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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

São Paulo, agosto de 2009 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO ***Ano 10 - Nº 111 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

O tamanho do caqui Rama Forte, Fuyu e Giombo na Ceagesp Leia mais na pág. B2

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TURISMO

Fim de semana do interior paulista Pág. D4

O maracujá no ETSP PAULO FERNANDO COSTA

Ceasa do Paraná faz licitação para ocupação de áreas Pág. C3

Leia mais na pág. B4

Segurança da Ceagesp prende ladrão de caixas Embalagens furtadas eram recicladas e revendidas aos próprios atacadistas do Entreposto de São Paulo Um criminoso que furtava caixas plásticas no interior do entreposto paulistano foi preso quando carregava dois caminhões com os produtos de três permissionários. Acionada por uma comerciante, a segurança da

Caixas plásticas estão na mira das quadrilhas que atuam na zona oeste da capital

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Site do Pão de Açúcar informa origem das hortaliças vendidas na rede Pág. A4

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Ceagesp é referência para a gastronomia paulistana, afirma chef Ivair Félix Pág. A5

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PAULO FERNANDO COSTA

Ceagesp deteve o servente José Mauro Alves e o encaminhou para a delegacia. As embalagens furtadas eram depositadas em galpões nas imediações do mercado e vendidas a fábricas de reciclagem que tritu-

Governo simplifica registro de insumos para produtos orgânicos Pág. B4

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PAULO FERNANDO COSTA

Todo dia é dia de feira

São Paulo comemora Dia do Feirante

Foi no começo do século 20, no dia 25 de agosto, que o prefeito Washington Luiz criou a primeira feira-livre de São Paulo para que os chacareiros que vinham ao centro da cidade pudessem vender as suas mercadorias

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ram o plástico para a confecção de novas caixas. O ladrão atuava, também, como agenciador e revendia a mercadoria a preços abaixo do mercado às próprias vítimas.

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Homem é preso em flagrante após furtar caixas plásticas na Ceagesp Esquema envolve caixarias irregulares e fábricas de reciclagem de plástico Um homem acusado de furtar caixas plásticas de atacadistas da Ceagesp foi preso no último dia 27 de julho. A prisão do servente José Mauro Alves, de 25 anos, aconteceu no momento em que carregava dois caminhões com 318 caixas com as logomarcas de três empresas do entreposto paulistano. Segundo o boletim de ocorrência registrado no 91º DP, o prejuízo seria de mais de R$ 3 mil. A ação dos agentes de segurança da Ceagesp só foi possível porque uma permissionária andava pelo mercado quando viu as caixas da sua empresa já colocadas no caminhão. Ela acionou a segurança e o ladrão foi encaminhado à delegacia. Segundo as investigações, as embalagens seriam levadas para galpões instalados nas adjacências do entreposto e depois seriam encaminhadas a fábricas de reciclagem que trituram o plástico e utilizam a matéria-prima para a confecção de novas caixas. O criminoso atuava também como agenciador e vendia esses novos produtos, a preços abaixo do mercado, aos próprios comerciantes, vítimas de seus furtos. Durante a operação policial, dois galpões foram estourados, um no Jardim Rochdale, em Osasco, e outro na Vila Jaguara, na zona oeste da capital. As investigações da polícia agora estão voltadas para descobrir quais fábricas vendem essas caixas produzidas a partir de embalagens furtadas. De acordo com levantamento anual feito pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH) da Ceagesp, somente no ano passado circularam pelo entreposto paulistano 16 milhões de caixas plásticas, um aumento de mais de 1000% desde 2004, quando o levantamento teve início. Para os comerciantes, é difí-

Armazém de caixas roubadas

Galpão da Ceagesp

Bandido Caixas deixadas perto dos boxes

Fábrica remanufaturadora

Agenciador

O mesmo indivíduo que rouba age como vendedor

Caixas roubadas

Esquema de furto de caixas plásticas 1.Bandido furta as caixas deixadas nas proximidades dos boxes

Triturador Caixa nova

2.As caixas são deixadas em galpões e depois levadas para fábricas 3.As caixas são trituradas 4.O plástico triturado dá origem a novas caixas que são vendidas aos atacadistas

cil manter um controle total sobre seus estoques de embalagens, já que muitas ficam nos estabelecimentos de compradores até que os produtos sejam comercializados. Muitas vezes a quantidade de embalagens desviada só é percebida no balanço de final de ano das empresas. “Fazer controle de entrada e saída de caixas no papel é fácil, mas, na prática, é complicado porque muitas dessas caixas ficam consignadas nos supermercados”, diz Arquimedes Facchini, gerente da Benassi,

Matéria-prima

um dos maiores atacadistas de frutas do Brasil e que mantém cerca de 100 mil caixas em circulação. As caixas da empresa são armazenadas numa unidade fora do entreposto e hoje as cerca de 300 embalagens que vão para o box da Benassi na Ceagesp são recolhidas no final do dia. “Dentro da Ceasa as caixas ficavam largadas e havia muita perda. Agora conseguimos reduzir essas perdas de 10% para 3%”, informa. Para o inspetor de segurança Juscelino Soares dos

Reis, os comerciantes que têm suas embalagens furtadas não têm costume de denunciar. “Às vezes, a quantidade furtada é pequena e eles acreditam que não vale a pena, mas é aí que a coisa cresce”, alerta. “É importante que os atacadistas não comprem embalagens que estejam muito abaixo do preço de mercado porque isso fortalece a ação dos bandidos”, conclui. Melhorias No ano passado, após as-

sumir a presidência da Ceagesp, Rubens Boffino afirmou que pretendia instalar um sistema “Big Brother”, com câmeras de monitoramento espalhadas por todo o mercado. “A utilização dessas câmeras permitirá orientar, educar, repreender e até punir os excessos cometidos”, disse à época. De acordo com a Ceagesp, o processo para instalação desse esquema de segurança está entre as prioridades da estatal dentro do plano de revitalização do entreposto e

a expectativa é que a licitação ocorra até o final deste ano. O projeto prevê a instalação de 50 câmeras espalhadas por diversas áreas do mercado. No entreposto de Contagem, da CeasaMinas, desde que foram instaladas 32 câmeras de vigilância em fevereiro, as ocorrências contra patrimônio, como furtos, arrombamentos e roubos, sofreu redução de mais de 40%, passando de 175 entre fevereiro e julho de 2008 para 104 no mesmo período deste ano.

O exemplo de outras Ceasas A maioria dos especialistas ouvidos pelo JE apontam a criação de um “banco de caixas”, a exemplo do que já existe em algumas Ceasas, como uma das soluções para inibir a ação de ladrões. Nesse sistema, as embalagens vazias não entram nem saem do mercado e todos os agentes da cadeia produtiva - do produtor ao varejista - pagam pela utilização das caixas. Além disso, o banco também se responsabiliza pela higienização e reposição dessas embalagens

O entreposto de Uberlândia, da CeasaMinas, é pioneiro na implantação do banco de caixas, há cerca de cinco anos. A ação pôs fim à comercialização de produtos em caixas de madeira e hoje todas as mercadorias entram e saem em embalagens de plástico. Para o gerente do entreposto, Expedito Antonio da Silva, a implantação do banco de caixas evita possíveis furtos, já que não há circulação de caixas vazias dentro do mercado. “Para a Ceagesp, teria que haver um sistema diferente, com 5 ou 6 bancos de caixas porque a demanda é muito grande”, opina.

A Ceasa de Porto Alegre também tem um banco de caixas instalado desde o ano passado, embora ainda não opere com sua capacidade máxima. De acordo com o gerente operacional Paulo Regla, a expectativa é que até o final deste ano esteja em pleno funcionamento. Regla informa que na central gaúcha circulam em média 300 caixas plásticas por dia e cerca de 20% dos investimentos dos atacadistas nessas embalagens são desperdiçados devido a furtos e perdas. “Um dos pilares centrais do projeto do banco de caixas é evitar o furto dessas embalagens”, afirma.

A central de abastecimento de Campinas é outra que está implantando seu banco de caixas. Com investimento de R$ 3,5 milhões, o equipamento vai higienizar, armazenar, locar, vender e fornecer laudo técnico de higiene de caixas plásticas para o comércio local. O banco terá capacidade para lavar até 2.600 caixas por hora e, segundo o órgão, vai gerar 45 empregos e melhorar as condições e embalagem dos produtos, gerando menos perdas e maior qualidade, além do ganho ambiental com a subtituição de caixas de madeira. O sistema terá uma área inicial de 3 mil m2 e será todo informatizado.


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VAREJO

Programa de rastreabilidade do Pão de Açúcar avança mais uma fase Maior grupo supermercadista do país amplia o rastreamento dos alimentos in natura e investe mais de R$ 3 milhões; iniciativa pode subsidiar negociações internacionais entre os produtores brasileiros no âmbito do Codex Alimentarus e do Mercosul Um ano após o lançamento do programa pioneiro “Qualidade desde a Origem”, criado para controlar integralmente, do campo ao consumidor, toda a cadeia de produção dos itens que chegam aos supermercados, a companhia lançou o site que permite aos clientes o acesso a informações sobre a origem, região produtora e nome do fornecedor de frutas, verduras e legumes comercializados nas lojas das redes Pão de Açúcar, Extra, Extra Perto, Extra Fácil, CompreBem, Sendas e Assai. Atualmente, o grupo movimenta cerca de 100 mil toneladas de FLV todos os meses. Para garantir a sustentabilidade do seu negócio no âmbito dos itens in natura, a empresa investiu mais de R$ 3 milhões. Os recursos foram destinados à informatização do sistema de controle do uso de defensivos agrícolas utilizados no cultivo, implantação de sistemas de controle que medem o nível de contaminação por microorganismos, capacitação dos produtores por meio da implantação de BPF e BPA (Boas Práticas de Fabricação e Boas Práticas Agrícolas) e lançamento do site. Segundo o Pão de Açúcar, cada fase do programa contou com intenso envolvimento dos agricultores, que viram nessa iniciativa uma forma de profissionalizar e garantir melhores condições comerciais à sua produção. “Estamos muito orgulhosos por avançar em mais uma etapa. O lançamento do site reflete nossa transparência em toda a cadeia e, especialmente, o compromisso com os nossos clientes. Esse compromisso e o espírito de colaboração resultantes do projeto marcam uma nova etapa na agricultura brasileira”, afirma o vice-presidente executivo da empresa, Hugo Bethlem. A empresária Herlene Ferreira Monteiro, proprietária da Banana & Companhia, uma das empresas fornecedoras da rede varejista, acredita que o “Qualidade desde a Origem” incentivou ainda mais a produção responsável. “A preocupação do agricultor em relação ao uso de agrotóxicos – que deve ser controlado e registrado – aumentou consideravelmente nos últimos anos. O produtor sabe que o consumidor está de olho e o lançamento do portal do Pão de Açúcar chega para reforçar a transparência de todas as etapas da cadeia de produção”, avalia. “Esse é um dos grandes desafios da agricultura moderna, que depara com a necessidade de aumentar sua produção para atender o aumento da demanda constante sem, com isso, comprometer a saúde dos consumidores e de todos os envolvidos na cadeia produtiva, especialmente os lavradores”, avalia Leonardo Miyao, diretor comercial de FLV do Grupo Pão de Açúcar. “É o controle da qualidade, não só da origem da produção dos alimentos, mas a vida também”, completa.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Programa “Qualidade desde a Origem” conta com o apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal

