Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
São Paulo, março de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 118 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste
Ceagesp
O produtor rural e a Previdência Social
define planejamento estratégico
Nesta edição mais perguntas e respostas para facilitar a vida de empresas e empregados
Em entrevista ao JE, o presidente da companhia, Mário Maurici, falou sobre as principais diretrizes do plano de gestão da estatal para o biênio 2010/2011
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Coringa, presidente do Sincaesp, vê no sigilo de informações seu principal diferencial em relação à empresa contratada para assessorar os permissionários sobre a NF-e
Pág. B8
NF-e agora é obrigatória Prevista para entrar em vigor no próximo dia 1º de abril, a emissão da nota fiscal eletrônica será obrigatória para todos os permissionários
Vendas de pescado sobem 150% na Páscoa
O novo documento eletrônico substitui a nota fiscal modelos 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que esses documentos possam ser utilizados. Isso inclui, por exemplo, a nota fiscal de entrada, operações de importação e exportação, operações interestaduais ou ainda operações de simples remessa. Para o Ministério da Fazenda, a NF-e proporciona benefícios para todos os envolvidos numa transação comercial, entre eles a redução de tempo de parada de caminhões em postos de fiscalização. Outro benefício citado é a possibilidade de facilitar o planejamento logístico para recepção de mercadorias.
Semana que antecede a data cristã eleva demanda na Ceagesp
Pág. A2
Registro de agrotóxicos para pequenas culturas
No período de uma das mais importantes datas do cristianismo, os produtos mais procurados no ETSP são bacalhau, camarão, salmão e pescadas. Para alavancar o comércio de pescados no mercado paulistano, a companhia promove a 5ª Santa Feira do Peixe, que, este ano, acontece de 30 de março a 1º de abril. Entretanto, o aumento do consumo de peixe na época da Quaresma, que vai do carnaval até a Semana Santa, deve ser precedido de alguns cuidados para se evitar a compra de alimentos que não estejam nas condições ideais de qualidade.
Em artigo técnico, agrônomo da Ceagesp analisa a publicação da esperada instrução normativa que estabelece diretrizes e exigências para o registro de agrotóxicos para culturas com suporte fitossanitário insuficiente, as chamadas minor crops.
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Ministro da Pesca comenta números do setor Altemir Gregolin fala dos números da atual produção brasileira de pescados e das expectativas para aumentar a produtividade. A criação da Rede da Aquicultura das Américas, órgão que reúne 38 países, também está na pauta do Ministério.
Págs. A4 e A5
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TURISMO
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Março 2010 l
JORNAL ENTREPOSTO
Nota Fiscal Paulista Segundo a Secretaria da Fazenda de São Paulo, consumidores que resgataram créditos ou ganharam prêmios no programa Nota Fiscal Paulista não terão que pagar imposto de renda sobre os valores recebidos. No entanto, é recomendado que o contribuinte informe à Receita Federal o valor recebido, sob risco de cair na malha fina.
Nota Fiscal Eletrônica: agora todos os permissionários terão que emitir A obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal eletrônica (NF-e) para os atacadistas de frutas e hortaliças frescas, definida inicialmente como setembro do ano passado, foi prorrogada para o dia 1o de abril. Agora todos os permissionários terão que emitir o documento eletrônico a partir do próximo mês. Para orientar os permissionários que atuam no entreposto paulistano da Ceagesp, o Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo) promoveu palestras com profissionais da empresa contratada pelo sindicato para prestar serviços relativos à emissão da nota fiscal eletrônica aos comerciantes da Ceagesp. De acordo com o presidente da entidade, José Robson Coringa, a empresa firmará um contrato com cada permissionário e instalará pontos de atendimento espalhados pela Ceagesp com pessoal para atendimento e emissão dos documentos fiscais eletrônicos. No mezanino do Mercado Livre do Produtor também haverá um posto de atendimento. Além dos atendentes e dos emissores, a empresa disponibilizará também consultores contábeis para esclarecer as dúvidas dos permissionários. “Uma de nossas grandes preocupações foi a questão do sigilo com relação às informações sobre os permissionários”, disse Coringa.
A NF-e substitui a nota fiscal modelos 1 e 1-A em todas as hipóteses previstas na legislação em que esses documentos possam ser utilizados. Isso inclui, por exemplo, a nota fiscal de entrada, operações de importação e exportação, operações interestaduais ou ainda operações de simples remessa. “Vale ressaltar que não substitui os outros modelos de documentos fiscais como a nota fiscal a consumidor (modelo 2) ou o cupom fiscal”, advertiu o gerente de entrepostos da Ceagesp, Vinícius Petrônio Ferraz Vieira. De acordo com ele, a nota fiscal eletrônica proporciona benefícios a todos os envolvidos numa transação comercial. Entre eles, a redução de custos de impressão do documento fiscal, já que o modelo da NF-e contempla a impressão de documento em papel que tem como função acompanhar o trânsito das mercadorias ou facilitar a consulta da respectiva NF-e na internet e a redução de tempo de parada de caminhões em postos de fiscalização; redução de custos de mão-de-obra para efetuar digitação de notas fiscais; planejamento de logística de recepção de mercadorias. “Pelo conhecimento antecipado da informação da NF-e, a previsibilidade das mercadorias a caminho permitirá prévia conferência da nota fiscal com o pedido, quantidade e preço, permitindo o uso racional de docas e áreas de estacionamento para caminhões” ressaltou Vieira.
“
Uma de nossas grandes preocupações foi a questão do sigilo com relação às informações sobre os permissionários”, disse Coringa.
De acordo com ele, existe “grande possibilidade” de fiscalizações na Ceagesp, não só de fiscais da Fazenda, como também da Polícia Civil, que poderá exigir a nota fiscal das mercadorias.
Sim. O fato de uma empresa estar enquadrada no Simples Nacional não a exclui da obrigatoriedade de emitir a NF-e, se ela praticar uma das atividades que tornem compulsória a adoção deste tipo de documento fiscal. Da mesma forma, as empresas enquadradas no Simples Nacional que não estiverem obrigadas poderão, voluntariamente, aderir à emissão de NF-e.
É correto afirmar que, como a Secretaria da Fazenda já recebe a NF-e, a empresa emitente não mais precisa guardar a NF-e?
Há previsão da emissão de Nota Fiscal Eletrônica por produtores rurais?
Atualmente a regularidade fiscal exigida para o contribuinte tornar-se emissor da NF-e diz respeito tão-somente a estar regularmente inscrito na Secretaria da Fazenda da sua unidade federada de origem, não havendo impedimentos decorrentes de outros débitos com o fisco para a empresa tornar-se emissora da NF-e.
Não. O emitente e o destinatário deverão manter em arquivo digital as NF-e´s pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentos fiscais. Quando solicitado, deverão apresentar os arquivos digitais à administração tributária.
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Não há nenhuma restrição quanto ao porte das empresas emissoras de NF-e. Empresas voluntárias de pequeno e médio porte também poderão se credenciar como emissoras de NF-e.
Para ser emissor da NF-e, a empresa precisa estar em dias com suas obrigações fiscais?
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O estabelecimento credenciado a emitir NF-e que não seja obrigado à sua emissão deverá emitir, preferencialmente, NF-e em substituição à nota fiscal em papel, modelo 1 ou 1-A. Os estabelecimentos obrigados a emitir NF-e, após o início da obrigatoriedade prevista na legislação, devem emitir NF-e em todas as operações nas quais emitiriam nota fiscal modelo 1 ou 1A (salvo situações de exceção previstas na própria legislação da obrigatoriedade). No caso de a empresa obrigada ou voluntariamente credenciada emitir também cupom fiscal, nota fiscal a consumidor (modelo 2), ou outro documento fiscal (além de mod. 1 ou 1-A), deverá continuar emitindo-os, concomitantemente com a NF-e, pois a nota fiscal eletrônica substituirá apenas as operações anteriormente acobertadas por notas fiscais modelo 1 ou 1-A.
As empresas interessadas em emitir NF-e deverão, em resumo: * Se não estiver credenciada sumariamente em decorrência da obrigatoriedade, solicitar seu credenciamento como emissoras de NFe na Secretaria da Fazenda em que possua estabelecimentos. O credenciamento em uma unidade da federação não credencia a empresa perante as demais unidades, ou seja, a empresa deve solicitar credenciamento em todos os Estados em que possuir estabelecimentos e nos quais deseja emitir NF-e. * Possuir certificação digital (possuir certificado digital, emitido por Autoridade Certificadora credenciado ao ICP-BR, contendo o CNPJ da empresa); * Adaptar o seu sistema de faturamento para emitir a NF-e ou utilizar o “Emissor de NF-e”, para os casos de empresa de pequeno porte.
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A obrigatoriedade em emitir a NF-e alcança as empresas enquadradas no Simples Nacional?
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As médias e pequenas empresas também podem emitir NF-e?
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Uma empresa credenciada a emitir NF-e deve substituir 100% de suas Notas Fiscais em papel pela Nota Fiscal Eletrônica?
Quais os procedimentos para que uma empresa interessada possa passar a emitir NF-e?
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Confira algumas perguntas frequentes respondidas pelo Ministério da Fazenda:
José Robson Coringa é presidente do Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento e Alimentos do Estado de São Paulo) desde 2006 e durante este período vem participando do processo de normalização do mercado através de sua atuação em encontros que procuram promover a informação aos atacadistas das centrais de bastecimento. Para ele, o apoio na busca de soluções para orientar os permissionários a emitirem a nota fiscal eletrônica é mais uma ação para beneficiar e dinamizar o mercado de frutas e hortaliças frescas.
Por enquanto a NF-e não foi implementada para produtor rural (que emite nota fiscal modelo 4). A atual NF-e somente é emitida em substituição à nota fiscal modelo 1 e 1-A.
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JORNAL ENTREPOSTO
culinária japonesa
no Brasil
Oferta de comida oriental cresce na capital paulista Atualmente, existem mais restaurantes nipônicos em São Paulo do que churrascarias. São cerca de 600 casas que oferecem pratos japoneses contra 500 casas especializadas em rodízio de carnes.
Durante a semana que antecede a Páscoa, volume comercializado no atacado do ETSP sobe 150%
Na semana que antecede uma das mais importantes datas do cristianismo, os produtos mais procurados são bacalhau, camarão, salmão e pescadas. Para alavancar o comércio de pescados no mercado paulistano, a companhia promove a 5ª Santa Feira do Peixe, que, este ano, acontece de 30 de março a 1º de abril. Segundo a estatal, são esperados cerca de cinco mil consumidores. “A Semana Santa é o período de maior movimento no setor de pescados da Ceagesp, onde o volume de comercialização no atacado chega a triplicar”, salienta o chefe do departamento de economia da empresa, Flávio Luís Godas. “Em dias normais do ano, o volume médio de peixes e frutos do mar vendidos atinge mil toneladas. Na semana da festa cristã, esse número salta para 2,5 mil toneladas”, enfatiza. Sobre a Santa Feira do Peixe, o economista lembra que o
evento vem crescendo ano a ano. Em 2009, foram comercializadas 60 toneladas de pescados em três dias e a expectativa para este ano é de crescimento. Também serão comercializados na edição deste ano peixes secos, com destaque para o bacalhau, legumes e temperos em geral. De acordo com a Ceagesp, a 5ª Santa Feira do Peixe tem como objetivo incentivar o consumo de pescado durante o ano todo, nos varejões de quarta, sábado e domingo e de segunda a sábado na Peixaria Millenium, localizada dentro do entreposto paulistano. Na semana que antecede a Páscoa, estes espaços funcionarão normalmente, oferecendo mais opção de compra de produtos. Em 2009, o setor de pescados da Ceagesp movimentou 43 mil toneladas do alimento, correspondendo a um volume financeiro de R$ 211 milhões.
::Serviço:: 5ª Santa Feira do Peixe Dias 30 e 31/3 e 01/04 Das 16h às 21h Local: Av. Das Nações Unidas, entrada pelo Portão 13. Estacionamento gratuito
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O boom da
Ceagesp prepara 5ª Santa Feira do Peixe Sardinha, pescada, mistura, corvina, atum, cação, curimbatá, tainha e tilápia são as variedades de pescados mais encontradas no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp.
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Segundo a Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo), as comidas típicas do Japão, por serem leves e nutritivas, tendem a ganhar cada vez mais espaço no cardápio dos brasileiros.
A comida japonesa já faz parte do hábito de consumo dos paulistanos. São mais de 600 restaurantes espalhados pela capital, 100 a mais que as tradicionais churrascarias
Prova disso é o número crescente de restaurantes especializados em sushi e sashimi inaugurados na última década, contribuindo para o crescimento do comércio atacadista de pescados.
