Jornal Entreposto | Outubro de 2011

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - No 137 | outubro de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Anuário chega aos supermercados em parceria com a Apas O Anuário Entreposto, um completo guia de fornecedores de hortifrutícolas de entrepostos de abastecimento do estado de São Paulo, está sendo distribuído gratuitamente aos supermercadistas em conjunto com a revista Super Varejo, editada pela Apas, após convênio firmado entre o Grupo de Mídia Entreposto e a entidade

pág. 2

|Ceasas Brasil|

pág. 23

Preços da Ceagesp caem 2,64% em setembro | Floricultura|

pág. 24

Primavera amplia oferta de flores no entreposto | Agricultura|

Boa safra garante alcachofras maiores

A goiaba na Escola do Sabor

Novo sindicato quer estender fundo de comércio na Ceagesp pág. 6

Momento atual favorece planejamento para mercado de flores

pág. 8

Baixa -1,97%

Legumes Baixa -6,37%

Baixa -2,64%

Frutas

Verduras Baixa -7,93%

Geral

Diversos Baixa -3,42%

Índice Ceagesp - setembro 2011

pág. 20

Pescado Alta

0,69%

pág. 11


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Parceria com revista Super Varejo favorece supermercadistas e permissionários

Atualmente o setor de FLV representa 13% das vendas dos supermercados

O papel dos supermercados na comercialização de FLV (Frutas, Legumes e Verduras) é cada vez mais importante e cresce a cada ano. Diante desse cenário, a quarta edição do Anuário Entreposto começa a ser distribuída junto com a revista SuprVarejo, editada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) e considerada referência para o setor varejista. O guia, elaborado pelo Grupo de Mídia Entreposto, é uma ferramenta indispensável a todos os agentes envolvidos no setor hortifrutícola do estado de São Paulo. A publicação traz uma lista atualizada de atacadistas de FLV que atuam nos 13 entrepostos administrados pela Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazenagem do Estado de São Paulo) e também na Ceasa Campinas. Por meio dessa ação conjunta, o Grupo de Mídia Entreposto e a Apas pretendem atingir a permanente profissionalização do setor para aten-

der melhor aos anseios dos empresários, compradores e produtores de produtos in natura. “Procuramos através deste guia, aperfeiçoar as negociações entre supermercadistas e permissionários de entrepostos, melhorando a oferta e a opção de compra”, afirma o diretor comercial do Grupo Entreposto, José Felipe. Pesquisas mostram que a qualidade e o frescor de FLV é um dos fatores de maior importância para os consumidores. Pensando nisso, além da lista de comerciantes, o anuário traz também matérias técnicas que facilitam a escolha, classificação, consulta às legislações e à informação para que o varejista realize uma boa compra. O estado de São Paulo representa quase 20% das 15 mil lojas do setor supermercadista brasileiro e é responsável por 31/% de seu faturamento.

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Editorial

março dede2011 outubro 2011

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Desenvolvimento Sustentável

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Programa da CNA foca sustentabilidade no campo Segundo inventário nacional, agropecuária brasileira é o segundo setor mais intensivo em emissões no país, atrás somente do setor florestal Paulo Fernando De São Paulo A economia de baixo teor de carbono ressurge, a menos de um ano da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável), como tema central dos fóruns e debates empresariais promovidos no Brasil e no exterior. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) já alertou que a alteração do clima do planeta provocada pelas atividades humanas foi cientifica e inequivocadamente detectada. O efeito estufa causado pelo volume excessivo de emissões dióxido de carbono e outros gases que aquecem o planeta exige nova postura e ousadia dos tomadores de decisões estratégicas e, assim, começa a ser fortalecido o consenso de que as externalidades dessas mudanças precisam ser incorporadas aos preços da economia de mercado. Embora um acordo internacional com força de lei ainda não tenha sido ratificado pelos líderes mundiais, evitar os piores cenários climáticos projetados pelo painel científico das Nações Unidas demanda resposta rápida e imediata da sociedade contemporânea. Nessa empreitada, os agricultores desempenharão, mais uma vez, papel fundamental para a sobrevivência da humanidade nos próximos séculos, consolidando os esforços contra a escalada do aquecimento global. O movimento de descarbonização da economia mundial passa pela agropecuária, setor que deve protagonizar profundas mudanças rumo a um novo e promissor modelo de desenvolvimento, posto que cortar o volume das emissões antrópicas dos gases do efeito estufa é um imenso desafio, que mexe

diretamente com o modo como o mundo produz e consome alimentos, bens e serviços. No setor agrícola, o sequestro de carbono, por meio do plantio direto na palha, da integração lavoura-pecuária-floresta e de outras práticas sustentáveis, maximiza ganhos ambientais e econômicos. Nesse aspecto, o mercado de emissões e a remuneração dos serviços ecossistêmicos prestados nas propriedades rurais surgem como fontes de recursos indispensáveis para os produtores do século 21. A prestação de serviços ecossitêmicos é mais uma grande oportunidade que surge para setor responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) continuar crescendo, já que a produção mundial de alimentos deverá ser incrementada em 40% nas próximas décadas. “E nenhum país do mundo está tão preparado quanto o Brasil para fazer frente a essa demanda, garantindo a segurança alimentar e a diminuição das emissões de gases do efeito estufa. Nessa cruzada, os empresários do campo precisarão produzir mais com menos terra, menos água, menos energia e mais tecnologia”, afirma o advogado Flávio Menezes, responsável pela elaboração do PABC (Programa de Governança Climática para uma Agropecuária de Baixo Carbono), plano lançado em julho pela CNA, confederação que representa o setor. Responsabilidade superestimada

carvão vegetal ou exploração de produtos madeireiros. Segundo o documento, a agropecuária brasileira é o segundo setor mais intensivo em emissões no país, atrás somente do setor florestal. Entretanto, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a criação de gado não produz impactos significativos para as mudanças do clima, aponta o professor Luiz Gylvan Meira Filho, do IEA/USP (Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo). “Há uma responsabilidade exagerada atribuída ao agronegócio”, garante o cientista brasileiro, que já foi vice-presidente do IPCC. Segundo o especialista, a metodologia atual empregada no cálculo do impacto que cada molécula de metano tem sobre o clima do planeta apresenta uma falha grave e, assim, superestima as emissões da pecuária. Pela métrica atual do GWP (sigla em inglês para “potencial de aquecimento global”), adotada pelo Protocolo de Quioto, cada tonelada de CH4 emitida equivale a 21 toneladas de CO2. Quando o cálculo é feito pelo GTP (sigla para “potencial de mudança de temperatura global”), que considera a perda de calor da Terra, esse grau de equivalência é de 1 para 5. Portanto, cada tonelada de CH4 emitida é equivalente a cinco toneladas de CO2, volume bem inferior à quantidade estimada pelos inventários feitos com base no GWP

Publicado em 2006, o Inventário Nacional de Emissões informa que, anualmente, 1,2 bilhão de toneladas dióxido de carbono equivalente (CO2e) são emitidas em função das queimadas para abertura de áreas agrícolas, produção de

Independente de meta obrigatória de redução de emissões, a adoção de práticas menos intensivas em carbono na agricultura e no setor florestal é um diferencial de sustentabilidade e competitividade, apontam os especialistas.

Mercado de carbono

“Os programas e as políticas de governança climática também estimularão o desenvolvimento do mercado brasileiro de emissões reduzidas”, ressalta Menezes. No momento, discussões sobre a criação de um sistema nacional de “cap and trade” estão sendo realizadas junto ao Ministério da Fazenda. “O ‘cap and trade’ determina uma quantidade máxima de poluentes que um setor econômico, estado ou país pode emitir. Nesse sistema, quem reduz suas emissões além do necessário pode comercializar esse saldo positivo em forma de créditos de carbono”, acrescenta o advogado paulista, lembrando que a recuperação de áreas degradadas pela agropecuária servirá para consolidar a hegemonia do Brasil como produtor de alimentos, sem perder de vista a necessidade de reduzir as emissões de carbono. “A absorção de CO2 pelas gramíneas, por exemplo, pode contribuir enormemente para neutralizar os gases do efeito estufa liberados pelo rebanho bovino nacional”, diz. Nesse contexto, traduzir para o mercado a redução de carbono ou as fontes de sumidouro e quantificar o benefício das práticas sustentáveis ao longo da cadeia produtiva e nos produtos finais é o grande desafio do setor agropecuário.

O mercado de emissões movimentou 142 bilhões de euros em 2010. “No entanto, a agricultura brasileira ainda não é geradora de créditos de carbono”, informa. Custos e oportunidades

Os custos das mudanças climáticas não serão distribuídos equitativamente, mas os impactos na competitividade podem ser reduzidos pela ação conjunta. Novos mercados serão criados e os investimentos em fontes de baixo carbono podem alcançar mais de US$ 500 bilhões por ano até 2050. Cada vez mais, serão necessárias políticas para apoiar o desenvolvimento de uma gama de tecnologias de baixo carbono e alta eficiência energética em uma escala de tempo urgente. De acordo com diversos estudos, quanto mais a sociedade demorar a agir, os esforços visando reduzir emissões serão maiores nos futuro. Por exemplo, se as emissões registrarem pico em 48 GtCO2 em vez de 52 GtCO2 em 2020, a taxa de corte se reduz de 2,5% para 1,5% ao ano. Segundo um diagnóstico feito em 2006 pela equipe de Nicholas Stern, ex-economistachefe do Banco Mundial, as alterações climáticas exigem uma resposta internacional baseada


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Moratória é renovada, mas plantio aumenta em áreas desmatadas Agência Brasil

na compreensão dos objetivos de longo prazo e num acordo sobre cada uma das etapas de ação. “Quatro elementos-chave serão indispensáveis nesse processo – comércio de emissões, cooperação tecnológica, redução do desmatamento e adaptação”, diz o documento batizado como Relatório Stern. O valor monetário de danos ambientais provocados pela poluição da água e do ar, esgotamento dos recursos naturais e desperdícios em geral pode alcançar US$ 28,6 trilhões em 2050, ou 23% a menos se tecnologias limpas e eficientes forem introduzidas, informa um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambienta (Pnuma). As oportunidades globais

de negócios vinculados à sustentabilidade devem movimentar, a preços de 2008, entre US$ 3 trilhões e US$ 10 trilhões em 2050. Até 2020, essa movimentação está estimada entre US$ 500 bilhões e US$ 1,5 trilhão. A versão nacional do Relatório Stern aponta que o pagamento médio de US$ 3 por tonelada de carbono retida na floresta amazônica pode gerar uma renda de US$ 450 por hectare, desestimulando entre 70% e 80% da pecuária da região. “Quando os mercados globais de carbono tiverem se desenvolvido de forma a remunerar mais amplamente programas de reflorestamento, o Brasil será o destino certo de investimentos nessa área”, reforça Menezes.

A área de soja plantada em terras de novos desmatamentos na Amazônia na safra de 2010/2011 saltou de 6,2 mil hectares para 11,6 mil hectares em relação ao período anterior. Apesar do avanço, a cadeia produtiva do setor considera que a cultura não é mais uma das principais causas do desmatamento do bioma. Os números foram apresentados no dia 13 de outubro durante a renovação da moratória da soja, iniciativa de empresas exportadoras e organizações da sociedade civil para boicotar a soja produzida em áreas de novos desmatamentos na Amazônia. Assinada pela primeira vez em 2006, e repactuada ano a ano, a moratória foi renovada até 31 de janeiro de 2013. A partir de imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Grupo de Trabalho da Soja (GTS) sobrevoa polígonos e avalia se houve plantio de soja nas áreas de novos desmatamentos. Se o grão foi plantado nessas áreas de derrubada recente, a fazenda passa a ser boicotada pelos compradores. Dos 375 mil hectares monitorados na última safra, o GTS identificou plantio de soja em 11,2 mil hectares. A área corresponde a 0,39% do total desmatado em Mato Grosso, Pará e Rondônia após julho de 2006, quando o embargo foi declarado. Os três estados são responsáveis por 98% da produção de soja na Amazônia. Em toda o bioma, há 1,96 milhão de hectares de lavouras da oleaginosa. “Em 2006, nossos clientes da Europa estavam interrompendo as compras de soja. Examinando os cinco anos da moratória, vemos grandes progressos. Hoje há governança, controle em tempo real do que está acontecendo e punições, como embargos e multas”, avaliou o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, Sérgio Mendes. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, Carlo Lovatelli, disse que a moratória tirou a soja do rol dos principais fatores de desmatamento da Amazônia, “É um vetor quase insignificante. O produtor que pensa em transgredir, vai pensar 27 vezes e não vai plantar, porque sabe que isso vai ser ruim para ele.” Além do monitoramento, o GTS quer estimular a inscrição do

Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma ferramenta de regularização fundiária com identificação georreferenciada das propriedades rurais, com a delimitação de áreas que devem ser preservadas, como a reserva legal. “É possível identificar onde se desmata. Temos que avançar para identificar quem desmata. E esse é o papel do CAR”, avaliou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A expectativa de flexibilização do Código Florestal tem esvaziado o CAR, segundo a ministra. Os produtores estão aguardando as alterações antes de registrar suas propriedades. A expectativa do setor é que mudança em tramitação do Congresso torne a lei menos rígida. O diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, que coordena a sociedade civil no GTS, disse que o debate enviesado sobre o Código Florestal tem criado expectativa de anistia para desmatadores. Isso,

acrescentou, pode comprometer os resultados futuros da moratória. “O debate pode levar a um retrocesso muito grande na legislação ambiental, o que vai tornar a moratória mais importante do que nunca, porque vai ser a indústria dizendo não ao desmatamento. É quase uma resposta política, porque a moratória vai além da lei”. A renovação da moratória foi elogiada pela Amazon Alliance, um grupo internacional de empresas compradoras de soja brasileira. Entre elas, o Carrefour e o McDonald’s. Em comunicado, o grupo se diz preocupado com as alterações na lei ambiental brasileira. Além da Anec, Abiove e Greenpeace, também fazem parte do GTS o Banco do Brasil, o Ministério do Meio Ambiente e as organizações não governamentais Conservação Internacional, TNC, WWF-Brasil e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.


