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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

São Paulo, janeiro de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 116 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Maracujá passa por transformações devido a doenças

Um 4x4

Mercadão

Vírus provoca diminuição do tamanho e defeitos graves de formato

que veio das

Índias

Conheça e faça o Test drive na galeria de serviços da Ceagesp

Programação especial comemora 77 anos de fundação. Pág. A4

Pág. B1

FLV faz Ceagesp bater novo recorde de vendas

Entretanto, volume de pescados, flores e diversos comercializados no ETSP registrou queda acentuada Pág. A2 PAULO FERNANDO COSTA

Imagem do Mês: Ceagesp também foi vítima das inundações provacadas pela forte chuva que parou São Paulo em 21 de janeiro

Pág. A7

Mais um ano bom para a indústria automotiva Mesmo com a queda de 1% na produção brasileira de veículos, o setor de distribuição automotivo fechou 2009 com o melhor desempenho da história. Os segmentos que mais se destacaram foram o de automóveis e comerciais leves que, juntos, registraram alta de mais de 12% em relação a 2008. O setor de caminhões também apresentou resposta positiva nos últimos meses do ano.

Pág. A6

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Sucesso absoluto em negócios, a Feira de Transportes, Movimentação e Logística FEMETRAN - vai inovar em 2010 para garantir um fluxo maior de visitantes

Femetran aposta na Copa do Mundo para alavancar negócios

Pág. A5

Projeto de Lei incentiva a substituição de caixas de madeira por plásticas

A tecnologia da informação é a princial aliada na geração de negócios. Com base neste princípio, o Anuário renova a cada ano as informações contidas no guia para facilitar a vida de compradores

Começaram os trabalhos de atualização para o Anuário 2010

Um dos objetivos, segundo o relator do projeto, é evitar a demanda por produtos florestais.

Pág. B5

Pág. C2

* Preço de referência do mês de dezembro l 2009 - Expectativa para janeiro l 2010

BAIXA

ENG

R$ 9,45

 ALTA

CX

R$ 41,86

BAIXA

Girassol PCT

R$ 5,68

BAIXA

Cavalinha

R$ 22,59

Ovo Branco

ESTAVEL

CX M

Repolho Liso

R$ 0,66

Limão Taiti

KG

Abóbora Moranga

KG

R$ 2,73

ESTÁVEL


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Nota Fiscal Eletrônica A obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal eletrônica para os atacadistas de frutas e hortaliças frescasfoi prorrogada para 1o de abril de 2010.

Comércio de alimentos registra nova marca histórica na Ceagesp

As condições climáticas adversas e crise financeira internacional não foram suficientes para derrubar as vendas de FLV na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). No entreposto paulistano da empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o ano de 2009 pode ser considerado o melhor das últimas duas décadas. Em 2009, o Índice Ceagesp de preços também acumulou alta de 3%, enquanto a comercialização direta de produtos do gênero atingiu a marca das 3.155.054 toneladas e superou o recorde de 3.113.765 toneladas de alimentos in natura vendidas no mercado de São Paulo no ano anterior. Segundo atacadistas e produtores ouvidos pela reportagem do JE, os problemas climáticos e a queda do dólar ajudaram a desenhar o cenário positivo. “Depois que inventaram a frase ‘tá ruim’, nada mais ficou bom na Ceagesp”, brinca o gerente de operações da KS Legumes, Valdir Soares de Sena. “Mas a fase econômica que estamos vivendo é totalmente favorável ao nosso ramo de atividade e 2010 será, com certeza, um ano melhor que 2009”, acrescenta o produtor Márcio Correia Pugas. De acordo com o permissionário Marco Tavares, a crise não fez a população brasileira deixar de comer. Os exportadores, segundo o executivo, foram os mais prejudicados. A trajetória de queda da

moeda norte-americana, explica o permissionário, prejudicou quem vende ao mercado externo. “Mas essa oscilação cambial não foi capaz de elevar os preços dentro do Brasil”, diz. “Os primeiros meses de 2009 foram muito fracos. Foi só a partir do segundo semestre que conseguimos recuperar as perdas, isso porque ampliamos o mix de produtos através de importações diversas”, informa. “E quem teve capacidade de buscar produtos de melhor qualidade no mercado externo, se deu bem”, avalia. O empresário também lembra que a queda acentuada da taxa de juros foi outro fator que beneficiou o mercado de forma direta, assim como o corte do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em outros setores produtivos o fez indiretamente. “Os preços dos caminhões caíram, a população não deixou de consumir e os bancos estão cada vez mais capitalizados”, analisa. A expectativa de Tavares para este ano, portanto, são as melhores. “Para aumentar seu lucro, as instituições financeiras terão de jogar esse capital acumulado no mercado este ano, o que fará a economia crescer além das nossas previsões preliminares.”, acredita, referindo-se às previsões oficiais de crescimento de 6% do PIB (Produto Interno Bruto). “Os progressivos cortes da taxa básica de juros também ajudaram a manter a estabilidade em nosso setor”, completa. Para o diretor executivo da

Volume de frutas, legumes e verduras comercializado em São Paulo supera estatísticas dos últimos 20 anos

Frutas Nata, Hugo Passa Miquelutti, a derrocada financeira desencadeada pelos EUA em 2008 não foi capaz de inibir o comércio de produtos alimentícios. “Trabalhamos com frutas nacionais, ou seja, produtos que não estão sujeitos diretamente à variação do dólar”, ressalta, lembrando que, devido aos números positivos do ano passado, 2010 será “muito melhor”. Durante 2009, os setores que registraram aumento de vendas foram, respectivamente, os legumes (2,6%), frutas (2,5%) e verduras (2,2%). Entretanto, quedas acentuadas foram verificadas nos segmentos de pescados (-9,5%), flores (-7,8%) e diversos (4,6%).

Valor da produção das lavouras brasileiras pode crescer 4,3% em 2010

A estimativa de janeiro para o valor bruto da produção das 20 principais lavouras brasileiras mostra que o total pode chegar, em 2010, a R$ 159,6 bilhões, 4,3% superior ao obtido em 2009. Isso se deve à recuperação de preços e quantidades produzidas de diversos produtos que entram no cálculo do valor. Com melhor posição em relação ao ano passado, os destaques são café, cana-de-açúcar, cebola, laranja, tomate, soja e trigo. “Essa melhoria pode ser decisiva no resultado econômico da agricultura em 2010”, prevê o responsável pela análise e coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques. Ele lembra, ainda, que o valor estimado para este ano é quase igual ao obtido em 2008, que foi o maior da série de dados, iniciada em 1997. 2009

A avaliação de Valor Bruto da Produção (VBP) para 2009, com a consolidação dos dados de fechamento do ano, mostra valor bruto de R$ 153,0 bilhões, 4,5 % inferior ao obtido em 2008. Gasques explica que a queda de valor, já descontada a inflação, se deve à redução de 8,3 % da safra 2009 e aos preços agrícolas mais baixos para diversos produtos. A análise foi feita com base nas últimas informações divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre safra de grãos. Produtos que têm peso elevado na formação do valor da produção agrícola

R$ 153 bilhões

Valor Bruto da Produção (VBP) em 2009

como algodão, arroz, café, feijão, canade-açúcar, milho e trigo, registraram, em 2009, valores reais abaixo de seus preços históricos. Alguns como o milho, feijão e algodão mostraram redução de preço em quase 30%, no ano passado, em comparação aos seus preços históricos. Deste modo, os preços agrícolas, juntamente com problemas climáticos, como secas, excesso de chuvas e geadas foram determinantes no menor valor da produção brasileira de lavouras em 2009 Regiões A região Sudeste liderou 2009 em termos de VBP, seguida pelo Sul e Centro-Oeste. Entre os estados, São Paulo, Mato Grosso e Paraná lideram o valor obtido pelo conjunto do País. Vale observar, ainda, que a região Norte, apesar de apresentar o menor valor da produção, foi a única que indicou crescimento em 2009. Ainda não há valores regionais disponíveis para 2010, portanto, as estimativas apresentadas no mês passado mantêm-se praticamente inalteradas.



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ESPECIAL Um dos principais ícones de São Paulo, o Mercado Municipal Paulistano, popularmente chamado de Mercadão, completa 77 anos no próximo dia 25 de janeiro, junto com a maior cidade da América Latina e oferece diversas atrações ao público. Na semana que antecede o aniversário haverá dois cursos de culinária ministrados na Cozinha Mercado Gourmet, no mezanino, um deles voltado ao público masculino. No dia 24 acontece a 6ª Festa da Virada, com a participação da Escola de Samba Mocidade Alegre, atual campeã do carnaval paulistano, que fará um desfile pelo corredor central do mercado. No dia 25 de janeiro, acontece uma grande festa, com eventos exclusivos, queima de fogos e desfile. Além de todas essas atrações, o aniversário deste ano terá o tema “Mercado Municipal Paulistano: o paulistano de todas as nações”, uma homenagem a todos os povos que ajudaram a construir nosso município e o próprio Mercadão. No dia 24 de janeiro, os boxes do mercado estarão decorados com bandeiras e enfeites dos países que contribuíram na formação da diversidade cultural e gastronômica de São Paulo.

Mercadão oferece diversas atrações no seu aniversário

Diversidade O Mercadão é conhecido pela sua diversidade gastronômica que vai de frutas e verduras aos mais variados e exóticos temperos e carnes, passando por doces, queijos e bebidas. Os cerca de 300 boxes instalados no local movimentam em média 350 toneladas de alimentos todos os dias. Considerado um dos mais tradicionais pontos turísticos da cidade, recebe cerca de 50 mil visitantes por semana. São pessoas vindas dos mais variados cantos do país e do mundo que estão em busca de conhecer a riqueza arquitetônica e histórica do local e, claro, as maravilhas gastronômicas oferecidas ali, como os famosos pastel de bacalhau e o sanduíche de mortadela. É o caso do empresário capixaba José Paulo Guerra. Morador de Vitória ele vem à capital pelo menos uma vez por mês, quando aproveita para comer um de seus quitutes favoritos, o pastel de bacalhau.

