Um jornal a serviço do agronegócio
Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - No 145 | junho de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br
Agrofeira Atibaia-Jarinu Pág. 08
Bio Brazil Fair 2012
Terceira etapa do evento acontece junto com a Festa do Morango, a partir de 23 de junho
Pág. 04
Festival de Sopas da Ceagesp Quarta edição aquece inverno paulistano Pág. 19
Págs. 4 e 5 | Qualidade |
pág.24
A construção do sabor do abacaxi havaí | Caminhoneiros |
Programa ensina a economizar diesel |Ceasas |
Págs. 13 à 18
Femetran impulsiona setor de transporte agrícola Feira promovida pelo Grupo de Mídia Entreposto movimenta a Ceagesp em maio
Diretoria da TecBan visita a Feira da Madrugada
Geral
Alta
4,17%
Frutas Baixa -1,69%
Índice Ceagesp - maio 2012
Legumes Alta
Verduras
19,47%
Alta
33,65%
Diversos Baixa -0,90%
A partir da esquerda: Sabino da Cofemapp, Enrique Recasens da TecBan e Marcelo Gaspar da Central Banking
Central Banking e Rede Banco24Horas disponibilizam caixas eletrônicos de autoatendimento e aumentam a segurança no maior circuito de compras da América Latina Pág. 06 Pescado Alta
2,72%
pág.12
pág.28
Índice Ceagesp aponta alta de 4,17% em maio
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Imigração Japonesa
Contribuição à agricultura nacional No dia 18 de junho celebra-se 114 anos da vinda dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil. O marco foi a chegada do navio Kasatu Maru ao porto de Santos, depois de 52 dias de viagem a partir da cidade japonesa de Kobe. A embarcação trazia a bordo 781 imigrantes que sonhavam em fazer a vida trabalhando em solo brasileiro. A ideia inicial era ganhar dinheiro e logo retornar à terra natal, mas a História mostra que eles vieram para ficar e hoje a comunidade nipônica no país conta com 1,5 milhão de pessoas, a maior colônia japonesa fora do Japão. Em seu livro “Imigração e Política em São Paulo”, a historiadora Célia Sakurai relata que os japoneses buscavam oportunidades que pudessem garantir independência econômica e possibilidades de acumulação. “O pecúlio acumulado nos anos de trabalho nos cafezais vai sendo canalizado para a ocupação autônoma na agricultura”, escreveu a historiadora. Dessa forma, os japoneses, que inicialmente foram contratados para trabalhar como empregados nas lavouras de café, passaram a ser donos de suas próprias terras. A partir de então, a agricultura brasileira não seria mais a mesma. O conhecimento e as técnicas de cultivo trazidas pelos japoneses contribuíram de forma
definitiva para o crescimento do agronegócio nacional. Foram os imigrantes nipônicos estabelecidos em São Paulo que formaram o que hoje é chamado “cinturão verde”, que agrega municípios da Região Metropolitana e introduziram conceitos significativos de adubação e de combate de pragas e doenças das plantas. Outra contribuição fundamental dos japoneses para a economia brasileira foi o cooperativismo, já que eles foram os primeiros a criar cooperativas agrícolas para enfrentar os grandes produtores rurais. A habilidade com o cultivo da terra já estava provada e daí a se envolverem com o comércio foi um caminho natural. Em São Paulo, passaram a comercializar seus produtos agrícolas no Mercado Central da Cantareira. Na década de 1960, com a enchente que atingiu a região central da capital paulista, os comerciantes foram enviados para o recém criado Ceasa paulistano e ajudaram a moldar o que viria a se tornar o maior centro de abastecimento da América Latina. Presentes desde a inauguração do entreposto paulistano da Ceagesp, em 1966, hoje eles estão em grande número no mercado e dominam setores como flores e hortaliças.
Turismo no site Acesse e leia as dicas para a região do Circuito da Neve: www.jornalentreposto.com.br/turismo
Carolina de Scicco
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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviรงo do agronegรณcio
marรงode junho de2012 2011
Editorial
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Evento
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Mercedes-Benz e John Deere impulsionam Agrofeira de Indaiatuba Com o objetivo de reunir setores do agronegócio e apresentar soluções aos produtores rurais do interior do estado de São Paulo, a Agrofeira Circuito das Frutas conta com mais dois expositores de peso Realizada pelo Grupo de Mídia Entreposto, com o apoio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e da Agrotec, a Agrofeira Circuito das Frutas aconteceu durantes os dias 18, 19 e 20 de maio, durante a 3ª Festa das Frutas e Hortaliças de Indaiatuba e vai, ao longo do ano, atuar dentro das feiras e festas municipais, aproximando os agricultores das soluções para o campo. Empresas de diferentes segmentos apresentam iniciativas indispensáveis ao agronegócio como equipamentos e insumos agrícolas, irrigação e tecnologia. No último evento, os visitantes também puderam conferir os lançamentos das montadoras Mercedes-Benz, que produz veículos comerciais, e John Deere, que fabrica tratores e equipamentos agrícolas. A Mercedes, líder no segmento de veículos de carga, comemorou a oportunidade. “Por mês, vendemos de cinco a seis caminhões para os produtores de Indaiatuba e apresentamos na feira o novo Accelo 815, que já vem equipado com a tecnologia Euro 5 e é o preferido dos pequenos agricultores. A Agrofeira permite o contato com esses clientes menores que, juntos, representam uma grande fatia do mercado”, avalia Ademir de Almeida, vendedor da Mercedes-Benz, há 32 anos. Para Sérgio Luiz Guimarães, consultor de negócios da John Deere, a cidade de Indaiatuba produz alimentos de maneira mais cuidadosa, esforço que exige instrumentos adequados. “Indaiatuba é uma excelente cidade produtora. São pequenas produções de frutas e verduras premiadas e de qualidade muito superior. O cuidado nesse trabalho pede bons equipamentos. O pequeno produtor já entende esse processo e se preocupa em adquirir máquinas mais modernas. As festas regionais são os melhores meios de se alcançar esse público. Precisamos dessa força regional”, afirma Sérgio, que finalizou três vendas. “Resultado da feira”, comemora o consultor.
Também preocupado com o acesso dos agricultores a produtos e serviços de qualidade, o secretário de desenvolvimento de Indaiatuba, Edmundo Duarte, agradeceu a participação da
Agrofeira Circuito das Frutas na 3ª Feira das Frutas e Hortaliças de Indaiatuba. “Conseguimos atingir o objetivo de apresentar os produtos agrícolas locais aos comerciantes e à população. A
Agrofeira veio para somar”. Para o ano de 2012 estão previstos mais dois eventos: a Festa do Morango de Atibaia e Jarinu (junho e julho) e Festa do Morango de Jundiaí (agosto).
“Indaiatuba é uma excelente cidade produtora . O cuidado nesse tipo de trabalho”, Sérgio Luiz Guimarães da John Deere.
As frutas e verduras premiadas que foram expostas na 3ª Festa das Frutas e Hortaliças de Indaiatuba exigem cuidados e equipamentos especiais
Atingimos o objetivo. A Agrofeira veio para somar”, Edmundo Duartes, secretário de desenvolvimento.
“Apresentamos o novo Accelo 815, o preferido dos pequenos agricultores”, Ademir de Almeida da Mercedes-Benz.