Controle da produção Os investimentos realizados nos últimos anos incluíram o desenvolvimento e a implantação do software Paripassu e do Controle de Desempenho de Fornecedor (CDF), que inclui check-list (ficha técnica), análises química e microbiológica de resíduos, auditoria de campo e performance de recebimento nas Centrais de Distribuição e nas lojas, além

da capacitação dos fornecedores. Agências reguladoras nacionais e internacionais têm recebido várias denúncias de uso inadequado de agrotóxicos nas plantações. “Além de monitorar e promover um acompanhamento mais detalhado das atividades de produção, o programa contribui para melhoria dos processos de cultivo e conscientização do uso correto de agrotóxicos junto aos fornecedores”, destaca Miyao. Os resultados também

irão subsidiar as ações de fiscalização e de vigilância sanitária. O programa “Qualidade desde a Origem” conta com o apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que oferece treinamento aos fornecedores sobre o monitoramento de Boas Práticas Agrícolas (BPA), para o manejo correto de produtos/agrotóxicos no campo, no processamento do produto final e no controle de suas condições físicas. A Associação Brasileira de Super-

mercados (Abras) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também apoiam o projeto. Com a ação e com as parcerias firmadas, o Grupo Pão de Açúcar pode subsidiar negociações internacionais entre os produtores brasileiros no âmbito do Codex Alimentarus e do Mercosul, com o fornecimento de informações para o Ministério da Agricultura que permite orientar e fiscalizar os produtores na utilização de agrotóxicos.

Sobre o programa O programa de análises de resíduos iniciado pelo Grupo em 2004 avaliou mais de quatro mil amostras. As análises são realizadas por laboratórios independentes e que apresentam “acreditação” (credenciamento) do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e seguem os mesmos padrões do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos da (Anvisa) referente à metodologia de análises e pesquisas de princípios ativos realizados. Nos dois primeiros anos do projeto, 18% das análises apontaram alguma não conformidade, que vão desde problemas como uso irregular de agrotóxicos, até ausência de registro dos produtos. A partir desse índice, o Grupo Pão de Açúcar estabeleceu metas de melhoria e envolveu os fornecedores para que atuassem na correção das irregularidades, promovendo orientações de acordo com os requisitos de segurança alimentar e padrão de qualidade e que foram suportadas por auditorias técnicas realizadas no campo. “Estamos muito orgulhosos por avançar em mais uma etapa. O lançamento do site reflete nossa transparência em toda a cadeia e, especialmente, o compromisso com os nossos clientes. Esse compromisso e o espírito de colaboração resultantes do projeto marcam uma nova etapa na agricultura brasileira”. Hugo Bethlem

O programa conta com várias etapas em toda cadeia de produção: 1) Produtor: O fornecedor passa por uma interface eletrônica para ingresso de dados de quanto é produzido, rastreando o produto no campo, com indicadores de desempenho e ações corretivas quando necessário. Também será permitido através desse sistema o suporte ao controle de certificação e rotulagem de produtos, incluindo os orgânicos, controle produtivo e de custos como forma de apoio e gestão da produção, propiciando vínculos comerciais de longo prazo. 2) Varejo/ Grupo Pão de Açúcar: Foco maior no desenvolvimento do fornecedor com scorecard dos que apresentam melhor performance e evolução. Visão integrada do processo de ofertas das mercadorias (desde o recebimento nos Centros de Distribuição até a chegada nas lojas). 3) Consumidor: Oferecer ao consumidor produtos com alto padrão de qualidade e clareza das informações de origem.


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COZINHA EM FOCO

Ivair Félix renova tradição da sopa de cebola Jurado da próxima Queima do Alho consolida seus mais de 20 anos de carreira e dá a receita do prato que marcou época no entreposto da capital Paulo Fernando De São Paulo O atual chef executivo do Clube Alto dos Pinheiros, Ivair Félix, construiu sua história de sucesso apoiada na notória efervescência da gastronomia paulistana, que faz da cidade uma referência mundial nessa área. Aos 44 anos, o renomado cozinheiro dedica toda sua experiência no lidar com panelas e caçarolas para redescobrir as cores e os aromas da Ceagesp. “Todos os ingrediente frescos que utilizo nas minhas receitas, principalmente frutas e hortaliças, encontro nesse imenso e pujante mercado, que já o considero como segunda casa”, afirma. Ao longo de mais de duas décadas de experiência, com direito a passagem por conceituados restaurantes da capital, Ivair Félix criou uma culinária ímpar, rica e diversa, que privilegia pratos sofisticados da cozinha internacional e não deixa de lado preparações apetitosas com elementos tipicamente brasileiros, como sobremesas, caldos e sopas. “Na minha cozinha, não podem faltar as ervas e verduras frescas do [pavilhão] MLP, as frutas perfumadas do MFE-B e as demais variedades de alimentos in natura

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que os chefs da cidade só encontram aqui”, ressalta. Entre essas “demais variedades”, o chef lembra dos pescados e frutos do mar. “Ostras, mariscos, salmão, atum, camarão etc. sempre estão no cardápio dos restaurantes que levam a alta gastronomia a sério”, revela. “Por isso, a Ceagesp é como a cidade de São Paulo, uma referência para o universo gastronômico”, acrescenta o cozinheiro que resgatou a tradição da famigerada sopa de cebola do Ceasa durante o Festival de Sopas promovido no entreposto. Ao lado de Ricardo Molina, perito e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Ivair Félix fará parte novamente da comissão julgadora da Queima do Alho, que será realizada dia 13 de setembro, na Ceagesp. O festival gastronômico caipira recebe 32 comitivas vindas de todo o estado e os grupos vão preparar e servir aos convidados feijão tropeiro, paçoca de carne seca, picadinho na chapa e arroz carreteiro. “O ponto mais importante a ressaltar sobre esse evento é que ele reverte renda ao Nossa Turma, um projeto social que deveria ser apoiado por outros empresários de São Paulo”, salienta.

PAULO FERNANDO COSTA

Sopa de cebola gratinada Ingredientes:

Chef Ivair Félix: “Ceagesp é fundamental para a alta gastronomia”

100g manteiga ou margarina 2 dentes de alho 1 kg de cebola 5 litros de água 500g de músculo ou carne magra 250g de farinha de trigo 1 unidade de pão francês 150 g de queijo parmesão ralado 1 folha de louro sal e pimenta do reino a gosto 200g de cenoura 1 galho de salsão 1 alho poró Modo de preparo: Numa panela com capacidade para 6 litros, refogue o alho, a cebola, a cenoura, o alho poró, o músculo ou a carne magra com a folha de louro, sal e a pimenta do reino. Coloque a água e cozinhe no fogo baixo por 10 horas ou na panela de pressão por 1 hora. Em outra panela, adicione a manteiga, a farinha de trigo e a cebola cortada em tiras bem finas, à moda juliene, e mexa até que fique bem misturado. Adicione ao caldo coado e refogue por 20 minutos. Depois de refogado, coloque a mistura em uma sopeira, corte uma fatia grossa do pão francês e mergulhe na sopa, adicione o queijo parmesão ralado. Leve a sopeira ao forno entre 180º e 200º por 10 minutos para gratinar.

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FOTOS: PAULO FERNANDO COSTA

Feirante, um parceiro da Ceagesp Foi no começo do século 20, no dia 25 de agosto, que o prefeito Washington Luiz criou a primeira feira-livre de São Paulo para que os chacareiros que vinham ao centro da cidade pudessem vender as suas mercadorias. Apesar de pouco lembrado até mesmo por seus homenageados, o Dia do Feirante, comemorado neste mesmo dia, celebra muito mais que uma profissão. Poucos são os produtos e serviços que ainda são oferecidos praticamente na porta de casa e, no cenário atual, as feiras-livres são sobreviventes num mundo de variadas opções. As feiras superaram o crescimento acelerado das grandes redes varejistas e as cômodas compras on line, além do cartão de crédito, é claro. Parte dessa sobrevivência deve-se ao incomparável frescor dos alimentos que são oferecidos nelas, mas muito também se deve as pessoas que fazem esse tipo de comércio de rua acontecer todos os dias: os feirantes.

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Feiras-livres desafiam tendências e continuam oferecendo alimentos frescos à população

A maioria das barracas é composta por familiares que passam a madrugada abastecendo seus caminhões e, quando a cidade acorda, já está tudo organizadamente exposto pertinho de casa. Normalmente, os produtos são comprados na Ceagesp, pois são poucos são os feirantes que arriscam fazer suas compras em outro lugar. “O entreposto oferece muito mais variedade”, explica Roberto de Oliveira, dono de uma barraca de batata na feira da Vila Ida. Roberto e seus colegas de profissão são os maiores compradores do entreposto. Eles são responsáveis por comprar cerca 35% do volume total de frutas, hortaliças e pescados comercializado na Ceagesp. Atualmente, são realizadas mais de 900 feiras-livres na capital, que juntas geram milhares empregos diretos e indiretos. Vale lembrar que muitos feirantes, além de comercializarem, são responsáveis pela produção de alimentos, um trabalho que exige muita técnica e cuidado no manuseio.