Consumidor deve ficar atento na hora de comprar pescados O aumento do consumo de peixe na época da Quaresma, que vai do carnaval até a Semana Santa, deve ser precedido de alguns cuidados para evitar a compra de produtos que não estejam nas condições ideais de qualidade. O Ministério da Pesca e Aquicultura está reeditando em seu site a cartilha “Boas Práticas de Manipulação de Pescado”, elaborada em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com o objetivo de orientar os consumidores na hora da compra. De acordo com a cartilha, os cuidados com a manipulação devem ser observados desde o momento da pesca até o prato ser posto na mesa. Em toda a cadeia produtiva, a higiene é fundamental. “Quem captura, cultiva, descarrega, transporta, processa, armazena, distribui e comercializa o pescado tem que garantir que as boas práticas estejam presentes em todas essas etapas”, afirma o texto. Logo após a captura, o pescado deve ser acondicionado em gelo produzido com água filtrada e sem entrar em contato com outras substâncias para evitar sua contaminação. O transporte deve ser feito sempre em recipientes que possam manter a temperatura adequada e sua armazenagem deve ser feita de forma cuidadosa para que não haja danos ao pro-
duto. “Caso a pele ou os órgãos internos sofram cortes, as fezes do animal poderão contaminar toda carga do recipiente”, ressalta a cartilha. A lavagem e retirada das vísceras, diz o texto, faz com que o pescado mantenha sua qualidade de consumo por mais tempo. Mas, caso não haja as condições ideais para esse tipo de manipulação, é melhor guardar o produto por inteiro e limpá-lo posteriormente. A refrigeração ideal deve ser feita com no mínimo 1,5 Kg de gelo para cada 1 Kg de pescado, sendo que a primeira e a última camadas serão sempre de gelo, com o pescado entre elas. As observações apontam ainda para nunca se enrolar o pescado em jornal, sacos de lixo ou qualquer outra embalagem inadequada. Ao final, a cartilha afirma que “As pessoas que compram pescado querem que ele seja saudável e limpo para que possa ser consumido”. Elas desejam sair de um supermercado ou restaurante com a certeza de terem escolhido um produto de alta qualidade, que valha o preço que pagaram por ele. A cartilha pode ser acessada em: h t t p : / / w w w. p r e s i d e n c i a . g ov. br/estrutura_presidencia/seap/ noticias/ultimas_noticias/boas_ praticas_consumidores/
Ministro da Pesca exibe panorama do setor Para Gregolin, a produção brasileira de pescados, que hoje é de um milhão de toneladas, tem capacidade para atingir até 20 milhões O Brasil tem condições de produzir 20 milhões de toneladas de pescado por ano, gerar 10 milhões de empregos no setor pesqueiro e fazer ingressar US$ 160 bilhões no PIB nacional. Foi o que explicou o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, durante o programa 7 Anos em 7 Minutos, levado ao ar em fevereiro no blog do Planalto. De acordo com o ministro, atualmente, o país produz um milhão de toneladas de pescado por ano, mas como há um grande potencial de desenvolvimento, o governo elaborou há sete anos uma estratégia para o setor que implica investimentos na
produção, nos trabalhadores e na sustentabilidade. Segundo Gregolin, o Brasil pode se transformar num grande produtor mundial de pescados. “Temos água em abundância, clima favorável e uma diversidade de espécies”, observou. O ministro citou também os investimentos que o governo vem fazendo para ampliar a infraestrutura de pesca brasileira, com a construção ou reforma de 20 terminais pesqueiros nos principais pólos de pesca do país. Para ele, a pesca e a aquicultura brasileiras formam uma grande oportunidade de produzir um alimento nobre e gerar emprego e renda. Gregolin destacou o desenvolvimento da pesca na região amazônica e a elaboração de uma nova legislação para apoiar o setor. Essa nova lei do setor pesqueiro reconheceu pescadores e aquicultores como produtores rurais e be-
neficiários da política agrícola, e também as mulheres como trabalhadoras da pesca. Definiu também as regras de sustentabilidade para o exercício da atividade no país. Rede de Aquicultura No dia 23 de março, representantes de 38 países da América Latina e Caribe se reuniram para assinar adesão oficial à Rede de Aquicultura das Américas (RAA), novo organismo internacional criado em prol do desenvolvimento da aquicultura, que nasce com apoio da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Por ser escolhido como paíssede, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, já é o presidente da nova instituição. Segundo ele, o Brasil tem uma posição estratégica e é reconhecido pela importância da liderança regional que exerce.
“A nossa política de ceder gratuitamente as águas de domínio da União para os pequenos produtores teve repercussão internacional e o continente quer saber como que a gente fez”, disse. “Além disso, temos muito a aprender com outros países, como o Chile e o Equador, por exemplo, que são grandes produtores aquícolas”, finalizou.
non empanado e recheado de foie gras. Para o almoço, sugere duas opções executivas e uma degutação simplificada.
Dicas
Japengo Stera
• Sobre o balcão especial há uma esteira na qual deslizam pratinhos de diferentes especialidades. Passam à frente da clientela ussuzukuri de salmão (fatias finas como carpaccio), guioza de carne bovina, tekkamaki (enrolado de atum) e dyo spice tuna (bolinho de arroz de salmão e atum ao molho picante). Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2232 Bairro: Jardim Paulistano Telefone: (11) 3034-4080 Preço: $ (até R$ 50,00)
Aoyama • O chef Shinya Koike toca esta casa de culinária requintada. Serve uma degustação com nove pratos que inclui delícias como o peito de pato grelhado ao molho tare. No cardápio a preços individuais está o filé-mig-
Prêmios: Comer&Beber 2009 - Categoria: Restaurantes Japoneses, Comer&Beber 2008 - Categoria: Restaurantes Japoneses Endereço: Praça Vilaboim, 63 Bairro: Higienópolis Telefone: (11) 3666-2087 Preço: $$ (de R$ 51,00 a R$ 75,00)
Dhaigo • Essa boa casa especializada no rodízio oriental ganhou uma filial em Santana. Assim como na matriz, atenciosas garçonetes passeiam pelo salão com uma bandeja repleta de sushis de peixes como salmão, atum e serra, além de california roll e temaki. Completam as ofertas guioza, rolinho primavera, yakisoba e robata (espetinhos de frango, anchova e picanha). Endereço: Rua Aracari, 178 Bairro: Itaim Bibi Telefone: (11) 3168-2819 Preço: $$ (de R$ 51,00 a R$ 75,00)
Hamatyo • Nesta casa dedicada apenas ao sushi e ao sashimi, não há combinados. As duas especiali-
dades frias são servidas separadamente. Quem prepara tudo é o proprietário Ryoichi Yoshida, auxiliado por sua mulher, Kiyoko, que recebe os clientes. Como no Japão, ele indica os sashimis para iniciar o jantar. Feitos de atum ou de um mix de peixe, aparecem em porção com 24 fatias. Os sushis podem ser pedidos em pares ou em três composições. Na simples, há oito unidades de bolinho cobertas por atum, polvo e camarão, além de seis rolinhos de atum e de pepino. A denominada especial combina nove peixes (entre eles, enguia), ova de ouriço e três rolinhos de atum. Na hamatyo (treze unidades) estão incluídas iguarias como o toro, ou atum gordo. Endereço: Avenida Pedroso De Morais, 393 - Bairro: Pinheiros Telefone: (11) 3813-1586 Preço: $$$ (de R$ 76,00 a R$ 125,00)
Kinu • O sushiman Adriano Kanashiro assina o menu. Nas entradas está a vieira gratinada em crosta de raiz-forte com palmito pupunha. A oferta de peixes frescos para pares de sushis limita-se a atum, salmão, robalo e olho-deboi. Entre os pratos principais, uma das escolhas é o contrafilé grelhado ao molho apimentado guarnecido de
legumes. O serviço já foi mais afinado e a expedição dos pratos, mais rápida. Endereço: Avenida Das Nações Unidas, 13301 Bairro: Brooklin Paulista Telefone: (11) 2838-3208 Preço: $$$$ (acima de R$ 125,00)
Aizomê • O chef Shinya Koike toca esta casa de culinária requintada. Serve uma degustação com nove pratos que inclui delícias como o peito de pato grelhado ao molho tare. No cardápio a preços individuais está o filé-mignon empanado e recheado de foie gras. Para o almoço, sugere duas opções executivas e uma degustação simplificada. Prêmios: Comer&Beber 2009 - Categoria: Restaurantes Japoneses, Comer&Beber 2008 - Categoria: Restaurantes Japoneses Endereço: Alameda Fernão Cardim, 39 Bairro: Jardim Paulista Telefone: (11) 3251-5157 Preço: $$$$ (acima de R$ 125,00) Sites da internet oferecem dezenas opções de restaurantes para todos os bolsos, é bom verificar antes os comentários de quem já frequentou para evitar desilusões.
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JORNAL ENTREPOSTO
culinária japonesa
no Brasil
Oferta de comida oriental cresce na capital paulista Atualmente, existem mais restaurantes nipônicos em São Paulo do que churrascarias. São cerca de 600 casas que oferecem pratos japoneses contra 500 casas especializadas em rodízio de carnes.
Durante a semana que antecede a Páscoa, volume comercializado no atacado do ETSP sobe 150%
Na semana que antecede uma das mais importantes datas do cristianismo, os produtos mais procurados são bacalhau, camarão, salmão e pescadas. Para alavancar o comércio de pescados no mercado paulistano, a companhia promove a 5ª Santa Feira do Peixe, que, este ano, acontece de 30 de março a 1º de abril. Segundo a estatal, são esperados cerca de cinco mil consumidores. “A Semana Santa é o período de maior movimento no setor de pescados da Ceagesp, onde o volume de comercialização no atacado chega a triplicar”, salienta o chefe do departamento de economia da empresa, Flávio Luís Godas. “Em dias normais do ano, o volume médio de peixes e frutos do mar vendidos atinge mil toneladas. Na semana da festa cristã, esse número salta para 2,5 mil toneladas”, enfatiza. Sobre a Santa Feira do Peixe, o economista lembra que o
evento vem crescendo ano a ano. Em 2009, foram comercializadas 60 toneladas de pescados em três dias e a expectativa para este ano é de crescimento. Também serão comercializados na edição deste ano peixes secos, com destaque para o bacalhau, legumes e temperos em geral. De acordo com a Ceagesp, a 5ª Santa Feira do Peixe tem como objetivo incentivar o consumo de pescado durante o ano todo, nos varejões de quarta, sábado e domingo e de segunda a sábado na Peixaria Millenium, localizada dentro do entreposto paulistano. Na semana que antecede a Páscoa, estes espaços funcionarão normalmente, oferecendo mais opção de compra de produtos. Em 2009, o setor de pescados da Ceagesp movimentou 43 mil toneladas do alimento, correspondendo a um volume financeiro de R$ 211 milhões.
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Ceagesp prepara 5ª Santa Feira do Peixe Sardinha, pescada, mistura, corvina, atum, cação, curimbatá, tainha e tilápia são as variedades de pescados mais encontradas no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp.
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Segundo a Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo), as comidas típicas do Japão, por serem leves e nutritivas, tendem a ganhar cada vez mais espaço no cardápio dos brasileiros.
A comida japonesa já faz parte do hábito de consumo dos paulistanos. São mais de 600 restaurantes espalhados pela capital, 100 a mais que as tradicionais churrascarias
Prova disso é o número crescente de restaurantes especializados em sushi e sashimi inaugurados na última década, contribuindo para o crescimento do comércio atacadista de pescados.
Consumidor deve ficar atento na hora de comprar pescados O aumento do consumo de peixe na época da Quaresma, que vai do carnaval até a Semana Santa, deve ser precedido de alguns cuidados para evitar a compra de produtos que não estejam nas condições ideais de qualidade. O Ministério da Pesca e Aquicultura está reeditando em seu site a cartilha “Boas Práticas de Manipulação de Pescado”, elaborada em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com o objetivo de orientar os consumidores na hora da compra. De acordo com a cartilha, os cuidados com a manipulação devem ser observados desde o momento da pesca até o prato ser posto na mesa. Em toda a cadeia produtiva, a higiene é fundamental. “Quem captura, cultiva, descarrega, transporta, processa, armazena, distribui e comercializa o pescado tem que garantir que as boas práticas estejam presentes em todas essas etapas”, afirma o texto. Logo após a captura, o pescado deve ser acondicionado em gelo produzido com água filtrada e sem entrar em contato com outras substâncias para evitar sua contaminação. O transporte deve ser feito sempre em recipientes que possam manter a temperatura adequada e sua armazenagem deve ser feita de forma cuidadosa para que não haja danos ao pro-
duto. “Caso a pele ou os órgãos internos sofram cortes, as fezes do animal poderão contaminar toda carga do recipiente”, ressalta a cartilha. A lavagem e retirada das vísceras, diz o texto, faz com que o pescado mantenha sua qualidade de consumo por mais tempo. Mas, caso não haja as condições ideais para esse tipo de manipulação, é melhor guardar o produto por inteiro e limpá-lo posteriormente. A refrigeração ideal deve ser feita com no mínimo 1,5 Kg de gelo para cada 1 Kg de pescado, sendo que a primeira e a última camadas serão sempre de gelo, com o pescado entre elas. As observações apontam ainda para nunca se enrolar o pescado em jornal, sacos de lixo ou qualquer outra embalagem inadequada. Ao final, a cartilha afirma que “As pessoas que compram pescado querem que ele seja saudável e limpo para que possa ser consumido”. Elas desejam sair de um supermercado ou restaurante com a certeza de terem escolhido um produto de alta qualidade, que valha o preço que pagaram por ele. A cartilha pode ser acessada em: h t t p : / / w w w. p r e s i d e n c i a . g ov. br/estrutura_presidencia/seap/ noticias/ultimas_noticias/boas_ praticas_consumidores/
Ministro da Pesca exibe panorama do setor Para Gregolin, a produção brasileira de pescados, que hoje é de um milhão de toneladas, tem capacidade para atingir até 20 milhões O Brasil tem condições de produzir 20 milhões de toneladas de pescado por ano, gerar 10 milhões de empregos no setor pesqueiro e fazer ingressar US$ 160 bilhões no PIB nacional. Foi o que explicou o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, durante o programa 7 Anos em 7 Minutos, levado ao ar em fevereiro no blog do Planalto. De acordo com o ministro, atualmente, o país produz um milhão de toneladas de pescado por ano, mas como há um grande potencial de desenvolvimento, o governo elaborou há sete anos uma estratégia para o setor que implica investimentos na
produção, nos trabalhadores e na sustentabilidade. Segundo Gregolin, o Brasil pode se transformar num grande produtor mundial de pescados. “Temos água em abundância, clima favorável e uma diversidade de espécies”, observou. O ministro citou também os investimentos que o governo vem fazendo para ampliar a infraestrutura de pesca brasileira, com a construção ou reforma de 20 terminais pesqueiros nos principais pólos de pesca do país. Para ele, a pesca e a aquicultura brasileiras formam uma grande oportunidade de produzir um alimento nobre e gerar emprego e renda. Gregolin destacou o desenvolvimento da pesca na região amazônica e a elaboração de uma nova legislação para apoiar o setor. Essa nova lei do setor pesqueiro reconheceu pescadores e aquicultores como produtores rurais e be-
neficiários da política agrícola, e também as mulheres como trabalhadoras da pesca. Definiu também as regras de sustentabilidade para o exercício da atividade no país. Rede de Aquicultura No dia 23 de março, representantes de 38 países da América Latina e Caribe se reuniram para assinar adesão oficial à Rede de Aquicultura das Américas (RAA), novo organismo internacional criado em prol do desenvolvimento da aquicultura, que nasce com apoio da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Por ser escolhido como paíssede, o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, já é o presidente da nova instituição. Segundo ele, o Brasil tem uma posição estratégica e é reconhecido pela importância da liderança regional que exerce.