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Agronegócio
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Valor da produção de lavouras de 2012 é de R$ 212,7 bilhões O Valor Bruto da Produção (VBP), que é a soma do valor das principais lavouras do país, está estimado em R$ 212,7 bilhões em 2012, segundo cálculo da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgado nesta segunda-feira, 11 de junho. Os dados foram obtidos com base nos resultados verificados no mês de maio. Chama atenção do governo que, apesar da redução de 2,5 % em relação ao VBP obtido no ano passado, esse valor é o segundo maior desde o início do levantamento da série de dados, em 1997. Os ajustes nas quantidades e nos preços mês a mês vão definindo a estimativa de valor para o ano em curso, uma vez que o valor bruto da produção é obtido por meio das informações de safras e dos preços, explicou o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques. “Como estamos ainda no pri-
meiro trimestre do ano, onde a safra de inverno está começando e a safra de verão ainda não foi concluída para vários produtos importantes na formação da renda, deveremos ainda ter mudanças nos valores apresentados”, destacou. Os atuais resultados do VBP são atribuídos aos preços agrícolas mais baixos do que em 2011 e a seca que atingiu o Sul e o Nordeste do País. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os produtos que tiveram maior redução dos preços reais foram, a batata-inglesa (38,4%), o cacau (11,7%), o café em grão arábica (18,5%), a laranja (23,1%), o tomate (18%) e o trigo (16,7%). A produção de soja, milho, e feijão também foram impactadas pela estiagem. Na soja, por exemplo, a redução de valor em 2012 já é de 13,6%. Como esse, é um dos produtos importantes na formação do valor da produção agrícola, houve forte impacto na constituição da renda neste ano, embora não estejam ainda
incorporadas todas as quebras de produção ocorridas. Em contrapartida, o algodão, a canade-açúcar e o feijão apresentam preços mais elevados do que no ano passado. Regionalmente, os resultados do VBP mostram queda de 13,6% no valor real da produ-
ção no Sul do País. Nessa região, os maus resultados ocorreram em função da seca. O decréscimo de produção ocorreu mais fortemente no Rio Grande do Sul, 22,9% e, no Paraná, 11,8%. No RS o milho sofreu retração de 40%. Chama atenção que as perdas tanto no milho, como na
soja representam 30% do valor da produção do Estado. Nas regiões Norte, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste o VBP foi maior do que no ano passado, embora os dados do Nordeste podem ser ainda alterados devido a incorporação dos resultados de perdas com a estiagem na região.
Brasil Carinhoso: 2,7 milhões de crianças e suas famílias resgatadas da extrema pobreza. A miséria traz sérias consequências para as pessoas e para o país. E é na primeira infância, fase mais importante do desenvolvimento físico e intelectual do ser humano, que seus efeitos são mais graves. Mas para tirar uma criança dessa situação é preciso tirar também a sua família. Por isso, o Governo Federal criou o Brasil Carinhoso, que faz parte Impacto do Brasil Carinhoso
do Plano Brasil Sem Miséria. A partir deste mês, o Brasil Carinhoso assegura a todas as famílias do Bolsa Família, com pelo menos uma
Percentual da população brasileira na extrema pobreza
15%
criança de 0 a 6 anos de idade, renda acima de 70 reais por pessoa. Na educação, a atenção à primeira infância será reforçada com a ampliação de vagas em creches públicas e conveniadas e
10%
com o aumento dos recursos destinados à merenda escolar. O Programa Saúde na Escola será ampliado para creches
5%
e pré-escolas. E será assegurado às crianças medicamento gratuito para asma, além de suplementação de vitamina A e sulfato ferroso, importantes nessa fase da vida.
0% 0
6 anos
12 anos
18 anos
24 anos 30 anos 36 anos 42 anos 48 anos 54 anos 60 anos 66 anos+
Garantir os direitos das crianças é a certeza de construir um país mais justo e mais cidadão.
Extremamente pobres - Censo IBGE 2010
Extremamente pobres após o Brasil Carinhoso
40% da extrema pobreza no Brasil
Redução de
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Serviço
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Cerca de 70 mil pessoas passam diariamente pelo maior circuito de compras da América Latina, que abriga mais de quatro mil expositores
Caixas eletrônicos aumentam a comodidade e segurança dos visitantes da Feira da Madrugada Local que abriga mais de quatro mil ambulantes na capital recebe serviços da Rede Banco24Horas A Feira da Madrugada, localizada no Brás, região central da cidade de São Paulo é o maior circuito de compras da América Latina e recebe, em média, 300 ônibus por dia, totalizando um �luxo de até 70 mil pessoas. Popularmente conhecida pelos transeuntes como ‘Feirinha’, o local, na verdade, tem 80 mil metros quadrados e quatro mil expositores, que vendem, em sua maioria, roupas e acessórios. Segundo dados da Comissão dos Comerciantes da Feira da Madrugada Pátio Pari (Cofemapp), o centro comercial, que funciona a partir das duas horas da madrugada, emprega
Enrique Recasens, diretor de produtos da TecBan, durante visita à Feira da Madrugada
direta e indiretamente cerca de 60 mil pessoas. “A feira é uma cidade que troca o dia pela noite”, explica Osvaldo Aparecido de Jesus, vice-presidente da Cofemapp. Foi pensando na comodidade e segurança dos visitantes que a Central Banking decidiu intermediar a instalação de caixas eletrônicos da Rede Banco24Horas no interior da feira. Há dez anos no mercado, a empresa, que presta assessoria para todos os bancos na implantação de caixas eletrônicos, é a maior nesse tipo de segmento. “Todos os dias recebemos compradores de todas as partes
do Brasil que chegam para adquirir mercadorias que serão, depois, revendidas em seus estados e municípios. Há dois meses, era muito comum queixas de visitantes e motoristas que foram assaltados nas estradas que dão acesso a cidade de São Paulo. Com a instalação dos caixas, os consumidores sacam o dinheiro dentro da feira, que oferece segurança particular. “As queixas acabaram”, comemora Sabino, presidente
da Cofemapp. Sem conseguir alocar parte dos ambulantes que queriam autorização para trabalhar, a Prefeitura reservou um local para que as barracas pudessem ser montadas. Foi de uma associação de ambulantes que surgiu a Feira da Madrugada, no Pátio Pari, em agosto de 2005. “A cada dia, vamos perdendo ‘a cara’ de feira. Os caixas 24Horas e outros serviços, como a farmácia e o Samu, são a prova dessa evolução”, diz
Osvaldo. A TecBan, empresa responsável pela administração dos caixas, percebeu a necessidade de disponibilizar aos visitantes da Feirinha o acesso a serviços bancários básicos, como saldo, extrato e principalmente o saque. Segundo a companhia, a instalação dos terminais de autoatendimento da Rede Banco24Horas reforça a meta da empresa de levar serviços bancário a locais mais afastados onde há pouca presença de agências bancárias, possibilitando o acesso ao dinheiro, ampliando as facilidades de consumo e promovendo a bancarização de todas as classes sociais. Líder em redes de autoatendimento em locais de acesso público, a TecBan é hoje a maior rede nacional de bancos, com 38% de market share. “ O número de transações nos terminais da Feirinha durante o primeiro mês de funcionamento foi recorde. Já estamos trabalhando com a Central Banking a instalação de novos equipamentos”, a�irma Enrique Recasens, diretor de Produtos e Serviços.
