Um jornal a serviço do agronegócio
Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - No 134 | julho de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br
Exportações de flores caem 27,83%
Saiba o que fazer para atender às exigências da Vigilância Sanitária
O meio ambiente e os resíduos sólidos pág. 6
pág. 8
pág.15
Os personagens do agromarketing Turma da Mônica, Mickey e Cocoricó impulsionam mercado de frutas e hortaliças
Licenciamento de marcas traduz-se em bons negócios para os permissionários da Ceagesp, estimulando o consumo de alimentos saborosos e saudáveis entre o público infanto-juvenil, um nicho de mercado em expansão no país | Qualidade |
pág. 16
A embalagem ideal de uva segundo atacadistas | Ceasas Brasil |
pág. 23
Ceasa paulistana instala conselho consultivo | Transporte |
Mercado do abacaxi no ETSP
Permissionários faturam em pregão eletrônico paulista
págs. 4 e 5
Sistema facilita vendas de frutas e hortaliças às secretarias, autarquias, estatais, universidades e outros órgãos públicos de São Paulo, democratizando o acesso das pequenas e médias empresas ao business to government
pág. 5
Baixa -0,94%
Verduras Baixa -5,96%
Baixa -4,98%
Legumes
Diversos Baixa -2,71%
Baixa -4,67%
Frutas
Pescado
Geral
pág. 26
Custo de produção de veículos chega a ser 60% superior no Brasil
PAULO FERNANDO COSTA
Índice Ceagesp - Junho 2011
Baixa -6,84%
Editorial
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25 de Julho - Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, dos viajantes e dos taxistas
28 de julho - Dia do Agricultor Desde os primórdios, em que o homem descobriu que podia tirar da terra seu alimento, o agricultor tornou-se uma peça fundamental na sobrevivência humana. Estudos arqueológicos, etnográficos históricos mostram que ao mesmo tempo, em várias partes do mundo, o homem passou a mexer na terra com o objetivo de se alimentar, criando a agricultura, a arte de cultivar a terra. Em 28 de julho comemoramos o Dia do Agricultor, um profissional do campo que contribui para alimentação e abastecimento da humanidade através do emprego de um conjunto de técnicas produtivas que surgiram em meados do século XIX, conhecida como a segunda revolução agrícola, e que se baseou no lançamento dos fertilizantes químicos.
Esse modelo de agricultura industrial, envolvendo uso intensivo de produtos químicos e grande especialização, tem predominado na agricultura e produção de alimentos mundial. Agora, a agricultura orgânica que apareceu entre as décadas de 20 e 40, fruto de trabalhos de pesquisadores na Índia, vem ganhando mercado. Ela se baseia na manutenção da fertilidade do solo e da sanidade geral das plantas e animais pela adubação orgânica e pela diversificação e rotação de culturas. Utiliza também a reciclagem de resíduos sólidos, adubos verdes e restos de
culturas, de rochas minerais, de manejo e controle biológico de insetos, mantendo a fertilidade e sanidade do solo para suprir as plantas de nutrientes e controlar insetos, pragas, moléstias e ervas invasoras. Essa forma de cultivar a terra tem hoje muitos adeptos, tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos, que a experimentam como uma alternativa à agricultura convencional.
O estudo dos efeitos das atividades humanas sobre o meio ambiente trouxe o conhecimento das más conseqüências da disseminação da poluição dos cursos d’água e dos lençóis freáticos subterrâneos pelo uso indiscriminado de fertilizantes e pesticidas na agricultura. Descobriu-se também que a agricultura intensiva oferece riscos de erosão aos solos e danos à vida selvagem.
Hoje, o consumidor é suficientemente informado e se preocupa com o efeito de alimentos contaminados por pesticidas, hormônios e resíduos de antibióticos para a saúde humana. Aumentou então o interesse por métodos menos convencionais, métodos mais naturais de cultivar a terra.
Parabéns aos agricultores brasileiros!
“Cristóvão” significa “aquele que carrega Cristo”, por isso São Cristóvão é considerado o protetor dos viajantes, dos motoristas e dos taxistas. Martirizado no século três, possivelmente viveu na Síria. De acordo com algumas das lendas, Cristóvão era um gigante materialista com manias de grandeza, supondo que o rei a quem servia seria o maior do mundo. Através de um eremita, o gigante descobriu o verdadeiro Rei. Informado, passou a fazer caridade para servir ao novo Senhor. Cristóvão trocou suas manias, e passou a servir seus semelhantes, pegando a nova causa com fé e garra, transformando-a em sua lei. No rio, passou a baldear as pessoas. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao bom gigante e lhe pediu: “É possível tu me transportar para a outra margem do rio?” Cristóvão pegou o menino nos ombros e seguiu o seu roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o peso do mundo inteiro! Ao observar o espanto de São Cristóvão, o menino lhe falou: “Em teus ombros, levaste mais que o mundo inteiro. Tu carregaste o Senhor do Mundo. Eu sou Jesus, aquele a quem tu serves... É assim que conhecemos São Cristóvão. No dia 25 de julho, pedimos a ele que nos dê firmeza e vigilância nos muitos caminhos da vida em busca de trabalho, lazer, felicidade e realização. Todos somos caminhantes nas estradas deste mundo, e pedimos a ele que acompanhe-nos constantemente para chegarmos ao destino sem acidentes e contratempos.
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marรงodede2011 julho 2011
Editorial
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AGROMARKETING
HQs e desenhos animados invadem a Ceagesp Permissionários recolhem royalties para estampar personagens infantis nas embalagens de frutas e hortaliças Bertoldo Borges Filho Técnico do CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
De olho no crescente nicho infantil no Brasil, empresas produtoras de frutas e hortaliças frescas aproveitam os encantos que os personagens de revistas em quadrinhos e desenhos animados exercem sobre este seleto e exigente público. O objetivo é claro: alavancar as vendas. A título de licenciamento, os atacadistas pagam de 3% a 8% do valor faturado para os estúdios. Com essa ação de marketing, os produtores também querem estimular o consumo de alimentos mais nutritivos e saudáveis entre essa faixa etária em fase de crescimento. Os frutos ofertados são pequenos, tamanho considerado adequado ao manuseio e interessante ao olhar de uma criança. Além do aspecto visual mais atraente, tais produtos são rigorosamente selecionados e não apresentam danos, o que garante melhor sabor e justifica o valor 20% mais caro que os convencionais. “Supermercados, lojas gourmet e sacolões são os clientes que mais compram. O dia que não temos essas frutas, os compradores reclamam”, conta José Roberto dos Santos Toledo, do departamento comercial da Frutânia Brazil. “Qualquer fruta ou hortaliça com a Turma da Mônica na embalagem vende mais, pois
são produtos selecionados sem contato manual”, acrescenta o vendedor Francisco de Assis Nogueira, da Frutas AM. Há três meses, a Val Frutas começou a apostar na comercialização de goiabas com o Chico Bento estampado nas caixas. “Todo mundo gostou da embalagem e a procura por esse produto cultivado em Vista Alegre do Alto, no interior de São Paulo, já começou a aumentar. Inclusive, as grandes redes de supermercados estão nos cadastrando como fornecedores”, comemora o gerente comercial da empresa, Assis Rossi. Segundo o supervisor de produção do Grupo NK, Edenildo Pereira da Costa, nenhum vendedor tem dificuldade em escoar mercadorias dessa natureza. “É um produto que vende sozinho”, afirma. As hortifrutícolas encontradas na Ceagesp são embaladas em sacos plásticos, cumbucas e caixinhas de papelão personalizados com os desenhos de Walt Disney, Mauricio de Sousa, Rogério Martins e Ridaut Dias Jr. (Instituto Ayrton Senna), Fundação Padre Anchieta (Cultura Marcas) e MTV Networks Latin America (Nickelodeon). Os principais personagens desses estúdios desenhados nas embalagens são Mickey (tomate da variedade sweet grape, uva, kiwi e morango), Chico Bento (goiaba), Mônica (pêra, maçã e cenoura baby), Senninha (mamão papaya baby), Cocoricó (maçã) e Bob Esponja (abacaxi).
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BUSINESS TO GOVERNMENT
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Pregão eletrônico facilita vendas de FLV ao governo de SP Sistema de compras via internet reduz custos e agiliza aquisição de produtos e serviços
Paulo Fernando De São Paulo A BEC/SP (Bolsa Eletrônica de Compras do Estado de São Paulo), implantada em 2000, já movimentou R$ 9,7 bilhões em negócios, proporcionando economia de R$ 2,9 bilhões aos órgãos públicos paulistas. No período, foram realizadas mais de 344 mil operações e cerca de dois milhões de itens já foram comprados de forma on-line. De olho na expansão do business to government (B2G), atacadistas da Ceagesp também estão se cadastrando no sistema de compras via internet, que reduz custos e torna mais ágil e transparente a aquisição de produtos e serviços, desde a publicação do edital, passando pelo convite aos participantes, até a execução dos lances dados no leilão reverso, no qual vence o concorrente que oferece o menor preço. Atualmente, o portal administrado pela Secretaria da Fazenda conta com mais de 25 mil fornecedores cadastrados. Nesta lista, estão diversas companhias permissionárias do entreposto da capital, entre as
quais a Dois Cunhados e a Magalusi. “Essa tecnologia permite a inclusão digital dos pequenos e médios empreendedores e democratiza o B2G”, avalia Lucas Manzato Barbosa, diretor comercial de ambas as empresas. No caso específico dos fornecedores de FLV, ganha a concorrência quem oferta o maior porcentual de desconto em relação à cotação diária auferida pelo departamento de economia da Ceagesp. Batata, cebola, banana e frutas como o mamão formosa e a banana são os itens mais comercializados. “No fim de ano, melancia e abacaxi também são muito solicitados nos pregões eletrônicos das prefeituras do estado e subprefeituras da capital”, acrescenta. De acordo com a legislação paulista, todas as secretarias, autarquias e fundações são obrigadas a realizar as compras pelo sistema BEC, além das estatais e das universidades. O pagamento aos fornecedores também é feito impreterivelmente na data de vencimento ajustada no contrato. Entretanto, o teto estabelecido
para compras públicas na BEC ainda é baixo. As operações que dispensam licitação estão limitadas a R$ 8 mil, e aquelas realizadas por meio de cartaconvite não podem ultrapassar R$ 80 mil. “Mas o controle das transações em tempo real assegura transparência aos negócios,
que são menos burocráticos e mais diretos”, ressalta o executivo. Por meio do CQH (Centro de Qualidade em Horticultura), a Ceagesp desenvolveu uma ficha de controle de qualidade que o fornecedor de frutas e hortaliças deve apresentar no ato de entrega de cada lote vendido ao governo. O documen-
to está disponível em http:// www.ceagesp.gov.br/hortiescolha/bec. Para se cadastrar no sistema da BEC e vender ao governo de São Paulo, os interessados devem acessar o site www.bec. sp.gov.br.
Personagem Há 18 anos a vendedora ambulante Neusa Matos da Silva comercializa ervas medicinais no Mercado Livre do Produtor da Ceagesp. Suas ervas são adquiridas de bioquímicos e vêm de diversas partes do Brasil, principalmente dos estados do Norte e Nordeste. Hoje, seu carrinho conta
com mais de 200 tipos de plantas medicinais, além de xaropes, garrafadas entre outros produtos. Ela diz com orgulho que conta com uma clientela fiel por todo o entreposto paulistano, além dos turistas estrangeiros que visitam a Ceagesp e levam suas ervas para seus países de origem.
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Meio Ambiente
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Política de resíduos sólidos ajuda meio ambiente Lei estende responsabilidades entre as esferas de governo e estipula o caminho de volta das embalagens e resíduos O Brasil produziu, só em 2010, 61 milhões de quilos de resíduos sólidos, o que dá uma média de 378 quilos de lixo por habitante. Desse total, 56% foram para aterros sanitários e 44% foram parar nos lixões, barrancos e rios. A tentativa de mudar essa realidade está na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010 e ainda em fase de implantação. De acordo com a nova lei, além do nível federal, estados e municípios deverão elaborar seus planos para reaproveitamento, tratamento e eliminação de lixo orgânico e inorgânico. O prazo é até agosto de 2012, mas até lá continuam aplicáveis todas as normas já em vigor. As unidades da Federação que não tiverem essas políticas definidas até a data não poderão utilizar recursos da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para o tratamento de resíduos. O programa terá cerca de R$ 1,5 bilhão, alocados pelos ministérios do Meio Ambiente e das Cidades.
Além da exigência de políticas locais, a lei determina que até agosto de 2014 nenhum resíduo sólido seja mandado para aterros sanitários, apenas o material orgânico para compostagem (utilizável como adubo) ou para geração de energia (gás). Até essa data, não poderão funcionar mais os lixões a céu aberto. Os serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos poderão cobrar taxas ou tarifas de acordo com o peso ou o volume médio coletado, baseadas em categorias de usuários ou distribuídas por faixas ou quantidades crescentes de utilização. Além disso, a lei estipulou a logística reversa, ou seja, o caminho de volta de embalagens e certos resíduos, envolvendo consumidores, comerciantes, distribuidores e fabricantes. Na cidade de São Paulo, por exemplo, os responsáveis por estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais, entre outros, geradores de resíduos sólidos em volume su-
perior a duzentos litros diários, precisam se cadastrar na prefeitura. Eles também deverão contratar empresas ou cooperativas autorizadas para a coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo, mantendo o contrato à disposição da fiscalização.
Coleta seletiva A coleta seletiva está disponível em apenas 443 municípios dos mais de cinco mil existentes. De acordo com estudos elaborados pelo Ipea em 2010, o Brasil perde, anualmente, cerca de R$ 8 bilhões, por não fazer a reciclagem correta do seu lixo. Segundo o secretário de recursos hídricos e ambiente urbano do MMA, Nabil Bonduki, já estão sendo realizados convênios com
os estados e municípios para que cada um deles cuide da destinação do lixo. “Já foram feitos convênios com 17 municípios, que no futuro poderão gerar consórcios. Esses planos intermunicipais garantirão a destinação correta para os resíduos sólidos, além de representar um custo seis vezes menor para o governo”, afirmou. Bonduki afirmou ainda que a primeira versão do plano nacional de resíduos sólidos será finalizada em agosto para ser debatida a partir de setembro em seminários regionais. O texto final com a contribuição da sociedade será debatido em encontro nacional em 2012. O plano vai contemplar todos os tipos de resíduos sólidos, como os da construção
civil, área da saúde, agropastoris e resíduos perigosos, entre outros. Bonduki lembrou ainda da criação do Comitê Orientador da Logística Reversa - a montagem de uma modelagem para que os os produtos gerados por algumas cadeias produtivas sejam efetivamente recolhidos, sob a responsabilidade dessa própria cadeia - produtores, importadores e comerciantes. Entre as atribuições desses grupos de trabalho, está a responsabilidade compartilhada no tratamento de seis tipos de resíduos: pneus; pilhas e baterias; embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes além de lâmpadas fluorescentes e dos eletroeletrônicos.
Logística reversa é ponto forte da nova lei A logística reversa é o principal instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos para garantir maior eficácia no descarte e na reciclagem do lixo. As normas para coleta, separação, reaproveitamento e a destinação adequada de alguns produtos - como eletroeletrônicos, remédios, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e recipientes e sobras de óleo lubrificantes – estão sendo discutidas por cinco grupos de trabalho criados no início de julho pelo Ministério do Meio Ambiente
(MMA). O processo da logística reversa responsabiliza as empresas e estabelece uma integração de municípios na gestão do lixo. “Esse é um processo no qual os produtores de um eletroeletrônico, por exemplo, têm que prever toda a reciclagem daquele produto, como será feito o retorno e a destinação ambiental adequada, especialmente de alguns itens que retornem para o ciclo produtivo”, explica a coordenadora de Consumo Sustentável do MMA, Fernanda Daltro.