“A nossa política de ceder gratuitamente as águas de domínio da União para os pequenos produtores teve repercussão internacional e o continente quer saber como que a gente fez”, disse. “Além disso, temos muito a aprender com outros países, como o Chile e o Equador, por exemplo, que são grandes produtores aquícolas”, finalizou.
non empanado e recheado de foie gras. Para o almoço, sugere duas opções executivas e uma degutação simplificada.
Dicas
Japengo Stera
• Sobre o balcão especial há uma esteira na qual deslizam pratinhos de diferentes especialidades. Passam à frente da clientela ussuzukuri de salmão (fatias finas como carpaccio), guioza de carne bovina, tekkamaki (enrolado de atum) e dyo spice tuna (bolinho de arroz de salmão e atum ao molho picante). Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2232 Bairro: Jardim Paulistano Telefone: (11) 3034-4080 Preço: $ (até R$ 50,00)
Aoyama • O chef Shinya Koike toca esta casa de culinária requintada. Serve uma degustação com nove pratos que inclui delícias como o peito de pato grelhado ao molho tare. No cardápio a preços individuais está o filé-mig-
Prêmios: Comer&Beber 2009 - Categoria: Restaurantes Japoneses, Comer&Beber 2008 - Categoria: Restaurantes Japoneses Endereço: Praça Vilaboim, 63 Bairro: Higienópolis Telefone: (11) 3666-2087 Preço: $$ (de R$ 51,00 a R$ 75,00)
Dhaigo • Essa boa casa especializada no rodízio oriental ganhou uma filial em Santana. Assim como na matriz, atenciosas garçonetes passeiam pelo salão com uma bandeja repleta de sushis de peixes como salmão, atum e serra, além de california roll e temaki. Completam as ofertas guioza, rolinho primavera, yakisoba e robata (espetinhos de frango, anchova e picanha). Endereço: Rua Aracari, 178 Bairro: Itaim Bibi Telefone: (11) 3168-2819 Preço: $$ (de R$ 51,00 a R$ 75,00)
Hamatyo • Nesta casa dedicada apenas ao sushi e ao sashimi, não há combinados. As duas especiali-
dades frias são servidas separadamente. Quem prepara tudo é o proprietário Ryoichi Yoshida, auxiliado por sua mulher, Kiyoko, que recebe os clientes. Como no Japão, ele indica os sashimis para iniciar o jantar. Feitos de atum ou de um mix de peixe, aparecem em porção com 24 fatias. Os sushis podem ser pedidos em pares ou em três composições. Na simples, há oito unidades de bolinho cobertas por atum, polvo e camarão, além de seis rolinhos de atum e de pepino. A denominada especial combina nove peixes (entre eles, enguia), ova de ouriço e três rolinhos de atum. Na hamatyo (treze unidades) estão incluídas iguarias como o toro, ou atum gordo. Endereço: Avenida Pedroso De Morais, 393 - Bairro: Pinheiros Telefone: (11) 3813-1586 Preço: $$$ (de R$ 76,00 a R$ 125,00)
Kinu • O sushiman Adriano Kanashiro assina o menu. Nas entradas está a vieira gratinada em crosta de raiz-forte com palmito pupunha. A oferta de peixes frescos para pares de sushis limita-se a atum, salmão, robalo e olho-deboi. Entre os pratos principais, uma das escolhas é o contrafilé grelhado ao molho apimentado guarnecido de
legumes. O serviço já foi mais afinado e a expedição dos pratos, mais rápida. Endereço: Avenida Das Nações Unidas, 13301 Bairro: Brooklin Paulista Telefone: (11) 2838-3208 Preço: $$$$ (acima de R$ 125,00)
Aizomê • O chef Shinya Koike toca esta casa de culinária requintada. Serve uma degustação com nove pratos que inclui delícias como o peito de pato grelhado ao molho tare. No cardápio a preços individuais está o filé-mignon empanado e recheado de foie gras. Para o almoço, sugere duas opções executivas e uma degustação simplificada. Prêmios: Comer&Beber 2009 - Categoria: Restaurantes Japoneses, Comer&Beber 2008 - Categoria: Restaurantes Japoneses Endereço: Alameda Fernão Cardim, 39 Bairro: Jardim Paulista Telefone: (11) 3251-5157 Preço: $$$$ (acima de R$ 125,00) Sites da internet oferecem dezenas opções de restaurantes para todos os bolsos, é bom verificar antes os comentários de quem já frequentou para evitar desilusões.
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Março 2010
l JORNAL ENTREPOSTO
ENTREVISTA
Novo presidente quer modernizar a gestão da Ceagesp Fortalecer banco de alimentos e o Centro de Qualidade em Horticultura também são objetivos da nova administração O jornalista e mestre em administração Mário Maurici de Lima Morais assumiu recentemente a presidência da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Gerente executivo regional da TV Brasil em São Paulo, até ser convidado para assumir a estatal, Maurici é paulista de Franco da Rocha. Filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores) desde 1981, elegeu-se vereador no município da Grande São Paulo em 1988 e foi prefeito da mesma cidade entre 1993 e 1996. Maurici, que participou ainda da administração municipal de Santo André, na região do ABCD, como secretário de comunicação do governo Celso Daniel e, posteriormente, como secretário de governo, pretende, junto com a diretoria e permissionários da empresa, torná-la referência nacional em segurança alimentar e revitalizar as edificações e áreas comuns da Ceagesp. Em entrevista ao JE, Maurici esclareceu os principais aspectos do planejamento estratégico para o biênio 2010/2011. Jornal Entreposto – Quais são suas principais expectativas em relação à administração da Ceagesp, principalmente neste ano de eleições? Maurici – Como gestor, quero buscar o entendimento com a comunidade do mercado, saber quais são suas prioridades mais urgentes e aplicar os recursos arrecadáveis no cumprimento desses objetivos. Estamos falando de um horizonte de um ano. Como destacado na pergunta, este ano tem eleição no plano federal e somos uma estatal. Deve mudar as lideranças políticas federais e, portanto, pode haver mudanças de pessoas, ou não, na empresa. JE – Como será o trabalho para alcançar esses objetivos? Maurici – Estamos concluindo um seminário de planejamento estratégico e vamos discutir esse plano com as outras forças do mercado. Não estamos inventando nada de novo. Estamos partindo de um planejamento que já existe no mercado, que engloba os problemas que todos conhecem e as soluções possíveis, dentro do limite de recursos e tempo que o próprio mercado conhece. JE – A Ceagesp é uma empresa financeiramente saudável, que permite atingir esses objetivos dentro de um cronograma prevendo prazos e metas? Maurici – Uma companhia pública nunca é uma empresa preocupada com o lucro. O seu acionista majoritário é o governo brasileiro. É uma política saudável de abastecimento e de incentivo aos produtores e aos comerciantes que trabalham nessa área. Por isso, não espere da Ceagesp grandes invenções de recursos.
Mas a tarefa de gerenciar os recursos que ingressam nos nossos armazéns e fazer uma gestão otimizada é uma expectativa muito razoável. JE – Já que a tese do Estado forte vem ganhando força no Brasil, existe a possibilidade de haver uma capitalização da empresa, por parte do governo federal? Maurici – A Ceagesp é uma empresa não dependente do tesouro federal, portanto, fica fora do orçamento fiscal do governo. Isso significa que ela precisa lidar sozinha com as suas próprias despesas e receitas, a não ser que isso mude por força de lei específica. E eu penso que o mercado tem potencial, a empresa tem potencial. Tanto o entreposto de São Paulo quanto a rede de armazenagem e dos entrepostos do interior tem potencial para desenvolver negócios, para diminuir as despesas e criar melhores condições para comercialização de produtos. Mas isso leva tempo. Nós temos de entender que é nessa direção que devemos caminhar e tentar avançar com as nossas próprias forças. Não
“
Tanto o mercado de São Paulo quanto a rede de armazenagem e de entrepostos do interior têm potencial para desenvolver negócios, para diminuir as despesas e criar melhores condições para comercialização de produtos agrícolas Mário Maurici
podemos ficar esperando que caia do céu algo diferente de chuva.
Segurança alimentar é um dos tópicos prioritários do novo executivo da estatal vinculada oa Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o jornalista Mário Maurici, exprefeito de Franco da Rocha
Feira de Negócios
JE – Um dos objetivos estratégicos é “tornar a Ceagesp referência nacional em política pública de segurança alimentar”. Em que consiste esse objetivo? Maurici – Significa, por exemplo, fortalecer o nosso banco de alimentos, consolidar a ação da estrutura dirigida pela dra. Anita (Gutierrez, coordenadora do CQH – Centro de Qualidade em Horticultura) e pensar junto com nossos permissionários uma política melhor de embalagem dos produtos. Significa evitar que quem venha comprar fique comprando o dia inteiro. Enfim, significa pôr em prática uma série de políticas que nós temos de agregar ao mercado, sem mudar radicalmente o que está sendo feito, mas sim a qualidade das ações. JE – Ou seja, é preciso despertar a necessidade de mudança dos próprios agentes envolvidos com a estatal? Maurici – Correto. E, para além da comercialização, temos de trabalhar com políticas sociais de segurança alimentar, que podem ser feitas a partir daqui, com muito mais desenvoltura que a partir de qualquer outro entreposto, já que esse é o maior da América Latina. JE – Outro objetivo é “revitalizar as edificações das áreas comuns”? Como atingi-lo? Maurici – Como já disse, esses problemas são conhecidos de todo o mundo. No momento, revitalizar é tapar buracos, sinalizar para que veículos não estacionem nas calçadas, fazer a rede elétrica dar suporte para a atividade dos comerciantes, deixar a estrutura de informática e Internet capaz de atender às demandas do mercado. Isso é revitalizar, neste momento.
No ano da Copa nós reservamos o melhor local para você. Garanta já seu espaço para a maior Feira de Negócios dirigida ao setor de transporte, movimentação e logística de produtos hortifrutícolas, a FEMETRAN 2010. A Ceagesp é responsável pela comercialização de quase 20% dos produtos hortifrutícolas do país, segundo o diagnóstico da Conab, ou seja, cerca de 3 milhões de toneladas por ano de produtos. Todo esse movimento necessita de um aparato de transporte e logística para o alimento ser distribuído aos varejistas. O desenvolvimento dessa atividade de comercialização envolve uma série de mecanismos de apoio, responsáveis pela viabilização do processo.
Objetivos estratégicos para 2010/2011
Sua empresa pode fazer parte desta rede de negócios e oferecer produtos e serviços a clientes potenciais. Participe!