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Sustentabilidade
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PAULO FERMNANDO
BIO BRAZIL FAIR 2012
Agricultura paulistana é destaque em feira de produtos orgânicos Programa que nasceu na região de Parelheiros já conta com 400 agricultores cadastrados Há dois anos, a cidade de São Paulo está incentivando a produção agrícola no município, com ênfase na agricultura orgânica. Trata-se do Programa Agricultura Limpa, concebido pela Supervisão Geral de Abastecimento, órgão ligado à Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, em parceria com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Por meio dele, a prefeitura da capital oferece apoio técnico, insumos agrícolas e mudas aos agricultores locais. Além disso, o projeto �inancia, por meio de organizações não-governamentais e a partir de editais públicos, a certi�icação destas plantações, durante todo o processo de conversão até a obtenção do selo do Ministério da Agricultura. O programa nasceu orientado para a região de Parelheiros, e hoje já se encontra voltado para a cidade como um todo, caso das áreas cultiváveis em terrenos dispersos pela malha urbana da zona leste e da agricultura periurbana da zona norte. A escolha de Parelheiros como piloto não se deu por acaso. O distrito é de grande importância ambiental para a cidade e abriga nascentes que alimentam, entre outras, a represa de Guarapiranga, responsável pelo abastecimento de água de mais de três milhões de pessoas. O foco na produção de água é uma das prioridades do Programa Agricultura Limpa, conforme salientou o supervisor de abastecimento da capital, José Roberto Graziano, durante palestra proferida no 1º Seminário Municipal de Agricultura, evento promovido na Bio Brazil Fair 2012. “A Guarapiranga já abasteceu mais de quatro milhões de pessoas. Mas o avanço da cidade e a perda da qualidade da água resultaram neste decréscimo”, disse. “O Agricultura Limpa é o primeiro programa
brasileiro que usa a produção agrícola como instrumento de preservação ambiental no contexto urbano”, acrescentou. Segundo o supervisor, o incentivo à agricultura orgânica na cidade de São Paulo tem uma vantagem que vai além de tornar as terras produtivas e impedir invasões: gerar água de qualidade para as nascentes. As áreas cultiváveis sem agrotóxicos e com respeito ao meio ambiente impedem a impermeabilidade do solo, aumentam sua capacidade de absorção, abastecem lençóis freáticos, reduzem a erosão e contribuem para o próprio ciclo da água. Atualmente, o programa municipal tem 400 agricultores cadastrados, sendo que 40 estão no processo de transição da agricultura tradicional para a orgânica e oito já obtiveram a certi�icação. Mercado de orgânicos cresce 30% ao ano
Dados econômicos apontam que, até 2014, a receita de orgânicos no país deve dobrar, particularmente pelo apoio governamental e por conta dos selos que atestam a qualidade dos produtos, além da consciência orgânica e da crescente
demanda do consumidor por alimentos livres de agrotóxicos. Foi nesse cenário de otimismo que aconteceu uma das principais feiras de negócios voltada para a cadeia de produtos orgânicos, a Bio Brazil Fair 2012. A oitava edição do evento da Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, que foi realizada entre 24 e 27 de maio no pavilhão da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. De acordo com a Francal Feiras, promotora e organizadora da exposcial, o crescimento de 30% ao ano deste mercado é fundamental para ajudar a disseminar a cultura orgânica no consumidor �inal, estimulando não só a melhoria da saúde como o desenvolvimento do próprio mercado fornecedor. Paralelamente à Bio Brazil Fair, aconteceu a NaturalTech 2012 (8ª Feira Internacional de Alimentação Saudável, Produtos Naturais e Saúde), desenvolvida especialmente para o setor de produtos e serviços naturais, saudáveis e sustentáveis, como alimentos vegetarianos, probióticos e funcionais, suplementos alimentares, cosméticos, spas, cromoterapia, aromatologia e muitos outros. Juntas, as feiras reuniram 250 expositores.
Produção de água limpa é um dos focos do programa, ressalta o supervisor de abastecimento da capital, José Roberto Graziano
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www.agrofeiracircuitodasfrutas.com.br
As feiras e festas rurais municipais representam um importante canal de comercialização e demonstração da produtividade e qualidade da agricultura familiar. Algumas delas acontecem há décadas no estado de São Paulo, privilegiando a cultura e a produção das cidades, colaborando na manutenção de renda, informação e inserção de tecnologias no campo. O grupo de Mídia Entreposto, em conjunto com a CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e AGROTEC (Tecnologia e Negócios), está promovendo a AGROFEIRA CIRCUITO DAS FRUTAS. A segunda edição acontece na 29ª FESTA DO MORANGO E EXPO-LEGUMES DEA ATIBAIA-JARINU. Aguardamos sua presença.
Data: 23-24 de junho 30 de junho e 01 de julho 07-08 e 09 de julho
sábados das 10h00 às 24h00 domingos das 10h00 às 22h00 Local:
Parque do Morango Duílio Maziero Rod. Edgar Máximo Zambotto, Km. 77 Campo dos Aleixos Divisa Atibaia_Jarinu
Info: (11) 3831.4875
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Artigo
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O déficit da arborização urbana no Brasil
Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz **
No final do mês de maio, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre as características urbanísticas presentes no entorno dos domicílios pesquisados para a realização do mais recente Censo Demográfico brasileiro. Um desses indicadores referiuse à presença, ou não, de árvores em frente ou próximas de cada uma das residências pesquisadas (Ver: IBGE. Censo Demográfico: características urbanísticas do entorno dos domicílios. Rio de Janeiro: IBGE, 2012). Os resultados mostrados não foram nada animadores, haja vista que um em cada três domicílios brasileiros não possui uma árvore próxima de sua fachada, acumulando, assim, um déficit mínimo de 15 milhões de árvores no País. São, portanto, 32% de residências não atendidas pelo benefício da arborização urbana, agregando um total de quase 50 milhões de pessoas.
Outro indicador também dramático revelou que um terço das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes mantém entre 60% e 77,6% das suas respectivas populações sem o beneficio da arborização urbana nas proximidades de sua residência. No total, apenas duas das cidades pesquisadas chegaram a apresentar índices mais satisfatórios de presença de árvores por domicílio: Goiânia (GO), com 89,5% e Campinas (SP), com 88,4%. De acordo com o estudo do IBGE, as regiões mais arborizadas nos quarteirões, calçadas ou canteiros presentes no entorno dos domicílios, concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do País, com 73,5% e 72,1% de cobertura, respectivamente. As regiões Centro-Oeste, com 69,5%, e a Nordeste, com 61,5% ocupam posições intermediárias. Já as áreas menos cobertas pela arborização urbana localizam-se na região Norte, com apenas 36,7% na oferta do benefício. Aí, em plena área da Floresta Amazônica, surpreendentemente, as cidades de Manaus e Belém ostentaram índices bastante baixos
de atendimento, de 22,4% e 25,1%, respectivamente. Trata-se da constatação inequívoca dos malefícios da expansão desordenada e da metropolização crescente das capitais e grandes cidades brasileiras, irredutíveis em corroer a qualidade de vida urbana e dizimar tesouros arquitetônicos como os dessas duas cidades amazônicas consideradas verdadeiras jóias da Belle-Époque no Brasil. Belém, particularmente, se destaca no cenário histórico nacional por ter sido a primeira cidade a contar com a implantação dos conceitos de planejamento urbano importados da França no século XIX, nos quais o paisagismo e a arborização das vias públicas ganhavam contornos estruturantes e fundamentais. Os dados do IBGE revelaram, ainda, que a desigualdade social abrange também o acesso aos benefícios da arborização das cidades em todo o País. De fato, enquanto que para as classes mais favorecidas o déficit de cobertura arbórea atinge 21,5% dos domicílios, para as de menor renda, este percentual dobra, elevando-se
para 43,2%. A redução das áreas verdes nas grandes cidades tem sido apontada como um relevante motivo para a queda da qualidade de vida e da saúde das populações urbanas. Entre os principais efeitos do excesso de edificações e da impermeabilização do solo estão: a limitação dos espaços disponíveis para o lazer e a prática de atividades físicas, o aumento das sensações de desconforto humano e a decisiva contribuição para a elevação das temperaturas médias das áreas urbanizadas, do que decorre, entre outros aspectos negativos, o favorecimento da proliferação de diferentes agentes patogênicos. Além desses, podem ser citados ainda: a diminuição da capacidade de absorção das águas pluviais, favorecendo as inundações e os alagamentos; a redução do resgate dos gases de efeito estufa, particularmente o dióxido de carbono e o aumento da inospitalidade à fauna urbana, exigindo-lhe maior esforço de resiliência. Neste contexto, os benefícios da presença de árvores saudáveis e abundantes nas áreas urbanas são conhecidos
das administrações públicas e mereceriam ser melhor observados. Há que se notar que, em grande parte dos casos, o suprimento das espécies a serem cultivadas nas calçadas e canteiros públicos é originário da produção municipal, através, principalmente, dos viveiros e dos hortos florestais administrados pelas próprias secretarias municipais do verde, do meio ambiente ou de agricultura e florestas, dependendo do modo como o setor apresentase localmente institucionalizado. Isso significa que os custos de plantio, desenvolvimento, manutenção e instalação das mudas arbóreas podem ser relativamente baixos e administráveis fora das estritas relações de mercado. Porém, considerando que certamente nem toda a demanda poderia ser atendida pela oferta pública de mudas, o setor privado também se apresenta como grande beneficiário potencial dessa importante e inadiável melhoria ambiental. Estudos realizados pela empresa paulista especializada em inteligência de mercado para a horticultura, Hórtica Consultoria e Treinamento, apontam que o segmento de árvores, arbustos e palmeiras representa 26% do total do movimento financeiro de toda a Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais no Brasil, o que, em 2011, significou vendas da ordem de R$ 1,14 bilhão. Embora uma parcela relevante desse comércio seja feito fora do circuito dos mercados normatizados, um percentual não menos significativo ocorre nas dependências dos mercados de flores e plantas ornamentais sob administração pública ou autárquica (Ceagesp, Ceasas, Centrais de Comercialização e Abastecimento) ou cooperada. Tal fato poderá futuramente resultar, se processos forem bem conduzidos no contexto de políticas públicas de interesse ambiental focados no bem estar da população, em novas oportunidades comerciais e no desejável aquecimento do mercado da vegetação ornamental. *Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/ CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.