De acordo com o ministério, estão convidados a participar dos grupos todos os que estejam envolvidos na cadeia de responsabilidade compartilhada, como importadores, fabricantes, distribuidores, comerciantes, o Movimento Nacional de Catadores de Material Reciclável e representantes de estados e municípios. A expectativa é que as regras para o descarte dos produtos estejam em vigor já no segundo semestre de 2012. Segundo o Comitê de Logística Reversa do Brasil, indústrias
como as que trabalham com vidro e com latas de alumínio já utilizam materiais reciclados. A indústria de eletroeletrônicos disponibiliza desde o ano passado um serviço on line de informações sobre os programas de logística reversa e com orientações para o descarte correto de televisores, computadores, celulares e de outros resíduos eletroeletrônicos.
Embalagens de agrotóxico Um caso bem sucedido de lo-
gística reversa, de acordo com o próprio MMA, é o das embalagens vazias de agrotóxicos. Segundo o InpEV) (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias , mais de oito mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas foram entregues para o descarte ambientalmente correto nos três primeiros meses deste ano, resultado 17% melhor que o registrado no mesmo período do ano passado. Com informações da Agência Brasil
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FOTO: ABr
Plano nacional deve ser apresentado em agosto
O secretário de recursos hídricos e ambiente urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, afirmou que a primeira versão do Plano Nacional de Resíduos Sólidos deverá ser apresentada à sociedade em agosto. O texto, que está sendo elaborado por um grupo de trabalho interministerial criado no início de julho deverá ser debatido em seis seminários no próximo ano. A previsão é de que a versão final fique pronta no fim de 2012.
Previsto na lei, o plano deverá conter, entre outras informações, um diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos no país e metas de redução de resíduos e de eliminação e recuperação de lixões.
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Meio Ambiente
Estudo levanta situação da agricultura de base ecológica
Atualmente, mais de 120 países desenvolvem agricultura de base ecológica, com crescimento médio da área plantada entre 15% a 20% ao ano. No Brasil, o crescimento anual médio é de 30% e existe uma forte demanda do mercado exportador, especialmente por países como o Japão, Estados Unidos e União Europeia. Esse é outros dados fazem parte da conclusão de um trabalho feito por um grupo de pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente e do International Centre for Research in Organic Food Systems (Icrofs), da Dinamarca. O estudo é parte integrante do Projeto Global Org/Brasil, que apresenta a situação atual do desenvolvimento da produção de base ecológica no Brasil e no Estado de São Paulo. Lucimar Santiago de Abreu, pesquisadora da Embrapa e coordenadora do projeto, explica que analisou um conjunto de questões sociais e econômicas bem como a evolução deste setor, tratando também de questões associadas a institucionalização da agricultura de base ecológica no país. A pesquisadora coletou com a equipe do projeto, um conjunto de informações em diferentes instituições públicas e privadas brasileiras e em base de dados internacionais. Entre as brasileiras encontra se o Ministério da Agricultura, certificadoras, agências de exportação, Ministério de Desenvolvimento Agrário, Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, entre outras. Também realizou entrevistas com diferentes atores sociais, organizações de produtores familiares, agentes de desenvolvimento e organizações econômicas. Os resultados foram a descrição da trajetória da emergência e expansão da agricultura de base
ecológica, caracterização do desenvolvimento da produção de base ecológica no Brasil e desenvolvimento dessa mesma produção no Estado de São Paulo e identificação e caracterização das cadeias da produção certificadas respectivamente para exportação e mercados locais. A pesquisadora acredita que os dados do estudo irão subsidiar a formulação de políticas públicas no âmbito do desenvolvimento da produção e comercialização de base ecológica, no país. De acordo com Lucimar, no Brasil vem crescendo a produção de alimentos e de outros produtos agrícolas baseada em princípios ecológicos, com denominações diferentes para esse tipo de produção, ou seja o produto ecológico, produto orgânico, produto agroecológico, produto natural, etc. De fato, são formas distintas de produção ecológica e de inserção no mercado. No intuito de captar essa diversidade de estilos de agriculturas ecológicas, adotou-se a denominação “agricultura de base ecológica” para estudar a produção brasileira. A Lei da Produção Orgânica No 10.831, de 23 de dezembro de 2003, regulamentada em 2007, foi inspirada no conceito de agroecologia, também integrando diferentes dimensões da produção, desde da valorização do patrimônio cultural das comunidades rurais, equidade social, valorização econômica das produções familiares até o respeito aos recursos naturais. Essa lei da produção orgânica reconhece a diversidade de modos de certificação por terceira parte, pelo sistema de garantia participativa e pelas vendas diretas com controle social. Conforme levantado neste estudo, no território rural brasileiro encontra-se uma diversidade
de formas sociais de produção de base ecológica, com diferentes processos de transição e de sistemas de comercialização. Ou seja, além das mudanças em termos de técnicas e de práticas agrícolas, identificou-se os grupos sociais e comunidades envolvidas portadores de consciência social, expressada na relação prática que estabelecem com os recursos ambientais e na adoção de um modo de vida peculiar, que é fruto de uma crítica social ao modelo baseado no monocultivo e no uso de agrotóxicos. “Portanto, explica Lucimar, para entender a situação atual, foram mapeadas as áreas produtivas e o universo social do produtor. Esse universo é constituído na maioria por produtores familiares, onde buscou-se compreender os desafios colocados para o avanço da agricultura de base ecológica e identificar os elementos que impulsionam a transição agroecológica. Além desses aspectos, a produção de alimentos é complementada por condições que propiciam o desenvolvimento das pessoas e o meio rural passar a adquirir características de polo de irradiação cultural e social”. Mercado externo
Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o mercado internacional é comprador da produção brasileira, porém poucos produtores atendem aos requisitos. Os principais produtos exportados são: café (Minas Gerais e Espírito Santo); cacau (Bahia); soja, açúcar mascavo e erva-mate (Paraná); suco de laranja, óleo de dendê e frutas secas (São Paulo); castanha de caju (Ceará) e guaraná (Amazonas).
Quando somadas as áreas cultivadas com as de extrativismo sustentável, o Brasil ocupa o segundo lugar, com 11,8% da área produtiva mundial. São mais de 15.000 produtores rurais (0,4% dos produtores rurais brasileiros), sendo 80% agricultores familiares e 20% patronais. Aqui, a produção certificada ocupa uma área maior do que 888 mil hectares e no ranking mundial, o país está entre os oito maiores produtores. Com relação aos produtos ecológicos e certificados, o crescimento das vendas tem ocorrido de forma expressiva nas capitais dos estados brasileiros, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. O principal motivo para esse aumento foi identificado como sendo a preocupação com a saúde, já que são livres de pesticidas, característica importante para os consumidores.Segundo o presidente da Comissão de Regulamentação da Lei da Agricultura de Base Ecológica, as pousadas e os hotéis-fazenda com alimentação de base ecológica e ecoturismo são também um setor promissor. Embora o país seja o maior consumidor da América Latina, o consumo de produtos orgânicos no Brasil não chega a 1% do mercado de alimentos. Como resultado da percepção crescente de uma parte dos compradores sobre a melhor qualidade dos produtos em relação ao convencional, dos benefícios para a sua saúde e para o meio ambiente, o mercado está crescendo, considerando-se o agregado de todos os setores. A agricultura de base ecológica diz respeito aos interesses não somente da agricultura familiar, mas também das grandes empresas. A demanda por produtos ecológicos é relacionada aos consumidores domésticos e estrangeiros, cada vez mais interessados na qualidade dos alimentos e nos impactos da agricultura no ambiente. Essa expansão deve ser atribuída, também, ao desenvolvimento de um mercado mais justo para os produtores e consumidores, além do fato de gerar mais empregos. Os pesquisadores irão continuar os estudos, buscando aumentar os conhecimentos em torno da produção certificada (terceira parte, sistemas de garantia participativo e vendas diretas com controle social), assim como identificar os meios de vida dos produtores familiares e os aspectos ambientais envolvidos (práticas agroambientais), bem como entender de forma aprofundada a dinâmica do mercado da produção de alimentos em sua relação mais específica com o consumo.
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Legislação Sanitária
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Sua empresa atende às exigências da vigilância sanitária? FOTO:EDUARDO NOGUEIRA
Empresas que comercializam alimentos devem estar atentas às exigências estabelecidas por lei para evitar problemas com a fiscalização A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) tem realizado ações de fiscalização no entreposto paulistano da Ceagesp. O objetivo é verificar se as empresas que comercializam alimentos no local atendem às exigências legais estabelecidas para esse tipo de estabelecimento comercial. Nos dias 5 e 7 de julho, o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (CQH) realizou palestras para explicar aos permissionários e seus funcionários a legislação de alimentos e os itens necessárias para atender às leis. Abaixo você confere as informações acerca das exigências legais para a comercialização de alimentos coletadas pela engenheira de alimentos do CQH, Fabiane Mendes Câmara. A vigilância sanitária tem o objetivo de proteger e promover a saúde da população, através de ações legais, educacionais, informativas, pesquisa, fiscalização de toda a cadeia de produção e consumo. A vigilância sanitária é dividida em três esferas de atuação:
•União, através da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - coordena o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (SNVS), fomenta a realização de estudos e pesquisas no âmbito de suas atribuições e elabora resoluções de proteção à saúde com validade para todo o território nacional. •Estadual, através do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP/SES) regula e executa as ações conforme as necessidades e realidade do Estado de São Paulo. •Municipal, através da Covisa, regula e executa as ações de acordo com as peculiaridades do município de São Paulo. A fiscalização dos estabelecimentos onde é realizada alguma das seguintes operações: produção/fabricação, importação, manipulação, fracionamento, armazenamento, distribuição, venda para o consumo final e transporte de produtos na área de alimentos, é uma das atividades que a vigilância sanitária exerce.
b)Anexar: cópia do Contrato Social registrado na Junta Comercial ou em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou cópia do ato constitutivo; Cópia de firma individual registrada na Junta Comercial, no caso de microempresa ou empresa de pequeno porte; Cópia do CNPJ.
c)Protocolar entrega na Praça de Atendimento da Covisa situada à rua Santa Isabel, 181. O SAC possui os seguintes telefones: 3397-8278, 3397-8279 e 3397-8280.
O objetivo da fiscalização é verificar se o estabelecimento atende às exigências legais e às denúncias de consumidores; à emissão da licença de funcionamento com emissão do Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária (CMVS) e atender solicitações efetuados por outros órgãos públicos. Esta fiscalização é chamada de inspeção sanitária. A equipe técnica que realiza a inspeção sanitária de alimentos é composta por nutricionistas, médicos veterinários e farmacêuticos. Uma empresa que trabalha com alimentos no município de São Paulo deve atender às exigências legais, tendo a documentação em ordem. A base legal da vigilância em saúde, na área de alimentos no município de São Paulo é regida pelo Código Sanitário do Município de São Paulo (Lei Municipal nº13725 de 2004) e pelo Regulamento de Boas Práticas (Portaria SMS nº1210 de 2006). A documentação exigida para atender às exigências da vigilância sanitária abrange: o Auto de Licença de Funcionamento, o Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária, os comprovantes de atendimento ao PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o ASO ( Atestado de Saúde Ocupacional), Controle Integrado de Vetores e Pragas, POP’s ( Procedimentos Operacionais Padronizados) e um Responsável Técnico e está detalhada abaixo.
•Auto de Licença de Funcionamento O auto de licença de funcionamento é um documento expedido pela prefeitura que autoriza o funcionamento do estabelecimento para atividades comerciais, industriais, institucionais, de prestação de serviços e similares pretendidas pelo interessado.
O Auto de Licença de Funcionamento (ALF) pode ser obtido de duas maneiras: a)Pela internet, acessando o portal da prefeitura de São Paulo, através do sistema eletrônico para a expedição de licença de funcionamento; b)Na praça de atendimento da subprefeitura mais próxima com toda a documentação exigida. No caso da Ceagesp, a subprefeitura responsável é a da Lapa, localizada na rua Guaicurus, 1000 - Telefone: 33967500, cujo horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 8h às 18h. As orientações para solicitação do Auto de Licença de Funcionamento estão disponíveis no site da prefeitura de São Paulo: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/planejamento/sp_mais_facil/ slea/alf/index.php?p=986.
•Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária É o número fornecido aos estabelecimentos aptos perante a vigilância sanitária a exercerem suas atividades. Deve ser requerido para início de atividades, e deverá ser novamente preenchido quando houver alteração do estabelecimento, sempre que houver mudanças de endereço (sem mudança de prédio), ou de atividade, ou do processo produtivo ou da razão social, fusão, cisão ou incorporação societária. Alterações de endereço com mudança de prédio exigem novo cadastramento. Para obter o CMVS, o requerente deve:
a)preencher o Anexo II (disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov. br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/cmvs/index. php?p=5871 );
•PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - NR-7 da Portaria nº 3.214/78. O PCMSO busca a promoção e a preservação da saúde dos trabalhadores, bem como prevenção e diagnóstico precoce de doenças relacionadas às funções desempenhadas e ao ambiente de trabalho. O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos admissional; periódico; de retorno ao trabalho; de mudança de função e demissional.
cimento (requisitos higiênico-sanitários, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da qualidade da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento). Pode ser elaborado pelo responsável técnico, responsável legal ou profissional habilitado. •POP’s - Procedimentos Operacionais Padronizados É um documento que contém uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização de uma atividade. Ele descreve passo a passo como executar as tarefas no estabelecimento. Devem ser elaborados os POP’s de: a)higienização das instalações, móveis, equipamentos e utensílios; b)controle de potabilidade da água; c)higiene e saúde dos manipuladores; d)manejo dos resíduos; e)manutenção preventiva e calibração de equipamentos; f)controle integrado de vetores e pragas urbanas; g)seleção das matérias primas, ingredientes e embalagens; h)programa de recolhimento de alimentos
•ASO - Atestado de Saúde Ocupacional É o documento que o funcionário recebe com o resultado dos exames clínicos e laboratoriais. Esses exames devem ser realizados no momento de admissão, e periodicamente. •PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - NR-9 da Portaria nº 3.214/78 A Norma Regulamentadora 9 (NR 9) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados (independentemente do número) regidos pela CLT (registrados em carteira de trabalho). O PPRA deve ser elaborado pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SEESMT da empresa ou instituição. Caso o empregador esteja desobrigado pela legislação de manter um serviço próprio, ele deverá contratar uma empresa ou profissional para elaborar, implementar, acompanhar e avaliar o PPRA.
•Responsável Técnico A pessoa física ou jurídica que realize alguma das atividades de produção/fabricação, importação, manipulação, fracionamento, armazenamento, transporte, distribuição e venda para o consumo final deve possuir um responsável técnico legalmente habilitado, de acordo com o Conselho Profissional. O contrato de prestação de serviços entre a empresa e o responsável técnico deve permanecer no estabelecimento à disposição da autoridade sanitária. As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) estão dispensadas da obrigatoriedade de um responsável técnico. Nesse caso, a responsabilidade pela supervisão e pela capacitação dos manipuladores de alimentos é do proprietário da empresa e da pessoa por ele designada.