•1 “Trabalho na feira há seis anos, quarta, sábado e domingo.Só trabalho na Ceagesp e acho o público daqui maravilhoso. Trabalhamos eu e meu esposo. Adoro trabalhar na feira. A única desvantagem é quando chove. Comemoramos o dia do feirante com um churrasco em família.” Edna Jesus Zampieri Perini

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•2 “Trabalho na feira há dez anos, cinco dias na semana. Somos todos da mesma família e compramos os produtos em chácaras. Acho que a criação do sacolão fez o movimento da feira cair muito. Em dez anos de profissão nunca tinha ouvido falar no dia do feirante, mas acho importante lembrar”. Alex Dantas Lopes

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•3 “Tenho 33 anos de feira e meu marido tem 45. Nunca comemoramos o dia do feirante. Não temos esse costume. Trabalhamos em família e compramos tudo na Ceagesp. Fazemos muitas amizades na feira. No mercado eles fazem promoções com as mercadorias que sobraram da semana, mas os clientes de feira sabem que aqui é muito mais fresco. Me divirto com as brincadeiras dos feirantes.” Helena Yassue

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•4 “Trabalho na feira há 32 anos. Só compro na Ceagesp e trabalho com a mnha família. Faço três feiras na semana. Não comemoramos o dia do feirante porque acho que é todo dia. É um trabalho muito cansativo. Tem que comemorar todo dia.” Ari Santos

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•5 “Trabalho na feira desde os 10 anos. É tudo em famíllia. Compramos a banana verde e climatizamos. Nunca tivemos o hábito de comemorar o dia do feirante,mas existem pessoas que comemoram, fazem churrasco. Eu não tenho muito o hábito de falar aquelas frases de feirante, mas o pessoal costuma trocar a palavra banana, por potássio. O mercado facilita muito, já está tudo ali pronto para o consumidor, tem conforto, já na feira você tem a opção de preço e existe uma relação mais popular que é a pechincha, no mercado não tem isso. E na feira é tudo mais fresco.” Edson dos Santos

•6 “Tenho 33 anos de feira e sempre compro na Ceagesp. Nunca tive o hábito de comemorar o dia do feirante. Minha feira preferida é a que vende mais. A frase de feirante que eu mais gosto é aquela clássica: Moça bonita não paga, mas também não leva.” Antonio do Nascimento

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FALANDO NISSO

Quem nos defende do Governo?

Neno Silveira Colunista

O jornalista Ethevaldo Siqueira é colunista do Estadão e um brilhante analista de assuntos relacionados com tecnologia da informação e economia digital. Escudado em seu inegável conhecimento da área de comunicações, ele tem sido um crítico severo das interferências do governo nesse setor e, principalmente, da atuação desastrada do Ministro Helio Costa à frente do Ministério das Comunicações. No seu último artigo para o diário paulistano, sem abrir mão da elegância e a clareza de sempre, ele não consegue deixar de demonstrar toda a irritação provocada pela postura propagandística e pouco profissional que, de modo geral, tem caracterizado os atos deste governo nas suas relações com o setor produtivo. Ao comentar as multas de R$ 300 milhões aplicadas recentemente contra duas operadoras de telefonia, através de uma ação administrativa movida pela Advocacia Geral da União e vários órgão públicos de defesa do consumidor, o jornalista produz o desabafo que qualquer pessoa decente e esclarecida gostaria de assinar, desnudando a hipocrisia que está por trás desta e de outras iniciativas governamen-

tais. Duvidando do “inusitado interesse” do governo pelo consumidor, ele questiona sobre a continuidade desse interesse e o define como um mero jogo para torcida, lembrando que a ética governamental no Brasil, ao contrário, “bem poderia ser medida pelo calote desumano dos precatórios”. Reproduzo abaixo parte do que ele escreveu: “Ao aplicar multas de R$ 300 milhões, sem nenhuma base legal, o governo torna insustentável e inaplicável a ação administrativa, pois tais valores serão facilmente considerados desproporcionais pela justiça, por equivalerem a seis vezes o teto estabelecido pela Lei Geral de Teleco-municações e por serem 100 vezes superiores às multas mais altas previstas na Lei de Defesa do Consumidor. Tais punições mostram que o governo não quer, a rigor, corrigir o problema, mas, tão somente, jogar para a torcida, com espalhafato e pirotecnia. Como no caso da recente condenação da dona da Daslu a 94 anos de cadeia – apenas para impressionar a opinião pública. Depois de três semanas, já não há nenhum sinal de que o governo vá continuar na luta pela melhoria de todos os serviços do país. Ficará mesmo restrito a essas duas operadoras de telefonia ou pouca coisa mais. Caso contrário, o ministro da Justiça, Tarso Genro, em nome dos órgãos que propuseram a ação, deveria dar resposta às seguintes perguntas básicas: 1) Por que o governo e

os Procons não se dispõem a punir com rigor todos os prestadores de maus serviços? Por que não agir contra todos os call centers ? 2) Por que fechar os olhos diante de todos os setores que ‘descumprem reiteradamente’ os princípios elementares de respeito ao cidadão, como no caso dos indecentes padrões de atendimento da maioria dos hospitais públicos brasileiros e da vergonhosa qualidade de nossas escolas públicas? 3) Por que tolerar indefinidamente o estado deplorável das estradas federais e estaduais deste país – causadoras diretas da morte de milhares de pessoas a cada ano e do encarecimento de nossa produção? 4) Por que silenciar diante da calamitosa situação da segurança pública? 5) Por que omitir-se diante do sofrimento da população mais pobre que viaja diariamente nos transportes coletivos públicos e privados deste país? 6) Por que (o governo) não adotou o mesmo procedimento com a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) depois de um ano e meio de apagão aéreo que infernizou a vida de milhares de brasileiros em 2007-2008?” E ele encerra com uma inevitável constatação: “Esse é o quadro dramático de hipocrisia e incoerência que domina o Estado Brasileiro, que nos impõe uma carga tributária sueca, de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), e nos devolve, impunemente, serviços de padrão africano”.


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Qualidade

B1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Técnico

PRODUÇÃO INTEGRADA

SUPERMERCADOS

Garantia de produtos com sabor, segurança e alta qualidade Técnicas agrícolas adotadas pelo Sistema de Produção Integrada garantem frutas e hortaliças de melhor qualidade e racionalização de culturas

Anita Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A questão da qualidade, em todos os sentidos, tem sido uma preocupação constante de todos os agentes - produtores, atacadistas e varejistas - das cadeias produtivas de frutas e hortaliças. Todos sabem que para a manutenção da competitividade e para a diferenciação em relação à concorrência é imprescindível trabalhar com produtos que atendam às perspectivas e anseios dos consumidores. O grande sucesso de produtores com marca que garantem a alta qualidade e, principalmente, o sabor dos produtos mostra que esse é o principal caminho para o sucesso. Nada irrita mais o

consumidor do que um produto colhido antes ou depois do ponto ideal; ninguém quer comer uma fruta ou hortaliça azeda, seca ou fibrosa. Quem identifica o seu produto e garante que ele é bom já tem imensa vantagem. Ao mesmo tempo, a parcela mais informada da população tem uma grande preocupação com a segurança dos alimentos, quanto aos resíduos de agrotóxicos e as contaminações por micróbios causadores de doenças. E, por último, alguns consumidores querem saber em que condições sociais foram produzidas as frutas e hortaliças e exigem que estas sejam justas. A adesão aos Sistemas Agropecuários de Produção Integrada ( SAPI) é um ótimo caminho para conseguir atender ao desejo de todos os consumidores. O SAPI é um

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sistema oficial de certificação coordenado pelo Ministério da Agricultura. A Produção Integrada nada mais é do que a obediência a regras que consolidam as melhores tecnologias agronômicas disponíveis para cada cultura, sempre levando em conta o conceito que a exploração agrícola deve ser sustentável sob os pontos de vista ambiental, social e econômico. O uso dos insumos, como adubos e agrotóxicos, é racionalizado ao máximo, gerando economia e competitividade para o produtor e garantindo ao consumidor um produto de alta qualidade, seguro e livre de resíduos perigosos à saúde. A Produção Integrada também preconiza a adoção das boas técnicas de fabricação e higiene para assegurar que não haja contaminações por micróbios pe-

rigosos e também o respeito às leis sociais. Finalmente todo o processo é sustentado por um sistema de avaliação da conformidade e certificação que também garante a rastreabilidade dos produtos. Já temos Normas de Produção Integrada para 19 cadeias produtivas de frutas, com regras elaboradas por comitês gestores compostos por técnicos das mais diversas áreas de conhecimento. São profissionais da Embrapa, de empresas estaduais de pesquisa e extensão rural, de universidades e de centrais de abastecimento. Esses técnicos sempre trabalham em conjunto com membros das cadeias produtivas, como produtores, cooperativas e associações. Dessa forma, o produtor que aderir ao Sistema de Produção Integrada adota o que há de melhor de conhe-

cimento científico para sua cultura, facilitando bastante o caminho da produção de alta qualidade. É um processo que nunca termina, pois sempre que houver necessidade de ajustes ou de novas técnicas desenvolvidas pela pesquisa, as normas podem e devem ser mudadas. O atacadista e o varejista, que derem preferência aos produtos SAPI, estarão oferecendo frutas e hortaliças de muito mais qualidade, mais saborosas, de melhor conservação pós-colheita e muito mais seguras para os seus consumidores finais. É fácil reconhecer os produtos da Produção Integrada. É só procurar pelo selo afixado na caixa. Mais informações podem ser obtidas no Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp.

Apas revê para cima as vendas do setor A Apas (Associação Paulista de Supermercados) prevê para o setor um crescimento real de 4,5% em 2009, ante 2,5% projetado no início do ano. Segundo João Sanzovo Neto, presidente da entidade, a projeção foi reavaliada para cima estimulada pelo aquecimento das vendas do varejo brasileiro após a crise. De acordo com o índice Apas-Fipe, no primeiro semestre as vendas cresceram 5,85% no critério mesmas lojas. Entre as categorias de produtos que mereceram destaque nas vendas no período, estão bebidas não alcoólicas, itens de higiene e beleza, alimentos congelados (batata) e massas e pães industrializados. Sanzovo acredita que o cenário atual deve contribuir para aquecer ainda mais o varejo. “Eventos como a gripe suína e a Lei Antifumo contribuem para que as pessoas evitem as ruas e se reúnam mais em casa”, avalia.


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Agosto 2009 l

O tamanho do caqui Rama Forte, Fuyu e Giombo na Ceagesp Adriana Kunitake CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Discutir o tamanho do caqui é difícil. As designações das classificações variam com a variedade e o agente de comercialização e podem ter significados diferentes em diferentes embalagens e sistemas de embalamento. Esse estudo, realizado

Atacado

Produto Legumes Frutas

Local Verduras

Pescados

Dias da semana

Horário

Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.

14h às 21h 8h às 18h

AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais MLP- Mercado Livre do Produtor Terça. a Sáb.

Local Diversos *

Praça (Peixe, sardinha e congelados) 9h às 20h

Seg. a Sáb.