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EXPANSÃO
Novas cultivares estimulam a produção de guaraná no Brasil Devido ao seu grande potencial o guaraná tornou-se importante matéria-prima para as indústrias, com uma produçaõ estimada de 4.300 t
11 Com o objetivo de aumentar a produção de guaraná no Brasil, a Embrapa desenvolveu quatro novas cultivares que apresentam resistência às principais doenças da cultura, maior produtividade e rentabilidade para os produtores. O guaraná é uma planta genuína da Amazônia e sua história está intimamente ligada à cultura indígena local. Logo após a descoberta do potencial dessa planta, o cultivo se expandiu para os estados da Bahia e Mato Grosso. Do fruto da Paullinia cupana, nome científico do guaraná, é possível extrair a semente torrada (conhecida também como ramas). Enquanto que das sementes torradas podem ser obtido o xarope (consumido diretamente como bebida energética ou usado para a produção de refrigerantes gaseificados), o bastão (usado para ralar e obter o pó) ou o pó concentrado. Devido ao grande potencial dessa cultura, tanto no que concerne às características medicinais como a rentabilidade, o guaraná se tornou importante matéria-prima para as indústrias químicas, de refrigerantes e de cosméticos. De acordo com o levantamento feito pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a produção de ramas de guaraná no Brasil está estimada em 4.300 toneladas por ano, sendo que desse total 70% é absorvida pela indústria de refrigerante (sob a forma de xarope) e os 30% restantes abastecem o mercado interno e externo, na forma de pó, xarope e bastão. Várias são as propriedades estimulantes da semente torrada do guaraná: aumenta a resistência do organismo e diminui a fadiga. De acordo com informações do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o pó do guaraná é antitérmico, antineurálgico, antidiarréico, estimulante, analgésico e antigripal. Na semente é possível encontrar ainda teobromina, cafeína, amido, ácido tânico, cálcio, timina, vitamina A, ferro, fósforo, potássio e fibras vegetais.
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Conscientização
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Ceagesp e Conpet orientam motoristas sobre emissões de gases e economia de diesel Técnicos verificam níveis de fumaça emitida pelos veículos na entrada do ETSP A parceria firmada, desde março através do convênio entre a Ceagesp e a Petrobras , por meio do Conpet (Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural), visa à orientação dos condutores de caminhão sobre a importância da manutenção preventiva nos veículos, focando a diminuição da emissão de poluentes. O trabalho é parte da busca por sustentabilidade na Ceagesp. Técnicos do Conpet verificam os níveis da fumaça emitida pelos caminhões, a pedido dos motoristas - cerca de 10 mil veículos circulam diariamente pelo entreposto, o maior da América Latina - , na entrada da Ceagesp. Ao final da inspeção, os motoristas dos caminhões recebem um relatório informando sobre o resultado do teste. Caso o veículo esteja lançando emissões acima do nível permitido, os condutores são orientados sobre a melhor maneira de manter seus veículos em bom estado, garantindo uma vida útil maior do caminhão e evitando multas. Para o Conpet, os motoristas só têm a ganhar com o projeto: “Esse projeto é muito positivo, pois por meio destes testes
podemos orientar os caminhoneiros sobre as condições dos veículos, gerando uma mentalidade anti-desperdício de com-
bustíveis, com ganhos reais para o bolso dos caminhoneiros e para o meio ambiente”. As multas por emissão ex-
cessiva de fumaça preta são pesadas – 60 unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), chegando a cerca de R$ 1.047. Em casos de reincidência, os valores são dobrados, até o máximo de 480 Ufesp, mais de R$ 8,3 mil. O posto de realização dos testes fica em frente ao Portão 3 do entreposto paulistano, na avenida Dr. Gastão Vidigal. A adesão ao programa é livre e o participante não tem nenhum tipo de despesa. O contrato entre a Ceagesp e o Conpet é de três anos. O Compet - Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural, foi criado em 1991, é coordenado pelo Ministério das Minas e Energia e executado com recursos técnicos, administrativos e financeiros da Petrobrás. Mais informações sobre o programa podem ser acessadas na internet: www.conpet.gov.br. O entreposto paulistano da Ceagesp é o maior do país, registrando movimento diário intenso de veículos emissores de fumaça preta, sendo o local ideal para a instalação do posto de orientação do Conpet. Estudos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo) mostram que os caminhões, ônibus, vans e picapes que utilizam diesel como combustível, respondem por 28,51% das 63 mil toneladas de material particulado lançadas anualmente na atmosfera na Região Metropolitana de São Paulo. Os meses frios do ano, que se caracterizam pelos períodos longos sem chuva e sem ventos, favorecem a concentração de poluentes na camada mais baixa da atmosfera, aumentando o desconforto e o número de internações hospitalares e de mortes por doenças respiratórias e cardíacas. É por este motivo que a Cetesb intensifica as ações de controle neste período do ano, especialmente para reduzir as emissões de fumaça preta pelos veículos com motores diesel. O trabalho em andamento é educativo e não tem caráter de fiscalização. Ele visa à orientação dos condutores de caminhão sobre a importância da manutenção preventiva nos veículos, com foco na diminuição da emissão de poluentes. Aqui é possível avaliar se a emissão de poluentes do veículo está dentro da lei e receber orientação sobre o que deve ser feito, sem nenhum custo.
A Resolução 405 estabelece que a fiscalização poderá ser feita também pelo registro manual da jornada, por meio de diário de bordo ou ficha de trabalho. O descumprimento da norma é uma infração grave, sujeita a multa e retenção
do veículo. A lei estabelece um repouso de 11 horas por dia e descanso de 30 minutos a cada 4 horas trabalhadas. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a regulamentação é um avanço para a categoria e visa à redu-
ção de acidentes provocados por cansaço dos motoristas profissionais. A Resolução 405 entra em vigor em 45 dias. Até lá, os órgãos de trânsito devem orientar os condutores sobre as medidas e implantar campanhas educativas sobre o tema.
LEI
Contran regulamenta jornada de trabalho de motoristas profissionais Agência Brasil
Foi publicada no dia 14 de junho, no Diário Oficial da União, a regulamentação da jornada de trabalho dos motoristas profissionais. As resoluções 405 e 406 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) detalham como será feita a fiscalização sobre as horas de descanso obrigatórias, previstas na Lei 12.619/2012. As medidas alcançam o motorista profissional dos veículos de transporte e de condução de escolares, de transporte
de passageiros com mais de dez lugares e de carga com peso bruto total superior a 4.536 kg. O controle do tempo de direção e descanso será feito pelo tacógrafo, registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo do veículo. O equipamento é obrigatório para veículos de transporte escolar, de passageiro e de carga e deve ter a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), de acordo com a Resolução 406, que tem vigência imediata à publicação.
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Sucesso
Festival de sopas da Ceagesp está de volta dos anos 1970. Mais uma vez, o resgate dessa tradição está sob o comando do cozinheiro Ivair Félix, chef que assina o re�inado cardápio do Hotel Rancho Silvestre, em Embu das Artes, na Grande São Paulo. Uma das novidades apresentadas este ano será a sopa de chocolate com morango, além de outras delícias imperdíveis, como o creme de pinhão com cream cheese.
