Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
São Paulo, junho de 2009 www.jornalentreposto.com.br
Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva * * * UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO * * * Ano 10- Nº 109- Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste
ARQUIVO CEAGESP
Diante do desafio de continuar assegurando rentabilidade aos produtores e atacadistas que operam em suas redes de entrepostos e armazéns, estatal – referência nacional em abastecimento agroalimentar – comemora quatro décadas de história
Ceagesp: 40 anos na mesa dos brasileiros
Feira da Apas gera R$ 4 bilhões em negócios
Grande festa realizada nas dependências do entreposto da capital marcou o aniversário da companhia fundada em 1969. Após a solenidade, houve diversas apresentações artísticas e serviços de saúde, cidadania e beleza foram oferecidos gratuitamente à comunidade da região da Vila Leopoldina Págs. A2, A4, A6 e B1
Tocantins inaugura Ceasa
Conheça os principais peixes comercializados no ETSP Sistema da Ceagesp armazena dados da comercialização de pescados por meio de informações colhidas diariamente nas notas fiscais dos produtos que passam pela portaria do entreposto paulistano Págs. B7 PAULO FERNANDO COSTA
Evento realizado no Expo Center Norte conta com presença de permissionários da Ceagesp Pág. B3
Abertura da central de abastecimento de Palmas marca o Ano da Fruticultura Tropical no estado Pág. C1
Lei das Ceasas a caminho O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento oficializou a comissão responsável por avaliar e propor a legislação concernente às centrais de abastecimento. Pág. C2
Ceasa Campinas substitui embalagens da batata Experiência visa atender demandas de variados setores e tornar menos estafante o trabalho dos carregadores Págs. C4 e C5
Cananeia: paraíso no litoral sul de SP
Débora e Carmem dominam mercado
Parque Estadual da Ilha do Cardoso preserva história do Brasil, cultura caiçara e remanescente de Mata Atlântica no litoral sul paulista.
As variedades de tomate mais comercializadas no Entreposto de São Paulo são, segundo pesquisa do CQH, Débora e Carmen, seguidas por Alhamba e Andréia.
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Setor de Pescados da Ceagesp concentra grande número de atacadistas do setor
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CEAGESP 40 ANOS ○
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Potencial de renovação dos permissionários é a força da Ceagesp, avalia economista Paulo Fernando De São Paulo Dia 31 de março de 1969. Uma data histórica para o mercado brasileiro de alimentos in natura, na qual a fusão do Ceasa (Centro Estadual de Abastecimento S.A) com a antiga Cagesp (Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) dava origem à Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). Criada pelo governo estadual, a empresa federalizada no fim da década passada vem, desde os primórdios de sua estruturação, contribuindo para a organização do comércio atacadista de hortifrutícolas, flores e pescados no Brasil. E, apesar de todos os percalços oriundos da falta de investimentos públicos no setor e de sucessivas administrações descoladas dos anseios da cadeia produtiva, a estatal que administra o maior entreposto agroalimentar da América Latina continua sendo referência para o comércio de produtos do gênero no país. A opinião é do economista e técnico em abastecimento Neno Silveira, para quem as precárias condições operacionais e instalações obsoletas são os exemplos mais notórios da premente necessidade de modernização do mercado paulistano. Nesse contexto, a falta de pavilhões, câmaras e transpor te climatizados são apenas alguns exemplos do entraves que agravam a situação, geram perdas e custos. “Mas esses inconvenientes não são exclusivos do ETSP [Entreposto Terminal de São Paulo]”, observa. “A maioria das centrais de abastecimento do país carece de políticas públicas e investimentos contínuos, principalmente na área logística”, explica, lembrando que “esse cenário, muitas vezes, não estimula
produtores e pemissionários a adotar práticas comerciais adequadas ao século 21”, como a padronização necessária para as vendas virtuais de FLV, pescados e flores a grandes clientes (business to business) ou até mesmo para o consumidor final (e-commerce). “Já estamos na era da nota fiscal eletrônica, do SPED [Sistema Público de Escrituração Digital] e muitas empresas desse ramo nem sequer possuem um endereço na Internet”, ressalta. “Tem gente que ainda vive naquele tempo da caneta na orelha e papel de pão nas mãos”, acrescenta. Entretanto, segundo o especialista, o potencial de renovação de outra boa parte dos permissionários permanece despertando o interesse de multinacionais e grandes empresas brasileiras. O negócio das milhares de empresas que operam no entreposto de São Paulo, informa Silveira, gera o que os economistas chamam de demanda agregada. Para escoar dez mil toneladas diárias de produtos vindos de 23 estados e 18 países, integrando toda essa cadeia de suprimentos, são precisos sistemas eficazes de comunicação, embalagens, tecnologias de refrigeração, milhares de caminhões e veículos utilitários. “A realização de oito edições da Femetran [Feira dos Meios de Transpor te, Movimentação e Logística de Produtos Hor tifrutícolas] é um exemplo da relevância do setor para a economia nacional”, exemplifica. O técnico em abastecimento também menciona a importância da Ceagesp para a ciência agrícola brasileira. “O ETSP é um grande laboratório a céu aberto, muito bem aproveitado pelos pesquisadores do CQH [Centro de Qualidade em Horticultura] da companhia”, elogia.
Criada pelo governo estadual, a empresa federalizada no fim da década passada vem, desde os primórdios de sua estruturação, contribuindo para a organização do comércio atacadista de hortifrutícolas, flores e pescados no Brasil.
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O INÍCIO
Grande enchente trouxe comerciantes para o Ceasa Por meio de decreto, governador Adhemar de Barros realocou os atacadistas da região central na Vila Leopoldina
Paulo Fernando De São Paulo Após muita relutância do setor, o governo do estado de São Paulo transferiu, no dia 14 de março de 1966, boa parte dos comerciantes instalados no Mercado Municipal Paulistano para o “mar de concreto armado” que era o entreposto recémconstruído na zona oeste da capital. A grande enchente ocorrida dias antes e os consequentes transtornos ocasionados à população pela inflação dos alimentos motivaram a mudança compulsória. O novo mercado, conhecido como Ceasa (Centro Estadual de Abastecimento S.A), fora concebido a par tir dos estudos realizados por uma comissão instalada pela secretaria estadual de agricultura e já estava aberto aos interessados. Entretanto, a distância e a acessibilidade ao entreposto planejado para ser um dos maiores do mundo não contribuía para a ocupação de seus boxes e módulos. “Ônibus, só existia um, o ‘cai duro’, e o pavilhão MFE-B era um campo de futebol. A infraestrutura era precária, havia muita lama e não tinha energia elétrica”, recorda o atacadista Mário Benassi, um dos pioneiros na Ceagesp. Naquele tempo, a paisagem da Vila Leopoldina era bem diferente da atual. Chácaras, bois, cavalos e galinhas compunham o bucólico cenário que contrastava com os congestionamentos e o corre-corre típicos da região central. Atualmente, a região é uma das mais valorizadas da cidade, e os empreendimentos imobiliários têm colaborado para o processo de urbanização do bairro, retirando o comércio irregular de embalagens das adjacências do entreposto. Por sua vez, esse fato frequentemente reacende as especulações acerca da necessidade de se construir um novo e mais moderno mercado no entorno do Rodoanel, projeto que demandaria bilhões de reais.
40 anos atrás Grandes acontecimentos históricos marcaram 1969, o ano de criação da Ceagesp
O homem chegou à lua
Pelé marcou o milésimo gol
O Sistema de Discagem Direta à Distância (DDD) entre Porto Alegre e São Paulo foi implantado
As músicas ‘Aquele abraço’ do Gilberto Gil, ‘Atrás do trio elétrico’ do Caetano Veloso, ’As curvas da estrada de Santos’ de Roberto e Erasmo Carlos, foram lançada
O general Médici tomou posse como presidente no regime de ditadura militar
Ações violentas contra todos os opositores do regime, tendo como base legal o Ato Institucional nº 5, em vigor desde 1968
Inicio do ‘milagre econômico’: quando a economia brasileira registrou taxas de crescimento que variaram entre 7% e 13 % ao ano e grande concentração de renda
Posse do presidente Richard Nixon nos EUA
Marcha de 250 mil em Washington, o maior ato contra a Guerra do Vietnã, liderado por comitê de 100 entidades pacifistas e ex-combatentes
Primeiro implante de um coração artificial
Juan Carlos foi designado rei da Espanha pelo generalíssimo Franco.
