Jornal Entreposto | Junho de 2011

Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - No 133 | junho de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Nossa Turma e a Escola do Sabor Projeto aproxima crianças da agricultura e estimula alimentação saudável

Além de promover a introdução de frutas e hortaliças frescas no cardápio infantil e tornar esses produtos fontes de prazer e diversão, o programa visa também à formação de novos consumidores págs. 4 e 5 | Qualidade |

pág. 20

Comercialização de mangas terá mudanças | Ceasas Brasil |

pág. 22

Ceasa de Curitiba moderniza gestão | Meio Ambiente |

Produção orgânica deve crescer 40%

A comunidade japonesa no Brasil é a terceira fora do Japão

No ano passado a produção mundial apresentou crescimento significativo e a expectativa é de que este ano seja semelhante, o que deve elevar o faturamento do setor para R$ 700 milhões

E continua influenciando fortemente a cultura mesmo tendo reduzido a colônia ao longo dos tempos

pág. 10

| Qualidade|

pág. 8

Os reis da boleia

fundamentais do sistema econômico brasileiro, caminhoneiros comemoram seu dia em 30 de junho. pág. 6

pág. 8

Alta

9,59%

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Verduras Baixa -12,39%

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Baixa -4,37%

Legumes

Diversos Baixa -5,69%

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Baixa -3,55%

Frutas

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Pescado

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ESPAÇO APESP: Ceagesp ganha posto de defesa agopecuária Geral

pág. 28

Cultivo de floresta poderá ser considerado atividade agrícola

Engrenagens

Índice Ceagesp - Maio 2011

Baixa -6,61%

pág. 18

O mercado atacadista da Ceagesp paulistana

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Editorial

junho de 2011

EDITORIAL

Parabéns aos japoneses e muito obrigado No começo do século 20, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão passava por um período de grande crescimento populacional. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês.

Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferia o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses.

Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.

O começo da imigração foi um período difícil. A língua diferente, os costumes, a religião ,o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, que geralmente era desfavorável para os japoneses. Mesmo assim, eles venceram estes problemas e prosperaram. Embora a ideia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro obtendo grande sucesso.

Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O então presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.

Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços.

Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão.

Plenamente integrados à cultura brasileira, contribuem com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural de nosso país. Os japoneses trouxeram junto com a vontade de trabalhar, sua arte, costumes, língua, crenças e conhecimentos que contribuíram muito para o nosso país. Juntos com portugueses, índios, africanos, italianos, espanhóis, árabes, chineses, alemães e muitos outros povos, os japoneses formam este lindo painel multicultural chamado Brasil.

No dia 18 de junho comemoramos 103 anos da imigração japonesa no Brasil. A data é alusiva ao primeiro registro de imigrantes daquele país em território brasileiro: a chegada do navio Kasato-Maru, ao porto de Santos, em 1908.

Depois da inversão do fluxo migratório, a comunidade brasileira no Japão é a terceira maior fora do Brasil e a terceira maior comunidade imigrante no Japão.

Esse fenômeno reduziu a colônia, mas, curiosamente, a influência da cultura nipônica sobre a brasileira é cada vez maior.

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Editorial

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NOSSA TURMA E A ESCOLA DO SABOR

Projeto aproxima crianças da agricultura e estimula alimentação saudável Atividades visam à introdução de hortaliças frescas no cardápio infantil, além de modificar hábitos alimentares e formar novos consumidores desses produtos

A

Organização Mundial da Saúde recomenda a ingestão diária de quatrocentros gramas de frutas e hortaliças para garantir o suprimento de vitaminas, sais minerais e fibras necessário para proteger a saúde e prevenir uma série de doenças. Contudo, no Brasil, o consumo é restrito a apenas um terço do recomendado.

Um dos fatores que contribuem para o baixo consumo é a falta de costume, problema que começa já na infância, período em que se formam os hábitos alimentares. Crianças aprendem a gostar dos alimentos à medida que são expostos a ele, ou seja, quanto mais for oferecido, maior a chance de aceitação. “Por esta razão atividades que visem à educação alimentar desde a infância são tão importantes e eficientes, desde que aconteçam de forma sistemática e periódica”, diz a nutricionista e diretora geral da QualyFood Consultoria em Nutrição, Vivian Zollar.

Foi pensando nisso que o Centro em Qualidade e Horticultura (CQH) da Ceagesp desenvolveu o projeto Escola do Sabor em parceria com a Associação Nossa Turma, organização não governamental que atende cerca de 300 crianças que vivem em comunidades vizinhas ao entreposto paulistano.

Além de promover a introdução de frutas e hortaliças frescas no cardápio infantil e tornar esses produtos fontes de prazer e diversão, o programa tem outros objetivos mais ambiciosos, como aproximar as crianças da agricultura e fazêlas compreender o conceito da cadeia produtiva, mostrando o

caminho percorrido pelo produto, desde o cultivo até sua chegada à mesa. Para chegar aos resultados planejados, existe uma rede de colaboração. O comerciante Oswaldo Batista, da Iguape, é parceiro do projeto desde o início e sua empresa é a fornecedora dos produtos para o preparo das receitas. Batista diz que resolveu participar porque acredita na seriedade do projeto e, segundo ele, o que é feito na Ceagesp em prol das crianças é muito pouco. “Acho que os permissionários deveriam se empenhar mais porque a união dos comerciantes pode contribuir para fortalecer ainda mais projetos como esse”, diz.

Toda a equipe da Nossa Turma também está envolvida no programa, que começa com a apresentação, pelos técnicos do CQH, dos benefícios das hortaliças às merendeiras e professoras da entidades. A partir daí, são desenvolvidas histórias, jogos e brincadeiras que exploram as particularidades de cada produto. As crianças participam de todo o processo: elas plantam, observam o desenvolvimento e acompanham a colheita.

Depois, durante as aulas de culinária, participam do preparo dos pratos feitos à base da hortaliça colhida. Além disso, os legumes são utilizados em atividades pedagógicas e na sala de aula, em lições de matemática e português. “Antes do projeto, as crianças acreditavam que tudo que comiam vinha do supermercado”, diz a coordenadora pedagógica da Nossa Turma, Magali Maria Canil.

O primeiro vegetal abordado foi a mandioca e a decisão foi trabalhar com um produto de cada vez durante três meses, uma vez por semana. Os alunos também já puderam experi-

mentar beterraba, batata doce e chuchu. A cozinheira Edilza Martins de Carvalho é a responsável pelo preparo do cardápio oferecido aos pequenos. Ela se inspira em receitas retiradas da internet e em outras que aprendeu em cursos de alimentação saudável. “As receitas com mandioca são as preferidas da criançada, mas agora ficou mais fácil apresentar outros legumes”, diz Edilza. Uma vez que experimentam – e se adaptam – ao sabor da hortaliça, as crianças levam esse conceito para casa e acabam influenciando os hábitos alimentares de toda a família.

“Muitas mães comentam que os filhos passaram a comer melhor em casa, sem rejeitar um alimento antes de experimentar”, diz o presidente da Nossa Turma, Manoel da Silva Filho, o Manelão.

A nutricionista Vivian Zollar considera que iniciativas como a Escola do Sabor são fundamentais para que a criança aprenda, conheça e se familiarize com os alimentos. “A horticultura e atividades de experimentação dos alimentos até aproximadamente os seis anos de idade auxiliam no processo de descoberta e estimulação dos sentidos”, explica.

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NOSSA TURMA E A ESCOLA DO SABOR

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Alimentação correta na infância ajuda a prevenir doenças em adultos

Pesquisas na área de nutrição consideram os primeiros anos de vida como os mais importantes para o estabelecimento de hábitos saudáveis.

Além disso, a transmissão de informações para crianças de até 12 anos se dá de forma eficaz, já que elas estão em fase de formação de hábitos alimentares.

Especialistas confirmam a tese de que a criança que é alimentada de forma saudável desde a infância recebe os nutrientes necessários ao bom desenvolvimento físico e cognitivo, apresentando um crescimento adequado.

Por outro lado, uma alimentação inadequada aumenta o risco de deficiências de nutrientes que podem causar anemia ferropriva - carência es-

A obesidade infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras

pecífica de ferro que interfere, inclusive, no processo de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo da criança. A carência de nutrientes também pode causar prejuízo na formação de massa óssea e dos dentes, além de obesidade e suas complicações, como diabetes e hipertensão, que podem se manifestar a

curto ou médio prazo-, além de carregar hábitos inadequados para adolescência e vida adulta.

Segundo dados da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a obesidade infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras. Os crescentes índices de obesidade e de doenças cardiovasculares em crianças estão diretamente associados às mudanças no modo de vida, particularmente o sedentarismo e o consumo de alimentos gordurosos e açúcares.

“A alimentação saudável estimulada desde a infância cria hábitos adequados que tendem a permanecer por toda vida, garantindo assim um menor risco de desenvolvimento de doenças associadas à má alimentação”, alerta a nutricionista Vivian Zollar.

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Dia Nacional do Caminhoneiro

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Os reis da boleia Nas estradas e nos entrepostos do país, caminhoneiros reinam absolutos quando o assunto é transporte de cargas

Festejado em 30 de junho, o Dia Nacional do Caminhoneiro é uma ocasião especial, em que comemoramos a importância do trabalho daqueles que levam e trazem nossas riquezas em suas carrocerias, faça chuva, tempestade ou sol.

Apesar de não ser unanimidade, já que muitos consideram o dia de São Cristóvão (25/8),

Segundo o Ministério dos Transportes, trafegam pelas estradas brasileiras cerca de dois milhões de caminhoneiros, que transportam 60% da carga movimentada no Brasil. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelam que 90% dos transportes de frutas e hortaliças são realizados por meio de caminhões. Só o entreposto paulistano da Ceagesp

(Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) recebe, diariamente, cerca de dez mil veículos do gênero.

O movimento financeiro do Ceasa de São Paulo ultrapassa R$ 12 milhões todos os dias, e as mais de dez mil toneladas de alimentos in natura que chegam e partem do mercado são escoadas por esses profissionais que se dedicam a um árduo trabalho, que muitas vezes não é recompensado como deveria sê-lo.