A temporada de sopas na Ceagesp começou dia 30 de maio e vai até 30 de setembro. Durante o festival gastronômico, cada pessoa poderá servir-se à vontade por R$ 21,90. Serão cinco tipos por noite, incluindo a sopa de cebola gratinada e normal. O restaurante, localizado no an-
tigo prédio do Unibanco, funciona quarta, quinta, domingo, das 18h até à 1h, e às sextas e sábados, das 18h até às 4h da madrugada Neste ano, mais uma vez também serão oferecidas novas opções de sopas, toda a semana, permanecendo sempre os dois
Projeto da Embrapa ajuda a diminuir desnutrição humana Iniciativa recebe recursos de consórcios de pesquisa, Fundação Bill Gates, Banco Mundial e agências internacionais O Biofort , coordenado pela Embrapa, o projeto é responsável pela bioforti�icação - processo de cruzamento de plantas da mesma espécie visando à geração de cultivares mais nutritivas, ou seja, é o melhoramento genético tradicional - de alimentos no Brasil e objetiva diminuir os níveis de desnutrição de parte da população e aumentar a segurança alimentar através de maiores teores de ferro, zinco e vitamina A nos produtos. O projeto recebe apoio dos programas HarvestPlus e AgroSalud, consórcios de pesquisa que atuam na América Latina, na África e na Ásia com recursos �inanceiros da Fundação Bill e Melinda Gates, do Banco Mundial e de agências internacionais de desenvolvimento. No Brasil, participam mais de 150 pessoas de diferentes áreas de atuação de 11 estados brasileiros. Só da Embrapa, são 11 unidades que trabalham com alimentos que compõem a dieta básica da população, entre eles os quatro do projeto de Patrocínio (MG), que no ano passado ganhou unidades de para o desenvolvimento do projeto em quatro culturas: feijão, milho, batata-doce e mandioca.
tipos de sopa de cebola. Haverá opção ainda de couvert cobrado à parte, além de uma carta de vinhos chilenos e argentinos e sugestões de sobremesas. Realizado desde 2009, durante as comemorações dos 40 anos da estatal, o festival já caiu no gosto dos paulistanos. Se-
gundo a estatal, no ano passado, mais de 35 mil pessoas experimentaram os mais de 40 tipos diferentes de sopas servidas junto com as tradicionais sopas de cebola. Ícone da Ceagesp, a sopa de cebola fez muito sucesso no �inal da década de 1960 e começo
“Festival de Sopas Ceagesp 2012” De 30 de maio a 2 de setembro 4ª, 5ª e domingo, das 18h à 1h 6ª e sábado, das 18h às 4h Preço: R$ 21,90 (por pessoa) buffet self service de sopas (à vontade), couvert opcional cobrado à parte Pagamento: Dinheiro, VR, cartão de débito e crédito Visa e Mastercard Onde: No antigo prédio do Unibanco Entrada pelo Portão 3 (Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 - Vila Leopoldina) Estacionamento: gratuito no local
Festas juninas aumentam procura por alimentos típicos Festa junina que se preze tem que ter quentão e muita comida gostosa. Nas Ceasas, os ingredientes para o cardápio dos arraiais têm aumento de oferta neste mês. “A procura aumenta 50%, principalmente de pipoca e amendoim. Muitos mercados utilizam estes produtos inclusive na decoração de gôndolas”, conta Anderson Luis da Silva, vendedor da Itatiba Comércio de Cereais, da Ceasa Campinas. Segundo dados da Central, é possível observar uma ampliação na oferta de produtos tradicionais para as festas juninas neste período. O gengibre tem um volume ofertado 260% maior este mês que a média do ano todo. Só em junho são comercializados 69 mil quilos do produto contra 27 mil quilos, em média, nos outros meses do ano. O amendoim tem média ofertada de 15.600 quilos, mas em junho chega a 24.600, ou seja, 57,69% a mais. A batata doce sai das 315 toneladas médias mensais para 410.700 nesta época. O milho verde tem 11% de aumento na oferta e o de pipoca cresce 11,76%. O pinhão é um produto típico e que só é encontrado nesta época. Em 2011, a semente foi comercializada na Ceasa Campinas apenas entre março e julho. Mas, especi�icamente em junho, seu consumo cresce 155,93%, subindo da média de 27 mil quilos por mês, para 69.100. O produto que vem da araucária, planta nativa da região sul, tem colheita e comercialização controlada pelos órgãos ambientais para garantir a preservação da árvore.
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Cultura Caipira
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Queima do Alho leva comida de tropeiro à Rio+20
Público degusta o prato típico do interior paulista em espaço que tem moda de viola, comitivas e personagens que contam história do Brasil por meio da culinária RENATO SOUZA
A refeição tradicional do peão de boiadeiro está em destaque no Galpão da Cidadania. Durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), que acontece até 22 de junho na capital �luminense, a organização da Queima do Alho mostra um pouco da história daqueles que ajudaram a desenvolver a sociedade, a economia e a cultura do país. O prato, que remete ao modo de vida dos tropeiros, está sendo preparado pelos integrantes de Os Independentes, associação promotora da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, a maior do país. “Vale ressaltar que a ‘Queima do Alho’ não diz respeito apenas à comida do peão de boiadeiro. Da mesma forma que a palavra almoço não signi�ica apenas aquilo que vai dentro do prato, e, sim, todo um ritual que o ser humano pratica para valorizar o gesto de alimentar-se, a ‘Queima do Alho’ representa o momento em que esses personagens interagiam durante as longas e penosas viagens pelos estradões paulistas”, informa o site o�icial do evento. Os Independentes, a AGCIP (Associação de Gestão Cultural no Interior Paulista) e o pesquisador Edemilson José do Vale buscam o reconhecimento da Queima do Alho de Barretos como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira, com o intuito de preservar a culinária típica dos peões de boiadeiro. “Participar do Rio+20 reforça nossa convicção de preservar e divulgar as tradições caipiras inerentes às nossas raízes”, a�irma o presidente da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, Hugo Rezende Filho. A delícia O prato, que é composto por arroz carreteiro, feijão gordo, farofa de carne e churrasco, era a principal refeição dos peões de comitivas, que precisavam de um alimento de fácil conservação, que pudesse provê-los de bastante energia. Para a apresentação na Rio+20, foi montado um cenário que remete à culinária do peão de boiadeiro e às comitivas, com a presença de peões em trajes típicos e de duplas sertanejas tocando modas de viola. O toque do berrante, antigo instrumento artesanal, também é um elemento sonoro essencial no cenário. Além disso, estão sendo exibidos vídeos e fotos sobre a cultura do peão.
Osvaldo Ap. de Jesus, da Feira da Madrugada, Manelão, presidente da Nossa Turma, e Eduardo Hayek, presidente da Apesp
Concurso culinário agita Ceagesp
A segunda etapa do Queima do Alho, evento que reúne mais de 30 comitivas do estado de São Paulo, aconteceu dia 20 de maio no ETSP. A renda do concurso culinário caipira, que sempre
acontece na Praça da Batata, foi revertida à Associação Nossa Turma, organização sem �ins lucrativos especializada no atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
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Fitossanidade
IAC apresenta método que reduz em 50% a aplicação de agrotóxico
21 Técnicas consideradas simples podem ajudar o produtor rural a reduzir os custos de produção de suas lavouras, mas até mesmo os grandes produtores, muitas vezes, não utilizam importantes tecnologias já disponíveis devido à falta de informação. É o que acontece com o uso de adjuvantes – substâncias que melhoram a eficácia de uma determinada formulação de agrotóxicos – na citricultura. A utilização do produto, aliada à tecnologia de regulagem de pulverizadores desenvolvida pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, permite que o produtor reduza em até 50% a necessidade de agrotóxico e água na pulverização, diminuindo os custos do tratamento fitossanitário dos pomares e elevando a segurança ambiental, alimentar e do trabalhador através da redução dos desperdícios. Em 30 de maio, às 16h, o pesquisador e diretorgeral do IAC, Hamilton Humberto Ramos, vai proferiu a palestra “Avanços na tecnologia de aplicação em citros”, durante a 34.ª Semana da Citricultura. O evento, considerado o principal do setor, foi realizado pelo Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” do IAC, de 28 de maio a 1º de junho, em Cordeirópolis. O citros é uma cultura perene. Uma mesma planta pode produzir por até 15 anos. Com o passar dos anos, as copas das árvores vão ficando maiores, aumentando a área de cobertura da calda de agrotóxico. Tradicionalmente, o produtor rural calcula a quantidade de defensivos agrícolas que deve aplicar em sua propriedade por meio do volume de calda – mistura de agrotóxico com água – por planta ou hectare, não levando em consideração o tamanho das árvores. “Essa não é a melhor estratégia, uma vez que falhas na definição do volume podem resultar em sérios prejuízos ao citricultor, quer pelo cálculo errado da dose a ser aplicada, quer pelo escorrimento do produto da planta”, explica Ramos.