A pena de morte foi abolida na Inglaterra
A Darpa (agência de pesquisas do Pentágono) inaugurou a Internet, rede de computadores projetada para sobreviver a uma guerra nuclear Trânsito caótico e comércio desorganizado eram as principais características do atacado no centro da cidade, na década de 1960
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Festa dos 40 anos reúne autoridades, atacadistas e colaboradores da Ceagesp
Para celebrar data histórica, Correios lançam selo personalizado e carimbo comemorativo Uma grande festa aberta ao público marcou as comemorações dos 40 anos da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. O evento, realizado 31 de maio no entreposto da capital, começou com uma missa celebrada por Dom João Mameme, bispo auxiliar da arquidiocese paulista, seguida de ato solene e lançamento do selo especial. Ao longo do dia, foram oferecidos gratuitamente serviços nas áreas de saúde, cidadania e beleza por meio da ação Ceagesp 40 Anos - Sustentabilidade e Cidadania. Entre as ações, quem foi à festa recebeu orientações para doação de medula óssea e prevenção contra doenças bucais, teve cursos de capacitação para serviços de beleza, ouviu palestras sobre pilota-
gem com responsabilidade e pôde assistir ao Show de Física da USP. Um show ao vivo do grupo Negritude Junior encerrou a programação às 17h. Além do evento do dia 31, a empresa programou um calendário de comemorações para o ano todo, com ao menos uma atividade a cada mês. Entre os destaques estão o Índice Ceagesp, primeiro balizador de preços de produtos frescos do mercado, a Santa Feira do Peixe, que ofereceu pescado a preços de atacado durante a Semana Santa, e a Galeria Ceagesp, que registra as imagens dos momentos históricos da companhia. Até o final deste ano, estão previstas várias ações para marcar a trajetória da estatal ao longo de quatro décadas.
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NEGÓCIOS
Crise econômica não impede sucesso da Femetran 2009 Nem mesmo a crise econômica, que atormenta a saúde financeira de praticamente todos os países, impediu que a Femetran (Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Hortifrutícolas) consolidasse o sucesso de mais uma edição, realizada em maio no entreposto paulistano da Ceagesp. “Apesar da crise, conseguimos atingir os objetivos e os expositores se mostraram satisfeitos com o volume de suas vendas”, diz o diretor do evento, José Felipe Gorinelli de Jesus. Durante os quatro dias, os expositores apresentaram aos visitantes seus lançamentos, tendências e serviços desenvolvidos para o setor. A exemplo da edição de 2008, todas as principais montadoras de veículos instaladas no país par ticiparam novamente da Femetran, assim como fabricantes de pneus e motores. Os participantes ratificaram a característica principal do evento, dedicado a debater a logística de distribuição de produtos hortícolas. Para o gerente de marketing da Iveco, Fernando Ribeiro, a Femetran atingiu o objetivo da montadora ao participar do evento. “Nesta edição vendemos algumas unidades de caminhões e tivemos um contato precioso com os clientes que atuam neste fundamental segmento do país”. Para o executivo, mesmo em
momento de crise econômica, o segmento de caminhões já começa a reagir. “Essa reação é motivada justamente pelo crescimento agrícola como um todo, que demanda metade da produção nacional de caminhões e está com perspectivas positivas para este ano”, acredita. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostram que 90% do transporte dos produtos hortícolas é realizado por meio de caminhões. O entreposto paulistano da Ceagesp recebe, diariamente, cerca de dez mil veículos do gênero, o que faz do meio de transpor te uma das ferramentas fundamentais para a preser vação da qualidade da produção agrícola oriunda de diversas regiões do país. Realizada no maior mercado atacadista de alimentos in natura da América Latina, a Femetran possibilita o contato direto das empresas com o setor responsável por um mercado que injeta mais de US$ 17 bilhões no Produto Interno Bruto do país. “A Femetran proporciona maior interação com o consumidor dos veículos equipados com nossos propulsores e facilita a comunicação com esse público, assim sabemos o que eles pensam sobre a empresa e nossos produtos”, afirma o gerente de Marketing da MWM International, Rober to Alves dos Santos.
“Nesta edição vendemos algumas unidades de caminhões e tivemos um contato precioso com os clientes que atuam neste fundamental segmento do país”.
Fernando Ribeiro,Gerente de marketing da Iveco.
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Qualidade
B1 JORNAL ENTREPOSTO
Caderno Técnico
Ceagesp 40 anos Empresa e atacadistas evoluem com o passar dos anos
1969 1990 1998 Cotação de Preços Serviço diário de monitoramento dos preços praticados do atacado para o varejo;
Sistema de Informação e Estatística de bal, à segurança alimen- Mercado Por Anita de Souza Dias Gutierrez CQH - Centro de Qualidade Hor tigranjeira da Ceagesp
É muito comum escutarmos as pessoas e empresas fazerem declarações sobre a sua grande preocupação com problemas que afligem a todos. Os problemas vão da má qualidade das nossas escolas, à falta de infraestrutura, à pobreza, aos problemas do meio ambiente, ao aquecimento glo-
tar, etc. Por outro lado, é muito incomum as pessoas ou as empresas passarem do discurso à prática, destinando recursos monetários e humanos para a solução dos problemas, que tanto as preocupam. A Ceagesp é incomum e não fica só no discurso, pois investe os seus recursos na esperança de um futuro melhor. A seguir, você confere alguns exemplos do que é feito pela companhia.
Levantamento diário de volume de entrada por origem, por produto e por variedade e do seu destino no mercado atacadista;
Reclamação de dívidas Nossa Turma com terceiros (Início dos anos 1990): ajuda na solução de problemas de inadimplência entre produtores e atacadistas e entre atacadistas e seus compradores;
1997
1978
Centro de Qualidade em Horticultura
Monitoramento de Resíduo de Agrotóxico
Desenvolvimento de instrumentos de modernização como as normas de classificação, o HortiEscolha e outros e capacitação dos agentes de comercialização e de produção e de estudantes, futuros agrônomos, nutricionistas e veterinários;
Coleta de amostras de diferentes produtos (frutas e hortaliças), de diferentes origens, análise de resíduos e remessa dos resultados aos responsáveis;
Apoio ao trabalho de assistência às crianças carentes da Associação de Apoio à Infância e Adolescência Nossa Turma
A Ceagesp continua apostando na comercialização transparente, no comércio justo, na segurança do alimento, na profissionalização dos agentes de produção e de comercialização, em melhores preços para os produtores e em maior disponibilidade, melhor preço e qualidade para o consumidor.
Parabéns à Ceagesp pelos 40 anos de esperança num futuro melhor!
B
Ofereça a seu varejista Todo o esforço do produtor e do atacadista na melhoria da qualidade do seu produto numa embalagem mais atraente e na construção de uma marca podem ser facilmente destruídos na gôndola do supermercado. O atacadista da Ceagesp pode melhorar essa situação oferecendo o treinamento ministrado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp aos seus clientes varejistas e a seus funcionários. A indicação do atacadista é o primeiro passo para a inscrição do varejista. O primeiro módulo é de quatro horas e fornece noções de fisiologia pós-colheita e as principais regras de recepção, conservação, manuseio e exposição das frutas e hortaliças.
INSCREVA OS SEUS COMPRADORES NO 1º módulo de FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS EM FLV Procure o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (11) 3643-3825 3643-3827/ 3643-3890 cqh@ceagesp.gov.br
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Pragas quarentenárias e a comercialização interestadual de frutas e hortaliças frescas Ossir Gorenstein Adriana Kunitake CQH/Ceagesp
ATACADO Produto
Dias da semana
Legumes Frutas
Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.
Local
Dias da semana
Verduras
MLP- Mercado Livre do Produtor
Dias da semana
Pescados
Terça a Sáb.
Dias da semana
Diversos*
Horário 9h às 20h
Seg. a Sáb. AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores
Produto
Dias da semana
Flores
Seg. e Quinta
Local
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores)
Feira de Flores
Local
Horário
Praça (Peixe, sardinha e congelados)
Produto
Local
Horário
Seg. a Sáb.
Produto
Local
14h às 21h 8h às 18h
AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais
Produto
Local
Horário
Terça e Sexta
Horário 10h às 18h
06h às 11h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana.