“Já virou tradição e todas as vezes que venho a São Paulo tenho que passar no Mercadão” História Localizado na região central da capital paulista, o edifício do Mercadão carrega parte da história da cidade. Sua construção teve início em 1928 e foi conduzida pelo escritório do renomado arquiteto Ramos de Azevedo, com a intenção de substituir o antigo mercado do século 19 e erguer o que seria um marco da então “metrópole do café”. O local escolhido foi estratégico, pois ele se encontrava às margens do rio Tamanduateí e próximo à rede ferroviária da época, que facilitava a chegada de mercadorias. Quando o Mercadão ficou pronto, em 1932, a Revolução Constitucionalista, que

pretendia derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova constituição para o país, impediu sua inauguração porque o local acabou tornando-se depósito de armas e munições. Dessa maneira, a abertura oficial foi adiada para o ano seguinte, e a data escolhida foi a do aniversário da cidade, 25 de janeiro. O Mercadão começou a ganhar popularidade no final da década de 1930, quando surgiram as primeiras linhas de bonde na região central. Após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o aquecimento da economia brasileira transformou o local no principal entreposto de alimentos paulistano. Porém, a criação do que hoje é a Ceagesp, na década de 1960, no Jaguaré, levou ao declínio de público no Mercadão. Fatores como falta de segurança e das normas de higiene também contribuíram para isso, tanto que até sua demolição chegou a ser cogitada. No entanto, proprietários

dos boxes, feirantes e simpatizantes lutaram por sua preservação. Para isso, inscreveram o prédio no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) e conseguiram o dinheiro para restaurá-lo. Nas décadas de 1970 e 1980, o local passou por duas reformas. Em 2004, o Mercadão passou por sua maior reforma e foi totalmente repaginado. A partir de então, além dos boxes, os frequentadores e visitantes passaram a contar também com a praça de alimentação, localizada no mezanino do mercado que abriga também cursos de culinária, projetos gastronômicos e eventos do Mercadão.

Serviço:: Aniversário do Mercadão Rua da Cantareira, 306 Inscrições para os eventos: 3228-6363


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Transporte

movimentação e logística

Femetran em ritmo da Copa do Mundo A contagem regressiva para a Femetran 2010 já começou. A nona edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas acontecerá de 11 a 14 de maio no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, maior mercado latino-americano de frutas, legumes, verduras, flores e pescados.

a promotora da feira, está programando diversas ações como apresentações e performances inspiradas no torneio da Fifa”, revela o técnico em abastecimento Neno Silveira, ressaltando que os permissionários e frotistas do setor terão a oportunidade de acesso às últimas novidades das principais montadores de veículos do país.

Em ano de Copa do Mundo, a temática futebolística estará incorporada aos materiais promocionais que serão distribuídos antes e durante o evento. “O Jornal Entreposto, em conjunto com

“Com este grande evento, vamos superar as expectativas de crescimento do mercado brasileiro”, acrescenta. Segundo o economista, os

Feira de transportes realizada na Ceagesp chega à 9º edição

motivos para as empresas participarem da feira são diversos, entre os quais a grande demanda de renovação da frota verificada no Brasil. “Por isso, todos os agentes econômicos vinculados ao segmento têm de desenvolver estratégias voltadas às centrais de abastecimento”, avalia. Idealizada em 2002 para atender à premente necessidade de modernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran deste ano mostrará as múltiplas e potenciais oportunidades que o setor oferece.

“Estimativas dos órgãos oficiais apontam que 30% de tudo que é produzido no Brasil é perdido desde a produção até o consumidor, o que dá um número aproximado de US$ 5 bilhões anuais, ou seja, duas vezes e meia o que o Chile exporta em um ano”, enfatiza. “Nos tempos atuais, a questão da logística tem sido ressaltada como uma das mais cruciais para a manutenção do nível de competitividade das empresas. A adequação de processos, que conduza a maior racionalidade no uso dos recursos e a maior redução possível de custos, tornou-

se imprescindível para garantir a sobrevivência em um mercado cada vez mais exigente e disputado”, completa. Para obter mais informações sobre a grande feira de transportes da Ceagesp, a organização mantém o site do evento atualizado constantemente. Outras dúvidas também podem ser esclarecidas diretamente com a promotora do evento, através do telefone (11) 3831-4875.

www.femetran.com.br


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Investimento O presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, anunciou investimentos de R$ 6,2 bilhões no Brasil no período de 2010 a 2014. Os recursos serão aplicados no desenvolvimento de produtos e na expansão da capacidade produtiva. A meta da marca é vender um milhão de veículos por ano no país a partir de 2014, quando o mercado total brasileiro deve chegar a 4 quatro milhões de unidades.

O setor de caminhões só não cresceu mais porque as fábricas haviam se ‘desarmado’ e, depois da chacoalhada na economia, demoraram a retomar o ritmo”

Venda de veículos em 2009 atinge melhor desempenho da história O setor de distribuição automotivo no Brasil apresentou bom resultado no ano passado. Os segmentos que mais se destacaram foram o de automóveis e comerciais leves. Juntos, registraram alta de 12,66% em relação a 2008. Os emplacamentos de veículos - automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros meios de transporte - permaneceram estáveis em 2009, com queda de 0,13% em relação a 2008. Foram emplacadas 4.843.030 unidades no ano passado, contra 4.849.497 unidades em 2008. No entanto, setores como automóveis e comerciais leves tiveram desempenho acima do esperado, totalizando alta de 12,66% no acumulado do ano, chegando ao crescimento de 51,12% na comparação

de dezembro de 2009 com o mesmo mês do ano anterior. Queda previsível comparando o resultado de 2009 com o de 2008 para os setores de caminhões, ônibus e motos, de 11,47%, 14,19% e 16,42%, respectivamente. “A resposta do governo brasileiro à crise financeira internacional foi rápida e eficiente. O Brasil estava preparado econômica e politicamente estável. Tudo isto é muito importante para quem investe e quem quer se desenvolver, trabalhar e estudar e contribuiu para que as vendas de automóveis e comerciais leves se recuperassem”, afirmou Sergio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Segundo o presidente da entidade, a redução do IPI e a oferta de crédito foram propulsores de

Se o governo fez questão de manter o IPI reduzido para os veículos flex, entre outras coisas, para demonstrar uma preocupação do país com a redução de poluentes. Por que não manter esse incentivo por tempo indeterminado ao invés de retirá-lo em março?”

Crédito para financiamento de veículos cresce 12% Apesar de a distribuição de veículos ter fechado 2009 com o melhor desempenho de sua história, a indústria automobilística brasileira apresentou queda de 1% na produção de veículos montados e desmontados em 2009, em comparação a 2008. Os números foram divulgados no início do mês pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Segundo a associação, foram produzidos no ano passado 3,18 milhões de unidades – em 2008, foram 3,22 milhões. Houve queda de 35,3% no total de exportações de veículos. Em 2009 foram exportadas 475,3 mil unidades, enquanto em 2008 o número foi de 734,6 mil. Em dezembro de 2009, foram produzidos 251.482 veículos, uma queda de 13,6% em relação ao mês anterior. Em comparação ao mesmo mês de 2008, a produção cresceu 159,1%. Segundo a Anfavea, houve crescimento de 0,3% no número de empregos em dezembro em comparação a novembro. Foram gerados 124.354 empregos no período. Com Agência Brasil

valor chega a R$ 155,9 bi

A inadimplência acima de 90 dias para CDC caiu em relação ao mês anterior, de 4,8% em outubro para 4,6% em novembro. Se comparado ao mesmo mês de 2008, período que a inadimplência foi de 4,1%, o índice aumentou 0,5 ponto percentual. “O aumento da oferta de crédito aliado com a retomada da confiança do consumidor e iniciativas do governo foram fatores fundamentais para a melhora do desempenho da economia brasileira durante 2009”, avalia o presidente da Anef, Luiz Montenegro.

vendas. “O foco dado pelo governo a setores como o automotivo, ocorreu em função de nossa visibilidade no mercado. O governo sabia que, se o setor automotivo se recuperasse logo, esta seria a prova de que o País sairia bem e logo da crise”, finalizou. Dessa forma, de acordo com o executivo, “um ano que pressagiava perigo terminou, de certa forma, como um ano de satisfação”.

Interno Bruto) do país, feita por diversos economistas, estiverem corretas e o Brasil alcançar uma evolução de 5%, o setor da distribuição tem condições plenas de crescer pouco mais de 10%”. Ele afirmou ainda que o sistema bancário brasileiro está sólido e tranquilo, o que deve levar a um aumento considerável nas linhas de crédito e impulsionar a compra, especialmente no setor de motos.

Projeção Caminhões Para o novo ano que se iniciou, a Fenabrave prevê um crescimento total de 10,02% no setor da distribuição, o que deve representar, em números reais, algo em torno de 5,226 milhões de unidades emplacadas. Sérgio Reze disse que, “se as previsões para crescimento do PIB (Produto

A resposta positiva no setor de caminhões nos últimos meses, segundo ele, demonstra uma recuperação no crescimento da economia brasileira como um todo, visto que é esse segmento o maior responsável pelo transporte da produção pelo Brasil. “O

setor de caminhões só não cresceu mais porque as fábricas haviam se ‘desarmado’ e, depois da chacoalhada na economia, demoraram a retomar o ritmo”, afirmou. Ao final, Reze confirmou um bom ano em 2010, com crescimento e lucro, apesar da retirada, ao longo do ano, dos incentivos fiscais, e aproveitou para levantar uma questão, “se o governo fez questão de manter o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para os veículos flex, entre outras coisas, para demonstrar uma preocupação do país com a redução de poluentes. Por que não manter esse incentivo por tempo indeterminado ao invés de retirá-lo em março?” questionou. Com Agência Brasil

Produção de veículos cai 1% em 2009 A carteira de crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas atingiu R$ 155,9 bilhões em novembro do ano passado, com crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2008, segundo levantamento da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). Desse montante, R$ 91,8 bilhões correspondem ao saldo de CDC, que registrou aumento de 10% sobre o mesmo mês do ano anterior. Já a carteira de Leasing cresceu 14,9% e encerrou novembro com R$ 64,1 bilhões. A taxa média de juros no período seguiu a tendência de queda e fechou em 1,43% ao mês (18,58% ao ano), contra 1,82% ao mês (24,16% ao ano), em novembro de 2008. A taxa praticada no mês anterior, outubro de 2009, foi de 1,45% ao mês e 18,86% ao ano. Os planos de financiamento ofertados pelas instituições financeiras estão na média de 42 meses, um pequeno aumento se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando registrado 40 meses. Já o plano máximo praticado passou de 60 meses, em novembro de 2008, para 80 meses em novembro deste ano.