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Qualidade
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A evolução do consumo de sucos, néctares e sucos concentrados no Brasil Aqui estão os resultados com algumas observações:
Anita de Souza Dias Gutierrez e Cláudio Inforzato Fanale CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
No Brasil, os sucos de frutas são classificados e padronizados de acordo com as normas do Ministério da Agricultura, As normas técnicas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Codex Alimentarius, os padrões internacionais estabelecidos pelo FDA (Food and Drug Administration) americano e a legislação da Comunidade Europeia, são consultados na especificação e elaboração de parâmetros de qualidade e identidade. Na legislação estrangeira, a classificação se resume a néctar ou 100% suco de frutas (Frutas e Derivados, 2007) No Brasil, a confusão sobre as denominações dos diferentes tipos de preparação é grande, entre os consumidores e entre os comerciantes: polpa, suco, suco integral, suco tropical, néctar, refresco, suco concentrado. O que significa cada denominação, afinal? O Decreto nº 2.314, de 4 de setembro de 1997, que regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, estabelece que: • Néctar é a bebida não fermen-
tada, obtida da diluição em água potável da parte comestível do vegetal e açúcares ou de extrato vegetais e açucares, podendo ser adicionada de ácidos, e destinada ao consumo direto. Não é permitida a associação de açúcares e edulcorantes hipocalóricos e não-calóricos. • Polpa de fruta é o produto não fermentado, não concentrado, obtido de frutas, por processos tecnológicos adequados com teor de sólidos em suspensão mínimo, a ser estabelecido em ato administrativo do Ministério da Agricultura e do Abastecimento. • Suco ou sumo é a bebida não fermentada, não concentrada e não diluída, destinada ao consumo, obtida da fruta madura e sã,
ou parte do vegetal de origem, por processamento tecnológico adequado. • Suco concentrado é o suco parcialmente desidratado e deverá portar no rótulo o percentual de sua concentração. • Suco desidratado é o suco no estado sólido, resultado dadesidratação do suco integral. • Suco integral é o suco sem adição de açúcar e na sua concentração natural, sendo vedado o uso da designação para o suco reconstituído. • Suco tropical é o produto obtido pela dissolução, em água potável, da polpa de fruta polposa de origem tropical, não fermentado, de cor, aroma e sabor característicos da fruta, através de processo tecnológico adequa-
O gráfico abaixo mostra a evolução na base 100 da população brasileira e do volume consumido de suco concentrado e de sucos e néctares, entre 2002 e 2009
do, submetido a tratamento que assegure a sua apresentação e conservação até o momento de consumo. Os teores de polpa e as frutas utilizadas na elaboração do suco tropical serão fixados em ato administrativo do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, devendo ser superiores aos estabelecidos para o néctar da respectiva fruta. Existem ainda regulamentos técnicos de identidade e qualidade específicos para cada produto ou grupos de produto, do MAPA. Os dados levantados pela Canadean, empresa internacional de pesquisa, do consumo de bebidas no Brasil, mostra a evolução entre 2002 e 2009 do consumo de suco concentrado, sucos e néctares.
• A população brasileira cresceu 9% entre 2002 e 2009, de 176 para 191 milhões de habitantes • O volume consumido de suco concentrado cresceu menos que a população - de 1518 pra 1640 milhões de litros, uma variação do consumo per capita de 8,61 para 8,57 litros por habitante. • O volume consumido de sucos e néctares cresceu 159% entre 2002 e 2009 - de 179 para 464 milhões de litros, uma variação de consumo per capita de 1,02 pra 2,42 litros por habitante. • O consumo de suco concentrado cresceu 8%, semelhante ao crescimento da população, entre os anos de 2002 e 2009. • Os sucos concentrados mais consumidos são: laranja (19%), maracujá (16%), caju (15%) e uva (15%). • O volume do suco de limão concentrado cresceu 24% - o maior crescimento, seguido pelo tomate 17% e pela uva - 13%. • O volume consumido de sucos e néctares cresceu 159%. Houve um aumento do consumo per capita de 1,02 pra 2,42 litros por pessoa (137%), entre os anos de 2002 e 2009. • Os sucos e néctares mais consumidos são abacaxi (26%), caju (14%), goiaba (12%), laranja (12%) e limão (9%). • Os produtos de maior crescimento, de sucos e nectares consumidos, foram: goiaba (318%), manga (238%), maçã (176%), entre os anos de 2002 e 2009.
A tabela abaixo mostra o volume consumido de suco concentrado e de sucos e néctares em 2009, segundo a empresa de pesquisa Canadean
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Qual nossa participação na poluição do ar? A poluição do ar é um dos problemas ambientais mais graves enfrentados pela humanidade. Hoje as emissões do tráfego são as maiores causas
CQH com guia de variedades auxilia produtor O mundo das frutas e hortaliças é rico em cores, tamanhos, formatos, texturas, sabores e aromas. A cada dia, os agricultores investem em diversidade, na oferta ao consumidor de novos produtos, variedades, novas formas de apresentação e embalagens. Os institutos de pesquisa brasileiros como a Embrapa, o IAC – Instituto Agronômico de Campinas, as universidades e as empresas produtoras de sementes investem em melhoramento genético, no cruzamento e seleção de variedades com maior produtividade, resistência a pragas e doenças e características que atraiam o consumidor. O aproveitamento de toda essa diversidade, resultado do grande esforço do agricultor e da pesquisa, exige o seu reconhecimento e diferenciação pelo comprador. O Guia de Variedades, desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura (CQH) da Ceagesp, fornece um gabarito visual de identi�icação das principais variedades de cada produto e um quadro das características varietais. O trabalho é árduo, pois existem centenas de frutas e hortaliças, cada uma delas com muitas variedades. Já foram desenvolvidos guia de variedades para 20 frutas e hortaliças que respondem por 64% do volume comercializado na Ceagesp paulistana: abacate, abacaxi, alface, banana, batata, batata doce, cebola cenoura, chuchu, couve, laranja, maçã, manga, melão, melancia, pepino, pera, pimentão, repolho, tangerina e tomate, que somaram em 2011 mais de 2.100 mil toneladas. O técnico do CQH, Bertoldo Borges Filho,é o responsável pelo desenvolvimento dos guias e você pode ter acesso a eles em http://www.ceagesp.gov.br/ alimentacao/variedades, ou através do telefone (11) 3643827 e pelo email cqh@ceagesp.gov.br.
da poluição do ar. As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem
produzir vários efeitos negativos sobre a saúde. O Brasil, como todo país em desenvolvimento, apresenta um crescimento explosivo de suas regiões metropolitanas. Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar é uma das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. As emissões dos veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, prejudicam a saúde. Ela é composta por gases como: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), óxidos de enxofre (SOx), material particulado (MP), e outros. Os governos federais (Lei 10203 de 22/02/2001, Resoluções Conama 416-2009 , 4512012), estaduais e municipais (Leis 11.733 de 27/03/1995, 12.157 de 09/08/1996 e 14.717 de 17/04/2008) criaram leis e regulamentos para prevenir, desde a fabricação dos veículos, diminuir e punir a poluição do ar. Os veículos paulistanos já precisam passar pelo teste de emissão veicular para renovar a sua documentação. A OMS (Organização Mun-
AGRONOMIA E MEIO AMBIENTE Estude na Faculdade Cantareira
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Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
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Qualidade
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dial da Saúde) estabeleceu o padrão de ocorrência de 50 microgramas por metro cúbico (µg/m3) de material particulado como o máximo permitido. A qualidade do ar de São Paulo é considerada péssima, quatro vezes maior que o nível considerado aceitável pela OMS. O estudo “Mortalidade perinatal e poluição do ar gerada por veículos”, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo mostra estimativas de cerca de 860 mil mortes no mundo por ano, devido aos efeitos agudos e crônicos da poluição do ar. Os dados de frota de veículos do Denatran mostra o Brasil, em 2011, com uma frota de 66 milhões de veículos, sendo 32% no estado de São Paulo, com 21 milhões de veículos. As capitais concentram os veículos de cada estado: 86% em Roraima (Rio Branco) até 25% no Pará (Belém). A frota da capital paulista, com 6,4 milhões de veículos, responde por 31% da frota paulista. Qual é a participação do Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp na frota paulista e quanto contribuímos para a poluição do ar?