VAREJO Tipo
Dias da Semana Sáb. e Dom
Varejão
Varejão Noturno
Quar ta-feira
17h às 22h
PBCF Pavilhão (batata, cebola e flores) – Portão 7
Feira de Flores Local
7h às 13h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
Local
Local
Horário
Terça e Sexta
06h às 11h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
EXPEDIENTE
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Diretora Geral - Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial - José Felipe Gorinelli Jornalista Resp. - Maria Ângela Ramos - MTb 19.848 Edição - Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo /Letícia D.Benetti Estagiária - Mariana G. Marques Editoração Eletrônica / Artes - Letícia D. Benetti Projeto Gráfico - Paulo Cesar Rodrigues Web Master - Daniel Ramos Silveira Colaboradores: Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal – Distribuição Gratuita Redação: Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:
Site:
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Pragas quarentenárias do tipo A2 são aquelas que ocorrem em determinada área ou Estado e não se encontram amplamente difundidas, sendo a sua disseminação sujeita ao controle oficial. O controle oficial é estabelecido por normas legais e o método de controle é denominado legislativo por essa razão. Esse sistema de controle é constituído por regulamentos e imposição de barreiras nas divisas entre Estados e a exigência da Permissão de Transito Vegetal, conhecida como PTV. A exigência da PTV acontece quando a carga é constituída por produtos vegetais considerados hospedeiros de pragas quarentenárias A2, reconhecidas e delimitadas pelo Ministério da Agricultura. São denominadas pragas todos os seres, quer sejam in-
setos, ácaros, fungos, bactérias, nematóides ou vírus, capazes de impingir danos às plantas e prejuízos irreparáveis aos agricultores e à economia estadual. A remessa ou passagem por outros estados, onde não foram constatadas as pragas quarentenárias, de plantas, dos seus frutos, de suas mudas e materiais de propagação, hospedeiras de pragas quarentenárias A-2, exigem a emissão de PTV. A emissão da PTV exige que o expedidor da carga apresente no Posto de Defesa Agropecuária, do seu estado de origem, o Certificado Fitossanitario de Origem ou Certificado de Origem Consolidado – CFO ou CFOC, daquele lote de produto. Os cer tificados fritossanitários são emitidos por engenheiros agrônomos
treinados, credenciados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária como responsáveis técnicos das unidades de produção ou de consolidação de origem do produto. O comerciante, que sabe que poderá enviar uma parte do produto, para estados com restrição fitossanitária, deve exigir do seu fornecedor o CFO, na remessa do produto para o mercado. Até março de 2008, os produtos com restrição no comércio interestadual de frutas procedentes do Estado de São Paulo estavam limitados à cultura da banana e dos citros. A sigatoka negra é a razão da restrição à movimentação da banana e das heliconias (ornamentais). Doenças como cancro cítrico, pinta preta dos citros e greening restringiam a movimentação das frutas cítricas,
considerados então como as únicas pragas quarentenárias A2 dessas culturas. O aparecimento da mosca negra dos citros em Artur Nogueira, na região de Limeira em março de 2008, mudou essa situação. A praga é predadora de muitas plantas de importância econômica, conforme pode ser observado na tabela. Hoje existe exigência de PTV para acompanhar as cargas de produtos de todas essas culturas. Produtores, cujas culturas não requeriam emissão de CFO ou CFOC, com a entrada da mosca negra dos citros no Estado de São Paulo, passaram a depender da emissão destes documentos para a obtenção da Permissão de Transito Vegetal quando as cargas destinam-se a outros Estados, onde não é constatada a ocorrência da praga.
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Apas 2009 gera R$ 4 bi em negócios Produtores e atacadistas da Ceagesp participam do tradicional encontro do segmento varejista
Com 68 mil metros quadrados de área de estandes e uma nova estrutura de auditórios, o 25 Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, realizado entre 18 e 21 de maio, contou com aproximadamente 400 expositores. O evento deste ano gerou, segundo a organização, R$ 4 bilhões em negócios e, pela primeira vez, a Apas destinou cerca de mil metros quadrados para o segmento hortifrutícola. O Projeto FLV – nome dado ao espaço – reuniu atacadistas e produtores de frutas, legumes
e verduras com o objetivo de estreitar as parcerias com as redes de varejo. A expectativa dos permissionários é fechar acordos de abastecimento nos próximos meses. Para Eduardo Benassi, diretor geral da Benassi Frutas e um dos expositores, a feira representou uma oportunidade única para os produtores se encontrarem com os atuais e potenciais clientes. “Iniciamos relacionamentos e novos negócios serão fechados”, afirma. A Apas 2009 registrou recorde de público nos quatro
dias do evento. Foram 70,5 mil pessoas, entre empresários e executivos do setor que visitaram a maior feira mundial do segmento supermercadista. O número representa 12,8% a mais do que o ano passado. Nesta edição, 3.350 congressistas assistiram às palestras nacionais e internacionais, incluindo as dos empresários Abilio Diniz (Pão de Açúcar), Luiza Helena (Magazine Luiza) e Estevam de Assis (Supermercados Bretas). No dia 19 de, técnicos da Ceagesp também proferiram palestras no encontro.
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Processamento e embalagem adequados tornam goiaba mais atraente para consumidor Combinação de rodelas de goiabas brancas e vermelhas na mesma embalagem torna a fruta mais nutritiva e atraente para o consumidor Agência USP Estudo desenvolvido na Esalq (Escola de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP de Piracicaba, definiu o estágio de maturação da goiaba para realização do processamento mínimo, bem como a substância inibidora e as embalagens mais adequadas para a conservação dos frutos. A pesquisa da agrônoma Patrícia Maria Pinto aponta que a combinação de rodelas de goiabas brancas e vermelhas na mesma embalagem torna a fruta mais nutritiva e atraente para o consumidor. As variedades estudadas foram a ‘Kumagai’, de polpa branca e ‘Pedro Sato’, que apresenta polpa vermelha. O estudo foi conduzido em quatro etapas. “De início, promovemos uma avaliação dos melhores estágios de maturação das goiabas para o processamento mínimo”, explica Patrícia. “Os frutos foram colhidos em três estágios, definidos pela cor da casca em verde, verde-claro e verde-amarelado”. Análises físico-químicas e sensoriais ocorreram no início do experimento e a cada três dias, por um período de nove dias. As goiabas consideradas verdes obtiveram notas abaixo do limite de aceitabilidade quanto à aparência durante as avaliações. Porém, nas goiabas dos estágios de maturação mais avançados, foram observados intensa perda de firmeza e escurecimento da polpa na região placentária, características de senescência. Na segunda etapa, goiabas dos estágios verde-claro e verde-amarelado foram submetidas, antes do processamento, ao tratamento com 1-Metilciclopropeno (1MCP) por zero, 3, 6 e 12 horas. O 1-MCP é um inibidor da ação do etileno que reduz a atividade respiratória e ajuda a manter a firmeza dos frutos e coloração das cascas e atmosfera modificada. “A intenção dessa experiência é determinar o tempo ideal de exposição dos frutos ao produto”,conta Patrícia. “O tratamento em que as goiabas ficaram expostas ao inibidor por 12 horas reduziram a atividade respiratória e a produção de etileno das goiabas, mantendo a qualidade físico-química durante o armazenamento”. O experimento seguinte estudou seis materiais de embalagem, selecionados em função da manutenção de qualidade dos produtos minimamente processados. As embalagens de polipropileno e polietileno de baixa densidade, sob atmosfera modificada passiva, foram eficientes, permitindo a conservação e manutenção da qualidade das goiabas. Visual Finalmente, foi avaliada a combinação dos melhores resultados obtidos anteriormente. O resultado considerou goiabas do estágio verde-amarelado, minimamente processadas, tratadas por 12 horas com 1-MCP e embaladas com filme de polipropileno de 52 milímetros (mm). “A combinação das técnicas de controle da se-
nescência no processamento mínimo resultou numa mistura de goiabas brancas e vermelhas, proporcionando, assim, um visual mais atrativo”, ressalta a agrônoma. Patrícia aponta que a goiaba é uma fruta saudável para consumo e lembra que a qualidade vermelha é rica em licopeno (o dobro do tomate), enquanto a goiaba branca possui quatro vezes mais vitamina C que a laranja. Além disso, ambas são ricas em fibras e inúmeros outros minerais. “Embora a goiaba seja uma fruta relativamente conveniente, a junção de goiabas brancas e vermelhas, cortadas em rodelas e dispostas numa mesma embalagem, torna o
produto altamente atraente e nutritivo”, destaca. “Entretanto, o ponto de colheita e o controle do envelhecimento são questões impor tantes para o sucesso do processamento”. Segundo o professor Angelo Pedro Jacomino, que orientou o estudo, frutas como a goiaba e o mamão apresentam um rápido quadro de amadurecimento quando conservados em temperatura ambiente, o que obriga uma comercialização rápida para evitar perdas. “Os principais aspectos de deterioração são o rápido amolecimento, a perda de coloração verde e do brilho e incidência de podridões”, comenta Jacomino,
que coordena o Laboratório de Pós-colheita do Departamento de Produção Vegetal da Esalq. A técnica utilizada na goiaba foi desenvolvida na pesquisa Processamento mínimo de goiabas: estádio de maturação e controle da senescência. “Para a cadeia produtiva, as vantagens desse sistema são o aumento da rentabilidade dos produtores, a fixação da mão-de-obra nas regiões produtoras e a facilitação do manejo do lixo”, afirma o professor. “Restaurantes e redes de fast food também ganham com a versão minimamente processada, pois economizam espaço de armazenamento e tempo de preparo”.