Local Flores

Local Flores

Local

AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores Seg. e Quinta

10h às 18h

Terça e Sexta

6h às 11h

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana

Varejo

Produto Varejão

Local Varejão Noturno

Local Flores

Local

Forte e Fuyu são classificadas pelo tipo (número de frutos dentro da caixa) e o Giombo em Extra 1A, 2A, 3A, 4A, 5A e 6A. Para a Cotação de Preços, a Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp utiliza três classificações para o caqui: Graúdo ou A, Médio ou B, Miúdo ou C. As caixas podem conter uma ou duas camadas e os frutos são dispostos de diferentes formas, como mostram a tabela e as fotos.

Formas de disposição dos frutos de diferentes variedades na caixa de caqui e suas denominações

Seg. a Sáb.

Local

entre março e abril, foi feito com o objetivo de construir uma tabela de equivalência entre as diferentes classificações utilizadas e características mensuráveis do fruto. A construção da tabela contou com a colaboração de 48 atacadistas da Ceagesp. Foram medidas 92 caixas de caqui Rama Forte, 61 caixas de caqui Fuyu e 61 caixas de caqui Giombo. No mercado atacadista do Entreposto Terminal de São Paulo, as variedades Rama

Dias da semana

Horário

Sáb. e Dom.

7h às 13h

Quarta

17h às 22h

Seg. e Quinta

10h às 18h

MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Portão 7 MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Resonsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848 Edição Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Estagiária Mariana G. Marques

Colaboradores Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita

Redação Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:

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CITROS

Secretaria paulista aponta maior combate ao greening O número de pés de laranja erradicado dobrou em um ano

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento finalizou os dados sobre combate e inspeção contra o greening, doença que ataca os laranjais paulistas. Pelos relatórios recebidos pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria responsável pela sanidade animal e vegetal, até o dia 15 de julho, cerca de dois milhões de árvores foram erradicadas no primeiro semestre pelo As características de cada los é mais forte na variedade cada caixa avaliada, incluindo produtor. Oitenta por cento os frutos de maior e menor denominação de classifica- Giombo. das propriedades com cição varia muito com o produO estudo de equivalência tamanho. tros, cerca de 18 mil, entreAs tabelas mostram os tor, no caqui Giombo. O fruto entre as classificações pasgaram os relatórios de insresultados das observações designado como 3A por um sou por duas etapas: peção e erradicação de um produtor pode apresentar as 1ª - Foi solicitado a cada com a equivalência entre a total de 23.485 unidades mesmas características do permissionário que avalias- avaliação de tamanho pelos de produção. A adesão é caqui 4A de outro produtor. O se, para cada classificação e atacadistas e o maior diâmemaior que a registrada em produtor parece acreditar que variedade, se aquele lote po- tro transversal do fruto em janeiro deste ano, quando o número de As pode valorizar deria ser considerado graúdo, centímetros. Elas fornecem a o índice foi de 77,68% de médio ou miúdo. equivalência entre a caracterio seu produto. propriedades inspeciona2ª - Foram medidos os cali- zação da cotação da Ceagesp A caixa de seis quilos predas e eliminação de 1,34 domina nas variedades Rama bres (maior diâmetro transver- e uma característica mensumilhão de árvores. Forte e Fuyu e a de nove qui- sal em cm) de cinco frutos de rável de tamanho. Os índices de adesão do citricultor no combate à doença tem crescido. No A avaliação do tamanho, em ano passado, os relatórios graúdo, médio e miúdo,dos vieram de 62% e 65% das diferentes tipos de caqui pelo propriedades, respectivaatacadista apresenta grande mente em janeiro e julho. variação, o que mostra a difiOutro dado importante culdade de utilização somenestá no número de pés erte do número de frutos como radicados, o grande salto caracterização do tamanho. da casa de 1,5 milhão para Tal afirmação é ainda mais quase três milhões mostra evidente quando consideraa agressividade da doença mos os diferentes números e o maior combate pelo citride frutas por caixa. cultor. Pela Instrução Normativa nº 53, o citricultor As tabelas abaixo mostram deve fazer a inspeção, no a percepção de tamanho, mínimo, trimestral de seu dos atacadistas da Ceagesp, pomar, objetivando identidos diferentes tipos de caqui ficar e eliminar as plantas Rama Forte e Fuyu. com sintomas de greening, ficando ainda obrigado a apresentar dois relatórios anuais à CDA, comunicando sobre a inspeção, ocorrência da doença e eliminação de plantas doentes. O primeiro relatório deve ser entregue até 15 de julho e o segundo até 15 de janeiro, referente ao primeiro e segundo semestre de cada ano. O greening atinge todas as variedades e é considerada a pior doença de citros Tipos de caqui Rama Forte, em 3 sistemas de embalamento, em no mundo, transmitida por embalagem de 6 kg, caracterizados como graúdo, médio e miúdo um inseto vetor. Os principelos atacadistas entrevistados pais sintomas são ramos amarelados, folhas mosqueadas (manchas verdeclaras ou amareladas), deformação, redução e queda de frutos, maturação irregular dos frutos, desfolha, seca e morte de ponteiros das árvores, manchas cirPara receber o Jornal Entreposto on line,culares verde-claras na Tipos de caqui Fuyu, em 2 sistemas de embalamento, em acesse o site: casca do fruto, sementes www.jornalentreposto.com.br, embalagem de 6 kg, caracterizados como graúdo, médio e miúdoclique no abortadas e maior espesícone fale conosco e faça o seu cadastro. sura da parte branca da pelos atacadistas entrevistados casca. A laranja é o terceiro produto no valor da produção paulista, perde para cana e carne bovina. Gera 400 mil empregos e as exportações de suco da fruta totalizaram US$ 2,16 bilhões no ano passado.


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JORNAL ENTREPOSTO l Agosto 2009

QUALIDADE

Guia de

Confira os vegetais que jĂĄ contam com o Guia de Variedades:

variedades

O ĂšNICO CONSĂ“RCIO DIRETO DA FĂ BRICA HYUNDAI PARA A SUA GARAGEM.

O mundo das frutas e hortaliças Ê rico em cores, tamanhos, formatos, texturas, sabores e aromas. Os agricultores investem em diversidade, na oferta de novos produtos ao consumidor e de novas formas de embalagens a cada dia. Os órgãos brasileiros de pesquisa como a Embrapa e o Instituto Agronômico, universidades e as empresas produtoras de sementes investem em melhoramento genÊtico, no cruzamento e seleção de variedades com maior produtividade, resistência a pragas e doenças e características que atraiam o consumidor. O aproveitamento de toda essa diversidade, resultado do grande esforço do agricultor e da pesquisa, exige o seu reconhecimento e diferenciação pelo comprador. O Guia de Variedades, desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, fornece um gabarito visual de identificação das principais variedades de cada produto e um quadro de suas características varietais. O trabalho Ê årdua, pois existem centenas de frutas e hortaliças, cada uma com muitas variedades. O trabalho vem sendo publicado pelo Jornal Entreposto e em breve estarå disponível tambÊm no site da Ceagesp. Os interessados podem procurar o Centro de Qualidade em Horticultura pelo e-mail cqh@ceagesp.gov.br ou pelos telefones: (11) 3643-3825 ou an_29x265_copanafaixa_carga.pdf 3643-3827.

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O Maracujá no ETSP O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá com produção anual de 665 mil toneladas em 47 mil hectares. No mercado da Ceagesp são comercializadas anualmente cerca de 40 mil toneladas de maracujá azedo e sua oferta é constante durante todo o ano. Em junho, o Centro de Qualidade em Horticultura (CQH) realizou uma pesquisa entrevistando os 15 maiores permissionários de maracujá azedo, responsáveis por 76% da comercialização de maracujá azedo na Ceagesp.

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l JORNAL ENTREPOSTO

Governo simplifica registro de insumos para produtos orgânicos Uma norma vai estabelecer procedimentos diferenciados para o registro de insumos, que contenham em sua composição apenas substâncias permitidas para o manejo e controle de pragas e

doenças, usadas na agricultura orgânica. A regra faz parte do decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 23 de julho, durante a abertura da 5ª edição da Bio Brazil Fair -(Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agro-

ecologia), em São Paulo. De acordo com o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, a legislação vai simplificar o registro, mantendo o rigor técnico em relação à preservação da saúde humana e do meio ambiente.

“O texto que propomos insere dois dispositivos no decreto, que havia sido publicado em 2002. O primeiro inclui o produto fitossanitário para ser usado na agricultura orgânica e o segundo apresenta as exigências e documentos necessários para obtenção do regis-

tro”, explicou. O presidente Lula defendeu um aumento da produção de orgânicos no país para que os produtos ganhem competitividade e consigam concorrer com os não-orgânicos na questão do preço. “Por ser muito sofisticado e utilizar a

A seguir, você confere os resultados das entrevistas: •As classificações mais utilizadas para o maracujá azedo são: Super, 4A, 3A e 2A (79%); •A cidade de Livramento (BA) é a maior região de origem (73%), seguida pelo Estado de São Paulo (53%); •Outras Ceasas e as grandes redes de supermercado são os maiores compradores (aproximadamente 64%); •As melhores regiões produtoras de maracujá de acordo com os nossos entrevistados são Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia; •Para 75% dos entrevistados, São Paulo é a pior região produtora; •O maracujá mais valorizado é adquirido por supermercados de grande porte (50%), seguido pelo atacadista de outro Ceasa (28%). Já o maracujá menos valorizado costuma ser comprado pelos feirantes (75%); A participação de cada comprador no total de vendas: •Atacadista de outro Ceasa: 36% •Supermercado de grande porte: 26% •Supermercado médio e pequeno porte: 14% •Sacolão/Varejo: 12% •Feirante: 6% •Ambulante: 5% •Outros: 1% •Para 79% dos entrevistados, o ponto de maturação ideal para a comercialização do maracujá é quando ele está totalmente amarelo; •As duas características mais desejáveis são frutos pesados e sem manchas. Já as duas características mais indesejáveis são frutos manchados e miúdos; •A embalagem predominante é a de papelão de 12 kg; •Segundo 53% dos atacadistas, a caixa aberta não é boa, pois o vento murcha o fruto. O resfriamento do fruto também não é recomendado, pois pode causar manchas nos frutos (56%). O Centro de Qualidade em Horticultura trabalhou os dados registrados pelo SIEM (Sistema de Informação e Estatística de Mercado) de entrada de maracujá azedo na Ceagesp em 2008, as suas principais origens a distribuição de entrada por região. Em 2008, os três principais Estados fornecedores foram Bahia, São Paulo e Espírito Santo. São Paulo e Bahia produziram o ano todo. A entrada de maracujá azedo da Bahia está concentrada no período de maio a dezembro, com pico de produção em setembro. A entrada de maracujá azedo na Ceagesp cresceu 12% entre 2002 e 2008. Confira os gráficos em: www.jornalentreposto.com. br8