10%

de amento em relação ao mesmo mês do ano anterior

14,9% de crescimento do leasing em novembro


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GM do Brasil fala de quatro lançamentos para 2010 É o que falou o presidente da GM no Mercosul, Jaime Ardila, no Salão de Detroit. Se trata de produtos totalmente novos. Ele falou que terá um lançamento por trimestre, e que o próximo modelo da família Viva chega no terceiro trimestre. Será que vem ai um picape Agile?

Mahindra acirra disputa no mercado de utilitários

O mercado nacional de utilitários e picapes ficou mais competitivo desde que a indiana Mahindra chegou ao país, em 2008. Na Índia é um dos maiores grupos industriais e atua desde 1947 e hoje é líder na produção de veículos naquele país, dentro do segmento de utilitários leves e esportivos. O grupo atua também nas áreas de equipamentos agrícolas e tecnologia da informação. No Brasil, os veículos da marca são produzidos na fábrica da Bramont, no Pólo Industrial de Manaus. Os modelos são movidos a diesel e têm entre os itens de série ar condicionado de quatro velocidades, acionamento 4X4 elétrico, faróis de neblina, regulagem de direção, vidro e trava elétrica, entre outros. O motorista interessado pode conhecer os veículos Mahindra que estão ex exposição na galeria de serviços da Ceagesp e fazer um test drive. O serviço funciona de segunda a sexta-feira em horário comercial.

GM completa 85 anos no Brasil e anuncia pacote de promoções

Após registrar recorde histórico de vendas em 2009, com quase 600 mil veículos, a General Motors anunciou, já na primeira semana do ano, uma ação de varejo que terá como atração o “Pacote 85”, com vantagens que incluem planos com entrada a partir de R$ 85,00, taxas a partir de 0,85% e planos com até 85 dias para pagar a primeira prestação. A iniciativa faz parte das comemorações dos 85 anos da montadora no Brasil, completados no dia 26 de janeiro. A promoção se estende a toda a linha de veículos da Chevrolet, incluindo os modelos utilitários Montana e S10. “Nossa meta em 2010 é continuar, como já ocorreu em 2009, com uma estratégia de marketing bastante atuante, com o objetivo de oferecer aos clientes as melhores ofertas e promoções do mercado brasileiro”, destaca o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto.

MAN quer elevar produção de caminhões no RJ em quase 50% A fabricante alemã de caminhões MAN planeja aumentar sua capacidade de produção no Brasil em quase 50% e lançar um terceiro turno na fábrica de Resende (RJ), acompanhando os movimentos da rival maior Daimler Trucks.

No ano passado, os negócios da MAN controlavam cerca de 31% do mercado brasileiro para caminhões com mais de 5 t, superando os concorrentes por sete anos seguidos. Empresas como a Daimler e a MAN estão procurando aproveitar a onda gerada pela maior necessidade de infraestrutura à medida em que o Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A MAN adquiriu a unidade brasileira de caminhões pesados da Volkswagen. Os primeiros caminhões das marcas próprias da MAN TGX e TGS devem ser produzidos na unidade brasileira até o fim do ano.


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Janeiro 2010 l JORNAL ENTREPOSTO

COM TANTA ECONOMIA,

VOCÊ E O MEIO AMBIENTE

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JORNAL ENTREPOSTO l Janeiro 2010

Qualidade

B1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Técnico

B

Assessoria de Comunicação/Incaper

CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

A virose e a sobrevivência do maracujá paulista Pesquisa realizada pelo CQH mostra que a cultura do maracujá passa por transformações e as principais razões são as doenças que atacam a planta

Giselle Silva Costa Rodrigo De Vivo CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A virose e a sobrevivência O maracujazeiro é uma espécie trepadeira, originária da América tropical e pertencente à família Passifloraceae. Os maracujás mais comuns encontrados no mercado atacadista são conhecidos como azedo e doce. O volume de frutas comercializado na Ceagesp em 2008 foi de 1,6 milhões de toneladas, o maracujá ocupou o 13º lugar no comércio de frutas, com 2,4% do volume total (39 mil toneladas). O maracujá azedo representou 98% do maracu-

já com 38 mil toneladas e o maracujá doce 2% com mil toneladas. O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, com produção concentrada na região Nordeste, responsável por 68% da quantidade produzida em 2008 - 465.925 toneladas (IBGE). O estado da Bahia produziu 59% da produção do Nordeste com 275.445 toneladas e os municípios de Dom Basílio e Livramento foram responsáveis por 27 e 16% da produção da Bahia, com 75 mil e 45 mil toneladas, respectivamente. Os principais estados responsáveis pela entrada de maracujá azedo na Ceagesp de São Paulo em 2008 foram: Bahia (56%), São Paulo (20%),

Espírito Santo (12%) e Santa Catarina (6%). Eles garantam o abastecimento do maracujá ao longo do ano. A oferta baiana está concentrada nos meses de agosto, setembro e outubro, que acumulam 46% do volume anual. A oferta capixaba está concentrada nos meses de novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março, que acumulam 77% do volume anual. A oferta catarinense está concentrada nos meses de março, abril, maio e junho que acumulam 87% do volume anual. A oferta paulista está muito concentrada nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, que acumulam 70% do volume total.

28% de queda de 2004 para 2007 e crescimento de 50% da produção nordestina Formação

11 horas de exposição à luz solar para florescer, demora de 30 a 40 dias na formação do botão floral e de 60 a 75 dias da antese à colheita. diferentes regiões, a partir da década de 1970, restritas à região nordeste. Só foi detectada nas regiões de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Goiás e Paraná na década de 1980. As plantas viróticas têm longevidade menor, nanismo acentuado, clareamento das nervuras, rugosidade, má

formação da planta até embolhamento da folha e produtividade reduzida. O vírus provoca a diminuição do tamanho, defeitos graves de formato, endurecimento e espessamento do pericarpo e rachadura dos frutos. Os sinais aparentes da doença impedem a comercialização dos frutos atacados.

rília, em novembro do ano passado foram muito claros e firmes em suas afirmações:

• 1. Houve diminuição drástica da produção da região sudeste, com queda de 28% de 2004 para 2007 e crescimento de 50% da produção nordestina no mesmo período.

• 1. As medidas de controle visam à redução dos focos de virose. A eliminação é impossível.

• 2. O fruto com virose que chega a ser colhido é classificado como descarte e o seu preço é muito menor que o da melhor classificação e só é aceito nas épocas de grande escassez no mercado.

Diminuição

A cultura do maracujazeiro está passando por grandes transformações e as principais razões são as doenças que atacam o maracujazeiro. A principal doença do maracujazeiro é conhecida como endurecimento dos frutos (Passion Fruit woodiness vírus), virose que ataca plantas e frutos. Ela foi detectada em

Algumas considerações podem ajudar na discussão da atual situação:

Mudas

50 a 60cm é o tamanho das mudas que permite o plantio fora da época de maior ocorrência do pulgão.

• 3. Houve grande queda de longevidade da lavoura: a lavoura planejada para três colheitas é hoje uma lavoura anual, com apenas uma safra. O investimento no plantio e condução tem que ser pago na primeira safra. • 4. A mudança da época de plantio em São Paulo de março para agosto é necessária. A melhor época de plantio do maracujá paulista sempre foi março e abril, meses em que ainda chove, e a planta já apresenta um tamanho bom na época de fotoperíodo adequado para o florescimento do maracujá. A produção acontece numa época de preços muito bons, com pouca entrada da produção baiana. A antiga época de plantio de maracujá é a época da maior revoada do pulgão, o que exige a mudança do plantio para agosto e mudas mais desenvolvidas, para fugir da revoada do pulgão e ainda produzir na época de maiores preços. O maracujá precisa de mais de 11 horas de luz solar para florescer, demora de 30 a 40 dias na formação do botão floral e de 60 a 75 dias da antese à colheita. • 5. A muda deve ser sadia e grande. A muda tem sido o meio mais eficiente de disseminação da virose e de outras doenças e pragas. O caminho para uma muda sadia é a sua aquisição de um viveiro registrado na Secretaria da Agricultura telado com proteção contra afídeos, fiscalizado e que utilize sementes garantidamente sadias. A utilização de mudas grandes mais desenvolvidas, acondicionadas em sacos ou vasos grandes, acarreta maiores problemas radiculares, como pião torto e enovelamento, que impedem o bom desenvolvimento da planta e exigem maiores cuidados e custos no plantio e condução, como covas maiores e irrigação. Os técnicos presentes na reunião sobre virose do maracujazeiro realizada em Ma-

• 2. A utilização de mudas sadias, produzidas em viveiros protegidos e registrados na Secretaria da Agricultura, é o passo mais importante. A utilização de mudas grandes (com 50 a 60 cm de altura) permite o plantio fora da época de maior ocorrência do pulgão. • 3.O plantio deve fugir das épocas de maior revoada de pulgão, março e abril. •4. A eliminação das plantas doentes, na ocorrência dos primeiros sintomas, é prática obrigatória, pelo menos até o florescimento. • 5. As plantas devem ser imediatamente eliminadas após a última colheita. A planta só transmite virose enquanto está viva. Os restos de planta arrancados ou cortadas com virose não precisam ser retirados e queimados. • 6. Diferentes espécies de pulgões são responsáveis pela transmissão de viroses. O pulgão é atraído pela cor verde do maracujá, que dá uma picada de prova, transmite o vírus e segue em frente. O pulgão não se alimenta ou coloniza o maracujá, o que o torna um transmissor de virose mais eficiente pelo pouco tempo que permanece na planta. • 7. A população muito grande do inseto e a transmissão da virose por picada de prova tornam impossível o controle da virose pela eliminação do seu vetor, o pulgão. O controle químico do pulgão na lavoura do maracujá não é recomendado. • 8. A utilização de quebra vento para diminuir a entrada dos pulgões vetores da virose na área de produção é ineficaz, porque o pulgão voa em alturas superiores ao quebra vento e desce em bloco para a área de produção. O quebra vento é uma prática muito recomendada para evitar os ferimentos na planta, que permitem o desenvolvimento de microorganismos oportunistas que causam problemas como a bacteriose e a ocorrência de fricção entre os frutos e os galhos, que causa danos que cicatrizam e depreciam os frutos na comercialização.