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Entrevista

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Permissionário ou comerciante na Ceagesp? Com a proposta de garantir um fundo de comércio a todos os comerciantes atacadistas de hortifrutigranjeiros em centrais de abastecimento, foi criado o Sincomat (Sindicato do Comércio Atacadista de Hortifrutigranjeiros e Pescados em Centrais de Abastecimento de Alimentos no Estado de São Paulo). Todos os comerciantes do entreposto receberão em breve o manual “Quem você acha que é na Ceagesp”, com as principais propostas da entidade. A seguir, trechos da a entrevista com o presidente do Sincomat, Paulo Murad.

Jornal Entreposto - O fundo de comércio não é um direito de todos os permissionários da Ceagesp? Paulo Murad – Não, Permissionário é apenas um apelido dado aos comerciantes atacadistas sujeitos a um contrato de permissão de uso, seria o mesmo que chamar alguém de inquilino ou locatário e, portanto, como permissionários, estão sujeitos às regras da permissão de uso que mudam de acordo com a administração de plantão.

JE – O senhor pode explicar melhor? Murad - O que define a categoria econômica é o CNAE [Classificação Nacional de Atividade Econômica] das empresas. Na Ceagesp todos os CNAE são de comerciantes atacadistas, não existe CNAE de permissionário, por isso o fundo de comércio é um direito apenas do comerciante, permissionário não é categoria econômica e não tem direito a nada.

JE - O Sincomat está registrado como sindicato? Murad - Está registrado como uma associação pré-sindical, de acordo com o artigo 515 da CLT, com o CNPJ 14.363.413/000145. Agora precisamos da adesão da categoria para concluir o processo de investidura sindical. JE – É possível ter outros sindicatos representando a mesma categoria? Murad - Como expliquei anteriormente, não existe outro sindicato que representa a catego-

Paulo Murad, (à esquerda) presidente do Sincomat, e Cláudio Ambrósio, secretário da entidade, defendem a garantia do fundo de comércio a todos os permissionários da Ceagesp ria econômica diferenciada do Sincomat, como previsto no seu Estatuto Social e no artigo 511 da CLT. Por isso, ele foi criado. JE - Mas havia necessidade de criar um novo sindicato para conseguir esse fundo de comércio para os comerciantes da Ceagesp? Murad - O fundo de comércio é um direito coletivo dos comerciantes da Ceagesp, mas ainda não foi legalmente reconhecido, tanto que a administração quando cancela um TPRU (Termo de Permissão Remunerado de Uso), incorpora este fundo de comércio e passa este ponto na licitação pelo maior lance, mas este dinheiro deveria ir para as mãos do último comerciante, que é o dono deste ponto comercial, e não para a Ceagesp, que nada contribuiu para isso, apenas alugou o espaço. Atualmente, os TPRUs são com prazo de cinco anos para poder licitar este fundo de comércio várias vezes. Isso é um verdadeiro absurdo, pois não existe contrato precário com prazo determinado. JE - Qual a maneira para resolver essa situação ? Murad - A maneira correta de conseguir o reconhecimento deste fundo de comércio é através da adesão de todos os comerciantes da Ceagesp numa

entidade forte e que reivindique este direito em nome de todos, porque individualmente será um trabalho árduo, caro e sem força política.

JE - Como é que o senhor se tornou presidente do Sincomat? Murad – Há mais de 20 anos atuo como advogado na Ceagesp e uma proposta que sempre defendi, foi que os comerciantes atacadistas da Ceagesp, mesmo com permissão de uso,têm direito ao “fundo de comércio” ou “ponto comercial”, constituído pela clientela, nome comercial, instalações comerciais,etc, inclusive reconhecido como direito autônomo no artigo 133 do Código Tributário Nacional e nas Cortes de Justiça brasileira como “fundo empresarial”, independente da propriedade do bem imóvel que ocupa ou a relação contratual existente, seja locação, concessão, permissão ou autorização de uso, por este motivo, fui convocado para ser o primeiro presidente da entidade, junto com uma diretoria com muita vontade de resolver esses problemas. Acredito que se houver uma adesão de todos os comerciantes da Ceagesp às propostas do Sincomat, isso facilitará o reconhecimento do fundo de comércio mais rápido e dará maior segurança a eles norelacionamento com a admi-

nistração. Por isso, precisamos da adesão de todos. O ex-presidente do Sincaesp, Cláuido Ambrósio, agora secretário geral da nova entidade, também concedeu entrevista. A seguir, trechos da conversa:

JE - O senhor foi presidente do Sincaesp e agora está como aecretário do Sincomat. Como o sr. explica isso? Cláudio Ambrósio - Fui presidente do Sincaesp por mais de 20 anos e conquistamos muitos direitos em favor do mercado, mas vivemos uma nova fase e só o Sincomat poderá resolver os graves problemas que estão acontecendo. JE – E quais são esses problemas? Ambrósio – Há seis anos, quando eu ainda era presidente do Sincaesp, a Covisa [Coordenação de Vigilância em Saúde] tentou fazer as mesmas exigências que está fazendo agora e na época provamos que a maior parte das reformas era de responsabilidade da Ceagesp. Passados esses anos, eles voltaram e estão obrigando os próprios comerciantes a fazer todas as reformas e investir milhões nos prédios da Ceagesp porque ninguém fez nada.

JE - Mas isso não é obrigação de quem ocupa essas áreas comerciais?

Ambrósio - Apenas uma parte, a outra é da Ceagesp. As instalações comerciais de responsabilidade do comerciante, devem ser consideradas como fundo de comércio e de sua propriedade, mas hoje, se por algum motivo for cancelado seu TPRU, como permissionário ele não tem direito a nada, por isso enfatizo a necessidade do Sincomat,

JE - O que o senhor achou da proposta de mudança do entreposto defendida pelo deputado Junji Abe publicada na edição anterior do Jornal Entreposto? Ambrósio - O deputado Junji Abe é muito atuante no segmento agrícola, mas imagine no caso de realmente acontecer essa mudança e os comerciantes estarem representados por uma entidade de permissionários sem direito a nada. Vai ser uma catástrofe. A diretoria do Sincomat participou de todas as tentativas de mudança do entreposto e sabe que o único jeito de os comerciantes da Ceagesp serem respeitados numa hora dessa é ter o seu fundo de comércio garantido, para isso todos os comerciantes precisam estar unidos em uma entidade forte e que busque os meios legais para lhes garantir esse direito coletivo, como propõe o Sincomat.


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Artigo

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Consumo de flores e plantas ornamentais no Brasil Momento atual favorável incentiva o planejamento estratégico para o futuro

Antonio Hélio Junqueira

A análise da evolução do mercado de flores e plantas ornamentais no Brasil tem mostrado, de maneira inconfundível, a importância do consumo interno na sustentação e dinamização dos negócios setoriais da floricultura nos últimos anos. De fato, tem-se observado seguidamente a ocorrência de indicadores anuais de crescimento da ordem de 8% a 10% na oferta física de mercadorias, que vem se fazendo acompanhar de aumentos entre 12% a 15% do faturamento setorial. Em 2010, a movimentação financeira global da floricultura empresarial brasileira foi de R$ 3,8 bilhões e, diferentemente do que ocorreu com importantes produtores latino-americanos vizinhos – como Colômbia, Equador e Costa Rica – não se ressentiu dos reveses na demanda mundial pelos produtos do setor. Para 2011, as principais cooperativas, empresas e lideranças setoriais já apontam para um crescimento da ordem de 10% nos valores de comercialização, o que elevará o faturamento da floricultura para perto de R$ 4,2 bilhões. Atualmente, o consumo per capita anual no país já atinge o valor de R$ 20, que, embora fique muito aquém dos parâmetros comparativos em termos internacionais, sinaliza um setor aquecido e em franca

expansão, o que favorece os investimentos bem planejados e a confiança no futuro da atividade. Parte desse desempenho é seguramente devido ao grande vigor econômico sustentado pelo Brasil, com ótimos indicadores sociais recentes de emprego, ocupação e crescimento da renda de amplas parcelas da população. Porém, é fácil constatar que o aumento do consumo na cadeia produtiva da floricultura tem sido muito mais intenso do que o da média da economia. Em 2010, o crescimento do PIB brasileiro foi da ordem de 7,5% e o da floricultura, 15%. Em 2011, enquanto os analistas apontam para o arrefecimento do mercado, com projeções inseguras quanto a uma taxa de crescimento da ordem de 3,5%, a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais sustenta um crescimento cerca de três vezes maior. Além destes fatores, há que se considerar ainda outros pontos relevantes da estruturação competitiva do setor, que agrega a modernização técnica e logística da cadeia de distribuição e o crescimento das vendas nos canais de autosserviço. Neste contexto, torna-se extremamente importante refletir sobre a dinâmica do consumo de flores e plantas ornamentais no mercado interno do país, com o objetivo de identificar e qualificar as suas principais condicionantes. Esta é a forma mais direta e segura para que as empresas, cooperativas e entidades setoriais de representação possam oferecer estratégias consistentes que venham a garantir a perenidade deste movimento sustentado de crescimento.

O Brasil não conta, até o momento, com a realização de uma pesquisa focada na compreensão global dos hábitos, comportamentos, dinâmicas e determinantes qualitativas e quantitativas das compras de flores e plantas ornamentais. Poucas iniciativas têm sido realizadas, quase sempre condicionadas por cortes e perspectivas regionais e em períodos muito distintos de tempo, o que não tem permitido a construção de um conhecimento sólido, estruturado e conseqüente sobre o setor. Além disso, nossas pesquisas têm revelado que grande parte desses estudos já realizados concentra-se sobre premissas, estereótipos e préconceitos que não se sustentam frente aos parâmetros de uma investigação mais criteriosa. Para que a floricultura bra-

sileira possa maximizar o aproveitamento das novas oportunidades de negócios que surgem – especialmente no contexto do boom imobiliário e da chegada dos macroeventos esportivos mundiais de 2014 e 2016 – será de fundamental importância investir na concepção e execução de um projeto focado no estudo do consumo, tanto no contexto atual, quanto prospectivo nos cenários dos próximos três, cinco, dez e 15 anos. As entidades representativas da floricultura, como o Ibraflor e as câmaras setoriais nacional e estaduais, poderão ser importantes dinamizadores e coordenadores dessa iniciativa. Porém, a participação ativa e parceira dos órgãos de fomento e apoio, bem como dos produtores e das empresas da cadeia produtiva serão fundamentais.

Na contemporaneidade, o consumo reflete aspectos relevantes das expressões identitárias pessoais e grupais e, assim, se reveste de significados narrativos sobre quem somos, o que pensamos e o que sentimos em relação a nós mesmos, ao mundo e à natureza que nos cerca. Compreender e atuar proativamente neste campo exige conhecimento, preparo e foco estratégico. Trata-se, seguramente, de um desafio ao qual produtores, empresários e lideranças da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais não podem mais se furtar.

Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/ CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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Agrícola

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MG aposta na qualidade do alho para concorrer com produto importado

Apesar das importações crescentes de alho pelo Brasil – entre janeiro e agosto deste ano entraram no país 109,9 mil toneladas do produto argentino e chinês –, os agricultores mineiros investem no aumento da safra. O IBGE estima que a produção de alho em Minas Gerais neste ano vai alcançar 19,7 mil toneladas, volume 5,3% maior que o registrado em 2010. A colheita mineira prevista para este ano equivale a 16,6% da safra nacional, garantindo a viceliderança do ranking brasileiro do alho, atrás apenas de Goiás. Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Subsecretaria do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, João Ricardo Albanez, o aumento da safra estadual é consequência principalmente da intensa utilização de tecnologia nas lavouras. “Por isso, a produtividade média de alho no Estado é de 12,1 toneladas de alho por hectare. Há dez anos, a produtividade era de 8,1 toneladas por hectare”, explica Albanez. Primeiro colocado na produção estadual de alho, o Alto Paranaíba tem uma safra estimada de 13,8 mil toneladas, volume correspondente a cerca de 70% da safra estadual. Albanez avalia que o plantio, principalmente na região líder de produção, foi estimulado em 2011 pela recuperação de preço registrada em 2010, como consequência de uma redução temporária das importações de alho chinês. O agricultor familiar Oswaldo Júnior, que mantém o cultivo de alho em 18 hectares no município de São Gotardo, no Alto Paranaíba, diz produtor deve sempre investir na qualidade, independente da importação. “É necessário produzir sempre o nosso alho com qualidade exista ou não a importação. Além disso, o volume das compras externas do produto pelo Brasil pode cair, e nesse caso os preços internos serão mais compensadores.” Oswaldo concorda que o alho nacional, especialmente o colhido nas lavouras mineiras, tem a pre-

ferência dos consumidores que valorizam a qualidade. A observação é compartilhada pelo extensionista Dener Henrique de Castro, que atua no município. “O produto de Minas Gerais tem qualidade reconhecida em todo o país, especialmente nos mercados de São Paulo, Recife e Amazonas”, explica. A preferência do consumidor brasileiro pelo alho nacional também é citada por Eduardo Sekita, diretor do grupo Sekita, de São Gotardo, que trabalha com a parceria de 49 produtores em 190 hectares da propriedade. Esse contingente de agricultores familiares deve garantir ao grupo, em 2011, uma produção da ordem de 3,7 mil toneladas, ele informa. “O grande problema é que as importações permitidas pelo governo federal possibilitam a venda do acho chinês por R$ 40,00 a caixa de dez quilos, enquanto no Alto Paranaíba o preço varia de R$ 42,00 a R$ 45,00, porque abaixo disso seria insuficiente para cobrir os custos de produção”, explica o executivo. Segundo Sekita, outro aspecto que dificulta a situação dos produtores brasileiros é que o alho importado está presente em todo o país durante o ano inteiro. Já o produto colhido nas lavouras da maioria dos Estados chega ao consumidor em um período definido, de agosto a fevereiro, sendo que em Minas Gerais o abastecimento predomina numa faixa de tempo ainda menor, de agosto a janeiro. Organização da produção “Diante do cenário da importação de alho pelo Brasil, os agricultores devem buscar orientação junto às associações e cooperativas para desenvolver a produção programada”, recomenda o superintendente da CeasaMinas, Lucas de Oliveira Scarascia. Ele diz que é fundamental para os produtores o acesso a informações sobre as tendências do mercado, política de abastecimento do país, situação do câmbio e interesse de outros países em colocar seus produtos no Brasil.

Pontal do Paranapanema pode se tornar grande produtor de maracujá Segundo a expectativa da Secretaria de Agricultura, a região do Pontal do Paranapanema deve tornar-se, nos cinco próximos anos, uma das principais produtoras de maracujá do estado de São Paulo. Uma conjunção de fatores deve contribuir para a consolidação desta tendência. Entre eles estão: adoção do sistema de produção de mudas altas de maracujá em condições protegidas; grande número de pequenos produtores nos assentamentos e de agricultores familiares com tradição em fruticultura; e as opções de mercado, diz o pesquisador Nobuyoshi Narita, diretor do Pólo Alta Sorocabana da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os assentados do Pontal tem a produção de leite como carro-chefe de suas atividades e os demais agricultores familiares da região, além do leite, produzem hortaliças e frutas. O sistema de manejo de maracujá adaptado à região é um divisor de águas, pois viabiliza economicamente a cultura, ao permitir a convivência com viroses e doenças do solo, e abre caminho para a diversificação de atividades com foco em frutas e hortaliças. A implantação da tecnologia nos assentamentos, bem como a necessidade de diversificação, foi potencializada pelo início dos programas federais

de aquisição de alimentos. Além do maracujá, o Pólo fornece nos últimos três anos apoio tecnológico aos assentados na produção de mamão, goiaba, uva e hortaliças, em parceria com a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo. Tanto os porta-enxertos de uva quanto as variedades de uva, mandioca e batata inglesa utilizadas são tecnologia IAC. O “sistema de produção de maracujazeiro amarelo visando à convivência com viroses e doenças do solo” foi implantado em 2006 inicialmente na Alta Paulista, com ênfase nos municípios de Adamantina e Mariápolis, por ser uma das principais regiões produtoras do Estado. Foram três experimentos em diferentes áreas de produtores, conta o pesquisador José Carlos Cavichioli, diretor do Polo Alta Paulista. Em 2007, teve início a ação mais voltada para a transferência da tecnologia (cursos, palestras, demonstrações, avaliações no campo etc.). No ano seguinte, foi feita a primeira produção comercial de mudas em dois viveiros da região, quando então foram produzidas cerca de cinco mil mudas enxertadas (tolerantes a doenças do solo), por encomenda de produtores. A produção de mudas em viveiros comerciais continuou em 2009, sempre sobre encomenda.

“O mais importante é que temos conseguido manter a área cultivada com a fruta na região”, observa Cavichioli. Virose A disseminação da virose foi ampliada a partir de 1998, em importantes regiões produtoras de maracujá, como foi o caso do município de Vera Cruz, na Alta Paulista, de acordo com Cavichioli. Em Adamantina, a doença manifestou-se mais intensamente a partir de 2002. “Então, a proposta foi conciliar o modelo de produção de maracujá, permitindo a convivência da cultura em áreas de ocorrência da virose e de doenças do solo.” O resultado desse projeto, que durou dois anos, foi a o aumento do interesse pela cultura na região, conta Narita. Tanto que a quantidade de plantas aumentou de 20 mil em 2009 para cerca 40 mil, das quais 25 mil plantas cultivadas no sistema de produção de mudas altas em condições protegidas. Já no sistema de produção em viveiros protegidos, as mudas vão para o campo com mais de 1,5m em agosto, após a colheita e a eliminação da cultura anterior. A idéia é quebrar o ciclo da doença e produzir o maracujá nos meses de dezembro a março, que é o período de maior demanda de suco.


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São Roque promete alcachofras maiores e mais saborosas Os visitantes da 19ª Expo São Roque poderão apreciar alcachofras muito mais robustas e saborosas. Isso porque, segundo os produtores da �lor, a safra de 2011 será uma das melhores dos últimos anos. O clima e o aumento de 20% nas plantações são os principais motivos dessa evolução em relação ao ano passado. A safra começa entre as últimas semanas do inverno e se estende pela primavera. As alcachofras produzidas em São Roque neste ano estão maiores e mais roxas e a tendência é a valorização da �lor no mercado. O tempo e temperatura na cidade durante a plantação ajudaram, pois choveu bem menos que no ano passado e o inverno se manteve seco, clima ideal para uma boa colheita. Melhoria genética

Desde o ano passado, a prefeitura de São Roque, promove o Projeto de Incentivo à Produção de Alcachofra, que tem por objetivo coordenar e gerenciar ações de ciência e tecnologia voltadas ao agronegócio. Após um estudo detalhado sobre a produção da alcachofra em São Roque, feito por engenheiros agrônomos e pesquisadores, onde foram analisadas as condições de clima, solo, pragas entre outros, detectou-se a possibilidade de aumento na produção da �lor. “A demanda pela alcachofra aumentou substancialmente, por conta principalmente da popularização do consumo e, sem dúvida, a Expo São Roque é um grande incentivo”, ressalta Leodir Ribeiro, diretor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de São Roque. A alternativa proposta pelos especialistas é melhorar as condições genéticas da “Alcachofra Roxa de São Roque”, assim cada pé conseguirá multiplicar o número de �lores. A intenção é que os testes terminem em 2012 e o plantio e colheita sejam feitos até 2013.

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Serviço: 19ª. Expo São Roque Local: Recanto da Cascata – São Roque De 07 a 30 de outubro, sempre as sextas, sábados, domingos e feriado Horário: das 10h às 22h Mais informações: (11) 4712-3231 www.exposaoroque.com.br


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Mercedes-Benz renova linha de veículos comerciais Montadora lança novo portfólio de caminhões, ônibus e veículos leves

A Mercedes-Benz, pela primeira vez em sua trajetória de 55 anos no país, renova totalmente e ao mesmo tempo, todo o seu portfólio de caminhões, ônibus e veículos comerciais leves Sprinter para 2012. “Não estamos apenas modernizando, atualizando e melhorando os nossos produtos. Muito além disso, uma nova empresa está surgindo, ainda mais forte e competitiva”, a�irma Jürgen Ziegler, presidente da companhia no Brasil e CEO para a América Latina. De acordo com o executivo, a renovação simultânea de toda a linha de veículos comerciais é uma medida inédita não só para a empresa, como também para a indústria automobilística nacional. “Estamos introduzindo avançadas tecnologias, como o BlueTec 5, novos motores para atendimento ao PROCONVE P-7 e uma inédita identidade visual dos veículos”, diz Ziegler. “Com isso, agregamos ainda mais qualidade e excelência aos nossos caminhões, ônibus e comerciais leves, buscando contribuir para que os nossos clientes alcancem maior e�iciência e resultados em suas atividades de transporte de cargas e passageiros, aumentando assim a sua rentabilidade”, explica.

Nova identidade A linha de caminhões Mercedes-Benz 2012 traz um forte impacto visual, graças ao design inédito e moderno das cabinas, especialmente a grade frontal e os conjuntos óticos de farois. Com base no top de linha Actros, que se diferencia no mercado por seu per�il arrojado, foi criada uma identidade similar para todos os modelos, reforçando o conceito de família e acentuando a imagem de modernidade e força dos caminhões da marca. Às já conhecidas famílias Accelo, Atego, Axor e Actros, juntam-se agora os caminhões Atron, sucessores de modelos campeões na preferência dos clientes. Adicionalmente, novos modelos e versões se integram à mais completa linha do mercado de caminhões, como os leves Accelo 815 e 1016 para 8 e 10 toneladas de PBT, respectivamente, e os novos entreeixos na família Axor.

Atego: robustez, e�iciência e produtividade na estrada e na cidade Interior da cabina privilegia espaço e ergonomia, tornando mais confortável a jornada diária do motorista e ajudantes

Os caminhões médios e semipesados da linha Atego da Mercedes-Benz chegam ao mercado, em 2012, com grandes novidades. O primeiro impacto é visual, com o design totalmente novo, moderno e atrativo da cabina, que re�lete a força e a robustez superior do veículo. Contando com a avançada e exclusiva tecnologia BlueTec 5, que atende ao PROCONVE P-7 de forma mais econômica e ecológica, os caminhões Atego da linha 2012 oferecem também mais potência e torque, assegurando elevada produtividade para a distribuição urbana e para o transporte de cargas em médias e longas distâncias rodoviárias. “Essas inovações ampliam ainda mais as vantagens da linha Atego, que se destaca no mercado pelas amplas possibilidades que oferece aos clientes para a escolha do caminhão que melhor atenda sua demanda de transporte”, diz Joachim Maier, vice-presidente de Vendas da Mercedes-Benz do Brasil.


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Linha inédita moderniza veículos campeões na preferência dos clientes

Carro-chefe da nova linha, o caminhão semipesado Atron 2324 6x2 é o sucessor do campeão de vendas L 1620, oferecendo mais potência e torque

O lançamento da linha de caminhões 2012 da MercedesBenz marca a chegada ao mercado da inédita família Atron, sucessora da atual Linha Tradicional de médios, semipesados e pesados. O grande destaque é a manutenção da cabina semiavançada para alguns modelos.

“Os caminhões ‘bicudos’ da nossa marca têm uma imagem muito forte no mercado brasileiro, desfrutando de grande preferência e con�iança junto aos clientes. Isso se deve a atributos como qualidade, robustez, durabilidade e ótimo valor de revenda”, a�irma Joachim Maier, vice-presidente de Vendas da Mercedes-Benz do Brasil. “Com o Atron, aprimoramos e atualizamos a Linha Tradicional, especialmente os nossos campeões de venda, como o L 1620 6x2, que se torna agora o Atron 2324 6x2”. De acordo com o executivo, a nova família Atron também se destaca pela avançada tecnologia BlueTec 5 e pelos motores mais potentes, econômicos e ecológicos, que atendem ao PROCONVE P-7. “Ou seja, vamos oferecer muito mais aos nossos clientes, contribuindo para que alcancem maior produtividade e rentabilidade no transporte”, diz Joachim Maier. Ao lado do semipesado Atron 2324 6x2, que substitui o L 1620, a nova linha inclui o caminhão médio Atron 1319 4x2 (sucessor do atual L 1318), o pesado Atron 2729 6x4 (em lugar do 2726) e tam-

bém o pesado Atron 1635 4x2 cavalo mecânico (substituto do LS 1634). Veja no �im desse texto, a tabela de modelos, motores, potências, PBT e entreeixos. O caminhão médio Atron 1319, o semipesado Atron 2324 e o pesado Atron 1635 são os únicos de seus segmentos a contar com cabina semiavançada, agora muito mais moderna e atrativa. Já o Atron 2729 mantém a cabina avançada de seu antecessor 2726, com design alinhado aos novos caminhões Mercedes-Benz. Graças à diversidade de modelos, a linha Atron oferece amplas opções de escolha para empresas de transporte de carga ou de carga própria, bem como para os caminhoneiros autônomos, clientes que contribuem de forma importante para o sucesso dos caminhões “bicudos” da marca no País. Os caminhões Atron são indicados para médias e longas distâncias rodoviárias e transporte urbano de cargas, assim como para operações fora-deestrada, como nos setores da construção civil, mineração, madeira e cana-de-açúcar.