O inverno e o comércio de frutas e hortaliças Anita Gutierrez A refrigeração é o método mais antigo de conservação de frutas e hortaliças frescas. No Brasil ela é pouco e mal utilizada. A comercialização de frutas e hortaliças frescas é complexa: •Os produtores são pequenos e especializados; •A produção é sazonal e fragmentada; •A melhor qualidade do produto acontece no momento da sua colheita. O objetivo da pós-colheita é preservar a qualidade; •O valor do produto depende de seu frescor, aparência e sabor; •O produto é perecível, tem alta porcentagem de água e metabolismo intenso pós-colheita; •Os produtos apresentam diferentes tolerâncias ao frio, exigindo ambientes diferenciados; •A principal razão da colheita de uma fruta imatura, que nunca será saboro-

sa e apreciada pelos consumidores, é a sua maior durabilidade. •Existe grande perda de valor do mesmo produto dum dia para o outro; •Existe rejeição ao produto refrigerado por alguns compradores: quebra da cadeia de frio, aceleração da senescência, a maior ocorrência de podridões (água livre), a necessidade de repasse; •A comercialização é uma cor-rida contra o tempo; •A fragilidade comercial do produtor é grande; •O investimento em frio exige a modernização da embalagem, do transporte, da logística de movimentação e da exposição; •As mudanças exigem articulação entre dos diversos elos da cadeia. Segundo os dados de 2007 do IBGE, as frutas e hortaliças ocupam uma área de cinco milhões de hectares e tem um valor de produção de R$ 27 bilhões, respondendo por 23% do valor da produção agrícola vegetal no Brasil. No Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp são comercializadas 13% da produção de frutas e hortaliças destinadas para o consumo fresco. A utilização de refrigeração está crescendo a cada dia: no transporte da lavoura até o mercado e do mercado até o varejo ou o serviço de alimen-


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multifuncionalidade da terra, o orgânico acaba chegando ao consumidor mais caro”, disse. Para que os produtos sejam registrados com a denominação de fitossanitários com uso aprovado para agricultura orgânica, a coordenação de Agroecologia deverá encaminhar as solicitações ao Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos (CTA), que definirá os estudos e testes necessários à aprovação dos pedidos. Esse comitê é res-ponsável por estabe-lecer normas para inclusão ou exclusão de produtos fitossanitários para agricultura. Os ministros da

Agricultura, Reinhold Stephanes, da Saúde, José Gomes Temporão, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, já avaliaram a proposta e assinaram documento de aprovação. O presidente da Associação dos Produtores e Processadores de Orgânicos do Brasil, José Alexandre Ribeiro, cobrou do governo mecanismos legais mais eficientes que reconheçam o produtor orgânico. Defendeu também a volta das Casas da Lavoura para os pequenos produtores orgânicos e incentivos fiscais para o setor, com a redução da carga tributária nas cadeias produtivas e na comercialização.

Selo dos Orgânicos No primeiro semestre de 2010 será lançado o Selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. Para usá-lo, os produtores terão que se regularizar no Ministério da Agricultura até o dia 28 de dezembro deste ano. Assim, também será possível ter informações sobre o número de agricultores que atuam no setor e a área utilizada, hoje estimada em 800 mil hectares.

As frutas e hortaliças frescas e a bolsa eletrônica de compras Anita Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A BEC (Bolsa Eletrônica de Compras) é uma instituição revolucionária para compradores, fornecedores e contribuintes paulistas, pois garante transparência e agilidade na comercialização, através do sistema de leilão reverso, pagamento rápido e sem burocracia. A BEC permite a participação de fornecedores especializados por produto e grande concorrência entre eles e garante, também, a melhoria dos gastos governamentais pela diminuição do custo. Houve uma economia de 25% em nove anos. A Bolsa adquire 73 diferentes frutas e hortaliças. Esse número e a consequente diversidade da alimentação podem aumentar e contribuir para o crescimento do consumo. A informatização e a automação da comercialização levarão á adoção de sistemas como o da BEC em outras instituições de governo ou privadas. Desde 2000, foram feitas 237 mil Ordens de Compra de 237 mil itens no valor de R$ 3,4 bilhões. Confira: www.bec.sp.gov.br. A BEC procura novos fornecedores de frutas e hortaliças, mais próximos da produção. Os primeiros produtos contemplados serão batata, cebola e alho.

tação e na armazenagem pelos atacadistas localizados na Ceagesp. Hoje alguns produtos já chegam da origem refrigerados, como as frutas e o alho importados, a uva do Nordeste, uma parte importante do melão do Nordeste e da maçã do Sul, além das frutas de caroço e do kiwi de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os dados de entrada do ano passado mostram valores expressivos: •As frutas respondem por 50% do volume de entrada no ETSP – 1.634 mil toneladas - e pela quase totalidade da utilização da refrigeração no transporte e no local de comercialização. O alho importado também chega refrigerado - 1.697 toneladas; •O volume de frutas que chega refrigerado ao ETSP está em torno de 12% do volume total de frutas; •A origem do produto está distribuída em 1.400 municípios, 24 estados do Brasil e 14 países diferentes. A distribuição da origem das frutas por região é um bom indicativo da distância e do tempo de transporte e da necessidade da refrigeração. A região Norte responde por 1%; a Nordeste por 17%; a Centro Oeste por 3%; a Sudeste por 62% e a Sul por 11%. Somente 9% da fruta nordestina e 14% da fruta sulina chegam refrigerados. Nos últimos anos houve um grande investimento dos comerciantes na compra e instalação de câmaras de refrigeração e da ceagesp em energia.

Existem atualmente 354 câmaras de refrigeração e climatização. No ETSP a refrigeração é pouco e mal utilizada. Ela exige um investimento grande e o seu desempenho ruim faz com que os agentes de produção e comercialização deixem de acreditar na sua eficácia e de investir nela. Esse fato traz prejuízos para todos os elos da cadeia de produção, afetando o bom desempenho econômico e a sustentabilidade do produtor e a qualidade, sabor, variedade e valor do produto para o consumidor. Confira alguns exemplos da má utilização da refrigeração no transporte e no local de comercialização: •Produto quente na entrada do refrigerador; •Disposição da carga não permite a circulação do ar; •Falta de monitoramento de temperatura e umidade; •Mistura de produtos de diferentes tolerâncias ao frio e compatibilidades; •Quebra da cadeia de frio; •Falta de limpeza; •Gestão inadequada do estoque; •Falta de equipamentos de proteção na saída da câmara; •Operadores de câmara sem nenhum treinamento; •Quebra frequente da cadeia de frio; •Saída do produto para a exposição e subsequente retorno à refrigeração.

Os números da refeição coletiva são impressionantes: •35 milhões de refeição são servidas diariamente no Brasil pelo Serviço da Alimentação Escolar todos os dias; •24 milhões de refeições por dia é o mercado potencial de refeições servidas nas empresas; •17 milhões de refeições por dia é o mercado potencial de refeições da alimentação institucional: hospitais, presídios, forças armadas e outras; •R$ 146 milhões foi o gasto em 2005 do Governo do Estado de São Paulo com a compra de gêneros alimentícios para abastecimento institucional: 34% da Secretaria da Educação, 44% da Secretaria da Administração Penitenciária •14,5 milhões foi o gasto em 2005 do governo estadual com a compra de frutas e hortaliças frescas para abastecimento institucional; •Crescimento de 22% no dispêndio dos gastos do governo paulista com frutas e hortaliças para a Merenda Escolar em 5 anos; •No ano passado, a BEC gastou R$ 16 milhões na aquisição de frutas e hortaliças frescas. Os gastos com alho (R$ 859 mil), batata (R$ 2 milhões) e cebola (R$ 1,3 milhões) representam 26% desse gasto. PALESTRA No próximo dia 1º de setembro, um especialista da Secretaria da Fazenda fará uma apresentação completa sobre o funcionamento da BEC. Inscreva-se e compareça! Local: Auditório Nelson Loda – Ceagesp Data: 1º/9 l Horário: 10h Inscrições: cqh@ceagesp.gov. br e (11) 3643-3827


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JORNAL ENTREPOSTO

ECONOMIA

Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para agosto Flávio Luís Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp

OPÇÕES DE COMPRA

QUANTIDADES COMERCIALIZADAS: O Entreposto Terminal de São Paulo – ETSP movimentou durante o período de janeiro a julho aproximadamente 1.812.398 toneladas de hortifrutícolas, flores e pescados. Este resultado representa um crescimento de 0,53% ante o mesmo período de 2008 quando foram comercializadas 1.802.823 toneladas. O gráfico abaixo ilustra a movimentação por setor de comercialização.

PRODUTO

EMBAL.

PESO(KG)

JUNHO PREÇO MÉDIO(R$)

JULHO PREÇO MÉDIO(R$)

TENDÊNCIA P/ MÊS AGOSTO

FRUTAS ABACAXI HAVAI

CENTO

180,00

187,93

163,24

ESTÁVEL

BANANA PRATA SP

CENTO

180,00

163,24

148,40

BAIXA

GOIABA BRANCA

KG

1,00

1,38

1,36

BAIXA

LARANJA LIMA

CXT

2,00

3,98

3,51

ESTÁVEL

MAÇA GALA

CXM

25,00

12,55

11,51

ESTÁVEL

MANGA TOMMY

KG

1,00

2,00

2,24

ESTÁVEL

MARACUJÁ DOCE

KG

1,00

1,70

1,46

ESTÁVEL

MORANGO

CXT

3,70

6,98

5,95

BAIXA

CXT

1,60

6,19

5,77

BAIXA

LEGUMES ABÓBORA MORANGA

KG

1,00

0,66

0,66

ESTÁVEL

BATATA DOCE ROSADA

CX K

22,00

15,10

13,48

ESTÁVEL

BETERRABA

CX K

20,00

15,46

14,40

ESTÁVEL

CENOURA

KG

1,00

1,28

1,08

ESTÁVEL

CHUCHU

CX K

22,00

13,77

13,35

ESTÁVEL

INHAME

CX K

22,00

13,19

13,07

ESTÁVEL

MANDIOCA

CX K

23,00

11,92

11,83

ESTÁVEL

PIMENTÃO VERDE

CX K

11,00

9,27

13,65

ALTA

VERDURAS

Tendência

Apresentaram elevação da quantidade ofertada os setores de frutas (+1,65%), legumes (+3,98%) e verduras (+1,07%). Os setores de flores (-12,24%), pescados (-15,65%) e produtos diversos (-7,83%) apresentaram retração. O fluxo financeiro envolvido na comercialização do ETSP cresceu cerca de 8% no 1º semestre. Passou de R$ 2,230 bilhões para R$ 2,408 bilhões em 2009.