Silvio Roberto Rocha tem 20 anos de estrada.

Semanalmente, ele leva frutas da Ceagesp para Brasília e traz de lá o doce abacaxi pérola goiano

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A vida na estrada talvez nunca tenha sido fácil para ninguém, embora todos gostem de sua profissão. Longe de casa e da família, aqueles que desbravam o Brasil só carregam uma coisa certa na bagagem: a saudade.

como o verdadeiro dia destes profissionais, 30 de junho consta de muitos calendários como sendo o dia de homenagens àqueles que passam a maior parte de suas vidas na estrada e que, ao menos no Brasil, são engrenagens fundamentais no sistema econômico. Como no país grande parte do transporte de carga, especialmente a produção agrícola, é feita pelas rodovias, os caminhoneiros têm um papel fundamental na vida dos brasileiros.

3

Excesso de pedágios, vias mal conservadas, diesel caro e insegurança são apenas alguns dos obstáculos que os motoristas encontram ao rodar pela grande maioria das rodovias brasileiras.

Cleiton Marcos Lima,30 anos, é motorista há 10 anos na Ceagesp, de onde carrega frutas e hortaliças para supermercados da região metropolitana da capital paulista

3 Moisés Cardoso de Sá, 36 anos, carrega citros do interior de SP para a capital

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o dia 18 de junho comemora-se 103 anos da chegada do navio Kasato Maru ao porto de Santos.

A embarcação trazia as primeiras 165 famílias do Japão para trabalhar nos cafezais brasileiros.

Depois que os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil, os alimentos da mesa do brasileiro nunca mais seriam os mesmos, pois a contribuição deles foi decisiva para impulsionar a agricultura brasileira. Contratados inicialmente para trabalhar como empregados nas lavouras de café, eles se estabeleceram nas cidades do interior paulista e formaram o que hoje é chamado “cinturão verde”, perímetro que agrega municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

Outra contribuição fundamental dos japoneses para a economia brasileira foi a introdução do conceito de cooperativismo, já que eles foram os primeiros a criar cooperativas agrícolas para enfrentar os grandes produtores rurais. A primeira que se tem notícia foi o “Syndicato Agrícola NipoBrasileiro”, criado em 1919, em Uberaba (MG). Não durou muito, mas serviu de inspiração para outras iniciativas. A mais importante foi a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) que surgiu em São Paulo, em 1927.

O comércio de hortifrutícolas também teve forte influência dos japoneses, que se juntavam em cooperativas para comercializar os produtos cultivados, principalmente em propriedades do interior paulista, onde trabalhava a maioria dos imigrantes que chegaram ao Brasil.

Em seu livro “Imigração e Política em São Paulo”, a historiadora Célia Sakurai relata que os japoneses buscavam oportunidades que pudessem garantir independência econômica e possibilidades de acumulação. “O pecúlio acumulado nos anos de trabalho nos cafezais vai sendo canalizado para a ocupação autônoma na agricultura”, escreveu a historiadora.

A partir de então, a agricultura brasileira não seria mais a mesma.

O conhecimento e as técnicas de cultivo trazidas pelos japoneses contribuíram de forma definitiva para o crescimento do agronegócio brasileiro.

A habilidade dos japoneses com o cultivo da terra já estava provada desde que começaram a cultivar café nas fazendas paulistas. Daí a se envolverem com o comércio foi um caminho natural.

Em São Paulo, passaram a comercializar seus produtos agrícolas no Mercado Central da Cantareira. Na década de 1960, com a enchente que atingiu a região central da capital paulista, os comerciantes foram enviados para o recém criado Ceasa paulistano e ajudaram a moldar o que viria a ser o maior centro de abastecimento da América Latina.

Hoje, eles representam 30% dos comerciantes do entreposto paulistano e dominam setores como hortaliças e flores.

Imigração Japonesa

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103 anos de imigração Contribuição dos japoneses à agricultura brasileira Solidariedade Brasil - Japão

Perseverança oriental A história de Alice Hiroko Koga ilustra bem a influência e a participação dos imigrantes japoneses no desenvolvimento da agricultura brasileira e da própria Ceagesp.

Nascida no Japão em 1935, chegou ao Brasil quando ainda era um bebê de apenas oito meses. Por conta da vida difícil que levavam do outro lado do mundo, seus pais resolveram embarcar num navio com os três filhos pequenos rumo às terras brasileiras. A ideia era ficar três anos, conseguir recursos e voltar. Porém, a eclosão da Segunda Guerra Mundial mudou os planos da família, então estabelecida em Santa Cruz do Rio Pardo, interior paulista, onde se dedicava ao cultivo de algodão, arroz e amendoim.

Quando dona Alice tinha sete anos, a família mudou-se para Itapecerica da Serra e passou a cultivar verduras e vendê-las no mercado da Cantareira. Com o sucesso das vendas, resolveram comprar um box no mercado. A empresa cresceu e foi transferida para a Ceagesp, onde está desde a inauguração do entreposto, em 1966. Depois de ficar viúva aos 45 anos, dona Alice teve que ir à luta para sustentar seus quatro filhos e passou a trabalhar de 15 a 18 horas por dia. Ela acredita que por ter vindo de uma família de agricultores tem facilidade para atuar em todas as funções, seja descarregando caminhões de brócolis e couve-flor ou empurrando carrinhos de mercadorias, como sempre fazia. Mesmo depois de ter passado o comando da empresa para os filhos, dona Alice ainda faz questão de estar presente no mercado sempre que pode. “Eu adoro o Ceasa!”, admite.

A família do comerciante de abóboras Akira Munakata é outra que chegou à Ceagesp no início de suas atividades. A mãe do comerciante chegou ao Brasil com toda a família quando ainda era criança.

“Já meu pai era um aventureiro e veio sozinho, aos 20 anos”, conta Munakata. Ambos se conheceram em Araçatuba, cidade do interior paulista onde se estabeleceram inicialmente e depois vieram para a capital, onde começaram com um comércio no mercado da Cantareira para, posteriormente, ocupar espaço no então recém inaugurado Ceasa paulistano.

O Brasil é a maior colônia nipônica fora do Japão e as famílias que vivem aqui também se solidarizaram com as vítimas do terremoto seguido por tsunami que devastou parte do país em março deste ano e deixou milhares de mortos. Comovida, a comunidade logo se reuniu para organizar campanhas de arrecadação de doações.

Segundo levantamento divulgado no final de maio, já foram enviados mais de R$ 3 milhões ao Japão.

Mesmo sem ter parentes nas regiões afetadas pelo tsunami, o comerciante Osvaldo Koga também se sensibilizou com a situação.

Ele se juntou a seus sócios no Grupo Maeda e resolveu doar 1% de cada caixa de cenoura que vender durante um mês. A data escolhida para dar início à campanha foi 18 de junho, dia em que se comemora a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil. O total arrecadado vai depender da variação de preço da hortaliça, mas o empresário está otimista. “Vou me esforçar para vender o máximo que conseguir”, diz Koga, que chega a vender até 2.600 caixas de cenoura por dia. ´

Em julho acontece o 14º Festival do Japão, no Centro de Exposições Imigrantes e os organizadores pretendem aproveitar o evento para ampliar a divulgação da campanha e intensificar as doações dos visitantes.

Veja abaixo como fazer as doações: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) Banco Bradesco Agência 0131-7 Conta corrente: 112.959-7 Tel: 11-3208-1755 Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil (Kenren) CNPJ: 46.568.895/0001-66 Banco do Brasil Agência: 1196-7 Conta corrente: 29.921-9 Tel: 11-3277-8569/3277-6108 3399-4416 Cruz Vermelha Brasileira Banco do Brasil Agência: 1611-x Conta: 90000-1 Tel: (21) 2507-3392 / (21) 2507-3577

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Agricultura Orgânica

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CRESCIMENTO

Produção orgânica deve crescer 40% Apesar de a participação ainda ser pequena no mercado agropecuário brasileiro, a produção de orgânicos vem se multiplicando nos últimos anos. O faturamento dos produtores em 2010 foi de cerca de R$ 500 milhões, segundo estimativa da Brasilbio (Associação Brasileira de Orgânicos), que reúne os produtores, processadores e certificadores. O valor corresponde a apenas 0,2% dos R$ 255,3 bilhões registrados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), como referentes ao valor bruto de toda a produção do setor agropecuário no ano passado.

Em todo o mundo, segundo a Brasilbio, a estimativa é que os orgânicos movimentem cerca de US$ 60 bilhões por ano, o que equivale a R$ 95,4 bilhões.

Mas o mercado dos alimentos orgânicos cresce a saltos mais largos que o mercado tradicional. No ano passado a estimativa é que tenha aumentado em 40% em relação a 2009. Neste ano o crescimento deve ser semelhante, segundo a Brasilbio, o que deve elevar o faturamento do setor para R$ 700 milhões em 2011. Já a evolução do setor agropecuário tradicional está estimada para

7,4% neste ano, segundo a CNA. “A demanda em todo o mundo por orgânicos cresce acima de 30% ao ano e no Brasil estamos crescendo até 40% nos últimos anos.

O consumidor está demandando mais e o produtor está acompanhando. Ainda é um volume muito baixo, mas a tendência é crescer muito”, afirma o presidente da Brasilbio, José Alexandre Ribeiro.

Em 2011 o mercado deve ganhar um impulso em função de ter entrado em vigor a lei que regulamenta a produção de orgânicos no Brasil, segundo Ribeiro.

A Lei 10.831/03, que busca garantir a qualidade dos alimentos orgânicos produzidos no Brasil, entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano. Decretos presidenciais editados posteriormente à sua aprovação previam que os produtores de orgânicos teriam até 31 de dezembro do ano passado para se adequar às exigências da lei.

“A regulamentação ajudou a alavancar o mercado. Tanto os produtores quanto o próprio governo estão divulgando a cultura e as pessoas estão mais conscientes do que é um produto saudável”, afirma Ribeiro.