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Agrícola

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Greening atinge 3,8% dos pomares paulistas O greening atingiu 3,8% das plantas e 53,3% dos pomares do parque citrícola paulista, segundo aponta o levantamento amostral realizado pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura). A região mais afetada pela doença é a Central, com 6% de árvores doentes, seguida pela Sul com 5%. A região Norte apresentou 0,8% de plantas contaminadas, a Oeste, 0,7% e Noroeste, 0,17%. O número de plantas doentes continua inferior se comparado com o estado norte-americano da Flórida, segundo maior parque citrícola do mundo, que tem aproximadamente 18% de plantas contaminadas. Para o Fundecitrus, esse resultado se deve à resposta dos produtores ao treinamento e adoção, mesmo que sem a intensidade recomendada. O uso de mudas sadias e certificadas, constantes inspeções no campo, erradicação de plantas doentes e controle do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, são as principais ações de combate à doença. Dentre as medidas de manejo da doença, a mais importante é a remoção das plantas doentes, pois se mantidas nos pomares, servem de fonte para a contaminação de plantas sadias. Por outro lado, é fundamental a adoção de controle do inseto vetor, por meio de pulverizações. Essa é uma iniciativa importante, porém não pode ser adotada isoladamente. “Somente as aplicações de inseticidas não são suficientes para impedir o crescimento da doença, uma vez que não é possível zerar a população da praga”, afirma o gerente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari.

Nesse sentindo, é importante reforçar que as medidas devem ser adotadas de maneira integrada, pois uma complementa a outra. O Fundecitrus reforça que o ideal, para ser mais eficaz, é que os citricultores realizam o manejo regional. Em 2010, uma pesquisa da instituição comprovou que, quando feito em conjunto por vários produtores vizinhos, o manejo do greening é mais eficaz, podendo reduzir em até 90% os níveis de incidência da doença. Desde então, a institui-

ção apoia a formação de grupos de manejo regional do greening. Em todo o Estado de São Paulo, grupos se formaram, totalizando 4.379 propriedades trabalhando em conjunto para o controle do inseto vetor e essa estratégia tem apresentado resultados animadores. Um exemplo bem-sucedido foi a pulverização realizada em grupo por citricultores de MogiMirim, Santa Cruz do Rio Pardo e Ibitinga durante as primeiras semanas de agosto. Em Mogi-Mirim, na região Sul do Estado, o produtor Ar-

noldo Mielke está trabalhando em conjunto há, aproximadamente, um ano. Em seu pomar, no primeiro semestre de 2011, encontrou 0,75% de plantas doentes. “É uma luta constante para frear o avanço da doença, mas temos conseguido com sucesso e trabalhando em parceria com os vizinhos.” Além das pulverizações conjuntas, Mielke realiza constantes inspeções na sua propriedade. “Assim que encontro a planta doente, já faço a erradicação na mesma semana. Minha meta é evitar que a doença pas-

se de 1%”, diz. Antônio Hermes Bruno, também atuante no grupo de Mogi-Mirim, é favorável ao trabalho conjunto. “O pessoal precisa ter mais consciência e atuar com o planejamento das ações de maneira coordenada. Só assim, vamos manter o greening sob controle”, destaca. Em Santa Cruz do Rio Pardo, o engenheiro agrônomo Márcio Augusto Soares, da Agroterenas, trabalha em grupo desde 2010 e aprova os benefícios da prática. O índice de plantas doentes nas propriedades do grupo é 1,1%”, afirma. Aproximadamente 32 fazendas participam de ações conjuntas no município – o que equivale a uma área de aproximadamente 40 mil hectares de citros. Em Avaré, os produtores começaram a se mobilizar este ano. É o caso de Luiz Fernando Anizi, que passou a adotar o manejo regional em maio. “Estou buscando mais eficiência no controle do inseto. Os produtores precisam entender que dependemos um do outro”, diz. Anizi é responsável por uma área total de 1.650 hectares em Botucatu, Avaré e Pederneiras, onde foram realizados trabalhos conjuntos na segunda semana de setembro. O levantamento é feito anualmente e segue uma metodologia estatística em parceria com a Universidade Estadual de São Paulo. Faz parte das estratégias do Fundecitrus para identificar a evolução das pragas e doenças dos citros, avaliar e aprofundar o conhecimento sobre as condições de controle das doenças. Os interessados em agendar uma visita dos agrônomos do Fundecitrus podem entrar em contato com a instituição pelo telefone 0800 11 2155.


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Qualidade

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O horário do comprador na Ceagesp Sabrina Leite CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O levantamento do comportamento dos compradores do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) é imprescindível na definição de estratégias de ação da Ceagesp e dos seus permissionários. Os compradores no ETSP foram entrevistados, ao longo dos últimos anos: 2005, 2008 e 2010. Em 2005 foram entrevistados 561 compradores pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH). Em 2008 foram entrevistados 218 compradores escolhidos ao acaso nos diferentes pavilhões, pela Secme e pelo CQH. Neste ano, de janeiro a março, foram entrevistados 113 compradores pelo CQH.

pradores, entravam entre 5 e 9 horas da manhã (Tabela 01). 2. O crescimento do tempo de permanência dos compradores no ETSP entre 2005 e 2011. Os compradores estão entrando mais cedo e saindo mais tarde. O tempo médio de permanência do comprador era de 7 horas em 2005 e 2008, passou para 8 horas em 2011. Uma verdadeira loucura quando pensamos na perecibilidade das frutas e hortaliças frescas.

Os resultados obtidos foram os seguintes:

3. A frequência de compras cresceu: em 2005, mais de 50% dos compradores compravam durante três dias da semana ou menos e em 2011, este número cresceu para cinco dias ou menos. As exigências municipais podem ter forçado uma diminuição do tamanho do veículo e uma necessidade de maior frequência de compras.

1. Concentração do horário de entrada dos compradores, entre 2005 e 2011. O horário de entrada dos compradores está mais concentrado e mais próximo das 5 horas da manhã. Hoje, 50% dos compradores concentram a sua entrada no entreposto em entre 5 e 7 horas da manhã, enquanto que em 2005 a mesma porcentagem de com-

5. A maior parte dos compradores entrevistados em 2011 (62%) retorna com caixa vazia para entregar ao seu fornecedor.

4. A participação do atacadista (de 3% para 12%) e do varejo (de 25% pra 45%) aumentou entre 2005 e 2011. No mesmo período houve queda da participação do varejo de rua de 35% para 27% (Figura 01).

Tabela 01 Concentração do horário de entrada dos compradores entre 2005 e 2011

Ano

2005

2008

2011

Horário de entrada

5 às 9

5 às 8

5 às 7

% dos compradores

n° de horas de entrada

50 4

49 3

52 2

Figura 01 Composição dos compradores por equipamento de destino

6. Uma logística cada vez mais difícil de gerenciar. A tendência é que a situação ainda fique mais complicada, com a expansão imobiliária da

Vila Leopoldina e de crescentes restrições ao trânsito de veículos e que a implantação de propostas como a de mudança de horário, a de implantação de

um centro logístico de caixas e a de cobrança de estacionamento e outras que melhorem a eficiência como centro de distribuição sejam necessárias.

O responsável pela venda de mercadoria imprópria ao consumo As recentes mudanças do Código Penal endureceram as penalidades pela venda de mercadoria imprópria ao consumo. O inciso IX do artigo 7º da Lei 8.137/90 dispõe que constitui crime contra as relações de consumo: “vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo”. A pena prevista para tal delito é de 02 a 05 anos de detenção ou multa, podendo haver redução da pena em 1/3 e da multa em uma quinta parte, na hipótese do crime ser culposo, ou seja, sem intenção, na grande maio-

ria dos casos por negligência. Até dia 3 de julho deste ano, o comerciante flagrado em uma das situações acima era preso em flagrante e a autoridade policial arbitrava fiança, ficando o preso solto no mesmo dia e posteriormente respondendo a eventual ação penal. A legislação atualmente em vigor estabelece que a venda de mercadoria imprópria ao consumo sujeita sócios, gerentes e funcionários de estabelecimentos comerciais a permanecerem presos até que sua fiança seja fixada pelo juiz, cujo valor será fixado entre dez e 200 salários mínimos. A Lei 12.403/2011, em vi-

gor desde julho passado, alterou diversos artigos do Código de Processo Penal relativos à prisão processual, fiança, liberdade provisória e outras medidas cautelares. O artigo 322 determina que a autoridade policial somente pode conceder a fiança nos caso de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a quatro anos. Nos demais casos, ou seja, penas superiores, a fiança deverá ser requerida ao juiz que decidirá em 48 horas. Saiba mais em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20112014/2011/lei/l12403.htm


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Qualidade

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As hortaliças feculentas e o Hortiescolha

Marcos Ujiie Nogueira CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O Programa HortiEscolha da Ceagesp desenvolve ferramentas de escolha e de controle de qualidade das frutas e hortaliças frescas. O primeiro passo foi desenvolver uma ferramenta de escolha da classificação de melhor custo-benefício, agora disponível para diversas frutas e hortaliças, que inclui as opções de escolha para cada produto, a tabela de equivalência entre denominações de classificação, os padrões mínimos de qualidade, a sazonalidade e o custo-benefício de cada classificação (aproveitamento e valor). O segundo passo é desenvolver uma ferramenta de escolha entre frutas ou hortaliças de mesma função no cardápio. A primeira dificuldade é estabelecer os critérios para agrupar frutas e hortaliças de mesma função no cardápio. Começamos pelas hortaliças subterrâneas feculentas, um agrupamento que parece simples. Estudamos a composição nutricional de cada produto e estabelecemos que a hortaliça, para pertencer ao grupo das feculentas precisa ter acima de 14% de carboidratos e mais de 50 quilocalorias por 100 gramas. Existem algumas hortaliças subterrâneas que não atendem a esses critérios como a cebola, o alho, o yacon, a beterraba, o nabo e a cenoura. A morfologia botânica diferencia as hortaliças feculentas em tubérculo (batata inglesa), raiz tuberosa (bardana, batata baroa, batata doce, mandioca e inhame-cará), rizoma (taro - inhame e renkon). Conheça algumas curiosidades sobre essas hortaliças: Batata: originária dos Andes peruanos e bolivianos, onde é cultivada há mais de sete mil anos, a batata é um tubérculo, geralmente ovoide. A estrutura denominada tubérculo é o talo modificado e adaptado para a reserva de carboidratos, onde 85% da massa seca total pro-

Ilustrações: Bertoldo Borges/CQH-Ceagesp

Nutrientes

Batata

Bardana

Batata

Batata

Inhame

(Gobo)

baroa

doce

Renkon ou

Mandioca

ou Cará

Taro (Inhame Chinês)

Lenkon

ou Aipim

74/*

151/125

17,23

36,2

Kcal (cru/cozido)

64/52

72/88

101/80

118/77

96/78

97/116

Carboidratos (g)

14,7

17,34

24

28,2

23

23,2

Proteína (g)

Fibra alimentar (g) Cálcio (mg)

Magnésio (mg)

Manganês (mg) Fósforo (mg) Ferro (mg)

Sódio (mg)

Potássio (mg) Zinco (mg)

Vitamina C (mg)

1,8 1,2 4

15

0,1 39

0,4 *

302 0,2

31,1

*Dados não encontrados.

duzida pela planta é acumulada. As variedades diferem no formato, nas colorações de casca e da polpa, no teor de matéria seca e na qualidade culinária. As mais comuns são: Ágata, Asterix, Baraka, Bintje, Caesar, Cupido, Markies, Monalisa e Mondial. Bardana: raiz originária da Europa e Sibéria, trazida ao Brasil por imigrantes japoneses. É rica em carboidrato e cálcio, utilizada desde a antiguidade em tratamentos de doenças de pele e é considerada uma planta hipoglicemiante, depurativa e diaforética. Batata doce: planta rasteira, rústica que não exige cuidados especiais para seu cultivo, originária da América Central. Comercialmente são encontrados quatro tipos de batata doce, classificadas de acordo com a