•Manual de Boas Práticas É o documento que descreve as operações realizadas pelo estabele-
Em agosto, o CQH, em parceria com o Sicaesp, realizará o curso obrigatório de Boas Práticas para os permissionários da Ceagesp e seus representantes. Fique atento! Serviço: Curso de Boas Práticas Datas: 16, 18,23 e 25 de agosto Horário: 13h30 Local: Auditório do Sincaesp Ceagesp Mais informações: www.sincaesp.org.br
•Controle Integrado de Vetores e Pragas É um conjunto de ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e a proliferação de pragas urbanas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do alimento. Deve ser realizado por empresa especializada e autorizada pela vigilância sanitária para exercer este serviço.
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Agricultura
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Em uma década, Brasil pode ampliar produção de alimentos em 33 milhões de toneladas O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade e mantendo a salvo suas reservas naturais. A avaliação é do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que ministro se baseia em estudos do próprio governo que indicam os rumos da produção agrícola nacional na próxima década. A estimativa é que o cultivo de grãos – arroz, feijão, milho, soja em grão e trigo – deve aumentar 23% até 2021, com expansão de 9,5% da área plantada. “Nos próximos dez anos, nas estimativas mais conservadoras nossas, o crescimento do volume de alimentos produzidos no país representará um incremento de 33 milhões de toneladas à produção atual”, aposta Rossi. O estudo “Brasil – Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021”, elaborado pelo Ministério da Agricultura em parceria com a Embrapa, aposta em um cenário factível. O relatório aponta que, comparado à última década, haverá uma redução na quantidade de terra utilizada para o plantio de grãos.
No início do século, a área de plantio da colheita cresceu 21%, em relação ao mesmo período no início dos anos 90. O estudo aponta ainda que o volume de grãos produzido em 2010, equivalente a 142,9 milhões de toneladas, deve superar os 175,8 milhões de toneladas em 2021. De acordo com o relatório elaborado pelo Ministério da Agricultura, a produção de soja deve crescer 25,9% nos próximos dez anos. A projeção prevê 86,5 milhões de toneladas a serem colhidas dentro de uma década. No ano passado, a produção foi de 68,7 milhões de toneladas. “Cada vez mais a proteína é demandada no Brasil e no mundo. Temos todas as condições de continuar manter essa oferta, ainda que crescente”, destaca o ministro. Depois da soja, o milho deve se sobressair na produção, podendo chegar a 65,5 milhões de toneladas no início da próxima década, o que representaria um crescimento de 23,8%. Em 2010, a produção foi de 52,9 milhões de toneladas. Segundo estimativas do governo, a área plantada do grão nos próximos
anos subirá de 12,9 milhões de hectares para 13,3 milhões. O cultivo de arroz pode subir de 12,5 milhões de toneladas, colhidos em 2010, para 13,7 milhões. Mesmo com aumento na produção, o grão se destacará com a maior redução de área plantada, passando de 2,56 mil-
hões de hectares para 1,61 milhões de hectares. “Isso se deve à incorporação de tecnologia”, destaca Rossi. Até 2021, a estimativa do governo é que a área total plantada com lavouras chegue a 68 milhões de hectares. Atualmente, a área é pouco superior a 62 milhões de hectares.
A expansão deverá acontecer por conta do crescimento do plantio de soja, que passará de 24,74 milhões de hectares para 30 milhões de hectares, e da cana-de-açúcar, que deve saltar de 9,42 milhões de hectares para 11,52 milhões de hectares – principalmente destinada à produção de açúcar e álcool.
Robôs inteligentes Governo aprova financiamento para selecionar e para produtores de laranja colher frutas maduras Os recursos devem ser utilizados para a estocagem do suco
Pesquisadores de robótica da Universidade Ben-Gurion estão desenvolvendo robôs inteligentes para detectar e colher frutos e legumes mais maduros. O projeto faz parte do “Crops” (Clever Robots for Crops), programa levado a cabo por universidades da União Europeia que desenvolverão know how para a colheita de pimentas, frutas e uvas Premium – utilizadas para a fabricação de vinho. O sistema é constituído por um robô transportado junto com manipuladores e ferramentas inteligentes – sensores,
algoritmos, pulverizadores e garras – que podem ser adaptados a novas tarefas. A plataforma robótica do Crops será capaz de detectar as frutas e seu ponto de maturação e colher apenas as maduras. O Crops é coordenado pela Universidade de Wageningen, da Holanda, e é uma parceria entre diversas universidades europeias. O papel da Universidade de Ben-Gurion será o de liderar o desenvolvimento de algoritmos inteligentes de detecção e manipulação. A universidade israelense receberá US$ 1,3 milhão para desenvolver o projeto.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu, no final de junho, as condições para o financiamento da estocagem do suco de laranja no novo ciclo agrícola. O programa faz parte do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 lançado no dia 17 de junho. A medida aprovada pelo CMN destina R$ 300 milhões à Linha Especial de Crédito (LEC) para a citricultura. Os recursos devem ser utilizados para estocagem do suco. Cada indústria ou cooperativa poderá contratar até R$ 80 milhões para comprar a fruta
processada e armazenada na safra 2011/2012. A laranja deverá ser adquirida a um preço mínimo de R$ 10 a caixa com 40,8 kg. A criação da LEC já ha-
via sido autorizada pelo conselho na reunião realizada em maio e representa uma das novidades do Plano Agrícola e Pecuário. Agora, o CMN definiu as regras de contratação. “Acreditamos que esse crédito vai contribuir para reduzir a volatilidade do preço da laranja, regulando a oferta do suco no mercado”, afirma o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. “A indústria poderá vender seu produto em melhores condições de mercado e o produtor vai receber um preço que garanta a sua renda”, completa.
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Feira de negócios pretende Hortifruti ganha disseminar cultura de frente parlamentar orgânicos entre consumidores na Câmara Uma das principais feiras de negócios voltada para a cadeia de produtos orgânicos no País, a Bio Brazil Fair – 7ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia terá entrada aberta e gratuita ao público em geral. Para os promotores do evento, este diferencial é fundamental para ajudar a disseminar a cultura orgânica no consumidor final, estimulando não só a melhoria da saúde como o desenvolvimento do próprio mercado fornecedor. A Bio Brazil Fair reúne cerca de 200 empresas expositoras. Entre elas há produtores e processadores de alimentos em geral, laticínios, frutas, vegetais e cereais, massas, carnes e ovos, bebidas, roupas e cosméticos; empresas de insumos, equipamentos, consultoria e certifi-
cação; e fornecedores de matérias-primas para a produção de cosméticos e biofármacos, óleos essenciais, extratos e ingredientes. De acordo com a organização, em 2010 a feira recebeu 21,5 mil visitantes de vários estados brasileiros e de oito países. Boa parte deste público foi formada por compradores e profissionais ligados ao setor – lojas, supermercados, restaurantes, hotéis, clínicas e hospitais, farmácias e drogarias, nutricionistas, médicos, escolas e outros – em busca de realizar negócios com os expositores. A maioria, porém, foi de público consumidor, que teve oportunidade de conhecer as novidades do setor orgânico em primeira mão e ainda realizar compras em pequenas quantidades diretamente dos
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Bio Brazil Fair De 21 a 24 de julho, das 10h às 20h Informações: (11) 2226-3100 e www.biobrazilfair.com.br
Grupo conta com 200 Parlamentares A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros (PróHorti) foi lançada no último dia 30 de junho. O grupo promete trabalhar pela implantação de políticas públicas direcionadas às cadeias produtivas de verduras, legumes,tubérculos,bulbos, frutas, champignon, mel e derivados, aves e ovos, pecuária de leite de pequeno porte, flores e outros itens destinados ao abastecimento do mercado interno. A Pró-Horti já conta com o apoio de mais de 200 parlamentares. O presidente da frente, deputado federal Junji Abe (DEMSP), ressalta a importância de o país dar mais atenção a “essas categorias que estão excluídas
de qualquer incentivo”, uma vez que não se enquadram nos critérios da agricultura familiar, amparada pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), nem englobam produtos de exportação que geram commodities, como as culturas de cítricos, café e soja, entre outras. Abe acrescenta que a frente vai lutar pela adoção de dispositivos que beneficiem toda cadeia produtiva do setor de Hortifrutiflorigranjeiros - desde pesquisa, desenvolvimento de variedades e extensão rural, passando pela fabricação e venda de insumos (sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, equipamentos, embalagens e outros) até canais de comercialização dos produtos finais.
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produtores e fabricantes. O mercado de produtos orgânicos no Brasil cresce a taxas anuais de 20% a 30%. Desde que foi implantado o sistema de certificação do setor, em 2010, mais de 10 mil produtores orgânicos já foram cadastrados pelo Ministério da Agricultura. A certificação representa uma segurança adicional aos consumidores, pois estabelece as normas técnicas que garantem a origem dos produtos e os critérios de comercialização.
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Artigo
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Marketing para a horticultura: atitudes e estratégias imprescindíveis
Antonio Hélio Junqueira A horticultura – que concentra as atividades da fruticultura, da olericultura e da floricultura – constitui-se em um dos mais dinâmicos e prósperos setores do agronegócio brasileiro contemporâneo. Contribuem para isso a sua capacidade de gerar altos níveis de emprego, ocupação e renda mesmo em unidades exíguas de terra; a sua perfeita adequação aos perfis tecnológicos e empresariais da agricultura familiar e da pequena e média propriedade rural, além de sua enorme contribuição social na fixação do homem ao campo e na ocupação econômica das áreas mais próximas às grandes concentrações urbanas do País. Deve-se ressaltar, ainda, que os produtos alimentares obtidos da horticultura são os que possuem hoje os atributos mais valorizados em termos da construção e da preservação da saúde das populações. Tais constatações se devem especialmente ao fato de serem pouco calóricos e pobres em açúcares, gorduras e sódio e, ao mesmo tempo, suprirem equilibrada e saborosamente as necessidades humanas de vitaminas, sais minerais e fibras. Se, a isso, se agrega a forte vocação dos produtos hortícolas para a produção sob bases orgânicas ou de
manejo integrado e controlado, fecha-se o seu ciclo virtuoso de agregação de valor, alinhandoos definitivamente às pautas inadiáveis da sustentabilidade. O Brasil é hoje o terceiro maior produtor mundial de frutas, posição em que é superado apenas pela China e pela Índia. Anualmente, colhem-se mais de 43 milhões de toneladas de 500 diferentes espécies frutíferas de interesse econômico. São incluídos nesta atividade mais de 180 mil produtores, distribuídos em 2,3 milhões de hectares e que, no seu conjunto, geram mais de 6,9 milhões de empregos diretos, equivalentes a 27% de toda a mão-de-obra agrícola nacional. No comércio internacional, o setor frutícola contribui com divisas da ordem de US$ 730 milhões por ano.
A olericultura – que abrange o cultivo de legumes, verduras e ervas aromáticas e medicinais – ocupa mais de 700 mil hectares no País, nos quais são cultivados cerca de 80 diferentes espécies. No seu conjunto, a atividade contribui com mais de três milhões de empregos diretos. O mercado de flores e plantas ornamentais no Brasil, por sua vez, movimentou, no ano de 2010, valor global de R$ 3,8 bilhões, o que representou um crescimento de 15,0% sobre os resultados do ano anterior. Ao longo dos últimos anos, o setor florícola brasileiro vem experimentando sucessivas taxas de crescimento da ordem de 8,0% a 10,0% ao ano nas quantidades e de 12,0% a 15,0% nos valores comercializados. Tais índices, bastante acima dos níveis
médios de desempenho do PIB nacional, comprovam o alto vigor de crescimento sustentado da atividade no País. A horticultura ornamental ocupa mais de 11 mil hectares em todo o território nacional, agregando a atividade de 6,1 mil produtores. Gera perto de 180 mil empregos diretos em toda a sua cadeia produtiva. Observando a enorme dimensão sócio-econômica que se desenha a partir dessas estatísticas, torna-se evidente que o marketing aplicado ao atendimento das necessidades setoriais e ao desenvolvimento de atitudes e estratégias por parte dos agentes das cadeias produtivas da horticultura tornou-se não apenas desejável, mas imprescindível. Essa coluna, que se torna
regular a partir da presente edição do Jornal Entreposto objetiva contribuir para uma melhor compreensão do potencial das ferramentas, conceitos, políticas e programas de marketing na alavancagem global dos negócios com frutas, hortaliças, flores e plantas ornamentais. Esperamos contar com as contribuições de todos os leitores, nos enviando suas dúvidas, críticas e sugestões dos temas e casos de sucesso a serem aqui abordados. Um grande abraço, desejando que tenhamos uma excelente caminhada, juntos!
Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/ CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.
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Cooperativa de Holambra lança cesto retornável para o transporte de flores Neno Silveira
A grande novidade para o transporte de flores em 2011 é um cesto de polipropileno maleável e com sistema de radiofrequência. Essa é a opinião de Manoel José Gonçalves de Oliveira, gerente de planejamento e mercado da Cooperflora, cooperativa dos produtores. Antes realizado em caixas de papelão, o atual suporte oferece condições ambientais e físicas aperfeiçoadas para manutenção da integridade do produto. Sua durabilidade pode chegar até seis anos, conforme informações do fabricante. Portanto, o benefício ambiental também é garantido com o novo cesto de flores, uma vez que é totalmente reaproveitado, permitindo o sistema retornável. Pela perecibilidade das flores, todos os esforços estão focados na velocidade da movimentação física e no fluxo de informações para que o produto não fique parado na cadeia. Os processos são idealizados para que o fluxo de informação seja disponibilizado ao mercado de forma padronizada e clara. Com isso o comprador sempre tem uma referência dos produtos negociados, minimizando desta forma os gargalos da comercialização. Os cuidados que são tomados para a movimentação das flores estão diretamente relacionados à gestão da logística da pós-colheita. Isto envolve planejar corretamente o ponto ideal de colheita, a padronização das
flores para a formação de lotes uniformes, em embalagens especiais. Significa também respeitar a manutenção da cadeia da água e sua conservação com uso da refrigeração, mantendo a temperatura do sítio até o consumidor final, passando pelos centros de comercialização, com o transporte em caminhões isolados e refrigerados. O design desse cesto de flores, projetado pela própria cooperativa, possui formas especiais que proporcionam um perfeito transporte e armazenamento. Também possui uma área especial para a água durante a condução das flores - consegue carregar até dois litros sem vazamento - , o que permite que as flores sejam transportadas do produtor ao consumidor final sempre hidratadas. Além dessas características físicas que contribuem para a qualidade do produto, o cesto de flores Cooperflora possui um sistema de radiofrequência (RFID) que monitora sua localização. Por meio de um chip e de um sistema integrado de informações é possível controlar a movimentação de acesso de entrada e saída na cooperativa, com extrema rapidez e segurança. É uma solução que permite, portanto, rastreabilidade e monitoramento em tempo real, podendo integrar toda a cadeia produtiva até o ponto de venda, de acordo com adesão ao sistema . Nos últimos 20 anos muitos esforços têm sidos feitos em toda a cadeia de flores para que o produto final mantenha a qualidade e possa durar mais no consumidor final. Os produto-
res de flores investem constantemente em novas tecnologias de produção, aprimorando os processos de produção e seus controles. Isto compreende a propagação de novas variedades, com pagamento de royalties, a redução do uso de produtos quími-
cos e a introdução de conceitos de produção sustentável e ecologicamente correta, tais como o uso adequado da água, a manutenção e preservação de mananciais e áreas de conservação ambientais e políticas sociais com seus colaboradores. Com a construção deste am-
biente, o Brasil tem se tornado um país mais competitivo. É fato que muito ainda precisa ser feito mas a direção já foi dada e a cada dia a Cooperflora vem aperfeiçoando índices de qualidade em toda a cadeia, comparáveis aos níveis internacionais.