Nova variedade de cenoura conquista produtores Rústica e com excelente qualidade de raízes, a cenoura BRS Planalto, desenvolvida pela Embrapa Hortaliças tem conquistado os produtores brasileiros, especialmente os orgânicos. O cultivo da hortaliça é indicado para o verão, mas sua tolerância ao florescimento precoce permite um maior período de plantio. Segundo a Embrapa, a cultivar apresen-

ta resistência a queima-dasfolhas e nematoides. As raízes da nova variedade são bastante uniformes e lisas, com ponta arredondada, formato cilíndrico, comprimento entre 18 cm e 22 cm e diâmetro em torno de 3 cm.

Outra característica é a coloração alaranjada intensa, o que indica uma alta concentração de beta-caroteno, antio-

xidante que é convertido pelo organismo em vitamina A. A cultivar apresenta ainda duas vezes mais carotenoides próvitamina do que a cenoura Brasília, a cultivar de polinização aberta (não híbrida) mais plantada atualmente no País.

O preço das sementes também é uma vantagem: bem mais baixo do que o de materiais híbridos.

Todas essas qualidades têm feito com que a cenoura BRS Planalto conquiste espaço na agricultura orgânica. O bom rendimento da cultivar nesse sistema de produção é outro fator positivo. Em avaliações realizadas na Fazenda Malunga, maior produtor orgânico do Distrito Federal, e no campo experimental da Embrapa Hortaliças, foram colhidas 36 e 32

toneladas por hectare, respectivamente.

A BRS Planalto é recomendada para as principais regiões produtoras de cenoura do Brasil e pode florescer prematuramente se plantada na primavera nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Os tratos culturais são similares aos adotados para as cultivares do grupo Brasília.

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Agricultura Orgânica

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Produtos orgânicos chegam a apenas 27% dos supermercados

Agência Sebrae de Notícias

De cada R$ 100 vendidos pelos supermercados brasileiros, apenas R$ 0,54 são lucrados com a venda de produtos orgânicos, de acordo com dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Mas a demanda está crescendo. Até alguns anos poucos varejistas investiam na comercialização dos itens. Atualmente os alimentos orgânicos estão presentes nas prateleiras de 27% dos supermercados do país.

O aumento da demanda por produtos orgânicos beneficia principalmente os pequenos empresários.

Segundo dados da Brasilbio, que reúne os produtores, processadores e certificadores, 80% dos produtores de orgânicos no país são agricultores familiares. Em todo o Brasil há 90.497 empreendedores que produzem os alimentos sem

agrotóxicos, segundo o Censo Agropecuário 2006, último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) Os pequenos são os que mais lucram com o aumento do faturamento do setor. Segundo a Brasilbio, em 2011 os produtores devem faturar 40% acima dos R$ 500 milhões registrados no ano passado.

A expectativa é chegar a R$ 700 milhões neste ano. “O volume ainda é baixo, mas este é um movimento novo, com tendência a crescer muito. E quem mais lucra são os pequenos. A maioria dos produtores no Brasil são agricultores familiares que vendem para grandes varejistas e atacadistas”, afirma o presidente da Brasilbio, José Alexandre Ribeiro. Uma das primeiras redes brasileiras a investir na alimentação sem agrotóxicos, o Grupo Pão de Açúcar comercializa orgânicos

há 15 anos e atualmente conta com cerca de 130 fornecedores em todo o país. Nas prateleiras há mais de 300 produtos disponíveis. No ano passado a rede vendeu R$ 75 milhões em produtos orgânicos e a expectativa é que as vendas cresçam entre 30% e 40% em 2011. “Há 10 anos somente verduras e legumes estavam disponíveis nas lojas. Hoje, além dos itens in natura, temos carne, massas, molhos e todos os componentes para uma refeição completa e saborosa”, afirma a gerente de orgânicos do Grupo Pão de Açúcar, Sandra Caires Sabóia.

Produtora há 25 anos de alimentos orgânicos, a Fazenda Malunga, localizada a 70 quilômetros de Brasília, viu todo o avanço do mercado. No início, ela e o marido, Joe Carlo Viana, vendiam a produção em uma feira semanal realizada na Universidade de Brasília (UnB). A mercadoria era transportada

PRODUÇÃO

80%

dos produtores de orgânicos no país são agricultores familiares

no porta-malas do carro. Atualmente fornecem para 60 supermercados de Brasília e de Goiânia, além de fazerem entregas diárias a 200 domicílios. Por dia, são mais de 1 mil caixas de legumes e verduras.

O número de funcionários saltou de 12, em 2001, para 220. “A demanda cresceu mesmo foi nos últimos 10 anos. Os supermercados abriram mais espaços para os produtos agrícolas porque o consumidor está pedindo por estes produtos”, afirma a proprietária da marca, Clezane Ribeiro Pereira.

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Holambra sedia exposição técnica sobre horticultura De olho no bom momento da agricultura brasileira, a 18ª edição da Hortitec - Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas- terá um mix formado por 350 expositores que apresentarão as últimas novidades em instalações, equipamentos, insumos e demais tecnologias para flores, frutas, hortaliças, florestais e demais culturas intensivas.

“A cada ano buscamos ampliar o leque dos expositores, a fim de apresentar novidades, integrar clientes dos vários elos da cadeia produtiva e, dessa maneira, gerar novos e bons negócios para todos”, comenta o organizador da exposição, Renato Opitz.

Neste ano, os organizadores preveem que mais de 25 mil pessoas visitem a exposição e que a geração de negócios seja da ordem de R$ 70 milhões, durante e após a feira.

A tecnologia, que hoje se aplica fortemente na horticultura, será um dos destaques desta edição do evento, com produtos como estufas, sementes, mudas, defensivos e equipamentos técnicos, que auxiliam no processo produtivo.

O evento acontece de 15 a 17 de junho, no pavilhão da Expoflora, em Holambra, no interior paulista.

Serviço:

18ª Hortitec De 15 a 17 de junho, das 9h às 19h Local: Pavilhão da Expoflora Rua Maurício de Nassau, 675, Holambra (SP) Ingressos: R$ 25,00 (Estudantes e maiores de 60 anos pagam R$ 10,00) Mais informações: www.hortitec.com.br ou (19) 3802-4196.

Economia aquecida expande consumo de flores e plantas ornamentais Os meses de maio e junho concentram, tradicionalmente, as duas melhores datas para o comércio de flores e plantas ornamentais: o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. No entanto, esse cenário tem sofrido algumas alterações nos últimos anos.

De acordo com Antonio Hélio Junqueira, da Hortica Consultoria, datas como o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, também tem contribuído para o faturamento do setor. Porém, o comportamento ainda é estável, já que trata-se de uma comemoração essencialmente conduzida em ambientes profissionais. “Nos anos em que a data cai num domingo, as vendas tendem a perder expressividade”, observa Junqueira.

De acordo com o consultor, essas informações ilustram o fato de que o consumo brasileiro de produtos da floricultura ainda está baseado no modelo típico dos mercados emergentes, que se caracteriza, entre outros fatores, por apresentar baixo índice de consumo per capita; concentração de vendas em poucas datas especiais e preferência de compra somente para presentear e não para uso pessoal. “Mesmo com essas limitações, o setor tem experimentado um período de forte

expansão dos negócios”, avalia Junqueira.

No boletim da Hortica, os resultados das vendas no período do Dia das Mães deste ano foi considerado “excepcionalmente bons”, devido à ampliação das ofertas do varejo para o parcelamento de compras e à adesão ao pagamento com cheque pré-datado, como forma de contornar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), adotado pelo governo para desestimular as compras financiadas.

De acordo com a Serasa Experian, as flores vêm mantendo a posição como segunda colocada no ranking da preferência dos consumidores como opção para presentear as mães, atrás

somente de roupas, sapatos e acessórios.

Ainda segundo os dados divulgados pela Hórtica, o comércio atacadista no Dia das Mães, no comparativo entre 2010 e 2011, atingiu crescimento médio no valor das vendas entre 16% e 17% para as flores de corte e entre 14% e 15% para as flores envasadas. A composição das vendas na data continua baseada em rosas vermelhas e orquídeas Phalaenospis, que tradicionalmente dominam o mercado.

Para o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, a expectativa é que o mercado repita a boa performance, com crescimento médio de vendas estimado em 15%.

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviรงo do agronegรณcio

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junho de 2011

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junho de 2011

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

CÁ ENTRE NÓS

E o vento levou...

Por Manelão

O vendaval que assolou a capital paulista no início do mês atingiu também a Ceagesp. A Associação Nossa Turma não passou incólume e o teto da quadra de esportes foi arrancado e levado para o espaço.

Felizmente foi só um susto, já que ninguém ficou ferido. No 23 de junho, às 9h, será celebrada uma missa solene de Corpus Christi no galpão dos carregadores e nós, da escolinha, vamos lá agradecer a Deus por esta graça alcançada.A cerimônia será presidida pelo padre Fábio da Paróquia Nossa Senhora de Lurdes e pelo diácono Luiz Carlos de Laet. A parte musical da celebração ficará por conta do coral Amigos do Padre Kirano. Toda a família ceagespiana está convidada a participar deste momento litúrgico que será o encontro de vendedores, produtores e permissionários com nossos irmãos carregadores. ***

No dia 28 de maio a Nossa Turma sediou o Ação Saúde, evento organizado pelo Rotary Club da Lapa e apoiado pela Unidade Básica de Saúde Lapa, Pastoral da Criança e voluntariado dos Correios. Além de palestras sobre drogas e doenças sexualmente transmissíveis, também mediram a pressão arterial, fizeram teste de glicemia e pesaram as pessoas que receberam aconselhamento do endocrinologista de plantão. Os dentistas aplicaram o flúor, verificaram cáries e falaram sobre o câncer bucal. Teve também ioga, massoterapia, acupuntura, vacinas e teatro.

Os palestrantes também abordaram a importância de uma alimentação saudável. Os responsáveis pelo projeto Escola do Sabor relataram a experiência que está sendo vivenciada com a introdução de hortaliças no cardápio das crianças. Neste mês o escolhido é o chuchu, que pode até ter caído de preço no mercado, mas está em alta no gosto dos alunos! ***** No dia 8 de julho, das 16h à meia-noite, acontece a nossa tradicional quermesse, com música sertaneja, forró, comidas típicas e brincadeiras. Toda a renda obtida será revertida para a Nossa Turma.