B2

Janeiro 2010 l

Atacado

Produto Legumes Frutas

Local Verduras

Dias da semana

Horário

Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.

14h às 21h 8h às 18h

AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais Seg. a Sáb.

Local Pescados

MLP- Mercado Livre do Produtor Terça. a Sáb.

Local Diversos *

Praça (Peixe, sardinha e congelados) 9h às 20h

Seg. a Sáb.

Local Flores

Local Flores

Local

AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores Seg. e Quinta

10h às 18h

Terça e Sexta

6h às 11h

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana

Varejo

Produto Varejão

Local Varejão Noturno

Local Flores

Dias da semana

Horário

Sáb. e Dom.

7h às 13h

Quarta

17h às 22h

MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Portão 7 Seg. e Quinta

Local

10h às 18h

MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Resonsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848 Edição Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Estagiária Mariana G. Marques

Colaboradores Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita

Redação Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158

O produtor rural e a previdência social Anita de Souza Dias Gutierrez Claúdio Inforzato Fanale Ossir Gorenstein Ubiratan Martins CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O Centro de Qualidade em Horticultura desenvolveu, com a colaboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar, cartilhas destinadas ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais. A cartilha foi dividida em partes e no formato de perguntas e respostas. A primeira parte trata do ‘Produtor Rural e a Previdência Social’, a segunda do ‘Preenchimento da Nota Fiscal do Produtor’ e a terceira, que está sendo elaborada pelo Senar, de ‘As Obrigações Trabalhistas do Produtor Rural’. Cada novo capítulo será publicado nas próximas edições do Jornal Entreposto. Aqui você confere as primeiras perguntas e respostas da primeira parte, ‘O Produtor Rural e a Previdência Social’.

Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues Web Master Michelly Vasconcellos

diretoria@jornalentreposto.com.br jornalismo@jornalentreposto.com.br comercial@jornalentreposto.com.br Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.

www.jornalentreposto.com.br

O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam a melhoria desse serviço

É a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos. • 2a Como o Produtor Rural é diferenciado pela Previdência Social? A Previdência Social divide os produtores rurais em: a) Produtor Rural Pessoa Física - Segurado Especial; b) Produtor Rural Pessoa Físi-

rural (condição comprovada mediante contrato), o produtor, o pescador artesanal e seus assemelhados, que trabalhem exclusivamente em regime de economia familiar, sem empregados, podendo ter ajuda eventual de terceiros. São também enquadrados como segurados especiais: cônjuge, companheiro, companheira e filhos maiores de 16 anos de idade, que sejam membros do mesmo grupo familiar.

mento de contribuições?

• 4a O segurado especial também tem que se inscrever como contribuinte individual para obter os benefícios previdenciários?

• 8a Quem é o Produtor Rural Pessoa Física – Contribuinte Individual?

Não. Para o segurado especial, o desconto e recolhimento da contribuição sobre a comercialização já lhe garantem direito a benefícios previdenciários, bastando comprovar o efetivo exercício da atividade rural durante o número de meses exigidos como carência. O recolhimento da contribuição sobre a comercialização será discutido nos itens II.1.a. • 5a Quais são os membros da família que não integram o grupo familiar do segurado especial?

• 1a Quem é o Produtor Rural?

E-mails: Editoração Eletrônica / Artes Letícia D. Benetti

JORNAL ENTREPOSTO

Os filhos e as filhas casados, os genros e as noras, os sogros e as sogras, os tios e as tias, os sobrinhos e as sobrinhas, os primos e as primas, os netos e as netas e os afins.

ca – Contribuinte Individual; c) Produtor Rural Pessoa Jurídica – Empresa. Há outros contribuintes rurais, tais como: Consórcio Simplificado de Produtores Rurais, Cooperativas de Produtores Rurais e Agroindústrias.

• 6a Quando o produtor perde a condição de segurado especial?

• 3a Quem é o Produtor Rural Pessoa Física - Segurado Especial?

Quando, na exploração da atividade rural, utiliza empregados pagos a qualquer título; quando recebe salário a qualquer título por exercer outra atividade; quando recebe aposentadoria de qualquer regime de previdência federal, estadual ou municipal; quando aluga as suas terras para outras pessoas.

É o parceiro, o meeiro, o comodatário e o arrendatário

• 7a O segurado especial está dispensado do paga-

A responsabilidade pelo recolhimento da contribuição previdenciária do segurado especial é de quem compra a sua produção (adquirente, consumidor, consignatário ou cooperativa), salvo quando ele comercializa a sua produção diretamente no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial.

É aquele que, proprietário ou não, exerce atividade agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais, com o auxílio de empregados. Esta situação deve ser comprovada por meio de inscrição na Previdência Social, Guias da Previdência Social, comprovante do INCRA como empregador rural, livro de registro de empregados, declaração de imposto de renda ou outro documento que comprove este fato. • 9a Qual é o objetivo das Contribuições à Previdência Social? As contribuições à Previdência Social financiam os Benefícios Previdenciários e Assistenciais concedidos aos trabalhadores e demais segurados da Previdência Social. Entre eles estão: Auxílio-Doença, Auxílio-Reclusão, Aposentadoria por Idade, Aposentadoria por Invalidez, Pensão por Morte, Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Acidente do Trabalho. • 10a O que o empregador rural deve fazer para ter direito aos benefícios da Previdência Social (aposentadoria, auxílio doença etc.)? O empregador rural deve se inscrever junto ao INSS como contribuinte individual e recolher suas contribuições, à alíquota de 20% do valor do benefício, respeitando o piso e o teto previdenciário.


B3

JORNAL ENTREPOSTO l Janeiro 2010

Alho brasileiro é prejudicado com nova classificação 25% maior é o valor médio do alho brasileiro em relação ao alho chinês

Anita de Souza D.Gutierrez Claúdio Inforzato Fanale CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O estudo da evolução da Cotação Diária de Preços da Ceagesp, realizado pelo Centro de Qualidade em Horticultura de janeiro a outubro de 2009, mostrou que o alho brasileiro (Classe 6) apresenta um valor médio 25% maior que o do alho chinês (Classe 6 ou maior). A diferença de valor vai de 09 até 49% no período analisado e é maior que 30% em 26% das ocorrências. O alho brasileiro é mais valorizado que o chinês, pelo seu maior rendimento na condimentação e maior pungência.

A colocação no mesmo grupo do alho chinês e do alho brasileiro não retrata a realidade e prejudica a competitividade do alho brasileiro no mercado interno brasileiro.

O padrão de identidade e qualidade do alho do Ministério da Agricultura estabelece dois grupos: Branco e Roxo, caracterizados pela coloração da película do bulbilho. No mercado atacadista o alho brasileiro é considerado Roxo e o chinês Branco. O alho importado da China é caracterizado como ‘White’ na origem. Ele apresenta laivos roxos e variação de coloração no mesmo lote, com bulbos brancos e arroxeados. Estas características fizeram com que houvesse dúvidas na caracterização do Grupo na fiscalização da entrada do alho importado nos portos brasileiros. O Mapa determinou então que o alho importado da China com laivos roxos, seja ca-

racterizado como grupo Roxo, o mesmo do alho brasileiro. Hoje o importador brasileiro já exige do exportador chinês a caracterização do alho ‘White’ chinês como Roxo. O alho nacional e o alho chinês agora pertencem ao mesmo grupo. O padrão de identidade e qualidade (Normas de Classificação) deve ser um instrumento de caracterização do produto na comercialização, a linguagem de comunicação entre os agentes de produção e de comercialização e de garantia de um padrão mínimo de qualidade. A colocação no mesmo grupo do alho chinês e do alho brasileiro não retrata a realidade e prejudica a competitividade do alho brasileiro no mercado interno brasileiro.

A solução é mudar a interpretação do item 4.1 do padrão identidade e qualidade do alho para:

• Branco: película do bulbilho com predominância da coloração branca, podendo apresentar listras arroxeadas ou de outras colorações. • Roxo: película do bulbilho com predominância da coloração roxa em todos os bulbos.


