatopr óximocompessoas.

>>Exis teumav acina? Aindanãoe xisteumav acinacon traaInfluenz aA/H1N1.Osgr andesinsti tutosdepesquisadomundojá estãotr abalhandonapr oduçãodeumav acina.Ospesquisador esacr editamqueser ápossívelt eruma vacinapar aaInfluenz aA/H1N1aindaem2009. >>Oquedev of azerpar aapr evençãodaIn fluenzaA/H1N1? Parapr otegeraspessoaspr óximas,cubr asempr eonarizeabocaquandoespirr aroutossir .La veas mãosfr equentementecomáguaesabãopor quevocêpodet ertoc adoumasuperfíciequecon tenha salivadeumapessoainf ectadaeaolev arasmãosàbocaouolhospodesein fectar.Sempr eque possívele viteaglomer açõesouloc aispoucoar ejados.Mant enhaumaboaaliment açãoehábit os saudáveis.

DisqueSaúde:0800-61-1997


Maio 2009

A7

Volvo lança série especial de caminhão A Volvo do Brasil acaba de lançar uma série especial de caminhões semipesados. Segundo a montadora, o VM Eco Experience chega ao mercado para celebrar a importância que a ecologia tem para a marca. “Este é um tema tão importante que o respeito ao meio ambiente é um dos três valores essenciais da Volvo e um dos pilares da companhia”, afir ma Tommy Svensson, presidente da Volvo do Brasil. “Mas este veículo também traz um grande apelo de tecnologia”, destaca Reinaldo Serafim, gerente de caminhões da linha VM, ao lembrar os atributos que o caminhão possui. A série especial é formada por veículos semipesados com motor de 260cv, configuração de eixos 6x2, cabine leito na cor verde metálico, caixa de câmbio de nove marchas, eixo traseiro de simples velocidade, pára-sol externo, faixa decorativa exclusiva nas laterais da cabine, além de uma série de

outros itens que diferenciam o VM Eco Experience de todos os modelos da categoria do mercado brasileiro. “O modelo une economia de combustível e respeito ao meio ambiente”, declara Serafim. De acordo com a empresa, a combinação de motor, caixa de câmbio e eixo traseiro de simples velocidade proporcionam ao novo modelo o tremde-força mais econômico da categoria. E o veículo ainda tem uma alta capacidade de carga, viabilizada pela baixa tara e uma distribuição adequada do peso. “Menor consumo, maior conforto e robustez: este é o grande diferencial do VM Eco Experience”, diz Sérgio Gomes, gerente de planejamento estratégico. O modelo ainda possui volante ajustável para maior confor to do motorista, espelho auxiliar, espelhos para meio fio, climatizador, vidros elétricos, controle remoto para portas, espelhos com controle elétrico e desembaçador, faróis de ne-

blina, banco com suspensão a ar e tanque de combustível de 420 litros. “Este conjunto de itens transformam o VM Eco Experience na melhor escolha entre os produtos oferecidos ao mercado”, destaca Serafim. Ações Mundialmente, a Volvo está promovendo uma série de programas para amenizar o impacto de seu processo produtivo. A companhia está, por exemplo, instituindo três fábricas neutras em emissões de CO2 na Europa, na Suécia e na Bélgica. “Serão as primeiras fábricas ‘limpas’ do setor automotivo global”, observa Carlos Morassutti, diretor de RH e assuntos corporativos. Paralelamente, desenvolve também na Europa sete tipos de caminhões movidos a diferentes combustíveis alternativos e recicláveis e que serão neutros em emissões de dióxido de carbono.


A8

Maio 2009


Maio 2009

Qualidade

B1 JORNAL ENTREPOSTO

Caderno Técnico

B

A oferta de uva sem semente apresenta alta sazonalidade. A oferta de uva importada se concentra no primeiro semestre do ano, e a da uva nacional no segundo semestre do ano, com pico nos meses de novembro e dezembro.

A entrada de uvas na Ceagesp Tabela 01 Anita de Souza Dias Gutierrez Giselle Costa

O fluxo dos produtos comercializados na Ceagesp é registrado diariamente, através do volume e origem declarados nas notas fiscais coletadas na portaria. A análise dos dados mostra crescimento de 1,43% no volume total de uva de 58.565 toneladas em 2007 para 59,4 mil toneladas em 2008. A uva com semente caiu 1,97%; a uva sem semente cresceu 6,92% e a uva passa cresceu muito (66%). O volume total de uva importada caiu 21,29%, sendo a maior queda da uva com semente (32%), o que reflete a tendência do mercado internacional de preferência pela uva sem semente. O aumento da uva sem semente nacional e a diminuição da uva sem semente importada fez com que a relação entre a uva sem semente nacional e importada passasse de 50% para 80%. Houve um grande crescimento (42,28%) da uva sem semente nacional.

Evolução do volume (toneladas) de uva na Ceagesp nos anos de 2007 e 2008

Descrição

2007

2008

Total Com semente Sem semente Passa Importada Importada com semente Importada sem semente Nacional Nacional com semente Nacional sem semente

58.565 47.188 9.718 1.659 12.784 6.316 6.468 44.122 40.872 3.250

59.400 46.259 10.390 2.750 10.062 4.295 5.766 46.588 41.964 4.624

% 1,43 -1,97 6,92 65,76 -21,29 -32,00 -10,85 5,59 2,67 42,28 Figura 1. Volume mensal da uva apirena nacional e importada nos anos de 2007 e 2008

Tabela 02

Evolução do volume em toneladas por variedade de uva apirena em 2007 e em 2008

Origem

Variedade

Importada Crimson

Nacional

Flame Imperial Moscatel Thompson Centenial Crimson Moscatel Thompson

2007 1.071

1.004 4.393 881 20 2.348

2008

%

460 106 296 501 4.403 414 1.379 76 2.754

-0,57

-0,50 0,00 0,57 2,74 0,17

As variedades de uva sem semente comercializadas em 2007 e 2008, registradas pelo Sistema de Informação da Ceagesp foram: Thompson, Moscatel, Crimson, Centenial, Flame e Imperial. A uva Thompson impor tada foi responsável por 42% da comercialização do total da uva apirena em 2008, e a Thomp-

son nacional, por 27% no mesmo período. As variedades Crimson e Moscatel importadas apresentaram queda de 40 e 30%, respectivamente A uva Thompson importada manteve o mesmo volume. As uvas nacionais apirenas mostraram um significativo crescimento em todas as vari-

edades: Crimson (22%), Moscatel (58%) e Thompson (8%). Algumas variedades só começaram a ser registradas pelo Sistema de Informação de Mercado em 2008 como a Centenial.O crescimento da uva sem semente nacional e o decréscimo do produto importado revelam um mercado interno promissor.