Informações: 11 3831.4875
ENTREPOSTO
• Tornar a Ceagesp referência nacional em política pública de segurança alimentar • Modernizar a gestão • Equacionar as demandas trabalhistas • Retirar a Ceagesp do PND – Programa Nacional de Desestatização • Viabilizar econômica e financeiramente a empresa • Revistar as edificações e áreas comuns da Ceagesp • Ter todas as unidades armazenadoras da Ceagesp certificadas • Otimizar a utilização das unidades da Ceagesp • Consolidar a marca Ceagesp • Melhorar a imagem da empresa junto aos diversos públicos
JORNAL ENTREPOSTO l
Março 2010
ARTIGO
Os problemas antes da Copa Por Gilberto Bombardi
Aquilo que acontece fora de campo pode influenciar dentro das quatro linhas? Seleção só tem jogadores que naquele momento estão bem? E aqueles que já prestaram bons serviços em um passado não tão distante, mas não estão em boa fase, merecem outra chance? Infelizmente Copa do Mundo acontece de quatro em quatro anos, só dura um mês e todas essas perguntas acabam ficando sem uma resposta justa e lógica quando sai a convocação oficial daqueles que representarão o Brasil. E essas dúvidas que nós pobres torcedores temos e discutimos na roda de amigos, esse ano tem vários nomes. Hoje, quem encabeça essa lista e está deixando o técnico Dunga com a pulga atrás da orelha é o atacante Adriano. Problemas com bebidas, sumiço de treino e brigas conjugais são algumas coisas que a mídia divulga sobre a vida do camisa 10 do Flamengo e que, às vésperas de uma Copa, pode comprometê-lo. Pode? Se perguntarmos isso para um flamenguista, certamente ele vai dizer: “Mas quando ele entra em campo, ele joga.” Isso realmente acontece, mas dá para arriscar os míseros e tão impor-
tantes 7 jogos do torneio? Antes de Adriano, porém, outro jogador foi muito especulado, convocado e “desconvocado” pelos mais de 180 milhões de técnicos brasileiros. Ronaldinho Gaúcho tem uma história na seleção. Participou do grupo que ganhou o penta em 2002 e do fiasco de 2006. Com a amarelinha nunca foi aquele jogador fantástico do Barcelona, mas tem um talento inquestionável. Depois de sair pela porta dos fundos do time espanhol, ganhou uma chance no Milan e também na seleção olímpica de Dunga em 2008. Não adiantou. Nesse sobe e desce do Gaúcho, sua prestação de serviço à pátria foi dispensada e só agora ele voltou a jogar bem no time italiano. Seria um risco essa instabilidade dele na Copa? Menos polêmicos fora de campo, mas que ultimamente também estão longe de serem unanimidades são Kaká e Robinho. O primeiro, depois de trocar Milão por Madri, nunca mais foi o mesmo. Hoje ele tem que lidar com a crítica espanhola, as vaias dos torcedores merengues, uma artroscopia no joelho esquerdo, contusões musculares e uma pubalgia que terá que levar pelo resto de sua carreira de
jogador. Tudo isso chegou de uma só vez e a poucos meses da Copa. Será que ele suporta tanta pressão? De todos aqui citados, Robinho é o que tem a situação menos complicada. Mesmo realizando péssimas partidas no seu clube, chegando a reserva no Manchester City, sempre foi convocado por Dunga, mas resolveu voltar para o Santos para garantir que não seria esquecido. Nesse caso, cabe aquela vaga daqueles que já prestaram bons serviços à seleção. Seja com problemas de fora para dentro ou de dentro para fora do campo, esses jogadores já provaram que são referências e podem ser fundamentais na África do Sul. Acredito que todos eles serão convocados e contribuirão para a conquista do hexa, mas eles também precisam acreditar nisso, pois todos passam por dificuldades. A Inglaterra é um exemplo, devido o recente escândalo do zagueiro e capitão Terry que teve um caso extraconjugal com a mulher de Bridge, amigo e companheiro de seleção. Mas isso já é outra história. Afinal, cada um com seus problemas. www.bombardifm.blogspot.com
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JORNAL ENTREPOSTO l Março 2010
Qualidade
B1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Técnico
B
CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP
É tempo de caqui Anita de Souza Dias Gutierrez Bertoldo Borges Filho Idalina Lopes Rocha Lisandro Michel Barreiros CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O caqui (Diospyrus kaki), da família das Ebenáceas, é originário da Ásia e cultivado há séculos, na China e no Japão. O seu nome científico o identifica como alimento dos deuses - Dios=deuses e pyrus=alimento. O caquizeiro foi introduzido no Brasil por volta de 1890, em São Paulo, e a sua expansão ocorreu a partir de 1920 com a chegada dos imigrantes japoneses que trouxeram, além de mais variedades, o conhecimento sobre a cultura. Existe grande diferença entre as variedades. Elas podem ser taninosas e doces ou ainda taninosas ou doces dependendo da ocorrência de sementes no fruto. O quadro de variedades ajuda a identificá-las e a usufruir com mais sabedoria das características e sabor de cada uma. A produção de caqui cresceu muito nos últimos anos. Os dados da Ceagesp de São Paulo mostram bem esse crescimento. O volume de caqui foi de 7.863 toneladas para 30.129 toneladas, entre 1998 e 2009, um aumento de 285%. A oferta de caqui nacional continua muito concentrada em alguns meses, apesar dos esforços dos produtores para produzir fora de época, como mostra o gráfico I. Em 1998, 76% da oferta concentrou-se nos meses de março, abril e maio e em 2009, 87% em março, abril, maio e junho. Foram considerados nos dois casos os meses com mais de 10% de participação. O registro da entrada do caqui importado só começou em 2007. O volume foi de 85 toneladas em 2007 para 154 toneladas em 2008. A oferta de caqui importado está concentrada nos meses de novembro e dezembro (95%). O crescimento de cada variedade foi diferente, quando comparamos 2009 a 1998, o caqui Taubaté diminuiu 12% e os outros cresceram: o Fuyu 4%, o Guiombo 36% e o Rama Forte 200%. A sazonalidade é diferente por variedade, como mostra o gráfico II. Os dados de 2009 mostram uma boa oferta de Guiombo de março a julho, de Fuyu e Rama Forte de março a junho e de Taubaté, de fevereiro a maio. O cartaz do caqui e o quadro de variedades foram desenvolvidos para ajudar a promover o caqui. Os arquivos originais estão disponíveis para os interessados sem nenhum custo no Centro de Qualidade da Ceagesp. Telefone: (11) 3643-3825 ou cqh@ceagesp.gov.br
O desempenho do
mamão Golden Estudo avalia a fruta submetida a dois sistemas pós-colheita Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O CQH disponibiliza material informativo sobre o caqui gratuitamente Crescimento
285% foi o aumento da tonelada do caqui entre 1998 e 2009
200% O caqui da variedade Rama Forte foi o de maior crescimento, enquanto caqui Taubaté teve 12%, Guiombo 36% e o caqui Fuyu 4%
154 toneladas em 2008 é o registro da entrada do caqui importado e sua oferta está concentrada nos meses de novembro e dezembro (95%) Desenho: Bertoldo Borges Filho / CQH-Ceagesp
O Brasil apresenta uma produção anual de mamão que supera 1,89 milhão de toneladas. Essa fruta é cultivada praticamente em todo o território nacional e sua produção comercial está concentrada na Bahia e no Espírito Santo. O mamão é uma das frutas mais consumidas pelos brasileiros e os paulistas são os seus maiores consumidores - apenas do grupo Solo, o Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) da Ceagesp registra a comercialização de mais de 90 mil toneladas por ano. Um trabalho de mestrado e um de doutorado, sobre pós-colheita de mamão, receberam recentemente destaque na página eletrônica da Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ (USP/Esalq). Eles foram resultado de uma parceria entre a Esalq e a Ceagesp, estabelecida para estudar o efeito na qualidade de mamão Golden submetido a dois sistemas de colheita, classificação, embalamento e transporte. Como será visto a seguir, os resultados são assustadores. Os trabalhos desenvolvidos pela doutoranda Elaine Cerqueira e pela mestranda Ana Elisa de Godoy, orientadas pelo professor Angelo Pedro Jacomino, do Departamento de Produção Vegetal (LPV) da Esalq
tiveram por objetivos caracterizar sistemas de embalagem e transporte do mamão Solo destinado ao mercado nacional e compará-los entre si, avaliando a influência de cada um deles no desempenho pós-colheita do mamão transportado desde o local de produção até o mercado atacadista e o efeito de injúrias mecânicas no metabolismo e na qualidade dos frutos. 1. Foram entrevistados os 20 maiores atacadistas, responsáveis pela comercialização de 54% do mamão que chega ao Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp e 57 compradores (varejo e serviço de alimentação). 2. As regiões produtoras do norte do Espírito Santo e do sul da Bahia foram visitadas pelas pesquisadoras, que ali caracterizaram os procedimentos de colheita e pós-colheita de diferentes tipos de produtores. 3. Foram analisados mamões comercializados na Ceagesp em dois sistemas e em duas situações: Sistema I (mamão acondicionado em caixas de papelão e transportado paletizado e em caminhão refrigerado) e Sistema II (mamão acondicionado em caixas de madeira, transportado em caminhão coberto com lona). A primeira situação foi a coleta de frutos submetidos aos dois sistemas na Ceagesp, sem considerar se os frutos eram da mesma roça e se haviam sido produzidos da mesma maneira. A segunda situação foi a coleta de frutos colhidos na mesma roça, no mesmo dia, submetidos aos dois sistemas.
B2
Março 2010 l
JORNAL ENTREPOSTO
CQH traça perfil das variedades de vagem comercializadas na Ceagesp A hortaliça tem grande destaque no mercado e em 2009 ocupou a 5ª posição no ranking do setor de legume
Atacado
Produto Legumes Frutas
Local Verduras
Dias da semana
Horário
Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.
14h às 21h 8h às 18h
AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais Seg. a Sáb.
Local Pescados
MLP- Mercado Livre do Produtor Terça. a Sáb.
Local Diversos *
Praça (Peixe, sardinha e congelados) 9h às 20h
Seg. a Sáb.
Local Flores
Local Flores
Local
AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores Seg. e Quinta
10h às 18h
Terça e Sexta
6h às 11h
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana
Varejo
Produto Varejão
Local Varejão Noturno
Local Flores
Local
Dias da semana
Horário
Sáb. e Dom.
7h às 13h
Quarta
17h às 22h
Seg. e Quinta
10h às 18h
A vagem ( Phaseolus vulgaris L.) é um fruto da família das leguminosas ou dos legumes, consumido imaturo. Ela é da mesma espécie do feijão, que faz parte do prato do brasileiro junto com o arroz - Phaseolus vulgaris L. A domesticação da espécie ocorreu há mais de sete mil anos e existem dois centros primários de origem: o primeiro e mais importante na América Central, nos altiplanos do México e da Guatemala e o segundo na Ásia Tropical. A leguminosa (amendoim, feijão, soja, grão de bico, lentilha, tamarindo, vagem) é a família botânica mais importante para os humanos, depois das gramíneas (milho, arroz, trigo). A fixação do nitrogênio, resultado da simbiose entre bactérias e as raízes das leguminosas, é uma das responsáveis pelo sucesso da soja brasileira. O feijão vagem ou vagem, como é comumente denominada é uma hortaliça de grande importância no mercado. É uma das hortaliças de maior valor do setor de legumes do Entreposto Terminal de São Paulo. Em 2009, ocupou a 5ª posição no ranking do setor de legumes, mais vendidos em volume financeiro, com R$ 39 milhões, correspondendo a 3,8% e a 13ª em volume de tonelagem com 18 mil toneladas, 2,2%, em 32 variedades de legumes. Na colocação geral, ocupou a 37ª posição , 0,7% em volume de tonelagem e a 28ª em volume financeiro , 0,9%, num total dos 352 produtos.
MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Portão 7 MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Resonsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848 Edição Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Estagiária Mariana G. Marques
Colaboradores Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita
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Desenho: Bertoldo Borges Filho / CQH-Centro de Qualidade Hortigranjeira CEAGESP Fonte: Descritores Mínimos de Feijão/MAPA - Diário Oficial da União em 05/11/1997
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JORNAL ENTREPOSTO l Março 2010
Com tanta eConomia,
voCê e o meio ambiente
só têm a ganhaR.
A Volvo lança o Volvo VM Eco Experience, uma série para celebrar toda a experiência que a empresa possui em benefício do meio ambiente. Vários itens destacam esse cuidado: desde o menor consumo de combustível, o que reduz a emissão de CO2, passando pela alta reciclabilidade das peças, até a tinta que utiliza água como componente.
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Março 2010
l JORNAL ENTREPOSTO
ARTIGO
JORNAL ENTREPOSTO l
B5
Março 2010
Tecnologia no campo
ARTIGO
O programa “Uso de Imagem Digital para Seleção e Classificação de Frutas e Hortaliças”, desenvolvido pelo IAC, tem como objetivo estudar a adaptação de softwares com códigofonte aberto para habilitar o sistema de seleção e classificação, através do reconhecimento da forma, tamanho, volume, cor e danos mecânicos e/ou fisiológicos, a baixo custo.
A origem dos produtos e das suas embalagens Centro Logístico de Caixas
Análise preliminar sobre norma para registro de agrotóxicos para pequenas culturas
O projeto de construção de um Centro Logístico de Caixas através de um programa de adesão voluntária, começando por produtos de grande volume e com alta participação de embalagens retornáveis, ainda está de pé
Ossir Gorenstein Engenheiro Agrônomo Sênior CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Anita de Souza Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Os produtos escolhidos foram banana, citros e tomate. A cada edição do Jornal Entreposto estamos adicionando algumas informações. O volume de entrada, a concentração da comercialização, o número de entradas, a distribuição da entrada por dia da semana, semana do ano, mês, foram algumas das informações já apresentadas. As informações são coletadas das vias das notas fiscais que são recolhidas nas portarias da Ceagesp de São Paulo e organizadas pelo SIEM (Sistema de Informações e Estatísticas de Mercado), administrado pela Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp. A seguir, as informações da origem dos produtos (banana, citros e tomate) e suas embalagens. Os dados trabalhados são de 2008 e os números impressionam. A banana chega de 126 municípios e 10 estados diferentes - 77. 312 toneladas. São Paulo é o maior fornecedor (74%), seguido por Minas Gerais (12%), Bahia (6%), Santa Catarina (5%) e com pequena participação pelo Espírito Santo, Paraná, Goiás, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A oferta está muito concentrada nos municípios do Vale do Ribeira: Sete Barras (17%), Eldorado (15%), Registro (11%), Miracatu (8%). Juquiá (5%) e outros. Verdelândia, em Minas Gerais, e Luis Alves, em Santa Catarina, têm participação importante, com 7% e 3% respectivamente. A partir dos dados de origem podemos calcular a distância que as caixas percorrem e as regiões de grande concentração de produção onde deveriam existir centros de caixas. Os estados, grandes fornecedores, têm uma oferta bem distribuída ao longo do ano. Os citros chegam de 249 municípios e 11 estados diferentes – 538.760 toneladas. O estado de São Paulo responde por 97% do volume, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do sul, outros países (Argentina, Espanha e Uruguai), Paraná, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e Sergipe. O volume de citros importado impressiona – 1.135 toneladas. Limeira é o município de maior volume de remessa com 17% de participação, seguido por Conchal, Porto Feliz, Pirangi, Mogi Mirim, Casa Branca, Bebedouro, com participação entre 3 e 5%. A oferta ao longo do ano é bem distribuída variando em torno de 10% (maio) a 7% (maio) do volume. O tomate chega de 384 municípios e 11 estados diferentes: 269.142 toneladas. O estado de São Paulo é o maior fornecedor com 60% do volume, seguido pelos estados de Minas Gerais (21%), Santa Catarina (7%), Rio de Janeiro (6%), Goiás (2%), Espírito Santo (1%), Rio Grande do Sul, Bahia e Tocantins. Os grandes municípios produtores são Ribeirão Branco (13%), Cabreúva (6%), Apiaí (6%), São José de Ubá do Rio de Janeiro (4%), Caçador de Minas Gerais (4%), Capão Bonito (3%), Barra do Chapéu, Coimbra, Silvianópolis e Monte Santo de Minas Gerais e Itapeva com mais de 2% de participação. A oferta paulista mensal é mais estável variando de 6% (novembro) a 11% (fevereiro) e as ofertas mensais dos outros estados é mais variável. A oferta de Santa Catarina está concentrada nos primeiros meses do ano - 99% de janeiro a abril. É importante lembrar que a oferta de tomate é mais variável que a da banana e citros e que existem grandes barracões de classificação de tomate em São Paulo, que recebem tomate de várias regiões para classificar, embalar e rotular.