SINALIZAÇÃO CAMPEÃ No dia 18 de julho, bandeira com o distintivo do Santos Futebol Clube continuava sinalizando no entreposto de São Paulo a comemoração do tricampeonato da Libertadores conquistado pelo alvinegro praiano no dia 22 de junho, sob o comando da geração de craques encabeçada por Neymar e Paulo Henrique Ganso. Parabéns ao torcedor que, literalmente, estendeu, sem restrições, a homenagem ao time do eterno Rei Pelé!
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Floricultura
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Exportações da floricultura brasileira registram queda de 27,83% Antonio Hélio Junqueira Marcia da Silva Peetz
O cesto de flores Cooperflora é usado pelos cooperados, mas também pode ser adquirido por qualquer pessoa. Os interessados em adquirir o produto podem entrar em contato diretamente com a Cooperflora ou com a empresa Agrototal.
Nos primeiros cinco meses de 2011, as exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais atingiram US$ 7,60 milhões, acumulando queda de 27,83% sobre os resultados alcançados no mesmo período de 2010 (US$ 10,53 milhões). Tais valores continuam refletindo o contexto econômicofinanceiro recessivo prevalecente nos principais mercados importadores mundiais, o qual - deflagrado a partir do último trimestre de 2008, com a crise imobiliária dos EUA – permanece determinando reduções globais na demanda pelos produtos da floricultura. Entre janeiro e maio deste ano, os principais grupos de produtos setoriais exportados pelo Brasil foram o das mudas de plantas ornamentais, seguido pelo dos bulbos, tubérculos, rizomas e similares em repouso vegetativo. Tal fato evidencia a principal característica estrutural da floricultura empresarial exportadora do país, que é a sua notável concentração na pauta de mercadorias destinadas à propagação vegetativa. Outros grupos de flores e plantas ornamentais, focados no consumo final, mantiveram tendência de perda de expressão financeira na balança comercial. Assim, as exportações de rosas e seus botões frescos representaram apenas 0,94% das vendas brasileiras no mercado internacional, enquanto que as de outras flores frescas e seus botões – que incluem lisianthus, gérberas, lírios, antúrios e outras flores tropicais – somaram participação relativa de apenas 1,36%. Balança comercial
No período de janeiro a maio, a balança comercial da floricultura brasileira mostrou saldo negativo de US$ 7,38 milhões, sendo que as importações equivaleram praticamente ao dobro dos valores exportados. As principais mercadorias adquiridas internacionalmente pelo Brasil foram os bulbos, ri-
zomas, tubérculos e similares destinados à propagação vegetativa e, em parte, à re-exportação. Outros grupos com a mesma finalidade multiplicativa também se destacaram, como as mudas de outras plantas (24,47%) e mudas de outras plantas ornamentais (8,57%). As mudas de orquídeas importadas pelo Brasil da Holanda, Tailândia e Japão, também tiveram destaque no período analisado. Somaram US$ 2,34 milhões, representando 15,66% do total importado pelo País, com crescimento de 67,43% sobre o mesmo período do ano anterior. Porém, neste caso, não são considerados materiais para a propagação vegetal, mas, sim, para a produção comercial final de plantas para consumo, especialmente importantes nos ascendentes mercados de Phalaenopsis, Cymbidium e Vandas, entre outras espécies. Em relação ao comportamento observado em outros anos, o fato que mais chamou a atenção nos resultados do período analisado foi a notável expansão das importações de produtos já prontos para o consumo como as rosas de corte frescas, as quais chegaram a representar 13,69% da pauta global de importações, com crescimento de 6,29% sobre a performance de compras no mesmo período do ano anterior. Além delas, outras flores cortadas em geral agregaram 4,80% de participação (com aumento de 32,55% sobre 2010), enquanto que os cravos e seus botões representaram 0,97%, com crescimento de 13,21% sobre janeiro a maio do ano anterior. O fenômeno da expansão das importações de flores cortadas frescas no período justifica-se pelo conjunto de indicadores favoráveis observados na economia brasileira no tocante à expansão dos níveis de emprego, ocupação e renda, além da estabilidade econômica experimentada pelo País, que vem sustentando um consumo aquecido e mais diversificado dessas mercadorias. Em 2011, as vendas observadas nas duas principais datas de consumo (Dia das Mães e Dia dos Namorados) comprovaram a disposi-
ção intensificada dos brasileiros em presentear com flores, permitindo que parcelas crescentes de produtos importados convivessem harmoniosamente com a produção nacional no suprimento do mercado. Além disso, cabem destacar dois fatores que vêm colaborando para essa performance importadora. O primeiro deles é o fato de que países vizinhos de econo-
mia florícola essencialmente focada no mercado internacional – especialmente Colômbia e Equador – sofrem mais intensamente os efeitos perversos da recessão global e seus produtos encontram-se mais disponíveis e acessíveis para o consumo brasileiro. Em segundo, destaca-se a persistente valorização cambial do real, que favorece o ingresso de mercadorias estrangeiras.
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Qualidade
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A embalagem ideal de uva segundo os atacadistas da Ceagesp Pesquisa aponta as principais características desejadas pelos comerciantes para o acondicionamento da fruta Lina Megumi Kamitsuji CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O estudo para o desenvolvimento da embalagem ideal de uva, segundo a percepção dos atacadistas da Ceagesp, começou em março de 2008 e foi parte do trabalho de minha dissertação de mestrado junto à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU USP, apresentado em maio de 2011. O trabalho obedeceu a cinco etapas:
1ª Levantamento a partir dos dados do SIEM 2008 (SIEM – Sistema de Informação e Estatística de Mercado da Ceagesp) dos principais atacadistas responsáveis por 80% da comercialização de uva européia com semente. 2ª Levantamento e caracterização das embalagens de uva européia com semente, utilizadas no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, no período de julho e agosto de 2008. 3ª Levantamento da percepção da qualidade, das características e da função da embalagem, pelos atacadistas responsáveis por 80% da comercialização de uva europeia com semente na Ceagesp paulistana
4ª Escolha das características da embalagem ideal pelos atacadistas de uva européia com semente, responsáveis por 80% da uva comercializada na Ceagesp paulistana 5ª Criação de uma embalagem para uva europeia com semente, composta pelos atributos definidos pelos atacadistas entrevistados.
Os dados levantados foram submetidos à análise estatística do CEA - Centro de Estatística Aplicada da Universidade de São Paulo. Aqui estão os resultados mais interessantes:
• 153 atacadistas comercializavam uva na Ceagesp de São Paulo em 2008, sendo 33 responsáveis por 80% do volume de uva europeia, originária de 178 municípios e 8 estados brasileiros •Os 33 maiores atacadistas foram entrevistados nas etapas 3 e 4.
• Vinte embalagens diferentes são utilizadas na comercialização de uva europeia com semente na Ceagesp. A maioria delas é aberta, possui aba localizada na lateral, com furos de ventilação nas laterais, cor de fundo craft, com uma figura como ilustração. • Os atacadistas entrevistados consideram a embalagem importante na diferenciação e na valorização da uva européia com semente, e afirmam que uma embalagem de melhor qualidade é responsável pelo acréscimo de 30% no valor do produto. • O estudo possibilitou a construção de quatro modelos de embalagem para a uva européia com semente, que atendem às exigências dos atacadistas da Ceagesp.
• As características comuns às quatro embalagens são: caixa de papelão ondulado e aberta; presença de abas nas laterais e reforço nas quinas; impermeabilizada; cor de fundo branca, duas cores de cobertura (vermelho e verde); ilustrada; peso líquido de cinco quilos, altura de 14 cm, largura de 30 cm e comprimento de 40 cm; • As características que as diferenciam são: trava de empilhamento localizada na testeira (uma trava) ou na lateral (duas travas) e furos de ventilação localizados na lateral, com 2 ou 3 furos por lateral.
O quadro abaixo mostra as diferenças entre as características mais comuns de embalagens atualmente utilizadas e a embalagem desejada pela maioria dos atacadistas, conforme ilustrações. Situação atual da maioria das embalagens
Proposta de melhoria
Papelão Ondulado
Igual
Aberta
Igual
Com aba na testeira
Com aba na lateral
Com furo de ventilação na lateral Com trava de empilhamento na testeira
Igual Com trava de empillhamento na testeira ou na lateral
Sem recorte lateral
Igual
Sem alça
Igual Com reforço
Sem reforço
Cor de fundo Branca
Cor de fundo Craft
Duas e três cores
Duas cores Ilustração como figura
Igual
Temas como ilustração
A uva como ilustração
Modelo 1
Modelo 3
• 01 trava de empilhamento na testeira • 02 furos de ventilação na lateral
• 01 trava de empilhamento localizada na testeira • 03 furos de ventilação na lateral
Modelo 2 • 02 travas de empilhamento na lateral • 03 furos de ventilação na lateral
Modelo 4 • 02 travas de empilhamento nas laterais • 02 furos de ventilação na lateral
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Qualidade
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Mercado e comercialização do abacaxi na Ceagesp Tabela 1 – Produção mundial de abacaxi em 2009
Gabriel V. Bitencourt de Almeida CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Os dados coletados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) em 2009 mostram que o mundo produziu mais de 12 milhões de toneladas de abacaxi. O Brasil detém a quinta colocação, colheu 1,47 milhões de toneladas, ou 12% da produção mundial. É importante ressaltar que os seis maiores produtores mundiais possuem produções muito próximas e é normal ou esperado que de um ano para o outro haja troca de posições no ranking dos maiores produtores (Tabela 1). Os dados da FAO são contestados por Almeida et al. (2004) que estimou após vários levantamentos, uma massa média do abacaxi brasileiro de 1,44 quilograma e a organização considera que este seja de apenas um quilograma. Refazendo os cálculos, nossa produção seria de 2,13 milhões de toneladas colocando o Brasil como segundo produtor mundial de abacaxi. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que contabiliza a produção em número de frutos (ou infrutescências) e não em toneladas, registrou em 2009
País
Quantidade (t)
Participação (%)
2.198.497 1.894.862 1.870.121 1.558.049 1.477.675 1.452.060 427.766 400.070 274.393 157.679 135.186 123.125 70.920 56.300 52.000 49.550 45.780 18.000 14.200 9.995 27.106
17,85 15,39 15,19 12,65 12,00 11,79 3,47 3,25 2,23 1,28 1,10 1,00 0,58 0,46 0,42 0,40 0,37 0,15 0,12 0,08 0,22
12.313.334
100,00
Filipinas Tailândia Costa Rica Indonésia Brasil China Colômbia Malásia Peru Austrália Honduras África do Sul Cuba Paraguai Camarões Sri Lanka Laos Ruanda República Centro Africana Nepal Outros
Total Fonte: FAO (2011)
uma produção de 1,47 bilhão de frutos de abacaxi, o que significa mais de sete abacaxis para cada brasileiro. A total coincidência dos números do IBGE com os números da
FAO mostra que a organização realmente considera a massa média do abacaxi brasileiro com apenas um quilograma. A Tabela 2 mostra os maiores estados produtores do Brasil.