A veracidade, o detalhamento e a qualidade das informações de volume e origem do Sistema de Informação de Mercado da Ceagesp são funções do preenchimento da Nota Fiscal do Produtor. Coopere com o Programa de Valorização da Nota Fiscal do Produtor da Ceagesp


Maio 2009

B2

A dinâmica do consumo ATACADO Produto

Dias da semana

Legumes Frutas

Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.

Local

Dias da semana

Verduras

Pescados

Terça a Sáb.

Horário

Praça (Peixe, sardinha e congelados)

Produto

Dias da semana

Diversos*

9h às 20h

Dias da semana Seg. e Quinta

Local

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores)

Feira de Flores

Terça e Sexta

10h às 18h

06h às 11h

MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3

VAREJO Tipo

Dias da Semana Sáb. e Dom

Varejão

Horário 7h às 13h

MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3

Local

Varejão Noturno

Quar ta-feira

Os resultados do estudo, realizado em 2007, mostram que:

Terça e Sexta

1º O consumidor está cada vez mais infiel “O número de consumidores que utilizou mais que três canais de venda cresceu de 61% em 2001 para 76% em 2007; “O predomínio das cinco marcas líderes caiu de 50% em 2006 para 47% em 2007. 2º A pulverização do mercado e das marcas cresce.

17h às 22h

PBCF Pavilhão (batata, cebola e flores) – Portão 7

Feira de Flores

06h às 11h

MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3

EXPEDIENTE

“ A participação das cinco maiores redes caiu de 50% em 2006 para 47% em 2007; “ A participação das cinco maiores marcas significa menos que 40% do volume consumido. 3º O poder de compra do consumidor cresceu. “ Houve um crescimento de 5% da renda média de 2006 para 2007 e de 4% no gasto dos domicílios

www.jornalentreposto.com.br

Diretora Geral - Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial - José Felipe Gorinelli Jornalista Resp. - Maria Ângela Ramos - MTb 19.848 Edição - Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Editoração Eletrônica / Artes - Letícia Doriguello Benetti Projeto Gráfico - Paulo Cesar Rodrigues Web Master - Daniel Ramos Silveira Colaboradores: Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal – Distribuição Gratuita Redação: Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:

Site:

mais de 43 milhões de domicílios, responsáveis por 86% do potencial do consumo nacional, nas diferentes regiões geográficas do Brasil: Grande São Paulo, Interior de São Paulo, Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro), Centro/ Oeste e Norte/Nordeste.

Horário

*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana.

Local

dade, acompanhando os hábitos e evolução do consumo. A Revista Super Varejo, da APAS – Associação Paulista de Supermercados, publicou em setembro de alguns dos resultados do trabalho da Latin Panel. Os pesquisadores visitaram

AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores

Flores

Local

Os supermercados respondem pela venda de mais de 80% do volume dos alimentos, bebidas, higiene e beleza, limpeza e bazar.

A definição de uma estratégia de negócio na produção, no atacado, no varejo e no serviço de alimento exige a compreensão do comportamento do consumo no supermercado. A empresa Latin Panel tem pesquisadores visitando domicílios em todo o Brasil, com regulari-

Horário

Seg. a Sáb.

Produto

Local

Por Anita de Souza Dias Gutierrez

MLP- Mercado Livre do Produtor

Dias da semana

Local

no supermercado

Horário

Seg. a Sáb.

Produto

Local

14h às 21h 8h às 18h

AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais

Produto

Local

Horário

diretoria@jornalentreposto.com.br jornalismo@jornalentreposto.com.br comercial@jornalentreposto.com.br

4º A composição dos gastos mudou. “O gasto com habitação cresceu 9% (13,4% do gasto familiar); “O gasto com saúde cresceu 8%, com vestuário 11% (6,4% do gasto familiar) e com lazer 7% (4,3% do gasto familiar); “O gasto com alimentação fora do lar cresceu 8% (4,6% do gasto familiar); “O consumo de produtos práticos cresceu de 28% em 2001 para 36% em 2007

tas, verduras e legumes, caiu 17% ,e com aves, carnes, ovos e peixes, 11%; “O gasto médio, com alimentos industrializados mais sofisticados, cresceu de 28% em 2001 para 36% em 2007.

tam 24% dos clientes dos supermercados;

6º A constituição da população e a porcentagem de consumo.

A pesquisa, publicada pela Revista SuperHiper da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) no mês passado mostra alguns outros aspectos interessantes do comportamento do consumidor. O ar tigo reúne dados da GfK, www.gfkindicator.com, e da Latin Panel. Estas são algumas das informações:

“30% das pessoas vivem sozinhas; “49,5% são casais com filhos (58% dos compradores de supermercados); “ 78% da população pertencem às classes C ,D e E; “ As famílias de 3 a 4 pessoas são 48 % da população e respondem por 51% das vendas; “ As famílias de 5 ou mais pessoas são 22 % da população e respondem por 25% das vendas; “ As donas de casa com mais de 50 anos respondem por 33% da compra, as donas de casa entre 30 e 49 anos de idade por 49% e as donas de casa até 29 anos de idade por 18%. “ As classes econômicas A e B respondem por 35% do consumo nos supermercados. No Estado de São Paulo, essa participação cresce para 40% . 7º Podemos dividir as pessoas em três grupos por estilo de compra: a- Pessoas orientadas pela publicidade, cuja decisão de compra acontece me função da publicidade e das informações que recebem e que representam 18% dos clientes dos supermercados;

c- Pessoas que buscam preço, promoção e que representam 20% dos clientes dos supermercados.