As chuvas atípicas, ocorridas durante praticamente todo o mês de julho, devem acentuar a retração da quantidade ofertada que normalmente ocorre nesta época do ano. As geadas, características nesta época, foram de leve intensidade e comprometeram com menor intensidade a quantidade ofertada e a qualidade da maior parte dos produtos comercializados na Ceagesp. Espera-se, portanto, redução do volume ofertado em razão das chuvas e majoração dos preços principalmente das hortaliças mais sensíveis como abobrinha, vagem, quiabo, alface, tomate, brócolis, couve-flor, rúcula, entre outros. As chuvas também prejudicaram a quantidade ofertada de banana nanica procedente do Vale do Ribeira e de mamão formosa e havaí procedentes do Espírito Santos e Bahia. Estes produtos deveram registrar elevação dos preços praticados. As opções no setor de frutas devem ser abacaxi havaí, coco verde, laranja, morango, manga tommy, maçã gala, entre outros. Os setores de legumes e verduras apresentam opções para o consumidor como acelga, repolho, escarola, beterraba, chuchu, mandioca, batata, entre outros. As flores produzidas em campo aberto também deverão apresentar retração da quantidade ofertada e perda de qualidade. Os preços devem seguir estáveis neste setor. O setor de pescados deve apresentar volumes e preços estáveis. Alguns produtos importantes como pescada, tainha, sardinha, tilápia, entre outros, devem figurar entre as opções de compra do setor.

ACELGA

ENG

12,00

7,08

5,96

ALTA

ESCAROLA

ENG

8,00

13,37

12,79

ESTÁVEL

COUVE

DZMÇ

6,00

8,62

7,18

ESTÁVEL

NABO

3,00

3,71

3,57

ESTÁVEL

REPOLHO LISO

ENG

25,00

12,75

10,49

ESTÁVEL

DIVERSOS BATATA BENEF. COMUM

KG

1,00

1,02

0,87

BAIXA

BATATA COMUM

KG

1,00

0,97

0,85

BAIXA

CEBOLA NACIONAL

KG

1,00

1,04

1,10

ALTA

FLORES BOCA DE LEÃO

0,66

7,05

7,92

BAIXA

BRANQUINHA

PCT

2,40

4,89

4,97

ESTÁVEL

DALIA

0,44

5,13

4,65

ESTÁVEL

DRACENA

PCT

1,50

4,80

3,80

ALTA

ESTRELICIA

DZ

0,90

4,25

4,20

BAIXA

PALMEIRA

1,20

2,21

2,00

ESTÁVEL

PESCADOS BETARRA

KG

1,00

2,25

1,81

BAIXA

BONITO

KG

1,00

2,11

2,00

ESTÁVEL

CAÇÃO

KG

1,00

4,81

4,47

ESTÁVEL

CAVALINHA

KG

1,00

2,15

2,41

BAIXA

CORVINA

KG

1,00

3,34

3,33

ESTÁVEL

ESPADA

KG

1,00

1,72

2,14

BAIXA

SARDINHA

KG

1,00

2,25

1,94

ESTÁVEL

PRODUTOS COM QUANTIDADES OFERTADAS REDUZIDAS

FRUTAS

LIMA DA PÉRSIA, LIMÃO, MARACUJÁ AZEDO E TANGERINA PONKAN.

LEGUMES ERVILHA TORTA, QUIABO, PEPINO JAPONÊS E VAGEM MACARRÃO. VERDURAS AGRIÃO, BRÓCOLOS, COUVE-FLOR, RÚCULA, COENTRO E RABANETE. DIVERSOS ALHO ARGENTINO, COCO SECO, MILHO DE PIPOCA.

O quadro ilustra as principais opções de compras em agosto: PESCADOS CAMARÃO ROSA, ROBALO e SALMÃO. FONTE: CEAGESP


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JORNAL ENTREPOSTO l Agosto 2009

CÁ ENTRE NÓS

Participe da Queima do Alho na Ceagesp

Manelão Colunista

Adentramos o segundo semestre, época de laranja doce e tomate gostoso. O limão e o mamão vão aos poucos sumindo da roça, mas no mercado o preço vai subindo. Para acalmar o sol abrasador, o melhor é sentar-se à sombra e saborear a polpa do coco verde, sem esquecer de beber a sua deliciosa água antes. Quem recomenda é a Xuxa, da Praça do Coco. Para comemorar os 40 anos da Ceagesp, as comitivas que participarão da Queima do Alho vêm chegando ao entreposto. Depois de passar por Barretos, Jaguariúna, Ibiúna e Cajamar, as comitivas chegam ao maior mercado

de hortifruti da América Latina para participar do maior evento gastronômico caipira realizado em São Paulo. O pavilhão PBCF abrigará uma das etapas do circuito da tradicional festa e grandes atrações já estão reservadas. O cantor Ângelo Máximo, grande sucesso da Jovem Guarda, estará presente para dar o seu recado musical. Papa, Pedro de Alcântara e Altieres Barbieiro, locutores e apresentadores de programas sertanejos das rádios Terra FM, Tupi e 9 de Julho também ajudarão a abrilhantar a festa. A segunda edição da Queima do Alho na Ceagesp será realizada em prol da Associação Nossa Turma. Todos estão convidados a participar e recordar a saga dos antigos tropeiros e boiadeiros que aqui serão representados pelas 32 comitivas que, vestidas à caráter, nos brindarão com arroz carretei-

AGUAÍ

ro, feijão tropeiro, paçoca de carne seca e bife picadinho na chapa. É bom chegar cedo para ver as equipes colocarem seu talento culinário à prova. O chef Ivair, que tão bem conduziu o Festival da Sopa na Ceagesp, será um dos juízes e Molina, de Campinas, perito em especialidades gastronômicas, também fará parte da comissão julgadora. Aguardamos também as presenças do presidente da Ceagesp, Rubens Boffino e da subprefeita da Lapa, Soninha Francine. Os convites custam R$ 15,00 e estarão à venda na banca de jornais Quero Ler e na sede da Nossa Turma. O ingresso dá direito a saborear um prato. Queima do Alho Dia 13/9, a partir das 10h Mais informações: 3643-3737 e 3832-3366

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Substância dos citros pode combater males da obesidade Estudo publicado na revista Diabetes mostrou que a naningerina, flavonóide contido em frutas do gênero Citrus, foi capaz de evitar alguns dos males decorrentes da obesidade. Na pesquisa, um grupo de ratos foi alimentado com uma dieta rica em gordura a fim de que os sintomas da síndrome metabólica fossem induzidos. A outro grupo de animais foi dada a mesma dieta, mas eles foram tratados com a naningerina. O flavonóide conseguiu corrigir os altos níveis de triglicérides e colesterol, prevenir a resistência a insulina, condição que leva ao desenvolvimento do diabetes tipo 2, e normalizar o metabolismo de glicose. A grande maioria dos casos de diabetes tipo 2 é resultado da obesidade. “Os efeitos da naningerina foram independentes da ingestão de calorias”, disse o autor.

Agosto 2009 l

Forme o seu especialista em FLV A boa qualidade das frutas e hortaliças frescas que chegam ao consumidor é o resultado de muito esforço, capricho e perseverança. Elas perdem qualidade com muita facilidade, pois continuam vivas depois da colhidas: respiram, perdem água, brilho, frescor, amadurecem e envelhecem. O manuseio brusco, batidas, cortes, aceleram o seu envelhecimento e permitem o desenvolvimento de micro-organismos oportunistas. A sua produção exige muito capricho, alta tecnologia, boa aptidão agrícola da região de produção, época de produção adequada, muito trabalho e sorte. A melhor tecnologia pós-colheita só consegue preservar a qualidade do produto. O valor das frutas e hortaliças é função da sua aparência, frescor e sabor. O sucesso exige grande competência: •Na produção, colheita, classificação, embalamento e remessa para o mercado; •No atacado, na garantia de abastecimento dos seus com-

pradores: volume, diversidade e qualidade; •No varejo, na compra, exposição e garantia de qualidade do produto e na garantia de abastecimento dos seus clientes consumidores: volume, diversidade e qualidade; •No serviço de alimentação, na escolha do produto de melhor custo-benefício para cada classificação. O sucesso exige investimento em gente, em treinamento, em profissionalização, em competência. O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp desenvolveu treinamentos específicos para cada um dos agentes de produção e comercialização de frutas e hortaliças frescas: produtores, atacadistas, varejistas e serviço de alimentação. Eles podem ser realizados na própria Ceagesp ou nos locais de trabalho dos interessados. Inscreva o seu grupo de interessados diretamente no CQH ou por meio do seu atacadista da Ceagesp. Tel.: (11) 3643-3825 cqh@ceagesp.gov.br

JORNAL ENTREPOSTO


JORNAL ENTREPOSTO l

Agosto 2009

Ceasas Brasil Ceasa Campinas lança programa para modernizar entreposto Programa conta com três diretrizes principais e inclui a criação de um Plano Diretor

A Ceasa de Campinhas inaugurou, no final de julho, seu Centro de Apoio Digital, um espaço com computadores e acesso à internet para serem utilizados gratuitamente pela comunidade da empresa. A atividade integra as comemorações dos 235 anos da cidade. O centro faz parte do Programa de Modernização da Ceasa-Campinas, um conjunto de ações que a administração está realizando junto com os atacadistas. De acordo com a Ceasa, os investimentos em informatização, em torno de R$ 500 mil, já geraram redução de custos de, em média, 40% em ligações telefônicas, impressões e manutenção de computadores. O programa de modernização tem, basicamente, três focos: informatizar a Ceasa, executar obras de infraestrutura necessárias para a melhoria do entreposto e traçar um Pla-

no Diretor para planejar o seu crescimento atual e futuro. “O Centro de Apoio que estamos inaugurando é um dos alicerces para os projetos. Teremos uma rede de internet sem fio e de alta velocidade em toda Central, há um Banco de Caixas Plásticas em construção que vai garantir maior higiene e modernizar as embalagens e obras de melhorias como a pavimentação de 100 mil metros quadrados de asfalto”, disse o presidente da CeasaCampinas e vice-prefeito da cidade, Demétrio Vilagra.. A Ceasa-Campinas é o quarto maior entreposto do país, que opera desde 1975 e movimenta R$ 73 milhões por mês de hortigranjeiros, flores e plantas. O entreposto abastece mais de 500 municípios gera 5,3 mil empregos diretos, 20 mil indiretos, além de garantir milhares de postos de trabalho no campo e a regulação de preços de frutas, verduras e legumes. Na Cen-

tral campineira fica o maior Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais da América Latina. A empresa

Deixe de ser um agente de contaminação

Kit previne disseminação de doenças transmissíveis por alimentos e até gripe suína

Anita Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Diariamente, grandes quantidades de frutas e hortaliças são descartadas antes mesmo de chegarem à mesa dos consumidores devido à ocorrência de doenças pós-colheita. Alguns dos agentes causadores das doenças pós-colheita das frutas e hortaliças produzem estruturas muito pequeninas, os chamados esporos, só visíveis com microscópio. Essas estruturas são transportadas facilmente de um fruto doente para outros sadios, através do ar, do contato direto entre um fruto contaminado e outro sadio ou do contato com caixas contaminadas e, principalmente, pelas mãos de quem manipula os frutos na hora do repasse.