Tabela 2 – Área colhida e produção de abacaxi no Brasil em 2009
Unidade da Federação
Área colhida (ha)
Produção (mil frutos)
Participação (%)
8.918 8.707 9.978 4.885 3.763 3.309 2.996 2.226 2.273 1.743 11.378
263.000 255.756 241.098 121.127 120.337 68.401 67.257 55.384 48.657 41.697 188.281
17,88 17,39 16,39 8,23 8,18 4,65 4,57 3,77 3,31 2,83 12,80
60.176
1.470.995
100,00
Paraíba Minas Gerais Pará Bahia Rio Grande do Norte São Paulo Rio de Janeiro Goiás Tocantins Mato Grosso Outros
Total Fonte: IBGE Os dados das notas fiscais recolhidas nas portarias do ETSP (Entreposto Terminal São Paulo) da Ceagesp são a fonte do SIEM (Sistema de Informação e Estatística) da Seção de Economia e Desenvolvimento, que registrou em 2010 no ETSP 27,6 milhões de abacaxis ‘Pérola’ e 9,3 milhões de abacaxis ‘Smooth Caynne’ que é popularmente muito mais conhecido como ‘Havaí’ ou ‘Havaiano’. Os números do ‘Pérola’ foram menores que os de 2009, quando foram vendidos 30,9 milhões de frutos, uma redução de 7% no volume de um ano para o outro. O
‘Havaí’ teve um ligeiro crescimento de 5% em 2010 sobre a quantidade de 2009, ano em que foram comercializados 8,8 milhões de frutos no entreposto paulistano. Ao se confrontar os 41,74 milhões de frutos comercializados no ETSP em 2009 com a produção brasileira de 1,47 bilhão de frutos constata-se que a comercialização no ETSP corresponde a aproximadamente 3% da produção brasileira, números nada desprezíveis ainda mais quando se considera que grande parte da produção vai para a indústria de sucos e polpas ou é vendida nos
mercados locais. Se considerarmos os pesos médios dos abacaxis brasileiros levantados por Almeida et al (2004), a comercialização no ETSP em 2010 equivaleu, em uma aproximação grosseira, a 43 mil toneladas de ‘Pérola’ e 22 mil toneladas de ‘Smooth Caynne’ ou ‘Havaí’. Ou até maior, já que a praça de São Paulo é altamente exigente no tamanho das infrutescências e os produtores de todo o Brasil tendem a enviar os maiores abacaxis para o mercado paulista. Os dados levantados pelo SIEM permitem uma série de observações e conclusões sobre a co-
mercialização do abacaxi no ETSP. Dezessete unidades da federação e mais de 200 municípios enviaram abacaxis em 2010, mas poucos estados e municípios foram responsáveis pela maior parte do abastecimento. Os principais estados fornecedores de ‘Pérola’ ao ETSP da Ceagesp foram o Pará, com 6,7 milhões de abacaxis ou (24,2% do total), a Bahia com 4,8 milhões de frutos (17,2%), a Paraíba com 4,1 milhões (14,8%), o Tocantins com 3,5 milhões (12,7%), Minas Gerais com 2,6 milhões (9,5%), o Rio de Janeiro com 2,1 milhões (7,7%) e o Rio Grande do Norte com 1,6 milhões (6% do total). Observando os dados de 2007, 2008, 2009 e 2010, constata-se que o Pará ultrapassou o Tocantins como principal origem do primeiro semestre. O motivo foi o avanço da Fusariose naquele estado. A principal doença da cultura devasta as lavouras tocantinenses. No entanto, diversos estudos feitos pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp mostram que, no geral, a qualidade dos frutos tocantinenses é superior a dos produzidos no Pará, principalmente quanto ao formato, são mais cilíndricos e apresenta menor ocorrência de um distúrbio fisiológico conhecido como “mancha chocolate”, que são áreas aquosas e de cor de chocolate na polpa, o que permite uma colheita de frutos mais maduros no Tocantins. De maneira geral os abacaxis do Pará são excessivamente cônicos e são colhidos imaturos para diminuir a ocorrência de distúr-
bios fisiológicos e para uma melhor resistência ao transporte a granel. Esta nova conjuntura está abrindo novas oportunidades aos estados nordestinos que através do uso da irrigação podem esticar sua safra para o primeiro semestre do ano, o que já está acontece em certa escala, sobretudo no Rio Grande do Norte. Em tese, estados nordestinos como o Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, através do uso da irrigação e da indução floral controlada poderiam produzir abacaxi durante todo o ano. Também merece destaque o grande crescimento da Bahia e do Rio de Janeiro na oferta de abacaxi Pérola no entreposto. A Bahia passou de três milhões de frutos em 2007 para 4,7 milhões em 2010 e o Rio de Janeiro de menos de um milhão em 2007 para 2,1 milhões em 2010. No ano passado, 190 atacadistas do ETSP comercializaram abacaxis, mas apenas dez foram responsáveis por mais de 50% do volume. A maior parte das cargas ainda chega a granel, com capim entre as camadas de frutos e cobertos por uma lona. A descarga de abacaxi é das mais demoradas, o caminhão ocupa o espaço por várias horas e o capim descartado e os frutos amassados contribuem bastante para o total do lixo produzido no entreposto. A produção nas unidades da federação que fornecem ‘Pérola’ ao ETSP da Ceagesp é concentrada em poucos municípios ou regiões. No Pará os municípios de Floresta e Conceição do Araguaia são os dois fornecedores. No Tocantins
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a maior parte das lavouras está ao redor de Miracema do Tocantins. A produção paraibana esta próxima ao município de Sapé e da região do litoral. Os abacaxis baianos chegam à maior parte de Itaberaba, os potiguares de municípios próximos a Touros, os mineiros ao redor de Frutal e os fluminenses da região de Campos dos Goytacazes. A oferta durante o ano flutua com a origem. No primeiro semestre, principalmente a partir de fevereiro, há um grande domínio de dois estados da Região Norte, Pará e Tocantins. Na virada do primeiro para o segundo semestre é a região de Itaberaba na Bahia a principal fornecedora e de setembro em diante a maior força são os nordestinos Paraíba e Rio Grande do Norte e os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O ‘Smooth Caynne’ possui duas origens principais, São Paulo com 64% do volume e Minas Gerais com 36%. Guaraçaí, no extremo noroeste de São Paulo e seus municípios vizinhos Mirandópolis e Murutinga do Sul são a principal origem dos abacaxis paulistas. Os frutos mineiros chegam da região de região de Canápolis e municípios próximos no Triângulo Mineiro. Nos últimos anos tem sidoconstante a diminuição dos volumes do abacaxi havaiano no ETSP, todavia com ligeiro acréscimo em 2010. Embora essa variedade tenha a capacidade fisiológica de produzir frutos deliciosos e com ótimo equilíbrio entre açúcares e acidez quanto colhidos no verão, por causa das temperaturas noturnas mais amenas os frutos costumam ser muito ácidos no
julho de 2011
inverno. A equivocada prática de colher estes abacaxis no inverno para se aproveitar momentos de bons preços, acabou criando uma imagem muito negativa do cultivar na mente dos consumidores que atualmente preferem o ‘Pérola’, que embora tenha menos açúcar que o ‘Smooth Caynne’, produz frutos, em geral, de baixa acidez. A pulverização da produção na região de origem, com um número em geral grande de pequenos produtores e a flutuação de oferta ao longo da safra regional resultado de diferentes e pessoais decisões do momento da indução floral torna imprescindível a figura conhecida como “atravessador”, que na verdade é um corretor local que se encarrega de buscar as lavouras aptas a serem colhidas naquela semana, conseguir o pessoal para a colheita e o caminhão para o transporte. Como ainda existem poucos grupos de produtores organizados pelo Brasil, a maior parte do contato dos atacadistas da Ceagesp é feito com os “atravessadores” e não diretamente com os produtores, obviamente estes acabam ficando com uma boa parte do valor de comercialização. Observa-se uma grande dificuldade dos produtores de abacaxi em se organizar na forma de cooperativas ou associações que podem coordenar as lavouras, escalonando as induções florais, classificando e fazendo o controle de qualidade da produção dos associados e contratando um profissional para negociar diretamente com os atacadistas das centrais de abastecimento. Felizmente, algumas exceções de grupos de pequenos produtores organizados têm surgido, boa parte deles com o apoio do Sebrae (Serviço de Apoio as Pequenas e Médias Empresas) e esses, ao negociar diretamente com os atacadistas, conseguem uma lucratividade muito maior. A questão da qualidade, sob todos os sentidos, tem sido uma preocupação constante dos agentes das cadeias produtivas, desde o produtor, atacadista, varejista e consumidor final. Todos sabem que para a manutenção da competitividade e para a diferenciação em relação à concorrência é imprescindível trabalhar com produtos que atendam as perspectivas e anseios dos consumidores. E com o abacaxi não é diferente. A observação diária do mercado indica que os produtores de frutas e hortaliças de maior sucesso são os que criam uma marca e a associam com alta qualidade. E, sem dúvida, um ótimo sabor e a adequação ao uso são as principais características qualitativas e as mais importantes para todos os tipos de consumidores (Abbot,1999). Nada irrita mais as pessoas que um produto colhido antes ou depois do ponto ideal, ninguém quer comer uma fruta ou hortaliça azeda, passada, seca ou fibrosa. Quanto o consumidor associa uma marca,
Qualidade selo ou embalagem a um produto de ótimo sabor, automaticamente este se torna o seu predileto. Uma parcela mais informada da população tem uma grande preocupação com a segurança dos alimentos, tanto quanto aos resíduos de agrotóxicos como as contaminações por micróbios causadores de doenças. E por último, alguns consumidores, ainda mais exigentes, exigem condições sociais e ambientais de produção totalmente dentro da conformidade. A Produção Integrada de Abacaxi é um ótimo caminho para se atender a todos estes anseios de todos os tipos de consumidores. Constata-se a partir de observação no ETSP que os produtores de frutas e hortaliças bem sucedidos no mercado interno costumam passar pelas seguintes etapas:
1. Conhecimento das características qualitativas responsáveis por uma melhor aceitação do consumidor final e no mercado atacadista. E de acordo com levantamentos feitos no mercado mostram que os fatores mais importantes para a melhor aceitação do consumidor são em primeiro lugar um ótimo sabor com o adequado equilíbrio entre açucares, acidez e aromas, o abacaxi “azedo” é a principal queixa e o fator que mais afasta o consumidor do produto. Posterirormente também são muito importantes uma ótima sanidade com especial atenção à fusariose, brocas, “mancha chocolate” e as queimaduras de sol e por último um formato cilíndrico e uma coroa média.
2. Plantio em região com características climáticas adequadas e a adoção de um sistema de produção que possibilite chegar o mais próximo possível das características desejadas. A insistência dos produtores paulistas em produzir ‘Smooth Caynne’ nos meses de inverno é o maior exemplo de produção em época inadequada. 3. Associação do nome do produtor ou de sua marca a um produto de alta qualidade. É importante que os compradores do varejo e os consumidores tenham uma referência para voltar ao produto de alta qualidade do mesmo modo que acontece com as grandes marcas da indústria. Para isto o produtor ou comerciante necessita lançar mão de embalagens diferenciadas, como caixas com impressões atraentes e embalagens individuais para as infrutescências de modo que o consumidor possa associar o visual à alta qualidade, principalmente em termos de sabor.
4. Dispor de um sistema de informação que permita visualizar constantemente as diferenças de preços de diversas qualidades de produto e de base para negociações mais justas e que a melhor qualidade possa ser recompensada financeiramente. As frutas e
hortaliças, justamente pela grande variação das suas características qualitativas e outros valores que podem ser adicionados, como, por exemplo, o tipo de sistema de produção não pode ser considerado commoditie. A formação dos preços de comercialização não pode ser explicada unicamente pela oferta e demanda, há uma grande diferença de preço,determinada pela qualidade, em um mesmo dia de comercialização para um mesmo produto, muitas vezes de mesma variedade e do mesmo tamanho. É muito importante o produtor saber como a qualidade do seu produto se situa entre os extremos de qualidade, e também de preço do mercado, para que possa ter uma base para uma negociação justa, transparente e recompensadora. 5. Ter um agente confiável no mercado de destino, alguém que possa ser um “olho” do produtor na praça de destino e que passe informações precisas sobre o andamento da comercialização. O abacaxi além de ter seu preço determinado pela oferta e pela qualidade como já foi discutido, é uma fruta que tem seu consumo extremamente associado às altas temperaturas, de modo que variações no clima inevitavelmente acabando refletindo na demanda. O aumento da temperatura resul-
19 ta em aumento de demanda. A determinação dos preços finais de comercialização do abacaxi é uma complexa combinação de oferta, demanda que como já dito, é influenciado pelo clima, tamanho da infrutescência, qualidade e apresentação do produto. A busca pelo consumidor, que quer produtos saborosos está trazendo uma grande mudança na comercialização de abacaxis: a embalagem na origem. São inúmeras as vantagens, pois os frutos podem ser colhidos mais maduros e mais saborosos, porque não precisam resistir ao transporte a granel, a carga e a descarga são muito mais rápidas ajudando a desafogar o tumultuado entreposto de São Paulo e o produtor pode fixar sua marca na cabeça dos varejistas e consumidores finais (Gutierrez, 2011). No entanto, a fisiologia do abacaxi é bastante complexa, e os fenótipos obtidos são extremamente variados em termos de tamanho, coloração e principalmente sabor. Esta dificuldade torna um trabalho de criação e consolidação de uma marca de alta qualidade para o abacaxi bem mais dificultoso do que tem sido para outras frutas (Prado, 2011 & Alves, 2011). Fica aí um grande desafio para a pesquisa e também para as empresas.
Qualidade
20 Capítulo VII
Preenchimento da nota fiscal de produtor O Centro de Qualidade em Horticultura desenvolveu com a colaboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar, uma cartilha destinada ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais. O material foi dividido em partes. A primeira parte, que trata do ‘Produtor Rural e a Previdência Social’, já foi publicada em edições anteriores em três capítulos. A segunda parte,
que trata do ‘Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor’, pode ser conferida abaixo, em seu último capítulo. A terceira e última parte está sendo elaborada pelo Senar e trata de ‘As Obrigações Trabalhistas do Produtor Rural’. Dando sequência à publicação da cartilha no Jornal Entreposto, aqui relacionamos os produtos hortifrutigranjeiros isentos do ICMS, do sétimo e último capítulo do ‘Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor’.
Produtos hortifrutigranjeiros isentos de ICMS
3
Conforme Anexo I do Regulamento do ICMS, atualizado até 30 de outubro de 2009, as operações, serviços e produtos agropecuários isentos de ICMS, veja tabela ao lado: Abóbora, abobrinha, acelga, agrião, aipim, aipo, alcachofra, alecrim, alface, alfavaca, alfazema, almeirão, aneto, anis, araruta, arruda, azedim, bardana, batata, batata-doce, berinjela, bertalha, beterraba, brócolos e brotos de vegetais usados na alimentação humana, cacateira, cambuquira, camomila, cará, cardo, catalonha, cebola, cebolinha, cenoura, chicória, chuchu, coentro, cogumelo, cominho, couve e couve-flor, endívia, erva-cidreira, erva de santa maria, erva-doce, ervilha, escarola, espargo, espinafre, funcho, flores e frutas frescas, exceto amêndoas, avelãs, castanhas, nozes, pêras, maçãs, gengibre, hortelã, inhame, jiló, losna, macaxeira, mandioca, manjericão, manjerona, maxixe, milho verde, moranga, mostarda, nabiça e nabo, ovos, palmito, pepino, pimenta, pimentão, quiabo, rabanete, raiz-forte, repolho, repolho chinês, rúcula, ruibarbo, salsa, salsão, segurelha, taioba, tampala, tomate, tomilho, vagem, demais folhas usadas na alimentação humana. Açafrão, alecrim, erva doce e folhas de sene, folhas de louro, hortelã, manjerona e manjericão, orégano, sálvia, sementes de anis, sementes de badiana (anis estrelado), sementes de coentro, sementes de cominho, sementes de funcho, tomilho. ² Inseticida, fungicida, formicida, herbicida, parasiticida, germicida, acaricida, nematicida, raticida, desfolhante, dessecante, espalhante, adesivo, estimulador ou inibidor
de crescimento (regulador), vacina, soro ou medicamento, com destinação exclusiva a uso na agricultura, pecuária, apicultura, aqüicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura ou sericicultura, inclusive inoculante; ácido nítrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico, fosfato natural bruto ou enxofre na saída de estabelecimento extrator, fabricante ou importador para: estabelecimento industrializador de adubo destinado à alimentação animal; estabelecimento rural; estabelecimento com fins exclusivamente de armazenagem, e respectivo retorno, real ou simbólico; outro estabelecimento do mesmo titular; no desembaraço aduaneiro, em importação realizada por estabelecimento industrial.
² Ração animal, concentrado, suplemento, aditivo, premix ou núcleo, sendo o fabricante ou o importador devidamente registrado no MAPA, com destinação exclusiva a uso na pecuária, apicultura, aqüicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura ou sericicultura. ² Calcário ou gesso, como corretivo ou recuperador do solo, casca de coco triturada e vermiculita para uso como condicionador e ativador de solo. ² Semente genética, semente básica, semente certificada de primeira geração - C1, semente certificada de segunda geração - C2, semente não certificada de primeira geração - S1
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Artigo
Produto
Isenção
Condição
Artigo
Produto
Isenção
Condição
12
Bulbo de cebola
Saída interna ou interestadual
Promovida por estabelecimento rural que produza bulbo de cebola certificado/fiscalizado, destinado à produção de semente
28
Embrião/sêmen
Operação interna ou interestadual
Embrião ou sêmen congelado ou resfriado de bovinos, de ovinos, de caprinos ou de suínos
29
Energia elétrica
Fornecimento de energia elétrica para consumo por estabelecimento rural
Manter efetivamente exploração agrícola ou pastoril e estar inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS
33
Exposições/feiras
Saída de mercadoria para exposições ou feiras e respectivo retorno
Mercadoria deve retornar ao estabelecimento de origem no prazo de 60 dias, contado da data da saída
36
Hortifrutigranjeiros
Operações com produtos em estado natural 1
-
41
Insumos agropecuários
Operações internas²
-
43
Leite pasteurizado
Saída interna de estabelecimento varejista
Leite pasteurizado tipo especial, com 3,2% de gordura, de leite pasteurizado magro, reconstituído ou não, com até 2% de gordura, ou de leite pasteurizado tipo "A" ou "B", com destino a consumidor final
49
Moluscos
Saída interna de mexilhão, marisco, ostra, berbigão e vieira
Em estado natural, resfriado ou congelado
50
Muda de planta
Saída interna
-
65
Pós-larva de camarão
Saída interna ou interestadual
-
72
Reprodutor caprino
Desembaraço aduaneiro em decorrência de importação direta de reprodutor ou matriz de comprovada superioridade genética
Realizada por estabelecimento agropecuário devidamente inscrito no cadastro de contribuintes
73
Reprodutor/matriz
Desembaraço aduaneiro pelo titular do estabelecimento importador. Saída interna ou interestadual
Operações com reprodutor ou matriz de animal vacum, ovino, suíno e bufalino, puro de origem, puro por cruza ou de livro aberto de vacum, em condições de obter registro genealógico oficial. Internamente, que o animal registrado seja destinado a estabelecimento agropecuário inscrito no cadastro de contribuintes
82
Vasilhame/recipient e/embalagem
Saída de vasilhame, recipiente ou embalagem, inclusive sacaria
Deve retornar ao estabelecimento remetente ou a outro do mesmo titular em condições de reutilização ou em retorno ao estabelecimento do remetente ou a outro do mesmo titular, ou a depósito em seu nome
89
Agrotóxico – Embalagem vazia
Operação de devolução impositiva de embalagem vazia de agrotóxico e tampa
-
98
Algodão
Saídas internas de algodão em caroço, de algodão em pluma ou de caroço de algodão
De produção paulista promovidas por estabelecimento rural com destino a estabelecimento beneficiador. Resultantes do beneficiamento de algodão em caroço de produção paulista, promovidas pelo estabelecimento beneficiador com destino a estabelecimento industrial (beneficiar em separado o de produção paulista; fazer constar nos fardos de algodão em pluma, "Originário de Algodão em Caroço de Produção Paulista", ou "Originário de Algodão em Caroço Produzido em Outro Estado
99
Borracha
Saídas internas
De produção paulista promovidas por estabelecimento rural com destino a estabelecimento industrial; de látex e de borracha sólida decorrentes da industrialização de borracha natural de produção paulista com destino a estabelecimento industrial para a transformação em novos produtos
101
Coelho e Ave
Saídas internas de coelho vivo ou ave viva. Desembaraço aduaneiro decorrente de
De produção paulista, promovida por estabelecimento rural com destino a estabelecimento abatedor; importação direta realizada por estabelecimento rural paulista, de pinto de um dia e de avestruz
importação direta 102
Gado
Saída interna de gado de qualquer espécie
Promovida por estabelecimento rural com destino a estabelecimento abatedor
103
Leite
Saída interna
Leite cru, pasteurizado ou reidratado
104
Hortifrutigranjeiros
Saída interna¹
Em estado natural com destino a estabelecimento industrial localizado neste Estado
118
Tratores agrícolas e colheitadeiras
Desembaraço aduaneiro decorrente de importação direta do Exterior
Tratores agrícolas de quatro rodas e de colheitadeiras mecânicas de algodão sem similar produzido no país, para integração no ativo imobilizado, destinados ao uso exclusivo na atividade agrícola realizada pelo estabelecimento importador
123
Farinha de Mandioca
Operação interna
-
135
Farinha de trigo e produtos resultantes de sua industrialização
Saída interna³
Contribuinte sujeito às normas do "Simples Nacional"
137
Óleo comestível
Saída de óleo comestível usado
Destinado à utilização como insumo industrial, especialmente na indústria saboeira e na produção de biodiesel (B-100)
140
Maçã e pêra
Operações internas
-
144
Carne
Saída interna
Carne e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, salgados, secos ou temperados, resultantes do abate de aves, leporídeos e gado bovino, bufalino, caprino, ovino e suíno
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julho de 2011
CÁ ENTRE NÓS
Quintal cultural No primeiro semestre, com raras exceções, foi difícil de conduzir os negócios do mercado atacadista. As tangerinas de casca mole foram descarregadas em abundância; as frutas competindo com as nacionais em função do dólar baixo...Na linguagem popular, o mercadista vendeu o almoço para comprar o jantar, mas de agora em diante vai melhorar. *****
e semente não certificada de segunda geração - S2, destinadas à semeadura.