“ A influência do ‘boca a boca’ na decisão da escolha do consumidor cresceu de 67% em 1977 para 92% em 2006;

Os ar tigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.

5º O gasto com alimentação no lar caiu 11% “O gasto médio, com fru-

b- Pessoas prudentes, com visão de mercado, cuja decisão de compra envolve a avaliação do preço, qualidade, conveniência e que represen-

Outro artigo, na mesma revista, mostra os resultados da pesquisa da Nielsen (http://br.nielsen.com), do desempenho dos diferentes formatos de supermercados. O melhor desempenho de vendas em 2008 foi das lojas médias, de 10 a 19 check-outs, que representam 14,1% do total de lo-

“ A propaganda não perdeu força e é importante para 50% da população;

jas. Elas cresceram 3,6% no volume de vendas, 3,1% nos ganhos e registra-

“ O grande desafio de venda para as classes econômicas A e B (8,2% da população) é inovar para proporcionar momentos de compra diferenciados. Nas classes B2, com renda média de R$ 2.300,0, o desafio passa a ser colaborar para a otimização dos gastos;

ram queda de 0,4% nos preços. O pior desempenho foi das lojas com 50 ou mais check-outs, que representam 4,4% das lojas. Elas diminuíram o volume de vendas em 8,7%, tiveram uma perda de gan-

“ Em janeiro, as mulheres já representavam 44,4% da população ocupada nas grandes regiões metropolitanas;

hos de 11,4% e uma queda de 3% nos preços. Os hipermercados compactos ou grandes supermerca-

“ A participação das mulheres, com 11 ou mais anos, no universo de mulheres ocupadas, de 52% é ainda menor que a dos homens, de 59%;

www.jornalentreposto.com.br

Para receber o Jornal Entreposto on line, acesse o site: www.jornalentreposto.com.br, clique no ícone fale conosco e faça o seu cadastro.

Cerca de 65% de todos os produtos lançados no mundo em 2008 são cosméticos.

“ O consumo de cosméticos está crescendo muito. O Brasil passou de sexto para o segundo maior consumidor de cosméticos de todo o mundo.

dos, com 20 a 49 checkouts, representam 10,5% das vendas do setor supermercadista. O desempenho foi muito bom, com exceção dos perecíveis que caiu 3,6% e do bazar que caiu 2%.


Maio 2009

B3


Maio 2009

B4

Quem é o vilão no caso do

pimentão? Anita de Souza Dias Gutierrez

O pimentão pertence à família botânica das solanáceas, a mesma do tomate, da berinjela e de muitas outras hortaliças. Ele é uma das hortaliças mais cultivadas no Brasil e no mundo. O descobrimento da América por Colombo permitiu a sua utilização em todo o mundo e forneceu à humanidade uma importante fonte de vitamina A. No Brasil o pimentão é a principal hortaliça cultivada em ambiente protegido. Ele permite uma vida digna para pequenos produtores que cultivam cerca de mil m2 de estufa, uma área igual a um décimo de hectare. Só no estado de São Paulo, em vinte e três municípios, de 14 regiões agrícolas, existem três mil hectares, que produzem 60 mil toneladas de pimentão. O Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp comercializou 48 mil toneladas de pimentão em 2008, proveniente de nove estados e de 303 municípios brasileiros. O estado de São Paulo responde com seus 193 municípios por 64% do volume total. Os produtores são pequenos. A remessa média é de 38 caixas (10 quilos) por produtor de pimentão amarelo, 51 caixas por produtor de pimentão vermelho e 158 caixas por produtor de pimentão verde. Um caminhão truck pode carregar a produção de 17 produtores de pimentão amarelo ou de 13 produtores de pimentão vermelho ou de quatro produtores de pimentão verde. As recentes manchetes de jornais e revistas, inspiradas pelas informações da Anvisa e pelas declarações do Ministro da Saúde, criaram um movimento de rejeição ao pimentão e às hortaliças desastroso para os produtores e para os consumidores. Afinal, o que está acontecendo? Quem é o responsável por essa situação?O que deve ser feito para prevenir futuros problemas? A Anvisa coleta as amostras de pimentão e de outras frutas e hortaliças nos supermercados, para fazer a análise de resíduos de agrotóxicos, uma atividade louvável. Entretanto, na informação dos resultados ela não identifica o responsável, condena todos os agentes da cadeia de produção do pimentão. A Anvisa é o órgão responsável pela fiscalização da rotulagem nas embalagens de alimentos, mas não fiscaliza a rotulagem das frutas e hortaliças. O Procon é o órgão responsável pela fiscalização da identificação do produto e do seu responsável, mas não fiscaliza as frutas e hor taliças. A falta de rotulagem impede a identificação do responsável pelo produto, situação solucionada pela Anvisa, quando estende a acusação para todos os produtores de pimentão do Brasil, culpados ou não. Os resultados das análises de 1.773 amostras de 17 frutas e hortaliças foram divulgados pela agência no último dia 15 de abri. Foram analisadas 101 amostras de pimentão, 65 amostras apresentaram irregularidades. A maior parte das irregularidades (53 amostras – 80% das análises com resíduos) o produtor não consegue evitar,

pois se devem à utilização de agrotóxicos não registrados para a cultura. Essa situação exige o posicionamento da Anvisa, do Mapa e do Ibama numa questão, que vem se arrastando há muitos anos no Brasil, já resolvida nos países europeus, no Japão, nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos. A Portaria nº 94, submetida à Consulta Pública, em 27 de junho de 2008, é a grande esperança dos produtores das pequenas culturas, entre elas as frutas e hortaliças, para uma solução definitiva dessa situação. Foram encontradas irregularidades de fato em 13 das amostras analisadas de pimentão (12,87% das amostras analisadas). Quem são os produtores responsáveis por esses pimentões? O que eles fizeram de errado? Aplicaram o agrotóxico fora do período de carência recomendado ou numa dosagem maior que a recomendada? A obrigação dos órgãos de fiscalização é identificar o culpado e prevenir futuras ocorrências pela punição e orientação do culpado e nunca punir todos os produtores de pimentão. A defesa nunca é a melhor alternativa, mas é sempre a situação colocada para os agricultores – que são considerados responsáveis pela gripe suína, pelo desmatamento da Amazônia, pelo aquecimento global, por escravidão e pelos resíduos de agrotóxicos das frutas e hortaliças.