O repasse das frutas e hortaliças no local de venda é prática normal dos atacadistas e varejistas. A maioria dos lugares não dispõe de um local específico e adequado para este trabalho. A falta de pontos de água, próximos ao local de trabalho, dificulta muito a higienização das mãos de quem faz este repasse. O Kit Prevenção, idealizado para reduzir a contaminação no repasse das frutas e hortaliças é muito simples. É composto por uma lixeira com saco descartável e tampa, um porta álcool em gel e um guardanapo. As figuras ilustram dois modelos do Kit Prevenção, um com mesa e outro sem mesa. Ambos possuem rodas que permitem sua movimentação. A lixeira com tampa evita a disseminação pelo ar dos micro-organismos; o papel toalha serve

para retirar o excesso de sujeira das mãos; o álcool em gel é indicado para desinfetar as mãos. Esse último deve ser reaplicado a cada meia hora ou sempre que o repasse de um novo lote for iniciado ou imediatamente após o manuseio de frutos doentes e antes do manuseio de frutos sadios. A instalação e a manutenção do Kit Prevenção é de baixo custo. Os manipuladores de alimentos, que não higienizam as mãos com frequência, são agentes eficientes da disseminação das Doenças Transmissíveis por Alimentos (DTAs), responsáveis por intoxicações alimentares graves. O Kit Prevenção, quando bem utilizado, é também um instrumento de controle da disseminação das DTAs e até da gripe suína. Confira mais em: www.jornalentreposto.com.br8

recebe uma média de 15 mil pessoas por dia, conta com 964 atacadistas e 1.345 pontos de venda (boxes e pedras)

com a variedade completa de hortaliças e plantas, além de pescados e produtos para decoração e paisagismo.

C1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Notícias

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Ceasa do RN implanta circuito de rádio No final de julho a Ceasa do Rio Grande do Norte ganhou a Rádio Ceasa, um circuito interno de comunicação. “A rádio é mais uma forma de estar presente junto aos permissionários, servindo de aproximação para divulgarmos as ações da Ceasa, colaborando com a prestação de serviços”, destacou o presidente da Central, Érico Ferreira. Segundo o responsável pela rádio, Élido Menezes, o circuito de comunicação está em fase experimental, aguardando algumas finalizações na parte operacional. Ele acrescenta que a rádio não utiliza a freqüência AM/FM, ela funciona na área interna do entreposto, onde desenvolverá um trabalho, através da “plástica de rádio FM” que contará com uma programação exclusiva, com vinhetas próprias, músicas e notícias da Ceasa.


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Agosto 2009

l JORNAL ENTREPOSTO

CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

O mercado do pimentão na Ceagesp Levantamento do CQH avalia efeito da divulgação de pesquisa da Anvisa sobre resíduo de agrotóxicos em pimentão Giselle Silva Costa Maria Aparecida Martins

A entrada de pimentão na Ceagesp é bastante uniforme durante todos os meses do ano. A maior entrada acontece às segundas, quartas e sextas-feiras. O pimentão verde participou, no ano passado, com 71% do total de pi-

mentões comercializados, seguido pelo pimentão vermelho (18%) e pelo amarelo (11%). Espécie do gênero Capsicum, mesmo gênero das pimentas, o pimentão é uma hortícola de grande importância. Os dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) mostram que o Estado de São

Paulo produziu 54.643 toneladas de pimentão em 2008. A Ceagesp recebeu, neste período, cerca de 48 mil toneladas do produto (88% do volume paulista), o que mostra a importância da estatal no agronegócio do pimentão. No ano passado, o pimentão foi o quarto legume mais

na após a Páscoa em 2007. No mesmo período, caiu 25% e 13%, em 2008 e 2009, respectivamente. Duas semanas após o feriado de Páscoa o preço caiu 18% em 2007, 59% em 2008 e 65% neste ano. O pimentão verde apresentou menor variação do preço que o colorido nos mesmos períodos. Houve queda de 5% e 13% em 2007 e 2009, e no ano passado apresentou alta de 1%. A época é de grande oferta de pimentão verde, com o preço próximo do mínimo. A Páscoa deste ano apresentou duas parti-

cularidades: o feriado de Tiradentes, que ocorreu na semana seguinte à de Páscoa e a divulgação pela Anvisa, na quarta-feira após a Páscoa, do resultado de análises e um alerta sobre os altos níveis de resíduos de agrotóxicos em pimentões. Os dados da Cotação de Preços da Ceagesp mostram preços menores em 2009 e uma queda percentual maior, duas semanas após a Páscoa, comparado a 2007 e 2008. Maria Paula de Sampaio Ferraz, Engenheira Agrônoma e presidente da PARE-(Produtores Associados de Reginópolis e Região) avalia que a veiculação de reportagens foi muito mal colocada em rela-

ção à pesquisa de agrotóxico. “Hoje é obrigatório que o produto seja identificado na saída da propriedade rural, logo, a pesquisa deveria ser refeita, abordando a identificação do produto para que sejam punidos os verdadeiros autores da utilização inadequada de certos agrotóxicos e não muitas famílias que vivem integralmente desta atividade”, opina. A PARE representa 115 agricultores associados. O pimentão tem participação de 100% na receita bruta dos agricultores que produzem cerca de 90 mil toneladas de pimentão por semana, com uma média de 70 a 80 caixas/semana por produtor. Os maiores atacadistas de

comercializado no entreposto paulistano da Ceagesp, com 47.672 toneladas, o que representa 16% do volume total de legumes comercializados no ETSP. O preço do pimentão apresenta grande oscilação, mesmo em períodos curtos. O período escolhido para aná-

lise em 2007, 2008 e 2009 transcorre quinze dias antes e quinze dias após o domingo de Páscoa. As comidas típicas, como a bacalhoada, aumentam tradicionalmente a demanda e o preço do pimentão. O preço do pimentão colorido subiu 32%, uma sema-

pimentão da Ceagesp avaliam que os efeitos do feriado e da notícia resultaram em queda de 28% do preço do pimentão colorido e 44% do preço do pimentão verde. Os dados de volume de

entrada da Ceagesp mostram o crescimento do volume de pimentão, ano a ano, no período analisado. É difícil separar os diferentes eventos que podem ter causado a queda do preço do pimentão. A declaração do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão sobre a suspensão do seu consumo particular dos produtos que apresentaram altos índices de resíduos de agrotóxicos, a veiculação da notícia da Anvisa nos principais meios de comunicação nacionais, o feriado de Páscoa, a crise econômica internacional e o crescimento da oferta de pimentão no mercado são fatores que contribuiram para a queda dos preços.

CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Todos os dias recebemos uma avalanche de informações que influenciam o nosso comportamento e as nossas decisões de compra. A recente divulgação pela Anvisa da ocorrência de resíduos de agrotóxicos em alguns produtos hortícolas fez com que o Centro de Qualidade em Horticultura levantasse os efeitos da notícia sobre a comercialização do pimentão, principal alvo da notícia. Os 15 maiores atacadistas de pimentão da Ceagesp, que representam 45% do volume total de pimentões do entreposto, foram entrevistados entre os dias 10 e 22 de maio deste ano. O estudo foi feito em duas etapas. A primeira etapa consistiu em levantar a percepção dos atacadistas sobre o efeito da notíca sobre a comercialização do pimentão. A segunda fase foi aplicada com as associações de produtores para avaliar o impacto sentido pelos agricultoires que cultivam pimentão. Na entrevista outros a aspectos foram levantados. Confira alguns resultados: •O pimentão representa, em média, 36% do volume de comercialização e 26% da receita bruta de cada atacadista. O pimentão verde participa, em média, com 52% do volume total de comercialização de pimentões, o vermelho com 12% e o amarelo, com 7,5%; •A compra direta do produtor predomina com 92% no pimentão verde e com 58% no pimentão colorido; •A queda média avaliada pelos atacadistas no período após a Páscoa foi de 46% no preço e 41% no volume do pimentão. Os pimentões verdes apresentaram queda de 44% no preço e 51% no volume e de 28% no preço e 31% no volume de pimentões coloridos. Conclui-se que entre as causas da queda deve estar a divulgação das análises da Anvisa sobre os altos níveis de agrotóxico em pimentões. •Os grandes produtores trabalham com 20 mil pés/ ano de pimentão verde, 7 mil pés/ano de pimentão vermelho ou 3,5 mil pés/ano de pimentão amarelo. Os médios e pequenos produtores respondem por cinco mil pés de pimentão verde, três mil pés de pimentão vermelho e 1.500 pés de pimentão amarelo; •Os grandes produtores respondem por 24%; os médios por 46% e os pequenos por 60% do volume de pimentões verdes comercializados. Os grandes produtores respondem por 13% e os pequenos por 43% do volume de pimentões vermelhos. No caso do pimentão amarelo, os grandes produtores respondem por 2% e os pequenos por 5% do volume de produção; •As associações de produtores de pimentão avaliam que o efeito da notícia foi catastrófico logo no dia seguinte e péssimo uma semana após a divulgação da pesquisa da Anvisa. Um mês depois, os produtores consideraram o efeito médio, porém com o preço ainda muito abaixo do esperado.