B4

Janeiro 2010

l JORNAL ENTREPOSTO

AGRONEGÓCIO

Exportações do agronegócio caem, mas cresce participação do setor nas vendas totais Agência Brasil A balança comercial do agronegócio registrou em 2009 superávit de US$ 54,9 bilhões. O resultado é 8,5% inferior ao de 2008, quando se chegou ao recorde de US$ 60 bilhões. Com a retração dos preços no mercado internacional, o valor das exportações do setor caiu 9,8%, ficando em US$ 64,7 bilhões. As importações também diminuíram 16,9%, totalizando para US$ 9,8 bilhões. Apesar da queda, as exportações do agronegócio representaram 42,5% de tudo que o país produziu e embarcou para o exterior no ano passado. Em 2008, mesmo com superávit maior e mais exportações, a participação do setor foi menor, ficando em 36,3%. Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que apresentou os números no começo de janeiro, isso mostra que a tese defendida pelo governo no início da crise mundial estava correta. “Nós dizíamos, quando começou a crise, que o mundo estava comendo, ia continuar comendo e que a produção agrícola seria, possivelmente, o último item a ser afetado”, afirmou. Para assegurar a atividade, o ministro disse que o governo fez o maior incentivo já realizado para a comercialização de produtos agrícolas, gastando R$ 5,5 bilhões a fundo perdido. Sobre a queda no valor das exportações, Stephanes lembrou que, em 2008, antes da crise, houve uma bolha em relação aos preços das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional), que bateram recordes históricos. “A agricultura manteve o nível de exportação, mas não dá para comparar, porque tínhamos no período pré-crise todas as commodities em níveis elevados”. Expectativa para 2010 As perspectivas para este ano, no entanto, são de crescimento em valor. Isso porque os preços dos produtos agropecuários estão maiores do que os de 2007, antes do pico de 2008, e porque em dezembro de 2009 foi registrado o melhor resultado do mês desde 1989, quando começou a ser calculada a média histórica. Segundo Stephanes, esse pode ser um sinal de que os países estão voltando a aumentar o consumo de alimentos após a crise. Alguns produtos já se destacam. “Tem-se demonstrado uma boa tendência de aumento na exportação, principalmente de açúcar, carne e soja”, afirmou o ministro. Ele também acredita que o algodão e o etanol aumentarão as vendas para o exterior. Para o ministro, os estoques mundiais de alimentos estão muito baixos e, à medida que os países voltam a crescer, eles devem, por questão de segurança alimentar, recompor essas reservas, o que também beneficiaria países produtores como o Brasil.

Elza Fiuza/ABr

Nós dizíamos, quando começou a crise, que o mundo estava comendo, ia continuar comendo e que a produção agrícola seria, possivelmente, o último item a ser afetado.”

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, apresenta o resultado da balança comercial do agronegócio


JORNAL ENTREPOSTO l

B5

Janeiro 2010

Ganhos ambientais

EMBALAGENS

Além da contribuição para a perda de produtos as novas embalagens se diferenciam pela durabilidade e por inibirem a dissiminação de algumas doenças

Agricultura aprova normas para embalagem de frutas e hortaliças A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou no último dia 16 dezembro o Projeto de Lei 4769/09, do deputado Germano Bonow (DEM-RS), que disciplina as características das embalagens dos produtos hortícolas in natura - frutas e hortaliças que não passaram por nenhum tipo de processo industrial. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

De acordo com o texto aprovado, são os seguintes requisitos para as embalagens: • dimensões externas que permitam empilhamento, de preferência em palete (caixas), com medidas de 1 metro por 1,20 metro;

e não devem se constituir em veículos de contaminação; • devem estar de acordo com as disposições específicas referentes às boas práticas de fabricação, ao uso apropriado e às normas higiênico-sanitárias relativas a alimentos.

• devem ser mantidas íntegras e higienizadas;

Redução das perdas

• devem ser descartáveis ou retornáveis. As retornáveis devem ser resistentes ao manuseio a que se destinam e às operações de higienização

O relator, deputado Luiz Carlos Setim (DEM-PR), recomendou a aprovação por entender que a proposta “contribuirá para a redução

das perdas desses produtos, que giram em torno de 30% da produção”. Ele ressaltou ainda os ganhos ambientais, uma vez que as caixas de madeira têm baixa durabilidade, além de disseminarem doenças. “Países da Europa, da América do Norte e o Japão há muito já realizam trabalho para normatizar as embalagens de frutas e hortaliças, evitando perdas, melhorando o controle sanitário, oferecendo proteção ao produto, melhorando sua apresentação e, como consequência, incrementando suas vendas”, disse. Caixas plásticas Para o autor, o projeto servirá como um incentivo à substituição de caixas de madeira por caixas plásticas, que são de fácil higienização. Germano Bonow informa que essa substituição reduzirá custos, já que as caixas de plástico são reutilizáveis e possibilitam o manuseio mais adequado dos vegetais. O parlamentar lembra que as caixas de madeira têm baixa durabilidade (três meses, em média) e são meios de propagação de parasitas. “Substituindo-se as caixas de madeira por materiais reutilizáveis e higienizáveis, evitase também a demanda por produtos florestais”, disse Bonow. A intenção do projeto, segundo seu autor, é dar força de lei às disposições da Instrução Normativa Conjunta 9/2002 dos ministérios da Agricultura; da Saúde; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na avaliação do deputado, essa instrução normativa promoveu uma reorganização considerável no setor de abastecimento, com resultados positivos nas áreas ambiental, sanitária e até mesmo econômica. Rotulagem Segundo o projeto, as informações obrigatórias de marcação ou rotulagem, referentes às indicações quantitativas, qualitativas e a outras exigidas para o produto, devem estar de acordo com as legislações específicas estabelecidas pelos órgãos oficiais envolvidos. Além disso, o fabricante ou fornecedor da embalagem deverá estar identificado, com razão social, CNPJ e endereço. Será de inteira responsabilidade do fabricante informar as condições apropriadas de uso, como o peso máximo, o empilhamento suportável, as condições de manuseio e se é retornável ou descartável. O projeto estabelece que a fiscalização dessas regras caberá aos órgãos técnicos responsáveis nas áreas de agricultura, abastecimento e vigilância sanitária. A proposta concede prazo de dois anos, contados da data da publicação, para a lei entrar em vigência. Agência Câmara


B6

Janeiro 2010 l

JORNAL ENTREPOSTO

ECONOMIA

Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para janeiro Josmar Parine de Macedo

OPÇÕES DE COMPRA

Assistente Executivo da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp PRODUTO

EMBAL.

PESO(KG)

QUANTIDADES COMERCIALIZADAS: O entreposto terminal de São Paulo – ETSP encerrou o ano passado com elevação de 1,33% no volume de comercialização em relação a

2008. Em 2009 foram comercializados 3.155.054 toneladas de hortifrutícolas, flores e pescados ante 3.113.765 negociados em 2008, ou

seja: 41.289 toneladas de crescimento, atingindo novamente o melhor resultado dos últimos 20 anos, conforme gráfico abaixo:

NOVEMBRO PREÇO MÉDIO(R$)

DEZEMBRO PREÇO MÉDIO(R$)

TENDÊNCIA P/ MÊS JANEIRO

FRUTAS ABACATE GEADA

CX K

22,00

24,28

28,28

BAIXA

ABACAXI HAVAI

CENTO

180,00

162,84

185,12

ESTAVEL

AMEIXA RUBI MEL

KG

1,00

3,14

2,68

BAIXA

BANANA NANICA

KG

1,00

0,86

0,80

BAIXA

GOIABA BRANCA

CX T

2,00

3,85

4,42

ESTÁVEL

LICHIA

CX T

3,50

46,52

14,65

ESTAVEL

LIMÃO TAITI

CX M

25,00

36,66

22,59

BAIXA

MAMÃO FORMOSA

KG

1,00

1,86

1,38

BAIXA

MELANCIA

KG

1,00

0,80

0,69

BAIXA

MELÃO AMARELO

CX

13,00

16,01

17,18

ESTAVEL

PESSEGO CHIMARRITA

KG

1,00

3,50

1,97

BAIXA

PESSEGO ESTRANGEIRO

KG

1,00

4,18

3,55

BAIXA

LEGUMES ABÓBORA MORANGA

KG

1,00

0,66

0,66

ESTÁVEL

ABOBORA SECA

KG

1,00

1,10

1,09

BAIXA

BATATA DOCE ROSADA

CX K

22,00

12,92

14,06

ESTÁVEL

BERINJELA

CX K

12,00

10,89

10,48

ESTAVEL

MANDIOCA

CX K

23,00

10,21

11,59

ESTÁVEL

PEPINO CAIPIRA

CX K

23,00

9,20

15,39

ESTAVEL

PEPINO COMUM

CX K

23,00

8,19

13,11

ESTAVEL

TOMATE MADURO

KG

1,00

1,60

1,40

BAIXA

PIMENTAO VERDE

CX K

11,00

13,18

13,41

BAIXA

VERDURAS

Por setor de comercialização, os maiores crescimentos percentuais neste ano ocorreram, respectivamente, nos setores de legumes (2,6%), frutas (2,5%) e verduras (2,2%). Houve retração em pescados (-9,5%), flores (-7,8%) e diversos (-4,6%).

ACELGA

ENG

12,00

6,83

10,87

ESTAVEL

ALFACE CRESPA

ENG

7,00

6,15

10,93

ALTA

ALFACE LISA

ENG

8,00

7,95

12,06

ALTA

BROCOLIS NINJA

ENG

8,00

9,65

17,37

ESTAVEL

COUVE

DZMÇ

6,00

6,78

9,67

ESTÁVEL

MILHO VERDE

SC

20,00

5,90

5,67

BAIXA

REPOLHO LISO

ENG

25,00

8,08

9,45

ALTA

DIVERSOS ALHO CHINÊS

KG

1,00

5,54

5,55

ESTÁVEL

OVO BRANCO

CX

20,00

40,27

41,86

BAIXA

FLORES ANGÉLICA

PCT

3,00

7,18

7,91

BAIXA

BOCA DE LEÃO

0,66

5,00

6,11

BAIXA

COPO DE LEITE

DZ

0,36

4,09

5,78

BAIXA

CRISANTEMO POLARES

VS

2,50

2,38

2,81

DALIA

0,44

4,50

5,46

ESTÁVEL

ESTRELICIA

DZ

0,90

5,59

6,60

ALTA

GIRASSOL

PCT

2,60

4,47

5,68

BAIXA

VIOLETA

CX

14,65

16,64

ESTAVEL

ROSA

DZ

9,96

10,33

BAIXA

6,00 0,30

BAIXA

Tendência

PESCADOS

Em dezembro de 2009 o volume comercializado apresentou retração de –1,64% em relação a dezembro de 2008. Isso se deu em função das fortes e constantes chuvas que afetaram a produção de importantes produtos, principalmente nos setores de verduras, legumes e frutas.