Produção de milho: a energia da agricultura familiar O milho é considerado um dos produtos mais importantes da agricultura brasileira, importância que se re�lete no aumento dos investimentos feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nos últimos anos. A cultura é a que mais recebe custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), capitaneado pelo MDA, ultrapassando a marca de R$1,3 bilhão em investimentos em 2011. O milho também �ica com a maior parte do valor destinado ao Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) - dos 92 mil pedidos de cobertura recebidos na safra 2011/2012, mais de 45 mil são de milho. Mais de 153 mil agricultores receberam o pagamento do seguro Garantia-Safra, referente à safra 2010/2011 - estimase que todos têm o milho como uma de suas principais culturas. “Ao todo são mais de 1,1 milhão de produtores de milho segurados pelo ministério”, informa João Luís Guadagnin, diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA. “Para o agricultor familiar o milho é o principal fornecedor de energia tanto para a alimentação humana quanto animal”, a�irma Guadagnin. Seja cozido, na pamonha, como pipoca, no bolinho, o ingrediente faz parte do cardápio dos brasileiros de norte a sul. Além do sabor, o milho é uma grande fonte de energia, com alto nível de carboidratos, vitaminas B1 e sais minerais. E não se pode esquecer da sua importância também para a alimentação animal, sendo o principal componente da maioria das rações. O cultivar está em quarto lugar na lista de produtos da agricultura familiar, perdendo apenas para arroz, feijão e mandioca. Segundo o senso agropecuário de 2006, foram mais de 42 mil toneladas de milho - o equivalente a mais de 48% da produção brasileira.
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Qualidade
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A construção do sabor do abacaxi havaí Quando colhido antes do tempo certo, fruto apresenta sabor desagradável 7. Frutos individuais atingiram, nas duas últimas semanas de coleta, as características desejáveis de sabor.
Thiago de Oliveira Fabiane Câmara Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O abacaxi Havaí vem perdendo espaço para o abacaxi Pérola, nos últimos anos, por seu sabor mais ácido. O abacaxi Havaí produzido nos meses de verão, no final e no começo do ano, colhido maduro, é maravilhoso, cheiroso, suculento, mais doce e menos ácido que o Pérola. A descontinuidade de oferta de qualidade é uma das principais razões da perda de mercado do abacaxi Havaí. O consumidor troca o abacaxi Havaí pelo Pérola para não ter surpresas desagradáveis. O grande desafio é produzir abacaxi Havaí saboroso durante todo o ano. Todas as frutas, principalmente as frutas não climatéricas como o abacaxi, acumulam os compostos responsáveis pelo sabor na sua maturação. A colheita antes do tempo é a receita certa para um fruto sem sabor ou de sabor desagradável.
8. Os frutos foram divididos em três partes: basal, mediano e apical. A menor diferença de acidez titulável, entre as partes basal e apical, aconteceu na semana 28, sinal de maior uniformidade entre as partes (Figura 02) e de diminuição do acúmulo de acidez. 9. A maior diferença de sólidos solúveis, entre as partes basal e apical, aconteceu na semana 28, caindo até a última coleta, até 1,28 - relação entre os teores de sólidos da parte basal e apical (Figura 03). 10. O primeiro sinal de translucidez (acima de 1) na parte basal aconteceu na semana 26 e na parte apical na semana 28.
Figura 01 Evolução do Teor de Sólidos Solúveis e da Acidez Titulável médios, ao longo das semanas (22 a 30)
11. A firmeza do fruto (textura) diminuiu a partir da semana 24. 12. Os primeiros sinais de translucidez aparecem na semana 26 e chegam à etapa 3 de translucidez na semana 30.
O estudo desenvolvido pelo Centro de Qualidade em Horticultura da CEAGESP, em parceria com um produtor de abacaxi de Guaraçaí, teve como objetivos:
1º Avaliar o efeito da época de colheita nas características do fruto 2º Avaliar o efeito da época de colheita no sabor do fruto
3º Avaliar se é possível oferecer ao consumidor um abacaxi Havaí saboroso no período estudado, com o conteúdo sólidos solúveis igual ou superior a 12 º Brix (sólidos solúveis), acidez titulável menor ou igual a 0,6, e a relação entre sólidos solúveis e acidez titulável superior a 20. Os frutos estudados vieram de uma roça de abacaxi plantada em maio de 2010 e induzida em dezembro, com a sua primeira colheita programada para a semana 24 (3ª semana de junho). Uma parte da lavoura foi reservada para o estudo e as colheitas foram feitas da semana 22 à semana 30 (8 colheitas). A primeira e a segunda colhei-
Figura 02 Evolução da relação, entre os terços basal e apical de sólidos solúveis e acidez titulável do abacaxi ao longo do tempo
ta foram feitas antes da semana programada e seis colheitas foram feitas depois. Uma caixa de frutos foi analisada em cada semana. Cada fruto foi dividido em três, para avaliar a diferença entre as partes em cada estágio. Os resultados foram bem interessantes e permitiram entender melhor o metabolismo de abacaxi, o processo de acúmulo de açúcares e ácidos. Aqui estão alguns dos resultados:
1. Os frutos colhidos na mesma
semana apresentaram grande desuniformidade de translucidez, sólidos solúveis, acidez titulável, coloração. 2. O conteúdo médio de sólidos solúveis (º Brix) apresentou grande crescimento a partir da 25ª semana até à 30ª semana, última coleta (Figura 01).
3. O fruto, colhido duas semanas depois da semana atual de colheita, apresenta um conteúdo médio de sólidos solúveis 36% superior ao da semana programada para a colheita.
4. A acidez titulável cresceu até à 28ª semana e caiu na 29ª e na 30ª semanas. O maior crescimento da acidez acontece a partir da 26ª semana (Figura 01). 5. Nas semanas 26, 29 e 30, o conteúdo de sólidos solúveis subiu e a acidez caiu (Figura 01).
6. Os conteúdos médios de sólidos solúveis e de acidez, necessários para um sabor adequado, não foi atingido, mesmo na última semana de avaliação – 30ª, quando ocorreram frutos bem amarelos e com sabor passado.
13. Os conteúdos médios de sólidos solúveis e de acidez, necessários para um sabor adequado, não foram atingidos mesmo na última semana de avaliação – 30ª, quando ocorreram frutos bem amarelos e com sabor passado. Alguns frutos individuais conseguiram atingir o conteúdo médio de sólidos solúveis, a acidez titulável e a relação entre sólidos solúveis e acidez, para um sabor adequado.
14. A colheita do fruto, duas semanas depois da data programada, permite um conteúdo de sólidos solúveis 36% superior ao da semana programada para a colheita -24ª semana. 15. O primeiro sinal de translucidez na parte basal aconteceu na 26ª semana, duas semanas depois da colheita programada.
16. O primeiro sinal de translucidez na parte apical aconteceu na 28ª semana, semana de início da queda da acidez titulável. Vamos repetir o estudo e tentar avaliar lavouras com diferentes manejos de água e adubação.
