Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
São Paulo, julho de 2009 www.jornalentreposto.com.br
Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva * * * UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO * * * Ano 10- Nº 110- Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste
Motoristas confirmam fé Pág.A2
Guia do JE chega às redes de varejo Supermercados - principal segmento comprador da Ceagesp - recebem anuário distribuído em parceria entre o Jornal Entreposto e a Apas, que também chega às empresas de embalagens, defensivos, sementes, fornecedores de equipamentos, veículos, redes de hotéis, restaurantes, bufês e outros compradores Pág. A6
O valor do caqui A qualidade do Caqui Rama Forte e Fuyu na Ceagesp. Pág. B1
Entrevista com o comprador
Abracen cria comissão de assuntos jurídicos para orientar afiliados
Banana será vendida por quilo em SP A Lei 13.174, de 23 de julho de 2008, exige a venda por quilo e não mais por dúzia, como ainda é feito nas feiraslivres. O objetivo é padronizar a cadeia produtiva da fruta.
Pág. C1
Gregolin diz que pesca brasileira precisa de cadeia produtiva
Pág. B3 Pesquisa do CQH traça raio-x dos compradores que frequentam o ETSP e analisa o efeito das restrições da circulação de caminhões na capital paulista. Pág. B2
A nota fiscal eletrônica e a comercialização na Ceagesp A exigência da Nota Fiscal Eletrônica, resultado do acordo entre as secretarias da fazenda estaduais e do Distrito Federal, exigirá grandes mudanças. A emissão da Nota Fiscal será feita pela Internet, dentro do ambiente da Receita Federal. Pág. B4
Corte de IPI é prorrogado Os caminhões ficam isentos do imposto até 31 de dezembro.
Pág. C2
Pág. A4
Parlamentares criam frente para defender Ceasas Assinaturas estão sendo recolhidas na Câmara e Senado. Pág. C1
Caravana percorre Ceasas Montadora passa por 18 cidades brasileiras. Pág. A7
Pág.A7
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SANTO PADROEIRO ○
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Fé em São Cristóvão garante proteção nas ruas e estradas, afirmam motoristas Devotos que trabalham na Ceagesp pedem proteção diária ao santo que, segundo a tradição católica, carregou Cristo em suas costas
Durante seis dias da semana, Antônio Valério dos Santos, motorista há 18 anos, acorda cedo e leva o caminhão carregado de frutas e hortaliças frescas à feira-livre. À tarde, o caminhoneiro vem até a Ceagesp para reabastecer-se dos alimentos fresquinhos que serão vendidos no dia seguinte à população paulistana. Assim como outros colegas de profissão que se deslocam até o entreposto de São Paulo, Valério não se esquece de agradecer a Deus e Nossa Senhora todas as manhãs e pedir a São Cristóvão a proteção necessária para mais um dia de trabalho. O santo padroeiro, cujo dia é comemorado em 25 de julho, está presente em boa parte das boleias dos caminhões que circulam pelas estradas e ruas do país, em forma de medalhinhas, adesivos e outros adereços que confirmam a fé de quem dirige e leva consigo o pão de cada dia de muitos brasileiros.
“São Cristóvão sempre me protegeu”, ressalta Valério. “Já assaltaram meu caminhão, mas, comigo, nunca aconteceu nada”, completa. A tradição de orar para santo que, segundo a tradição católica, transpor tou Jesus Cristo nas costas também faz parte da rotina de Neivaldo da Silva Macedo. Motorista há 13 anos, ele nunca se esquece de orar para o santo, Nossa Senhora e ir “embora para o trecho”. “O santo ajuda, mas as estradas...”, diz Macedo, referindo-se ao péssimo estado de conservação das rodovias brasileiras. “Mesmo assim, a gente não perde a fé”, completa. Há 10 anos na estrada, Aldir Reis da Silva também ora para São Cristóvão todos os dias. “O santo sempre nos ajuda e nos protege”, ressalta o motorista, lembrando que a fé ajuda a enfrentar a desgastante rotina de quem carrega e descarrega alimentos todos os dias na Ceagesp.
Neivaldo Macedo, motorista há mais de 10 anos, não dispensa a oração diária ao santo protetor
Para Aldir Reis (ao lado), fé ajuda a enfrentar o dia a dia nas ruas e estradas brasileiras
Oração de São Cristóvão Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a firmeza e segurança, porque carregáveis nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre firmeza e segurança no guidão do meu carro e enfrentarei corajosamente todas as correntezas que eu encontrar, venham elas dos homens ou do espírito infernal. São Cristóvão, rogai por nós.
Antônio Valério, também sempre pede ajuda ao padroeiro dos motorista
Festa reunirá caminhoneiros em São Carlos Realizada há 40 anos no Santuário de Nossa Senhora da Babilônia, encontro terá carreatas, benção e missas
Os organizadores da Festa de São Cristóvão de São Carlos esperam receber cerca de 800 caminhoneiros entre os dias 25 e 26 de julho. Realizada há 40 anos no Santuário de Nossa Senhora da Babilônia, a festa deste ano terá carreatas, benção e missas. A programação começa no sábado, dia 25, às 9h, com carreata dos motoristas levando a imagem de São Cristóvão pelas ruas da cidade, informou
a organização do evento formada por representantes da igreja e da comunidade. O ponto de partida é o Ginásio Municipal de Esportes Milton Olaio Filho, na avenida Getúlio Vargas, na entrada de São Carlos. No domingo, dia 26, a partir das 9h, três procissões sairão de diferentes locais e se encontrarão na Praça Itália, seguindo para o Santuário da Babilônia. O andor de São Cris-
tóvão sai da Praça Independência, no Tijuco Preto; o andor de Nossa Senhora Aparecida sai da Praça da Vila Prado, ao lado da Igreja Santo Antonio, e o andor de Santa Rita sai de fronte da Igreja de Santa Rita, no Bairro Santa Felícia. A comitiva será recebida com benção e missa, que começa às 12h. Entre as 13h e 16, os fiéis podem acompanhar shows sertanejos e aproveitar saborear os pratos oferecidos
pelas barracas instaladas no local. Às 16h será realizada a última missa do dia. O Santuário guarda a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Segundo a tradição local, ela foi encontra intacta sob uma árvore após um incêndio destruidor no bairro da Babilônia. Depois deste feito, foi construída uma capela no local, que hoje recebe romarias e procissões ao longo do ano
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Governo prorroga redução de IPI para veículos Caminhões têm isenção até o final do ano
Novas desonerações provocarão perdas de R$3,341 bilhões em receitas As prorrogações das reduções de tributos e a desoneração sobre os bens de capital, anunciadas para estimular a economia, provocarão impacto de R$ 3,341 bilhões no caixa do governo até o final do ano. Os números foram divulgados pela Receita Federal. A maior parcela da renúncia fiscal corresponde ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, que acarretará perda de R$ 1,405 bilhão até dezembro.
O governo prorrogou as alíquotas reduzidas até o final de setembro. Nos últimos três meses do ano, o IPI sofrerá uma recomposição gradual até a alíquota voltar ao normal em janeiro de 2010. A segunda maior perda de receita se dará pela prorrogação do IPI reduzido para 35 tipos de materiais de construção civil. A medida provocará a perda de arrecadação de R$ 685,8 milhões. As alíquotas voltarão ao normal em 2010.
Em terceiro lugar, em termos de perda de receita, está a desoneração de IPI sobre 70 tipos de bens de capital, que representará uma renúncia de R$ 414,1 milhões. Entre os principais produtos que terão a alíquota zerada serão as válvulas industriais, partes de geradores de energia eólica, os congeladores industriais, as peças para automóveis e aparelhos de arcondicionado, que terão a alíquota zerada até o fim do ano. A extensão do IPI reduzido
sobre os caminhões será responsável pela renúncia fiscal de R$ 387,5 milhões. Diferentemente dos automóveis, no entanto, a alíquota permanecerá zerada até o fim do ano e só em janeiro voltará aos 5% cobrados anteriormente. Com a redução de IPI para produtos da linha branca, R$ 202,8 milhões deixarão de entrar no caixa do governo. A desoneração, no entanto, deixará de valer em novembro. A prorrogação por seis meses da alíquota reduzida de PIS/Cofins da farinha de trigo e do pão comum provocará a perda de R$ 192 milhões. Em vigor desde maio do ano passado, a medida venceria no fim deste mês, mas agora só deixará de valer no fim deste ano.O menor volume de renúncia fiscal virá da diminuição da Cofins para as motocicletas de até 150 cilindradas. Por causa dessa desoneração, R$ 53,5 milhões deixarão de entrar nos cofres federais. O governo também esclareceu que, no caso dos veículos, dos caminhões e das motocicletas, as reduções de impostos estão vinculadas à manutenção dos empregos nesses setores.
CELEBRAÇÃO
Paróquia tem programação para Dia do Motorista Durante todo o dia 25 de julho, a Paróquia de São Cristóvão, localizada no bairro da Luz, realizará missas para celebrar o dia do santo protetor dos motoristas. As celebrações acontecem de hora em hora, a partir das 6h e vão até às 18h. Motoristas que passarem pelo local também poderão ter seus carros benzidos.
Paróquia de São Cristóvão End.: Avenida Tiradentes, 84 – Luz - SP
Julho 2009
O governo prorrogou a isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nos automóveis, com retorno gradual da taxação, depois desse prazo. Os caminhões ficam isentos do imposto até 31 de dezembro. O anúncio foi feito no final de junho pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele anunciou também a criação de dois fundos garantidores de crédito para a compra de máquinas e equipamentos para indústria (bens de capital) e de médias e pequenas empresas. Os dois fundos serão administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil. Os fundos terão R$ 4 bilhões da União e vão garantir até 80% das operações. O limite permitido de inadimplência será de 7%. Segundo Mantega, a Caixa vai facilitar o crédito de micro, pequenas e médias empresas, com a aplicação de R$ 22 bilhões. Adotada no início de dezembro do ano passado, a desoneração de impostos tem o objetivo de preservar empregos e ajustar gradualmente a
promover as vendas no setor automotivo. Desde 12 de dezembro, carros de até mil cilindradas, que pagavam alíquota de 7% de IPI, estão isentos do tributo. Acima disso, continuaram recolhendo o IPI, mas em bases menores. Para os carros de 1.001 a 2 mil cilindradas, a taxa caiu de 13% para 6,5% (a gasolina) e de 11% para 5,5% (a álcool e flex); de 2 mil cilindradas em diante ficaram mantidas as alíquotas de 25% (gasolina) e de 18% (álcool e flex). No caso das picapes de até mil cilindradas, consideradas veículos leves, a queda foi de 8% para 1%, qualquer que seja o combustível. Caminhões O setor de caminhões apresentou queda de 8,83%, diminuindo de 8.382 unidades em abril para 7.642 em maio. Ao comparar o desempenho dos primeiros cinco meses de 2009 com o mesmo período do ano passado, a retração foi ainda maior, de 19,90%. Foram comercializados 37.528 caminhões de janeiro a maio deste ano, contra 46.850 nos mesmos meses de 2008.
A5 “Hoje, o maior problema do segmento de caminhões é a falta de frete”, afirmou o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores Sérgio Reze, acrescentando: “Os usineiros estão com dificuldade no caixa. Há baixo transporte no setor de mineração e existe também a sazonalidade no segmento agrícola”. De acordo com o presidente da entidade, o volume de emplacamentos de caminhões é maior durante o período de safra. De março a maio, o Centro-Oeste do País e estados como o Rio Grande do Sul e Paraná apresentaram vendas um pouco melhores do que em outras regiões. Mas, na entresafra, as vendas se retraem. Para este ano, a expectativa da Fenabrave é que 100 a 110 mil caminhões sejam comercializados no país, volume inferior ao registrado em 2008, quando foram emplacadas 123.283 unidades. Para Reze, com a redução da alíquota de IPI, em vigor desde dezembro do ano passado, o governo conseguiu interromper a queda nas vendas
de automóveis e comerciais leves, mas os resultados ainda estão por aparecer. “O governo agiu rápido ao reduzir alíquota de IPI para o setor. Isto vai dar tempo para que o restante da economia reaja. Minha expectativa é para 2010, quando grande parte destas medidas implementadas produzirão resultados”. A prorrogação dos incentivos concedidos pelo governo para o financiamento de caminhões devem, segundo Reze, ter impacto a partir do próximo ano. “Se nada de negativo acontecer no cenário interno e internacional, o pior já passou”, conclui. Com base nestas expectativas, o ano de 2009 deve ser positivo para o setor automotivo, considerando que haverá queda nos segmentos de caminhões, implementos e motocicletas. “A queda geral pode ficar na média de 3% sobre o ano passado, mas o setor de automóveis e comerciais leves deve apresentar resultado positivo, estimado em até 3%, o que já será um novo recorde histórico para o segmento”, afirma Reze. Com informações da Agência Brasil
Contran prorroga mais uma vez tolerância de 7,5% de peso nos eixos dos veículos Adiamento dá mais tempo para que empresas de transporte se preparem para mudança O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) prorrogou, até 31 de dezembro deste ano, a tolerância máxima de 7,5% sobre os limites de peso bruto transmitidos por eixo de veículos à superfície das vias públicas, por meio da Deliberação nº 79/09, publicada no dia 30 de junho, no Diário Oficial da União. Esta é a segunda vez que a entrada em vigor da tolerância de 5% nos eixos é adiada. A primeira ocorreu no final de dezembro do ano passado. Como no caso anterior, a
finalidade da medida é dar prazo para que a Câmara Temática de Assuntos Veiculares conclua estudos conjuntos com o Inmetro sobre procedimentos para pesagem por eixo de granéis sólidos e líquidos. Ao mesmo tempo, o adiamento oferece mais tempo para as empresas de transportes se prepararem para a mudança, uma vez que as Resoluções 102/99 e 104/00, que vigoraram por sete anos, além de fixarem a tolerância em 7,5%, dispensavam a multa por eixo.