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O atacadista de tomate na Ceagesp Julia Oliveira de Crook Ana Elisa de Melo Torres Adriana Kunitake
O tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) é um fruto pertencente à família Solanaceae, de grande importância econômica no Brasil. Segun-
do dados do IBGE, ele a segunda hortaliça mais produzida no país, com uma produção de 3,5 milhões de toneladas em uma área de 59 mil hectares em 2007. A Ceagesp, que abastece feiras-livres, supermercados, sacolões, restaurantes e distribuidoras, registrou, no ano
passdo, 270 mil toneladas de tomate, que foram comercilizados por seus atacadistas. A compreensão da comercialização exige o conhecimento dos agentes envolvidos em todo o processo. Foram entrevistados os 20 maiores atacadistas de tomate do entreposto paulistano,
representando 75% do volume comercializado do fruto. A entrevista com perguntas abertas permitiu maior liberdade de resposta aos atacadistas. As informações, obtidas em julho de 2008, permitem uma melhor compreensão do atacadista que comercializa tomates na Ceagesp.
Aqui estão alguns dos resultados: - 57% dos atacadistas de tomate trabalham no ETSP há mais de 20 anos; “A grande maioria dos atacadistas (75%) comercializa tomate apenas na Ceagesp; “As variedades mais comercializadas são Débora (33%), Carmem (26%), Alhambra (19%), Andréa (14%) e Rasteiro (5%). As outras variedades mostraram-se em baixas proporções. A identificação das variedades por parte dos atacadistas é difícil. Seria mais adequado falar em tomates do Grupo Débora, do Grupo Carmen e outros com características varietais semelhantes; “76% das vendas de tomate são feitas pessoalmente (dentro da Ceagesp) e 24% por telefone; “O sistema de compra do produtor, utilizado pelo atacadista, se divide em 36% por ‘consignação’, 36% ‘preço feito’ e 28% com ambos os sistemas; “74% do tomate vendido são retirados pelos próprios compradores e 26% são entregues pelos atacadistas; “50% dos entrevistados só comercializam tomate de sua própria produção; somente cerca de 6% não produzem; “62% dos atacadistas não possuem compradores nas regiões produtoras de tomate; “12% dos atacadistas são especializados no fruto; “A garantia do abastecimento durante toda a safra foi a principal dificuldade citada por 57% dos atacadistas; “Outras dificuldades citadas foram sazonalidade, problemas com mão-de-obra e falta de compromisso dos fornecedores; “56% dos atacadistas trabalham em sistema de parceria. Metade deles financia a produção e 6% fornecem a embalagem; “19% dos atacadistas declararam que o tomate responde por praticamente 100% de suas vendas;
Balança comercial do agronegócio registra maior superávit do ano A balança comercial do agronegócio do mês de maio registrou o maior superávit desde janeiro deste ano: US$ 5,375 bilhões, o equivalente a R$ 11,073 bilhões. O saldo acumulado nos últimos 12 meses é de US$ 57,169 bilhões, montante 7,4% superior ao valor exportado no pe-
ríodo de junho de 2007 a maio de 2008. Resultado das exportações que totalizaram US$ 68,675 bilhões, menos as importações que somaram US$ 11,506 bilhões. Com referência ao mês passado, as exportações totalizaram US$ 6,024 bilhões, uma redução de 20,5% em
relação ao mesmo período do ano anterior. Já as importações tiveram retração ainda maior (-26,8%), somando US$ 649 milhões. A comparação com maio de 2008 acentuou os desempenhos retroativos, pois na época o fluxo de comércio apresentou movimento acima da tendência sazo-
nal em razão da regularização de embarques não registrados em março e abril daquele ano, devido à operação padrão de auditores fiscais aduaneiros. Dentre os destinos das exportações do agronegócio brasileiro em maio, destacaram-se pelas taxas positivas
as vendas para Índia (2,061%), Bélgica (29,2%), Arábia Saudita (60,5%), Emirados Árabes Unidos (78,6%), Irã (122,1%) e Bangladesh (226%). Em termos de regiões, houve aumento das exportações para a Ásia (1,4%), África (2%) e Oriente Médio (28,8%).
“46% dos entrevistados utilizam máquina de classificação. As justificativas para a não utilização foram a falta de recursos financeiros para a aquisição da máquina (20%), a falta de espaço no estabelecimento (20%) e a dano que a máquina causa ao fruto (60%); “Os compradores de tomate na Ceagesp são, em ordem de importância: supermercados médios e pequenos (26%), feirantes e varejões (28%), supermercados grandes (12%), sacolões e frutarias (7%), hospitais e restaurantes (2%) e distribuidores (7%). “25% dos atacadistas só utilizam a caixa K na comercialização do tomate, 30% já trabalham com a caixa de papelão e caixa K; 16% utilizam caixa K e caixa plástica e 29% trabalham com todos os tipos de embalagens.
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ECONOMIA
Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para junho
Flávio Luís Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp
Quantidades comercializadas O Entreposto Terminal de São Paulo – ETSP continuou recuperando parte das perdas registradas, principalmente as ocorridas em fevereiro deste
ano. No período de janeiro a maio de 2009 foram comercializadas 1.307.009 toneladas de hortifrutícolas, flores e pescados ante 1.310.009 nego-
ciadas no mesmo período de 2008. Houve, portanto, uma ligeira retração de 0,27%, conforme gráfico abaixo:
Tendência
Por setor de comercialização, apresentaram elevação da quantidade ofertada os setores de frutas (+1,35%), legumes (+2,57%) e verduras (+0,45%). Já os setores de flores (-16,75%), pescados (-14,52 %) e produtos diversos (-9,35%) apresentaram retração.
O volume comercializado, historicamente, registra retração nesta época do ano. O frio intenso registrado no início de junho nas principais regiões produtoras das regiões Sul e Sudeste deverá acentuar a retração do volume ofer tado de hortaliças, principalmente as mais sensíveis. O setor de frutas deverá permanecer praticamente estável. São várias as opções do setor como laranjas, limão, tangerinas, morango, mamão, entre outros. Os setores de legumes e verduras deverão apresentar redução do volume ofertado e elevação dos preços praticados. Mesmo com a retração no consumo, característica nesta época do ano, espera-se majoração de preços também das folhosas. As flores produzidas em campo aberto também deverão apresentar retração da quantidade ofertada e perda de qualidade. O setor de pescado deve apresentar volumes e preços estáveis.
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CQH-CENTREO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP
Principais peixes comercializados no Pescado da Ceagesp
O ĂšNICO CONSĂ“RCIO DIRETO DA FĂ BRICA HYUNDAI PARA A SUA GARAGEM.
Cinthya Ugliara CQH/Ceagesp
O sistema de informação da Ceagesp armazena vĂĄrios dados sobre o pescado, entre eles, volume, preço e origem, dispostos dia a dia. A partir desses dados ĂŠ possĂvel obter vĂĄrias informaçþes, como o acompanhamento da comercialização de um peixe durante vĂĄrios anos, observando sua ofer ta, procura pelos compradores e variação de preço. Esses dados sĂŁo colhidos diariamente da nota fiscal recolhida na portaria. A cotação do preço de venda do atacado para o varejo de cada espĂŠcie e classificação ĂŠ realizada diariamente, atravĂŠs de entrevista direta com os permissionĂĄrios e divulgada nos principais jornais e na internet. A pescada foi o peixe que apresentou maior volume em 2008. Dos 50 permissionĂĄrios que a comercializaram, apenas um ĂŠ responsĂĄvel por 29% do volume total; outros dois comerciantes por 13% e 12% respectivamente. Os trĂŞs permissionĂĄrios responderam por 53% da pescada comercializada na Ceagesp no ano passado. A pescada vem dos estados da Bahia, EspĂrito Santo, MaranhĂŁo, ParĂĄ, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, SĂŁo Paulo.
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e SĂŁo Paulo sĂŁo os principais estados de origem, com 42%, 28% e 22% do volume total. A sardinha, o segundo peixe em volume na Ceagesp, ĂŠ comercializada por 39 permissionĂĄrios, sendo que cinco deles concentram 76% do volume total, bem distribuĂdo entre eles. A sardinha ĂŠ oriunda dos estados do EspĂrito Santo, ParanĂĄ, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, SĂŁo Paulo e Sergipe. Rio de
Janeiro, Santa Catarina e SĂŁo Paulo sĂŁo os principais estados de origem, com 38%, 37% e 21% do volume total, respectivamente. O terceiro peixe em volume na Ceagesp ĂŠ o salmĂŁo, comercializado por 29 permissionĂĄrios, um deles responsĂĄvel por 53% do volume, e os outros dois por 14% e 12%. O salmĂŁo vem dos estados de SĂŁo Paulo e Rio de Janeiro em pequena quantidade, sendo que 88% do volume total ĂŠ importado do Chile.
O quadro mostra a entrada dos 15 principais peixes em volume de entrada. Eles responderam por 82% do volume totalde pescado na Ceagesp, de 45.440 toneladas.