² Alho em pó, sorgo, sal mineralizado, farinhas de peixe, de ostra, de carne, de osso, de pena, de sangue e de víscera, calcário calcítico, caroço de algodão, farelos e tortas de algodão, de babaçu, de cacau, de amendoim, de linhaça, de mamona, de milho e de trigo, farelos de arroz, de girassol, de glúten de milho, de gérmen de milho desengordurado, de quirera de milho, de casca e de semente de uva e de polpa cítrica, glúten de milho, feno, óleos de aves, e outros resíduos industriais desde que se destinados à alimentação animal ou ao emprego na composição ou fabricação de ração animal, em qualquer caso com destinação exclusiva a uso na pecuária, apicultura, aqüicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura ou sericicultura. ² Esterco animal; mudas de plantas; sêmen, congelado ou resfriado, e embrião, exceto, em ambos os casos, os de bovinos, de ovinos ou de caprinos; enzimas preparadas para decomposição de matéria orgânica animal. ² Amônia, uréia, sulfato de amônio; nitrato de amônio, nitrocálcio, MAP (mono-amônio-fosfato), DAP (diamônio fosfato) ou cloreto de potássio; adubo simples ou composto, ou fertilizante, desde que se destinem quaisquer desses produtos à utilização na produção agrícola ou à fabricação de adubo simples ou composto, ou de fertilizante. ² Girino, alevino, ovo fértil e aves de um dia, exceto as ornamentais.
² Gipsita britada destinada ao uso na agropecuária ou à fabricação de sal mineralizado.
² Milheto, quando destinado a Produtor, a cooperativa de Produtores, a indústria de ração animal ou a órgão oficial de fomento e desenvolvimento agropecuário vinculado ao Estado.
² Extrato pirolenhoso decantado, piro alho, silício líquido piro alho e bio bire plus, para uso na agropecuária. ² Óleo, extrato seco e torta de Nim (Azadirachta indica A. Juss).
³ Farinha de trigo, mistura prépreparada de farinha de trigo para panificação, que contenha no mínimo 95% de farinha de trigo, massas alimentícias não cozidas, nem recheadas ou preparadas de outro modo, pão francês ou de sal, assim entendido aquele de consumo popular, obtido pela cocção de massa preparada com farinha de trigo, fermento biológico, água e sal, que não contenha ingrediente que venha a modificar o seu tipo, característica ou classificação e que sejam produzidos com o peso de até 1000 gramas, biscoitos e bolachas derivados do trigo, dos tipos “cream cracker”, “água e sal”, “maisena”, “maria” e outros de consumo popular, desde que não sejam adicionados de cacau, recheados, cobertos ou amanteigados, independentemente de sua denominação comercial. O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam o aperfeiçoamento de seu serviço.
A Escola do Sabor, projeto que vem sendo implantado na Nossa Turma pelos estagiários de Agronomia e Nutrição do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, trabalhou com o chuchu e com tubérculos durante todo o primeiro semestre. A partir de agora, os citros entram no cardápio dos alunos. A criançada acompanhar todo o processo, desde o viveiro de mudas até a chegada da laranja à nossa mesa. Vai ser uma beleza! A Escola do Sabor é um projeto vitorioso. A TV Cultura gravou com as nossas crianças mexendo na terra, plantando mudas e brincando. E a Vitória, uma de nossas aluninhas, à sua maneira falou da felicidade de plantar e amar a Natureza. O programa “Quintal da Cultura” atravessou o oceano e foi visto por agricultores da Ucrânia que, em visita ao Brasil, vieram plantar hortaliças no canteiro da horta da Associação. Os visitantes foram acompanhados pela dra. Anita Gutierrez, que discutiu as técnicas de cultivo e pós-colheita de grãos e hortifrutis com os ucranianos. *****
Ah, já ia me esquecendo: o teto da quadra de esportes da Nossa Turma continua com a iluminação natural total, de dia pelo Sol e à noite pela Lua, já que a cobertura arrancada pelo vento ainda não foi restaurada. Em regime de urgência, recorremos ao Conselho do Fundo de Melhorias e Revitalização da Ceagesp e pleiteamos a reforma da sede da Nossa Turma. Os membros do conselho ouviram a nossa reivindicação e em breve nos darão uma resposta que, esperamos, seja favorável.
***
Por vários anos inscrevemos a Associação em programas culturais e finalmente agora conseguimos firmar uma parceria com a Fundação Abrinq, que vai nos ajudar a melhorar o atendimento às crianças da co-
Por Manelão
munidade, capacitando os profissionais e adequando as instalações. Todo o mobiliário da sala do maternal e do refeitório já foi trocado pela Abrinq que manterá esta sala, a princípio, por um ano. No próximo mês esperamos ter mais notícias alvissareiras!
Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)
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Ceasas do Brasil
julho de 2011
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
Índice Ceagesp encerra semestre com ligeira alta de 0,64%
--31,3%
Manga tommy
Batata comum
-7,25%
contribui para esta queda é a retração no consumo de frutas, legumes e verduras, que chega a 30% nesta época do ano”, analisa Godas. Com isso, todos os setores de comercialização no atacado apresentaram redução dos preços praticados. A maior baixa foi no setor de pescados, com 6,84%. O setor de verduras registrou queda nos preços em 5,96%. Os preços das frutas recuaram 4,98%. O setor permanece abastecido e com excelentes opções de compra. As principais quedas foram registradas pela manga tommy (-31,3%),
Nos primeiros seis meses deste ano, o Índice Ceagesp – balizador de preços de produtos in natura comercializados no entreposto - acumula elevação de apenas 0,64%. “Apesar de alguns problemas climáticos, como as chuvas atípicas em abril que colaboraram para os preços das verduras e legumes reduzirem
lentamente, este ano não foi diferente: no primeiro trimestre os preços subiram em razão das frequentes chuvas e altas temperaturas nas regiões produtoras, e a partir do final de março, iniciou o processo de retorno dos preços aos patamares habituais”, afirma o economista da Ceagesp, Flávio Godas. Em junho, o verificador registrou recuo de 4,67%, pelo terceiro mês seguido. “As geadas ocorridas durante o final de junho nas regiões sul e sudeste não produziram majorações de preços suficientes para alterar a tendência de queda de preços neste período. Outro fator que
Cenoura
25,7%
morango (-24,8%) e laranja lima (-14,2%). Já as principais altas foram verificadas em goiaba, carambola e figo. Já o setor de diversos apresentou redução de 2,71% e as principais quedas foram registradas nas batatas lisa e comum. Já ovos, cebola nacional e amendoim fecharam em alta. O setor de legumes apontou queda de 0,94%, com destaque para a cenoura, com queda de 25,7%. “No entanto, a partir de julho, com a expectativa de novas geadas e de frio mais rigoroso, os preços poderão apresentar elevações, principalmente as
A previsão é que as baixas temepraturas de julho elevem os preços
Repolho
-17,3%
Armazéns da Ceagesp recebem certificação No final de junho, os armazéns da Ceagesp localizados em Tatuí e Araraquara, receberam certificação do sistema de armazenagem de produtos agrícolas, por cumprir os requisitos obrigatórios de nível 1, de acordo com Instrução Normativa sobre o “Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras em Ambiente Natural”, do Ministério da Agricultura. Para a chefe da Seção de Controle Fitossanitário Maria Salete de Oliveira Gomes, a certificação “atesta o diferencial de qualidade das unidades armazenadoras da companhia”. Todo o processo de auditoria para certificação foi realizado pelo Organismo de Certificação de Produtos, do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo, órgão contratado pela companhia, responsável por apontar não conformidades existentes, as quais tiveram que
ser corrigidas, para que ambas unidades estivessem aptas a serem certificadas. As certificações têm validade de cinco anos, desde que forem mantidas as condições atuais e com compromisso de
que até 2016 a Ceagesp irá adequar as instalações de Tatuí e Araraquara de acordo com os outros requisitos, que abrange a instalação de equipamentos de aeração e exaustão, além de pavimentação onde não existe
e adequação do sistema de termometria. De acordo com Maria Salete, “a participação dessas unidades no faturamento da armazenagem, com dados obtidos até maio de 2011, é de 23,11%”, sendo que em Araraquara o principal produto armazenado é o açúcar enquanto em Tatuí prevalece o trigo. A certificação, que se tornou obrigatória no início de 2010 por meio do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras do MAPA, tem o objetivo de reduzir o índice de perdas, que chega a 10% de grãos como trigo, soja, milho e arroz, que se perdem na logística e no armazenamento inadequado. Além de ser um reconhecimento formal de que a unidade armazenadora certificada tem competência técnica para prestar serviços de armazenagem.
hortaliças mais sensíveis como alface, rúcula, escarola, agrião, abobrinha, tomate, entre outras, que devem sofrer os efeitos destas condições climáticas adversas e registrar redução do volume ofertado e perda de qualidade”, prevê Godas. Índice Ceagesp Junho 2011
Geral
-4,67%
Frutas
-4,98%
Legumes
-0,94%-
Verduras
-5,96%
Diversos*
-2,71%
Pescados
-6,84%
Fonte: Ceagesp
(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos
Atum
8,1%%
Frente Parlamentar em defesa das Ceasas é relançada em Brasília
A Frente Parlamentar em Defesa das Ceasas foi relançada na Câmara dos Deputados no início de julho. A frente será presidida pelo deputado federal Leonardo Quintão (PMDB/ MG) e tem como finalidade contribuir com o desenvolvimento do agronegócio, estimular e auxiliar a formulação de políticas públicas nas áreas de abastecimento interno, logística de transporte e de armazenagem. Um dos objetivos é auxiliar na aprovação do projeto de lei 8.001/10, que determina normas para as Centrais de Abastecimento e é considerada vital para o setor. A expectativa é que seja aprovado no Congresso Nacional ainda em 2011. Fortalecer o combate à fome e o desperdício alimentar e reforçar a importância da segurança alimentar também estão entre os objetivos na nova Frente.
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
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Ceasas do Brasil
Representantes eleitos em abril foram empossados no fim de junho e formam foro permanente de discussão das demandas do entreposto da capital
Ceasa paulistana instala conselho consultivo para ouvir permissionários Órgão é formado por empresários de todos os setores do mercado A Ceagesp e as entidades que representam os permissionários do entreposto paulistano instituíram um conselho consultivo, cujo objetivo, segundo a estatal, é manter um canal de diálogo permanentemente aberto com todos os setores do mercado para a melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços prestados no mercado atcadista. O conselho é formado por 12 representantes titulares e 12 suplentes de permissionários de todos os setores de comercialização do entreposto. Participam ainda as entidades sindicais e associativas, o presidente da Ceagesp, seus diretores operacional e administrativo financeiro, além do gerente do departamento do entreposto da capital. Os representantes dos setores de comercialização foram eleitos diretamente em votação realizada em abril e a cerimônia de posse dos membros ocorreu no final de junho. Na avaliação do presidente da Ceagesp, Mário Murici, o conselho reforçará a transparência e permitirá uma participação mais efetiva nas discus-
sões e decisões de assuntos de interesse de todos que atuam no mercado. “É uma evolução nas relações entre a Ceagesp e seus permissionários”, reforça o presidente da Ceagesp, Mário Maurici. A criação do conselho também atende a uma antiga reivindicação dos permissionários de terem mais participação em decisões que direta ou indiretamente afetam seus negócios. O Conselho é um foro permanente de discussão sobre as demandas do entreposto e os participantes podem opinar sobre propostas e diretrizes da estatal, recomendar projetos que visam à eficiência e a eficácia dos serviços disponibilizados no entreposto, além de solicitarem informações dos setores técnicos da companhia e sugerirem melhorias para o segmento. “O Conselho traz o peso das entidades e agrega capilaridade por meio da representação de todos os pavilhões do entreposto. Com isso, teremos uma visão mais clara da situação do entreposto, e será mais fácil acertar nas decisões na construção do nosso futuro”, conclui Maurici.