Algumas medidas, simples e factíveis ajudariam muito a prevenir a repetição de mais um episódio que prejudica tanto os produtores e alarma os consumidores:

1.Exigência de rotulagem nas embalagens de frutas e hortaliças para garantir a identificação do produto e do seu responsável. 2. Exigência da identificação do fornecedor do produto na gôndola do supermercado, de preferência com a colocação da caixa que vem do produtor na gôndola – sistema de manuseio mínimo. 3. Exigência, na publicação dos resultados do monitoramento de resíduo de agrotóxico pelos órgãos governamentais, a obrigatoriedade de identificação do responsável e das medidas tomadas para a prevenção de futuros problemas. 4. Solicitação às autoridades que não façam declarações que comprometam todo um setor, sem assumir a sua parte de responsabilidade no problema e identificar os culpados. 5. Publicação definitiva da Portaria nº 94, colocada em Consulta Pública em 27 de junho de 2008, que estabelece critérios e procedimentos a serem adotados para o estabelecimento de limites máximos de resíduos, para as culturas com suporte fitossanitário insuficiente e para a inclusão destas culturas na monografia dos agrotóxicos registrados para uso agrícola. 6. Um trabalho contínuo de estimulo à compreensão da agricultura pela população urbana, no seu esforço de produção de alimentos, fibras, energia, preservando o meio ambiente e garantindo a segurança do alimento.


Maio 2009

B5

O potencial de crescimento de uva sem semente do Nordeste segundo os atacadistas da Ceagesp A produção de uva sem semente no Brasil é, em sua maioria, destinada à exportação, e está muito concentrada no Vale do São Francisco, no segundo semestre do ano. A crise econômica mundial já afetou gravemente os

produtores exportadores de uva do Nordeste na última safra. A diminuição do volume e do valor do produto, associados à inadimplência do importador e às incertezas sobre o compor tamento da próxima safra, levaram à diminuição de áreas de produção e venda de

propriedades, sinais evidentes das dificuldades financeiras dos produtores. O mercado interno brasileiro é muito grande, com imenso potencial de aumento de consumo. Se cada um dos 190 milhões de brasileiros consumir R$ 1,64 por ano de

uva teremos todo o valor exportado pelo Brasil, de US$ 133 milhões. Entretanto, os produtores brasileiros que exportam frutas trabalham mal o mercado interno, que vem sendo invadido por frutas importadas de outros países. A uva sem semente na

Ceagesp representou 17% do volume total de uva em 2007 e em 2008. A participação da uva sem semente importada é grande, mas caiu 11% de 2007 para 2008. Em 2007 a uva semente importada representou 66% do total de uva sem semente, e em 2008 a sua participação foi para 55%. Houve um crescimento de 42% no volume de uva sem semente nacional. Foram entrevistados, no período de 02 a 12 de fevereiro , os 30 maiores atacadistas de uva sem semente do ETSP, com o intuito de identificar os principais entraves à comercialização da uva sem semente nacional e medir o potencial de inserção deste produto no mercado interno. Os atacadistas entrevistados podem ser divididos em três grupos: Grupo A: só trabalha com uva sem semente importada (47%) Grupo B: só trabalha com uva sem semente nacional (10 %), com exceção das uvas do Nordeste. Grupo C: trabalha com as duas uvas (sem semente importada e nacional) (43%) As principais razões para a comercialização de uva sem semente importada, citadas pelos atacadistas entrevista-

dos, foram sabor, safra e qualidade, sendo o sabor e a qualidade fatores que também se destacam como entraves à comercialização da uva sem semente do Nordeste, juntamente com a tradição de importação e o preço do produto. A tradição de importação foi citada pelos grupos como razões para a comercialização de uva sem semente importada (12%) e como um dos entraves à comercialização de uva sem semente do Nordeste (24%). É importante salientar que não existe nenhuma restrição à comercialização de frutas nacionais por atacadistas que trabalham com produtos importados, por parte da Ceagesp. A intenção de compra da uva sem semente nordestina foi perguntada aos atacadistas entrevistados que não trabalham com ela ainda. Houve grande variação de intenção nos dois grupos entrevistados: no grupo A, 29% gostariam de trabalhar com o produto, no grupo B 100%. Tabela 01 Principais razões (em %) para a comercialização de uva sem semente impor tada e para a não comercialização de uva sem semente do Nordeste, segundo os atacadistas entrevistados:

Razões

Importadas

Sabor

30

22

26

Safra

18

0

9

Qualidade

12

15

14

Tradição

12 9

24 5

18 7

Preço

9

17

13

Resistência

6

0

3

Embalagem

3

2

3

Espaço

0

7

4

Concorrência

0

5

3

Demanda

Nordeste

Média

CÁ ENTRE NÓS

Maio, mês das mães

Por Manelão O cheiro de jasmim está no ar e as atenções de todos os brasileiros estão voltadas para a Ceagesp ,que completa 40 anos no meio do universo composto pelos alimentos naturais de primeira qualidade que são comercializados aqui. *** De Perus, passando pela avenida Paulista e todos os cantos da cidade, os ambulantes que oferecem flores nos faróis lembram os filhos e maridos que o Dias das Mães chegou e que, além do abraço carinhoso e palavras de amor, o que mais lhes toca o coração maternal é receber de presente um vaso de planta ou um arranjo floral. Saibam as mães que essas maravilhas, seja uma avenca ou uma orquídea saíram da maior feira de flores do Mercado Livre do Produtor que às terças e sextas-feiras é o espaço mais florido e aromático de São Paulo. A Nossa Turma também comemorou o Dia das Mães em companhia dos seus filhos que, em conjunto com os vo-

luntários, educadores e funcionários fizeram uma homenagem à mãe Maribel Poloni de Donato que não pôde estar na solenidade, mas durante 11 anos comandou o hino de amor às mães. Com suco de maracujá que nos foi doado pelo Oswaldo Rocha e o bolo maravilhoso que nos foi ofer tado pela mãe Cida da Padaria Nativa, a festa foi um sucesso. *** A nossa sala de informática está quase pronta, com os computadores doados pelo Laboratório Roche e o apoio dos funcionários da Ceagesp, que nas horas de folga montaram a bancada. Os voluntários que entendem do riscado da informática vão conectar os cabos e as nossas crianças terão acesso ao que há de melhor na educação moderna. E para a inauguração do novo espaço, a Nossa Turma vai convidar o chefe da Nação, presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Maio 2009