SOS

Nossa Turma Os fortes ventos que atingiram a capital paulista no começo de junho trouxeram prejuízos para a Associação Nossa Turma, organização não-governamental que atende cerca de 300 crianças e adolescentes.

Os ventos arrancaram o telhado da quadra de esportes e a

A Femetran agradece Os organizadores da Femetran

Um agradecimento especial aos

tisfação em recolher a taxa de R$

de Produtos Hortifrutícolas - agra-

feira, demonstraram seu contenta-

montante com certeza vai colabo-

2011 - Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística decem a todos que, de forma di-

reta ou indireta, colaboraram na realização de mais um evento de sucesso.

permissionários,

expositores

e

visitantes que, em quatro dias de mento em participar da comemoração de 10 anos de Femetran.

É por esta razão que os organiza-

dores expressam sua enorme sa-

39.000,00 referente ao valor cobrado pela locação do espaço. Este rar na revitalização da Ceagesp e

trazer benefícios a todos usuários do entreposto.

35º Campeonato Interno Ceagesp de Baseball

entidade precisa de apoio para a restauração, cujo valor é estimado em R$ 13.000,00.

As doações podem ser feitas na conta da associação.

Banco do Brasil Agência: 0663-7 Conta corrente: 13467-8

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

No dia 5 de junho, o Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos) promoveu o 35º Campeonato Interno Ceagesp de Baseball. O evento, realizado no Coopercotia Atlético Clube,

contou com a participação de seis times formados por permissionários do entreposto e reuniu jogadores, gerentes e diretores da Ceagesp, além dos permissionários e seus familiares. O almoço de confraterniza-

ção reuniu mais de 600 pessoas.

O evento teve o patrocínio do Banco do Brasil, Indústria de Papéis Santana, Monza Artes Gráficas, Hetros Frutas e Legumes, Lyon Despachante e Ponto Final Corretora.

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

Qualidade

junho de 2011

15

Grupos varietais de tomate no ETSP Pesquisa: Sabrina Leite de Oliveira / Engenheira Agrônoma Desenho: Bertoldo Borges Filho CQH-Centro de Qualidade em Horticultura Ceagesp

A domesticação do tomate aconteceu no México, com os maias, que o chamavam de tomatl. Os espanhóis o levaram para a Europa e mudaram o seu nome para tomate. Até 1800 o tomate era considerado venenoso em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, mas depois o consumo se espalhou.

Os tomates já foram considerados afrodisíacos. Os franceses os chamaram de pommes d’ammour e os italianos pomo d’oro. Hoje é a hortaliça mais consumida no mundo. A riqueza genética do tomate possibilitou a criação de centenas de cultivares, com grande diversidade de formato, coloração, tamanho, longevidade, conformação dos lóculos, sabor e consistência.

Conformações dos lóculos

Coloração final Multiloculado

O tomate é um fruto perecível e a ciência agronômica vem investindo no aumento de sua longevidade com sucesso. Podemos dividir as estratégias de trabalho em três tipos: estrutural, mutante de amadurecimento e transgênico.

O tipo longa vida estrutural

Radial

Caracterização dos grupos varietais de alguns cultivres de tomate

Tipos de tomate longa vida Sabrina Leite de Oliveira CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Formato

é obtido por meio de métodos convencionais de melhoramento genético buscando-se, através da seleção e cruzamento de genitores superiores, com maior firmeza do pericarpo, um processo que exige de um longo período de seleção. Alguns exemplos de cultivares comercializadas no Brasil são: Andréa, Santa Cruz, Débora e Supremo .

O tipo mutante de amadurecimento utiliza métodos de melhoramento genéticos convencionais para introduzir genes (alelos mu-

tantes) que inibem o amadurecimento. As mutações, que causam alterações qualitativas ou quantitativas no material genético, se tornaram ferramentas importantes na obtenção de frutos mais resistentes ao manuseio pós-colheita. Os alelos são geralmente introduzidos individualmente nas linhagens parentais de híbridos por meio de retrocruzamentos sucessivos. Os alelos mutantes que atuam de forma marcante sobre a conservação pós-colheita são: rin (ripening inhibitor = inibidor de amadurecimento), nor (non ripening = não amadurece) e alc (alcobaça).

Nos frutos destes mutantes ocorrem reduções drásticas da degradação das paredes celulares das células do pericarpo, da síntese do etileno e de carotenóides e da respiração do fruto, durante o processo do amadurecimento.

Alguns exemplos de cultivares desenvolvidas por este método são Alambra, Século, Densus e Carmen.

Já o tipo transgênico é obtido por meio de técnicas modernas de biologia molecular , que inibem a produção de etileno e a atividade de enzimas envolvidas no processo de amadurecimento do fruto.

Atualmente no Brasil não são comercializadas cultivares de tomate do tipo longa vida transgênicos, comuns nos Estados Unidos.

A organização dos diferentes cultivares em grupos varietais de características semelhantes é muito complexa.

O formato (relação entre o comprimento e a largura do fruto), a coloração final, a longevidade e a conformação dos lóculos foram as características de diferenciação varietal, escolhidas pelo Centro de Qualidade em Horticultura. O formato é

determinado pela relação entre a altura e a largura do tomate (altura dividida pela largura): Achatado - menor ou igual 0,80; Arredondado - maior que 0,80 e menor ou igual a 1,15; Alongado - maior que 1,15. Em 2010, a Ceagesp comercializou 315 mil toneladas de tomate, ocupando o segundo lugar no ranking geral de produtos mais vendidos, só perdendo para a laranja.

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Qualidade

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O mercado atacadista da Ceagesp paulistana Pesquisa faz raio-x do comércio atacadista do maior Entreposto da América Latina Daiane Mitiko Hirata Anita de Souza Dias Gutierrez Claudio Inforzato Fanale CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) é um dos maiores centros atacadistas de comercialização de frutas e hortaliças frescas do mundo. A sua figura central é o atacadista, permissionário da Ceagesp.

O levantamento da percepção do atacadista sobre o seu negócio é o caminho mais curto e eficiente para compreender o funcionamento do mercado e traçar estratégias para a melhoria do ETSP. Trezentos atacadistas dos diversos pavilhões, com exceção do MLP, foram entrevistados entre os dias 19 de janeiro e 16 de março deste ano. A pesquisa levantou os principais compradores e locais de destino das mercadorias vendidas, o sistema de vendas, a utilização de caixas retornáveis, o horário de desenvolvimento das atividades e as principais reclamações sobre o entreposto.

Os resultados foram bem interessantes.

1º O maior volume de vendas está no mercado varejista: varejo (41%) e varejo de rua (23%).

Foi perguntado a cada atacadista quem são os seus compradores e qual a porcentagem de sua venda para cada tipo de comprador. Os compradores foram divididos em: varejo, varejo de rua, atacadista, distribuidor, serviço de alimentação, armazenamento, consumidor e outros. O setor de alimentação abrange bares, casas de suco, hotéis, restaurantes, refeições coletivas e navios, o do varejo lojas de produtos naturais, lojas especializadas e supermercados e o varejo de rua ambulantes e feirantes.

Tabela 01: Participação % de cada comprador na venda do atacadista Comprador

%

Varejo

41,20

Varejo de rua

22,84

Atacadista

17,19

Distribuidor

10,88

Alimentação

6,81

Outros

0,83

Armazenamento

0,17

Consumidor

0,08

Total

100

4º O principal local de destino é a Região Metropolitana de São Paulo (56%), seguido por outros estados (22%) e municípios do interior paulista (21%). Na Região Metropolitana de São Paulo os segmentos compradores mais expressivos são o varejo (41%) e o varejo de rua (23%). As lojas especializadas respondem por 58% do volume do varejo e os feirantes por 74% do varejo de rua.

Tabela 03: Participação % de cada destino no volume no ETSP Destinos

2º As lojas especializadas (58%) predominam no varejo e os feirantes (74%) no varejo de rua. Dividimos o varejo em lojas especializadas (varejões, sacolões, quitandas e frutarias) e supermercados, e o varejo de rua em feirantes e ambulantes.

3º Os atacadistas são especializados por segmento: 45% no varejo, 14% no mercado atacadista dentro e fora da Ceagesp, 12% no varejo de rua, 7% no distribuidor e 6% no serviço de alimentação. A maioria da venda para o mercado atacadista (58%) é feita dentro do próprio entreposto paulistano.

Foram considerados como atacadistas especializados no segmento, aqueles que apresentam 50% ou mais de sua venda para um comprador.

Tabela 02: Especialização dos atacadistas do ETSP por comprador

Equipamento

Acima de 50% das vendas

Varejo

45

Atacadista

14

Varejo de Rua

12

Distribuidor

7

Alimentação

6

56,12

Outros Estados

22,42

Interior Paulista

20,91

Total

Opções Dois tipos

% 42,33

de caixas 22,33

de madeira Somente caixas

5,67

de plástico

0,55 100

RMSP - Região Metropolitana de São Paulo

5º A maior parte das vendas é feita diretamente para o comprador na empresa atacadista (36,42%), seguida pela venda por Nextel (35,96%).

Tabela 04: Participação % dos diferentes sistemas no volume de vendas do ETSP Sistema

Tabela 05: Utilização % de caixas de madeira e de plástico retornáveis pelos atacadistas do ETSP

Somente caixas

%

RMSP

Outros Países

7º As caixas retornáveis são utilizadas por 70% dos atacadistas a maioria deles (42%) trabalham com os dois tipos de caixa – plástico e madeira.

%

Não usam caixas

29,67

retornáveis Total

100

8º As maiores causas de reclamações sobre o funcionamento da Ceagesp listadas por 86% dos atacadistas foram infraestrutura (38%) e sujeira (23%).