Para o coordenador técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, o setor enfrenta grandes dificuldades para distribuir corretamente as cargas por eixo. “Muitos caminhões saem da origem sem serem pesados. Em outros casos, a aferição é feita por “balanção” e limita-se a verificar o peso bruto. Há mercadorias difíceis de remanejar, como bobinas, big bags e cargas transpor tadas em contêineres”, afirma. Segundo Reis, ainda não se sabe se as balanças são
ou não o instrumento adequado para verificar o peso de cargas líquidas, e que em alguns casos os equipamentos já saem de fábrica com má distribuição e, em outras situações, as cargas, como granéis sólidos, se deslocam no trajeto. “Alguns veículos apresentam excesso nos eixos, por erro de projeto. Isso acontece, por exemplo, no transporte de fumo em contêineres no Rio Grande do Sul. Este excesso se dá especialmente no eixo trator dos cavalos 4x2, preferido no Brasil”, conclui.
INCENTIVO
Programa facilita aquisição de caminhões novos e usados Caminhoneiros de todo o país já podem procurar as agências da rede bancária credenciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para se habilitar à compra de caminhões novos e usados, utilizando as novas condições financeiras estabelecidas pelo programa Procaminhoneiro. Em decisão anunciada no final do mês passado, o BNDES reduziu os juros anuais do programa para 4,5%. A taxa será fixa até 31 de dezembro deste ano. Segundo o banco, a redução foi de 67% em relação à taxa anterior (13,5%). As cartas circulares com as novas regras já foram distribuídas aos agentes repassadores de recursos do banco. A expectativa do órgão é que a ampliação do prazo de finan-
ciamento dos caminhões de 84 para 96 meses e o corte dos juros contribuam para aumentar a procura pelo programa, que foi lançado em maio de 2006. Com dotação de R$ 1 bilhão, o programa objetiva facilitar o crédito para o caminhoneiro e financiar a aquisição de caminhões, chassis e carrocerias de caminhões novos e usados produzidos no Brasil. A partir de agora, será possível também financiar caminhões com até 15 anos de vida, contra os oito anos anteriores contados a partir da data de fabricação. De acordo com o banco estatal, o principal objetivo do Procaminhoneiro é ampliar o crédito para os caminhoneiros e ao mesmo tempo fortalecer a cadeia produtiva de bens de capital, e contribuir com a redução da idade média da frota brasileira.
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Governo prorroga redução de IPI para veículos Caminhões têm isenção até o final do ano
Novas desonerações provocarão perdas de R$3,341 bilhões em receitas As prorrogações das reduções de tributos e a desoneração sobre os bens de capital, anunciadas para estimular a economia, provocarão impacto de R$ 3,341 bilhões no caixa do governo até o final do ano. Os números foram divulgados pela Receita Federal. A maior parcela da renúncia fiscal corresponde ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, que acarretará perda de R$ 1,405 bilhão até dezembro.
O governo prorrogou as alíquotas reduzidas até o final de setembro. Nos últimos três meses do ano, o IPI sofrerá uma recomposição gradual até a alíquota voltar ao normal em janeiro de 2010. A segunda maior perda de receita se dará pela prorrogação do IPI reduzido para 35 tipos de materiais de construção civil. A medida provocará a perda de arrecadação de R$ 685,8 milhões. As alíquotas voltarão ao normal em 2010.
Em terceiro lugar, em termos de perda de receita, está a desoneração de IPI sobre 70 tipos de bens de capital, que representará uma renúncia de R$ 414,1 milhões. Entre os principais produtos que terão a alíquota zerada serão as válvulas industriais, partes de geradores de energia eólica, os congeladores industriais, as peças para automóveis e aparelhos de arcondicionado, que terão a alíquota zerada até o fim do ano. A extensão do IPI reduzido
sobre os caminhões será responsável pela renúncia fiscal de R$ 387,5 milhões. Diferentemente dos automóveis, no entanto, a alíquota permanecerá zerada até o fim do ano e só em janeiro voltará aos 5% cobrados anteriormente. Com a redução de IPI para produtos da linha branca, R$ 202,8 milhões deixarão de entrar no caixa do governo. A desoneração, no entanto, deixará de valer em novembro. A prorrogação por seis meses da alíquota reduzida de PIS/Cofins da farinha de trigo e do pão comum provocará a perda de R$ 192 milhões. Em vigor desde maio do ano passado, a medida venceria no fim deste mês, mas agora só deixará de valer no fim deste ano.O menor volume de renúncia fiscal virá da diminuição da Cofins para as motocicletas de até 150 cilindradas. Por causa dessa desoneração, R$ 53,5 milhões deixarão de entrar nos cofres federais. O governo também esclareceu que, no caso dos veículos, dos caminhões e das motocicletas, as reduções de impostos estão vinculadas à manutenção dos empregos nesses setores.
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Paróquia tem programação para Dia do Motorista Durante todo o dia 25 de julho, a Paróquia de São Cristóvão, localizada no bairro da Luz, realizará missas para celebrar o dia do santo protetor dos motoristas. As celebrações acontecem de hora em hora, a partir das 6h e vão até às 18h. Motoristas que passarem pelo local também poderão ter seus carros benzidos.
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Julho 2009
O governo prorrogou a isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nos automóveis, com retorno gradual da taxação, depois desse prazo. Os caminhões ficam isentos do imposto até 31 de dezembro. O anúncio foi feito no final de junho pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele anunciou também a criação de dois fundos garantidores de crédito para a compra de máquinas e equipamentos para indústria (bens de capital) e de médias e pequenas empresas. Os dois fundos serão administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil. Os fundos terão R$ 4 bilhões da União e vão garantir até 80% das operações. O limite permitido de inadimplência será de 7%. Segundo Mantega, a Caixa vai facilitar o crédito de micro, pequenas e médias empresas, com a aplicação de R$ 22 bilhões. Adotada no início de dezembro do ano passado, a desoneração de impostos tem o objetivo de preservar empregos e ajustar gradualmente a
promover as vendas no setor automotivo. Desde 12 de dezembro, carros de até mil cilindradas, que pagavam alíquota de 7% de IPI, estão isentos do tributo. Acima disso, continuaram recolhendo o IPI, mas em bases menores. Para os carros de 1.001 a 2 mil cilindradas, a taxa caiu de 13% para 6,5% (a gasolina) e de 11% para 5,5% (a álcool e flex); de 2 mil cilindradas em diante ficaram mantidas as alíquotas de 25% (gasolina) e de 18% (álcool e flex). No caso das picapes de até mil cilindradas, consideradas veículos leves, a queda foi de 8% para 1%, qualquer que seja o combustível. Caminhões O setor de caminhões apresentou queda de 8,83%, diminuindo de 8.382 unidades em abril para 7.642 em maio. Ao comparar o desempenho dos primeiros cinco meses de 2009 com o mesmo período do ano passado, a retração foi ainda maior, de 19,90%. Foram comercializados 37.528 caminhões de janeiro a maio deste ano, contra 46.850 nos mesmos meses de 2008.
A5 “Hoje, o maior problema do segmento de caminhões é a falta de frete”, afirmou o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores Sérgio Reze, acrescentando: “Os usineiros estão com dificuldade no caixa. Há baixo transporte no setor de mineração e existe também a sazonalidade no segmento agrícola”. De acordo com o presidente da entidade, o volume de emplacamentos de caminhões é maior durante o período de safra. De março a maio, o Centro-Oeste do País e estados como o Rio Grande do Sul e Paraná apresentaram vendas um pouco melhores do que em outras regiões. Mas, na entresafra, as vendas se retraem. Para este ano, a expectativa da Fenabrave é que 100 a 110 mil caminhões sejam comercializados no país, volume inferior ao registrado em 2008, quando foram emplacadas 123.283 unidades. Para Reze, com a redução da alíquota de IPI, em vigor desde dezembro do ano passado, o governo conseguiu interromper a queda nas vendas
de automóveis e comerciais leves, mas os resultados ainda estão por aparecer. “O governo agiu rápido ao reduzir alíquota de IPI para o setor. Isto vai dar tempo para que o restante da economia reaja. Minha expectativa é para 2010, quando grande parte destas medidas implementadas produzirão resultados”. A prorrogação dos incentivos concedidos pelo governo para o financiamento de caminhões devem, segundo Reze, ter impacto a partir do próximo ano. “Se nada de negativo acontecer no cenário interno e internacional, o pior já passou”, conclui. Com base nestas expectativas, o ano de 2009 deve ser positivo para o setor automotivo, considerando que haverá queda nos segmentos de caminhões, implementos e motocicletas. “A queda geral pode ficar na média de 3% sobre o ano passado, mas o setor de automóveis e comerciais leves deve apresentar resultado positivo, estimado em até 3%, o que já será um novo recorde histórico para o segmento”, afirma Reze. Com informações da Agência Brasil
Contran prorroga mais uma vez tolerância de 7,5% de peso nos eixos dos veículos Adiamento dá mais tempo para que empresas de transporte se preparem para mudança O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) prorrogou, até 31 de dezembro deste ano, a tolerância máxima de 7,5% sobre os limites de peso bruto transmitidos por eixo de veículos à superfície das vias públicas, por meio da Deliberação nº 79/09, publicada no dia 30 de junho, no Diário Oficial da União. Esta é a segunda vez que a entrada em vigor da tolerância de 5% nos eixos é adiada. A primeira ocorreu no final de dezembro do ano passado. Como no caso anterior, a
finalidade da medida é dar prazo para que a Câmara Temática de Assuntos Veiculares conclua estudos conjuntos com o Inmetro sobre procedimentos para pesagem por eixo de granéis sólidos e líquidos. Ao mesmo tempo, o adiamento oferece mais tempo para as empresas de transportes se prepararem para a mudança, uma vez que as Resoluções 102/99 e 104/00, que vigoraram por sete anos, além de fixarem a tolerância em 7,5%, dispensavam a multa por eixo.
Para o coordenador técnico da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis, o setor enfrenta grandes dificuldades para distribuir corretamente as cargas por eixo. “Muitos caminhões saem da origem sem serem pesados. Em outros casos, a aferição é feita por “balanção” e limita-se a verificar o peso bruto. Há mercadorias difíceis de remanejar, como bobinas, big bags e cargas transpor tadas em contêineres”, afirma. Segundo Reis, ainda não se sabe se as balanças são
ou não o instrumento adequado para verificar o peso de cargas líquidas, e que em alguns casos os equipamentos já saem de fábrica com má distribuição e, em outras situações, as cargas, como granéis sólidos, se deslocam no trajeto. “Alguns veículos apresentam excesso nos eixos, por erro de projeto. Isso acontece, por exemplo, no transporte de fumo em contêineres no Rio Grande do Sul. Este excesso se dá especialmente no eixo trator dos cavalos 4x2, preferido no Brasil”, conclui.