1,53 3,3 41 38

0,232 51

0,8 5

308

0,33 3

1

2,1 17 12

0,07 45

0,3 *

505 0,2 *

1,3 2,6 21 17

0,18 36

0,4 9

340 0,2 *

cor da polpa: branca, amarela, roxa e avermelhada. Inhame ou cará: plantas originárias da África, Ásia e América do Sul, possuem caules herbáceos de crescimento trepador e raízes tuberosas, possuindo maior expressão e consumo na Região Nordeste do país. Taro ou inhame chinês: o taro é um rizoma (caule de reserva) originário das regiões tropicais úmidas da Ásia (Índia, Bangladesh e Myanmar). A planta possui folhas grandes verde-escuro e limbo na forma de coração. São conhecidas mais de 600 espécies e apenas seis são utilizadas como alimentos. As duas variedades atualmente encontradas no mercado brasileiro são o roxo e o branco. Mandioca ou aipim: raiz de

2,3 7,3 17 11

0,01 35

0,2 9

816 0,2

17,1

2,1 1,7 20 29

0,15 65

0,4 *

568 0,3 5,6

grande importância nacional. O Brasil é considerado o possível centro de origem e diversificação da espécie. É uma planta arbustiva muito rústica e apresenta boa resistência à deficiência hídrica, quando comparada a outras culturas. As mandiocas mansas ou doces, com baixo teor de linamarina, são consumidas in natura, após cocção ou fritura. As mandiocas brava ou amarga possuem alto teor de linamarina, que é perdida na industrialização. A cor da polpa amarela ou branca é uma das características de diferenciação das variedades de mandioca. Mandioca salsa ou batata baroa: originária da região andina da Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia, chegou ao Brasil em 1907 e se espalhou por todo o território nacional,

2,6 4,9 45 23

0,261 80

1,16 40

556

0,39 44

1,1 1,9 15 44

0,05 29

0,3 2

208 0,2

16,5

recebendo diversas denominações como, mandioquinha salsa, batata fiúza e aipim branco. No Brasil a variedade Amarela de Carandaí e a Amarela Senador Amaral são as predominantes nas lavouras. Renkon ou lenkon : originária da Ásia, é conhecida por sua bela flor, chamada flor de lótus. Há milênios é utilizado como alimento e medicamento pelos povos asiáticos. Suas raízes possuem textura macia e fibrosa, semelhante ao broto de bambu, e o sabor é leve. A seguir você confere as composições nutricionais e gravuras de identificação das diferentes hortaliças feculentas. A batata inglesa surpreende por apresentar baixo valor calórico e baixo teor de carboidrato e alto teor de vitamina C, quando comparada às outras.


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Qualidade

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Grupos varietais da

melancia

As normas de classificação da melancia estão sendo finalizadas pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp e devem ser lançadas ainda em novembro. Padronizar e melhorar a qualidade das embalagens dos produtos estão entre os objetivos do programa

Anita de Souza Dias Gutierres CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O cultivo da melancia remonta à pré-história, como mostram as pinturas do antigo Egito. No Brasil, as sementes de melancia foram trazidas pelos escravos durante o ciclo econômico da cana-de-açúcar, no século 17. As primeiras melancias cultivadas no Brasil são originárias da África equatorial e mais tarde, frutos grandes de origem egípcia foram introduzidos no país.

De acordo com informações do IBGE (2006), a melancia é cultivada de forma predominante por pequenos produtores. São mais de 107 mil produtores estabelecidos, em maior parte, nas propriedades com menos 20 hectares (70,0%). A maior parte dos produtores está concentrada no Rio Grande do Sul (30,3%), Maranhão (19,5%) e Bahia (13,2%). A maioria dos produtores concentra-se em pequenas áreas de até cinco hectares (36,6%), sendo que o maior número de produtores nesse estrato é do Maranhão. O desenvolvimento de normas de classi�icação, como uma linguagem de caracterização do produto na comercialização, é um dos trabalhos desenvolvidos na Ceagesp, responsável pela operacionalização do Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura.

O programa foi criado em 1997 pelas Câmaras Setoriais de Frutas e de Hortaliças da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, com o objetivo de enfrentar os dois principais desa�ios das frutas e hortaliças frescas: a inexistência de padrões de qualidade e a má qualidade de embalagens, com a denominação de Programa Paulista para a Melhoria dos Padrões e das Embalagens de Hortigranjeiros. Em 2000 o programa se tornou nacional, por demanda de outros estados brasileiros e a sua denominação foi mudada para Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura. É um programa de adesão voluntária e auto-regulamentação setorial.

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Agora o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp está �inalizando as normas de classi�icação da melancia, que deverá ser lançada ainda em novembro. O número de cultivares de melancia é grande e crescente.

É muito di�ícil comparar informações sobre os diferentes tipos de cultivares e o seu desempenho no mercado. Assim sendo, o primeiro passo para o desenvolvimento das normas de classi�icação é a de�inição dos grupos varietais da melancia, de características que organizem as variedades com características semelhantes. As variedades podem ser diferenciadas pela cor da pol-

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pa, ausência ou presença de sementes, formato, tamanho varietal, desenho da casca – lisa, com estrias estreitas ou largas, cor de fundo da casca, cor das estrias. Foram criados cinco grupos que unem tamanho varietal e presença de sementes e subgrupos que caracterizam na coloração de fundo da casca e a coloração da polpa.

Os grupos varietais são Personal (1 a 2 kg, sem semente), Mini (2 a 3 kg, sem semente), Caçula (3 a 5 kg, sem semente), Icebox (5 a 6 kg, sem semente) e Comum (maior que 5 kg, com semente). Os subgrupos varietais são de�inidos pela coloração de fundo da casca – amarela e verde e pela coloração da polpa – amarela, rosa e vermelha. A caracterização de um cultivar pelas normas de classi�icação de melancia deve indicar o seu grupo varietal (tamanho varietal e presença de semente) e a coloração da casca e da polpa.

Fonte de informação: “Dinâmica do agronegócio brasileiro da melancia: produção, consumo e comercialização”.Circular Técnica 42. Embrapa – Dezembro de 2006.


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Qualidade

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A goiaba na Escola do Sabor na Ceagesp Giselle Souza Lima CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A goiaba pertence à família das Mirtáceas, como muitas outras frutas brasileiras: araçá, gabiroba, pitanga, cambucá, jabuticaba, feijoa. A palavra goiaba vem de koiab, da linguagem dos índios tupis e signi�ica “sementes aglomeradas”. O livro “Dicionário de Plantas Úteis do Brasil’, de M. Pio Correa, lista outras plantas brasileiras também conhecidas como goiaba: goiaba de anta, goiaba de espinho, goiaba do mato, goiaba preta, goiabeira azeda, goiabeira brava, goiabeira do mato, goiabeira serrana. A goiaba é um poderoso antidiarréico e é rica em vitamina C e licopeno. Ela contém mais vitamina C que a laranja e mais licopeno que o tomate. Uma goiaba vermelha fornece 5,40 mg de Licopeno e 218 mg de vitamina C e consegue suprir 100% das necessidades diárias de vitamina C em uma criança e 20% da necessidade diária de licopeno de um adulto. A goiaba é a primeira fruta abordada no projeto Escola do Sabor, que trabalhou até agora com mandioca, batata-doce, beterraba e chuchu. Ela foi escolhida por ser uma fruta brasileira, rica em vitaminas e minerais e por poder contar com a parceria da Val Frutas. A Escola do Sabor é o resultado do trabalho conjunto da Associação Nossa Turma e da Ceagesp, através do Centro de Qualidade em Horticultura e o sucesso do trabalho exige parceria com os atacadistas.

Assis, da Val Frutas, (esquerda) é parceiro no projeto Escola do Sabor O projeto tem como objetivos aproximar a criança da agricultura e desenvolver a validação de uma metodologia lúdica de introdução de frutas e hortaliças frescas no cardápio das crianças. Cada hortaliça já introduzida pela Escola do Sabor passa a fazer parte do cardápio de rotina das crianças. A melhor aceitação de mandioca, chuchu, beterraba e batata doce e a doação da empresa Iguape Comércio de Legumes já garantem uma alimentação mais nutritiva e de maior diver-

sidade. A empresa Val Frutas é a parceira da Escola do Sabor na introdução de goiaba. Ela comercializa uma parte da sua produção como goiaba fresca e outra parte industrializada e está licenciada para utilizar a marca Chico Bento, um dos personagens mais queridos criado por Maurício de Sousa. O senhor Assis, da Val Frutas, visitou a Nossa Turma no dia 4 de outubro e participou da degustação e da avaliação da aceitação pelas crianças, após experimentarem uma mousse de

goiaba servida como sobremesa. Nas duas semanas anteriores as crianças já haviam provado a fruta in natura e o suco de goiaba. Jogos de subtração e adição com os personagens e de colorir ajudaram a reforçar a goiaba no mundo das crianças. Outros jogos como o reconhecimento de formato, maturação de fruto, a montagem do caminho da produção ao consumo, o labirinto das vogais e o jogo das letras também são ferramentas utilizadas para despertar o interesse dos pequenos.

A Escola do Sabor trabalha três meses com cada produto, portanto as atividades com a goiaba irão até o �inal do período escolar e os interessados em conhecer melhor o trabalho e aplicá-lo em outras escolas podem procurar o CQH ou a Nossa Turma. CQH – Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (11) 3643-3825/ 3643-3827 cqh@ceagesp.gov.br Nossa Turma (11) 3643-3737

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Qualidade

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O limão tahiti na Ceagesp paulistana Anita de Souza Dias Gutierrez Hélio Satoshi Watanabe CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

As laranjas, os limões, as limas e os pomelos são do gênero botânico Citrus e da família Rutacea. O Tahiti, o limão mais conhecido e consumido pelos brasileiros, é uma lima ácida, assim como o Galego. No mundo inteiro, o limão mais comum é o siciliano. O mercado atacadista da Ceagesp trabalha com 18 classificações diferentes de tamanho de Tahiti. A denominação da classificação segue o número de frutos na caixa M (a caixa mais utilizada para o seu embalamento), que vão de 15 (os maiores) até 42 (os menores) dúzias por caixa M. O serviço de Cotação de Preços da Ceagesp monitora todos os dias, nos maiores atacadistas de Tahiti, os preços de venda do atacado para o varejo, o maior preço, o menor e o mais comum por classificação. As informações podem ser recebidas por e-mail e consultadas na internet em www. ceagesp.gov.br/cotacoes/, a partir das 18 horas de cada dia e na edição do dia seguinte, em jornais como Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Valor Econômico. A Ceagesp agrupa, para fins de cotação de preços, as classificações dos limões em três grupos: A, B e C. No grupo A estão os frutos maiores, de tamanho superior a 56 mm de diâmetro equatorial. No grupo B estão os frutos de tamanho médio, de tamanho entre 48 a 56 mm de diâmetro equatorial. No grupo C estão os frutos menores, de tamanho inferior a 48 mm de diâmetro equatorial. Em resumo, a Ceagesp levanta diariamente nove preços diferentes para o Tahiti: três tipos de preços (maior, comum e menor) e três tamanhos (A, B e C). O Tahiti, assim como outras frutas e hortaliças frescas, tem uma grande diferenciação de valor por tamanho e por qualidade, no mesmo dia. Os dados históricos da Cotação de Preços permitem calcular o Índice de Valor por classificação do Tahiti. No ano passado, o Tahiti graúdo alcançou um preço médio 50% superior ao miúdo e o médio 24%. A diferença média de valor por qualidade no mesmo dia de comercialização, calculada pela diferença entre o maior e o menor preço de cada dia, foi de 18%. A diferenciação de valor de um limão graúdo e de boa qualidade em relação a um limão miúdo e de pior qualidade é de 59%, se utilizarmos como base de cálculo na Cotação de Preços da Ceagesp, que levanta os produtos mais comuns no mercado.

Na realidade, a diferença de valor por qualidade é muito superior – chegando ao dobro do preço, no mesmo dia. O Tahiti apresenta grande diferença de valor ao longo do ano. Em 2010 o preço médio mensal do limão do grupo A variou de R$ 19 por caixa M em janeiro a R$ 54 em novembro. Se tomarmos como base o preço médio anual em 2010, teremos uma variação média (todas as classificações) de + 59% para – 47%, conforme mostra o gráfico abaixo. A produção fora da safra paulista (de setembro a dezembro) foi muito compensadora no ano passado preços 41% superiores ao preço médio do ano. O volume de oferta varia muito ao longo do ano. O volume médio de oferta mensal foi de 6.409 toneladas em 2010. O volume de dezembro, janeiro, fevereiro e março foram superiores ao volume médio anual em 30%, 24%, 22% e 20% respectivamente. Em dezembro o volume e o preço cresceram, contra a lei da oferta e da demanda. Os dados semanais de preço e volume em dezembro mostram uma diminuição de 15% no preço e um aumento de 13% no volume entre a primeira e a última semana de dezembro. A comercialização de Tahiti no ETSP foi feita por 249 atacadistas, sendo 29 responsáveis por 80%. Os cinco primeiros por 32% e os dez primeiros por 52% do volume em 2010. O volume total de Tahiti comercializado no ano passado foi 76.908 toneladas. O estado de São predomina como origem (99%), seguido por Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. O Espírito Santo é a origem de 0,06% do volume – 47 toneladas em 2010, concentradas em novembro, quando o preço foi 59% superior ao preço médio do ano e o volume 86%. Os dados mostram uma grande exportação de lima ácida pelo Brasil, 63 mil toneladas por ano, o que representa 7% da produção brasileira. A oferta na exportação se concentra nos meses de março, abril, maio, junho e dezembro. Os maiores preços estão entre setembro e dezembro. Os preços na exportação são menores que os preços médios do mercado atacadista da Ceagesp, entre agosto e novembro. Além disso, o fruto de qualidade exportação tem um preço diferenciado no mercado atacadista – superior em 60% em relação ao preço médio. O mercado interno é uma opção melhor para quem consegue produzir frutos de qualidade e de setembro a dezembro.