Tabela 06: Reclamações mais frequentes % dos atacadistas entrevistados

Direto ao Comprador

36,42

Nextel

35,96

Reclamação

Telefone

16,05

Infraestrutura

38,14

5,56

Sujeira

22,81

Encomenda

5,40

Falta de segurança

13,27

Outro

0,62

Total

100

E-mail

6º O atacadista exerce outras atividades como classificação (22%), embalamento (21%) e distribuição (19%). A maioria pratica os serviços de classificação (61%) e embalamento (51%) em mais de 80% das mercadorias compradas.

%

Falta de organização

8,38

Fiscalização

5,54

Administração

4,51

Taxas

4,12

Horário de funcionamento

2,96

Legislação

0,26

Total

100

A falta de energia elétrica, de manutenção e conservação,

de vagas de estacionamento e de locais para descarga, de sanitários, de ambulatórios, de pavimentação a ocorrência de enchentes, vazamentos, o sucateamento das instalações e a telefonia precária são reclamações englobadas no item infraestrutura.

9º Os dias de maior movimento na semana são sexta (29%), segunda (26%) e quarta (20%), seguidos por quinta (12%), terça (11%), sábado (1,9%) e domingo (0,1%).

10º Até as 13 horas, 80% de toda a mercadoria já foi recebida, 65% das negociações foi feita e apenas 15% da mercadoria foi retirada. Até as 19 horas mais de 90% de todas as atividades já foram realizadas.

O maior estoque do produto acontece entre 11h e 13 horas.

O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp agradece a colaboração dos atacadistas. O número de entrevistados e de pavilhões torna a pesquisa representativa, exceção feita ao pavilhão MLP.

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Qualidade

junho de 2011

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Foi perguntado a cada atacadista até que horas do dia 80% das operações de recebimento do produto, de negociação com o comprador e de saída da mercadoria para o comprador já haviam sido realizadas. O gráfico 01 mostra a % acumulada do volume de cada operação (eixo vertical), em cada hora do dia (eixo horizontal).

Gráfico 01: Distribuição das operações de recebimento do produto, negociação com o comprador e saída da mercadoria ao longo do dia

O estoque foi calculado subtraindo a % de entrada da % de saída. O maior estoque acontece entre 11h e 13 horas, quando praticamente toda a mercadoria foi recebida pelo atacadista, mas uma grande parte ainda não foi retirada pelo comprador, uma diferença entre o volume de recebimento e de saída de 35%.

Gráfico 02: Concentração dos horários de entrada e saída dos atacadistas.

11º Os atacadistas permanecem na Ceagesp em média 14 horas por dia. Há um pico de entrada entre 6 e 7 horas (59%) e o de saída entre 17 e 20 horas com maior concentração por volta de 18 horas.

Horário de Entrada 60

25

50

Gráfico 03: Distribuição dos horários de entrada e saída dos atacadistas e dos compradores

20

40

15

30

10

20

5

10

:0 0 06 :0 0 08 :0 0 10 :0 0 12 :0 0 14 :0 0 16 :0 0 18 :0 0 20 :0 0 22 :0 0

04

00 :0 0 02

00 :0 0 02 :0 0 04 :0 0 06 :0 0 08 :0 0 10 :0 0 12 :0 0 14 :0 0 16 :0 0 18 :0 0 20 :0 0 22 :0 0

0

0 00 :

A comparação dos horários de entrada e saída, entre os atacadistas e os compradores, mostra que os compradores entram mais cedo e os seus horários de saída são muito semelhantes aos atacadistas. Os resultados das entrevistas com os compradores já foram divulgados.

Horário de Saída 30

Compradores

Atacadistas

20

Qualidade

junho de 2011

Comercialização de manga terá mudanças Novas regras podem entrar em vigor a partir de julho

Conheça a TACO A TACO (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos) foi desenvolvida pelo Núcleo de Pesquisas em Alimentação da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, com financiamento dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à FOME. A TACO fornece a composição de 100 gramas da parte comestível: centesimais, minerais, vitaminas e colesterol de 15 grupos de alimentos. As verduras e hortaliças e derivados e as frutas e derivados são dois dos grupos estudados de 167 itens entre produtos crus, enlatados, sucos, entre outros. A tabela foi transformada numa planilha de Excel para facilitar a utilização das informações.

Mais informações: www.unicamp.br/nepa/taco

Ofereça a seu varejista Todo o esforço do produtor e do atacadista na melhoria da qualidade do seu produto numa embalagem mais atraente e na construção de uma marca podem ser facilmente destruídos na gôndola do supermercado.

O atacadista da Ceagesp pode melhorar essa situação oferecendo o treinamento ministrado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp aos seus clientes varejistas e a seus funcionários.

A indicação do atacadista é o primeiro passo para a inscrição do varejista. O primeiro módulo é de quatro horas e fornece noções de fisiologia pós-colheita e as principais regras de recepção, conservação, manuseio e exposição das frutas e hortaliças.

Procure o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (11) 3643-3825/ 3643-3827/ 3643-3890 cqh@ceagesp.gov.br

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Anita de Souza Dias Gutierrez Lisandro Michel Barreiros Hélio Satoshi Watanabe CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A exigência de obediência às normas de classificação de manga será obrigatória a partir da aprovação pelo Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (MAPA), do Regulamento Técnico de Manga, no próximo dia 9 de julho.

O novo regulamento foi colocado em consulta públi-

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ca no dia 7 de abril e o prazo para sugestão de mudanças e se encerra em 9 de julho. O documento estabelece o padrão oficial de classificação de manga: os seus requisitos de identidade e qualidade, de amostragem, de modo de apresentação e de rotulagem. A partir da sua aprovação, todos os produtores, atacadistas e varejistas estarão sujeitos à fiscalização e sanções do MAPA. O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp estudou a proposta do Regulamen-

junho de 2011

to Técnico da Manga, comparou-as com as normas de outros países produtores e chegou a uma proposta preliminar para encaminhar à consulta pública. É preciso que os produtores e atacadistas que dependem da manga para a sua sobrevivência e conhecem o seu comportamento na comercialização participem da consulta pública. O Regulamento Técnico da Manga deve ser um instrumento de modernização e de progresso e não somente mais uma regra impossível de cumprir.

Qualidade É possível participar da Consulta Pública individualmente, enviando sugestões de mudança para consultapublica. cgqv@agricultura.gov.br e ter acesso à Portaria 80 do MAPA publicada na página 6 do Diário Oficial da União – Seção 1 No 69, segunda feira, 11 de abril de 2011, http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis/action/ menuSuperior.do?method=abr irConsultaPublica&item=N .

Estude o Regulamento Técnico da Manga e dê suas sugestões. Você pode procu-

rar os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura para mais esclarecimentos pelos telefones (11) 3643-3825, 3643-3890 e 3643-3892, pessoalmente ou pelo e-mail cqh@ ceagesp.gov.br . Será um prazer recebê-lo e uma grande oportunidade para aperfeiçoar o nosso trabalho.

A obediência ao Regulamento da Manga será obrigatório 90 dias após a sua publicação.

A publicação poderá ser feita a partir do próximo dia 9 de julho.

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O código da sua atividade econômica Anita de Souza Dias Gutierrez Lisandro Michel Barreiros CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é uma tabela desenvolvida sob a coordenação do IBGE, de forma compatível com a International Standard Industrial Classification, com o objetivo de padronizar nacional e internacionalmente a codificação de atividades econômicas, garantindo comparabilidade e articulação entre as distintas fontes de informações econômicas. Cada atividade econômica é caracterizada pelo seu código CNAE, em quatro níveis: Seção, Divisão, Grupo, Classe e Subclasse.

Exemplo:

Seção A •Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura Divisão 01 •Agricultura, pecuária e serviços relacionados Grupo 012 •Horticultura e produtos de viveiro Classe 0121-0 •Cultivo de hortaliças, legumes e especiarias hortícolas Subclasse 0121-0/99 •Cultivo de outros produtos hortícolas

A Subclasse 0121-0/99 inclui: • O cultivo de hortaliças folhosas e de talo: alface, agrião, couve e outras hortaliças folhosas ou de talos; • O cultivo de hortaliças de fruto (legumes): chuchu, pimentão, berinjela, pepino, tomate (estaqueado) de mesa, abobrinha e outras hortaliças de fruto; • O cultivo de hortaliças tuberosas e raízes: araruta, batatadoce, cará, inhame, beterraba, batata-boroa, cenoura, nabo, rabanete e outras hortaliças tuberosas e raízes; • O cultivo de especiarias hortícolas para condimento: alcaparras, pimenta, erva-doce, coentro, cominho, manjericão, gengibre e outras especiarias hortícolas; • O cultivo de cogumelos comestíveis.

Mais informações: www.cnae.ibge.gov.br

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Ceasas do Brasil

junho de 2011

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Índice Ceagesp recua pelo segundo mês consecutivo O Índice Ceagesp registrou retração de 3,55% em maio, queda pelo segundo mês consecutivo. Porém, no ano, ainda acumula alta de 6,64% e, nos últimos 12 meses, elevação de 5,06%.

Exceção feita ao setor de legumes, todos os preços caíram nos demais setores da Ceagesp em razão do bom volume ofertado e retração do consumo.

Segundo o economista da estatal, Flávio Godas, o frio excessivo prejudicou o desenvolvimento e maturação de alguns legumes importantes, fazendo com que houvesse redução da quantidade ofertada e elevação dos preços praticados no setor.

“A tendência do Índice Ceagesp, preservadas as condições climáticas em níveis satisfatórios, ainda é de redução dos preços, principalmente nos setores de legumes e verduras”, avalia Godas. Mas ele alerta que, “obviamente, se houver geadas nas regiões produtoras do sudeste, este quadro se inverte”.

O economista diz que, nesta época do ano, existe uma retração natural no consumo de frutas, legumes e verduras.

“Portanto, caso o volume ofertado não apresente declínio acentuado, a expectativa é de mais redução dos preços”.

Os preços no setor de frutas recuaram 4,37%. Este é o

principal setor do entreposto paulistano e, segundo a companhia, continua bem abastecido.

As principais quedas foram registradas na laranja lima (-7,9%), limão (-22,9%), laranja pêra (-20,7%), maracujá azedo (-22,2%), morango (-9,5%) e carambola (-7,7%).