B6

ECONOMIA

Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para maio

Flávio Luís Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp

Quantidades comercializadas O Entreposto Terminal de São Paulo recuperou parte das perdas registradas principalmente no mês de fevereiro de 2009. A retração que era de 3,33% no bimestre passou a 0,65% no quadrimestre. No período de janeiro a abril foram comercializadas 1.047.242 toneladas de hortifrutícolas, flores e pescados ante 1.054.103 negociadas em 2008, conforme gráfico abaixo:

Tendência

Por setor de comercialização, apresentaram elevação da quantidade ofertada os setores de frutas (+0,96%), legumes (+0,98%) e verduras (+1,39%). Os setores de flores (16,98%) e pescados (-16,09 %) apresentaram as maiores reduções. Também registraram retração o setor de diversos (-7,93%).

O volume comercializado, historicamente, registra retração nesta época do ano. Porém, com a expectativa de menor consumo, os preços deverão seguir declinando. O setor de frutas deverá continuar registrando elevação do volume ofer tado principalmente com a perspectiva da entrada de produtos sazonais como tangerina, li-

mão, morango, caqui, entre outros. Os setores de Legumes e verduras deverão apresentar estabilidade do volume ofertado e queda dos preços praticados. Espera-se uma retração no consumo principalmente das folhosas. O quadro ilustra as principais opções de compras em maio:


Maio 2009

B7

ARTIGO

Resistência é um sério problema para a agricultura Mário Sato*

www.jornalentreposto.com.br

Um dos problemas associados ao uso indiscriminado de inseticidas e acaricidas é o desenvolvimento de resistência de pragas a produtos químicos. Para algumas pragas agrícolas, a magnitude da resistência chega a milhares de vezes. No caso de ácarorajado (Tetranychus urticae), que é praga séria de culturas como morangueiro, crisântemo, rosa, pêssego, algodão e mamão, observou-se resistência de aproximadamente três mil vezes para o acaricida fenpiroximato; de 350 vezes, para abamectina; e de 570 vezes, para clorfenapir, após poucas aplicações desses acaricidas. Para fenpiroximato, a concentração necessária para se matar os ácaros resistentes a esse acaricida foi duzentas vezes maior que a concentração recomendada para o controle do ácaro-rajado em morangueiro no Brasil. Nesse caso, um aumento na concentração do produto, mesmo que da ordem de dezenas vezes, não seria suficiente para aumentar a eficiência do produto no campo, caso a população se torne resistente. Algumas populações desse ácaro-praga mostram-se resistentes a quase todos os produtos registrados no mercado, causando muita dificuldade para seu controle. Para algumas culturas como morangueiro, na qual poucos acaricidas são registrados, diversos agricultores não conseguem controlar o ácaro-praga nos meses finais da cultura, sendo forçados a eliminar antecipadamente a cultura do campo, implicando em consideráveis prejuízos econômicos.

Acesse de qualquer lugar o conteúdo do Jornal Entreposto, o mais completo veículo de comunicação do mercado.

Uma consequência da evolução da resistência é o aumento do número de aplicações, devido à redução da eficiência dos produtos químicos. Esse intenso uso de produtos químicos favorece ainda mais à evolução da resistência. Além disso, causa outros problemas como o desequilíbrio biológico, devido à eliminação de inimigos naturais; contaminação ambiental; risco de intoxicação dos agricultores; maior contaminação de alimentos e aumento do custo de produção. Uma das principais estratégias de manejo da resistência de pragas a produtos químicos está relacionada à redução na frequência de aplicação de inseticidas e/ou acaricidas. Nesse aspecto, a realização do monitoramento populacional de pragas pode ser uma ferramenta valiosa para o manejo da resistência. A utilização de produtos somente quando as densidades populacionais da praga estão acima do nível de dano econômico pode reduzir consideravelmente o número de aplicações contra as pragas, reduzindo assim a pressão de seleção com os agroquímicos. Outra estratégia fundamental é a preser vação de inimigos naturais nas áreas agrícolas. Os inimigos naturais podem manter a população da praga em baixas densidades por longos períodos no campo, não havendo necessidade de intervenções químicas durante esse período. Outro aspecto é que os inimigos naturais podem se alimentar tanto dos insetos (ou ácaros) suscetíveis como dos resistentes, podendo diminuir o número de organismos resistentes no campo. Em um estudo com ácarorajado em morangueiro, no estado de São Paulo, o Instituto Biológico promoveu a libera-

ção de ácaros predadores da espécie Neoseiulus californicus propiciando um bom controle da praga, possibilitando a manutenção da população do ácaro-rajado em níveis baixos na cultura, não havendo a necessidade de aplicações de acaricidas após o estabelecimento dos predadores no campo. Com isso, foi possível evitar pelo menos dez aplicações de acaricidas, em comparação a uma área com uso de apenas controle químico. Essa redução no número de aplicações levou a uma diferença significativa na freqüência de resistência a abamectina (e outros produtos), que foi significativamente menor na área de liberação dos predadores, na fase final da safra agrícola. Quando o controle biológico é de difícil uso, por falta de inimigos naturais eficientes, e são necessárias várias aplicações de inseticidas para o controle de uma praga, devem-se evitar aplicações repetidas de um mesmo produto ou de produtos com mesmo modo de ação. Aplicações repetidas de um mesmo inseticida favorecem uma rápida evolução da resistência. Nesse caso, a rotação de produtos químicos de diferentes modos de ação pode ser uma boa alternativa, podendo retardar a evolução da resistência. Para minimizar o problema da resistência de pragas a defensivos agrícolas há necessidade de um esforço em conjunto, entre produtores agrícolas, instituições de pesquisa e extensão rural, para a criação e implantação de estratégias efetivas para o manejo da resistência a defensivos. *Pesquisador do Instituto Biológico