INCENTIVO
Programa facilita aquisição de caminhões novos e usados Caminhoneiros de todo o país já podem procurar as agências da rede bancária credenciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para se habilitar à compra de caminhões novos e usados, utilizando as novas condições financeiras estabelecidas pelo programa Procaminhoneiro. Em decisão anunciada no final do mês passado, o BNDES reduziu os juros anuais do programa para 4,5%. A taxa será fixa até 31 de dezembro deste ano. Segundo o banco, a redução foi de 67% em relação à taxa anterior (13,5%). As cartas circulares com as novas regras já foram distribuídas aos agentes repassadores de recursos do banco. A expectativa do órgão é que a ampliação do prazo de finan-
ciamento dos caminhões de 84 para 96 meses e o corte dos juros contribuam para aumentar a procura pelo programa, que foi lançado em maio de 2006. Com dotação de R$ 1 bilhão, o programa objetiva facilitar o crédito para o caminhoneiro e financiar a aquisição de caminhões, chassis e carrocerias de caminhões novos e usados produzidos no Brasil. A partir de agora, será possível também financiar caminhões com até 15 anos de vida, contra os oito anos anteriores contados a partir da data de fabricação. De acordo com o banco estatal, o principal objetivo do Procaminhoneiro é ampliar o crédito para os caminhoneiros e ao mesmo tempo fortalecer a cadeia produtiva de bens de capital, e contribuir com a redução da idade média da frota brasileira.
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DICAS
Emborat enhaaumen tadoafr otadev eículosnoBr asil,onúmer odeinfr ações diminuiuaolong odosqua troanosdevig ênciadoa tualCódig odeT rânsitoBr asileiro.
Motoristast ambém precisamder evisão Não pense que dirigindo você pode fazer o mesmo gesto utilizado na leitura. Quando as letras começam a embaralhar, a solução costuma ser aproximar (miopia)ou afastaro papel(hipermetr opia).P orém, o ato de dirigir exige reações rápidas e, antes de se certificar da distância de outro carro, um motorista com problemas de visão já poderá ter causado um acidente. Só para se ter uma idéia, a 60 km/h, um motorista emétrope (de visão perfeita) consegue avistar um obstáculo a 20 metros de distância. Espaço suficiente para dar tempo de colocar o pé no freio e parar. Com apenas um grau de miopia, a pessoa poderá não garantir a reação necessária. Se o defeito for hereditário, menos ruim, já que a pessoa deve ter conhecimento de causa. É difícil identificar a chegada de um defeito de visão. Ele surge aos poucos e se agrava num ritmo tão lento que a pessoa acaba se acostumando com a desfocalização, sem se dar conta do inconveniente. O condutor também não percebe a deficiência caso enxergue bem apenas com um olho ou se tiver estrabismo. Apesar de parecer clara, a visão fica prejudicada, mas não totalmente. "O cérebro trabalha deixando de lado a ajuda do olho prejudicado,c omose elenão existisse.Neses casos, a pessoa continua tendo o direito de dirigir. Deficiência - o condutor consegue ler placas de sinalizaçãonormalmen te,maspassa aterumav aga noção de profundidade. Numa ultrapassagem, por exemplo, fica difícil saber que tipo de veículo se aproxima e qual é a sua distância. Entretanto, esses motoristas não podem ser enquadrados na classe profissional. Isso por causa da deficiência da visão. Os portadores de catarata (nível adiantado) têm visão desfocada em qualquer distância, como se olhassem através de um vidro embassado. O problema ainda é pior em estradas, quando a velocidade é maior e as placas e obstáculos surgem mais depressa. Como a média de aceleração nas rodoviasfica em torno dos100 km/h, o motorista é forçado a planejar com mais antecedência suas ações no trânsito.
Setepec adosc apitaisdosmot oristas A quantidade de multas conseguiu cair 24,85%. Segundo os órgãos responsáveis, os números são resultados de uma maior conscientização dos motoristas. Entretanto, algumas infrações continuam no topo da lista das mais cometidas. E, por incrível que pareça, a primeira a ser enumerada nas incidências entre 1999 e 2001 é estacionar o veículo em desacordo com a regulamentação. O que pode ser pior não oferecendo condições ao condutor para ele contra-argumentar, já que o agente de trânsito tem o direito de aplicar a multa mesmo com o motorista ausente do veículo. Não é raro flagrar carros estacionados literalmente embaixo de uma placa proibitiva. Abordagem - Vale lembrar que as únicas situações em que o agente é obrigado a abordar o condutor é quando há lotação de passageiros, alteração das características do carro, falta de licenciamento ou quando o veículo é conduzido sem a documentação necessária. No caso de estacionar em local indevido, nenhum aviso precisa ser deixado. A segunda refere-se aos exageros no trânsito. Do total de 386.468 multas cometidas em 2001 no estado de Pernambuco, 49.234 foram aplicadas devido ao fato de transitar em velocidade superior em até 50% a máxima permitida no local. Vale ressaltar que no período da pesquisa as lombadas eletrônicas ainda não haviam sido instaladas. Em seguida está o erro por avanço de sinal, como infração gravíssima. Longe de pensar que a maioria ocorrem na madrugada, por motivo de segurança. Elas acontecem durante o dia quando há um maior número de viaturas nas ruas. Nos últimos anos não houve evolução quanto a esse item, que sempre proporcionou dor de cabeça aos agentes de trânsito. No quarto lugar da lista posiciona-se a não expedição do Certificado de Registro do Veículo na transferência de propriedade no prazo de 30 dias junto ao órgão responsável. É classificada como grave, passível de retenção para regularização e justifica-se pela falta de interesse do novo proprietário em regularizar sua situação prevista no artigo 123 do Código. O quinto pecado capital dos motoristas e que, diferentemente dos outros, passou por um significativo aumento, é estacionar o veículo sobre calçada ou faixa de pedestre. Não que o número tenha aumentado. É que a preocupação com a fiscalização ganhou mais rigor.
Dicaspar a longasjornadas - Faça uma revisão no veículo: água, óleo, bateria e pneus. Leve também alguma peça sobressalente de troca fácil, pois pane na estrada é muito mais incômoda que nas cidades, onde há sempre uma oficina. -Não dirijacansado;peçapar aoutr a pessoa dirigir ou adie a viagem. - Projete a viagem: lugar onde parar para comer, abastecer... É aconselhável parar para relaxar os músculos a cada duas horas e tomar um café para espantar o sono. - Dirigir por muito tempo causa mais fadiga física. Assim, não esqueça de ajustarosr etrovisores,osbanc oseo encosto de cabeça na altura dos olhos. - Procure fazer refeições leves; o contrário pode causar desconforto, sono e enjôo, colocando em risco a sua segurança e a dos demais passageiros. - Não tome bebidas alcoólicas; o álcool diminui os reflexos e a velocidade de observação. - Se for necessário tomar algum medicamento antes da viagem, verifique na bula se ele causa sonolência ou algum efeito colateral.
Consciência - Os dois últimos da lista dos sete pecados mais realizados não são nada menos do que uma reconfirmação dos dois primeiros: transitar em velocidade superior em mais de 20% a máxima permitida no local e estacionar veículo em lugar ou hora proibidos pela sinalização.
- Evite viagens longas com lentes de contato: ar, poeira e sol podem irritar os olhos; leve um óculos de reserva.
Embora tão recriminada por meio de campanhas, outra multa que se destaca é a falta de uso do cinto de segurança, mais comumente no banco traseiro. Porém, felizmente, já se sabequehouveumagr ander eduçãonessequesit o,vis toqueem 1999f oramautuados 28.155 veículos, e ao longo de 2001, o número foi reduzida para 12.606, um decréscimo de 45,87%. Típico problema de conscientização
- Dirija sempre com um calçado que deixe os pés firmes. Na ausência deles dirija descalço (dirigir descalço está dentro da lei); sandálias e chinelos podem enroscar nos pedais.
A multa que mais recebeu atenção nos últimos três anos é a de dirigir com apenas uma das mãos, exceto para fazer sinais regulamentares. O aumento de 95,56% em sua incidência também pode ser resultado de uma maior fiscalização.
- Não olhe guias de ruas ou mapas com o veículo em movimento; peça isso a algum passageiro. Caso esteja sozinho, estacione o veículo.
Apas distribui anuário da Ceagesp aos supermercados Segunda edição do guia de atacadistas de alimentos in natura chega ao varejo, encurtando a distância entre permissionários e compradores A Revista SuperVarejo distribuirá gratuitamente o Anuário JE 2009 aos supermercados da capital e do interior. O Guia de Empresas das Ceasas do Estado de São Paulo, concebido pelo Jornal Entreposto, chegará às mãos dos compradores através da edição de agosto da publicação da Apas (Associação Paulista de Supermercados). ”O guia servirá, portanto, de impor tante elo entre os atacadistas de FLV e os supermercados, que, atualmente, são um relevante canal de vendas desses produtos ao consumidor final”, resume o economista e técnico em abastecimento Neno Silveira. “E isso não acarretará nenhum custo aos permissionários e produtores listados no Anuário”, enfatiza. O Anuário Entreposto é um cadastro que reúne os nomes e contatos de todos os comerciantes de frutas, legumes, verduras, pescados, flores e
alimentos diversos presentes nos mercados que integram a rede de distribuição da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). “Os atacadistas da Ceasa Campinas também estão listados”, informa Silveira, lembrando que o guia ainda está sendo distribuído gratuitamente a outros segmentos compradores, como hotéis, restaurantes, bufês, hospitais, entre outros. “A parceria com a Apas vai levar esta lista de empresas da Ceagesp a mais de sete mil supermercados filiados à entidade”, afirma o economista. Complementarmente, o Anuário será enviado, ainda, para as empresas de embalagens, defensivos, sementes e outros fornecedores de equipamentos, veículos, serviços etc. A idéia, segundo Silveira, é consolidar a ferramenta de comunicação lançada no ano passado e que interage com a cadeia
de produção e distribuição, promovendo o papel do mercado atacadista de hortifruti. “Este guia enaltece a figura dos atacadistas de todas as Ceasas do estado, que exercem papel crucial na cadeia produtiva de alimentos”, destaca. Além das informações comerciais de praxe, o Anuário apresenta diversas informações complementares acerca da classificação, embalagens e manuseio correto de hortifrutícolas. “As orientações do CQH (Centro de Qualidade em Horticultura) da Ceagesp são imprescindíveis à cadeia produtiva”, lembra Silveira. Na avaliação da coordenadora do CQH, Anita de Souza Dias Gutierrez, o guia atende plenamente às expectativas de quem vende e de quem compra hortifruti. “A publicação é de fácil leitura e indispensável para o setor”, ressalta.
::Serviço
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Revista SuperVarejo Publição mensal da APAS - Associação Paulista de Supermercados
O Anuário Entreposto pode ser encontrado na sede do Jornal Entreposto.