Já os produtos que apresentaram alta foram goiaba (19,7%), uva estrangeira thompson (10,59%) e melancia (3,9%). O setor de legumes apresentou elevação de 9,59%, com altas em tomate (25,7%), vagem (33,9%), pepino japonês (23,9%) e beterraba (10,63%). As principais quedas foram verificadas em

cenoura, batata doce, mandioca e quiabo. Os preços do setor de verduras registraram retração de 12,39%, com quedas de escarola, alface crespa e lisa, espinafre, agrião e rabanete.

Os produtos que apresentaram alta nos preços foram couve-flor, acelga e brócolis.

O setor de diversos - formado por batata, cebola, coco e ovos - recuou 5,69% e as maiores quedas foram verificadas na batata lisa e nos ovos.

No setor, somente o coco seco apresentou alta, de 5,34%.

Os pescados recuaram 6,61%, com baixas no atum, tainha, camarão ferro, cavalinha e cação e alta de preços em anchovas e salmão. Índice Ceagesp Maio 2011

Laranja pêra

-20,7%



Tomate

25,7%



Brócolis

4,99%

Geral

-3,55%

Frutas

-4,37%

Legumes

9,59%

Verduras

-12,39%

Diversos*

-5,69%

Pescados

-6,61%

(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos Fonte: Ceagesp



Ceasa de Curitiba moderniza gestão para aprimorar segurança alimentar

Festival de sopas da Ceagesp vai até agosto

Sob o comando do chef Ivair Félix, o festival de sopas realizado todos os anos pela Ceagesp acontece até 27 de agosto. O evento é oportunidade de experimentar, entre outras, a tradicional sopa de cebola, que ganhou fama na década de 1970 por atrair consumidores de diversas partes da cidade durante a madrugada, período em que o prato era servido no entreposto paulistano.

Num formato de buffet, são oferecidos cinco tipos de sopas por noite, sendo duas opções da tradicional sopa de cebola: gratinada e normal. Cada pessoa pode servir-se à vontade das sopas por R$ 19,00. Semanalmente são oferecidas novas opções de sopas no cardápio, sempre permanecendo os dois tipos de sopa de cebola. No local há também mesa de antepastos, carta de vinhos de cinco nacionalidades, café expresso e opções de sobremesas.

Sopa de cebola

A Ceasa de Curitiba, localizada no bairro do Pinheirinho, região Sul da cidade, passará por uma reformulação no sistema de gestão e nos processos de abastecimento para modernizar sua estrutura. Segundo a empresa, o objetivo e colocá-la como referência entre as centrais atacadistas do país.

De acordo com o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, o plano de obras para a região prevê a construção de uma trincheira nas imediações da Ceasa Curitiba, facilitando o tráfego de caminhões e caminhonetes que se dirigem diariamente à central atacadista.

Segundo ele, com essas obras a Ceasa estará integrada ao plano de modernização e de logística da estrutura viária daquela região.

Ducci anunciou uma grande transformação viária que vai acontecer em Curitiba nos próximos anos, “com intervenções localizadas na região da Ceasa que permitirão um grande salto na região Sul e um grande avanço para a cidade”.

Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara Ortigara, com as obras a Ceasa, que parecia não pertencer à cidade, ficará totalmente integrada ao espaço urbano de Curitiba.

Essa nova estrutura urbana vai ao encontro dos planos da empresa de também modernizar os processos de distribuição de alimentos, disse o secretário.

Segundo ele, com a remodelação o produtor terá condições de ampliar sua participação no mercado. “Qualquer agricultor

ou pecuarista que produz deve ter em mente que sua produção será vendida para o mundo”, disse Ortigara.

O desafio é ampliar a presença física da Ceasa no Paraná para garantir a formação de novos polos produtores de hortifrutigranjeiros e um canal seguro e firme para distribuição de todos os produtos, acrescentou.

Ortigara disse que para isso a direção da Ceasa está encaminhando a solução para problemas encontrados na central atacadista e assumindo compromissos como mudança de gestão, qualificação dos permissionários e segurança alimentar. “Queremos melhorar o padrão dos alimentos que vão à mesa do consumidor e para isso vamos implantar sistemas de certificação, rastreabilidade

e controle de resíduos de agroquímicos nos alimentos”, afirmou. Para complementar a segurança alimentar, o secretário disse que outro desafio na área de abastecimento é reproduzir a experiência curitibana dos armazéns da família para cidades e regiões carentes do interior.

O presidente da Ceasa, Luiz Dâmaso Gusi, afirmou que a nova gestão da empresa vai adotar o controle de qualidade para conferir segurança alimentar aos produtos.

“O projeto de requalificação da central atacadista prevê tornar a central atacadista referência no País, devendo seguir modelos de mercados atacadistas da Europa”, disse. A Ceasa recebe produtos de 315 municípios paranaenses de 19 estados e oito países.

Ícone da Ceagesp, a sopa de cebola surgiu no final da década de 1960 e começo de 1970, no período da construção do entreposto paulistano, na Vila Leopoldina.

Nessa época, o prato era servido para os comerciantes atacadistas no antigo restaurante Ceasa.

A iguaria repercutiu entre os comerciantes e depois entre os compradores, até chegar ao público final. Desde então, a sopa de cebola ganhou fama entre os paulistanos e agora está de volta no festival.

Serviço::

“Festival de Sopas da Ceagesp” De 1º de junho a 27 de agosto Quarta e quinta-feira, das 18h à meia noite. Sexta e sábado, das 18h às 3h Preço: R$ 19,00 (por pessoa) Pagamento: dinheiro, vale-refeição, cartão de débito e crédito Visa e Mastercard. Entrada pelo Portão 3 (Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946) Estacionamento gratuito

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Ceasas do Brasil

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INFORME PUBLICITÁRIO

CAOA CAMINHÕES INAUGURA NOVO, MODERNO E GRANDIOSO DISTRIBUIDOR FORD A CAOA Caminhões, distribuidor Ford, em sintonia com a grande expansão do Grupo CAOA, que sempre investe e acredita no potencial do mercado brasileiro, acaba de inaugurar suas novas instalações.

Localizada na Rodovia Anhanguera, km 17,5 na Vila Jaraguá, Capital, com fácil acesso e a menos de 10 minutos da Marginal Tietê e do Rodoanel, impressiona pela grandiosidade e tecnologia presente em todos os departamentos.

Wilson Espanhol, Diretor da CAOA Caminhões, resumiu assim os motivos que levaram o Grupo CAOA a realizar este investimento: “Investimos para oferecer aos nossos clientes o que há de melhor hoje em dia no segmento de vans e caminhões. Tecnologia, conforto, praticidade, segurança, preço, atendimento. Nada foi esquecido por nós.

Temos orgulho de nossos clientes e em trabalhar com a Ford Caminhões.”.

Para se ter uma idéia, as novas instalações contam com mais de 50 boxes para ser viços de revisões e reparos. Sem dúvida nenhuma, hoje é a maior estrutura oferecida para o cliente Ford Caminhões.

Todo este crescimento veio acompanhado de novas contratações e treinamento em todos os setores para

melhor atender a demanda daqui para a frente: vendas, pós vendas, oficina, funilaria e pintura, peças, financeiro, administrativo, enfim, além da tecnologia que será oferecida, a CAOA Caminhões preocupou-se, também, em passar a oferecer um atendimento diferenciado e individualizado para seus clientes.

Continua Espanhol: “Quando idealizamos o projeto, desde o início a ordem era facilitar ao máximo a vida dos nossos clientes. Para isso, na nova casa contamos com a possibilidade de agendamento dos serviços, atendimento imediato mediante hora marcada, box para ser viços rápidos, horário estendido de atendimento, oficina volante, SOS 24 horas, enorme estoque de peças originais com despacho para todo o Brasil, amplo estacionamento, crédito no próprio local e para nossos amigos clientes teremos refeitório, sala de jogos e local para pouso e banho. Faço o convite para que venham conhecer as novas instalações e vejam de perto toda esta estrutura que é oferecida”.

De fato, ao visitar a distribuidora, a primeira coisa que impressiona é o tamanho do local.

“Entendemos que cada um de nossos clientes tem a sua necessidade. Desde o agregado até o grande frotista, nossa

equipe está preparada para ouvir, entender e oferecer a melhor opção na compra ou ser viço do mercado.

Estamos apostando em um modelo de atendimento diferenciado, onde o cliente é tratado como único” conclui Espanhol.

Para quem está em busca da linha Ford Caminhões e Transit 0KM, seminovos, peças e serviços, realmente vale a pena visitar e conferir de perto as novas instalações da CAOA Caminhões.

A CAOA Caminhões aproveita e comunica que o antigo endereço, defronte ao CEAGESP, continuará funcionando como um ponto de vendas de toda a linha e também como showroom da Transit.

CAOA Caminhões — Distribuidor Ford Caminhões e Transit Novas instalações: Rodovia Anhanguera, km 17,5 Vila Jaraguá São Paulo, Capital. (há menos de 10 minutos da Marginal Tietê e do Rodoanel, sentido interior) Fone: (11) 3837-3000

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Reformas na Ceagesp terão investimento de R$ 14 milhões

A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo investirá cerca de R$ 14,5 milhões na reforma do pavilhão Mercado Livre do Produtor (MLP), do entreposto paulistano. O valor máximo para a execução da obra consta do edital de licitação para a contratação de empresa especializada para a fazer a reforma. O início da obra está previsto para agosto.

O edital, publicado no dia 13 de maio, foi elaborado após

emissão de laudo técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), emitido no final de fevereiro, que garante a segurança do espaço e dá subsídios para os trabalhos de recuperação do prédio de 20 mil metros quadrados de área coberta. Além da recuperação estrutural do MLP, a obra abrangerá ainda toda a rede elétrica, a iluminação e o piso.

Segundo a estatal, a reforma será feita sem a interrupção das atividades do espaço. Por

isso mesmo, o edital de licitação prevê até que a empresa vencedora do certame discuta um plano logístico com a Ceagesp para minimizar qualquer tipo de transtorno para a comercialização no local ao longo da obra.

Construído há mais de 40 anos, o pavilhão MLP acomoda mais de dois mil permissionários.