Pesquisa avalia óleo de abacate Estudo observa viabilidade da substância como matéria-prima para a indústria alimentícia Hábitos de vida saudáveis e uma dieta balanceada, aliados ao alto consumo de frutas e vegetais, estão associados à redução do risco de doenças e à manutenção da saúde. Além disso, o controle de doenças cardiovasculares, por exemplo, pode ser feito com maior possibilidade de êxito se tiver o auxílio de medicamentos ou por meio de dieta que, segundo pesquisadores, consiste na melhor forma de prevenção. O consumo de vegetais, grãos e frutas pode assim prevenir essas doenças, uma vez que, em sua composição é marcante a presença de fibras e alguns compostos fitoquímicos como os esteróis, ácido fítico, taninos, inibidores de enzimas, saponinas, entre outros. Estudo recém publicado na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, e conduzido pela professora Jocelem Mastrodi Salgado, do departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ Esalq), analisando o óleo de abacate como matéria-prima para a indústria alimentícia, deve desper tar interesse no setor produtivo e em todos aqueles preocupados em buscar alternativas naturais para manter uma melhor qualidade de vida. Segundo Jocelem, “o óleo de abacate possui, em sua composição, substâncias bioativas capazes de pre-

venir e controlar as dislipidemias e, como existem poucas pesquisas científicas avaliando o potencial deste óleo para o consumo humano, buscamos avaliar os processos de extração e refino dessa substância”. Para executar a pesquisa, procedeu-se à separação da polpa das outras partes da fruta. A polpa fresca foi seca em estufa e, posteriormente, moída para a obtenção de um farelo. O óleo obtido do farelo foi extraído e caracterizado. O experimento foi realizado nos laboratórios de Bromatologia e Óleos e Gorduras da Esalq e foram utilizados frutos de abacate da variedade Margarida, provenientes da região de Piracicaba. “Os abacates foram colhidos no seu estado de maturação quando ainda se apresentavam firmes. Logo após foram armazenados à temperatura ambiente, até atingirem seu ponto de maturação, ou seja, quando os frutos amolecem e cedem à leve pressão feita com os dedos”, revela a pesquisadora. A variedade Margarida foi selecionada por encontrar-se facilmente disponível no mercado brasileiro e apresentar teor de matéria graxa ao redor de 20%. Os resultados mostraram que os processos de extração e refino do óleo a partir dessa variedade do abacate são tecnicamente viáveis, o que o torna excelente matéria-prima para a indústria de alimentos.

Além disso, possui um perfil de ácidos graxos e esteróis muito semelhante ao perfil do azeite de oliva, podendo desta forma, substituir o óleo de soja e ser utilizado juntamente com o azeite de oliva nos óleos mistos, oferecendo ao consumidor brasileiro um produto de qualidade superior e com menor custo. Concluiu-se ainda que o óleo de abacate, da variedade estudada, é uma boa fonte de vitamina E, pois 30 mL deste óleo atendem a 18% das necessidades diárias de um adulto. Segundo a Anvisa, que estabelece diretrizes para os alimentos que utilizam informação nutricional complementar, para ser considerado alimento rico ou com alto teor de uma determinada vitamina, o mesmo precisa oferecer no mínimo 15% do valor correspondente ao previsto na tabela de Ingestão Diária Recomendada (IDR). Portanto, caso esse óleo venha ser comercializado no varejo, é possível utilizar essa alegação em sua rotulagem. Os resultados confirmam a possibilidade de utilizar o óleo de abacate em substituição ao azeite de oliva ou como matéria-prima para a indústria alimentícia, pois suas composições nutricionais são muito semelhantes. “No entanto, são necessários mais estudos para melhorar o sabor e o aroma deste óleo”, pondera Jocelem.


B8

Maio 2009


Maio 2009

Ceasas Brasil

C1 JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Notícias

C

São Paulo terá censo agropecuário O governador José Serra lançou, no último dia 22 de abril, o Censo Agropecuário Paulista, também conhecido como Projeto LUPA (Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária). O Projeto foi desenvolvido pela Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e pelo Instituto de Economia Agrícola que realizaram o trabalho de campo de depuração e de compilação dos dados. Serra enfatizou que o projeto é um importante diagnóstico do agronegócio paulista. Segundo o governador “o setor agropecuário paulista é o mais dinâmico do Brasil, assim como somos os maiores produtores do país em várias culturas, como, por exemplo, a laranja, a borracha natural e a goiaba”. O censo, que foi desenvolvido entre 2007 e 2008, consiste em mostrar informações mais detalhadas sobre toda a produção agrícola paulista, permitindo que os dados sejam consultados de forma consolidada por município, região e estado, podendo ser filtra-

dos por ocupação de solo, culturas, estrutura fundiária, entre outros. Para o coordenador da Cati, Francisco Simões, a principal importância desse censo é o planejamento rural em nível municipal e estadual. “Esse projeto possibilita definir a participação de cada município no ICMS do Estado, além de proporcionar melhor gestão das políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria de Agricultura no setor rural”. O último levantamento agropecuário desse tipo foi feito em 1995/96, quando São Paulo possuía 277 mil propriedades rurais. Segundo o secretário de Agricultura, João Sampaio, “o levantamento demonstrou que hoje temos mais de 324 mil propriedades, sendo apenas 22 delas com mais de 10 mil hectares. Isso mostra a redução dos latifúndios, graças às políticas voltadas para a classe média rural”.