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Ceasas do Brasil

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Ceagesp encerra setembro com queda de 2,64% nos preços

-19,6%

Cebola Nacional

-9,4%

trangeiros fossem bastante tímidos em setembro”, avalia Godas. O setor de verduras foi o apresentou a maior retração, com 7,93%. As principais quedas foram dos brócolis (-22,7%), do nabo (-22%) e do almeirão (-15,6%). Os aumentos foram da salsa (22,5%), do milho verde (6,3%) e do repolho (19,7%). Outro setor a registrar baixa signi�icativa foi o de Legumes, com 6,37%. Os principais recuos nos preços foram da berinjela (-46,8%), pepino japonês (-38%), abobrinha (-23%), ervilha (-26,5%) e pimenta cambuci (-19,6%). As principais altas foram do pimentão vermelho (44%) e da cenoura (6,7%).

Mamão Papaya

item de maior representatividade na cesta de 105 produtos frescos que compõe o Índice Ceagesp, teve queda de 1,97%. Acerola (-26%), mamão papaya (-19,6%) e manga tommy (-16,6%) registraram as principais baixas nos preços. Já as elevações �icaram por conta do �igo (14%), do maracujá (13,6%) e do morango (9,1%). “Como aspecto negativo, do ponto de vista da oferta, há que se considerar a alta do dólar que tende a encarecer o produto estrangeiro, principalmente no setor de frutas. Porém, a boa oferta e qualidade do produto nacional e os estoques elevados dos importados �izeram com que o aumento dos preços dos es-

Brócolis

-22,7%

O setor de diversos - cebola, batata, ovos e coco seco - também computou queda, com 3,42%. As principais baixas foram da cebola nacional (-9,4%), do coco seco (-8,9%) e do amendoim (-2,5%). A batata comum (5,9%) foi à única a apresentar elevação no preço. Apenas o setor de pescados apresentou elevação de 0,69%. As anchovas (18,6%), a tainha (10,2%) e o camarão (20,1%) tiveram as principais altas nos preços, já as quedas foram do atum (-15%), do cação (-11%) e da corvina (-7,9%). “Com a proximidade do �inal do ano, a tendência para os próximos meses é de ligeira elevação de preços do setor de frutas e queda nos

Após altas nos últimos três meses, os preços no atacado dos principais produtos comercializados na Ceagesp apresentam recuo de 2,64% em setembro. “O mês foi caracterizado pela melhora acentuada das condições climáticas no âmbito produtivo, como pouca incidência de chuvas e temperaturas amenas. Outro fator que contribuiu foi não ocorrer geadas nas principais regiões produtoras do sul e do sudeste”, analisa o economista da estatal, Flávio Godas. No ano, o indicador acumula alta de 0,88% e, nos últimos 12 meses, retração de 0,46%. Com exceção do setor de pescados, os demais setores contabilizaram retração nos preços. As frutas,

Berinjela

-46,8%

setores de legumes e verduras. Já os setores de diversos e pescados devem permanecer nos patamares atuais, tendendo, portanto, a estabilidade de preços”, prevê Godas. Índice Ceagesp setembro 2011 Geral

-2,64%

Frutas

-1,97%

Legumes

-6,37%

Verduras

-7,93%

Diversos*

-3,42%

Pescados

0,69%

Fonte: Ceagesp

(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos

Camarão

20,1%


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CeasaMinas aposta na segmentação de batatas para orientar escolha do consumidor Minas Gerais é o maior produtor de batatas no Brasil. No ano passado, a produção mineira rendeu 1,2 milhão de toneladas – o equivalente a 48% da safra nacional. Apesar dessa situação, o estado concentra sua produção em apenas uma variedade, a Ágata, adequada apenas para o preparo na forma assada e cozida a vapor. Por isso, a CeasaMinas, em parceria com a Secretaria de Agricultura, criou o Projeto de Segmentação do Mercado de Batatas. Atualmente aplicado em dois sacolões, o projeto está sendo ampliado para mais 58 estabelecimentos, desde o final de setembro. O projeto prevê a introdução, no varejo, de variedades já produzidas em Minas Gerais: Asterix e Cupido. Nas lojas participantes, o consumidor será orientado e terá acesso a informações sobre cada uma dessas variedades. A Asterix, por exemplo, possui alto teor de material seco, o que favorece a fritura. Assim, ela fica crocante e seca, ao contrário da Ágata, que fica encharcada e murcha quando é frita. “A Ágata é ideal para fazer salada, pois ela tem muita água. Depois de cozida, ela não quebra quando é cortada. Ela continua firme”, explica Joaquim Alvarenga, engenhei-

ro agrônomo da CeasaMinas e coordenador do Setor de Agroqualidade da estatal.

A falta de segmentação, acrescida do fato de que o consumidor está cada vez mais exigente, faz com que a batata in natura venha perdendo espaço na mesa dos mineiros, acarretando redução do volume de produção. “A solução que o consumidor encontrou foi comprar a batata industrializada congelada e pré-frita no supermercado. A indústria já usa a varie-

dade própria para fritar”, conta Joaquim. A ideia do projeto é reverter essa situação, aumentando a procura e, consequentemente, a produção.

Segmentar o mercado é garantir maior competitividade e satisfação dos clientes, oferecendo diversas variedades de batata, de acordo com o uso culinário que o consumidor desejar: assar, cozinhar e fritar. Valorizar a produção e os produtores mineiros, atender às exigências do consumidor e

trabalhar com produtos cada vez mais adequados é colocar a produção de batata mineira em um lugar de destaque no mercado, criando novas oportunidades de negócio.

Culinária Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Batata, em supermercados e sacolões, 96% dos entrevistados gostariam que as informa-

ções sobre o uso culinário estivessem disponíveis nos pontos de venda. De acordo com o secretário de Agricultura, Elmiro Nascimento, está previsto o treinamento dos lojistas e funcionários em seus pontos de venda. “A comunicação nas lojas também será reforçada com cartazes e banners explicativos sobre cada variedade”, afirma. Os 58 lojistas receberão o material informativo gratuitamente. Para a estatal, a venda segmentada representa um grande diferencial de mercado, que gera benefícios para todos os envolvidos. O produtor ganha ao agregar valor ao produto e ao conquistar mercados específicos para as novas variedades de batata. Para o comerciante, a profissionalização da venda contribui para aumentar a proximidade com o consumidor, que tem suas necessidades atendidas, e incrementar as vendas. O consumidor ganha na possibilidade de diversificação no preparo, além de melhorar o sabor dos pratos elaborados com a variedade de batata ideal para aquela finalidade. Segundo Elmiro Nascimento, o trabalho conta, ainda, com o apoio do movimento das donas de casa. “Um importante segmento para a divulgação das ações junto ao público consumidor”, finaliza.

Primavera amplia oferta de flores na Ceagesp A chegada da pirmavera traz mais variedades de flores e plantas ornamentais comercializadas pelos produtores da feira de flores da Ceagesp, considerada a maior do país e uma das maiores do mundo no gênero. Setenta por cento dos tipos de flores são mais propícios nesse período. “Em 2011, o setor de flores registra crescimento médio de 7% no volume de vendas. Com o início da primavera, a tendência é de mais variedades ofertadas, excelente qualidade e preços atrativos para o consumidor”, analisa o economista da estatal, Flávio Godas. Bastante utilizadas em arranjos, a flores de corte como gérberas, rosas, bocas-de-leão, copos-de-leite, estrelícias, violetas, lírios, dálias e girassóis

são ótimas opções para a estação. As rosas nacionais podem ser encontradas a partir de R$ 6, o maço com 30 unidades, enquanto 20 unidades das rosas colombianas saem a partir de R$ 25. Outras sugestões de bons preços são o lírio, de R$ 15 a R$20 o maço, o cravo por R$ 18 e o crisântemo por R$ 10. Para quem procura flores de vaso, as dicas são as orquídeas, nas variedades dendrobium, a partir de R$ 10, e phalaenopsis, a partir de R$ 20. Azaléia, caixa com seis vasos nº 13, pode ser encontrada a R$ 30; já a caixa com 12 vasos nº 9 sai por R$ 20, enquanto as mudas para jardim estão a partir de R$ 15 a caixa com 15. Montada em uma área de mais de 20 mil m², a feira de flores da Ceagesp é responsável pela distribuição de flores para

praticamente todo o Brasil e também para países do Mercosul, entre outros. Mensalmente, passam por aqui cerca de 4 mil toneladas de flores de corte e de vaso, gerando receita mensal de R$ 20 milhões. A feira ainda abrange comerciantes de plantas, grama, mudas, vasos, acessórios e artesanato, no atacado e no varejo, que recebem produtos das cidades de Holambra, Mogi das Cruzes, Cotia e Bragança Paulista, entre outros municípios do Estado de São Paulo. Serviço: Todas as terças e sextas-feiras, das 5h às 10h30 Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 – Vila Leopoldina – Pavilhão MLP Entrada pelo portão 4 (estacionamento pago)


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Ceasa DF adotará programa de desperdício zero Dados da Embrapa apontam que diariamente 39 mil toneladas de alimentos produzidos no Brasil são jogados fora. Na Ceasa-DF, das mais de 30 mil toneladas de alimentos produzidos por mês, entre 8% a 10% têm o lixo como destino final, o equivalente a duas mil toneladas por mês. Para amenizar os impactos causados por esse desperdício e resolver o problema de desnutrição, a central de abastecimento está investindo em infraestrutura e tecnologia para viabilizar o aproveitamento de 100% dos produtos que passam pelo local. Esta semana 41 contêineres e outros 39 que estão por vir, serão distribuídos nas instalações da empresa. Essa foi a medida adotada pela Ceasa-DF para separar o lixo seco do orgânico. O presidente da central, Júlio Menegotto, informou que os alimentos em condições de consumo serão coletados nos boxes e distribuídos a entidades filantrópicas. “Os inapropriados servirão para, em um segundo momento,

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Ceasas do Brasil

o preparo de composto, e em parceria com a Emater-DF, vamos devolver aos produtores material para o preparo de adubagem. Já o lixo seco vai para a reciclagem correta”. Outra medida adotada é a aquisição de uma varredoura mecânica. O equipamento, que faz o trabalho de 30 homens/hora, vai melhorar o sistema de limpeza que há pouco era precária e muitas vezes inviabilizava o acesso do público externo, informou Menegotto. A Ceasa também passara por uma ampliação que, segundo a instituição, permitirá que novos atacadistas tenham acesso aos espaços, impactando positivamente na economia local, gerando mais empregos e ofertando mais variedades para os consumidores da Ceasa. Segundo o presidente, até meados do próximo ano os boxes já estarão prontos para serem licitados e alugados pelos atacadistas interessados. No total serão construídos 54 novos boxes.

Ceasa/RS quer implantar “cidade do abastecimento”

O projeto “Ceasa do futuro- cidade do abastecimento” é a aposta da diretoria da da Ceasa do Rio Grande do Sul para contribuir de maneira mais expressiva no desenvolvimento do estado no que diz respeito à segurança alimentar. Ainda em fase de planejamento, o projeto trabalha com três programas estratégicos, que incluem ações de revitalização das estruturas públicas, incluindo o pavilhão da agroindústria familiar, e reformas e adequação do espaço �ísico para o abastecimento e distribuição de alimentos. Outra estratégia é incluir a agricultura familiar como provedora de alimentos consumidos em órgãos públicos estaduais e federais. Apoiar os agricultores familiares na comercialização de alimentos das associações, cooperativas e agroindústrias rurais de base fa-

miliar para o mercado convencional e da economia popular também é uma meta do projeto.

Segundo a central, os três programas têm como principais objetivos fortalecer instrumentos públicos visando à melhoria do abastecimento e segurança alimentar da população gaúcha, ofertando alimentos de qualidade e incentivar a produção no Estado. Segundo o consultor da Ceasa e da Emater, Lecian Conrad, de forma geral, os programas estão em fase de análise pela direção da central de abastecimento gaúcha. “Algumas ações já estão mais avançadas, já com orçamento para esse ano. No caso das compras institucionais, estamos em fase de planejamento e elaboração de uma Lei estadual”, informa.