Ordem 1Âş 2Âş 3Âş 4Âş 5Âş 6Âş 7Âş 8Âş 9Âş 10Âş 11Âş 12Âş 13Âş 14Âş 15Âş
Peixe
Toneladas
Pescada Sardinha Salmão Corvina Cavalinha Cação Bacalhau Tilåpia Camarão Tainha Atum Curimbatå Manjuba Abrotea Bagre
6.887 4.972 3.961 3.866 3.631 2.804 2.002 1.749 1.499 1.453 1.243 1.087 659 612 605
Defeso: todos precisam conhecĂŞ-lo Cinthya Ugliara CQH/Ceagesp Defeso ĂŠ um perĂodo com restriçþes Ă pesca, determinado pelo Ibama com o intuito de permitir a renovação natural. A limitação ocorre por espĂŠcie, por regiĂŁo, e por estĂĄgio de desenvolvimento do peixe. A sustentabilidade da atividade pesqueira exige a conciliação dos interesses econĂ´-
micos, sociais e ambientais. A pesca realizada durante o perĂodo de defeso impede a reprodução e o crescimento dos peixes e a manutenção da sua população, levando Ă escassez, Ă alta de preços e Ă diminuição do consumo. Os dois principais documentos do Ibama que tratam do defeso sĂŁo a Tabela de Re-
gras para Pesca Amadora no PerĂodo de Defeso e a Portaria 53/05. Eles estabelecem os perĂodos de defeso para diferentes espĂŠcies de peixes e regiĂľes. Eles podem ser encontrados no endereço http:// www.ibama.gov.br/. Confira os exemplos da sardinha e do camarĂŁo:
Tabela I Épocas de defeso da sardinha estabelecidos pelo IBAMA, de 2002 a 2009: A tabela fornecida pelo Ibama ĂŠ de difĂcil consulta, por isso elaboramos uma tabela mais acessĂvel com os dados mais importantes, como nome comum e nome cientĂfico do pescado, local de restrição, perĂodo de restrição e outras exigĂŞncias (como o tamanho do peixe) para facilitar a vida dos agentes de produção e de comercialização. Os interessados encontram a tabela para consulta e cĂłpia no FRISP.
Nos anos de 2008 e 2009 as restriçþes foram estabelecidas nos perĂodos: ¡ ¡ ¡ ¡
De De De De
01/01/08 18/06/08 12/11/08 06/06/09
atĂŠ atĂŠ atĂŠ atĂŠ
24/02/08; 06/08/08; 20/02/09; 25/08/09.
Tabela II - Épocas de defeso do camarão nas regiþes Sul e Sudeste:
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Ceasas Brasil Abracen completa 23 anos e agrega novas filiadas A Abracen (Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento completou 23 anos de fundação no último dia 25 de maio, chegando à marca de 26 Ceasas afiliadas, responsáveis por movimentar ao todo R$ 16 bilhões, e ofertar cerca de 16 milhões de toneladas de produtos. São cerca de 10 mil empresas dentro das Ceasas responsáveis por gerar 200 mil empregos diretos. Hoje, um dos principais desafios da entidade é aprovar a criação de uma lei nacional específica para o setor de abastecimento agroalimentar. Para o presidente da Abracen, João Alberto Paixão Lages, a associação cumpre o papel de interlocutora das Ceasas junto às diferentes esferas de governos e aos
demais segmentos da sociedade. O executivo ressalta que a criação de uma comissão para discutir uma legislação específica para as Ceasas constitui um marco para a história do setor. Novas associadas As quatro últimas Ceasas a se filiarem foram as estatais do Rio Grande do Sul, Montes Claros (Ceanorte), no norte de Minas Gerais, de Rio Branco (AC), e a de Patos de Minas, no Triângulo Mineiro. Das quatro empresas, os entrepostos do Acre e do município de Patos de Minas estão em processo implantação. Segundo a Abracen, a estimativa é de que as novas filiadas movimentem ao todo cerca de R$ 541,16 milhões por ano.
Inauguração da Ceasa em Palmas marca o ano da Fruticultura Tropical no Estado, dedicado a estimular o consumo e a produção de frutas tropicais Madson Maranhão
tas, e 90 miniboxes, que são espaços de 10m² no Galpão do Produtor, reservados para os agricultores familiares. De acordo com o governo, quando estiver em pleno funcionamento, a Ceasa de Palmas deve gerar 1.500 empregos diretos, além de outros indiretos, e movimentar cerca de R$ 1,5 milhão por mês em comercialização. Para o secretário estadual da Agricultura, Rober to Sahium, a qualidade dos produtos fica defasada da colheita até a mesa do consumidor e isso deve mudar com a inauguração da nova central. “Com a Ceasa, vamos encur tar o tempo de exposição do produto em até 48 horas, o que,
Caderno de Notícias
Ceagesp 40 anos
Tocantins inaugura sua Central de Abastecimento
A cidade de Palmas, capital do Tocantins ganhou, no último dia 4 de junho, a primeira central de abastecimento daquele estado. O local, que recebeu investimentos de R$ 2 milhões do governo estadual, será responsável por concentrar e distribuir, a partir da capital, a produção e comercialização dos mais variados produtos da agricultura. A inauguração da Ceasa em Palmas marca o ano da Fruticultura Tropical no Tocantins, dedicado a estimular o consumo e produção de frutas tropicais. O empreendimento conta com 102 ambientes divididos em 12 boxes, com salas de 50 m², dedicados a atacadis-
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conseqüentemente, melhora a qualidade”, disse. O presidente da Abracen, João Alberto Lajes, deu a dimensão da impor tância de uma central como a de Palmas. “As centrais executam e controlam o abastecimento das cidades. Segundo o diretor de fruticultura e silvicultura da Seagro, José Elias, a Ceasa vai concentrar a produção de frutas, verduras, legumes e derivados da região de Palmas, além de impulsionar a produção na região. “A partir da criação da Ceasa, a tendência é que a produção aumente, assim como a qualidade dos produtos também melhore”, disse.
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FALANDO NISSO
Uma iniciativa elogiável
Por Neno Silveira
Por meio de um projeto que vem implantando há cerca de um ano, a Ceasa Campinas está dando um exemplo de trabalho realizado através de parceria bem sucedida da administração da empresa com seus permissionários. Trata-se da iniciativa para alterar a embalagem da batata comercializada naquele entreposto, que vem resultando no abandono dos antigos sacos de 50 kg e na substituição por outros com a metade desse peso, como mostra matéria nesta edição do Jornal Entreposto. O projeto nasceu de reivindicações dos próprios permissionários, os quais, por sua vez, vinham recebendo demandas neste sentido de par te dos seus clientes, principalmente os supermercados. Solicitada a agir, a administração da Ceasa cumpriu com o seu papel de articulação e passou a organizar reuniões com os interessados, ouvindo sugestões de todos, até chegar a um con-
senso em torno da embalagem de 25 kg. O processo culminou com assinatura de Termo de Acordo pelos permissionários de batata, através do qual os mesmos comprometeramse a substituir progressivamente as embalagens. No momento, grande parte da batata vendida na Ceasa Campinas é distribuída em sacos de 25 kg, mudança que se revelou acertada na opinião de todos os envolvidos, uma vez que a embalagem menor significou inúmeras vantagens como maior facilidade de manuseio e estocagem, melhor possibilidade de paletização, menores perdas e, até, aumento de vendas, entre outras. A nova sacaria foi particularmente bem recebida pelos maiores clientes da Ceasa, os supermercadistas da cidade, que já não aceitam receber o produto em outra embalagem. Outro grupo que recebeu com satisfação a mudança foi o dos funcionários e carregadores, responsáveis pelas operações de carga, descarga e acomodação do produto. Para estes últimos, a diminuição do peso da sacaria significou melhores condições de trabalho, mais disposição para as atividades e a extinção de uma causa quase certa de lesões na coluna e de afastamentos por motivos de saúde. Assim, com os clientes e funcionários mais satisfeitos, os permissionários só têm moti-
vos para comemorar, o que nos permite indagar: se os benefícios da mudança são tão evidentes para todos, por que ela demorou tanto para acontecer? Para o objetivo desse artigo, no entanto, a resposta pode não ser o mais importante. Importante é principalmente fazer com que os resultados dessa experiência da Ceasa Campinas sejam dados a conhecer e colocados em prática nas demais Ceasas. Importante é que se tenha consciência de que está ao alcance dos próprios agentes que trabalham no setor a promoção de melhorias técnicas e operacionais na comercialização. Importante é saber que a administração de uma Ceasa tem que fazer o papel de catalisador e organizador de mudanças que possam beneficiar o mercado. Ceagesp, 40 anos Estando há mais de três décadas acompanhando a vida desse grande mercado, entendo que ele ainda tem tudo para recuperar o brilho que já teve no passado e o fascínio que exercia sobre seus frequentadores. Para isto, uma receita simples: um mínimo de união dos permissionários em torno de projetos comuns de melhoria do mercado e uma administração comprometida mais com a realização desses projetos e com a preservação das instalações.