Veja abaixo quem são os membros do Conselho Consultivo: Ceagesp
Sincaesp
Setor carregadores
Mário Maurici presidente da Ceagesp
José Roberto Coringa Bezerra José Luiz Batista
Edmilson Rodrigues Lima (Titular) e Francisco Raimundo de Araujo (Suplente)
Giro Yamada Setores – titulares e suplentes
Setor varejões
Luiz Gonçalves Ramos diretor Técnico Operacional Jamil Yatim diretor Administrativo e Financeiro Wander Bueno gerente do Departamento do entreposto da capital
Sindbast Antonio Paulo Fernandes Ivo Wanderlei Matta
Apesp
Carlos Eduardo Duarte Haiek Luis Paim
Sindicar
José Pinheiro de Souza Antonio Josafá da Silva
Sinconflores
Koldeway Feitosa Chaves Cesar Augusto Pereira Neto
Acapesp
Setor AP (legumes)
Antonio Batista e Luiz Eleno Vieira de Carvalho
Setor MSC (abóboras)
José Antonio Sanches e Fábio Roberto Cuervo
Setor MLP (verduras)
Amílcar dos Santos Maçaira e Katsumi Suzuki
Setor BP (alho, cebola e batata) Luiz Antonio Deggerone e Roberto Kussaka
Setor MLP (flores)
Valdemar Koga e Antonio Carlos Rodrigues
Setor varejões
Manuel Antonio de Gouveia Neto e Edson Nakamura
Setor pescado
Isao Takamine e Luis Palmeira
Setor atípicos
José Bento da Silva e Célio de Souza Goulart
Manuel Antonio de Gouveia Neto (Titular) e Edson Nakamura (Suplente)
Setor HF,S (frutas importadas)
Wilson da Cruz Andrade (Titular) e Carina de Fátima Fortes (Suplente)
Setor AM,S (distribuidoras)
Marcelo Ferraz de Souza (Titular) e Gilberto Felizardo de Souza (Suplente)
Setor MFE –B/C (frutas)
Valmir Teles dos Santos (Titular) e Jose Ailton de Souza Honório (Suplente)
Setor MFE-A (frutas)
Marcos Costa Caíres (Titular) e Mauricio Inácio Frasca (Suplente)
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Produção Agrícola
Plano Safra permitirá expansão da produção e da compra de máquinas agrícolas Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff afirmou no início de julho que o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 vai oferecer juros mais baixos, ampliação do crédito e maior prazo para pagamento, além de garantias para agricultores prejudicados por enchentes e secas e pela queda no preço de produtos. No programa semanal Café com a Presidenta, ela avaliou que as mudanças vão permitir a expansão de áreas de produção e da compra de máquinas e de sementes, aumentando a venda de produtos e, consequentemente, a renda dos produtores. “Se o agricultor perder a colheita, ele vai agora poder pegar até R$ 4 mil para se sustentar, e a dívida do banco vai ser zerada. Ampliamos também o Programa de Garantia de Preço da Agricultura Familiar, que vai ser usado para compensar as perdas quando o preço de um produto ficar abaixo daquilo que o agricultor gastou para produzi-lo. Quando isso acontecer, o governo vai dar um desconto do empréstimo que o agricultor tomou”, explicou. O pacote vai disponibilizar R$ 16 bilhões para as linhas de custeio, investimento e comercialização do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Do total, R$ 7,7 bilhões serão destinados a operações de investimento e R$ 8,3 bilhões para operações de custeio. Dilma destacou ainda que o governo já tem pronto um projeto que regulamenta o Sistema Único de Atenção à Sanidade Animal. O objetivo é diminuir a burocracia na venda de produtos como queijo, geleia e mel. Segundo a presidenta, a expectativa é descentralizar a fiscalização e fazer com que os estados tenham maior participação. “Vamos fazer esse processo sem diminuir as cautelas necessárias à garantia da qualidade sanitária dos produtos agrícolas brasileiros, porque isso significa também proteger a saúde da população”, concluiu.
julho de 2011
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
julho de 2011
Produção Agrícola
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Safra de grãos deve chegar a 162 milhões de toneladas Boa influência do clima também ajudou no desenvolvimento das plantas
O Brasil vai produzir 162 milhões de toneladas de grãos nesta safra. Os números são do décimo levantamento realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado no início de julho. O estudo, que retrata o estágio
atual das culturas em todo o país, mostra novo recorde. A safra 2010/2011 terá aumento de 8,6%, o que representa 12,8 milhões de toneladas a mais que o alcançado no ciclo passado, quando foram colhidas 149,2 milhões de toneladas.
Em relação ao último levantamento, realizado em junho, a produção cresceu 0,31% ou o equivalente a 523 mil toneladas. A área cultivada cresceu 4,4%, atingindo 49,5 milhões de hectares (ha), ou seja, 2,1 milhões de ha a mais que em 2009/2010, quando chegou a 47,4 milhões de ha. Soja, milho, algodão, feijão e arroz tiveram ampliação de área, tornando-se os principais responsáveis pelo crescimento da safra, ao lado da boa influência do clima no desenvolvimento das plantas. Os pequisadores entrevistaram representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, CentroOeste e Nordeste, além de parte da região Norte. A produção de soja também deve ser a maior da história chegando a 75 milhões de toneladas, o que equivale a um crescimento de 9,2% em comparação com a safra 2009/2010. A área plantada com o grão cresceu 2,9%, passando de 20,4 milhões de ha para 24,1 milhões de ha. A colheita da soja está encerrada. A área total semeada com milho vai atingir 13,6 milhões de ha, enquanto a produção será de 57,1 milhões de toneladas. Para o milho 2ª safra, a estimativa é chegar a 5,8 milhões de ha, expansão de 9,5%. A produção deve atingir 21,7 milhões de toneladas. O algodão terá o maior crescimento da área plantada entre todos os produtos, com elevação de 66,4%, alcançado 1,39 milhão de ha. A produção deve chegar a dois milhões de toneladas de pluma. O trigo deve perder 4,1% da área, chegando a dois milhões de ha, com produção de 5,4 milhões de toneladas. Neste ano, os agricultores optaram mais pelas variedades destinadas à panificação.
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Transporte e Logística
Julho de 2011
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
Custo de produção de veículos chega a ser 60% superior no Brasil Agência Brasil
Os custos para a produção da cadeia automotiva no Brasil chegam a ser 60% maiores do que em outros países, é o que mostra um estudo divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). O levantamento apontou que, se o custo de produção de um veículo médio é US$ 100 na China, o custo de produção de um veículo equivalente no Brasil chega a US$ 160. No México, esse custo é US$ 120 e na Índia, US$ 105. O estudo foi desenvolvido durante seis meses pela PricewaterhouseCoopers e já foi apresentado para os Ministérios da Fazenda, da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele também mostrou que o custo de capital e o custo de mão de obra são superiores no Brasil em comparação aos demais países. Se em maio deste ano a taxa básica de juros real no Brasil (descontando a inflação) foi 5,5%, no México ela não foi superior a 1,1%. O custo de mão de obra, por sua vez, incluindo os encargos sociais, chegou a 5,3 euros por hora, enquanto no México ela é 2,6 euros por hora e, na China, 1,3 euros por hora. Além do alto custo de pro-
dução, outro fator que vem tirando a competitividade do setor é o fortalecimento do real em relação ao dólar. “Enquanto o Brasil fortaleceu sua moeda, outros países desvalorizaram. E isso dá maior competitividade para esses países”, disse Cledorvino Belini, presidente da Anfavea.
Para que o setor tenha mais competitividade, Belini defende que será preciso investir muito em tecnologia e inovação. “É preciso dar um salto na inovação. O que estamos projetando hoje é um trabalho muito amplo na inovação automobilística, visando ao aumento da competitividade dentro de um progra-
ma que vai até 2020”, declarou Belini. Para isso, segundo ele, será preciso o desenvolvimento de novas tecnologias e novos produtos. “Apresentamos um conjunto de situações e esperamos agora uma política industrial que mantenha esse patrimônio do mercado interno forte e que desenvolva uma inovação,
uma engenharia, uma inteligência automotiva, de tal forma que possamos ser competitivos e, ao mesmo tempo, produzir e conquistar novos mercados”, disse. De acordo com o estudo, hoje o Brasil investe apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento. Em comparação, a Coreia e o Japão chegam a investir 3,5% do PIB em pesquisa e a China, 1,5%. “É baixo o índice de investimento em desenvolvimento em pesquisa no Brasil como um todo”, ressaltou Belini, ao apresentar o levantamento. Segundo o presidente da Anfavea, se esses investimentos em inovação passassem a ser feitos neste momento, os efeitos já começariam a ser sentidos a partir de 2015. “Os resultados de pesquisa e desenvolvimento vão demorar cerca de quatro ou cinco anos para começar a aparecer”, disse. De acordo com Belini, investir em inovação no setor também vai significar benefícios para a população, tais como a redução dos preços dos veículos fabricados no país. “À medida que tenhamos inovação, forem implantados novos paradigmas dos processos produtivos nos componentes e nos materiais e se usar produtos nacionais recicláveis poderemos ter, sem dúvida nenhuma, benefícios para o consumidor”.
CRESCIMENTO
Fenabrave eleva projeção de vendas de veículos para este ano A Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores) reviu para cima a projeção de vendas de veículos para este ano. Pela previsão inicial da federação, o total de vendas de veículos, incluindo automóveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas, cresceria este ano 5,20%, mas a estimativa foi revista para 8,38%. A venda de automóveis e veículos comerciais leves, antes estimada em 4,20%, deverá atingir 5,90%. “Revisamos um pouquinho. Era em torno de 4,5% e revisamos com 1% a mais, em torno de 5,5% a 5,9% de cres-
cimento”, disse o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze. De acordo com Tereza Fernandez, sócia-diretora da MB Associados, que presta consultoria à Fenabrave, um dos impactos que podem ocorrer agora, no segundo semestre, são os dissídios dos metalúrgicos, dos bancários e dos petroleiros que, segundo ela, vão aumentar a venda de veículos. “Ao longo do segundo semestre, temos julho e agosto de inflação menor. Teremos, portanto, mais vendas em relação ao primeiro semestre”, disse Tereza. Quando o salário se recompõe e a inflação desacelera, o
rendimento médio da população aumenta e, com isso, as vendas de veículos podem aumentar, explicou a consultora. Segundo balanço divulgado no início de julho pela Fenabrave, 477.933 veículos foram vendidos em junho, o que representou crescimento de 15,97% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 411.289 unidades. Do total de veículos comercializados em junho deste ano, 286.938 são automóveis e comerciais leves, que apresentaram uma queda de 4,52% em relação a maio (300.513).
No acumulado do ano, de janeiro a junho, 2.722.392 veículos foram vendidos, valor 10,16% superior a igual período do ano passado, quando foram comercializadas 2.466.629 unidades. Para Sérgio Reze, o resultado do primeiro semestre não foi surpresa para o setor. “Não surpreendeu porque não houve modificação na economia tão substancial que, ou para baixo ou para cima, provocaria um movimento grande. A economia brasileira está se comportando de uma forma bastante racional. Continua-se com pleno emprego, com equi-
líbrio no setor financeiro e o aumento da renda”, disse. Em entrevista coletiva para apresentação dos resultados do setor, Reze disse que o primeiro semestre deste ano foi bom, mas ressaltou que, para a entidade, é preferível ter vendas moderadas, que não sejam muito superiores, nem muito inferiores ao crescimento da economia. “O ideal é que as vendas acompanhem o crescimento da economia.” Se a economia cresce 4% ou 4,5%, é razoável que o setor cresça 5,5% ou 6%, explicou. “Isso não traz distorções para o mercado. E é o que está acontecendo agora.”
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
julho de 2011
Mercedes-Benz aumenta produção de caminhões A montadora MercedesBenz anunciou, no final de junho, a contratação de 950 profissionais para a fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Com a medida, será aberto o terceiro turno para a produção de caminhões. Segundo o presidente da empresa no Brasil e CEO para América Latina, Jürgen Ziegler, com a iniciativa, a montadora deve atingir a capacidade técnica de produção de 75 mil veículos comerciais (entre caminhões e ônibus) por ano, na fábrica de São Bernardo do Campo, em 2011, atendendo às demandas atuais do mercado interno e das exportações. “Nossa expectativa é que a evolução do mercado de caminhões esteja alinhada com a do PIB brasileiro nos próximos dez anos” afirma o executivo.
Em 2010, a montadora iniciou um programa de investimentos de R$ 1,5 bilhão que deverá ser concluído em 2013, tendo como resultado o aumento da capacidade de produ-
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Transporte
ção da fábrica de São Bernardo Campo e a transformação da planta de Juiz de Fora para integração dessa ao sistema de produção de caminhões a partir deste ano.
Frente Parlamentar cobra conclusão das obras da BR-101 Os constantes atrasos nas obras do trecho entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul motivaram este mês o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Conclusão das Obras da BR-101/Sul. A duplicação da rodovia estava prevista, inicialmente, para estar pronta em 2008. Depois de muitos adiamentos, uma nova data foi marcada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte): 2014. Mas os recentes congelamentos de obras em todo o país devem prorrogar novamente a entrega do trecho. Para o coordenador da Frente, deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), é preciso acelerar as obras, em função do grande número de acidentes de trânsito e dos prejuízos para o setor transportador de cargas. E esse é justamente o objetivo da Frente Parlamentar: agilizar e fiscalizar os trabalhos de
duplicação do trecho que liga as cidades de Palhoça (SC) a Osório (RS). Conhecida como “rodovia da morte”, mais de 12.600 acidentes ocorreram no local entre junho de 2006 e junho de 2011, deixando cerca de 500 mortos e mais de oito mil feridos, de acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina. O trecho possui 348 km de extensão e sua duplicação beneficiará mais de 800 mil habitantes em 25 municípios da Região Sul. Ele integra o importante eixo rodoviário por onde circulam os turistas e é também a rota do Mercosul. Com a instalação da Frente, o deputado pretende propor um Código Brasileiro de Obras, que possa incluir todos os dispositivos necessários à execução de obras públicas, de modo a reduzir os entraves que atualmente se configuram, para evitar situações como a de Santa Catarina.
Agrícola
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A Embrapa Clima Temperado lançou três novas cultivares de batata-doce com produtividade de até 60 toneladas por hectare – quase oito vezes superior à média brasileira de 8 t/ha. Segundo a Embrapa, o trio atende demandas específicas dos consumidores, como coloração e maior ou menor grau de suculência. As cultivares foram apresentadas pela primeira vez em abril. Agora, as novas batatas-doce tiveram o lançamento oficial para a sua região de origem e para a qual foi desenvolvida: o sul do país. “A importância desse momento é fundamental para nós e para a nossa região. Temos poucas cultivares registradas no país e não havia nenhuma adaptada às características das regiões mais ao sul”, comentou o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Jose Dias Vianna Filho.Segundo a Embrapa, as cultivares suprem necessidades da ponta final do processo, os consumidores. Itens como sabor, cor e suculência estão presentes. A BRS Amélia, de coloração rosa clara e rica em pró-vitamina A, conta com um alto teor de suculência, tendo um grande destaque na questão culinária. É recomendada para a fabricação de doces, por exemplo. “A BRS Amélia salienta-se pela grande aceitação do consumidor devido ao sabor e à cor da polpa, um alaranjado intenso. Quando cozida, a textura é úmida e melada, macia e extremamente doce”, comenta o pesquisador Luís Antônio Suíta de Castro, responsável pela seleção das variedades. A BRS Rubissol, com casca avermelhada, destaca-se pela uniformidade das batatas-doce. Possui excelentes características para consumo de mesa, mas também pode ser utilizada no processamento industrial. A produtividade é outro atrativo. Fica entre 40 e 60 toneladas por hectare. Já a BRS Cuia tem coloração creme e também pode chegar a até 60 toneladas por hectare. Ganha destaque na questão culinária devido ao tamanho relativamente grande das batatas. Também apresenta boa adequação ao processo industrial. Os produtos foram desenvolvidos pela Unidade de Clima Temperado da Embrapa através de um longo processo de seleção genética por competição. O primeiro passo foi reunir 70 acessos genéticos de batata-doce existentes no Rio Grande do Sul. Durante dez anos, foi feita a seleção desse material para identificar as de maior potencial. As cultivares selecionadas ainda passaram por um processo de eliminação de doenças, gerando plantas de batata-doce livres de qualquer vírus e com maior produção. “A grande produtividade vem justamente do fato de ter havido uma seleção de material genético de maior qualidade e de ter ocorrido a eliminação de doenças”, explica Suíta.
julho de 2011
Embrapa lança trio de batatas doce TODA A LINHA DE CAMINHÕES FORD COM OFERTAS IMPERDÍVEIS.