www.portalapas.org.br
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Pedro Arraes assume a presidência da Embrapa Continuidade e aprofundamento. São essas palavras que, segundo o novo diretorpresidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira, resumem sua futura gestão. “Continuidade no compromisso da Embrapa com a agricultura tropical e com a sociedade brasileira, e aprofundamento na busca da eficiência gerencial e excelência científica e tecnológica.” O discurso foi proferido durante a solenidade de transmissão de cargo do diretor-presidente da Embrapa, realizada no dia 15, na sede da empresa, em Brasília. Arraes agradeceu o crédito de confiança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, e destacou três orientações passadas por eles. “A marca da Embrapa tem que ser sempre a competência técnica, nenhuma outra; o Brasil é plural e a Embrapa tem que ser plural e deve buscar a harmonia para atender a todos; e a terceira, o Brasil tem que aumentar a sua contribuição para o mundo. Assim, a internacionalização da Embrapa não é apenas uma vontade de um governo, mas uma política de Estado, uma constante no futuro.” O presidente Lula, presente à solenidade, deu as boasvindas ao novo gestor e ressaltou uma qualidade em Arraes que lhe chamou a atenção: “Ele é especialista em feijão e arroz, o que eu quero
mais dele?”, comentou Lula ao destacar o “feijão com arroz” a comida mais popular entre os brasileiros. Lula falou, ainda, sobre a expectativa em relação à nova gestão, que, segundo ele, foi também o que esperou de Crestana. “Eu quero que a Embrapa continue sendo, por todo o sempre, um centro de excelência e respeitabilidade, e quase que intocável, do ponto de vista da seriedade de seus profissionais”, afirmou. Lula acrescentou, também, que a dívida com alguns setores como a agricultura familiar ainda é enorme, por isso o tamanho do compromisso da Empresa. O ministro Stephanes lembrou dos critérios rigorosos e rígidos de mérito para a escolha do novo presidente e fez um breve resumo sobre as competências de Arraes. “É uma pessoa altamente qualificada. Acredito que seja consenso dentro da Embrapa o nome dele”, comentou. Agradecimentos Tanto o presidente Lula quanto o ministro Stephanes aproveitaram a ocasião para agradecer o trabalho do ex-presidente Silvio Crestana, que ficou quatro anos à frente da presidência da Embrapa. “Você é uma pessoa extraordinária, Silvio”, falou o ministro sob os aplausos da platéia. Crestana - que recebeu um livro-memória de Stephanes, com três volumes em reconhe-
AGRONEGÓCIO
Diplomatas concluem programa de imersão no agronegócio nacional Brasília - Depois de duas semanas visitando fazendas, agroindústrias, uma usina de cana-de-açúcar, um laboratório agropecuário e o Porto de Paranaguá, os 23 diplomatas, que participaram do primeiro Programa de Imersão de Diplomatas no Agronegócio, desenvolvido pelos ministérios da Agricultura (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE), disseram estar mais preparados para defender os produtos brasileiros nos países em que atuam. “O Brasil, como grande fronteira agrícola, tem enfrentado cada vez mais problemas, o que não é ruim, pois é no sentido de que tem conseguido entrar em cada vez mais mercados. Então, procuramos abranger os principais setores exportadores”, disse Eduardo Sampaio, diretor da Secretaria de Relações Internacionais do Mapa, sobre o objetivo do programa. O ministro conselheiro Arthur Nogueira, da embaixada do Brasil em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, disse que os profissionais se perguntaram por que o programa não existia antes e se consideraram beneficiados pela iniciativa pioneira. Ele explicou que o trabalho dos diplomatas é promover os produtos brasileiros, protegê-los
contra barreiras tarifárias e negociar condições propícias para sua entrada em outros países, e que as visitas mostraram como poderão fazer isso. “O que o Oriente Médio mais tem é dinheiro, então, podemos trazer investimentos deles no agronegócio brasileiro, pois eles precisam de produtos agropecuários”, afirmou Nogueira. Regina Bittencourt, conselheira da Embaixada do Brasil na Inglaterra, disse que, conhecendo melhor o setor agropecuário, os diplomatas estarão mais aptos para enfrentar os debates comerciais. “O programa nos dá munição para essa luta constante contra medidas protecionistas não declaradas, medidas ambientais falsas, para rebater alguns argumentos levantados contra o mercado brasileiro”, afirmou. De acordo com Ricardo Monteiro, chefe da Divisão de Agricultura e Produtos de Base do Ministério das Relações Exteriores, até o fim do ano deve ser concluído o processo de seleção para oito adidos agrícolas, que atuarão nas embaixadas brasileiras localizadas nos principais mercados compradores dos produtos do agronegócio nacional.
cimento a sua relevante contribuição à Embrapa - agradeceu a homenagem e desejou sucesso ao novo presidente. Ele não deixou de citar os empregados da Embrapa, que, segundo ele, foram fundamentais para as conquistas obtidas em sua gestão. “O saldo mais gratificante que levo são os amigos que fizemos ao longo desses anos”, ressaltou Silvio Crestana fez também um breve resumo da contribuição e apoio do governo para a realização do seu trabalho frente à presidência da Embrapa e finalizou lembrando os grandes desafios que ainda hão de ser cumpridos. “Grandes desafios ainda temos pela frente. Iniciamos, avançamos, mas ainda temos muito para fazer, por isso, vamos precisar apoiar a gestão do Pedro”.
“Eu quero que a Embrapa continue sendo, por todo o sempre, um centro de excelência e respeitabilidade, e quase que intocável, do ponto de vista da seriedade de seus profissionais”, afirmou. Lula
Caravana da Volvo percorre 18 ceasas brasileiras Concessionários Volvo de 18 cidades brasileiras realizam evento especialmente voltado para comerciantes, produtores e transportadores das Centrais de Abastecimento (Ceasas). O objetivo, segundo a montadora, é mostrar como um transporte mais eficiente pode influenciar positivamente no negócio, com reflexos até mesmo na composição dos preços dos produtos alimentícios que precisam chegar diariamente às mesas dos consumidores com qualidade e baixo custo. A Caravana Caminho da Economia é um evento voltado exclusivamente para produtores e comerciantes das Ceasas. Trata-se de um programa de exposições e demonstrações especialmente
voltado para esse público, oferecendo informações sobre economia de transpor te e apresentando os caminhões do modelo VM. A exposição é montada em área contígua à Ceasa, onde é simulada uma “mini-cidade” composta por quiosques que representam os principais pontos percorridos pelos transportadores. Os visitantes são convidados a percorrer os quiosques e em cada um deles, assistem a apresentações sobre eficiência de transporte, onde são apresentadas as características dos caminhões e os resultados que podem trazer para seus proprietários em economia de combustível, produtividade, etc. Após percorrer os quiosques, eles podem dirigir um caminhão VM em um circuito especialmente monta-
do para esta finalidade. Nem sempre os comerciantes e produtores têm a oportunidade de visitar exposições ou ir até as concessionárias para conhecer em detalhes os atributos dos veículos. Pensando nisso, a Volvo do Brasil desenvolveu o programa Caminho da Economia, que começou em caráter experimental em 2008, percorrendo 11 cidades de oito estados brasileiros. O sucesso da experiência e o interesse demonstrado pelos participantes levaram a marca a ampliar o programa que este ano, com o apoio da Volvo Financial Services, acontecerá em 18 cidades de 11 estados brasileiros, percorrendo aproximadamente 13 mil quilômetros.
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Qualidade
B1 JORNAL ENTREPOSTO
Caderno Técnico
B
CQH- CENTRO DE QUALIDADE HORTIGRANJEIRA DA CEAGESP
O valor do caqui A qualidade do Caqui Rama Forte e Fuyu na Ceagesp
Por Adriana Kunitake CQH - Centro de Qualidade Hor tigranjeira da Ceagesp
Existe grande diferença de valor entre os lotes de caqui de mesma variedade, no mesmo dia. A compreensão dos atributos que determinam essa diferença de valores é extremamente importante na busca de um melhor preço pelo produtor. Foram entrevistados os 46 atacadistas de caqui mais representativos do Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, que deram nota a lotes da fruta presentes em seu estabelecimento. Os três atributos, responsáveis pela desvalorização do caqui, mais importantes foram indicados por cada um dos atacadistas entrevistados. As causas mais frequentes de desvalorização citadas pelos atacadistas foram, em ordem de freqüência de indicação, defeito (32%), tamanho (21%), embalagem e embalamento (14%), falta de homogeneidade na caixa (12%), coloração (12%), maturação (9%).
Defeitos: Foram considerados como defeitos, em ordem de importância, manchado, dano superficial cicatrizado, estria, fenda da base, deformação, imaturo, passado, dano profundo e podridão. A denominação de um defeito como mancha, o mais citado, varia com o atacadista, e pode incluir estria, dano super ficial cicatrizado e outros defeitos de casca.
frutos da mesma caixa do grau de maturação, do tamanho e coloração. A diferença de tamanho foi o atributo mais citado entre os que acarretam a falta de homogeneidade.
Tamanho: Na maioria das vezes os frutos maiores valem mais que os menores.
Maturação: O caqui muito maduro perde valor. A sua vida útil diminui, o transporte fica restrito a curtas distâncias e o risco de perda aumenta. Estamos na melhor época do caqui: maior volume e melhor qualidade. O defeito foi o atributo mais citado como causa de desvalorização do caqui. Para entender melhor essa situação foi feita uma análise de qualidade mais detalhada em 38 caixas de caqui Rama Forte e em 19 caixas de caqui Fuyu de 36 permissionários. A análise visual dos defeitos nas caixas com duas camadas foi feita só na primeira camada. O dano super ficial cicatrizado e a mancha são os defeitos mais comuns no caqui
Embalagem e embalamento: Embalagem com baixa resistência ao empilhamento, desvaloriza porque aumenta o risco de amassar o fruto. Embalamento mal feito com baixo aproveitamento do espaço e fruto solto dentro da caixa é de desvalorização. O embalamento foi mais citado que a embalagem como causa de desvalorização. Homogeneidade: Na caracterização de falta de homogeneidade dos frutos na caixa estão inclusas a ocorrência de diferença entre os
Coloração: A intensidade da coloração está relacionada ao valor do fruto. Os frutos com coloração mais intensa são os preferidos e mais valorizados.
Frequência de ocorrência (%) de defeitos no Caqui Rama Forte e Fuyu Defeito Dano Superficial cicatrizado Manchado Deformado Amassado Estria Imaturo Dano Profundo Passado Fenda de base Rama Forte. A fenda de base e o dano superficial cicatrizado são os mais encontrados no caqui Fuyu. A tabela mostra os defeitos encontrados e a sua frequência. Os defeitos, dano super ficial cicatrizado,
Rama Forte 23 19 16 16 9 4 4 4 1 manchado e deformado, apresentaram grande frequência nas variedades. O defeito amassado foi mais frequente no Rama Forte e os defeitos estria e fenda de base mais frequentes no Fuyu.
Fuyu 20 12 18 8 15 —— 6 0,5 20
O Centro de Qualidade em Horticultura agradece a colaboração dos atacadistas e espera que esse estudo, realizado em março e abril, seja útil na busca constante pela melhoria do caqui.
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Entrevista com o comprador Pesquisa do CQH traça raio-x dos compradores que frequentam o ETSP e analisa o efeito das restrições da circulação de caminhões na capital paulista
Cláudio Inforzato Fanale CQH/Ceagesp
ATACADO Produto
Dias da semana
Legumes Frutas
Local
Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.
Dias da semana
Verduras
MLP- Mercado Livre do Produtor
Dias da semana
Pescados
Terça a Sáb.
Dias da semana
Diversos*
Seg. a Sáb.
Dias da semana
Flores
Seg. e Quinta
Horário 10h às 18h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
Varejão Noturno
Quar ta-feira
17h às 22h
PBCF Pavilhão (batata, cebola e flores) – Portão 7
Feira de Flores
Terça e Sexta
06h às 11h
MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3
EXPEDIENTE
www.jornalentreposto.com.br
Diretora Geral - Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial - José Felipe Gorinelli Jornalista Resp. - Maria Ângela Ramos - MTb 19.848 Edição - Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo /Letícia D.Benetti Estagiária - Mariana G. Marques Editoração Eletrônica / Artes - Letícia D. Benetti Projeto Gráfico - Paulo Cesar Rodrigues Web Master - Daniel Ramos Silveira Colaboradores: Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal – Distribuição Gratuita Redação: Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:
Site:
O gráfico abaixo mostra que em torno de 80% dos compradores entrevistados compram frutas, nacionais e importadas. Cerca de 50% dos entrevistados compram batata, cebola e alho e somente 24% compram ovos.
Quanto tempo o comprador gasta em suas atividades na Ceagesp?
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores)
Local
Local
-Que produtos ou grupo de produtos o comprador compra na Ceagesp (ETSP)?
Qual é o melhor horário e tempo de duração para a comercialização da Ceagesp?
Saída e retorno à origem: 6:00h (15%) e 11:00h (13%) Feira de Flores Terça e Sexta 06h às 11h No ETSP: 4 horas (13%), 7 horas e 8 horas (25%); Local MLP – Mercado Livre do Produtor – Portão 3 Tempo de compra: 2 horas *Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana. (14%), 6 horas e 7 horas (25%) Tempo de carga: 4 horas (13%), entre 5 e 7 horas VAREJO (26%); Tipo Dias da Semana Horário Tempo Ocioso no ETSP: 1 a 2 horas (32%) 7h às 13h Sáb. e Dom Varejão
Local
Aqui estão as respostas a algumas das perguntas:
AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores
Produto
Local
AP (Legumes), 7% nos BP (Diversos), 36% nos HF (Frutas Importadas / Nacionais), 1% no MFEA (Frutas a Granel), 12% no MFEB (Frutas Nacionais / Impor tadas), 7% no MFEC (Frutas Nacionais / Importadas) e 16% no MLP (Verduras);
Melhor hora para o início da comercialização: 6:00h (35%) Horário Melhor tempo de duração de comercialização: entre 5 e 8 horas (57%); Melhor hora para o final da comercialização: entre 15:00 e 20:00h (57%), com grande Horário frequência de indicação para 9h às 20h as 15:00h (9%) e 18:00h (23%);
Praça (Peixe, sardinha e congelados)
Produto
Local
Horário
Seg. a Sáb.