Além do comercio atacadista de verduras, de segunda a sábado, o espaço abriga ainda a feira de flores, às terças e sextas e varejões, aos finais de semana.

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Transporte e Logística

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Mercedes-Benz demonstra tecnologias sustentáveis Evento inédito na fábrica de São Bernardo do Campo apresenta produtos e ações amigáveis ao meio ambiente A Mercedes-Benz do Brasil, maior fabricante de veículos comerciais da América Latina, realizou em sua planta de São Bernardo do Campo, de 6 a 10 de junho, a Semana do Meio Ambiente. Com este inédito evento para clientes, concessionários e outros parceiros, a empresa demonstou que está preparada para atender às demandas por tecnologias para garantir o escoamento sustentável da produção agrícola e industrial brasileira.

“Com a exposição de produtos e a apresentação de tecnologias e ações ambientalmente amigáveis, evidenciamos a competência, experiência e capacidade da nossa Empresa para a geração de soluções que contribuem com a melhoria da qualidade de vida e que são sustentáveis, assegurando benefícios também para as próximas gerações”, diz Jürgen Ziegler, presidente da companhia no Brasil.

Por meio de acordo firmado com a ONG Iniciativa Verde, a Semana do Meio Ambiente da Mercedes-Benz recebeu o selo “Carbon Free”. Como resultado, as emissões de CO2 (dióxido de carbono) geradas pela realização do evento serão compensadas por meio do plantio de árvores nativas na Mata Atlântica. Dessa forma, a empresa contribui para a redução do aquecimento global e para a recuperação e conservação desse patrimônio natural do Brasil.

Proconve P-7

A Mercedes-Benz destacou no evento sua exclusiva tecnologia BlueTec 5. Após três anos de desenvolvimento no Brasil, com o envolvimento de cerca de 400 engenheiros e técnicos e com mais de 8.000.000 de km de testes com caminhões e ônibus, o BlueTec 5 mostrou ser a melhor solução técnica para esses veículos no atendimento à legislação Proconve P-7, equivalente ao rigoroso padrão EURO 5, que entrará em vigor no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2012.

Entre diversos requisitos, a nova norma exige a redução de 80% nas emissões de material particulado e de 60% nas emis-

Accelo BlueTec EEV roda com diesel de cana

sões de Óxidos de Nitrogênio (NOx), em relação ao padrão atual. Além de atender a essas exigências, os veículos com tecnologia BlueTec 5 também oferecem um excelente desempenho e reduzem o consumo de combustível, diminuindo o custo operacional e assegurando a rentabilidade para os clientes.

Nos exaustivos testes foram comprovadas ainda a robustez e durabilidade do motor com essa nova tecnologia, vantagens essenciais para as severas condições do transporte brasileiro e latinoamericano. Para diminuir o volume de emissões de NOx e obter menor consumo de combustível, essa tecnologia inclui a adição do ARLA 32 (Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo) no esca-

pamento do veículo para pós-tratamento dos gases de escape por redução catalítica seletiva.

Devido a esse processo, podese trabalhar com bastante liberdade na otimização da combustão do motor, o que resulta numa queima mais eficiente e na emissão muito menor de material particulado e fumaça. Com isso, o motor emite menos gás carbônico, contribuindo para a diminuição do efeito estufa e o consequente impacto no aquecimento global.

O ARLA 32, que é armazenado num reservatório específico no veículo, converte o NOx em Nitrogênio puro e em vapor de água, que são inofensivos à natureza, melhorando a qualidade do ar.

Outro grande benefício do BlueTec 5 é sua total adequação

ao diesel de petróleo e também ao diesel de cana e ao biodiesel. O uso destes biocombustíveis alternativos, que vêm sendo amplamente testados pela Empresa, potencializa as vantagens ambientais e econômicas propiciadas por essa nova solução da Mercedes-Benz.

O êxito do trabalho de desenvolvimento da Mercedes-Benz do Brasil está representado no evento pela exposição de veículos que atendem ao Proconve P-7. São eles: o caminhão pesado Actros e um chassi urbano com motor frontal, ambos já com tecnologia BlueTec 5. Com a apresentação especial desses veículos, a Empresa demonstra o resultado concreto de sua capacidade tecnológica para atendimento às rigorosas normas de controle de emissões.

O potencial ambiental do uso do diesel de cana foi demonstrado no evento pela exposição do caminhão conceito Accelo BlueTec EEV, que atende aos padrões da rigorosa norma europeia EEV - Enhanced Environmentally Friendly Vehicles (veículos excepcionalmente compatíveis com o meio ambiente).

A tecnologia BlueTec do motor OM 924 LA EEV, em combinação com o uso do diesel de cana, ambos em desenvolvimento pela Mercedes-Benz, resulta em 90% de redução nas emissões de gases do efeito estufa e em 33% de redução nas emissões de material particulado, em comparação com os limites estabelecidos pela legislação Proconve P-7.

A vocação ecológica desse caminhão conceito ganha destaque também pela utilização de materiais recicláveis, em especial na cabina, onde, por exemplo, utiliza como matéria-prima um composto reciclado de garrafas pet no tecido dos bancos.

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Transporte

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Produção de veículos cresce 8% em maio, aponta Anfavea A produção nacional de veículos cresceu 8,4% em maio na comparação com abril. De acordo com números divulgados no dia 6 de junho pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as linhas de montagem produziram 303.549 unidades no mês passado, frente às 280.128 de abril. Os números não consideram os conjuntos de veículos desmontados destinados à exportação.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram fabricados 297.341 veículos, o incremento foi de 2,1%.

No acumulado do ano (janeiro a maio), o volume que saiu das linhas de montagem superou os números do mesmo intervalo de 2010 em 3,7%.

Os primeiros cinco meses do ano fecharam com 1.409.494

Problemas com preço do etanol na entressafra continuarão nos próximos anos Agência Brasil

A falta de incentivos poderá fazer com que o país enfrente nos próximos anos problemas no abastecimento de etanol durante o período de entressafra da cana-de-açúcar. A previsão é do diretor técnico da Unica (União da Indústria da Cana-deAçúcar), Antônio de Pádua Rodrigues. “Não haverá nada de diferente do que ocorre hoje, e os problemas de estoque e de alta nos preços do etanol continuarão a ocorrer nos períodos de entressafra. Se não houver incentivos, ficaremos na mesmice de hoje, pelo menos, até 2015.

Certamente não haverá oferta para atender a demanda”, disse.

Pádua defendeu o controle do consumo do produto no período da safra e a formação de estoques reguladores, como forma de diminuir os problemas de abastecimento e a alta do preço do etanol nos períodos de entressafra. “A falta de investimentos no setor nos últimos

anos para aumentar a oferta de etanol, de maneira que a produção acompanhasse o crescimento da demanda a partir de 2008, vai levar a uma situação nos próximos três anos em que o crescimento da oferta não será suficiente para fazer frente ao avanço esperado para a demanda”, afirmou.

Na avaliação do diretor da Unica, é necessário que o governo desenvolva um planejamento para controlar o consumo no período da safra e incentive a formação de estoques para viabilizar o abastecimento em níveis satisfatórios durante a escassez do produto. “Esse é um mecanismo que visa a amenizar e não resolver o problema, uma vez que a demanda continuará a ser maior que a oferta, mas não há outro jeito. Contraindo a demanda na safra, evitando que os preços caiam muito neste período, dará maior disponibilidade do produto na entressafra”.

Segundo Pádua, entre 2005 e 2008, o volume de investimentos em novas usinas de

etanol girou em torno dos US$ 60 bilhões. “Desde então os investimentos têm sido escassos, uma vez que não há garantia de rentabilidade. E investidor não bota milhões em projetos para produzir etanol se não houver garantia de retorno do que foi investido. É o mercado, sem garantia de rentabilidade não haverá recursos”.

O diretor criticou, ainda, a política de preços imposta pelo governo à Petrobras e que vem afetando diretamente o setor sucroalcooleiro, uma vez que os custos do setor continuam a subir enquanto o governo mantém comprimido os preços da gasolina nas refinarias a vários anos. “O produtor tem que repassar seus custos que são cada vez mais crescentes quase que diariamente, e são custos variados que vão desde a mão de obra à energia que é utilizada na fase de produção. Enquanto isso, a gasolina fica com o preço estabilizado nas refinarias da Petrobras por um tempo longo de mais”, disse.

unidades fabricadas, contra 1.359.245 do mesmo período do ano passado.

Caminhões

A produção de automóveis e comerciais leves em maio foi de 280.919, alta de 6,7% em relação a abril, quando foram fabricadas 263.342 unidades.

No acumulado do ano, o segmento soma 1.316.237 unidades, volume 3,7% maior que o registrado entre janeiro e maio de 2010.

Em relação aos caminhões, a produção teve crescimento de 37,9% - em maio foram produzidas 18.498 unidades, frente a 13.417 do mês anterior.

No acumulado do ano, o número (76.030 unidades) é 4,8% superior ao mesmo período do ano passado, quando foram fabricadas 72.549 unidades.

Importações Em maio, 74.746 unidades vindas de outros países foram comercializadas no Brasil, o que representa 23,5% do total de veículos licenciados no período, contra 22,2% em abril. Isso porque houve alta de 16,7% no número de veículos importados em maio. Considerando-se apenas o segmento de carros e comerciais leves, maio teve 74.473 unidades importadas contra 63.790 em abril.

Com isso, a porcentagem de veículos flex na nova frota nacional caiu de 83,3% em abril para 82,7%.

Em maio de 2010, a participação dos carros bicombustíveis nas vendas de carros novos era de 85,4%.

Sustentabilidade

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Cultivo de floresta poderá ser considerado atividade agrícola Energia elétrica produzida em usina de cana poderá ter selo verde Agência Brasil

Empresas que comprarem energia elétrica produzida em usina de cana poderão receber o Selo Verde a partir de agosto.

Um protocolo de intenções neste sentido foi assinado no início do mês entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank.