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Meio Ambiente

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Fontes renováveis representam 45% da energia nacional Biocombustível (ANP), Waldyr Barroso.

Agência Câmara

As fontes renováveis representaram no ano passado 45,4% da oferta total de energia no Brasil. Enquanto isso, o petróleo e seus derivados corresponderam a 38% do montante energético. Segundo Dias, a utilização de fontes renováveis no país é muito superior à média global, que gira em torno de 12% da oferta total. A informação foi dada pelo chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, José Manuel Dias, no último dia 6 de outubro. As declarações foram dadas em audiência pública para avaliar o 1º Plano Nacional de Agroenergia e de Microdestilarias, válido entre 2006 e 2011, realizado na Câmara dos Deputados. O evento foi promovido pela subcomissão permanente sobre energias alternativas e renováveis, vinculada à Comissão de Minas e Energia. A agroenergia é obtida a partir de produtos agropecuários e florestais e tem o objetivo de diminuir a dependência do petróleo e reduzir a emissão de gases poluentes. De acordo com o dirigente da Embrapa, as principais metas do plano estão sendo cumpridas, incluindo a redução comprovada da circulação de gases que provocam o efeito estufa. Entre as experiências bem sucedidas mencionadas por Dias está o programa de biodiesel (combustível produzido a partir da soja, do pinhão-manso, do dendê e outras oleagino-

Falhas

sas). “Hoje, todo óleo diesel que é comercializado no País tem 5% do biodiesel”, lembrou. O diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Dornelles, afirmou que uma das importâncias do programa de biodiesel foi a inclusão da agricultura familiar na cadeia de produção energética, contribuindo para a geração de renda nessa população. Conforme Dornelles, em 2010 houve mais de R$ 1 bilhão em aquisições de fontes energéticas vindas da agricultura familiar, sendo que, em 2009, o valor tinha sido de apenas R$ 677 milhões. Segundo o diretor, o governo ainda promoverá ajustes

nesse programa, especialmente com relação a aspectos tributários. A ideia é criar mecanismos para que o elo familiar da cadeia produtiva de energia seja competitivo no mercado de energia em larga escala. Etanol

O aumento do uso dos carros flex, que possibilitam o uso do etanol (combustível cuja matéria-prima é basicamente a cana-de-açúcar), também foi apontado pelo dirigente da Embrapa como um dos sucessos do Plano Nacional de Agroenergia. Dias ressaltou que, entre 2001 e 2011, dobrou-se a produção do biocombustível no Brasil, embora o programa de etanol tenha sido muito afetado pela crise econômica de 2008.

Outro fator que afeta o programa de etanol é a baixa na produção de cana-de-açúcar. “Neste ano, a produção baixou por problemas climáticos, por falta de chuva”, explicou o representante da Embrapa. Dias afirmou que melhorar a produtividade da cana-de-açúcar para o etanol e das matériasprimas para o biodiesel é um dos grandes desafios para o próximo Plano de Agroenergia, em fase de elaboração, que valerá entre 2012 e 2016. “A demanda por cana-deaçúcar está aumentando, mas a produção brasileira está caindo, o que vai demandar um investimento grande”, complementou o superintendente de Refino e Processamento de Gás Natural da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e

O deputado Padre João (PTMG), que solicitou a audiência, afirmou que Plano Nacional de Agroenergia foi bem sucedido ao possibilitar o avanço da produção em grande escala do etanol. Ele apontou, porém, que falta estímulo às microdestilarias (unidades que produzem entre 1 mil e 5 mil litros de etanol por dia). O parlamentar considerou um equívoco ter focado a produção do biodiesel na agricultura familiar e a produção do etanol no agronegócio. “Não é nenhuma ameaça para o agronegócio a possibilidade de o agricultor familiar produzir o etanol”, sustentou. João disse ainda que muitos donos de microdestilarias de etanol são atualmente donos de postos de gasolina e que falta regulamentação para isso. Waldyr Barroso explicou que a regulamentação para o produtor de etanol está em consulta pública neste momento e que será feita uma diferenciação entre as pequenas usinas, para uso próprio ou pesquisa, e as usinas para comercialização. Em setembro deste ano, foi publicada a Lei 12.490/11, que introduziu o etanol na cadeia energética nacional, estabelecendo a obrigatoriedade de autorização da ANP para o exercício da atividade de produção do biocombustível, entre outras providências.


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Desmatamento na Amazônia é o menor para agosto Em agosto, a Amazônia perdeu uma área de 164 quilômetros quadrados, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ). Em relação a agosto de 2010, houve redução de 38% no ritmo do desmatamento. O número é o menor registrado para um mês de agosto desde o início da série histórica, em 1988. Também houve queda na comparação com julho, quando o Inpe registrou a derrubada de uma área equivalente a 225 km². “O resultado significa que as ações que foram adotadas de abril para cá – quando houve um pico de desmatamento – como a instalação do gabinete de crise e o envio de fiscais para os estados, tiveram impacto muito grande, porque vêm garantindo redução mensal do desmate”, avaliou o diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os dados do desmatamento da Amazônia em setembro deverão manter a tendência de queda do ritmo da devastação. “A avaliação preliminar e a avaliação em campo feitas pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] sinalizam que o [desmate registrado pelo] Deter de setembro será menor. A tendência de queda deve se manter, os dados são muito positivos”, adiantou. O Deter, que revela dados mensais, monitora áreas maiores de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema registra a degradação progressiva da floresta. A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Em 2010, a taxa anual foi 7.000 km², segundo dados consolidados hoje (3) pelo Inpe. A estimativa preliminar, di-

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Meio Ambiente

Pesquisador defende transformação de áreas degradadas em reserva legal Agência Brasil

vulgada em novembro de 2010, era 6.451 km². De acordo com o coordenador do programa Amazônia do Inpe, Dalton Valeriano, a diferença de 8,5% entre a estimativa e a consolidação da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro. “Toda estimativa tem uma margem de erro de 10% admitida. Nos últimos quatro ou cinco anos, as estimativas têm ficado aquém do consolidado.

Significa que o desmatamento está se pulverizando, novos focos estão aparecendo”, avaliou. Apesar da correção para cima, a taxa de 2010 ainda é a menor registrada pelo Inpe desde o início da série história do Deter. Ainda em novembro, o Inpe deve divulgar a nova estimativa de desmatamento anual, com dados para o período entre agosto de 2010 e julho de 2011.

Pesquisador defende transformação de áreas degradadas em reserva legal A exploração de áreas degradadas pode render ao trabalhador rural mais recursos do que a insistência em continuar com a pecuária, segundo o pesquisador da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Rodrigues. Ele apresentou no final de setembro aos senadores, em um debate sobre o novo Código Florestal, experiência de diversos fazendeiros paulistas e mineiros que adotam o sistema de ganho financeiro com a exploração de madeira em reserva legal, pelo manejo florestal. Segundo ele, a área degradada por pastagem soma 6,4 milhões de hectares, no país. O professor defende que o agricultor transforme áreas abandonadas e degradadas de encostas e topos de morro em reserva legal. Segundo ele, os pequenos agricultores ganham, em média, R$ 180 por hectare ao ano. Com o manejo em reserva legal, o rendimento passou para R$ 770 ao ha/ano, R$ 470 oriundos de explorações e R$ 300 em rendimentos pela compensação ambiental. As reservas são feitas, geralmente, em morros e encostas, onde começam a explorar o eucalipto. Ricardo Rodrigues lembrou aos senadores das comissões de Meio Ambiente, Agricultura e da de Ciência e Tecnologia, onde a matéria tramita agora, que o parecer da Câmara e do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) não trataram dessa questão. Ele apresentou uma série de argumentos contrários

à redução de áreas de proteção permanente (APP) e a necessidade de não vincular essas áreas a reservas legais. A legislação atual prevê a necessidade de se preservar 30 metros de mata ciliar a partir das margens de rios, córregos e nascentes. A proposta que tramita no Senado reduz essa área para 15 metros de largura. O pesquisador destacou que as APPs protegem as várzeas, o solo, previnem a erosão, além de abrigarem animais de cada região. Rodrigues ressaltou que a capacidade de polinização das plantas dessas matas é fundamental para a produção agrícola da maioria dos cultivares. Assim, as APPs ajudam os agricultores quando funcionam como instrumento para estimular o crescimento do plantio. O pesquisador destacou, também, que a compensação da reserva legal prioritariamente deve ocorrer em microbacias e bacias da região da propriedade. E não em outro local, como prevê o texto aprovado na Câmara. Caso não seja possível, ele defendeu que essa compensação ocorra em área degradada dentro do estado, mas alertou que nesses casos “vai ser criado problema jurídico”. Já o pesquisador da Academia Brasileira de Ciências Elíbio Leopoldo Rech Filho ressaltou que o impacto ambiental causado pela agricultura e pecuária pode ser compensado pelo avanço tecnológico conquistado pelo país nos últimos anos. “Temos ciência que o sistema agrícola causa impacto ambiental, mas existem tecnologias capazes de minimizar isso.”


Transporte

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CÁ ENTRE NÓS

Horário de verão Chegamos no último trimestre do ano e o espírito do atacadista entra no ritmo do horário de verão: acordar cedo, vender os hortifrutícolas e exorcizar o �iado, que é o nosso mau, para poder pensar no peru do Natal. Nesses 40 anos que trabalho no interior da Ceagesp, pude observar a evolução das embalagens e da qualidade dos produtos. O melão brasileiro era o caipira, que nascia perdido no meio dos cafezais e era perfumado, embora o sabor deixasse a desejar. Os melões europeus, amarelo e de casca verde, eram bonitos e reinavam absoluto, pois os as frutas plantadas em território paulista eram pequenas e sem sabor. Aí os empresários rurais migraram para o Nordeste, foram pesquisando,

melhorando o plantio e a póscolheita e hoje o melão produzido no Brasil, na minha humilde opinião, é o mais saboroso do mundo. ******

O Dia das Crianças na Nossa Turma teve duas festas. No sábado, dia 8, os voluntários do banco HSBC, do servente ao gerente, reviraram a terra, plantaram sementes e pintaram as paredes externas da entidade. Ainda ofereceram às crianças várias guloseimas e brincadeiras, como piscina de bolinha e cama elástica, e também deram brinquedos educativos e trouxeram um palhaço engraçado que animou a galera. No dia 12 a atividade come-

çou às 9 horas, com a missa em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, pela saúde de todos e alegria das crianças. Representando os carregadores, José Pinheiro e a diretoria do Sindicar; Sassá, da Iguape e Oswaldo Koga, da 5 Estrelas, estiveram representando o setor de Legumes. O senhor Di Paula foi o representante do setor de Frutas e os �ilhos da dona Lurdes e do Paulinho da Capanema foram os representantes da batata. O chefe de comunicação da Ceagesp, Beto Custódio, representou o presidente da companhia, Mário Mauruci.A senhorita Luciana, da Leri Fruit, representou os funcionários e familiares pelo passamento do senhor José Ignácio, pai do Cláudio e do Beto.

Por Manelão

No momento de ação de graças, o poeta José Daniel declamou uma poesia de sua autoria, que foi ouvida atentamente pelas crianças e seus pais, pelo diácono Luiz e pelo bispo Dom Júlio Endi Akamine, que presidiu a celebração e abençoou os alimentos do nosso mercado que foram dados em oferenda. A música �icou por conta do professor Alonso, do colégio Madre Paula Montalt. Depois da missa, os membros do Rotary Alto da Lapa fritaram batatas e prepararam hambúrgueres iguais aos das redes de fast food. O Borges, do CQH, pintou o rotos da garotada e o Edu, da padaria Nativa, foi conferir se o bolo estava bom. No �ina, as rotarianas entregaram presentes para toda a garotada.