Tomate
384 municípios 11 estados 269.142 toneladas
Fornecedores: São Paulo
Santa Catarina
60%
Rio de Janeiro
Minas Gerais
21%
Goiás Espírito Santo
7% 6% 2% 1%
Rio Grande do Sul, Bahia e Tocantins
Foi finalmente editada em 23 de fevereiro, a muito aguardada, Instrução Normativa Nº1, que disciplina o registro de agrotóxicos para pequenas culturas, ou culturas com suporte fitossanitário insuficiente, ou ainda, do inglês, “minor crops”. Todos os segmentos ligados à produção de frutas e hortaliças conhecem bem o problema decorrente da dificuldade de serem encontrados pesticidas registrados para o cultivo da grande maioria de frutas e hortaliças. Com exceção de algumas culturas importantes, tanto em área plantada como em produção, a exemplo de laranja e maçã, a maioria dos demais cultivos de frutas e hortaliças apresenta
este problema para os produtores: poucos ou nenhum pesticida registrado para o controle químico de pragas e doenças. Essa situação revela-se nos resultados das análises de resíduos realizadas pela Ceagesp desde 1978, porquanto cerca de 15% do total de amostras analisadas apresentaram detecção de princípios ativos de pesticidas não registrados para as culturas hortícolas. A questão central da falta de registro dos pesticidas para as pequenas culturas é a ausência do estabelecimento do Limite Maximo de Resíduo (LMR ) e do intervalo de segurança, cujas determinações são exigidas, ou definidas, pelos órgãos registrantes, mediante ensaios de campo e de laboratório. Ademais, esta situação do uso de pesticidas sem registro, por configurar-se em infringência à legislação, é constantemente explorada pelos opositores ao uso de defensivos químicos, sob o jargão de uso
indiscriminado ou abusivo dos agrotóxicos na agricultura. O fato é que, com a aprovação da Instrução Normativa Conjunta Mapa/Anvisa/Ibama, o problema foi finalmente reconhecido e está sendo feita uma tentativa de solução organizada pelos órgãos oficiais, através da publicação da presente norma. Em síntese, a norma visa simplificar o registro de pesticidas para as pequenas culturas, atrair as indústrias, ou exercer certa pressão sobre elas, uma vez que do ponto de vista econômico-financeiro, o custo do registro resultante dos testes exigidos, tanto os ensaios de campo quanto os de laboratório, não têm estimulado o investimento, face à baixa demanda que as pequenas culturas representam, segundo as indústrias. Assim, para simplificar o registro, a norma estabelece um sistema de classificação das culturas em grupos e subgrupos, segundo critérios fitotécnicos e alimentares,
e elege culturas representativas dos grupos e subgrupos. O objetivo é extrapolar valores de LMR e intervalo de segurança, das culturas representativas para as demais culturas que fazem parte dos grupos e respectivos subgrupos. A norma cria o instituto do LMR temporário, mediante a extrapolação provisória do LMR da cultura representativa para as outras culturas de suporte fitossanitário insuficiente. Essa extrapolação tem validade por 24 meses e é realizada sob certas condições, entre as quais figura um termo de compromisso subscrito pelo solicitante de realizar os ensaios de resíduos no prazo de 24 meses, para a cultura representativa do subgrupo ao qual pertence a cultura. Assim, estabelecido o LMR da cultura representativa do subgrupo, este será considerado definitivo, não podendo, todavia, apresentar impacto na estimativa da Ingestão Diária Aceitável (IDA).
Desde 1978 a Ceagesp faz análises e
15% do total de amostras analisadas apresentaram detecção de princípios ativos de pesticidas não registrados para as culturas hortícolas
Para operacionalização de tal sistema, as culturas foram agrupadas nos seguintes grupos nos quais constam suas respectivas culturas representativas: • Grupo 1: frutas com casca não comestível – laranja e melão; • Grupo 2: frutas com casca comestível – maçã e uva; • Grupo 3: raízes, tubérculos e bulbos – batata e cenoura; • Grupo 4: hortaliças folhosas – alface, repolho e couve; • Grupo 5: hortaliças não folhosas – tomate, pepino e pimentão; • Grupo 6: leguminosas e oleaginosas – feijão e soja; • Grupo 7: – coco.
palmáceas e nozes
A ausência de determinada cultura em um dos grupos ou subgrupos poderá ser sanada através de solicitação de inclusão, respaldada por dados, estudos e parecer técnico de pesquisador pertencente aos quadros de instituição de pesquisa credenciada. Para dar um exemplo de funcionamento do mecanismo estabelecido na IN, suponha que se queira extrapolar do tomate para berinjela o LMR de um pesticida que não tem registro para berinjela, mas tem para tomate. A berinjela consta do grupo cuja cultura representativa é o tomate e do subgrupo cuja cultura representativa é o pimentão. Conforme as disposições da IN, uma associação ou cooperativa de produtores, instituição de pesquisa ou extensão rural, ou empresa registrante, poderá requerer a extrapolação do LMR do pesticida do tomate para a berinjela, o qual terá validade por dois anos. Para tanto o solicitante terá que juntar ao requerimento de solicitação, um termo de compromisso de realizar estudos de resíduos para o estabelecimento do LMR para o pimentão, que é a cultura representativa do subgrupo ao qual pertence a berinjela. Realizados os estudos de resíduos, dentro do prazo estipulado, o LMR estabelecido para o pimentão será o LMR definitivo para a berinjela, o qual também poderá ser estendido para o jiló e para pimenta, pois ambos pertencem ao subgrupo do qual o pimentão é a cultura representativa. Assinale-se que as exigências e requisitos para o registro de pesticidas continuam os mesmos da legislação vigente, não havendo qualquer facilitação nesse sentido. O que se depreende do presente mecanismo dirigido para o registro de agrotóxicos para as pequenas culturas é que se constitui em um instrumento de estímulo para os fabricantes, uma vez que pelo exemplo apresentado, uma mesma bateria de estudos de resíduos pode servir para municiar o registro de um pesticida para mais de uma cultura, precisamente, para todas as culturas agrupadas em um subgrupo. Porém, o sucesso ou insucesso da aplicabilidade do mecanismo dependerá do interesse que o setor produtivo dedicar à questão e, principalmente, do calculo econômico a ser feito pelas indústrias, pois estas são as titulares do registro dos pesticidas e quem, em última análise, assumem os ônus e os bônus do registro, sob o ângulo da legislação, os produtores acabam sendo as vítimas de tal situação, uma vez que são os responsáveis pela aplicação dos pesticidas.
B4
Março 2010
l JORNAL ENTREPOSTO
ARTIGO
JORNAL ENTREPOSTO l
B5
Março 2010
Tecnologia no campo
ARTIGO
O programa “Uso de Imagem Digital para Seleção e Classificação de Frutas e Hortaliças”, desenvolvido pelo IAC, tem como objetivo estudar a adaptação de softwares com códigofonte aberto para habilitar o sistema de seleção e classificação, através do reconhecimento da forma, tamanho, volume, cor e danos mecânicos e/ou fisiológicos, a baixo custo.
A origem dos produtos e das suas embalagens Centro Logístico de Caixas
Análise preliminar sobre norma para registro de agrotóxicos para pequenas culturas
O projeto de construção de um Centro Logístico de Caixas através de um programa de adesão voluntária, começando por produtos de grande volume e com alta participação de embalagens retornáveis, ainda está de pé
Ossir Gorenstein Engenheiro Agrônomo Sênior CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Anita de Souza Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Os produtos escolhidos foram banana, citros e tomate. A cada edição do Jornal Entreposto estamos adicionando algumas informações. O volume de entrada, a concentração da comercialização, o número de entradas, a distribuição da entrada por dia da semana, semana do ano, mês, foram algumas das informações já apresentadas. As informações são coletadas das vias das notas fiscais que são recolhidas nas portarias da Ceagesp de São Paulo e organizadas pelo SIEM (Sistema de Informações e Estatísticas de Mercado), administrado pela Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp. A seguir, as informações da origem dos produtos (banana, citros e tomate) e suas embalagens. Os dados trabalhados são de 2008 e os números impressionam. A banana chega de 126 municípios e 10 estados diferentes - 77. 312 toneladas. São Paulo é o maior fornecedor (74%), seguido por Minas Gerais (12%), Bahia (6%), Santa Catarina (5%) e com pequena participação pelo Espírito Santo, Paraná, Goiás, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A oferta está muito concentrada nos municípios do Vale do Ribeira: Sete Barras (17%), Eldorado (15%), Registro (11%), Miracatu (8%). Juquiá (5%) e outros. Verdelândia, em Minas Gerais, e Luis Alves, em Santa Catarina, têm participação importante, com 7% e 3% respectivamente. A partir dos dados de origem podemos calcular a distância que as caixas percorrem e as regiões de grande concentração de produção onde deveriam existir centros de caixas. Os estados, grandes fornecedores, têm uma oferta bem distribuída ao longo do ano. Os citros chegam de 249 municípios e 11 estados diferentes – 538.760 toneladas. O estado de São Paulo responde por 97% do volume, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do sul, outros países (Argentina, Espanha e Uruguai), Paraná, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e Sergipe. O volume de citros importado impressiona – 1.135 toneladas. Limeira é o município de maior volume de remessa com 17% de participação, seguido por Conchal, Porto Feliz, Pirangi, Mogi Mirim, Casa Branca, Bebedouro, com participação entre 3 e 5%. A oferta ao longo do ano é bem distribuída variando em torno de 10% (maio) a 7% (maio) do volume. O tomate chega de 384 municípios e 11 estados diferentes: 269.142 toneladas. O estado de São Paulo é o maior fornecedor com 60% do volume, seguido pelos estados de Minas Gerais (21%), Santa Catarina (7%), Rio de Janeiro (6%), Goiás (2%), Espírito Santo (1%), Rio Grande do Sul, Bahia e Tocantins. Os grandes municípios produtores são Ribeirão Branco (13%), Cabreúva (6%), Apiaí (6%), São José de Ubá do Rio de Janeiro (4%), Caçador de Minas Gerais (4%), Capão Bonito (3%), Barra do Chapéu, Coimbra, Silvianópolis e Monte Santo de Minas Gerais e Itapeva com mais de 2% de participação. A oferta paulista mensal é mais estável variando de 6% (novembro) a 11% (fevereiro) e as ofertas mensais dos outros estados é mais variável. A oferta de Santa Catarina está concentrada nos primeiros meses do ano - 99% de janeiro a abril. É importante lembrar que a oferta de tomate é mais variável que a da banana e citros e que existem grandes barracões de classificação de tomate em São Paulo, que recebem tomate de várias regiões para classificar, embalar e rotular.
Tomate
384 municípios 11 estados 269.142 toneladas
Fornecedores: São Paulo
Santa Catarina
60%
Rio de Janeiro
Minas Gerais
21%
Goiás Espírito Santo
7% 6% 2% 1%
Rio Grande do Sul, Bahia e Tocantins
Foi finalmente editada em 23 de fevereiro, a muito aguardada, Instrução Normativa Nº1, que disciplina o registro de agrotóxicos para pequenas culturas, ou culturas com suporte fitossanitário insuficiente, ou ainda, do inglês, “minor crops”. Todos os segmentos ligados à produção de frutas e hortaliças conhecem bem o problema decorrente da dificuldade de serem encontrados pesticidas registrados para o cultivo da grande maioria de frutas e hortaliças. Com exceção de algumas culturas importantes, tanto em área plantada como em produção, a exemplo de laranja e maçã, a maioria dos demais cultivos de frutas e hortaliças apresenta
este problema para os produtores: poucos ou nenhum pesticida registrado para o controle químico de pragas e doenças. Essa situação revela-se nos resultados das análises de resíduos realizadas pela Ceagesp desde 1978, porquanto cerca de 15% do total de amostras analisadas apresentaram detecção de princípios ativos de pesticidas não registrados para as culturas hortícolas. A questão central da falta de registro dos pesticidas para as pequenas culturas é a ausência do estabelecimento do Limite Maximo de Resíduo (LMR ) e do intervalo de segurança, cujas determinações são exigidas, ou definidas, pelos órgãos registrantes, mediante ensaios de campo e de laboratório. Ademais, esta situação do uso de pesticidas sem registro, por configurar-se em infringência à legislação, é constantemente explorada pelos opositores ao uso de defensivos químicos, sob o jargão de uso
indiscriminado ou abusivo dos agrotóxicos na agricultura. O fato é que, com a aprovação da Instrução Normativa Conjunta Mapa/Anvisa/Ibama, o problema foi finalmente reconhecido e está sendo feita uma tentativa de solução organizada pelos órgãos oficiais, através da publicação da presente norma. Em síntese, a norma visa simplificar o registro de pesticidas para as pequenas culturas, atrair as indústrias, ou exercer certa pressão sobre elas, uma vez que do ponto de vista econômico-financeiro, o custo do registro resultante dos testes exigidos, tanto os ensaios de campo quanto os de laboratório, não têm estimulado o investimento, face à baixa demanda que as pequenas culturas representam, segundo as indústrias. Assim, para simplificar o registro, a norma estabelece um sistema de classificação das culturas em grupos e subgrupos, segundo critérios fitotécnicos e alimentares,
e elege culturas representativas dos grupos e subgrupos. O objetivo é extrapolar valores de LMR e intervalo de segurança, das culturas representativas para as demais culturas que fazem parte dos grupos e respectivos subgrupos. A norma cria o instituto do LMR temporário, mediante a extrapolação provisória do LMR da cultura representativa para as outras culturas de suporte fitossanitário insuficiente. Essa extrapolação tem validade por 24 meses e é realizada sob certas condições, entre as quais figura um termo de compromisso subscrito pelo solicitante de realizar os ensaios de resíduos no prazo de 24 meses, para a cultura representativa do subgrupo ao qual pertence a cultura. Assim, estabelecido o LMR da cultura representativa do subgrupo, este será considerado definitivo, não podendo, todavia, apresentar impacto na estimativa da Ingestão Diária Aceitável (IDA).