Produto
Local
14h às 21h 8h às 18h
71% de participação, seguido pela distribuição com 12%, serviço de alimentação com 9% e atacado com 7%. O varejo de rua, com 29%, teve o maior número de entrevistados do varejo, seguido pelos supermercados (22%) e pelo varejo especializado (20%). -O comprador caracterizado como atacado se concentra em outras Ceasas (94%) e do ser viço de alimentação nos restaurantes (84%) - O detalhamento sem divisão mostra, com maior número de entrevistados, os feirantes (26%), os supermercados (20%), os distribuidores (12%) e os sacolões (10%), as outras Ceasas e os restaurantes, ambos com 7%. - Os locais de realização da pesquisa foram bem distribuídos: 20% das entrevistas nos
AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais
Produto
Local
Horário
De setembro a outubro do ano passado, os técnicos da SECME e do CQH entrevistaram 218 compradores, aleatoriamente, em todos os setores de comercialização do ETSP com o intuito de avaliar as consequências da implantação do Rodízio (final da placa) para caminhões e as restrições de circulação (par / ímpar) em regiões e horários especiais, e coletar as sugestões para os horários de comercialização do Entreposto. É importante lembrar que todos os resultados se referem ao número de entrevistados e não à quantidade ou valor do produto. A seguir, confira algumas constatações:
- Os segmentos entrevistados foram agrupados em varejo, atacado, distribuição e ser viço de alimentação. O varejo foi dividido em supermercados, varejo especializado e varejo de rua. Os supermercados estão detalhados em grandes redes e outros; o varejo especializado em varejão, sacolão, quitanda e frutaria; o varejo de rua em feirante e ambulante. O atacado está restrito às centrais de abastecimento e detalhado em atacadista da própria Ceasa e de outras Ceasas. A distribuição não possui divisões ou detalhamento. O ser viço de alimentação foi detalhado em restaurante, casa de batata frita, hotel e padaria. - O varejo teve o maior número de entrevistados com
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Efeito das mudanças no trânsito no comportamento do comprador (% de respostas) no ETSP
Qual é o horário mais utilizado em cada etapa na Ceagesp? Saída da origem: entre 4:00h e 6:00h (41%) Retorno à origem: entre 16:00 e 18:00h (28%) e 20h (11%) Chegada no ETSP: entre 6:00h e 7:00h (41%) e 8:00h (10%) Saída do ETSP: entre 15:00 e 17:00h (46%) Fim das compras: entre 14:00 e 16:00h (41%) Fim da carga: entre 16:00h e 17:00h (44%)
O efeito das mudanças no trânsito foi pouco sentido. Houve mudanças no horário de entrada e de saída; 28% dos compradores declararam che-
gar mais cedo e 8% mais tarde. O tempo de permanência aumentou para 14% dos compradores e diminuiu para 6%. A piora no trânsito foi sentida
por 40% dos compradores e a melhoria por 22%. Uma parte dos compradores passou a comprar também fora da Ceagesp (11%).
Variedades de Pera Asiática Comercializadas na Ceagesp A Pera Asiática tem sua origem na Ásia e foi introduzida no Brasil, por japonêses imigrantes na época da Segunda guerra mundial. Em 2008, a pera ocupou a 9ª posição no rancking geral de produtos comercializados na Ceagesp em tonelagem, com 94 mil toneladas, correspondendo a 3,2%. Em volume financeiro, ficou em 4º lugar com movimentação de R$ 194 milhões com 6,1%. Pesquisa e Desenho: Bertoldo Borges Filho / CQH-Centro de Qualidade Hortigranjeira da Ceagesp
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Lei determina venda de banana por quilo em SĂŁo Paulo A partir do dia 16 de setembro vendedores de banana de todo o estado de SĂŁo Paulo serĂŁo obrigados a cobrar o produto pelo peso. A Lei 13.174, de 23 de julho de 2008, exige a venda por quilo e nĂŁo mais por dĂşzia como ainda ĂŠ feito nas feiras livres. O objetivo ĂŠ padronizar a cadeia produtiva da fruta, para que a cobrança pelo peso aconteça desde a produção atĂŠ o consumidor, que saberĂĄ exatamente o peso e o valor do produto que estĂĄ comprando.Para esclarecer as dĂşvidas sobre a nova lei, tĂŠcnicos do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de SĂŁo Paulo (Ipem-SP) reuniram-se no inĂcio do mĂŞs com produtores do Vale do Ribeira. A regiĂŁo tem 1,8 mil hectares de ĂĄrea territorial, dos quais 1,7 mil sĂŁo ĂĄreas de cobertura vegetal. Em todo o estado de SĂŁo Paulo a plantação de
banana chega a 60 mil hectares e 40 deles estão no Vale do Ribeira, onde hå 4 mil produtores. A bananicultura Ê responsåvel por 80% da economia da região.�Hoje a banana Ê vendida por penca, dúzia, baciada, que tem pesos e tamanhos diferentes. No processo de comercialização tambÊm existem intermediårios. A falta de padronização não då transparência ao processo e faz com que o pequeno produtor da região do Vale do Ribeira não tenha uma referência para a venda da banana e perca muito recurso�, disse o autor da chamada Lei da Banana, o deputado estadual, Samuel Moreira (PSDB).O engenheiro agrônomo e membro da diretoria da Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira (Abavar), Agnaldo JosÊ de Oliveira, explicou que a venda por quilo Ê uma reivindicação
antiga dos produtores. “A mudança serĂĄ muito importante para o produtor porque darĂĄ transparĂŞncia, jĂĄ que muitos compradores colocam na caixa muito mais do que os 21 quilos que cabem nela. Isso gera uma perda de 40% para o produtor e um prejuĂzo por ano de R$ 60 milhĂľes. â€?Segundo a Abavar, a estimativa ĂŠ que o preço da banana para o consumidor caia de 20% a 30%. Um dos diretores da associação, Afonso Carlos Serafim, disse ainda que alĂŠm da queda no preço, o consumidor terĂĄ um produto de melhor qualidade, porque os compradores nĂŁo colocarĂŁo mais frutas do que a caixa comporta. “Eles colocam mais frutas para vender por dĂşzia e isso prejudica a qualidade da banana no mercado. A dona de casa compra uma fruta machucada e perde essa fruta porque ela apodrece mais rĂĄpido.â€?De acordo com o diretor de fiscalização do Ipem, Paulo Roberto Lopes, o ĂłrgĂŁo fiscalizarĂĄ a venda da banana dentro de suas atividades de rotina em todos os locais onde hĂĄ o produto - desde o produtor, distribuidor, atacadistas, feiras, supermercados, varejĂľes. A multa para quem nĂŁo respeitar a lei varia de R$ 317 a R$ 6.340. “No dia 16 de setembro nĂłs esperamos encontrar todos os comerciantes jĂĄ adequados Ă legislação. EntĂŁo esta fase ĂŠ importante porque ĂŠ de orientação para que ninguĂŠm seja apenadoâ€?, afirmou Lopes.
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Julho 2009
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A nota fiscal eletrônica e a comercialização na Ceagesp Anita Gutierrez CQH/Ceagesp
Os produtos hor tícolas frescos - frutas, hortaliças, flores e plantas ornamentais - são colhidos por milhares de produtores em milhares de locais e comercializados todos os dias. Essa é a única maneira de garantir o
abastecimento de produtos frescos aos moradores das cidades. Pequenos produtores, baixo volume de produção por produtor, grande diversidade de produtos e variedades e a existência de intermediários entre a produção e o mercado atacadista são fatores que dificultam muito a formalização das operações comerciais. A exigência da Nota Fiscal Eletrônica, resultado do acordo entre as secretarias da fa-
como: data, produtor, volume, valor e recolhimento do INSS. A autorização da emissão das notas fiscais eletrônicas exige que o produtor e o transportador estejam cadastrados regularmente na Receita Federal. O atacadista deve preparar o cadastro dos seus fornecedores e transportadores e orientá-los se houver irregularidade. Todas as operações serão fiscalizadas on line pela Re-
ceita. O erro na emissão e as transações comerciais serão detectadas imediatamente e gerarão a visita da fiscalização no local. A formalização da saída exige a formalização das despesas como o gasto com a compra dos produtos e com outros serviços como descarga, transporte e o pagamento dos impostos equivalentes e a informatização de todas as empresas – uma imensa revolução.
Prepare-se para a Nota Fiscal Eletrônica Palestra de um especialista da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, no dia 14 de agosto próximo, às 9h30, no Auditório Nelson Loda. Inscreva-se no Centro de Qualidade em Horticultura daCeagesp: cqh@ceagesp.gov.br ou pelos telefones: (11) 3643-3825 ou 3643-3827.
B5
Pimenta Mari será avaliada por produtores do Paraná A BRS Mari, cultivar de pimenta dedo-de-moça, lançada em 2008 pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), terá seu desempenho testado por produtores do município de Cambará, no Paraná. A instalação de uma Unidade Demonstrativa (UD) da pimenta foi acer tada pelo pesquisador Geovani Amaro, que participou do I Encontro dos Capsicum do Norte do Paraná, realizado nos dias 6, 7 e 8 de
julho. Com vistas a atender à demanda do crescente mercado consumidor de pimenta na região, os produtores decidiram investir na hor taliça, com o plantio inicial em uma área de três hectares. De acordo com Geovani, se tudo correr de acordo com as expectativas, isto é, a BRS Mari mostrar uma boa performance, a idéia é ampliar para 30 hectares”. Durante o Encontro, o
pesquisador integrou grupos de discussão formados por técnicos da Emater-PR, e representantes do Sindicato de Produtores de Cambará e da Associação Cambaraense de Agricultura Familiar. “Discutimos a impor tância dos estudos sobre a absorção da cultivar pelo mercado, as diversidades dos materiais, cultivo, manejo, controle fitossanitário e produtos processados da pi-
menta, como conser vas, molho, páprica, etc”, informou o pesquisador, que na ocasião visitou a unidade da Yoki Alimentos em Cambará. Com seis fábricas no País, a empresa atua em 20 categorias, num total de 180 produtos e mais de 620 itens de consumo, e “representa um potencial cliente para a pimenta que será produzida no município”.
Capsicum A pimenta dedo-de-moça “Mari” pode ser utilizada na produção de conservas e de pimenta calabresa (desidratada na forma de flocos com a semente). A cultivar tem como principal característica o elevado teor de capsaicina – substância que confere o ardor nas
pimentas – se comparadas com outras cultivares do mesmo gênero, e se destaca pela alta produtividade, boa uniformidade de planta e ótima qualidade do fruto. E, ainda por cima, apresenta extrema resistência ao vírus do mosaico e ao oídio, fungo que ataca vegetais verdes. Cultivadas em todo o território nacional, as pimentas do gênero capsicum vêm crescendo de importância dentro de vários segmentos, desde pequenos produtores, até grandes empresas ligadas ao agronegócio.
CÁ ENTRE NÓS
FALANDO NISSO
Mercado normatizado
Vamos celebrar a paz Por Manelão
Por Neno Silveira
Os técnicos da antiga Cobal (Companhia Brasileira de Alimentos), atual Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), empresa que foi responsável pela instalação de Ceasas em praticamente todos os estados do Brasil, costumavam se referir aos entrepostos como “mercados normatizados”. Isto queria dizer que o funcionamento do mercado deveria ocorrer com a observância de determinadas regras de compor tamento pelos seus usuários e, ainda, por normas administrativas e operacionais que regulavam aspectos como horários de funcionamento, horários de carga e descarga, proibição de “atravessar” mercadorias dentro do entreposto e outras coisas do gênero. Com isso, os técnicos queriam chamar a atenção para o fato de que as Ceasas tinham dono, no caso a Cobal, e que todos que quisessem atuar dentro das mesmas, fossem eles compradores, fornecedores ou permissionários teriam que obedecer às regras de funcionamento estabelecidas. Ou seja, as Ceasas, apesar de receberem milhares de pessoas diariamente e funcionarem como mercados de livre acesso para todos, não deveriam ser uma terra de ninguém, mas, sim, uma praça de comercialização muito bem organizada, apesar da balbúrdia aparente provocada pelo vai-e-vem de mercadorias e de visitantes de todos os tipos. O estabelecimento de um ambiente de ordem e disciplina não foi muito difícil na época porque o Brasil atravessava o período dos governos militares e as pessoas e empresas, de modo geral, costumavam ter o cuidado de demonstrar um pouco mais de respeito pelo que a lei determinava e pelos agentes encarregados de zelar pelo cumprimento dessa mesma lei. De lá para cá, todo mundo sabe que as coisas mudaram um pouco de figura (o
zenda estaduais e do Distrito Federal, exigirá grandes mudanças. A emissão da Nota Fiscal será feita pela Internet, dentro do ambiente da Receita Federal. A empresa atacadista, permissionária da Ceagesp, emite notas de entrada e notas de saída. As notas de entrada e de saída registram, respectivamente, a entrada e a venda de mercadorias. Na Nota Fiscal do Produtor constam itens
Julho 2009
que é uma forma bem eufemística de caracterizar a “evolução” dos acontecimentos) e, embora as Ceasas continuem com seus regulamentos tão rígidos como eram antigamente, pode-se dizer que a disposição para observar o que as regras determinam já não é lá das mais fanáticas. De um lado ou de outro. Assim, foram poucos os mercados no Brasil que conseguiram se manter (física e administrativamente) próximos dos padrões que existiam quando da criação da rede de entrepostos atacadistas. Os que se saíram melhor, como não poderia deixar de ser, foram os que conseguiram manter a qualidade do seu corpo técnico e os que passaram por invasões políticas menos incivilizadas. Esta longa divagação introdutória sobre a criação e a gestão das Ceasas brasileiras me veio à cabeça porque achei que seria uma boa maneira de chamar a atenção para a grata surpresa que foi a medida tomada pela Ceagesp ao disciplinar a entrada de motos no mercado. A iniciativa gerou polêmica, mas surpreende favoravelmente porque interrompe um ciclo que parecia interminável de inapetência e pouco caso para com a operação do mercado. Foi uma medida corajosa que demonstrou a intenção de buscar uma melhora efetiva das condições operacionais em benefício do mercado como um todo, em que pese o interesse contrariado de uma parcela dos usuários. Foi alvissareira também porque veio na seqüência de outra medida providencial que foi a reestruturação das portarias. Pode parecer muito pouco ainda, e acho que é mesmo, diante do quadro caótico resultante de décadas de abandono, mas o que se deve comemorar é a mudança de postura depois de tanto tempo de inanição. O que se deve festejar não são apenas estes primeiros passos, mas o início de uma caminhada na direção de um mercado normatizado de fato.