Caixa cria linha de crédito para �inanciamento de carros ecoe�icientes

A Caixa Econômica Federal criou o Crédito Auto Ecoe�iciente para �inanciar veículos novos, considerados ecoe�icientes. Segundo o banco, veículos classi�icados com menor índice de emissão de poluentes no programa Nota Verde do Ibama poderão ser �inanciados com taxa de juros a partir de 1,39% ao mês. O programa Nota Verde classi�ica os veículos em uma escala que vai de uma e cinco estrelas. Quanto mais estrelas, menor o índice de emissão de poluentes do carro. “Com a oferta de con-

dições especiais para essa linha de crédito, a Caixa pretende incentivar a comercialização de veículos ecoe�icientes, e a utilização de tecnologias limpas pelas montadoras. O resultado �inal é colaborar para a redução da emissão de gases de efeito estufa”, destaca a Caixa, em nota. Segundo o banco, na lista de automóveis ecoe�icientes, o cliente pode escolher entre diversos modelos de grandes montadoras, com motores de 1.0 a 2.0, e modelos que variam do esportivo ao off-road.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

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Produção de caminhões registra queda em setembro No último mês, a produção de caminhões registrou um recuo de 17% na comparação com agosto deste ano, entretanto, no comparativo entre setembro passado e o de 2010, a indústria obteve alta de 10,7% com 18.243 unidades produzidas. No acumulado deste ano, 159 mil veículos foram produzidos, volume que representou um aumento de 12,8% ao registrado em igual momento de 2010. Em relação à indústria automotiva de forma geral – caminhões, ônibus, comerciais leves – a queda foi de 19,7% sobre agosto. No comparativo entre setembro último e o do ano passado, o decréscimo foi de 6,2%. Contudo, quando comparado os nove primeiros meses deste ano com igual período do ano passado, em 2011, mais carros saíram da fábrica no total foram 2.604.108, alta de 3,3%. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), esta queda já era esperada, pois neste mês há um recuo histórico na produção. Somado a este fato recorrente, algumas montadoras como Fiat e Volkswagen deram dias de folga a funcionários devido ao alto estoque de veículos. No entanto, a entidade manteve a prospecção de crescimento para o ano em 1,1%. Não foi somente a produção que recuou, as vendas também caíram 4,9% entre agosto e setembro, no entanto, no acumulado do ano, as 2.682.706 unidades comercializadas representaram alta de 7,2% na comparação a igual espaço de tempo de 2010. Se for levado em consideração somente caminhões, o crescimento foi de 15,9% na mesma base comparativa.


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Transporte

Nova geração da linha Sprinter chega ao Brasil em 2012 A montadora alemã Mercedes-Benz anunciou o lançamento da nova geração dos veículos comerciais leves da linha Sprinter, que chega ao Brasil a partir de abril de 2012. Os destaques �icam por conta dos motores de tecnologia “limpa” e da e�iciência dos sistemas de segurança, além de maior capacidade de transporte. A linha Sprinter, formada por vans, furgões e chassis com cabina é equipada com a nova geração de motores mais potentes e que atendem à legislação Proconve P-7, que deve entrar em vigor no país a partir de janeiro do próximo ano. Seguindo o estilo do modelo europeu, a nova geração mantém o per�il em forma de cunha, e apresenta farois dianteiros maiores e capô integrado à grade. Ainda na parte dianteira, o parabrisa mais alto e os retrovisores maiores aumentam a visibilidade do veículo. O interior do veículo também foi totalmente modi�icado. O novo painel de instrumentos, o aumento do número de porta-objetos e a utilização de materiais de alta qualidade valorizam o espaço interno e a ergonomia. Isso também �ica evidenciado no acesso aos comandos e na posição do volante em relação ao painel, que disponibiliza, opcionalmente, teclas para comunicação com o rádio e o telefone via Bluetooth. Além disso, a coluna de direção ajustável, tanto em altura como em profundidade, contribui para a melhor ergonomia.

O novo câmbio favorece as manobras em velocidades baixas. Já a relação da sexta marcha, 15% mais alta, contribui para manter a rotação do motor mais baixa, mesmo nas velocidades mais altas. De acordo com a empresa, além de contribuir para a economia no consumo de combustível, essa nova transmissão propicia melhor dirigibilidade e maior agilidade para o veículo.

Capacidade de carga O novo furgão oferece várias opções de capacidade volumétrica de carga, que vão de 7,5 m³ a 15 m³. A porta lateral corrediça, com 182 cm de altura e 130 cm de largura, está 24% maior em relação à versão atual. Com isso, permite o carregamento de um palet pela la-

teral do veículo, o que também pode ser feito pela porta traseira, agilizando e otimizando a movimentação de produtos. A abertura de 270 graus da porta traseira e a opção de portas corrediças nas duas laterais ampliam as possibilidades de carga e descarga em locais estreitos e de di�ícil acesso. A linha de furgões contará com duas opções de alturas internas

e três comprimentos. O chassi com cabina da linha suporta a implementação de diversos tipos de carroçarias, que permitem uma capacidade volumétrica de carga até 22 m³. O furgão Sprinter tem uma trajetória de sucesso, com mais de 200 mil unidades produzidas na América Latina desde 1996. Desse total, 85 mil unidades foram vendidas no Brasil.

MWM apresenta tecnologia para deixar caminhões menos poluentes A fabricante de motores diesel MWM desenvolveu a tecnologia para atender a legislação de emissão Euro VI, que exige que os veículos diminuam ol iníde de emissão de poluentes. Os protótipos foram testados e aprovados no centro tecnológico da empresa e

possuem no motor uma tecnologia que resulta em um catalisador com filtro fechado para diminuição do material particulado. De acordo com o gerente de Divisão de Desenvolvimento do Produto, Domingos Carapinha, o motor possui um sistema de combustão com

tecnologia que o torna mais limpo, permitindo que os catalisadores atinjam o nível de emissão exigido. “Comparado ao Euro V, o propulsor Euro VI reduz em cinco vezes a emissão de NOx e em duas vezes a de material particulado”, diz.

VI, abastecido com o combustível de 10 ppm (par te por milhão), oferece benefícios como redução no consumo de combustível, redução no abastecimento de ureia e melhor per formance de emissões, que gera ganhos ambientais.

Segundo Carapinha, os testes indicaram que o Euro

No Brasil, a previsão é que o Proconve P8, equivalente ao

Euro VI, entre em atividade em 2016. A companhia afirma que já está preparada para atender a fase P7 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) - equivalente à legislação de emissão Euro V - que entrará em vigor no Brasil em janeiro de 2012.


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Apesp

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Espaço Apesp Espaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo

A mudança da embalagem da batata

Anita de Souza Dias Gutierrez Engenheira agrônoma/ Ceagesp

O levantamento realizado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp em julho e publicado aqui na edição de agosto mostrou que a mudança da sacaria de batata de 50 para 25 quilos é bem aceita pelos agentes da cadeia de abastecimento. As organizações de atacadistas, associações e sindicatos solicitaram ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, uma mudança do peso máximo da embalagem de 50 quilos para

25 quilos, estabelecido no item 4 da Norma de Identidade e Qualidade, Acondicionamento, Embalagem e Apresentação Portaria 69, de 21 de fevereiro de 1995, que estabelece que “a batata para consumo será acondicionada em embalagem nova, seca, limpa e com capacidade máxima de até 50 kg (cinquenta quilogramas) líquidos”. A norma atual só estabelece o peso máximo da embalagem, só proíbe embalagens acima de 50 kg. A utilização de embalagens inferiores a 50 kg é permitida. A Lei nº 9.972 de 25 de maio de 2000 instituiu a classificação de produtos vegetais, sub-

produtos e resíduos de valor econômico. A Lei foi regulamentada pelo Decreto 3664 em 17 de novembro de 2000, que foi revogado e substituído pelo Decreto 6269 em 22 de novembro de 2007. segundo o Dr. Fábio Fernandes, Coordenador Geral do de Qualidade Vegetal CGQV/DIPOV, o MAPA não tem mais competência para regulamentar embalagem. É um momento de grandes mudanças para o setor de batata. O MAPA está solicitando nova Norma de Identidade e Qualidade, Acondicionamento, Embalagem e Apresentação. A lei já exige a obediência à norma atual e a emissão de

um certificado de classificação por profissional habilitado. A batata, como todas as frutas e hortaliças frescas, precisa contar com uma linguagem de descrição do produto na comercialização – variedade, tamanho e qualidade, que permita a utilização de métodos modernos de comercialização, transparência, arbitragem de atritos comerciais, diferenciação de valor por qualidade e tamanho. É preciso avaliar se a norma atual cumpre o seu papel e o que teria que ser mudado para melhorá-la. Agora as solicitações de mudanças das exigências para as embalagens precisam ser encaminhadas ao Inmetro. Na última reunião da Câmara Setorial Federal da Cadeia

Produtiva de Hortaliças ficou combinado o agendamento de uma reunião conjunta entre a Câmara Setorial, o MAPA e o Inmetro para tratar da mudança do peso máximo da embalagem de batata e de uma norma específica de peso para frutas e hortaliças pré-medidas. As frutas e hortaliças frescas possuem um alto conteúdo de água e metabolismo acelerado. A perda de água é um dos problemas enfrentados na pós-colheita, o que torna imprescindível uma norma específica para as frutas e hortaliças frescas.

Maiores informações podem ser obtidas no Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp – (11) 3643-3825 ou cqh@ceagesp.gov.br


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Turismo

Caminhos do Tietê Mariana G. Marques

Localizadas no centro-oeste paulista, as cidades da região conhecida como “Caminhos do Tietê” oferecem aos turistas cenários de rara beleza e clima agradável. O rio Tietê corta essas cidades e oferece aos seus visitantes passeios, prática de esportes náuticos e pesca esportiva. A região é marcada pela concentração de uma riqueza histórica e arquitetônica, devido à presença da atividade dos bandeirantes no passado. As cidades também oferecem festas tradicionais e religiosas, típicas da cultura interiorana paulista. Bariri

Além de um povo gentil e hospitaleiro, Bariri tem muito o que mostrar aos seus visitantes. Um dos destaques é a igreja Nossa Senhora das Dores. Sua história remonta à época da fundação do povoado de Bariri. A primeira construção data de 1864, feita de barro, sapé e madeira. Com o crescimento da cidade, a capela tornou-se pequena e em 1906 teve início a construção de uma nova Igreja, construída no mesmo local da anterior. No início da década de 60, uma terceira igreja precisou ser construída, também no mesmo local. Existe até hoje com

Iguaraçu do Tietê

linhas modernas e ampla nave central. Além do patrimônio histórico, Bariri oferece lazer em seus principais rios - o Tietê e o Jacaré Pepira. Um destaque para a Usina de Bariri, criada em 1965, que formou um grande lago. Outro passeio interessante é o lago prefeito Accácio Masson, com área de lazer de acesso livre, parque infantil e lanchonete.

A cidade de Igaraçu do Tietê, chamada também de “Mirante da Colina” é conhecida pelas suas belezas naturais. Chegando lá, conheça a Praça Matriz, o Mirante e Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e a Praia Maria do Carmo Abreu Sodré, a primeira praia de lazer nas margens do Rio Tietê reconhecida oficialmente pelo estado.

Barra Bonita

Itapuí

Conhecida como “Cidade Simpatia”, Barra Bonita é famosa por seus passeios de barco pelo Rio Tietê. O nome da cidade vem do córrego Barra Bonita (afluente do Rio Tietê), que atravessa a cidade. “Barra” tem origem do pequeno porto para embarcações, em formato de barra, muito usada pelos bandeirantes que navegavam pelo Tietê para abastecimento de água limpa. A eclusa, com seus 142km de comprimento, é a atração turística mais divulgada e conhecida da cidade, além de ter um importante valor econômico por viabilizar a hidrovia Tietê-Paraná. Nos passeios é possível conhecer toda a margem do rio, em modernas e confortáveis embarcações com direito a passagem pela eclusa. Entre a mata exuberante e o rio cristalino, destaca-se uma orla de areia alva, formada no estuário de pequeno córrego caudaloso que deságua no Rio Tietê. Ao entardecer, a natureza oferece um espetáculo deslumbrante, impregnando a vista do visitante com as cores de uma cena paradisíaca.

Dois Córregos O núcleo que deu origem à cidade, em meados do século 19, foi a “Pousada dos Dois Córregos”, ponto de descanso dos viajantes que se dirigiam para os sertões do noroeste de São Paulo a caminho de Mato Grosso. Destacam-se na região suas cachoeiras, como a Cachoeira do Paredão, localizado na Fazenda

Santa Cruz do Paredão, com 100 metros de queda d’água. Outras cachoeiras bastante procuradas são a Don’Aninha e Véu da Noiva, ambas localizadas na Fazenda Barcelos, um atrativo histórico da região. Em Dois Córregos também é muito conhecido o artesanato nhaduti, trabalhos de renda que lembra uma teia de aranha, e a goiabada cascão da Fazenda Morro Alto, produzida pelas irmãs Paulo.

Conhecida como “Bica de Pedra”, Itapuí possui um dos trechos mais largos do Rio Tietê, chegando a ter uma distância de dois quilômetros entre as margens. Uma balsa faz a travessia de veículos e pedestres. Uma das maravilhas do estado de São Paulo passa por Itapuí. O Rio Tietê, com suas águas límpidas, a três quilômetros do centro da cidade localiza-se a ´Prainha` de Itapuí, que é uma ótima opção para passar o fim de semana, fazendo um churrasco nos quiosques que a praia proporciona, brincar no parquinho e descansar à sombra das árvores. Em Itapuí o rio é limpo e proporciona o prazer de nadar em pleno rio Tietê. Para mais informações: Bariri: Ellis Viagens e Turismo www.ellisturismo.com.br/ Barra Bonita: Samacahe Viagens e Turismo www.samacahe.com.br Primar Navegação e Turismo www.primarnavegacao.com.br


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