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me, taxa de 0,75% a.m. = 9,38% a.a., para planos de até 60 meses sem entrada e carência de 180 dias para micro, pequenas e S, de acordo com a legislação, circulares e demais normas desta instituição, conforme cláusulas contratuais. As condições estão urarem os estoques. As condições financeiras estão sujeitas a análise e aprovação de crédito pela financeira.
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O balanço sobre a comercialização de fertilizantes ao consumidor final foi divulgado na última segunda-feira, 27 de junho, em Brasília. No período de janeiro a maio deste ano foram comercializadas 8,5 milhões de toneladas. O número supera em 23,8% o volume negociado no mesmo intervalo de 2010, quando foram entregues 6,9 milhões de t de produtos aos consumidores finais. “Em maio, houve um crescimento de 63,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, o que sinaliza a antecipação nas compras por parte dos produtores”, destaca o diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti. Segundo o levantamento da entidade, a produção nacional registrou crescimento de 2,4% nos primeiros cinco meses do ano, o que equivale a 3,5 milhões de t (em 2010, foram comercializadas 3,4 milhões de t). As entregas de fertilizantes nitrogenados apresentaram evolução de 20%, passando de 892 mil t em 2010 para mais de 1 milhão de t este ano. O aumento de demanda para as culturas de cana de açúcar, café, milho safrinha e arroz é a razão apontada para explicar o bom desempenho. Os fertilizantes fosfatados registraram expansão de 26,3%, saindo de 903 mil t no ano passado para 1,1 milhão de t em 2011. As culturas de milho safrinha, trigo, plantio de cana de açúcar e o início das entregas para as culturas de primavera (soja/ milho) influenciaram no resultado positivo. A venda de fertilizantes potássicos passou de 1 milhão de t, em 2010, para 1,3 milhão de t neste ano, uma elevação de 27,5%. Dados da Anda apontam, ainda, que o estado do Mato Grosso concentrou o maior volume de entregas no período analisado (1,7 milhão de t); seguido de São Paulo (1,26 milhão de t); e Paraná (1,24 milhão de t). No mercado de defensivos – que inclui os segmentos de herbicidas, fungicidas, inseticidas, acaricidas e outros – o faturamento alcançou R$ 2,2 bilhões no acumulado janeiro-abril de 2011. O resultado representa aumento de 5%, se comparado ao mesmo período de 2010, com R$ 2,1 bilhão. De acordo com o estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola, as vendas foram impulsionadas principalmente pelas culturas de algodão, café, cana de açúcar, feijão e trigo. O setor de inseticidas foi o que mais se destacou. Os negócios alcançaram variação positiva de 28% na comparação com o ano anterior, passando de R$ 604 milhões para R$ 775 milhões. A causa foi o crescimento nos mercados de algodão, batata, café, cana, milho, soja e trigo. Os fungicidas e herbicidas apresentaram retração de 11% e 2%, respectivamente. Na avaliação do Sindag, a queda foi motivada pela redução nos mercados de soja, milho e hortifruti, entre outros.
Apesp
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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
Espaço Apesp Espaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo
Lançamento da frente parlamentar em defesa das Ceasas No dia 6 de julho ocorreu o relançamento da frente parlamentar em defesa das Ceasas Brasileiras, na Câmara dos Deputados. A frente é presidida pelo Deputado Leonardo Quintão do (PMDB/MG). O relançamento da frente é para aprovação do projeto de lei que esta tramitando no Congresso Nacional. O projeto de lei vem sendo elaborado desde 2009, a partir da criação da Brastece, que vem promovendo reuniões itinerantes pelo Brasil todo, com todos as associações e sindicatos dos comerciantes das centrais de abastecimento. O projeto tem como meta modernizar as centrais de abastecimento existentes, proporcionando ao mercado eficiência, dinamismo para possibilitar ainda mais crescimento. O Brasil conta com 30 centrais de abastecimento que movimentam cerca de R$ 17 bilhões por ano. Entre hortigranjeiros, cereais, industrializados e outros produ-
Deputados Federais que estavam presentes em Brasília no dia 06/07
tos como flores e pescados, as Ceasas ofertam cerca de 17 milhões de toneladas anualmente. O sistema engloba mais de dez mil empresas e gera cerca de 200 mil empregos diretos. O lançamento da frente na Câmara dos Deputados foi concorridíssimo, com a presença de
deputados de todos os partidos, que fizeram questão de expressar seu apoio ao projeto, além da ratificação do apoio do Ministério da Agricultura, Conab, Abracen e da Brastece, cujo trabalho como confederação não se esgota com a aprovação do projeto, mas, prolongar-
se-a no tempo vindouro, visto que a missão da confederação continua no estudo e aprimoramento do sistema de abastecimento, adaptando-o às novas tecnologias e modos de venda e consumo que certamente irão surgir ao longos dos próximos anos.
Adrian Afonso Hamm André Moura André Vargas Antônio Andrade Bernardo Santana de Vasconcellos Cesar Colnago Edinho Bez Esperidião Amin Gabriel Guimarães Hugo Leal João Magalhães João Paulo Cunha Junji Abe Leonardo Quintão Luci Choinacki Luis Carlos Heinze Neilton Mulim Newton Cardoso Osmar Serraglio Paulo Piau Perpétua Almeida Saraiva Felipe Sibá Machado Toninho pinheiro Weliton prado Wilson filho
Fique atento às fiscalizações da Covisa A Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) tem tomado ações de fiscalização junto à Ceagesp e também aos permissionários. Num primeiro momento foram abordados os locais que comercializam alimentos prontos para o consumo, ou seja, os quiosques que servem desde salgados até refeições. O pavilhão MSC, que abriga os permissionários que comercializam abóboras, foi alvo de fiscalização há cerca de um ano e atualmente as visitas tem incidido sobre os pavilhões AMs e APs, entre outros. Diversas ações foram tomadas, como a realização de palestras educativas e esclarecedoras, reuniões junto à Covisa e reformas para gerar as ade-
quações necessárias. Porém, existem ainda lacunas no esclarecimento sobre a questão que não quer calar: O que o permissionário realmente precisa fazer em sua empresa para estar em dia com as exigências legais, no que tange às questões sanitárias e constantes da Portaria Municipal 1210?. Foi pensando em gerar um protocolo para atendimento claro, objetivo e sem entrelinhas, contendo uma interpretação da legislação aplicável às empresas alocadas na Ceagesp, que a Apesp, representada pelo seu presidente Carlos Eduardo Haiek e seu diretor Cláudio Furquim, juntamente com a administração da companhia representada pelo seu assessor técnico Edson Procidelli e a Aviso Consulto-
res, representada pela diretora Bárbara Mangiaterra e a consultora nutricionista Larissa Milani, estiveram no dia 28 de junho em reunião com a Covisa. A abordagem da reunião foi mostrar os parâmetros dos requisitos legais que podem ser atendidos, dentro da realidade das empresas, gerando um protocolo básico para que todos possam se adequar. Foi entendido o foco da Vigilância Sanitária no sentido de estabelecer um atendimento condizente com as questões de saúde publica. Além disso, a Covisa mostrou como tem feito historicamente, uma grande abertura, disponibilizando seu corpo técnico para analisar cada uma das contrapartidas oferecidas pelos permissionários em ter-
mos de atendimento à Portaria Municipal 1210. Em suma, ficou definido que a Aviso Consultores, em conjunto com o corpo técnico da Ceagesp e apoio da Apesp, vai listar, com base nos autos de infração e na Portaria, todos os requisitos a serem atendidos e declarar, de forma documentada, qual a melhor opção para atendimento a cada um deles. Esse documento deve se protocolado na Covisa e analisado tecnicamente. Por conseguinte, geraremos uma lista com itens de atendimento, que pode servir de guia para qualquer permissionário. Posteriormente à validação pelo órgão fiscalizador, o documento originado será disponibilizado para todos, através de publicação no
JE, bem como distribuído ativamente em pontos estratégicos e momentos oportunos. Além disso, a Apesp promoverá uma palestra educativa, totalmente fundamentada nas reais necessidades a serem atendidas, com uma explicação cuidadosa para cada item. Assim, aguarde as novidades, pois estamos trabalhando intensamente, como sempre, para trazer soluções mais concretas, transparentes, claras e previamente validadas no âmbito técnico, para gerar um conforto ao permissionário, entendendo que o maior foco deste deve estar em seu dia a dia em um mercado cada vez mais difícil, cujo trabalho é praticamente uma arte, desenvolvida com tradição e estilo próprio.
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Turismo
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truída no século XIX pode ser observada em pleno funcionamento. Informações: (19) 3451-4005 Fazenda Santa Gertrudes
fazenda Fim de semana na
Este local leva seus visitantes aos tempos áureos do café, desde a colheita até o embarque na estação de trem, passando por todos os processos intermediários. As visitas são realizadas sob agendamento antecipado e grupos fechados de pelo menos vinte pessoas. Informações: Tarifas: visita com lanche: R$ 25,00 por pessoa - visita com almoço + lanche: R$ 45,00 por pessoa. Telefones: (19) 3545-1317 e (19) 3545-2036 MOCOCA Fazenda Aurora Foi fundada em 1869 e hoje é a fazenda com a mais antiga criação de Caracu no Brasil. Abriga também um pequeno museu com objetos antigos. Informações: (19) 3672-1277 Fazenda Nova
Mariana G. Marques
O turismo rural vem sendo muito procurado por pessoas de todas as idades e classes sociais. Além de promover uma atividade diferente para os visitantes, também se tornou uma oportunidade de desenvolvimento para muitas comunidades do campo. Esta modalidade ainda possui a função de valorizar e educar sobre assuntos relacionados ao meio ambiente e resgatar patrimônios muito valiosos de nossa cultura. O visitante pode se envolver com tudo que há no campo, gastronomia (saberes e fazeres locais), participar de atividades como colheita e tratamento dos legumes, vegetais, criação de animais, atividades de ecoturismo, esportes de aventura, caminhadas, atividades pedagógicas no ambiente rural, visitação a fazendas, casas de cultura e ao patrimônio; entre outros. No estado de São Paulo existem muitas fazendas que estão sendo restauradas e reestruturadas para poder receber com excelência o publico interessado. E conhecer estas fazendas nunca foi tão fácil! Quatorze delas, erguidas do século 19 até a década de 20 do século passado, estão descritas no site: www.fazendaspaulistas.com.br. O viajante terá informações sobre cada uma das propriedades rurais em relação à história, atrativos, preços, visitação e hospedagem.
Este site facilita o conhecimento e o acesso a cinco pólos: Itu, Limeira, São Carlos, Mococa e Campinas. Devido à pouca sinalização das rodovias indicando que o turista está numa região rica em fazendas históricas, muitas vezes o viajante está a um quilômetro de uma antiga fazenda e “passa reto”, sem nem perceber. A Associação Fazendas Históricas Paulistas reúne propriedades históricas que trabalham com turismo rural. Algumas destas propriedades oferecem hospedagem com maravilhosas comidas típicas, entre outras delicias do campo. Outras oferecem cavalgadas, trilhas na mata atlântica, observação de aves, pequenos museus e atividades de vida de fazenda. Há também as que trabalham com turismo pedagógico, agroturismo e ate mesmo com alguns tipos eventos como, aniversários, formaturas, confraternizações reuniões em família e casamentos (estes são realizados em suas antigas e charmosas capelas). As fazendas oferecem programas com agendamento prévio, podem ou não incluir refeições e passeios ecológicos. CAMPINAS Fazenda em Santa Maria Oferece passeio de um dia para grupos acima de 10 pessoas. Lá acontecem: estudos do meio e educação ambiental para escolas, passeios para grupos e eventos diversificados com, celebrações religiosas, corporativos, casamentos, entre outros. Informações: (19) 3298-6423 e 9115-9759
Possui grande riqueza natural preservada em área remanescente de Mata Atlântica de transição para o Cerrado. Os hóspedes podem participar da rotina da fazenda, alimentando os cavalos, escovando-os, e ajudando na doma, sempre orientados pelos proprietários. Informações: (19) 3656-0109 e (19) 3656-3634
Fazenda Vila Rica Construída em 1860, esta localizada em Itatiba, a 70 Km de São Paulo. O local proporciona aos hospedes o encanto e magia das antigas fazendas do ciclo do café paulista. A imensa cozinha acompanha a ambientação de época, com seus utensílios antigos, onde são preparados os cardápios nas autênticas caçarolas, panelas, tachos e frigideiras de cobre que fumegavam no fogão a lenha, ainda hoje utilizado. Informações: (11) 9120-9485 e (11) 4487-7437 ITU Fazenda Capoava Alia turismo rural, ecológico e cultural. Com 25 chalés, ocupa uma área de 50 alqueires de pura natureza e oferece, além da saborosa culinária paulista, caminhadas, trilhas pela mata, cavalgadas por roteiros históricos e atividades culturais relacionadas à história de São Paulo. Informações: (11) 4023-0903
Fazenda Santa Cecília
ares da fazenda, pode apreciar a comida feita no fogão à lenha e a boa música de raiz. Informações: (11) 4013-4388 ou 9607-7483 JAÚ
A Fazenda Mandaguahy Possui um lago para pesca amadora e prática de boia cross, um lindo bosque, pomar, tulha, terreiro e senzala. Oferece programas de turismo pedagógico, visitas culturais, almoços, lanches e hospedagem em casas antigas adaptadas. Informações: (14) 3622-2707 LIMEIRA
Fazenda Chácara do Rosário
Todos os meses promove sua tradicional cavalgada da lua cheia, na qual os visitantes podem aproveitar as noites maravilhosas de Itu, cavalgando à luz da lua no meio de uma natureza exuberante. No passeio está incluso, a cavalgada e o jantar com a presença de violeiros. Preços: R$ 53,00 reais para adultos, R$ 26,00 para crianças de 5 a 12 anos e gratuito para crianças de ate 4 anos. Mas quem preferir apenas curtir os
Fazenda Quilombo: Propicia aos visitantes, passeios a cavalo, caminhadas pelas encostas do Morro Azul em meio às lavouras de café, laranja e a mata nativa, locais privilegiados com uma bela visão de Limeira e arredores e ainda possui uma lojinha com café e doces típicos da fazenda. Na época da colheita do café (de maio a setembro) a infra-estrutura de secagem e preparo do café cons-
Nela, ainda existem os equipamentos que eram utilizados desde a colheita até o beneficiamento do café e, cuja máquina, ainda se encontra em perfeito funcionamento. É possível andar pelas trilhas no interior da Mata Atlântica, que abriga uma vegetação exuberante, inclusive um Jequitibá com mais de 300 anos, além da possibilidade de observar animais de várias espécies. Informações: (16) 3621-3699 (16) 3659-8656 e (16) 9132-3232 SÃO CARLOS Fazenda Bela Vista O forte do local são as cavalgadas e caminhadas que acontecem sempre com um destino diferente. Informações: (16) 3345-1108 Fazenda Santa Maria do Monjolinho
É um marco na história por representar e preservar, no contexto nacional, a riqueza gerada pelo ciclo do café, sendo uma das poucas propriedades do país que conseguiu superar as crises conservando suas terras desde que foi desbravada, em 1850. Informações: (11) 3021-1483
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