Desde 1978 a Ceagesp faz análises e
15% do total de amostras analisadas apresentaram detecção de princípios ativos de pesticidas não registrados para as culturas hortícolas
Para operacionalização de tal sistema, as culturas foram agrupadas nos seguintes grupos nos quais constam suas respectivas culturas representativas: • Grupo 1: frutas com casca não comestível – laranja e melão; • Grupo 2: frutas com casca comestível – maçã e uva; • Grupo 3: raízes, tubérculos e bulbos – batata e cenoura; • Grupo 4: hortaliças folhosas – alface, repolho e couve; • Grupo 5: hortaliças não folhosas – tomate, pepino e pimentão; • Grupo 6: leguminosas e oleaginosas – feijão e soja; • Grupo 7: – coco.
palmáceas e nozes
A ausência de determinada cultura em um dos grupos ou subgrupos poderá ser sanada através de solicitação de inclusão, respaldada por dados, estudos e parecer técnico de pesquisador pertencente aos quadros de instituição de pesquisa credenciada. Para dar um exemplo de funcionamento do mecanismo estabelecido na IN, suponha que se queira extrapolar do tomate para berinjela o LMR de um pesticida que não tem registro para berinjela, mas tem para tomate. A berinjela consta do grupo cuja cultura representativa é o tomate e do subgrupo cuja cultura representativa é o pimentão. Conforme as disposições da IN, uma associação ou cooperativa de produtores, instituição de pesquisa ou extensão rural, ou empresa registrante, poderá requerer a extrapolação do LMR do pesticida do tomate para a berinjela, o qual terá validade por dois anos. Para tanto o solicitante terá que juntar ao requerimento de solicitação, um termo de compromisso de realizar estudos de resíduos para o estabelecimento do LMR para o pimentão, que é a cultura representativa do subgrupo ao qual pertence a berinjela. Realizados os estudos de resíduos, dentro do prazo estipulado, o LMR estabelecido para o pimentão será o LMR definitivo para a berinjela, o qual também poderá ser estendido para o jiló e para pimenta, pois ambos pertencem ao subgrupo do qual o pimentão é a cultura representativa. Assinale-se que as exigências e requisitos para o registro de pesticidas continuam os mesmos da legislação vigente, não havendo qualquer facilitação nesse sentido. O que se depreende do presente mecanismo dirigido para o registro de agrotóxicos para as pequenas culturas é que se constitui em um instrumento de estímulo para os fabricantes, uma vez que pelo exemplo apresentado, uma mesma bateria de estudos de resíduos pode servir para municiar o registro de um pesticida para mais de uma cultura, precisamente, para todas as culturas agrupadas em um subgrupo. Porém, o sucesso ou insucesso da aplicabilidade do mecanismo dependerá do interesse que o setor produtivo dedicar à questão e, principalmente, do calculo econômico a ser feito pelas indústrias, pois estas são as titulares do registro dos pesticidas e quem, em última análise, assumem os ônus e os bônus do registro, sob o ângulo da legislação, os produtores acabam sendo as vítimas de tal situação, uma vez que são os responsáveis pela aplicação dos pesticidas.
B6
Março 2010 l
JORNAL ENTREPOSTO
ECONOMIA
Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para março OPÇÕES DE COMPRA
Flávio Luis Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp PRODUTO
EMBAL.
PESO(KG)
JANEIRO PREÇO MÉDIO(R$)
FEVEREIRO PREÇO MÉDIO(R$)
TENDÊNCIA MARÇO
FRUTAS
QUANTIDADES COMERCIALIZADAS: Altas temperaturas e excesso de chuvas continuam prejudicando a produção de FLV nas regiões Sul e Sudeste. Mesmo com estas condições climáticas adversas, o
entreposto terminal de São Paulo (ETSP) encerrou o bimestre apresentando ligeira elevação na quantidade ofertada. O volume neste primeiro bimestre de 2010 foi 1,33%
maior que o registrado em janeiro de 2009. Foram comercializadas 513.441 toneladas em 2010 ante 506.684 negociadas em 2009.
ABACATE FORTUNA
CX K
22,00
22,67
24,04
ESTÁVEL
ABACAXI HAVAI
CENTO
180,00
247,50
195,89
ESTÁVEL
BANANA NANICA
KG
1,00
0,73
0,81
ESTÁVEL
CAQUI RAMA FORTE
KG
1,00
-
1,93
BAIXA
FIGO
CX T
1,50
9,54
4,34
BAIXA
LIMÃO TAITI
CX M
25,00
15,38
18,41
ESTÁVEL
MAMÃO FORMOSA
KG
1,00
0,83
1,01
BAIXA
MANGA TOMMY
KG
1,00
1,68
1,90
BAIXA
MELÃO AMARELO
CX
13,00
16,77
18,56
ESTAVEL
PESSEGO ESTRANGEIRO
KG
1,00
3,04
3,33
BAIXA
UVA ESTR.THOMPSON
KG
1,00
6,90
5,38
BAIXA
0,67
0,67
ESTÁVEL
LEGUMES ABÓBORA MORANGA
KG
1,00
ABOBORA SECA
KG
1,00
1,09
1,15
ESTÁVEL
ABOBRINHA ITALIANA
CX K
20,00
23,30
22,53
BAIXA
BATATA DOCE ROSADA
CX K
22,00
12,80
13,98
BAIXA
BERINJELA
CX K
12,00
11,21
13,47
ESTAVEL
JILÓ REDONDO
CX K
16,00
21,15
22,89
ESTÁVEL
MANDIOCA
CX K
23,00
11,50
10,06
ESTÁVEL
VERDURAS ACELGA
ENG
12,00
14,01
15,77
ESTÁVEL
ALFACE CRESPA
ENG
7,00
13,05
16,37
BAIXA
ALFACE LISA
ENG
8,00
14,36
17,05
BAIXA
BROCOLIS NINJA
ENG
8,00
17,23
21,92
ESTÁVEL
MILHO VERDE
SC
20,00
5,25
6,01
ESTAVEL
NABO
MÇ
3,00
7,10
9,20
BAIXA
REPOLHO LISO
ENG
25,00
17,26
23,18
ALTA
DIVERSOS
Tendência
Por setor de comercialização, houve crescimento nos setores de frutas (0,24%), legumes (3,34%), diversos (6,70%) e pescados (4,67%). O setor de verduras, muito castigado pelas condições climáticas negativas e flores registraram retração do volume comercializado.
As chuvas ocorridas desde o final de 2009 vêm prejudicando a produção de hortaliças, principalmente as mais sensíveis. No setor de verduras, o mais atingido pelas chuvas e altas temperaturas, a previsão é de recuperação a partir da segunda quinzena de março. A partir de abril, dependendo, obviamente, das condições climáticas, o setor poderá retomar a normalidade. O setor de legumes também foi bastante prejudicado em fevereiro e deverá sofrer os mesmo problemas que afetaram as verduras. Produtos mais sensíveis e, principalmente, o tomate,
tiveram perda de qualidade e elevação acentuada dos preços praticados. No setor de frutas, não houve perdas acentuadas neste curto prazo, Algumas culturas poderão ser atingidas caso persistam as chuvas. Apesar de algumas altas de preços, o setor apresenta boas opções para o consumidor. No setor de flores a expectativa é de preços e volumes estáveis. O setor de pescados deverá apresentar elevação da quantidade ofertada em razão da semana santa. Com a proximidade, a tendência é que não mais haja redução dos preços praticados.
MILHO DE PIPOCA
SC
30,00
47,65
53,02
BAIXA
OVO BRANCO
CX
20,00
38,03
44,92
ESTÁVEL
FLORES ALSTROMÉRI
MÇ
0,40
6,92
8,28
BAIXA
BOCA DE LEÃO
MÇ
0,66
4,69
7,29
BAIXA
CRAVO COMUM
DZ
0,25
8,63
9,29
ESTÁVEL
CRISANTEMO COMUM
PCT
1,50
12,85
13,97
ESTÁVEL
CRISANTEMO POLARES
VS
2,50
2,28
2,51
BAIXA
DALIA
MÇ
0,44
4,82
4,78
ESTÁVEL
ESTRELICIA
DZ
0,90
6,06
4,55
ESTÁVEL
GIRASSOL
PCT
2,60
4,28
5,22
ESTÁVEL
PESCADOS ATUM
KG
1,00
10,14
16,53
BAIXA
BAGRE
KG
1,00
4,00
3,72
BAIXA
CAÇÃO
KG
1,00
5,25
5,44
ALTA
CAVALINHA
KG
1,00
2,41
2,73
BAIXA
CORVINA
KG
1,00
3,28
3,19
BAIXA
ESPADA
KG
1,00
2,09
1,67
ESTÁVEL
MANJUBA
KG
1,00
3,35
2,37
BAIXA
SARDINHA FRESCA
KG
1,00
2,64
1,73
BAIXA
PRODUTOS COM QUANTIDADES OFERTADAS REDUZIDAS FRUTAS
CAJÚ, LIMA DA PÉRSIA,MAÇÃ ESTRANG.RED DEL E MEXERICA RIO.
LEGUMES
CHUCHU, ERVILHA TORTA, PIMENTÃO VERMELHO, TOMATE E VAGEM MACARRÃO.
VERDURAS AGRIÃO, ESPINAFRE, ESCAROLA, BROCOLOS, COENTRO, RABANETE E RÚCULA. DIVERSOS
BATATA BENEF.COMUM E CEBOLA ARGENTINA.
PESCADOS
CAMARÃO ROSA, PESCADA, PINTADO E ROBALO.
FONTE: CEAGESP
B7
JORNAL ENTREPOSTO l Março 2010
Aspectos logísticos afetam o agronegócio do mamão
CÁ ENTRE NÓS
Manelão* Colunista
A gastronomia na Ceagesp A Semana Santa está chegando e o preço do tomate está baixando. Assim, nosso peixe assado ou ensopado acompanhado de cebola, batata, pimentão, azeitona, brócolis e bastante azeite estará garantido na Páscoa. No dia 31 de março, a Associação Nossa Turma estará em festa, pois completará 12 anos de fundação com muita luta, dedicação e superação. Você está convidado a participar deste ato cívico às 14 horas na sede da entidade. As professoras estão treinando as crianças para entoarem um canto bem legal, agradecendo a Deus e a todas as pessoas de bem que apóiam a Nossa Turma. Neste dia vamos saborear o delicioso bolo da padaria Nativa, com sucos de laranja e de abacaxi, além de salada de frutas, feitos com produtos doados pelos permissionários do nosso mercado. ***
Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Um trabalho de mestrado e um de doutorado sobre pós-colheita de mamão ganharam destaque no site da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”). Eles foram o resultado da parceira entre a instituição acadêmica e a Cegesp para estudar o efeito na qualidade de mamão de dois sistemas de colheita, classificação, embalamento e transporte da variedade Golden. Os resultados foram assustadores. O Brasil apresenta uma produção anual de mamão que supera 1,8 milhão de toneladas. Cultivado praticamente em todo o território nacional, a região Nordeste concentra a maior área de produção, cerca de 18 mil hectares. O mamão é uma das frutas mais consumidas pelos brasileiros, sendo o estado de São Paulo o maior mercado consumidor do país. O Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp registra a comercialização de mais de 90 mil toneladas de mamão do grupo Solo por ano. O agronegócio do mamão apresenta produção e consumo positivos, no entanto, precisa investir na melhoria do processo de pós-colheita. Os sistemas de embalagem, transporte e manuseio praticados atualmente nos centros de produção e comercialização ameaçam a qualidade da fruta e as perdas pós-colheita de mamão podem atingir 75%, como mostram os trabalhos. O trabalho foi desenvolvido por Elaine Cerqueira,doutoranda da Departamento de Produção Vegetal da Esalq, orientada pelo professor Angelo Pedro Jacomino. A agrônoma fez um estudo na Ceagesp para entender o processo de comercialização do produto. O objetivo do trabalho foi caracterizar sistemas de embalagem e transporte do mamão Solo destinado ao mercado nacional e compará-los entre si, avaliando suas influências no desempenho pós-colheita do mamão transportado do local de produção até o mercado atacadista. Foram entrevistados os 20 maiores atacadistas (segundo os dados de entrada do SIEM) e 57 compradores, para montar um perfil desses dois agentes de comercialização. Foram realizadas visitas às regiões produtoras localizadas no norte do Espírito Santo e sul da Bahia, para caracterizar os procedimentos de colheita e pós-colheita de diferentes tipos de produtores.
Foram analisados mamões comercializados na Ceagesp em dois sistemas: I. Acondicionados em caixas de papelão e transportados em caminhão refrigerado; II. Acondicionados em caixas de madeira e transportados em caminhão coberto com lona.
Os mamões da variedade Golden, submetidos aos dois sistemas, foram coletados na Ceagesp e levados para o Laboratório de Pós-colheita do Departamento de Produção Vegetal da Esalq, onde foram mantidos a 23ºC e 80-90% UR, até o completo amadurecimento. Confira alguns dos resultados: • 1. As injúrias mecânicas detectadas foram abrasões, cortes e amassamentos em ordem decrescente de ocorrência. • 2. Houve maior quantidade de frutos injuriados no sistema II. • 3. A perda de firmeza no terceiro dia de armazenamento foi de 42% para os frutos do sistema I e de 63% para os frutos do sistema II. • 4. O sistema I apresentou teores de sólidos solúveis superiores ao sistema II. • 5. No teste sensorial de aparência os provadores preferiram os frutos do sistema I. • 6. Os frutos do sistema I apresentaram menor incidência de podridão (25%), comparado aos frutos do sistema II (65%). É assustadora a podridão mesmo em boas condições de armazenamento e transporte. • 7. A maior parte das podridões ocorreu na região peduncular. • 8. O tempo necessário de armazenamento para a ocorrência da primeira podridão foi de seis dias no sistema I e de três dias no sistema II. • 9. O número médio de injúrias por fruto foi de 3,9 no sistema II e 1,3 no sistema I. • 10. As lesões estavam localizadas principalmente na região mediana e foram, na maioria, de tamanho até 1,5cm. • 11. O sistema II desenvolveu coloração amarela mais rapidamente, amadureceu antes. • 12. No sistema II os frutos apresentaram firmeza inferior a 20 Newtons no terceiro dia de armazenamento e no sistema I no nono dia de armazenamento.