As usinas já produzem energia elétrica a partir da queima do bagaço e da palha de cana gerando uma energia que é considera “limpa”, pois é renovável e seu processo de produção, segundo a Unica, não emite de gases de efeito estufa. A ideia do Selo Verde é estimular o comércio dessa energia. Empresas que comprarem energia das usinas poderão solicitar a certificação. “A certificação é um reconhecimento da bioeletricidade como energia limpa”, afirmou Marcos Jank Segundo ele, as usinas de cana estão preparadas para produzir uma quantidade de energia equivalente a três vezes a que será produzida pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte. “Temos três usinas de Belo Monte adormecidas. Precisamos despertá-las”.

A assinatura do protocolo de cooperação do Selo Verde foi feita durante a abertura de um congresso sobre etanol, em São Paulo.

No evento, o governador assinou também um decreto que desonera os investimentos em bens de capital feitos por usinas paulistas. Com a mudança, usinas de cana que comprarem máquinas pagarão menos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

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Políticas de incentivo serão as mesmas aplicadas à agricultura A Câmara analisa o Projeto de Lei 288/11, do deputado Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), que enquadra o cultivo de florestas plantadas como atividade agrícola. Pela proposta, o plantio, o manejo e a colheita de florestas planta-

das passarão a ser regidos pelas normas referentes às demais atividades agrícolas e serão subordinados à regulamentação e ao controle do Ministério da Agricultura.

O deputado afirma que, atualmente, o cultivo florestal é tratado como formação florestal nativa e sofre de excesso de regulação. “O cultivo de florestas é um cultivo como outro qualquer, seja de café, soja, milho ou outra atividade agrícola”, argumenta.

“Cada vez mais, a socieda-

De acordo com o projeto, o plantio de florestas será livre e incentivado em todo o território nacional, ressalvadas as áreas de preservação permanente (APPs) instituídas por lei e as de reserva legal. O texto estabelece que as políticas de incentivo e fomento aplicadas às atividades agrícolas deverão ser estendidas ao cultivo de florestas plantadas, incluído o crédito rural.

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Tramitação De acordo com o projeto, o plantio de florestas será livre e incentivado em todo o território nacional, ressalvadas as áreas de preservação permanente (APPs) instituídas por lei e as de reserva legal. O texto estabelece que as políticas de incentivo e fomento aplicadas às atividades agrícolas deverão ser estendidas ao cultivo de florestas plantadas, incluído o crédito rural.

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de necessita de produtos de base florestal para a sua sobrevivência, desenvolvimento e conforto”, completa. Ele acrescenta que as florestas nativas não devem servir mais a esses propósitos de forma indiscriminada, devido à necessidade de preservação e manutenção da biodiversidade.

O projeto estabelece que as leis e demais instrumentos reguladores federais, estaduais, municipais e distritais relativos às florestas nativas não se aplicarão às florestas plantadas.

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Lavouras de café economizam 90% de água com reaproveitamento

A Embrapa Café desenvolveu o protótipo de um sistema para limpeza e purificação de águas residuárias. O objetivo do sistema é diminuir 90% do gasto de água removendo resíduos sólidos provenientes do processamento de frutos como do café após a colheita. Além disso, a água residual do café polui o meio ambiente pela grande quantidade de sólidos, o que pode ser evitado através da utilização do protótipo.

O protótipo é constituído de caixas de decantação interligadas e peneiras estáticas.

Quando os resíduos sólidos são removidos, a água é novamente conduzida para a caixa de abastecimento para reutilização no processamento de frutos ou direcionada à fertirrigação da cultura. Os resíduos sólidos retirados poderão ser utilizados na produção de adubos orgânicos.

Segundo a Embrapa, as vantagens de utilização do protótipo são seu baixo custo para instalação e manutenção, redução da poluição dos recursos hídricos e economia de noventa por cento no consumo de água.

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Convite

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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

Comunidade Ambiental Santa Luzia: como tudo começou Em 1996 foi implantada a Comunidade Ambiental Santa Luzia na Ceagesp. A iniciativa foi do poeta José Daniel, que na ocasião organizou uma festa para as crianças pobres que buscavam alimentos recolhendo frutas caídas pelo chão do entreposto. Mas como fazer uma festa sem dinheiro? Abaixo você acompanha o relato de José Daniel.

“Resolvi organizar uma missa, então convidei o padre para celebrar e saí avisando aos trabalhadores da Ceagesp para que levassem frutas para que pudéssemos partilhar, em primeiro lugar, com as crianças.

No dia 12 de outubro, entreguei uma carta ao presidente do Sindicato dos Carregadores Autônomos, José Pinheiro, du-

rante a reunião da diretoria, expressando o desejo de celebrar a Santa Missa no galpão dos carregadores. A ideia foi aceita e a festa foi realizada no sábado, 14 de dezembro, em homenagem à Santa Luzia. Quem celebrou a missa foi o padre Bernard Leo Dolon.

Em 1997 não houve celebração, mas no ano seguinte, devido a diversos pedidos, ela voltou a ser realizada e daí em diante, se tornou um acontecimento tradicional.

A partir dessa data, surgiram outras celebrações. No dia 21 de maio de 1998, Dom Fernando José Penteado celebrou na passarela a abertura da Campanha Contra a Fome no Nordeste com o título: “Leite com Jabá”, com a participa-

ção das crianças da Associação Nossa Turma.

Em 2005, a pedido dos sindicatos e da diretoria da Ceagesp, o bispo da Lapa, Dom Benedito Beni dos Santos, empossou o diácono Luiz Carlos de Laet para acompanhar a comunidade em suas necessidades espirituais e no dia 10 de dezembro ele entronizou Santa Luzia como padroeira do entreposto.

Além da missa de Santa Luzia, celebrada todos os anos em dezembro, realizamos ainda a missa de Corpus Christi; uma celebração realizada mensalmente e também fazemos atendimento aos doentes da comunidade”.

Convite Convidamos toda a comunidade da Ceagesp para participar da missa de Corpus Christi, que será realizada no galpão dos carregadores, no dia 23 de junho, às 9 horas.

A celebração será conduzida pelo pároco da igreja Nossa Senhora de Lourdes, Frei Fábio Freire Nôcal.

Vamos nos irmanar com os trabalhadores da Ceagesp, celebrando a vida e o amor que é a presença de Jesus entre nós.

JORNAL ENTREPOSTO

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31 RINO COM

Um jornal a serviço do agronegócio

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Apesp

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Espaço Apesp Espaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

Ceagesp ganha posto de defesa agopecuária Foi inaugurado no último dia 25 de maio o novo Posto de Defesa Agropecuária da Ceagesp. A placa comemorativa foi descerrada pelo Coordenador da Defesa Agropecuária no Estado de São Paulo, Cláudio Alvarenga de Melo, juntamente com o Diretor Técnico da Ceagesp, Luiz Concilius Gonçalves Ramos. O evento também contou com a presença do diretor do Escritório de Defesa Agropecuária de São Paulo, Carlos Alberto Marreira Alonso.

Toda a diretoria da Apesp marcou presença, afinal a entidade tem buscado contato permanente junto ao meio para melhorar a prestação de serviços do posto aos permissionários. O atendimento será feito na sala 6 da Ceagesp, localizada atrás do restaurante e as atividades do posto terão início em breve.

Veja abaixo a nota publicada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento no portal do governo do Estado de São Paulo, realçando a importância do posto.

“O governo do Estado instalou no dia 26 de maio, um posto de atendimento da Defesa Agropecuária na Ceasa/Ceagesp São Paulo com a presença de autoridades e representantes do setor. A unidade de atendimento é vinculada ao Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de São Paulo, uma das regionais da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

A sede da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) está situada dentro do Entreposto Terminal de São Paulo, considerado um dos maiores do mundo em volume de comercialização. No entreposto da capital chegam os mais variados produtos, vindos de 1,3 mil municípios brasileiros e de outros 12 países.

Depois de comercializados, eles partem para abastecer a população de vários países, estados e municípios. Segundo Carlos Alberto Marreira Alonso, diretor do EDA, a atividade da defesa

agropecuária no local tem grande movimentação chegando a atender de 300 a 400 pessoas por dia.

Anualmente são emitidas 35 mil Permissões de Trânsito Vegetais (PTV).

A Instrução Normativa 23, de 29 de Abril de 2008 em seu artigo 4°, estabelece a necessidade de uma estrutura permanente de defesa sanitária vegetal em centrais de Abastecimento, para viabilizar a emissão de certificado fitossanitário de origem (CFO), certificado fitossanitário de origem consolidada

(CFOC) e permissão de trânsito vegetal (PTV).

As legislações fitossanitárias exigem para o trânsito interestadual e internacional a emissão de documentos para seu transporte, impedindo a introdução e a disseminação de pragas e agentes etiológicos de doenças que possam ameaçar à agropecuária nacional, de forma a garantir a sanidade dos produtos, além de funcionar como regulador de mercado. Alonso informa que a necessidade de modernização e agilidade na obtenção de documentos obrigatórios

para transporte e comercialização de produtos vegetais possibilitou ao EDA de São Paulo criar canais de comunicação e de informatização que interligam toda a cadeia produtiva, estabelecendo uma sistemática que permite elevar o padrão do serviço.

Além disso, pode proporcionar aos fiscais estaduais a disponibilidade de tempo em executar ações preventivas e não somente, acompanhar o preenchimento da documentação. Para a construção e a manutenção desse modelo foram necessários, além dos aspectos de infra-estrutura, pré-requisitos fundamentais como a normalização, sistematização e atualização dos procedimentos de rotina.

A esta unidade cabe orientar e fiscalizar o trânsito de produtos vegetais e emissão de PTV, buscando o trânsito interestadual e internacional de produtos de origem vegetal aos permissionários da Central de Abastecimento, divulgar junto aos produtores, atacadistas e outros a necessidade de se estabelecer um respeitado status de sanidade e assim descerrar em definitivo as portas dos mercados, tanto em âmbito nacional quanto internacional e dar cumprimento as Normativas Federais e Estaduais referentes à entrada e saída de produtos que possam comprometer a sanidade da população vegetal do Estado de São Paulo.”

quando bate a fome tudo pede um china in box.

Fotos ilustrativas.

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