A Ceagesp completou 40 anos e acreditamos que ela deu um salto triplo de modernidade, amizade e solidariedade. Como fez no passado, Ademar Ferreira da Silva que no alto do pódio olímpico pendurou a medalha de ouro no peito e ouviu o hino nacional brasileiro, deixando a nação orgulhosa com seu feito. Nos primeiros anos do mercado, a presença da mulher era coisa rara e nos corredores da praça, quando se ouvia o alarido de gritos e assovios, era a senha que havia “colírio para os olhos”, com a presença de belas mulheres visitando o entreposto. O tempo foi passando e as heroínas chegando tímidas, servindo café na madrugada. Transpondo obstáculos e vencendo preconceito, conquistaram o direito de trabalhar dividindo a tarefa com os vendedores. Houve uma evolução nos escritórios onde elas atuam. “Tudo fica super organizado”. Quem fala é a Dona Nair, que há mais de duas décadas dá
um talento na limpeza e asseio das empresas. E nesse mês de julho pedimos ao bom Deus, que deu a Nelson Mandela a resistência de vencer o tormento do isolamento e a inteligência de apaziguar a África do Sul. Que a mesma sabedoria do alto dos seus 90 anos tem a interseção de Santa Luzia e que ela abra os olhos e a mente dos dirigentes. Que eles sentem-se à mesa de discussão e cheguem a um consenso que é o desejo de todos desse mercado: trabalhar, ganhar o pão e pôr alimentos de qualidade da mesa da nação. Então, vamos esquecer as mágoas, abrir o coração e selar a paz com um aperto de mão. *** A Nossa Turma está voltando das férias e os alunos precisam de material escolar: sulfite, cadernos, lápis, canetinhas e roupas para aquecer o inverno. E o mais importante: o calor do seu coração. Venha nos visitar!
Programa da Ceagesp garante frutas mais doces A uva fina de Jales/SP foi o primeiro produto do Programa Garantia de Doçura, desenvolvido pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) para apoiar os produtores e os atacadistas que querem garantir frutas mais doces ao consumidor. O controle da doçura é feito na origem e monitorado, no mercado, pelos técnicos da Ceagesp. O ponto de colheita determina a doçura da fruta, tanto das climatéricas, que continuam a amadurecer após a colheita, quanto das não climatéricas, como melão, abacaxi e uva. Entretanto, a
maioria dos produtores colhe o produto antes do ponto ideal, para facilitar a conservação e aproveitar picos de preço.
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A nota fiscal eletrônica e a comercialização na Ceagesp Anita Gutierrez CQH/Ceagesp
Os produtos hor tícolas frescos - frutas, hortaliças, flores e plantas ornamentais - são colhidos por milhares de produtores em milhares de locais e comercializados todos os dias. Essa é a única maneira de garantir o
abastecimento de produtos frescos aos moradores das cidades. Pequenos produtores, baixo volume de produção por produtor, grande diversidade de produtos e variedades e a existência de intermediários entre a produção e o mercado atacadista são fatores que dificultam muito a formalização das operações comerciais. A exigência da Nota Fiscal Eletrônica, resultado do acordo entre as secretarias da fa-
como: data, produtor, volume, valor e recolhimento do INSS. A autorização da emissão das notas fiscais eletrônicas exige que o produtor e o transportador estejam cadastrados regularmente na Receita Federal. O atacadista deve preparar o cadastro dos seus fornecedores e transportadores e orientá-los se houver irregularidade. Todas as operações serão fiscalizadas on line pela Re-
ceita. O erro na emissão e as transações comerciais serão detectadas imediatamente e gerarão a visita da fiscalização no local. A formalização da saída exige a formalização das despesas como o gasto com a compra dos produtos e com outros serviços como descarga, transporte e o pagamento dos impostos equivalentes e a informatização de todas as empresas – uma imensa revolução.
Prepare-se para a Nota Fiscal Eletrônica Palestra de um especialista da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, no dia 14 de agosto próximo, às 9h30, no Auditório Nelson Loda. Inscreva-se no Centro de Qualidade em Horticultura daCeagesp: cqh@ceagesp.gov.br ou pelos telefones: (11) 3643-3825 ou 3643-3827.
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Pimenta Mari será avaliada por produtores do Paraná A BRS Mari, cultivar de pimenta dedo-de-moça, lançada em 2008 pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), terá seu desempenho testado por produtores do município de Cambará, no Paraná. A instalação de uma Unidade Demonstrativa (UD) da pimenta foi acer tada pelo pesquisador Geovani Amaro, que participou do I Encontro dos Capsicum do Norte do Paraná, realizado nos dias 6, 7 e 8 de
julho. Com vistas a atender à demanda do crescente mercado consumidor de pimenta na região, os produtores decidiram investir na hor taliça, com o plantio inicial em uma área de três hectares. De acordo com Geovani, se tudo correr de acordo com as expectativas, isto é, a BRS Mari mostrar uma boa performance, a idéia é ampliar para 30 hectares”. Durante o Encontro, o
pesquisador integrou grupos de discussão formados por técnicos da Emater-PR, e representantes do Sindicato de Produtores de Cambará e da Associação Cambaraense de Agricultura Familiar. “Discutimos a impor tância dos estudos sobre a absorção da cultivar pelo mercado, as diversidades dos materiais, cultivo, manejo, controle fitossanitário e produtos processados da pi-
menta, como conser vas, molho, páprica, etc”, informou o pesquisador, que na ocasião visitou a unidade da Yoki Alimentos em Cambará. Com seis fábricas no País, a empresa atua em 20 categorias, num total de 180 produtos e mais de 620 itens de consumo, e “representa um potencial cliente para a pimenta que será produzida no município”.
Capsicum A pimenta dedo-de-moça “Mari” pode ser utilizada na produção de conservas e de pimenta calabresa (desidratada na forma de flocos com a semente). A cultivar tem como principal característica o elevado teor de capsaicina – substância que confere o ardor nas
pimentas – se comparadas com outras cultivares do mesmo gênero, e se destaca pela alta produtividade, boa uniformidade de planta e ótima qualidade do fruto. E, ainda por cima, apresenta extrema resistência ao vírus do mosaico e ao oídio, fungo que ataca vegetais verdes. Cultivadas em todo o território nacional, as pimentas do gênero capsicum vêm crescendo de importância dentro de vários segmentos, desde pequenos produtores, até grandes empresas ligadas ao agronegócio.
CÁ ENTRE NÓS
FALANDO NISSO
Mercado normatizado
Vamos celebrar a paz Por Manelão
Por Neno Silveira
Os técnicos da antiga Cobal (Companhia Brasileira de Alimentos), atual Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), empresa que foi responsável pela instalação de Ceasas em praticamente todos os estados do Brasil, costumavam se referir aos entrepostos como “mercados normatizados”. Isto queria dizer que o funcionamento do mercado deveria ocorrer com a observância de determinadas regras de compor tamento pelos seus usuários e, ainda, por normas administrativas e operacionais que regulavam aspectos como horários de funcionamento, horários de carga e descarga, proibição de “atravessar” mercadorias dentro do entreposto e outras coisas do gênero. Com isso, os técnicos queriam chamar a atenção para o fato de que as Ceasas tinham dono, no caso a Cobal, e que todos que quisessem atuar dentro das mesmas, fossem eles compradores, fornecedores ou permissionários teriam que obedecer às regras de funcionamento estabelecidas. Ou seja, as Ceasas, apesar de receberem milhares de pessoas diariamente e funcionarem como mercados de livre acesso para todos, não deveriam ser uma terra de ninguém, mas, sim, uma praça de comercialização muito bem organizada, apesar da balbúrdia aparente provocada pelo vai-e-vem de mercadorias e de visitantes de todos os tipos. O estabelecimento de um ambiente de ordem e disciplina não foi muito difícil na época porque o Brasil atravessava o período dos governos militares e as pessoas e empresas, de modo geral, costumavam ter o cuidado de demonstrar um pouco mais de respeito pelo que a lei determinava e pelos agentes encarregados de zelar pelo cumprimento dessa mesma lei. De lá para cá, todo mundo sabe que as coisas mudaram um pouco de figura (o
zenda estaduais e do Distrito Federal, exigirá grandes mudanças. A emissão da Nota Fiscal será feita pela Internet, dentro do ambiente da Receita Federal. A empresa atacadista, permissionária da Ceagesp, emite notas de entrada e notas de saída. As notas de entrada e de saída registram, respectivamente, a entrada e a venda de mercadorias. Na Nota Fiscal do Produtor constam itens
Julho 2009
que é uma forma bem eufemística de caracterizar a “evolução” dos acontecimentos) e, embora as Ceasas continuem com seus regulamentos tão rígidos como eram antigamente, pode-se dizer que a disposição para observar o que as regras determinam já não é lá das mais fanáticas. De um lado ou de outro. Assim, foram poucos os mercados no Brasil que conseguiram se manter (física e administrativamente) próximos dos padrões que existiam quando da criação da rede de entrepostos atacadistas. Os que se saíram melhor, como não poderia deixar de ser, foram os que conseguiram manter a qualidade do seu corpo técnico e os que passaram por invasões políticas menos incivilizadas. Esta longa divagação introdutória sobre a criação e a gestão das Ceasas brasileiras me veio à cabeça porque achei que seria uma boa maneira de chamar a atenção para a grata surpresa que foi a medida tomada pela Ceagesp ao disciplinar a entrada de motos no mercado. A iniciativa gerou polêmica, mas surpreende favoravelmente porque interrompe um ciclo que parecia interminável de inapetência e pouco caso para com a operação do mercado. Foi uma medida corajosa que demonstrou a intenção de buscar uma melhora efetiva das condições operacionais em benefício do mercado como um todo, em que pese o interesse contrariado de uma parcela dos usuários. Foi alvissareira também porque veio na seqüência de outra medida providencial que foi a reestruturação das portarias. Pode parecer muito pouco ainda, e acho que é mesmo, diante do quadro caótico resultante de décadas de abandono, mas o que se deve comemorar é a mudança de postura depois de tanto tempo de inanição. O que se deve festejar não são apenas estes primeiros passos, mas o início de uma caminhada na direção de um mercado normatizado de fato.