Em maio a Ceagesp vai abrigar dois grandes eventos. A Femetran, aguardada por permissionários, funcionários e produtores, colocará frente a frente os pilotos de caminhão com os lançamentos da indústria automotiva. A feira é a oportunidade de estreitar a aliança campo-transporte-mercado. Já no dia 23 de maio, a gerência e a diretoria da Ceagesp já reservaram o espaço no PBC-F para a realização da etapa do tradicional circuito da “Queima do Alho”, realizado em prol das crianças atendidas pela Nossa Turma. O Viva Condomínio e o Instituto da Criança já estão firmes na organização do evento e algumas empresas já estão confirmadas. São elas: Gelo Barroso, Sorvetes Oggi, Jornal Entreposto, Sérgio Praça do Coco, Grupo NK, Peg & Pese, Santa Júlia, Legumes Batista,
Queima do Alho 2009, realizada na Ceagesp
Alfa Citros, Mamão Dalas e banca Quero Ler. Na próxima edição, divulgaremos os nomes de todas as empresas parceiras. No total, 32 comitivas já foram confirmadas, entre elas a Capiau, que cozinhará num programa de televisão para divulgar o evento. Os ingressos e cotas de participação podem ser adquiridos na sede da Nossa Turma. Mais informações: 3643-3737 3832-3366.
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JORNAL ENTREPOSTO
Rotação aumenta produtividade Culturas agrícolas inseridas em sistema de rotação de culturas apresentam, em média, 10% de aumento de produtividade. Este é um dos principais resultados de um experimento sobre rotação de culturas conduzido durante 25 anos pela Cooperativa Coamo em parceria com a Embrapa Soja.
Capítulo III
O produtor rural e a Previdência Social Anita de Souza Dias Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale Ossir gorestein Ubiratan Martinz Ferraz CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam a melhoria desse serviço
O CQH (Centro de Qualidade em Horticultura) desenvolveu, com a colaboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), cartilhas destinadas ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais. A cartilha foi dividida em partes. A primeira parte trata do ‘Produtor Rural e a Previdência Social’, a segunda do ‘Preenchimento da Nota Fiscal do Produtor’ e a terceira, que está sendo elaborada pelo Senar, das ‘Obrigações Trabalhistas do Produtor Rural’. Aqui está o capítulo III com as respostas às perguntas 17ª a 23ª e um resumo das contribuições. As respostas às primeiras dezesseis perguntas estão nas duas últimas edições do Jornal Entreposto. 17ª Existem isenções da contribuição sobre o valor da produção para o produtor rural? Sim, em algumas situações: • Na venda de produto vegetal destinado ao plantio ou reflorestamento, a quem o utilize diretamente com essas finalidades, ou à pessoa ou entidade que, registrada no Ministério da Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária, se dedique ao comércio de sementes e mudas no País; e • Na venda de produto animal destinado à reprodução, à criação pecuária ou granjeira e à utilização como cobaias para fins de pesquisas científicas. 18ª O que significa o Funrural? O Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural – FUNRURAL foi criado pela Lei nº 4.214, no ano de 1963, como um sistema de previdência específico para os trabalhadores da área rural, com benefícios e formas próprias de custeio. 19ª Ainda existe o Funrural? Não, o FUNRURAL foi incorporado em 1977 ao Sistema Nacional de Previdência Social – SINPAS, que passou a receber as contribuições devidas sobre a comercialização e a conceder benefícios. 20ª Quais são as alíquotas (ou os percentuais) que devem ser aplicados à receita bruta para o cálculo da contribuição social sobre a produção comercializada? O produtor rural pessoa física paga sobre o valor bruto da produção comercializada 2,3% (dois mais três décimos percentuais), assim distribuídos: 2% para a Previdência Social, 0,1% para SAT - Seguro de Acidentes de Trabalho e 0,2% para o Senar. O res-
ponsável pelo recolhimento é a empresa adquirente (sub-rogação) ou o produtor na venda à pessoa física e exportação. O produtor rural pessoa jurídica, ou empresa agropecuária, paga sobre o valor bruto da produção 2,85% (dois e oitenta e cinco centésimos percentuais), assim distribuídos: 2,5% para a Previdência Social, 0,1% para RAT (Riscos Ambientais do Trabalho) e 0,25% para o Senar. 21ª O que é Senar? O Senar é uma instituição privada, vinculada à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA. Foi criado pela Lei nº 8.315, de 23.12.1991 e possui 27 Administrações Regionais localizadas em todos os Estados e Distrito Federal. A exemplo do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), o Senar tem como principais focos de trabalho a formação profissional rural (qualificação, aperfeiçoamento, atualização ou especialização) e na Promoção Social (processo educativo, não-formal, participativo e sistematizado, que visa ao desenvolvimento de aptidões pessoais e sociais do trabalhador rural e sua família, numa perspectiva de maior qualidade de vida, consciência crítica e participação na vida da comunidade) para o trabalhador e para o produtor rural. 22ª Porque o produtor rural pessoa física tem CNPJ? A inscrição do produtor existe no âmbito dos estados e o CNPJ engloba todos os produtores rurais num registro nacional. O Cadastro Sincronizado Nacional está em vigor no estado de São Paulo desde o dia 20 de março de 2006, conforme procedimentos descritos na Portaria CAT-14/06, sendo implementado pela Receita
Federal do Brasil (RFB) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz/SP) e tem como um dos seus objetivos integrar o Cadastro de Contribuintes do ICMS e o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a utilização do CNPJ como identificador cadastral único no âmbito das duas administrações tributárias. Sem prejuízo da atividade exercida, todos os produtores rurais, pessoa física, inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS, ou seja, detentores de Inscrição Estadual (IE) de Produtor são obrigados a se inscreverem no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), conforme prevê o inciso XV, do artigo 11, da Instrução Normativa RFB nº 568/05. 23ª Com o CNPJ rural o produtor rural pessoa física terá de constituir empresa e recolher impostos como pessoa jurídica? Não. Embora o produtor rural, pessoa física, passe a ser identificado por um número de CNPJ, não significa que ele terá de constituir empresa para dar continuidade à atividade rural, nem que terá que assumir as obrigações fiscais e tributárias atribuídas à pessoa jurídica. A Inscrição Estadual de Produtor continuará a existir de forma integrada com o CNPJ, cujo número de inscrição passará a representar um registro único do produtor junto a RFB e a Sefaz/SP, para fins de controle cadastral. O produtor rural pessoa física não pode, por exemplo, valer-se do CNPJ para obter um empréstimo bancário como pessoa jurídica. Apesar de ter um número de CNPJ ele não é pessoa jurídica. 24ª Resumo das contribuições Estas são as contribuições devidas pelo produtor rural à Previdência Social com suas respectivas alíquotas:
1. Produtor Rural Pessoa Física - Segurado Especial • a) Recolhimento sobre o valor da produção comercializada – 2,3% (Sub-rogação); • b) Recolhimento facultativo sobre o salário contribuição – 20% (aumento da aposentadoria). 2. Produtor Rural Pessoa Fí-
sica – Contribuinte Individual • a) Recolhimento sobre o valor da produção comercializada – 2,3% (Sub-rogação); • b) Recolhimento sobre o salário-contribuição – 20% (aposentadoria própria); • c) Desconto e recolhimento de 11% conforme faixa salarial do empregado;
• d) Recolhimento de 2,7% devido a terceiros, sobre o valor da folha de pagamento de empregados; • e) Recolhimento de 20% sobre a remuneração paga a autônomos; • f) Recolhimento de 15% sobre o valor dos serviços prestados na Nota Fiscal ou Fatura de Cooperativa de Trabalho. 3. Produtor Rural Pessoa Jurídica – Empresa • a) Recolhimento sobre o valor da produção comercializada – 2,85% (Sub-rogação); • b) Desconto e recolhimento sobre a folha de pagamento de empregados segurados: 8%; 9% e 11% conforme a faixa salarial; • c) Recolhimento de 2,7% devido a terceiros, sobre o valor da folha de pagamento de empregados; • d) Recolhimento de 20% sobre a remuneração paga a autônomos contratados, sócios, diretores; • e) Recolhimento de 15% sobre o valor dos serviços prestados na Nota Fiscal ou Fatura de Cooperativa de Trabalho.
Mais informações: cqh@ceagesp.gov.br Tel.: ( 11) 3643-3825
JORNAL ENTREPOSTO l
Março 2010
Ceasas Brasil
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COMERCIALIZAÇÃO
Ceasa do Acre dá início às suas atividades A previsão, segundo o órgão, é de que a Ceasa opere até o fim deste mês com 39 empresas, sendo dez escolhidas por licitação no mês de fevereiro
Desde o primeiro dia de março, o estado do Acre também tem sua central de abastecimento, que ocupa uma área de mais de dez hectares e está localizada na capital, Rio Branco. Com estrutura dividida em um pavilhão de 4.898 m² com 30 boxes, a central será voltada para empresas e 130 módulos para ocupação de produtores rurais. De acordo com a central, já existem seiscentos produtores cadastrados com proposta de expansão para mil. A obra consumiu investimentos de cerca de R$ 9 milhões, com recursos oriundos do Ministério da Agricultura e da prefeitura. A previsão, segundo o órgão, é de que a Ceasa opere até o fim deste mês com 39 empresas, sendo dez escolhidas por licitação no mês de fevereiro. As outras 20 empresas atacadistas foram transferidas da região central, com base em lei municipal que autorizou a dispensa de licitação para os atacadistas de hortigranjeiros já existentes. Segundo o presidente da Ceasa Acre, Sérgio Lopes, o objetivo da lei é garantir o interesse público ligado à organização do abastecimento local. A gestão da nova central é municipal, sob a responsabilidade do Departamento de Abastecimento e Comércio da Ceasa. A estimativa, segundo o órgão, é de que a nova Ceasa gere 150 empregos diretos e até 350 indiretos, sem contar os 33 funcionários da gestão da Ceasa. Entre os produtos ofertados pela unidade, estão exemplos típicos do agroextrativismo da região amazônica como cupuaçu, açaí e buriti.
Produtos comercializados na Ceasa/SC serão rastreados Atacadistas e produtores rurais terão que identificar produtos em rótulos e embalagens As diretorias da Ceasa-SC e AUPC assumiram compromisso junto ao Ministério Público para definir um Termo de Ajustamento de Conduta, em conjunto com a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) e o Procon para o controle de rastreabilidade dos produtos comercializados na unidade de São José.
De agora em diante, todos os atacadistas e produtores rurais passarão a comercializar frutas, legumes e verduras (FLV) devidamente identificados, obedecendo às normas previstas da legislação de rotulagem e embalagem. O pré-ajuste do Termo de Conduta será apresentado até dia 26 de abril, quando será definido o prazo para adaptação e início da cobrança. Segundo o presidente da Ceasa-SC, Ari João Martendal, as frutas, legumes e verduras serão identificados desde quando semeados, aplicação de agrotóxicos e se foi respeitado o prazo de carência. Isso vai facilitar a identificação de problemas ocorridos durante a produção bem como a adoção medidas
preventivas. Produtos rastreados são mais competitivos e valorizam o bom produtor. Com a identificação, o produtor assume sua responsabilidade pela colocação dos produtos no mercado, evitando o efeito dominó: quando quem trabalha certo também paga por quem faz errado. Se por infelicidade um produto estiver contaminado e causar dano ao consumidor, além de punir o responsável, todos os produtores, o ponto de venda, o município e até o estado são punidos também. “O assunto é muito sério, pois comercializamos comida e precisamos garantir a qualidade desses alimentos. Para isso é preciso saber de quem comprar, saber como foi produzido, se foi obedecido a
quantidade permitida de agrotóxicos e, principalmente, obedecido o período de carência antes da colheita. Não vale a pena correr o risco”, ressalta o presidente da AUPC, Marco Antonio de Freitas. Fiscalização Os fiscais da Anvisa já estão intensificando a verificação das frutas, legumes e verduras junto aos supermercados. Se os produtos não tiverem rótulo indicando o produtor, não poderá ser rastreado. Portanto, a responsabilidade será dos atacadistas ou dos supermercados. Esses terão que arcar com as penalidades previstas se o produto tiver excesso de agrotóxicos, alteração no peso ou quantidade indicada nas embalagens, conforme previsto na lei federal.
Índice Ceagesp aumenta 10,52% em fevereiro Os setores de verduras, com alta de 19,01%, e o de legumes, com aumento de 17,31%, puxaram para cima o Índice Ceagesp, que subiu 10,52% em fevereiro. No bimestre, o Índice, que mede a variação dos preços no atacado dos principais produtos comercializados na estatal, acumula alta de 11,44% e nos últimos 12 meses 12,45%. As chuvas e as altas temperaturas acentuaram a redução no volume ofertado de legumes e verduras. Já a qualidade das folhas e dos legumes mais sensíveis ao tempo também foram bastante prejudicados. Assim, os preços destes setores continuam extremamente elevados. De acordo com a Ceagesp, a tendência para março é de não haver mais elevação de preços no setor de verduras, pois os valores já atingiram o pico e a expectativa é de ligeira redução mesmo que a quantidade ofertada não esteja restabelecida. Dependendo obviamente das condições climáticas, o índice deve manter-se em estabilidade podendo apresentar uma pequena redução. No entanto, somente em abril a oferta, a qualidade e os preços das hortaliças e produtos mais críticos deverão retornar a normalidade.