Caso o volume das chuvas nas principais regiões produtoras não diminua em janeiro de 2010, a tendência é de queda ainda maior nos volumes ofertados – principalmente nas verduras – com consequente perda na qualidade dos produtos e aumento acentuado dos preços.

ABROTEA

KG

1,00

3,31

3,01

BAIXA

BONITO

KG

1,00

1,83

1,71

ESTÁVEL

CAÇÃO

KG

1,00

4,95

4,82

ESTÁVEL

CAVALINHA

KG

1,00

2,46

2,73

ESTÁVEL

PESCADA

KG

1,00

3,96

5,36

BAIXA

PESCADA GOETE

KG

1,00

1,73

1,94

BAIXA

PESCADA MARIA MOLE

KG

1,00

2,37

2,38

BAIXA

PRODUTOS COM QUANTIDADES OFERTADAS REDUZIDAS FRUTAS

LARANJA LIMA, LIMA DA PÉRSIA E MARACUJÁ AZEDO.

LEGUMES ABOBRINHA ITALIANA, ERVILHA TORTA, PEPINO JAPONES E VAGEM MACARRÃO. VERDURAS AGRIÃO, BROCOLOS, COENTRO, COUVE-FLOR, RABANETE E RÚCULA. DIVERSOS

COCO SECO, MILHO DE PIPOCA E CEBOLA.

PESCADOS

CAMARÃO ROSA, NAMORADO E ROBALO

FONTE: CEAGESP


B7

JORNAL ENTREPOSTO l Janeiro 2010

CÁ ENTRE NÓS

Manelão* Colunista

A hora do balanço Pastoral da Criança colabora com o projeto Nossa Turma há 2 anos

Todo começo de ano é quase inevitável fazer promessas e projeções para o período que se inicia. Mas também é um momento para reflexões e para fazer um balanço do ano que findou.Na semana do Natal, a Associação Nossa Turma ficou feliz com a visita dos amigos permissionários e da diretoria e dos voluntários do Rotary Clube Alto da Lapa. Os rotarianos se reuniram no Shopping Bourbon e fizeram o corpo a corpo da solidariedade em prol das crianças atendidas pela nossa entidade. Como a associação já estava em férias, foi dado um aviso na comunidade para que todas as crianças viessem receber seus presentes que consistiam em calçados, brinquedos e roupas. Parabéns aos clientes do Shopping Bourbon que atenderam ao apelo dos rotarianos! Neste clima de alegria nos sentimos honrados em receber na Nossa Turma o recém empossado presidente da

Ceagesp, senhor Maurício Maurici, que visitou a horta plantada pelas crianças e as instalações da Nossa Turma. Todos os funcionários e voluntários desejamos de coração que ele, no comando da Ceagesp, faça uma excelente administração. **** Todo último sábado do mês, na celebração da vida, as crianças de 0 a 5 anos são pesadas e medidas pela Pastoral da Criança, que há dois anos se reúne na quadra da escolinha Nossa Turma. No próximo dia 30 de janeiro, às 12h, será celebrada uma missa pela memória da doutora Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança e do Idoso, morta durante o terremoto que devastou o Haiti. Venha participar desse ato de fé e prestar uma homenagem a quem dedicou a vida a cuidar do próximo.

Exportações de dezembro batem recorde em 2009 Os resultados da balança comercial do agronegócio em dezembro de 2009 foram os melhores da série histórica nesse mês. As exportações do agronegócio totalizaram US$ 4,981 bilhões, o que representou crescimento de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações foram 13,2% superiores em relação a 2008, alcançando valor de US$ 1,005 bilhão. A balança comercial do agronegócio registrou um superávit de US$ 3,975 bilhões. O setor de carnes liderou as vendas externas do agronegócio no último mês, com exportações de US$ 1,072 bilhão, o que significou aumento de 22,8%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. É o segundo mês consecutivo em que as exportações de carnes apresentam variação positiva no ano de 2009. Esse desempenho positivo deve-se ao forte incremento da quantidade exportada de carnes in natura bovina, suína e de frango. No caso da carne de frango in natura, houve crescimento de 28,5% no valor exportado, determinado por aumento de 19,4% na quantidade exportada, com preços 7,6% superiores. As exportações de carne suína in natura apresentaram incremento de 34,2% na quantidade embarcada, com preços 9,4% inferiores, o que resultou em aumento de 21,6% no valor exportado. As exportações de carne bovina in natura apresentaram crescimento de 26,8% na quantidade embarcada, com preços 4,3% superiores, o que resultou em aumento do valor exportado de 32,2%. A balança comercial do agronegócio brasileiro, em 2009, apresentou bons resultados, levando em consideração a crise financeira mundial. As exportações de produtos agropecuários em volume, praticamente, se mantiveram estáveis, na comparação com as vendas internacionais recordes de 2008, com queda de apenas 0,4%. Com a retração dos preços, o valor das exportações reduziu 9,8%, em relação ao ano anterior, alcançando a cifra de US$ 64,7 bilhões. As importações de produtos agropecuários diminuíram 16,9%,

caindo de US$ 11,8 bilhões, em 2008, para US$ 9,8 bilhões, no ano passado. O superávit da balança comercial do agronegócio ficou em US$ 54, 9 bilhões. A diminuição das exportações agropecuárias foi menor que a

dos demais produtos exportados pelo Brasil, que apresentaram queda de 30%, com isso, a participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras aumentou de 36,3% em 2008 para 42,5% em 2009.


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Orgânicos

JORNAL ENTREPOSTO

A expansão desse mercado despertou a atenção das autoridades federais há mais de uma década, e desde então tem havido esforços para o desenvolvimento mais acelerado do setor.

Para ganhar mercado, é preciso derrubar mitos como o do preço mais alto A engenheira agrônoma Lúcia Helena Almeida, da Abio (Associação de Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro) – uma das instituições certificadoras de produtos orgânicos mais antigas do país e com atuação em vários estados –, afirma que não existe tradição de organização entre os agricultores fluminenses e que, por isso eles acabam nas mãos de intermediários, o que encarece a produção. “Mas nem sempre o intermediário é o vilão; muitas vezes é o parceiro que embala e transporta o produto, e até criando sua embalagem – o que o produtor não faz”, ressalva. Parcela crescente da produção orgânica chega às prateleiras de supermercados graças a um esforço empresarial de sucesso, mas também se presta à manutenção do mito “produto orgânico é caro”. Praticamente todas as pessoas ouvidas pela reportagem da Agência Brasil disseram que é um mito que interessa ao comércio convencional para aumentar o preço de uma mercadoria que não custa necessariamente mais para ele. “Os produtos orgânicos enfrentam também um problema sério de logística, da saída do produtor até a chegada ao mercado. Como não têm aditivos, agrotóxicos, conservantes e, no caso dos animais, hormônios, não têm nem aquela aparência artificial, nem a resistência, também artificial”, explica o porta-voz da Feira da Glória, Renato Martelleto. A realidade da produção orgânica do estado do Rio de Janeiro é frágil como a de outros mercados, com exceção de centros mais organizados, como o Paraná. Ainda assim, incentivados pelas instâncias governamentais e instituições privadas, produtores orgânicos buscam uma relação econômica mais adulta e madura. Afinal, segundo estimativas da Fundação Agricultura e Ecologia da Alemanha, o mercado brasileiro movimenta em torno de US$ 200 milhões por ano com orgânicos, também responsáveis pelo ingresso de US$ 30 milhões anuais em exportações. A expansão desse mercado despertou a atenção das autoridades federais há mais de uma década, e desde então tem havido esforços para o desenvolvimento mais acelerado do setor. Historicamente, a produção de orgânicos no Brasil está concentrada em pequenas propriedades no cinturão verde dos centros de consumo, muitas, de uns tempos para cá, rotuladas como de agricultura familiar, o que facilita o acesso a linhas de créditos e benefícios próprios. Verduras, legumes, carnes e demais orgânicos produzidos em tais propriedade são comercializados em feiras nas imediações, a preços competitivos com os dos pro-

dutos convencionais disponíveis no comércio formal da região, sobretudo hortaliças rapidamente perecíveis. Essa realidade é determinante para a derrubada do mito sustentado tacitamente pelo comércio convencional. “Não somos um nicho de mercado e, por isso, vamos lutar pela universalização do consumo de orgânicos”, afirma o chefe da Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. Ele faz questão de desfazer o caráter artesanal que a maior parte do público consumidor atribui aos orgânicos: “Agricultura orgânica é muito mais tecnológica do que a convencional.” Para o leigo, que pode achar estranha ou curiosa a afirmação, o agrônomo lembra que a agricultura convencional emprega agrotóxicos, conservantes, estabilizantes e outras substâncias químicas de baixo custo relativo, enquanto a orgânica requer busca incessante de tecnologias naturais alternativas para livrar seus produtos das pragas, doenças e outros prejuízos. Segundo Hélder Carvalho, representante de vinhos, azeites e vinagres orgânicos em feiras cariocas, para prevenir e combater insetos que atacam as plantações,os agricultores recorrem a gansos e galinhas d’angola, que se alimentam deles. Ele ressalta que as galinhas d’angola “comem [os insetos] mas não ciscam e, por isso, não desenterram as sementes e plantas das covas”. “Outros cuidados bem característicos do cultivo de orgânicos são os saquinhos de papel envolvendo as frutas ainda no pé”, acrescenta, citando goiabas e figos como frutas protegidas de pássaros e morcegos. “Isso pode encarecer os produtos, em comparação com os convencionais, mas não chega a ser uma diferença alarmante. Quem procura qualidade e sabor natural, prefere o produto orgânico. Até o café orgânico tem outro gosto.” Na questão do paladar, uma das maiores defensoras dos produtos orgânicos é Maria Beatriz Dal Ponte, gerente do Centro de Gastronomia do Serviço Nacional da Aprendizagem Comercial (Senac) do Rio de Janeiro. Formada em letras e pós-graduada em administração, ela começou a se interessar pelos orgânicos há nove anos, tendo criado os três filhos com a produção da chácara familiar, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. “As pessoas se equivocam na leitura da realidade. É preciso respeitar o ciclo da natureza. A produção e o consumo de orgânicos são o resgate de uma prática antiga da história da humanidade. E hoje os orgânicos são usados pelos chefs no mundo inteiro, o que mostra a tendência de ver a questão como de saúde, e não como coisa de alguma

“Os produtos orgânicos enfrentam também um problema sério de logística, da saída do produtor até a chegada ao mercado.”