JORNAL ENTREPOSTO l Agosto 2009

C3

OPORTUNIDADE

Ceasa PR faz licitação para ocupação de áreas A Ceasa do Paraná lançou edital de licitação pública para 17 áreas na Central de Abastecimento de Curitiba, entre boxes para atacado e lojas de atípicos, e 10 na Central de Foz do Iguaçu. A unidade de Curitiba tem uma área total de terreno de 510 mil metros quadrados,

e 72.011 metros quadrados construídos. São 644 boxes no setor atacadista, 86 “pedras” destinadas ao produtor rural, 50 espaços para o comércio de flores, 84 lojas de atípicos, e 13 lanchonetes. A comercialização de hortigranjeiros em 2008 foi de mais de 70º mil toneladas, com um

afluxo diário de cerca de 15 mil pessoas e cinco mil veículos. O entreposto de Foz do Iguaçu conta com a vantagem da proximidade dos mercados do Paraguai e Argentina. Instalada num terreno de 82 mil metros quadrados, tem 8.805,64 metros quadrados de área construída. Destes,

5.967,5 são destinados para boxes, 1.045 para o Mercado do Produtor, e 1.162 para depósito de caixaria. Atualmente, 62 empresas atuam no mercado, incluindo uma lanchonete, uma loja de embalagens, uma prestadora de serviços e duas peixarias. A unidade comercializou cerca

de 70 mil toneladas de hortigranjeiros no ano passado, com uma movimentação média diária de 1.500 pessoas e 500 veículos. Para o presidenta da Ceasa, Antonio Comparsi de Mello, o pregão presencial é a modalidade adequada para ocupação de áreas disponí-

veis na empresa, uma vez que os interessados podem acompanhar todo o processo, apresentar lances e verificar o andamento das demais propostas. Os interessados nas áreas poderão obter mais informações no endereço www. ceasa.pr.gov.br, no ícone licitação de áreas.

Ceasa do Acre deve ficar pronta até 2010

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Parceria dos governos federal e estadual com a prefeitura de Rio Branco, central de abastecimento vai regular mercado e reduzir preços de hortifrutigranjeiros Resultado da parceria entre os governos federal, estadual e a prefeitura de Rio Branco, as obras da Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa) estão em fase avançada. O projeto envolve recursos de R$ 7,5 milhões e cerca de 45% das obras já foram executadas. A previsão é de que em dezembro estejam prontas e até março o complexo esteja em pleno funcionamento. A Ceasa de Rio Branco está localizada em uma área de cerca de 11 hectares, no cruzamento da Via Verde com a Estrada Transacreana. A área construída terá cerca de cinco mil metros quadrados e abrigará, além de 36 boxes para atacadistas, 130 espaços na ‘pedra’ para venda direta. “Quando estiver funcionando totalmente, teremos pelo menos 500 empregos diretos aqui”, prevê o secretário municipal de Agricultura de Rio Branco, Mário Fadell. A Ceasa, segundo a Secretaria Municipal de Agricultura e a Seaprof, irá promover segurança, manutenção, fiscalização de embalagens, classificação e sanidade de produtos. Um painel conectado ao Sistema Seasa do Brasil irá gerar informações em tempo real sobre as bolsas de mercadorias e cotações de produtos em todas as regiões do país. A capacidade de comercialização, segundo a secretaria, é de 59.520 toneladas ao ano.

Índice Ceagesp fecha julho com retração de 0,6%

Valor Bruto da Produção deste ano é 3,8% menor que em 2008 O levantamento da safra de grãos divulgado pela Conab e IBGE neste mês estima em R$ 153,8 bilhões o Valor Bruto da Produção de 2009. Essa previsão é, em termos reais, 3,8% menor do que a de 2008, de R$ 159,8 bilhões. Apesar da queda de valor, 2009 deverá ter o melhor desempenho desde 1997.

O acompanhamento do VBP é realizado mensalmente pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura. Os produtos que vêm apresentando resultado positivo quanto ao valor da produção são uva (195%), cacau (16,3%), batata-inglesa (15,7%), cana-de-açúcar (14,4%), arroz (12,4%), man-

dioca (10,3%) e tomate (5%). “O resultado favorável da cana está associado à produção recorde neste ano e também a preços em elevação”, analisa o coordenador de Planejamento Estratégico, José Garcia Gasques. Onze produtos obtiveram desempenho desfavorável neste ano. O pior resultado ficou com algodão herbáceo (-

29,3%), milho (-28,8%), feijão (-21,5%), cebola (-19,2%) e café, (-14,7%). Para Gasques “os efeitos desses resultados sobre a renda agrícola foi enorme, pois alguns deles, como o café e o milho, têm grande representatividade na formação do valor da produção da agricultura”. Outros produtos que apresentam quedas menores são

amendoim, fumo, pimenta-do-reino, soja e laranja. “Esses produtos têm sido afetados por diversos fatores, principalmente as condições climáticas adversas e os preços desfavoráveis na época do plantio”, acentua o coordenador .

Em julho, o Índice Ceagesp apontou baixa de 0,6% nos preços no atacado dos principais produtos comercializados na estatal. Com esse resultado, o indicador acumula queda de 5,69% no ano e 2,10% nos últimos 12 meses. As condições climáticas, não apresentaram tanto impacto nos preços. Apesar das chuvas atípicas no período, não foram registradas perdas significativas de hortaliças. Além disso, as geadas, comuns nesta época do ano, concentraram-se na Região Sul do país, sem afetar a produção de São Paulo e Minas Gerais, principais abastecedores de legumes da Ceagesp. para este mês, a previsão é de que a oferta e os preços mantenham-se estáveis. A maior retração foi registrada no setor de Diversos, com 11,89%, influenciado principalmente pelas quedas da batata lisa, batata comum e ovos. Outras quedas importantes foram dos setores de Verduras, com 7,17%, e Pescado, com 2,53%. Os setores de Frutas e de Legumes, com tiveram pequenas elevações.


C4

Agosto 2009 l

Ceasa Palmas inicia atividades com bons negócios Sucesso das vendas já desperta interesse de expansão por parte dos produtores De acordo com a Secretaria de Agricultura de Tocantins, as primeiras negociações de vendas no galpão do produtor da Ceasa Palmas, no último dia 11, bateram recorde nas vendas, despertando o interesse dos agricultores em expandir a comercialização dos produtos. Uma dos exemplos é o projeto de Assentamento Renascer. A associação conseguiu comercializar toda a sua produção, um total de 780 quilos de banana. A indústria de tempero, Sabor da Cozinha fechou negócios de 800 quilos de tempero com comerciantes de Taquaralto, em Palmas. Além de vender para atacadistas, a entidade conseguiu fazer a troca de produtos com agricultores do Pará. Os produtores tocantinenses repassaram a banana e receberam em troca a castanha do Brasil. A melancia também virou moeda na comercialização de troca com a castanha. Para o superintendente da Ceasa, Ézio Silva, o resultado positivo mostrou que os comerciantes e produtores necessitam deste espaço para realizar seus negócios. “Ficou claro que essa é uma grande oportunidade para estreitar as relações comerciais entre comerciantes e produtores”, observou.

Galpão do produtor O galpão do produtor da Ceasa de Palmas (TO) entrou já está em funcionamento desde o início deste mês. O galpão é o espaço reservado à comercialização dos agricultores familiares, associações e cooperativas que atuam na central, inaugurada em junho. O novo espaço conta com 90 miniboxes de 5m² e de 10m² cada. O funcionamento será três vezes por semana, todas as terças, quartas e quintas, das 6h às 13h. Para o superintendente da Ceasa, Ézio Silva, a operacionalização do galpão do produtor irá estimular a produção agrícola, além de trazer benefícios ao comércio regional. “É uma oportunidade para a população, em especial às donas de casa e pequenos atacadistas, de comprar frutas e verduras a preços mais acessíveis”, opina. Os agricultores tiveram até 30 de julho para efetuar o cadastro, que permite acesso ao galpão do produtor. Já os boxes de 50m² foram licitados para empresas atacadistas. As empresas vencedoras da licitação já estão se instalando no entreposto.

JORNAL ENTREPOSTO

TRANSPORTE

Caminho da Economia Caravana da Volvo já passou por nove Ceasas do Brasil Curitiba, Londrina, Uberlândia, Goiânia, Brasília, Vitória, Cuiabá, Contagem/MG e Vitória da Conquista receberam comitiva da montadora Os concessionários estão realizando diversos negócios durante e depois dos eventos, e atingindo a meta de levar aos comerciantes, produtores e transportadores dos Ceasas as informações sobre as vantagens que o caminhão VM apresenta em sua categoria, de economia, conforto, segurança e benefícios ao meio ambiente. Valdemar Ribeiro Rocha, produtor rural e dono de caminhão semipesado de Barra da Estiva, região da Chapada Diamantina (BA) aprovou a Caravana. Ele roda aproximadamente 250 km por dia transportando batata até o Ceasa de Vitória da Conquista. Segundo ele, o evento é importante porque agrega novas informações para o motorista e traz as novidades para os frequentadores do Ceasa, que tem o dia a dia muito atarefado. As próximas etapas serão: Recife-PE, Fortaleza-CE, Salvador-BA, São José dos Campos-SP, Campinas-SP, Caxias do Sul-RS, Porto Alegre-RS, Florianópolis-SC e Joinville-SC.

Ceasas fazem campanha de orientação sobre gripe suína No último dia 14, as centrais de abastecimento de Minas Gerais e doPiauí realizaram palestras para divulgar informações a respeito da gripe H1N1. o objetivo é orientar funcionários da maneira correta de se prevenir. A palestrante do Piauí, Lívia Pessoa, afirmou que essas palestras são importantes porque contribuem para diminuir o medo coletivo que ocasiona a falta de conhecimento sobre a doença. “Se você tomar medidas corretas e tiver comportamentos adequados, diminui a probabilida-

de de complicações ocasionadas pela gripe”, informa. A CeasaMinas também deu início a uma nova campanha de orientação contra a chamada gripe suína no entreposto de Contagem. A ação contou com a distribuição de cerca de 5 mil panfletos educativos contendo informações sobre o vírus, sintomas, formas de contágio e prevenção. O presidente do Instituto CeasaMinas, Willy Diegues, esclarece que a campanha deve durar enquanto houver grande risco de contaminação pelo vírus da gripe Influenza A.

A campanha disponibiliza uma tenda de orientação aos usuários do entreposto, feita por agentes da Secretaria Municipal de Saúde. A enfermeira Maria Helena Dias, do Centro de Saúde do entreposto de Contagem, lembra que é fundamental saber identificar, pelos sintomas, se a pessoa precisa de maiores cuidados. “Aqueles que apresentarem tosse, febre, dor de garganta ou dores musculares, devem procurar se examinar num hospital ou posto de saúde”.


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