A Ceagesp completou 40 anos e acreditamos que ela deu um salto triplo de modernidade, amizade e solidariedade. Como fez no passado, Ademar Ferreira da Silva que no alto do pódio olímpico pendurou a medalha de ouro no peito e ouviu o hino nacional brasileiro, deixando a nação orgulhosa com seu feito. Nos primeiros anos do mercado, a presença da mulher era coisa rara e nos corredores da praça, quando se ouvia o alarido de gritos e assovios, era a senha que havia “colírio para os olhos”, com a presença de belas mulheres visitando o entreposto. O tempo foi passando e as heroínas chegando tímidas, servindo café na madrugada. Transpondo obstáculos e vencendo preconceito, conquistaram o direito de trabalhar dividindo a tarefa com os vendedores. Houve uma evolução nos escritórios onde elas atuam. “Tudo fica super organizado”. Quem fala é a Dona Nair, que há mais de duas décadas dá
um talento na limpeza e asseio das empresas. E nesse mês de julho pedimos ao bom Deus, que deu a Nelson Mandela a resistência de vencer o tormento do isolamento e a inteligência de apaziguar a África do Sul. Que a mesma sabedoria do alto dos seus 90 anos tem a interseção de Santa Luzia e que ela abra os olhos e a mente dos dirigentes. Que eles sentem-se à mesa de discussão e cheguem a um consenso que é o desejo de todos desse mercado: trabalhar, ganhar o pão e pôr alimentos de qualidade da mesa da nação. Então, vamos esquecer as mágoas, abrir o coração e selar a paz com um aperto de mão. *** A Nossa Turma está voltando das férias e os alunos precisam de material escolar: sulfite, cadernos, lápis, canetinhas e roupas para aquecer o inverno. E o mais importante: o calor do seu coração. Venha nos visitar!
Programa da Ceagesp garante frutas mais doces A uva fina de Jales/SP foi o primeiro produto do Programa Garantia de Doçura, desenvolvido pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) para apoiar os produtores e os atacadistas que querem garantir frutas mais doces ao consumidor. O controle da doçura é feito na origem e monitorado, no mercado, pelos técnicos da Ceagesp. O ponto de colheita determina a doçura da fruta, tanto das climatéricas, que continuam a amadurecer após a colheita, quanto das não climatéricas, como melão, abacaxi e uva. Entretanto, a
maioria dos produtores colhe o produto antes do ponto ideal, para facilitar a conservação e aproveitar picos de preço.
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ECONOMIA
Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para julho
Flávio Luís Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp
Quantidades comercializadas O Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) movimentou durante o primeiro semestre deste ano aproximadamente 1.556.631 toneladas de hortifrutícolas, flores e pescados. Este resultado representa um crescimento de 0,19% ante o mesmo período de 2008 quando foram comercializadas 1.553723 toneladas. O gráfico abaixo ilustra a movimentação por setor de comercialização.
Tendência
Apresentaram elevação da quantidade ofertada os setores de frutas (+1,89%), legumes (+3,02%) e verduras (+0,39%). Os setores de flores (-13,6%), pescados (-12,78%) e produtos diversos (-9,35%) apresentaram retração. O fluxo financeiro envolvido na comercialização do ETSP cresceu 9,3% no 1º semestre. Passou de R$ 1,907 bilhão para R$ 2,085 bilhões em 2009.
O volume comercializado, historicamente, registra retração nesta época do ano em relação aos demais meses. A ocorrência de geadas, no entanto, foi de leve intensidade e não comprometeu a quantidade ofertada nem a qualidade da maior parte dos produtos comercializados na Ceagesp. Os preços e volumes do setor de frutas deverão permanecer estáveis. São várias as opções do setor como abacaxi Havaí, bananas prata e nanica, laranjas, limão, tangerinas, morango, entre outros. Os setores de legumes e verduras, dependendo da intensidade do frio e ocorrência de geadas, podem apresentar redução do volume ofertado e elevação dos preços praticados. Mesmo com a retração no consumo, característica nesta época do ano, espera-se ligeira majoração dos preços praticados dos produtos mais sensíveis destes setores. As flores produzidas em campo aberto também deverão apresentar retração da quantidade ofertada e perda de qualidade. O setor de pescados deve apresentar volumes e preços estáveis. Alguns produtos importantes como pescada, tainha, sardinha, tilápia, entre outros, devem figurar entre as opções de compra do setor. O quadro ilustra as principais opções de compras em julho:
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BOA AÇÃO
Deputado doa cadeira de rodas na Ceagesp No último dia 9, o representante do deputado federal Willian Woo na Ceagesp, Keiji Kato, esteve no Jornal Entreposto para efetuar a doação de uma cadeira de rodas que havia sido solicitada ao parlamentar por meio do jornal. A doação do equipamento faz parte de um trabalho assistencial realizado pela comunidade taiwanesa de São Paulo, que tem no parlamentar o seu principal representante. Willian Woo é autor do Projeto de Lei 1664, que permite ao estrangeiro que se encontra em situação irregular no território nacional requerer residência provisória. O PL foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início deste mês.
Evento da Embrapa estimula a formação de novos pesquisadores pensamento científico e iniciação à pesquisa de estudantes de graduação do ensino superior. Visa proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa. Além do CNPq, o CIIC 2009 conta ainda com o apoio da Fundag (Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola) e do Fundepag (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio). Segundo a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e coordenadora do evento, Nilce Chaves Gattaz, o programa contará com apresentações de dois renomados palestrantes – Prof. Dr. Ruy Botesi (FGV), que abordará o tema “Liderança”, e o Prof. Dr. João Francis-
co Regis de Morais (Unisal) que vai falar sobre “As três ecologias e o mundo contemporâneo”, além das apresentações orais e de pôsteres dos bolsistas, em seções temáticas. “Cada instituição terá uma Comissão Julgadora que selecionará os melhores trabalhos dentre as apresentações orais, de acordo com critérios estabelecidos, e entre estas serão escolhidos os trabalhos a serem premiados”, explica ela. Nilce informa também que neste ano a Comissão Organizadora do CIIC 2009 abriu 10 vagas para cada instituição promotora do evento a alunos de iniciação científica não vinculados ao PIBIC, desde que estejam em atividades de pesquisa nas instituições, para submeterem resumos expandidos e pôsteres a serem publicados nos anais. Mais informações na página do evento em: www.cnpma.embrapa.br.
www.jornalentreposto.com.br
A 3ª edição do Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica (CIIC) será realizado no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) de 6 a 7 de agosto. O evento tem o objetivo de estimular a formação de novos pesquisadores com base em programas de iniciação científica, tendo como principais representantes os bolsistas do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq. Neste ano, a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) passará a integrar o grupo de instituições responsáveis pela realização do CIIC, que já conta com a participação da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), do IAC e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). De acordo com o CNPq, o PIBIC é um programa voltado para o desenvolvimento do
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Julho 2009
Ceasas Brasil ECONOMIA
Índice Ceagesp acumula queda de 5,06% no primeiro semestre Nos últimos 12 meses, a retração acumulada é de 4,9% No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, o Índice Ceagesp aponta baixa de 5,06% nos preços no atacado dos principais produtos comercializados na estatal. Em junho, o Índice subiu 1,01%, impulsionado pelo setor de legumes que teve alta de 16,76%. As geadas ocorridas no início do mês passado nas regiões produtoras afetaram os produtos mais sensíveis ao frio, como abobrinha italiana, que subiu 106,12%, ervilha torta, com aumento de 58,65%, pepino caipira, alta de 66,89%, entre outros. Com estabilização das condições climáticas, a tendência é que o setor de legumes se normalize e o Índice recue ou fique estável neste mês de julho.
Em junho, o setor de frutas também apresentou alta, de 1,55%, puxado pelo aumento de 25,78% da goiaba vermelha e de 25,55% do melão amarelo. Porém, os demais setores registraram queda. A maior retração foi em Pescado, com 7,23%, seguido pelos setores de Diversos, com 6,51%, e Verduras, com 0,67%. No setor de Pescado os produtos com queda mais acentuada foram anchova, menos 30,43% e polvo, que caiu 26,83%. No setor de Diversos, os destaques são para as quedas de 17,55% na batata lisa e de 14,86% na batata comum. Em Verduras, a salsa caiu 23,32% e a alface americana ficou 15,10% mais barata.
C1 JORNAL ENTREPOSTO
Caderno de Notícias
C
Frente Parlamentar das Ceasas recolhe adesões A proposta de criação da Frente Parlamentar em Defesa das Centrais de Abastecimento Interno (FPCDAI) está em fase de recolhimento de adesões junto aos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado, segundo informou a assessoria do deputado Silas Brasileiro (PMDB/MG), autor da proposta. A idéia foi apresentada durante Assembleia Extraordinária da Abracen (Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento), em junho. No texto, que ser ve de base para o estatuto que será aprovado, a nova Frente terá o
objetivo geral de estimular e auxiliar a formulação de políticas públicas para o abastecimento interno, logísticas de transporte e de armazenagem, permitindo a defesa de interesses comuns do setor. A entidade deve abrigar parlamentares de todas as correntes de opinião política do Congresso Nacional, tendo atuação em todo o território nacional. De acordo com a assessoria de gabinete do deputado, a previsão é de que, após atingidas as 130 assinaturas necessárias, o requerimento para criação da Frente seja encaminha-
do à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados na primeira semana de agosto. Segundo a assessoria, até o fim de agosto deve ser realizada a primeira reunião da nova entidade, encontro no qual será aprovado o estatuto e eleitos os membros da Mesa Diretora. A Frente Parlamentar buscará apoiar também a formulação da política de comercialização dos produtos integrantes da Política de Garantia de Preços Mínimos, dentre outras desenvolvidas pelo governo federal destinadas à comercialização e formação de estoques. A Fren-
te terá ainda como finalidade a ampliação das funções das Ceasas que poderão se constituir em áreas privilegiadas para desenvolvimento de ações de saúde, educação e segurança alimentar. A entidade prevê também trabalhar para subsidiar o desenvolvimento e a integração dos bancos de dados das Ceasas, destacando informações técnicas para formulação de políticas agrícolas e de abastecimento, além de estimular a adequação e modernização da infra-estrutura física, tecnológica e ambiental dos entrepostos.
Abracen cria comissão de assuntos jurídicos para orientar filiadas A Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) passou a contar com uma Comissão de Assuntos Jurídicos, composta por advogados da Ceasas de Goiás, São Paulo (Ceagesp), Campinas e de Minas Gerais (Cea-
saMinas). A criação da comissão foi formalizada no início do mês pelo coordenador executivo da Comissão de Legislação, Gestão e Relações Institucionais da Abracen, Edivaldo Cardoso de Paula. A nova comissão fica res-
ponsável por prestar assessoria, elaborar estudos e pareceres jurídicos, expedir recomendações para a padronização de práticas e procedimentos, além de realizar atendimento a consultas formuladas ao coordenador executivo pe-
las demais Ceasas filiadas à Abracen. Fazem parte da comissão Renato de Sousa Faria (Ceasa/GO), André Caixeta (CeasaMinas), Maurilei Pereira (Ceasa/Campinas) e Antônio Pedro Lovato (Ceagesp).
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Gregolin diz que pesca brasileira precisa de cadeia produtiva Durante a 3ª Conferência Estadual de Aquicultura e Pesca, realizada no início do mês no Rio de Janeiro, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir
Gregolin anunciou que as obras do Terminal Pesqueiro do estado serão licitadas em, no máximo, 60 dias. Segundo ele, o terminal é
um investimento prioritário do ministério, cuja meta é formar a cadeia produtiva da pesca no Brasil, a exemplo do que já existe em relação ao fran-
go e à carne bovina. O ministro disse ainda que os técnicos estão finalizando o projeto executivo da obra, que custará cerca de R$ 50 milhões.
“Nós usamos a produção de carne de frango e bovina como um exemplo a ser seguido pela pesca e pela aquicultura brasileira. Nós pre-
cisamos ter uma cadeia produtiva bem estruturada, que tenha eficiência na produtividade, que reduza custos para o nosso pescador e aquicul-
Pescadores do Paraíba do Sul querem volta do seguro desemprego até liberação da pesca Quando a 3ª Conferência Estadual de Aquicultura e Pesca foi aberta no dia 7 deste mês, o ministro Altemir Gregolim ouviu, mais uma vez, dos pescadores da Bacia do Rio Paraíba do Sul o
pedido de intercessão pelo seguro-desemprego, que deixaram de receber em maio, apesar de a pesca continuar proibida por causa do vazamento de material tóxico ocorrido em novembro do ano pas-
sado. A conferência reuniu lideranças de pescadores do estado do Rio por dois dias, para tratar de temas que afetam diretamente a sua sobrevivência, como a emissão de documentos para todos e a
regularização total da atividade. O encontro também serviu de base para definir a pauta fluminense da 3ª Conferência Nacional, prevista para setembro, em Brasília. Sem poder trabalhar des-
de novembro, cerca de 4 mil pescadores tentam no Ministério do Trabalho voltar a receber o seguro-desemprego de um salário mínimo (R$ 465), suspenso desde o final de maio. Habitualmente, eles
recebem seguro durante o período do defeso, entre novembro e fevereiro, e em março voltam a pescar. Como houve o acidente ecológico, a pesca permaneceu proibida de fevereiro a maio, período em
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tor, garanta qualidade e permita reduzir o preço do pescado ao consumidor”. Gregolin ressaltou que, para isso, é preciso “encurtar a distância” do pescador e produtor para o consumidor, além de haver mais investimentos em infraestrutura produtiva. Os investimentos, segundo ele, têm que ser destinados à construção de terminais pesqueiros, entrepostos e fábricas de gelo e à aquisição de veículos de transporte. O ministro destacou, ainda, a importância de se investir na qualificação e capacitação do pescador, de modo a introduzir boas práticas de
conservação e manuseio do pescado, e na estruturação de lojas de comercialização. “Essa é a política. E nós estamos trabalhando para que isso se consolide no Brasil”, afirmou. Na abertura da conferência, Gregolin apresentou a linha de crédito especial Mais Alimentos, do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que beneficiará os pescadores com recursos para capacitação e assistência técnica. “Ou seja, um conjunto de investimentos que vai melhorar a vida dos pescadores e aquicultores deste estado”.