Os dados da produção agrícola do estado poderão ser consultados por município, região e estado

As informações do Lupa podem ser consultadas no site da Cati: www.cati.sp.gov.br/projetolupa

CeasaMinas assi- ECONOMIA na acordo com en- Índice treposto de Mon- Ceagesp recua 4% tes Claros em abril A parceria inclui intercâmbio de ações, suporte técnico, análise de mercado, pesquisas sócioeconômicas e inclusão dos dados no Prohort A CeasaMinas assinou no dia 24 de abril um termo de cooperação técnica com a central de abastecimento de Montes Claros (Ceanorte) que prevê a transferência tecnológica e o intercâmbio técnicooperacional e de pesquisas para potencializar os projetos destinados à modernização do mercado atacadista. O acordo inclui o intercâmbio de ações entre as duas Ceasas, supor te técnico em áreas como informação, planejamento e análise de mercado, metodologias de trabalho e pesquisas sócio-econômicas, além da articulação para inclusão da Ceanorte no Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro). Um das melhorias previstas dentro do acordo é a implantação do software de informações de mercado DetecWeb, que dará condições para inclusão da Ceanorte no Prohort. O DetecWeb organiza dados e gera relatórios baseados em preços médios diários, volume ofertado e procedência, com acesso pela internet. O software é tido como referência nacional para o mercado atacadista de Ceasas do país, já que é adotado pelo Prohort, coordenado pela Companhia Nacional

de Abastecimento. Informações de preço médio, oferta e procedência são remetidas pelas centrais de abastecimento para a Conab em Brasília (DF), que converte os dados para o DetecWeb para formação de um banco de dados com acesso público. As informações ser vem de base para a geração de relatórios e formulação de políticas públicas para o setor de abastecimento. A partir do acordo, técnicos da CeasaMinas deverão realizar um diagnóstico do entreposto de Montes Claros e realizar adequações para implantação do projeto, tais como a padronização de embalagens, de classificação, de nomenclaturas dos hortigranjeiros e o sistema de destinação interno de mercadorias por pavilhão. Entre as vantagens do sistema, estão a confiabilidade das informações e a modernização do mercado, permitindo acesso mais rápido e on line de dados por produtores rurais, comerciantes e demais públicos. Além das seis unidades da CeasaMinas (Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Governador Valadares, Caratinga e Barbacena), a Ceanorte é a segunda central de abastecimento a adotar o sistema no Estado.

Os preços dos produtos comercializados na Ceagesp recuaram 4% em abril influenciados pela melhoria das condições climáticas. Com isso, todos os setores apresentaram redução de preços no atacado. Os setores de verduras (-10,92%) e legumes (-8,69%) apresentaram as maiores quedas, seguidos por frutas (3,43%), e pescados (-0,39%). Apenas o setor de Diversos registrou alta de 4,18%, influenciado, principalmente, pela elevação de 19,7% no preço da batata. Com as temperaturas mais amenas e as chuvas menos frequentes, houve aumento da oferta e consequente queda nos preços dos produtos frescos. No setor de Frutas, o produto com queda mais acentuada foi a laranja lima, com baixa de -33,9%. No setor de Verduras, o Nabo ficou 33,8% mais barato e, no setor de Legumes, o Jiló teve queda de 29,8%. A diminuição de 23,2% no preço do atum foi a maior oscilação no setor de pescados. Com o resultado de abril, o índice CEagesp acumula alta de 2,70% no ano e 4,54% nos últimos 12 meses. A tendência ainda é de queda nos preços para os próximos dois meses. Esse quadro só poderá se inverter se houver incidência de geadas nas regiões produtoras em junho e julho.


Maio l 2009

Ceasa/GO: sistema de banco de caixas deverá ser apresentado ao governo O banco de caixas, a higienização e padronização de embalagens deverá ser a contribuição da Ceasa Goiás ao Plano de Investimento em infraestrutura que as Ceasas de todo o país se comprometeram em apresentar ao governo federal. O plano, também chamado de PAC do Abastecimento, deverá ser apresentado até o dia 1º de junho. O presidente da Ceasa Goiás, Edivaldo Cardoso explica que cada região ficou responsável por uma área. A

decisão de apresentar projetos por região foi tomada durante a posse dos novos diretores da Abracen, em Belo Horizonte (MG), no último encontro nacional das Ceasas, entre os dias 14 e 15 de abril. Seguindo a rota de expansão e melhoria contínua dos serviços, Goiás já desenvolveu a primeira experiência e colhe bons resultados com o uso de caixas plásticas padronizadas e higienizadas na área de bananas. Estrutura montada nas dependências

das Ceasa Goiás tem capacidade para higienizar, diariamente, 16 mil caixas plásticas para acondicionamento e transporte de bananas. Serviço disponibilizado aos operadores de mercado e produtores, que, mediante cadastro e emissão de carteira específica para atendimento, dispõem da comodidade. É o que conta o sócio-administrador do Banco de Caixas, Luciano Vilela. A versatilidade no atendimento fez com que o consu-

midor se esquecesse dos transtornos comuns ao uso das antigas e inadequadas caixas de madeira. De acordo com a legislação em vigor, elas devem ser utilizadas apenas uma vez, já que são descartáveis. Além de abrigar potenciais riscos de contaminação do produto, como excremento de ratos. O consumidor que opta por esse tipo de material tem de desembolsar até R$ 2,50, por peça. Por outro lado, as caixas plásticas saem por R$ 15

INVESTIMENTO

Ceasa/PB faz melhorias no entreposto da capital Posteriormente, benefícios também serão estendidos aos mercados de Campina Grande e de Patos Até o final do primeiro semestre, 500 comerciantes da Central de Abastecimento da Paraíba, localizada em João }Pessoa, ganharão um incremento na infra-estrutura de suas lojas e áreas externas. Conforme o presidente da estatal, Neto Franca, os investimentos atingirão a parte de iluminação ornamental, segu-

rança e limpeza. Somente trica, a empresa prevê economizar 30%. “A determinação do governador José Maranhão é diminuir as despesas com o custeio da empresa e aplicar em setores que possam gerar emprego e renda”, declarou. Após a conclusão dos investimentos no entreposto de comercialização na capital,

a empresa estenderá os benefícios para as centrais de Campina Grande e Patos. Administradas pela Empasa, as três Centrais de Abastecimento são responsáveis em proporcionar aos produtores, comerciantes e demais agentes, infra-estrutura física e de serviços, destinada à comercialização de hor tifruti,

pescado e outros, tendo em vista aperfeiçoar os mecanismos de formação de preços e acompanhamento da oferta desses produtos. Por mês, o entreposto da capital paraibana comercializa uma média de 8,3 mil toneladas de hortifruti gerando uma movimentação financeira estimada em R$ 8,7 milhões.