Ministério oficializa comissão para propor a lei das Ceasas
O Ministério da Agricultura oficializou, através da portaria 44 de 12/06, os nomes que compõem a comissão responsável por analisar e propor uma lei específica para regulamentar o funcionamento das centrais de abastecimento do país. A comissão é formada por oito membros, sendo dois de cada uma das entidades envolvidas: Abracen (Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento), Brastece (Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entreposto de Abastecimento), Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o próprio Ministério.
Fispal: sucesso absoluto De 15 a 18 de junho, o mercado de alimentação fora do lar reuniu-se na feira mais importante do setor na América Latina, a Fispal Food Service. Realizada no Expo Center Norte, em São Paulo, além de novidades e tendências apresentadas pela indústria, a feira também promoveu concursos e seminários. Ao todo, foram 62.300 mil visitantes do Brasil e do exterior, principalmente de países da América Latina. As projeções de negócios devem alcançar os R$ 3 bilhões nos próximos seis meses. “A alimentação fora do lar é um mercado em ascensão. Prova disto foi a visitação intensa durante os quatro dias da feira e a satisfação de nossos expositores com os contatos e negócios fechados”, comemora Marco Mastrandonakis, presidente da Brazil Trade Shows (BTS), promotora do evento. Para ele, a marca Fispal, que completa 25 anos em 2009, é um orgulho nacional. “Comemoramos este aniversário com a realização da Semana Internacional da Alimentação, na qual integramos a Fispal Food Service e a Fispal Tecnologia”, completa. Com 1.500 expositores de alimentos e equipamentos para cozinhas profissionais, a feira superou as expectativas. “Nos três primeiros dias vendemos cerca de R$ 3 milhões. Tivemos um aumento de 25% no número de contatos e prospects que passaram por nosso estande. O balanço geral foi ótimo”, comenta Vinicius Brandão, vice-presidente da Refrimate, empresa do setor de refrigeração.
Pela Abracen, foram nomeados o diretor-técnico operacional da Ceasa/ES, Carmo Robilotta e o gerente do departamento de Armazenagem da Ceagesp José Lourenço Pectol. Da Brastece, serão membros o presidente Virgílio Villefort e o vice-presidente Waldir Lemos. Pelo Ministério da Agricultura, foram designados a coordenadora de Logística da Produção Agropecuária do Departamento de Infra-Estrutura e Logística, Maria Auxiliadora Domingues de Souza e o secretário-executivo da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fruticultura, Francisco de Assis
Mesquita Facundo. Representando a Conab, já estão definidos o gerente de Modernização do Mercado de Hortigranjeiros, Newton Araújo Silva Junior, e o técnico da Gerência de Agricultura Familiar, Marco Antônio Rodrigues Pinto. Segundo o presidente da Abracen, João Alberto Paixão Lages, a maior dificuldade em definir uma legislação para as centrais de abastecimento será a jurisdição diferenciada de cada uma delas. No entanto, ele ressalta que isso precisa ser um incentivo, e não um obstáculo “que afaste a todos da luta pela causa da legislação para as Ceasas”.
ECONOMIA
Índice Ceagesp de maio registra maior retração do ano A estabilidade do clima favoreceu a queda nos preços dos produtos comercializados pela Ceagesp, que recuaram 8,6%, em maio. Com o resultado, o Índice Ceagesp acumula baixa de 6,14% nos primeiros cinco meses do ano e 12,35% nos últimos 12 meses. A tendência de queda nos preços permanece, porém, menos acentuada. A possibilidade de geadas nas regiões produtoras, ao longo de junho e julho, pode reverter o quadro de queda. As verduras apresentaram maior retração com menos 23,63%, sendo mais representativa no preço da salsa (-50,96%) e do coentro (-50,29%). Os legumes, com redução de -
11,16%, as frutas de -9,15% e os pescados, com -1,88% também registraram quedas importantes nos preços. Apenas o setor de diversos, que inclui cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos, apresentou alta de 8,87%, influenciado, principalmente, pelo aumento de 34,51% da batata comum. Os produtos frescos continuam com maior oferta e mantêm a queda nos preços. Nas frutas, o mamão formosa teve queda mais brusca, de 44,36%. Nos legumes, a ervilha torta ficou 58,98% mais barata. A diminuição de 23,82% no preço do peixe abrótea foi a maior oscilação no setor de pescados.
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Um avanço na comercialização de batatas Projeto da Ceasa Campinas moderniza operações Neno Silveira
A Ceasa Campinas implantou no segundo semestre do ano passado um projeto em parceria com os comerciantes de batata daquele mercado, a fim de promover a substituição progressiva das embalagens de 50 quilos do produto por outras com a metade desse peso. A experiência buscou atender demandas de diversos setores que trabalham com batata, tendo como foco, entre outros aspectos, a melhoria da qualidade do produto e a necessidade de tornar menos estafante o trabalho de quem o manuseia, ou seja, funcionários de boxes e carregadores que operam nos entrepostos. Cerca de um ano depois de iniciada a experiência, pode-se dizer que o projeto é um grande sucesso e que é praticamente unânime, entre os agentes envolvidos, a sensação de que a medida veio em boa hora e de que foi extremamente acertada. Isto porque são visíveis os benefícios e as vantagens de uma embalagem de mais fácil manuseio e mais adequada para acondicionar e acomodar o produto. Como começou Segundo o Gerente de Atacado da Ceasa Campinas, Madi Fonseca, já há algum tempo vários permissionários reivindicavam alguma ação da central no sentido de se adotar a embalagem de 25 Kg para a batata. Os motivos alegados eram a perda da qualidade em virtude dos arrastos e batidas nos sacos com 50 Kg e a preocupação com a saúde do carregador. Mais recentemente houve uma demanda por parte dos clientes compradores, principalmente dos supermercados, que passaram a exigir a entrega de batata em embalagem menor. Isto levava os atacadistas a fracionarem o produto que chegava em sacos de 50 Kg e acondicioná-los em caixas com 20 ou 25 Kg, operação que aumentava os seus custos e exigia um manuseio desnecessário. A partir do início de 2008, as discussões se ampliaram e a Ceasa passou a fazer reuniões com todos os atacadistas para encaminhar o assunto, o que culminou com a definição, por consenso, da adoção da embalagem de 25 Kg. Para selar o compromisso, foi firmado um Termo de Acordo em 27 de julho daquele ano. A partir do acordo, diversos atacadistas iniciaram de imediato a utilização da nova embalagem, a qual se mostrou totalmente vantajosa, conforme pode ser constatado pelas opiniões dos atacadistas. Fazendo um balanço positivo da implantação, Fonseca não hesita em afirmar que “decorrido um ano da implantação da medida, podemos avaliar que chegamos a índices bastante favoráveis de aceitação da mudança e que todos os envolvidos na comercialização foram beneficiados (atacadistas, varejistas, trabalhadores). Acreditamos que esta mudança é irreversível e que deve atingir os demais setores da cadeia (produção e beneficiamento) rapidamente”. Opinião dos atacadistas Para um dos mais tradicionais comerciantes de batata da Ceasa Campinas, José Antonio Fernandes da Silva, o Mineiro, as razões são inúmeras para que não haja retorno ao uso da embalagem de 50 quilos, que ele já define como antiquada. O atacadista fala não só com a experiência de quem milita no setor de batata há 50 anos, mas, também, com a autoridade de quem participa ativamente da organização do setor atacadista e da vida do entreposto, uma vez que integra a direção da Assoceasa (Associação dos Usuários da Ceasa Campinas) desde a sua fundação, há mais de 30 anos. Integra, do mesmo modo, desde 1984, a direção do ISA, entidade assistencial que promove a distribuição de produtos doados pelos atacadistas. Ele destaca a adesão de todos os comerciantes e a coordenação da administração da Ceasa como fatores importantes para o sucesso da mudança nas embalagens. Lembra, também, que a Ceasa Campinas promoveu nos últimos meses dois eventos significativos para difundir e consolidar o projeto. O encontro da ABBA na última semana de maio, que reuniu grandes produtores de batata, indústria de máquinas, fabricantes de embalagens, comerciantes, entre outros e uma reunião com representantes da Câmara Setorial Federal de Hortaliças no início de junho. Dentre as vantagens apontadas por Mineiro para a embalagem de 25 quilos destacam-se a facilidade de manuseio que