US$ 30 milhões anuais é a participação dos orgânicos em exportações

US$ 200 milhões anuais é o movimento de orgânicos no mercado brasileiro

seita”, enfatiza Beatriz. Ela destaca ainda o mito da difícil aceitação, com a autoridade de quem abriu uma escola de gastronomia no Sul com a chancela do Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros. Psicóloga e educadora, Míriam Langenbach, pratica desde 2001, no Rio de Janeiro e em algumas cidades vizinhas, o associativismo para a compra de produtos orgânicos. Na rede ecológica dirigida em colegiado por cerca de 30 pessoas, há 200 consumidores inscritos para receber em seu bairro produtos encomendados semanal ou quinzenalmente, dependendo do tamanho do grupo. “É uma maneira prática e

fácil de manter a alimentação sem precisar pesquisar e procurar aqui e ali. Nós fazemos as compras e entregamos em espaços públicos nos bairros, em dia e hora combinados. Pode ser por semana, ou por quinzena. Atendemos de Santa Teresa [bairro da capital fluminense] a Seropédica e Niterói [municípios do estado do Rio] ”, disse Míriam, que mantém na rede um nível básico de profissionalismo para encomendas, entregas e administração financeira. “Na base do voluntariado só, não dá.” Em outra vertente, Fábio Seixas Guimarães também defende a produção orgânica e mais ainda: o aproveitamento integral dos alimentos. Na

organização não governamental (ONG) Comendo de Tudo... um Pouco, ele propõe receitas que incluem cascas de ovos e de banana, talos de couve, folhas de couve-flor e de brócolis e outras habitualmente desprezadas pela culinária convencional. “É preciso fazer a junção do orgânico com o aproveitamento integral. Afinal, não podemos defender o uso culinário da casca de banana cultivada com agrotóxico, não é mesmo?”, pergunta Fábio, cuja ONG distribui kits sobre aproveitamento integral em escolas, associações, clubes e outros lugares do Rio. Agência Brasil


JORNAL ENTREPOSTO l

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Ceasas Brasil O estudo mostra o comportamento médio de todos os produtos de cada setor. Existe grande diferença de comportamento

COMERCIALIZAÇÃO

Qual é o dia de maior movimento na Ceagesp?

entre produtos do mesmo setor. Os produtos preferenciais para a montagem do Centro Logístico de Caixas, citros, tomate e banana,

C1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Notícias

terão os seus dados de entrada destrinchados e apresentados aqui.

Participação % de cada dia da semana no volume de entrada de cada setor

Número médio de entradas por dia da semana por setor Anita de Souza Dias Gutierrez Claúdio Inforzato Fanale CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Uma via de cada nota fiscal que entra na Ceagesp é encaminhada para a Sedes (Seção de Economia e Desenvolvimento) da companhia e seus dados contribuem para enriquecer o Sistema de Informações e Estatística de Mercado (Siem). É possível saber a cada dia, o número de entradas por produto, o seu volume, município de origem e para quem é destinado. Os dados organizados por dia da semana, semana do mês, semana do ano, mês, ano, origem e destino permitem uma melhor compreensão do sistema atual e um investimento mais seguro no futuro. Os volumes do Entreposto Terminal de

São Paulo sempre impressionam. No ano passado foram comercializadas 1.621 mil toneladas de frutas, 780 de legumes, 363 de diversos, 225 de verduras, 52 de flores e plantas ornamentais e 54 mil toneladas de pescados. Os dias de maior movimento para as frutas, legumes e diversos são segunda-feira, seguida pela sexta e quarta. Nas verduras, o maior dia de entrada é a sexta-feira e a diferença de entrada entre os dias da semana é menor que a dos outros produtos e o movimento no sábado é grande. Já o movimento das flores na segunda e quinta é metade do movimento da terça e sexta.

O pescado é muito concentrado na terça de madrugada com

33%

do volume semanal

Os gráficos abaixo mostram a distribuição % de entrada por dia da semana.

Participação % de cada dia da semana no volume de entrada de cada setor

Participação % de cada dia da semana no volume de entrada das verduras e flores que ocupam o mesmo espaço, em horários diferentes

O número de entradas mostra a pulverização dos fornecedores de cada setor. Como já foi dito, cada entrada de cada produto para cada atacadista tem um registro no Siem. Por semana, são registradas em média 7.718 entradas de frutas, 6.222 entradas de legumes, 7.848 entradas de verduras, 4.231 entradas

Cada entrada de cada produto para cada atacadista tem um registro no Siem.

de flores e 746 entradas de pescado. O cálculo do volume por entrada para cada setor e dia da semana mostra bem a diferença de pulverização entre os setores. O maior volume por entrada está nos Diversos, o que mostra fornecedores grandes e a maior pulverização de entrada nas verduras.

C

Volume médio, em toneladas, por entrada em cada setor


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Balanço de comercialização na CeasaMinas

ENTREPOSTOS

O valor comercializado no entreposto de Contagem da CeasaMinas cresceu 2% em 2009, no comparativo com o ano anterior. Hortigranjeiros, cereais e produtos industrializados somaram R$ 3,47 bilhões. A oferta de mercadorias alcançou 2,35 milhões de toneladas, valor 1,3% inferior a 2008. Já o grupo de hortigranjeiros, que responde por 60% do volume negociado na CeasaMinas, ficou praticamente estável, com alta de 7% no preço médio.

Novo entreposto capixaba deve ficar pronto ainda no primeiro semestre Desenvolvida com o objetivo de complementar a rede física do Sistema Ceasa/ES, a Unidade Regional Norte, em São Mateus, já está com 65% das obras concluídas. A sede tem uma área total de 40.834,00 metros quadrados e conta com investimentos da ordem de R$ 2.506.289,67. Para o secretário da Agricultura do estado, Enio Bergoli, essa será uma unidade fundamental para o abastecimento e a comercialização de hortigranjeiros do Espírito Santo. “O entreposto Ceasa Norte vem para complementar o Sistema Estadual de Mercados Atacadistas, vai aproximar o agricultor e o consumidor, regularizar a oferta e trazer segurança para os produtores. Além disso, vai descentralizar os serviços, beneficiando a rede varejista aos principais mercados do Norte do Espírito Santo, Leste de Minas Gerais e Sul da Bahia”, afirmou o secretário. De acordo com o engenheiro da Seag, Marcos Martinelli,

a previsão de inauguração é no primeiro semestre deste ano. “Estamos com 65% das obras concluídas e dentro do cronograma de execução, mas sempre aparecem algumas pendências que podem acarretar atrasos. Porém trabalhamos com o prazo de entrega no primeiro semestre de 2010”, afirmou o engenheiro, que é responsável pela fiscalização da obra da unidade. De acordo com o órgão, dentro de alguns meses será discutida a forma de gestão do Entreposto Ceasa Norte, que poderá ser por meio de consórcio, como o da Ceasa Noroeste, ou compartilhada. A Ceasa Norte vai complementar a rede física do Sistema Ceasa/ES de mercados atacadistas destinados à comercialização de produtos hortigranjeiros do Estado, composta pelo Entreposto Central, localizada em Cariacica, e as unidades Sul, em Cachoeiro de Itapemirim, e Noroeste, em Colatina. O objetivo principal é a descentralização dos servi-

ços oferecidos aos agentes da cadeia produtiva, especialmente os produtores rurais, atacadistas e prestadores de serviços. O sistema integrado de mercados atacadistas e sua distribuição espacial são fundamentais para o fortalecimento dos polos produtivos das regiões do Espírito Santo.

Anuário Entreposto terá mais conteúdo

Nova edição do guia de atacadistas e produtores dos entrepostos paulistas chega em junho ao mercado

Estimativas A região de abrangência da Ceasa Norte compreende aproximadamente 400 mil habitantes, e a projeção de comercialização no Entreposto é de seis mil toneladas/mês e uma estimativa de movimentação financeira de R$ 7,2 milhões/mês. Com a implantação do mercado, parte da movimentação comercial para o Sul da Bahia (aproximadamente oito mil toneladas/mês) deverá ser realizada no entreposto, resultando em economia para os operadores, redução de perdas nos produtos e fortalecimento do mercado regional.

O JE já está atualizando os dados contidos no Anuário Entreposto 2010. A nova edição do guia de atacadistas e produtores das centrais de abastecimento do estado de São Paulo apresentará ao leitor mais conteúdo e informações relativas ao mercado de frutas, legumes, verduras, flores e pescados. “As novidades ainda são segredo, mas, com certeza, serão muito úteis para os segmentos compradores, entre os quais supermercados, restaurantes, hotéis, bufês e cozinhas industriais”, salienta o economista e técnico abastecimento Neno Silveira.

www.anuarioentreposto.com.br

“Por isso, é muito importante para o permissionário manter seu cadastro atualizado, principalmente porque o setor de FLV vem crescendo muito nos últimos anos”, lembra. “A constante busca por alimentação saudável é uma realidade já consolidada no país e, portanto, é necessário um amadurecimento estratégico das empresas atacadistas em relação a este movimento cultural de consumo”, avalia. Os permissionários em destaque também estarão listados na opção de compras e busca do portal do anuário na Internet (www.anuárioentreposto.com.br) “O novo mapeamento será o maior já realizado, o que deve aumentar o conteúdo em 20%”, informa Silveira.