(unidade). Mas têm vida útil considerável: até 5 anos de uso ininterrupto. “Essa é a grande vantagem que o consumidor tem em mãos, ao contar com o serviço do banco de caixas plásticas”, recomenda Vilela. Outra vantagem, segundo o empresário, é que o consumidor final tem a certeza de levar à mesa hortifrutigranjeiros, no caso a banana, livres de quaisquer contaminações. “As caixas de madeira, até pela forma como são acondi-

cionadas, representam risco à saúde e também à lavoura”, aponta Vilela, satisfeito com a procura pelo atendimento. “O cliente compra uma única vez e fica tranquilo, pois sabe que leva caixas de qualidade.” Segundo o presidente Edivaldo Cardoso, a tendência é regulamentar nacionalmente a utilização das caixas plásticas higienizadas e estendê-la a todos os segmentos de comercialização das Ceasas.

Feira agropecuária apresenta novas tecnologias em Itapeva Depois de seis edições, o Agroinvet muda de nome e ganha uma versão ampliada. A Agrovia 2009 acontece entre os dias 28 e 30 de maio em Itapeva (SP) e promete reunir as maiores empresas de sementes e maquinários do setor. Segundo os organizadores, a feira terá 100 estandes e contará com palestras, consultorias técnica e de financiamento. O evento apresentará também um dia de campo com demonstrações da utilização de técnicas agrícolas para agricultores e pecuaristas. AGROVIA 2009 De 28 a 30 de maio, das 9h às 17h Entrada gratuita Mais informações: www.agroviasp.com.br

PROJETO

Entidades debatem legislação para as Ceasas A proposta de criação de uma lei nacional específica para as Ceasas será desenvolvida por uma comissão formada por representantes do governo federal, das Ceasas e dos empresários do setor. O assunto foi discutido durante encontro no dia 28 de abril, no entreposto de Contagem (MG). Durante o encontro, foi discutido o texto do anteprojeto de lei elaborado pelo advogado e consultor da Brastece, Vicente de Paulo Mendes. Segundo o presidente da Abracen (Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento), João Alberto Lages,

a prioridade será ouvir todos para garantir um diagnóstico das dificuldades de implantação do código legislativo, a fim de avaliar a aceitação da nova lei. O participantes destacaram a necessidade de novas análises para aprovação do anteprojeto. Como em encontros anteriores, foram apresentados projetos bem sucedidos em Ceasas de outros países, com o objetivo de buscar referências para os entrepostos do Brasil. O vice-presidente da Brastece-Sudeste (Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes

em Entrepostos de Abastecimento), Waldir Lemos, destacou que a maior dificuldade para implantação de uma lei que regule todas as centrais de abastecimento do país deve ser o fato de algumas delas serem de jurisdição municipal e outras que são federais. Ao final do encontro, ainda ficou marcada uma próxima reunião que será realizada no dia 15 de maio, em Por to Alegre, RS, no hotel Deville. A comissão é composta por integrantes do Ministério da Agricultura, Abracen, Brastece e Companhia Nacional de Abastecimento.

Site do Prohort disponibiliza preços diários das centrais O novo portal do Prohort (Programa de Modernização do Mercado Hor tigranjeiro) permite o acesso a preços diários de produtos comercializados em mercados atacadistas das capitais e de cidades do interior de alguns estados brasileiros. Os preços, atualizados di-

ariamente pelas centrais de abastecimento, podem ser visualizados na página inicial do portal. Com um clique na tabela, esta será ampliada e serão oferecidas opções de acesso a preços mais comuns, preços médios, preços por região e preços praticados em todos

os mercados integrados ao portal. Além disso, clicando em qualquer produto, o usuário poderá ter acesso aos preços praticados nas centrais de abastecimento nos últimos trinta dias.

www.ceasa.gov.br


Maio l 2009

C3

FALANDO NISSO

Femetran, 8 anos

Por Neno Silveira

Quem vê o estado do entreposto da capital e não conhece um pouco da sua história pode achar incrível que um evento como a Femetran continue firme depois de tanto tempo. Realmente é difícil acreditar que um empreendimento realizado com senso de profissionalismo e calcado na ideia de prestar um serviço ao mercado tenha passado incólume por uma sucessão de dirigentes indiferentes aos rumos do setor de abastecimento e ao próprio destino da Ceagesp. É, de fato, um mérito indiscutível conseguir manter e melhorar um empreendimento dentro de um ambiente que, aos olhos de todos, parece abandonado pelas autoridades. E é também um feito digno de registro fazer com que algumas das principais e mais respeitadas empresas do país continuem, depois de tantos anos, a enxergar o entreposto da capital por aquilo que ele tem de mais positivo, que é a força e o potencial de renovação de seus permissionários.

Penso que é exatamente este o conceito que os permissionários devem ter sobre a Femetran, uma iniciativa que ressalta o que o mercado tem de melhor e, neste sentido, um evento com condição de resgatar um pouco da autoestima de quem não se vê com força suficiente para lutar contra a degradação das instalações e das condições operacionais no entreposto. Em suma, uma fórmula que todos sabem que não tem como não ser bem sucedida, uma vez que reúne perseverança e profissionalismo. Em muitos dos ar tigos que eu publiquei neste espaço, eu alertei sobre o loteamento político das empresas públicas e sobre as consequências dessa prática para o desempenho e a saúde das empresas. No caso da Ceagesp, por exemplo, eu já lembrei, inúmeras vezes que a inter ferência política teve início em 1986 e que, de lá até agora, raríssimas vezes a empresa teve administrações minimamente familiarizadas

com as questões do abastecimento e com as carências do mercado de hortigranjeiros. Este descolamento (ou desvirtuamento) resultou exatamente no que vemos hoje, ou seja, quase nada. Quase nenhum avanço nas condições operacionais, nenhum progresso técnico no sistema de comercialização que tenha sido gerado por projetos das direções que se sucederam, nenhum movimento para recuperação das instalações e, obviamente, nenhuma iniciativa para integrar os permissionários no processo de administração da empresa. Neste deserto de iniciativas, a Femetran aparece como uma verdadeira exceção, um providencial oásis que, por modesto que possa parecer, traz uma perspectiva nova, um reconhecimento, uma oportunidade para que adquiram novo ânimo todos aqueles que par ticipam da nobre tarefa de prover o abastecimento de milhões de pessoas.


C4

Maio 2009


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.