amplia o leque de indivíduos aptos a trabalharem com o produto, a melhor apresentação da batata, com melhor visualização da classificação, a possibilidade de paletização e o próprio aumento de vendas propiciado pela maior procura por grupos de famílias e pequenos varejos. Outro entusiasta do projeto é o atacadista Carlos Alberto Rossi, que comanda a Cerealista CR, empresa que atua no entreposto desde 1974. Ele conta que a mudança já era requerida há muito tempo e só faltava quem tomasse a iniciativa, o que foi feito de comum acordo entre os comerciantes e a diretoria da Ceasa. O projeto, segundo ele, acabou de vez com intenção da mudança para caixa plástica, de alto custo e de difícil controle. Conforme Rossi, os supermercados e restaurantes eram os que mais pediam e os atacadistas tiveram sensibilidade para agir rapidamente. “Também havia a questão de mão de obra e, com a facilidade do manuseio, ampliou a possibilidade de emprego aos que não tinham tanta habilidade com sacos de 50 kg, sem dizer que hoje, visivelmente, o funcionário ao fim do dia ainda trabalha com satisfação”, diz. Ele conta, ainda, que houve certa resistência por parte de alguns comerciantes e que, de início, nem todos aderiram. No entanto, passados cerca de dois meses da implantação, os relutantes tiveram que voltar atrás,
Para o gerente da Ceasa todos foram beneficiados com a nova embalagem
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C5 uma vez que tinham perdido diversos clientes por não adotarem a nova embalagem. Para os que não acreditam, ele usa como exemplo a própria empresa, uma das primeiras a adotar integralmente a mudança, e que registrou, nos três primeiros meses, aumento médio de cerca de 20% nas vendas, em parte pela conquista de clientes novos. Ele considera que a mudança veio para ficar. “Não apenas por que queremos, mas porque os clientes pedem isso e quando a questão é agradar clientes, quem o faz sai na frente e ganha terreno”. Rossi diz que uma pesquisa feita pela ABBA revelou que 100% dos supermercados e restaurantes consideraram a mudança ótima. Preocupação x vantagens
Mineiro: embalagem permite melhor visualização do produto
Rossi, da Cerealista CR: aumento de 20% nas vendas
Uma única preocupação, até o momento, foi manifestada pelo segmento da produção, com o argumento de que poderá haver aumento de custo, uma vez que a embalagem de 25 kg seria mais onerosa por unidade de produto embalado. Acreditase, no entanto, que esse custo será diluído ao longo da cadeia de produção e distribuição, sobretudo levando-se em conta que todos os demais fatores apontam para aumento de vendas e redução de custos. Dentre esses fatores de redução de custo, merece destaque especial - pelo aspecto humanitário envolvido - a informação passada por atacadistas da Ceasa de que, desde a implantação do projeto, caíram para zero os afastamentos, por motivo de saúde, de funcionários que trabalham com carga e descarga de batata. Ou seja, mais qualidade de vida para os trabalhadores e menos despesas para as empresas. Assim, no entreposto de Campinas grande parte da comercialização de batata já é feita com a embalagem de 25 kg e ninguém imagina mais que poderá haver um recuo do projeto, mesmo porque os supermercados, principais clientes do mercado, já não aceitam receber o produto nas antigas embalagens de 50 kg. Essa postura é confirmada por Gilberto Antoniolli, diretor da APAS e proprietário do Supermercado Barão, em Campinas. Para ele, batata com 50 kg é antieconômica. A tendência, assim, é de que o uso das novas embalagens se espalhe para outras Ceasas, na medida em que forem sendo difundindo as inúmeras vantagens decorrentes do seu uso. Essas vantagens deverão ser levadas em conta também na recomendação que a Câmara Setorial Federal de Hortaliças deverá fazer ao Ministério da Agricultura, endossando a experiência de Campinas. Vantagens para diversos setores Beneficiamento - Amplia a possibilidade de emprego para pessoas com porte físico menos avantajado, aumentando a oferta de mão de obra, com possível redução de custos; - Reduz as batidas e o arrasto dos sacos, diminuindo danos e esfolados no produto, com consequente aumento da qualidade; - Favorece a paletização, possibilitando a mecanização das operações. Transporte e paletização - O saco de 25 kg se adapta perfeitamente ao pallet de 1,00 x 1,20 m, permitindo mecanização com redução de custos e atendendo ao disposto na IN 009; - Os sacos de 25 kg se acomodam perfeitamente na carroceria do caminhão, permitindo um transporte seguro; - Com a paletização, o produto sofrerá menos danos na carga efetuada na lavadeira, na descarga nos atacadistas, nas distribuições dentro dos Ceasas, pois é possível entregá-lo no mesmo pallet, inclusive no supermercado. No atacadista - O produto sofre menos danos e pode ser armazenado sobre pallets, ao contrário dos sacos de 50 kg que tradicionalmente são estocados no solo, sendo mais sujeitos à contaminação; - O saco de 25 kg tem uma aparência mais agradável, fica mais uniforme e tem melhor apresentação; - O saco de 25 kg permite que o mercadinho, restaurantes médios e pequenos, varejões e estabelecimentos de pequeno porte fracionem suas compras, diminuindo a perda na sobra da banca, comprando com mais frequência, expondo produtos mais saudáveis e aumentando a venda. Venda e conservação no supermercado No supermercado, há muito tempo era solicitada esta mudança e em muitos já não se aceita embalagem com 50 kg, pelos seguintes motivos: -Geralmente não há no supermercado o repositor com porte físico para repor o produto que está em sacos de 50 kg; - Com sacos de 25 kg, o repositor despende menos esforço e, desse modo, repõe o produto mais vezes, mantendo sempre um produto de boa aparência; - Na reposição, o repositor não arrasta o saco de 50 kg no chão, o que estragava muitas batatas. Com 25 kg ele obrigatoriamente tem que carregar o produto e consegue carregá-lo; - Em alguns supermercados, a venda pode ser feita diretamente no saco de 25 kg e quanto menos manuseio menos danos ao produto. Cozinhas industriais e restaurantes Nestes setores o pedido de mudança já vinha há tempos. - Alguns restaurantes são de pequeno e médio porte e, em geral, são mulheres que operam com as embalagens. Com o saco de 25 kg fica mais fácil tanto ao comprar como ao descarregar nas cozinhas, além do manuseio e a conservação dentro da cozinha; - O mesmo se aplica a cozinhas industriais. A facilidade do manuseio em sacos de 25 kg ajuda na conservação, na hora da limpeza ou na hora de lavar a cozinha, mantendo a higiene e saúde do produto a ser consumido; - A opção de compra na embalagem menor induz a comprar mais vezes, evitando o desperdício e mantendo o frescor do produto. Venda e conservação no consumidor O aumento na venda em sacos de 25 kg diretamente para o consumidor é sentido claramente devido: - à facilidade de manuseio na hora de carregar; - à melhor condição de armazenamento em casa; - à redução das perdas no destino final em relação às embalagens de 50 kg Saúde do trabalhador em toda cadeia - Diminui o desgaste físico; - Diminui os danos causados à região lombar dos carregadores; - A redução do desgaste e do esforço influencia diretamente na maior disposição dos trabalhadores; - Aumenta a produtividade, sobretudo pela possibilidade de paletizar as cargas; - Diminui o afastamento do trabalhador por motivo de saúde.
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Agrotóxicos Um tema recorrente Ossir Gorenstein Engenheiro Agrônomo Sênior CQH/Ceagesp
Nos últimos dois anos, invariavelmente em meados de abril, o noticiário nos brinda com manchetes pirotécnicas e ruidosas para não nos deixar esquecer de uma suposta gravidade fomentada pela contaminação dos alimentos frescos por agrotóxicos. Recentemente o tímido pimentão ganhou as manchetes do noticiário, seguido pelo morango, uva e a cenoura, acusados em relatório da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) de serem os vegetais comestíveis frescos que apresentaram maior número de irregularidades, segundo o enquadramento do programa de monitoramento de resíduos de agrotóxicos executado por aquele órgão, chamado PARA. Quantificado o número de amostras irregulares, o pimentão, que pela primeira vez participou do certame, ganhou o título de campeão, com 64% de amostras insatisfatórias. O morango, tradicional competidor dessa disputa foi classificado como vice-campeão, com 36% de amostras irregulares, reservados os 3º e 4º lugares para a uva e a cenoura, com 32% e 30%, respectivamente.