O programa, segundo o ministro, conta com recursos de R$ 150 milhões. “É uma linha de crédito especialíssima que, para a aquicultura, vai ajudar a investir na compra de tanques e de equipamentos e, na área da pesca, vai permitir a execução de um programa de modernização da técnica da pesca artesanal”, explicou. Criado no ano passado, o Pronaf Mais Alimentos passou a financiar o setor pesqueiro e aquícola, desde o mês passado, quando foi sancionada a Lei da Pesca.
que continuaram recebendo o seguro. Como a instrução normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que proibia a pesca na Bacia do Paraíba do Sul expirou no dia 31 de maio, ela passou a ser liberada em caráter excepcional a partir de 1º de junho, até que, no dia 29, o Diário Oficial da União publicou a Instrução Normativa nº 20, reforçando a proibição, por mais dois meses, até o dia 31 de agosto, com permissão para a pesca de subsistência de 3 quilos diários por pescador. “Para nós, a situação é muito difícil”, reclama Jorge Carvalho Cruz, de 55 anos, presidente da Asso-
ciação dos Pescadores Artesanais do Rio Paraíba do Sul, com sede em Campos dos Goytacazes, no norte do estado. A associação que ele representa reúne cerca de 100 pescadores ar tesanais, ou seja, aqueles que, sendo profissionais, não usam equipamentos industriais em sua atividade. Todos estão na expectativa do seguro, mas no contexto dos mais de 4 mil pescadores da Bacia do Paraíba do Sul eles são poucos. “O problema dos pescadores da bacia em geral é a documentação necessária na Seap [Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, que foi transformada em Ministério
da Pesca e Aquicultura e Pesca] e no Ministério do Trabalho”, explica Jorge. Assim como técnicos do Ibama e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ), o líder aponta a falta de estrutura do ministério para promover o cadastramento de todos na área que se estende da divisa com o Espírito Santo até o sul do estado do Rio. Jorge Carvalho Cruz reconhece que essa é uma luta maior, que envolve a afirmação da Secretaria Especial como novo ministério, de acordo com a Lei 11.959, de 29 do mês passado, assinada no mesmo contexto da Medida Provisória 458 definindo a regularização de ter-
“Essa é a política. E nós estamos trabalhando para que isso se consolide no Brasil”, afirmou. Altemir Gregolin
Com informações da Agência Brasil
ras na Amazônia, entre outros assuntos polêmicos. “Os pescadores estão do lado do Ibama e do Inea, pela proibição da pesca no Paraíba do Sul”, diz o presidente da Associação dos Pescadores Artesanais, “mas temos que ver o nosso lado. O Ministério do Trabalho não tem dinheiro, a Seap não tem gente, e nós ficamos sem proteção”. As conferências estaduais, como a do Rio, precedem as nacionais, realizadas a cada três anos em Brasília. Na última, em 2006, compareceram aproximadamente 2.500 delegados, entre pescadores e representantes dos órgãos do governo. Na agenda do próximo encontro, jun-
tamente com a regulamentação da lei que criou o Ministério da Pesca, estará a proibição da pesca na Bacia do Paraíba do Sul. As águas da bacia foram poluídas em novembro de 2008 com o vazamento de cerca de 8 mil litros do defensivo agrícola Endosulfan pela empresa processadora do produto, a Ser vatis, em Resende, no sul fluminense. Como era época de piracema, em que os peixes desovam, o prejuízo ecológico foi grave, causando não só a mortandade de mais de 300 toneladas, mas também comprometendo sua reprodução. A consequência é que as águas estão ainda hoje com baixa
presença de peixes e em tamanho inferior ao permitido para a pesca. Terminada a vigência da Instrução Normativa nº 20, em 31 de agosto, a pesca estará liberada até o final de outubro, quando começa novamente a época de reprodução e, com ela, o defeso. Os pescadores esperam ter sua situação financeira solucionada o quanto antes: “Queremos voltar à pesca, que é o nosso trabalho, o nosso orgulho”, diz Jorge Car valho Cruz. “Sou pescador há 30 anos, criei meus filhos com a pesca. Hoje tem pescador no comércio, em posto de gasolina, em obra e até como camelô. Não está certo isso.”
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Gregolin diz que pesca brasileira precisa de cadeia produtiva Durante a 3ª Conferência Estadual de Aquicultura e Pesca, realizada no início do mês no Rio de Janeiro, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir
Gregolin anunciou que as obras do Terminal Pesqueiro do estado serão licitadas em, no máximo, 60 dias. Segundo ele, o terminal é
um investimento prioritário do ministério, cuja meta é formar a cadeia produtiva da pesca no Brasil, a exemplo do que já existe em relação ao fran-
go e à carne bovina. O ministro disse ainda que os técnicos estão finalizando o projeto executivo da obra, que custará cerca de R$ 50 milhões.
“Nós usamos a produção de carne de frango e bovina como um exemplo a ser seguido pela pesca e pela aquicultura brasileira. Nós pre-
cisamos ter uma cadeia produtiva bem estruturada, que tenha eficiência na produtividade, que reduza custos para o nosso pescador e aquicul-
Pescadores do Paraíba do Sul querem volta do seguro desemprego até liberação da pesca Quando a 3ª Conferência Estadual de Aquicultura e Pesca foi aberta no dia 7 deste mês, o ministro Altemir Gregolim ouviu, mais uma vez, dos pescadores da Bacia do Rio Paraíba do Sul o
pedido de intercessão pelo seguro-desemprego, que deixaram de receber em maio, apesar de a pesca continuar proibida por causa do vazamento de material tóxico ocorrido em novembro do ano pas-
sado. A conferência reuniu lideranças de pescadores do estado do Rio por dois dias, para tratar de temas que afetam diretamente a sua sobrevivência, como a emissão de documentos para todos e a
regularização total da atividade. O encontro também serviu de base para definir a pauta fluminense da 3ª Conferência Nacional, prevista para setembro, em Brasília. Sem poder trabalhar des-
de novembro, cerca de 4 mil pescadores tentam no Ministério do Trabalho voltar a receber o seguro-desemprego de um salário mínimo (R$ 465), suspenso desde o final de maio. Habitualmente, eles
recebem seguro durante o período do defeso, entre novembro e fevereiro, e em março voltam a pescar. Como houve o acidente ecológico, a pesca permaneceu proibida de fevereiro a maio, período em
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tor, garanta qualidade e permita reduzir o preço do pescado ao consumidor”. Gregolin ressaltou que, para isso, é preciso “encurtar a distância” do pescador e produtor para o consumidor, além de haver mais investimentos em infraestrutura produtiva. Os investimentos, segundo ele, têm que ser destinados à construção de terminais pesqueiros, entrepostos e fábricas de gelo e à aquisição de veículos de transporte. O ministro destacou, ainda, a importância de se investir na qualificação e capacitação do pescador, de modo a introduzir boas práticas de
conservação e manuseio do pescado, e na estruturação de lojas de comercialização. “Essa é a política. E nós estamos trabalhando para que isso se consolide no Brasil”, afirmou. Na abertura da conferência, Gregolin apresentou a linha de crédito especial Mais Alimentos, do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que beneficiará os pescadores com recursos para capacitação e assistência técnica. “Ou seja, um conjunto de investimentos que vai melhorar a vida dos pescadores e aquicultores deste estado”.
O programa, segundo o ministro, conta com recursos de R$ 150 milhões. “É uma linha de crédito especialíssima que, para a aquicultura, vai ajudar a investir na compra de tanques e de equipamentos e, na área da pesca, vai permitir a execução de um programa de modernização da técnica da pesca artesanal”, explicou. Criado no ano passado, o Pronaf Mais Alimentos passou a financiar o setor pesqueiro e aquícola, desde o mês passado, quando foi sancionada a Lei da Pesca.
que continuaram recebendo o seguro. Como a instrução normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que proibia a pesca na Bacia do Paraíba do Sul expirou no dia 31 de maio, ela passou a ser liberada em caráter excepcional a partir de 1º de junho, até que, no dia 29, o Diário Oficial da União publicou a Instrução Normativa nº 20, reforçando a proibição, por mais dois meses, até o dia 31 de agosto, com permissão para a pesca de subsistência de 3 quilos diários por pescador. “Para nós, a situação é muito difícil”, reclama Jorge Carvalho Cruz, de 55 anos, presidente da Asso-
ciação dos Pescadores Artesanais do Rio Paraíba do Sul, com sede em Campos dos Goytacazes, no norte do estado. A associação que ele representa reúne cerca de 100 pescadores ar tesanais, ou seja, aqueles que, sendo profissionais, não usam equipamentos industriais em sua atividade. Todos estão na expectativa do seguro, mas no contexto dos mais de 4 mil pescadores da Bacia do Paraíba do Sul eles são poucos. “O problema dos pescadores da bacia em geral é a documentação necessária na Seap [Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, que foi transformada em Ministério
da Pesca e Aquicultura e Pesca] e no Ministério do Trabalho”, explica Jorge. Assim como técnicos do Ibama e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea-RJ), o líder aponta a falta de estrutura do ministério para promover o cadastramento de todos na área que se estende da divisa com o Espírito Santo até o sul do estado do Rio. Jorge Carvalho Cruz reconhece que essa é uma luta maior, que envolve a afirmação da Secretaria Especial como novo ministério, de acordo com a Lei 11.959, de 29 do mês passado, assinada no mesmo contexto da Medida Provisória 458 definindo a regularização de ter-
“Essa é a política. E nós estamos trabalhando para que isso se consolide no Brasil”, afirmou. Altemir Gregolin
Com informações da Agência Brasil
ras na Amazônia, entre outros assuntos polêmicos. “Os pescadores estão do lado do Ibama e do Inea, pela proibição da pesca no Paraíba do Sul”, diz o presidente da Associação dos Pescadores Artesanais, “mas temos que ver o nosso lado. O Ministério do Trabalho não tem dinheiro, a Seap não tem gente, e nós ficamos sem proteção”. As conferências estaduais, como a do Rio, precedem as nacionais, realizadas a cada três anos em Brasília. Na última, em 2006, compareceram aproximadamente 2.500 delegados, entre pescadores e representantes dos órgãos do governo. Na agenda do próximo encontro, jun-
tamente com a regulamentação da lei que criou o Ministério da Pesca, estará a proibição da pesca na Bacia do Paraíba do Sul. As águas da bacia foram poluídas em novembro de 2008 com o vazamento de cerca de 8 mil litros do defensivo agrícola Endosulfan pela empresa processadora do produto, a Ser vatis, em Resende, no sul fluminense. Como era época de piracema, em que os peixes desovam, o prejuízo ecológico foi grave, causando não só a mortandade de mais de 300 toneladas, mas também comprometendo sua reprodução. A consequência é que as águas estão ainda hoje com baixa
presença de peixes e em tamanho inferior ao permitido para a pesca. Terminada a vigência da Instrução Normativa nº 20, em 31 de agosto, a pesca estará liberada até o final de outubro, quando começa novamente a época de reprodução e, com ela, o defeso. Os pescadores esperam ter sua situação financeira solucionada o quanto antes: “Queremos voltar à pesca, que é o nosso trabalho, o nosso orgulho”, diz Jorge Car valho Cruz. “Sou pescador há 30 anos, criei meus filhos com a pesca. Hoje tem pescador no comércio, em posto de gasolina, em obra e até como camelô. Não está certo isso.”
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