Ceagesp
10,52% índice fevereiro
19,01% verduras alta
17,31% legumes aumento
12,45% principais produtos comercializados acumula alta nos últimos 12 meses
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l JORNAL ENTREPOSTO
SOFTWARE PARA
CQH
NOTA FISCAL
ELETRÔNICA
Dia 1 de Abril é a data da
Frutas e hortaliças frescas - respondendo às perguntas do varejo
obrigatoriedade de Emissão de Nota Fiscal Eletrônica imposta pelo Governo. Você já se preparou?
Vantagens:
Para facilitar a vida de quem trabalha em supermercados e áreas afins, o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp começa, nesta edição do JE, a responder algumas questões recorrentes sobre as frutas e hortaliças frescas
Características:
Suporte técnico 24 horas e 07 dias por semana, por telefone, chat ou acesso remoto;
Cadastro de Clientes, Fornecedores, Produtos e Estoque;
Programa de fácil manuseio com autocomplemento na digitação dos dados;
Integração através de arquivos em XML e TXT;
Atualização constante das regras e procedimentos conforme definição SEFAZ; Tabelas básicas já cadastradas: NCM, CNAE, CFOP, CEP e impostos; Integração com o seu sistema de gestão atual; Envio de email ao seu cliente automático;
Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Emissão do DANFE em contingência sem conexão com a internet; Disponibilidade de Integração Contábil;
Quais os cuidados no transporte das frutas e hortaliças?
Qual é a melhor forma de armazenar frutas e hortaliças para que mantenham características como frescor, aparência, uniformidade? As exigências de ambiente são as mesmas para a manutenção da qualidade no transporte. Uniformidade é o resultado de uma boa qualidade de classificação pelo produtor. O que deve ser feito para evitar falta de produto na seção de FLV do supermercado? Utilize as informações do seu banco de dados para entender o comportamento de compra de frutas e hortaliças dos seus clientes. Compre produtos de boa qualidade e durabilidade e adote as técnicas de manuseio mínimo.
Como expor frutas e hortaliças para estimular o consumidor a comprá-los? Procure seguir as sete regras básicas relacionadas a seguir: • Adote o manuseio mínimo; • Compre produtos de boa qualidade com frequência; • Conheça o seu cliente, através do seu banco de dados e entrevistas na loja, para definir a melhor estratégia para a sua realidade; • Treine o seu atendente de FLV para que ele entenda do produto e possa orientar e tirar dúvidas do seu cliente; • Promova degustações no supermercado; • Criação de expectativa e aventura como: ‘É tempo de abacaxi do Tocantins’, se possível mostrando um mapa ou ‘É tempo de caqui’, mostrando um quadro de variedades; • Utilize o material de divulgação como o Guia de Variedades, já desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp.
Piloto Automático: Importação, Validação, Assinatura (Certificado Digital), Geração de Lote, Envio, Busca (autorizada, rejeitada ou denega) e Impressão do DANFE; Disponibilidade do DANFE em impressora laser e/ou matricial; Disponibilidade de 4 layouts do DANFE: A4 Paisagem, A4 - retrato, Continuo - Paisagem, Continuo - Retrato; Processo de emissão do DANFE em regime: Normal e Contingência SCAN, DPEC e FS-DA; Cancelamento e Inutilização de numeração.
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MENDADO
Faça como algumas Empresas do CEAGESP ES
O produto adquirido deve ser de boa qualidade. A receita básica é o chamado “manuseio mínimo”, a conservação da qualidade, que vem da roça. Ferimentos e pancadas devem ser prevenidos, pois aceleram o metabolismo e abrem porta para a entrada de microorganismos oportunistas. As frutas e hortaliças frescas possuem alto conteúdo de água - de 85 a 95% - e alto metabolismo depois de colhidas. Elas esquentam, perdem água e entram em senescência. A refrigeração é o método mais antigo de conservação de frutas e hortaliças frescas. No Brasil ela é pouco e mal utilizada. A quebra da cadeia de frio é um desastre – acelera a senescência, fornece água livre para o desenvolvimento de microorganismos. O transporte do mix de produtos deve considerar as diferentes tolerâncias de cada produto ao frio, à umidade do ar, ao etileno. O transporte de 12º a 15oC, 85% UR e troca de ar constante, de produtos embalados em caixas resistentes e de fácil empilhamento e ventilação é um grande avanço.
NT
A flutuação de oferta de uma fruta ou hortaliça ao longo do ano é função da sazonalidade da produção das suas regiões de origem. A boa agronomia recomenda que cada produto seja produzido nas regiões e épocas mais aptas, trabalhando em consonância com a natureza: temperatura, umidade, número de horas de luz, luminosidade, diferença entre as temperaturas noturna e diurna etc. A parceria com a natureza permite que o produto, na sua melhor época de produção, tenha a melhor qualidade com o menor custo. O Brasil é um país muito grande, o quinto maior país do mundo e apresenta inúmeros microclimas que possibilitam a produção em diferentes regiões em diferentes épocas do ano. A compra na melhor época de produção permite oferecer ao consumidor um produto mais saboroso, de maior durabilidade e de menor custo. Alguns produtos como o caqui e o pêssego, por exemplo, apresentam alta sazonalidade e grande variação de preço ao longo da safra, função da variação do volume de oferta. Na maioria das vezes, a diminuição de preço na safra não é repassada para o consumidor. O varejista diminui um pouco o preço e aumenta muito a sua margem. O varejista deve aproveitar a época de maior volume de cada produto para oferecer ao seu consumidor um produto muito mais barato e de melhor qualidade na safra, ganhando com o volume de venda e não com ao aumento de sua margem de lucro.
Necessidade de Internet somente no momento da emissão da Nota Fiscal;
RE
Quando comprar cada fruta e hortaliça?
Digitação da Nota Fiscal;
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Gaucho - Degeronne Comercial
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Trovão Comercio de Pescados
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JORNAL ENTREPOSTO l
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Março 2010
Transporte
movimentação e logística
Programa amplia linha de veículos de carga financiados para agricultores O agricultor familiar conta, desde o início deste mês, com mais opções de veículos de carga de pequeno porte para atender as suas necessidades de produção, escoamento e comercialização. Agora, o programa Mais Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) oferece veículos com capacidade de transporte de carga entre 500 quilos e uma tonelada em condições especiais de financiamento. De acordo com o ministério, os modelos têm descontos que variam de 7% a 12% em relação ao preço de mercado, em virtude de acordo feito entre o ministério e os fabricantes.. O coordenador do programa, Hercílio Matos, explica que a inclusão atende aos produtores familiares que buscam veículos menores e, consequentemente, mais econômicos. “Com a inclusão desta categoria, agricultores familiares menores podem adquirir um utilitário que se enquadra no perfil da sua propriedade.”
Desde a Safra 2008/2009, quando o programa passou a oferecer crédito para investimentos na modernização da infraestrutura das unidades familiares, os produtores inscritos no Pronaf contam com limite de crédito de até R$ 100 mil, com até dez anos de prazo para pagamentos, até três anos de carência e juros de 2% ao ano. Desde janeiro deste ano, o programa passou a financiar também veículos de transporte de carga para os agricultores familiares com a oferta de 15 modelos de caminhões com capacidade para transportar entre 1,5 tonelada a até oito toneladas. Com a inclusão de veículos de transporte de carga de pequeno porte, esta linha de crédito já atende todos os perfis de produtores familiares. Ciclo completo Além de veículos para o transporte de carga e a comercialização da produção, os agricultores familiares podem, por meio da linha de cré-
dito, financiar tratores, máquinas, implementos agrícolas, projetos para construção de armazéns e silos, cerca elétrica para isolamento do rebanho, melhoramento genético, correção de solo, formação de pomares e melhoria da logística administrativa das propriedades rurais, como a informatização dos estoques, entre outras ações. O primeiro passo para o agricultor familiar acessar o financiamento é procurar uma empresa de assistência técnica e extensão rural, que vai verificar e avalizar a viabilidade do projeto que será desenvolvido.
7% a 12% modelos têm descontos que variam em relação ao mercado
Ford lança Transit Chassi
A Ford lançou neste mês a Transit Chassi, apresentada como uma nova solução para o transporte de cargas urbanas volumosas. O modelo oferece facilidade para a instalação de implementos e pode comportar baú de até 20,3 metros cúbicos. Indicada para o transporte de alimentos, móveis, flores, roupas e diversos tipos de cargas. “A Transit Chassi traz mais versatilidade para o transporte urbano, com um nível sem igual de eficiência e tecnologia. É uma solução prática e moderna para os clientes que exigem o melhor, com economia em todo o ciclo de operação”, disse Oswaldo Jardim, diretor de Operações de Caminhões da Ford América do Sul. A Transit vendida no Brasil tem a mesma configuração da versão europeia, onde é líder de mercado há mais de quatro décadas. Segundo a montadora, a nova versão chassi atende o crescente mercado de veículos comerciais leves de uso urbano com perfil adequado para trafegar nas zonas de restrição ao uso de caminhões. Equipada com o motor Ford Duratorq 2.4, tem um torque de 310 Nm e potência de 115 cv. Além de transportar uma carga útil de 1.696 kg, oferece uma distância de entre-eixos de 3.954 mm, espelhos com hastes estendidas que garantem a visibilidade mesmo com implementos mais largos, e para-choque e lanternas que comportam implementos com balanço traseiro maior.
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l JORNAL ENTREPOSTO
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MAC O incrível Museu de Arte Contemporânea – o MAC, como é conhecido –, flutuando sobre o mar. Observar o horizonte, embaixo do museu, pode nos levar à dimensão do infinito: como se água e céu se encontrassem, sem cerimônia, ali, sob os nossos olhos. Foi eleito, recentemente, a primeira maravilha da cidade, um reconhecimento merecido!
Rio de Janeiro
No dia 1º de janeiro de 1502, navegadores portugueses avistaram a Baía de Guanabara. Acreditando que se tratava da foz de um grande rio, deram-lhe o nome de Rio de Janeiro, dando origem ao nome da cidade. Situada em meio a uma paisagem privilegiada pela natureza, entre o mar e as montanhas, a cidade do Rio de Janeiro é uma das mais belas do mundo o que lhe valeu o título de Cidade Maravilhosa. O carnaval é a principal festa popular do Brasil, sendo o carnaval do Rio de Janeiro o mais rico e conhecido, atraindo milhares de turistas nacionais e estrangeiros. Todos os anos, na época de Momo, a cidade respira durante cinco dias um invejável ar de alegria. Os cariocas esquecem problemas e obrigações e rendem-se ao gigantesco espetáculo de dança e magia.
Pão de Açúcar: O Pão de Açúcar é outro cartão postal mundialmente conhecido. Para se chegar ao topo (396 m), o visitante subirá de teleférico em duas etapas. A primeira vai até o Morro da Urca (220 m) e a segunda até o Morro do Pão de Açúcar. No topo é possível observar a baía de Guanabara, do Centro da cidade, a Ponte Rio-Niterói, entre tantas outras maravilhas. Praia de Copacabana: Catedral Metropolitana:
Se você for ao Rio não deixe de conhecer: Morro do Corcovado com Cristo Redentor: O Morro do Corcovado certamente é a maior atração da cidade. Situado a 710 metros acima do nível do mar, sustenta a estátua do Cristo Redentor, um dos mais conhecidos monumentos do planeta. A subida até o topo pode ser feita pelo trenzinho ou de automóvel, o visitante ainda pode conhecer no caminho o Mirante Dona Marta.
Conhecida como a Princesinha do Mar, Copacabana é uma síntese da cidade; é lá que fica o famoso “calçadão”. A praia possui seis postos de salvamento que são ótimas referências geográficas. Sua faixa de areia é bastante larga, o que propicia a prática de diversos esportes. Vale a pena visitar o Forte de Copacabana no Posto 6, palco de eventos históricos do Brasil e sede do Museu Histórico do Exército.
Ipanema: Este pedaço de areia ficou mundialmente conhecido pela música “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Nas areias de Ipanema há com frequência shows musicais gratuitos para o público, geralmente à noite.
O formato de cone da Catedral tem 96 metros de diâmetro interno, 80 metros de altura e capacidade para 20 mil pessoas em pé. A beleza fica por conta dos vitrais coloridos que acompanham as paredes até a cúpula em forma de cruz, e a enorme imagem de Cristo suspensa por cabos. Parque Nacional da Tijuca: A maior floresta urbana do mundo. A presença de guia é necessária, pois as trilhas são mal sinalizadas e é fácil se perder.
Paço Imperial:
Forte de Copacabana Museu Histórico do Exército:
O Paço Imperial foi residência da família real portuguesa entre 1808 e 1889. Sua inauguração, porém, foi em 1743 e serviu de sede para vários departamentos governamentais. Foi restaurado em 1985 e tornou-se um centro cultural.
O belo forte está localizado no final da Praia de Copacabana (lado de Ipanema). À noite conta com uma linda iluminação. No museu, inaugurado em 1987, estão expostas peças de artilharia e infantaria de épocas diversas.
Informações Acessos: De São Paulo, acesso pela Via Dutra. Do Litoral Norte de São Paulo: acesso pela Rio-Santos. De ônibus: As empresas São Geraldo (0800-7043496), Itapemirim (0800-723-2121), Cometa (4004-9600), 1001 (40045001), Águia Branca (4004-1010) e Penha (0800-723-2121) têm saídas das principais capitais do país. De avião, há vôos diários e diretos partindo das principais capitais do país. Para mais informações sobre passeios e a cidade: Abreutur (21) 2586- 1820 www.abreutur.com.br Blumar Turismo (21) 2142-9300 www.blumar.com.br