Tamanha indignação tomou conta do Ministro da Saúde, Jose Gomes Temporão, ao declarar peremptoriamente que o pimentão não entrava mais em sua casa, deixando de revelar se os demais produtos continuariam a entrar. E também afirmou incisivo: “No Brasil, a segunda causa de intoxicação, depois de medicamentos, é por agrotóxicos, o que tem uma dimensão importante”. Verdade ou mentira? Com pesar, não lhe informaram que o número de intoxicações por animais peçonhentos e não peçonhentos é muito maior que o dobro do número de intoxicações por agrotóxicos. Não o informaram, ainda, que os produtos domissanitários estão à frente dos agrotóxicos. Assim, os agrotóxicos foram para o quarto posto quanto ao número de intoxicações. Talvez, também, não lhe tenham dito que mais da terça par te das intoxicações por agrotóxicos é provocada intencionalmente por tentativas de suicídio. Depreende-se, pois, que a importância dada aos agrotóxicos como causa de intoxicações ocupacionais ou acidentais no Brasil não é esta que sua assessoria quer atribuir, não tendo a dimensão exagerada que querem lhe dar, comparada às demais causas. Um outro ponto que mere-
ce ser enfocado refere-se às concentrações de resíduos que são detectadas nas análises. Em nenhum momento a Anvisa apresentou estes dados. Não se conhece qualquer estatística das quantidades verificadas nas detecções de resíduos. Por qual razão? Muito simples. Esses dados não vêm a público porque se viessem, quaisquer pessoas de bom senso iria chegar a sutil conclusão que concentrações tão irrisórias, na proporção de gramas de pesticidas por tonelada de alimento, dificilmente colocariam em risco a saúde dos consumidores. Como de fato não colocam, face aos elevados níveis de segurança com que as tolerâncias são estabelecidas e à ausência de qualquer evidência cientificamente comprovada de que a ingestão de frutas e hortaliças com os níveis de agrotóxicos presentes estejam causando danos à saúde da população. Outro aspecto tem sido levantado pela pesquisa agronômica. Embora conste que a metodologia de amostragem utilizada pelo PARA obedece a procedimentos emanados do Codex Alimentarius, os critérios aplicados estão sendo vistos com reservas pelos pesquisadores na medida em que há dificuldades de se encontrar explicações para reduções
drásticas nos níveis de contaminação, como no caso do tomate, que teve o número de amostras irregulares reduzido em mais da metade de um ano para outro. Difícil admitir que a tecnologia de aplicação e a conduta dos produtores de tomate tenham mudado tão rapidamente. Quanto às irregularidades constatadas pelo PARA, através das análises de resíduos, a Anvisa não diferencia, quantitativamente, as irregularidades decorrentes do uso de pesticidas não autorizados para determinada cultura daqueles cuja concentração detectada estava acima da tolerância admitida. A diferenciação é relevante porque é motivada por fatores distintos. O uso de pesticidas não autorizados em culturas olerícolas, principalmente, mas que são registrados para outras culturas, deve-se a fatores de ordem econômica, à eficácia e, sobretudo, ao um número re-
Feira se reinventa para promover sudoeste paulista DIVULGAÇÃO
Criada em 2001 como um dia de campo para reunir produtores do sudoeste paulista, a antiga Agroinvest cresceu e se transformou numa grande feira. Agora sob o nome de Agrovia, o evento, realizado de 28 a 30 de maio em Itapeva (SP), reuniu mais de 100 expositores de diversas áreas ligadas ao agronegócio. O evento aconteceu numa área de 145 mil m2, localizada na Fazenda São Paulo e reuniu empresas de maquinário, sementes, produtos e serviços agrícolas e madeireiras. Segundo um dos idealizadores da feira e proprietário da fazenda, Jorge Maluf, o objetivo é unir produção e industrialização, além de mostrar o potencial da região, forte produtora de grãos, e, de acordo com ele, ainda pouco conhecida no Estado. “Nossa região tem crescido e atraído investidores e a ampliação da feira se fez necessária pra acompanhar
esse crescimento”, disse Maluf. A produção de grãos na região é avaliada em R$ 1,2 bilhão, o que representa 4% do total do Estado. A região é responsável ainda por 57% da produção de trigo do estado, 17% do milho produzido, 9% da produção de soja e 2% da produção de laranja, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola. As maiores empresas de sementes e fertilizantes presentes no país, entre elas Monsanto, Pionner, Basf, Dow Química, Agroeste e Syngenta participaram da Agrovia e iniciaram o plantio para demonstração de suas novas técnicas. Com o sucesso alcançado nesta primeira edição, os realizadores já vislumbram a sua ampliação em 2010. “Para o próximo ano quero a participação das fábricas e também aumentar toda a infra-estrutura do evento”, concluiu Maluf.
Os irmãos Cássio e Jorge Maluf, idealizadores da Agrovia
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duzido ou à inexistência de pesticidas registrados para as culturas hortícolas. Este fato já foi reconhecido pelos órgãos normalizadores, tendo sido editadas três consultas públicas, objetivando normalizar o registro de agrotóxicos para pequenas culturas ou culturas com suporte fitossanitário insuficiente, sendo que a primeira já o foi há mais de três anos, sem que, todavia, essa questão tenha sido resolvida. Podese afirmar que à primeira vista a Anvisa não demonstra vontade ou disposição política para resolvê-la, mas tivemos informações mais recentes de fiscais agropecuários de que o processo da Consulta Pública está parado na assessoria jurídica do Ministério da Agricultura. As coisas estão realmente confusas. A quem não interessa resolver a questão das pequenas culturas? Esta é a pergunta que temos que nos fazer. Finalmente, vale uma últi-
ma consideração. Embora a Anvisa centre o fogo de seus ataques nos agrotóxicos, a realidade parece mostrar que os perigos podem ser outros. No portal do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, lê-se na secção de Alimentos, em Noticias do Consumidor: “Cuidado com o que você come. Estudo revela que mais 11 mil pessoas no país ficaram doentes por ingerir alimentos contaminados. Bactérias foram responsáveis por 83,5% de quase metade dos surtos. Em segundo lugar ficaram os vírus (14,1%) e, em seguida, os produtos químicos (1,3%)”, segundo pesquisa revelada pelo Ministério da Saúde relativamente a ocorrências verificadas entre 1999 e 2007. Praticamente metade dos surtos não teve as causas identificadas, mas em nenhum momento os agrotóxicos figuram como causas de Doenças Transmitidas por Alimentos.
Câmara quer incluir citros na Política de Garantia de Preços Mínimos Incluir a laranja e os demais citros na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) é o objetivo do documento que os membros da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Citricultura vão elaborar e encaminhar à Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, até o fim deste ano. “Vamos explicar a importância da citricultura para o país, os principais gargalos enfrentados pelos produtores e a situação social e econômica do setor, elementos que podem contribuir para a inclusão dos produtos na PGPM”, explicou o presidente da Câmara, Flávio Viegas, que conduziu os trabalhos da 17ª reunião realizada no último dia 16 em Brasília (DF). No encontro, ficou decidi-
da a formação de um comitê composto por membros do governo, iniciativa privada e seguradoras que vai discutir a criação de um seguro rural para o setor. “Questões como pragas, doenças e riscos à citricultura precisam de cobertura do programa. É necessário que o produtor conte com mecanismos de garantia de renda”, ressaltou Viegas. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de suco de laranja. Cerca de 80% da produção está concentrada em São Paulo, que emprega oito mil citricultores. “Precisamos investir em marketing para aumentar ainda mais o consumo e mostrar os benefícios do produto”, finalizou Viegas.
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CÁ ENTRE NÓS
Para aquecer o inverno
Por Manelão
O frio chegou, trazendo preocupação ao agricultor que cultiva hortaliças a céu aberto, pois a queda brusca da temperatura proporciona a formação da geada que acaba comprometendo a qualidade das folhas ocasionando um aumento de preço ao consumidor. Mas o mesmo frio que castiga os legumes, ajuda os citros a ficarem com maior teor de doçura e sua casca fica com um amarelo bem alaranjado. É tempo de saborear a tangerina poncã, pois o preço está convidativo. ********* No dia 11 de junho, o galpão onde os carregadores foi palco da tradicional missa de Corpus Christi, celebrada
pelo padre Fábio, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, da Vila Leopoldina. O pároco foi auxiliado pelo diácono Luiz Carlos de Laet, capelão da Paróquia Ambiental Santa Luzia, da Ceagesp. O coral Amigos do padre Kirano, da Paróquia São Mateus, do Rio Pequeno, entoou os louvores ao bom Jesus. João Francisco fez a Primeira Leitura, representando todos os funcionários da companhia. Rodrigo ficou responsável pela Segunda Leitura e ofereceu a oração aos varredores e coletores de material orgânicos, pessoas simples que mantêm o mercado limpo. A prece dos fiéis foi lida pela esposa do carregador Antonio, que pediu trabalho e entendimentos entre carregadores, vendedores, ambulantes, compradores e
produtores. O cantor Agnaldo Timóteo cantou uma música em homenagem à Nossa Senhora e homenageou todas as mulheres presentes. Após a cerimônia religiosa, o presidente do Sindicato dos Carregadores, José Pinheiro, ofereceu um delicioso churrasco a todos os presentes. A galera viajou no som do acordeom de Edson Sanfoneiro que levou um forrozão do bom. Do sertão do Piauí, desembarcamos no Mato Grosso e ouvimos as belezas do Pantanal na voz da cantora Cibele Rabello. ******* A Nossa Turma fará sua festa junina no dia 30 de junho. Convidamos a todos para ver a criançada dançar a quadrilha.
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