A distribuição do anuário será feita em conjunto com a Revista Super Varejo, da Apas (Associação Paulista de Supermercados) e via mala direta especial do Jornal Entreposto. Também haverá distribuição personalizada em restaurantes e hotéis da Grande São Paulo. “Dessa forma, estamos consolidando o maior mecanismo de busca de produtos ofertados nos entrepostos paulistas”, afirma. Os interessados em atualizar seus dados podem entrar em contato com a equipe comercial do Anuário Entreposto através do telefone: (11) 3831-4875.


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Turismo

Mariana Gonçalves Marques “Dedico este texto ao meu querido avô Januário Sanches, que me apresentou a cidade e que com momentos maravilhosos fez de Ubatuba um lugar querido em meu coração”.

Verão dourado em Ubatuba A 248 quilômetros de São Paulo, está localizada a cidade de Ubatuba, no litoral Norte paulista. São 80 praias espalhadas por 90 quilômetros de costa, as atrações surgem em forma de enseadas e baías de águas verdes e azuis emolduradas quase sempre pela densa vegetação da Serra do Mar. Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região. Eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios do planalto, até a chegada dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios, com o intuito de colonização. O povoado conseguiu sua emancipação político-administrativa e foi elevado à categoria de Vila em 28 de outubro de 1637, com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. A Vila passa à categoria de cidade em 1855. Novas ruas são abertas, o urbanismo, no sentido moderno, alcança o município. Inúmeras fazendas se instalaram ao longo da costa, a maioria hoje lembrada apenas pela presença de ruínas, ou pelo nome dado às praias como Lagoinha, Maranduba, Ubatumirim e Picinguaba. Aos poucos, Ubatuba começa a desenvolver a sua vocação turística, recebendo um impulso decisivo nesse setor com a construção da rodovia BR-101 (Rio - Santos), em 1972. O turismo é a maior fonte de renda do município. Atualmente, é desenvolvido o turismo ecológico-amnbiental, de aventura e cultural, pois Ubatuba possui um vasto patrimônio natural e históricocultural: fauna e flora da Mata Atlântica, mais de 80 praias - entre continente e ilhas - , cachoeiras, ruínas de antigas fazendas (entre as primeiras do Brasil), antigas construções no centro do município, sua história e sua cultura popular, além do patrimônio humano: caiçaras quilombolas e índios guaranis.

Vista das praias de Itamambuca e Felix

Pontos Turísticos Praia Picinguaba Pitoresca e antiga aldeia de pescadores, a praia mantém uma atmosfera bucólica que evoca outras eras. Ideal para que procura lugares exóticos, ainda tem a Fazenda Picinguaba, santuário ecológico de extrema importância o Patrimônio Nacional. Fica a 40 km do centro.

Barra da Lagoa Um local maravilhoso para se conhecer em Ubatuba é a praia da Barra da Lagoa. Localizada no extremo sul do município, seu acesso por terra é difícil, porém gratificante. Pode-se chegar a esse paraíso pela trilha que sai da Caçandoca, Caçandoquinha, Saco das Bananas ou pelo lado sul, via praia da Tabatinga. No local, ruínas de um antigo esconderijo dos traficantes de escravos ainda resistem ao tempo, porém essas ruínas ficam dentro de uma propriedade particular, devendo-se obter permissão do proprietário para visitá-las. Em seu canto esquerdo, uma lagoa de águas calmas e límpidas é a razão do nome desta praia.

TUDO NO SITE Veja o conteúdo completo desta matéria com mais sugestão de passeios na sessão de Turismo do Jornal Entreposto

Caçandoca Quem procura uma praia retirada, tranquila e com uma deslumbrante vista para a Baía do Mar Virado, deve conhecer a praia da Caçandoca. Situada no extremo sul de Ubatuba, faz parte de uma antiga fazenda onde os principais recursos eram a pesca e a lavoura. Ainda hoje, vacas e cabras pastam por sua orla, tornando o local, no mínimo, pitoresco. Vizinha a ela, fica a praia da Caçandoquinha, uma prainha menor e muito procurada pelos adeptos do mergulho e pescadores.

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Praia Dura Uma curiosidade dessa praia é que ela tem uma extensa faixa de areia que adentra suavemente o mar. Quer dizer, precisa-se caminhar muito para ter a água pela cintura pelo menos. Outra particularidade é que essa areia é monazítica, tornando a praia muito procurada por pessoas que necessitam de tratamento com essa areia de baixa radioatividade. Em seu canto esquerdo desemboca o rio Escuro, um rio navegável com uma complexa biodiversidade de mangue. Em direção a Serra do Mar, uma linda vista do Pico do Corcovado, o mais alto mirante de Ubatuba. Existe uma trilha até o pico com duração de 8 horas. Convém contratar guias locais para não se perder na mata.

Lázaro A 15 quilômetros do centro de Ubatuba, de fácil acesso, sendo um asfaltado e os demais por ruas estreitas, o Lázaro é uma praia de areias brancas e finas, cheia de gente bonita, mar calmo e cristalino.

Sununga Com acesso pela praia do Lázaro, é cercada de lendas e histórias, e possui característica própria: areia grossa e mar quase sempre revolto. No local, a famosa Gruta que Chora, onde segundo a lenda, escorre as lágrimas das virgens sacrificadas para saciar a fúria de uma enorme serpente que habitava dentro da gruta. Diz a lenda que um padre benzeu a porta da gruta, expulsando a serpente para o mar, que desde então ficou revolto.

Saco da Ribeira Ponto de partida para os passeios de escuna para a Ilha Anchieta, o local exala um clima totalmente náutico. Pescadores, velejadores e iatistas se misturam numa convivência harmoniosa e pacífica. Lojas especializadas em artigos náuticos oferecem os mais variados produtos e serviços aos navegantes.

Muito procurada pelos surfistas mais experientes, oferece ondas regulares no canto esquerdo provenientes do mar alto. Em seu canto direito encontra-se uma piscina natural de água marinha, tranquila e ideal para crianças. O acesso e estacionamento São fáceis embora a entrada não esteja sinalizada. Localizada a 15 km do centro.

Ilha Anchieta Famosa pelas ruínas do histórico presídio, é também excelente local para pesca e caça submarina. Saída para visitação de barco a partir das Itaguá, Saco da Ribeira e Enseada.

Aquário O Aquário de Ubatuba oferece a seus visitantes a oportunidade de conhecer de perto um pouco do complexo mundo marinho, tendo entre seus atrativos 12 tanques de água salgada (entre eles o maior tanque marinho do Brasil, com 80 mil litros), com representantes da fauna local e de outros oceanos. Está localizado na rua Guarani, 859, no Itaguá..

Bonete Acesso por barco ou trilha (canto esquerdo da Lagoinha), a praia do Bonete é o que se pode dizer de praia selvagem. Não há construções em toda sua orla, apenas um ranchinho de pau-a-pique denuncia que ali o tempo parou há décadas. Passagem para quem vai para a Praia Grande do Bonete, um reduto caiçara onde os moradores vivem basicamente da pesca e do artesanato. Outra atração no percurso é a Prainha do Perez, onde a sensação fica por conta do badalado Maier’s Mar Virado. Suas águas sempre límpidas são o refúgio de artistas que alí aportam com suas lanchas off-shore e iates a procura deste paraíso.

Félix

Projeto Tamar – Ibama Perequê Mirim Vizinha da tão tradicional Enseada, a praia do Perequê Mirim é uma baía de águas sempre calmas, com uma pequena faixa de areia 800 metros de extensão, muito recomendada para crianças e famílias. De seu canto esquerdo sai uma trilha que leva até a praia da Santa Rita, de onde se pode observar quase toda baía do Saco da Ribeira. Deste ponto também sai outra trilha para a praia da Enseada, com seus hotéis e restaurantes tão tradicionais de Ubatuba.

Toninhas A praia das Toninhas em conjunto com as praias Grande e Maranduba formam o que há de melhor em Ubatuba em matéria de badalação. Vários hotéis de alta categoria se localizam nesta praia de extrema beleza. Em seu canto direito, no verão, chega a ser difícil encontrar um pedacinho de areia para se esticar. Vários quiosques a beira-mar completam o cenário de extrema beleza e exuberância desta praia.

Ruínas do presídio de Anchieta

Foi criado em 1980 para proteger da extinção as cinco espécies de tartarugas que utilizam o litoral brasileiro para se alimentar e se reproduzir.Desde 1991, o Tamar vem desenvolvendo o programa de proteção das espécies em áreas de alimentação, com atividades voltadas à educação ambiental, pesquisa científica e ações sociais e comunitárias envolvendo os moradores locais. Rua Antonio Athanásio, 273 - Bairro do Itaguá. Cachoeira dos Macacos O ribeirão é limpo e suas águas cristalinas mostram pequenos animais como lambarí, pitú etc. Alguns banhistas mais aventureiros mergulham de uma árvore que fica acima de um poço. Localizada na Rodovia Oswaldo Cruz, no bairro do Horto Florestal. No Horto Florestal, a 7 km do Centro, na rodovia SP-125, que liga Ubatuba a Taubaté, há um acesso à esquerda antes da Estação Experimental.. Ela é conhecida também como Poço Verde pelos moradores.

Cachoeira da Escada Uma das maiores cachoeiras de Ubatuba, com formato de uma gigantesca escada, formando várias quedas d’água. Localizada a beira da Rodovia Rio-Santos, á 46 km da cidade. Fica no km 1 da Rio-Santos (BR-101) perto de Paraty. É uma das melhores do município e tem formação semelhante a uma grande escada. Bom motivo para se conhecer a parte norte de Ubatuba, considerada uma das mais lindas paisagens do Brasil.

Cachoeira do Promirim São várias quedas d’água, uma delas forma um escorregador natural que termina em um dos lagos, em seguida uma grande queda termina formando o maior de todos os lagos. Está localizada no km 30 da Rodovia Rio-Santos

Mais informações: Centro de Informações Turísticas de Ubatuba: Tel.: (12) 3833-7300 www.explorevale.com.br/cidades/ubatuba/historia.htm www.brasilcontact.com/destinies/saoPaulo/br_ubatuba.html www.conhecaubatuba.com.br/ubatuba/index.asp?e=15


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