Um jornal a serviço do agronegócio
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Qualidade
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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
Thiago de Oliveira Viviane de Oliveira CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
A mandioca é uma boa fonte de energia (100 gramas fornecem 30,1 gramas de carboidratos), de fonte de minerais, potássio, cálcio, fósforo e de vitaminas do complexo B e possui grande quantidade de �ibras. A mandioca é uma planta de mil utilidades. A variedade de mesa ou mansa é consumida frita, cozida, na forma de pão, sopa, bolo entre outras preparações. A mandioca para indústria ou brava é utilizada para a produção de inúmeros produtos como as féculas e os amidos modi�icados, como matéria prima para papéis fotográ�icos, colas, cervejas, tintas, vestuário, embalagens biodegradáveis, álcool combustível e de alimentos como farinha de mandioca, sagu, pão de queijo, biscoito de polvilho, tapioca, mandiopã. É uma planta nativa, parte importante da alimentação dos índios, desde o descobrimento do Brasil, e da população do norte e nordeste brasileiro. A produção de mandioca acontece em todos os estados brasileiros, sendo a Bahia, o Maranhão e o Pará os maiores produtores. Ela dobrou de 1995 até 2006 para 16 milhões de toneladas e 2,7 milhões de hectares. A responsabilidade pela sua produção é compartilhada por 832 mil propriedades, que empregam três milhões de pessoas, predominantemente agricultores familiares (89% da área e 91% das propriedades). O Estado de São Paulo produz 2% da produção brasileira, mas é a origem de 97% da mandioca comercializada na Ceagesp paulistana, onde o volume comercializado aumentou 23% entre 1999 e 2010, de 19.66 para 24,23 mil toneladas. No ano passado, o volume caiu 17% ante 2010, passadno para 20,69 mil toneladas. Os dados do POF sobre o consumo de alimentos do IBGE mostram o consumo de médio de 6,1 gramas por dia de mandioca fresca e 7,1 gramas de farinha mandioca. Existe grande diferença de consumo entre as regiões brasileiras. A Região Centro-Oeste tem o maior consumo de mandioca fresca (11,6 gramas por dia por pessoa) e a Região Sudeste o menor (3,8 gramas). A Região Norte tem o maior consumo de farinha de mandioca (46,2 gramas por pessoa por dia) e Região Sul o menor (0,2 gramas). O consumo de mandioca fresca na zona rural é o dobro da zona urbana. O Entreposto Terminal de
Agora é a vez da mandioca São Paulo da Ceagesp comercializou em 2011, 1725 toneladas por mês, originários de quatro estados brasileiros SP, ES, MG e PR, sendo o estado de São Paulo responsável por 97%. A região de Sorocaba responde por 55% deste volume, tendo o município de Capela do Alto, uma participação de 32%. De maio a setembro ocorre a maior oferta, já os meses de fevereiro e outubro são os de maior variação, com crescimento e diminuição da oferta, respectivamente. No período de maior oferta, maio a agosto, a variação de preço é menor mantendo-se estável em torno de R$ 0,75/kg em 2011. Os picos de preço acontecem nos meses de dezembro e fevereiro, com preços médios pouco acima de R$1,00/kg, os de menor entrada da raiz. A mandioca é vendida em caixas, a maioria de madeira do tipo “K” e pequena parte em caixas plásticas. A entrevista com os atacadistas, realizada pelo Centro de Qualidade em Horticultura da em março mostrou que os fatores mais importantes na diferenciação de valor da mandioca são tamanho, qualidade e embalagem, nesta ordem. Aqui estão algumas das informações levantadas sobre as causas de diferenciação de valor:
1. Maior uniformidade das raízes, tamanho e ao diâmetro – melhor classi�icação e embalamento;
2. Menor tempo entre a colheita e a venda. O ataque de microorganismos e reações enzimáticas de deterioração do amido, escurecem a polpa da raiz da casca para o centro, e promovem a a deterioração da mandioca; 3. Testes preliminares, realizados no CQH, mostram que algumas raízes mesmo armazenadas sob refrigeração, apresentavam um início de processo de conversão do amido por fermentação e deterioração, logo no segundo dia de coleta das amostras; 4. A deterioração tem efeito na qualidade culinária. No teste de cozimento, as raízes mais escuras apresentaram uma �irmeza (lb/pol² - medidas em penetrômetro “Newtoniano” manual) maior que as raízes mais frescas.; 5. A variação entre tamanhos e qualidade entre raízes da mesma caixa é muito grande. Na “boca” da caixa estão as raízes mais uniformes e frescas e no fundo estão as raízes muito �inas, com a polpa exposta no meio, e em estado mais avançado de fermentação e ação de
outros microorganismos oportunistas, como o Fusarium e o Penicilium, com perda de qualidade e valor para toda a caixa;
6. A qualidade culinária da mandioca é uma incógnita e a sua avaliação exige um teste de cocção no momento da venda. É preciso desenvolver uma metodologia simples de avaliação da qualidade culinária e que não exija a cocção da raiz. O grande crescimento da venda em carriolas na rua, com mandioca descascada na hora, e garantia de qualidade culinária, mostra a demanda que existe por mandioca fresca de boa qualidade.
O desenvolvimento de um teste de qualidade culinária exige a medição dos diferentes atributos da mandioca e a sua relação com a qualidade culinária. Estão sendo avaliadas nas amostras de mandioca coletadas no mercado: a densidade (peso/ volume), o teor de matéria seca, a facilidade de rompimento da casca interna (mesoderma) e o tempo de cozimento. Algumas correlações já observadas apontam para a utilização da densidade da mandioca crua com uma possível ferramenta de avaliação da qualidade culinária. As raízes com maior densidade têm maior conteúdo de matéria seca e não apresentam boa qualidade culinária – são duras.
O estabelecimento da correlação entre densidade e qualidade culinária permitirá, que com uma solução padrão amostral possamos avaliar a qualidade culinária da raiz. Só precisaremos ter uma solução da densidade estabelecida e colocar uma amostra de mandioca dentro. Se a mandioca afundar ela não estará boa para cozinhar. A correlação conseguida entre densidade e qualidade culinária é boa. O Centro de Qualidade em Horticultura está recebendo agora para teste pés de mandioca de lavouras conhecidas, através de parcerias com produtores. É preciso entender que outros fatores interferem na qualidade da mandioca - fatores pré-colheita, como idade da planta, tempo de colheita, índice pluviométrico, tipo de solo e de colheita e pós-colheita. O estudo permitirá outras informações sobre a mandioca como as opções de escolha do produto, indicando Índice de Valoração, sazonalidade, opções de escolha, o padrão mínimo de qualidade, tabelas de equivalência (correlação entre os tipos e classes dados pelos atacadistas e uma medida mensurável) e índice de aproveitamento, que fazem parte do Programa HortiEscolha. Mais informações: cqh@ceagesp.gov.br (11) 36433825
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Cá entre nós
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Um mês de grandes comemorações Por Manelão
Em nome da Associação Nossa Turma, eu agradeço às pessoas e às empresas que ajudaram a realizar a festa da Queima do Alho, no dia 20 de maio. Alguns comerciantes ajudaram com valores, comprando convites e doando produtos para o evento. A comitiva vencedora foi a “Vagar com a Pinga”, de Osasco. Mas a barraca mais concorrida foi a da comitiva “Capiau”, que serviu mais de 400 pratos e foi a grande vencedora da simpatia do público e conquistou o voto popular. A cantora Rebeca Angel e o balé infantil do Raul Gil puseram a criançada para dançar; Thaís e Eduardo, representantes dos produtores de flores, cantam cada vez melhor; Amon Violeiro homenageou os artistas que já se foram, Tião Carreiro e a dupla Tonico e Tinoco. Com a viola e sua voz, levou o público às lágrimas, numa belíssima apresentação. No dia 22, a abertura da Femetran reuniu carregadores, vendedores, permissionários, colaboradores, produtores e o mais interessado no evento: o nosso irmão da estrada, o motorista de caminhão. Me senti honrado em ser convidado a cortar a fita da abertura da feira na companhia da jovem Amélia, deste Jornal Entreposto. Aí fomos convidados a levar os alunos da Nossa Turma para visitar os veículos expostos. As crianças adoraram e puderam sabo-
rear um lanche gostoso, servido pelos organizadores da feira. Dia 26 foi a vez do Dia da Saúde, organizado pelo Rotary Alto da Lapa, UBS Lapa, voluntários dos Correios e alunos da Faculdade Vital Brasil. A ação reuniu pediatra, clínico geral, ginecologista, massagista, dentistas e o cardiologista Paulo Frange, que sempre examina os nossos atletas quando vão fazer peneira nos times de futebol. Ao todo, houve perto de 500 pessoas que participaram das atividades. O público teve a oportunidade de ouvir palestras sobre álcool e drogas, e sobre alimentação saudável, ministrada pelas nutricionistas da Faculdade São Camilo, que deram a dica de que devemos colorir nosso prato com legumes e verduras, abolir o refrigerante e consumir frutas e sucos naturais. No dia 7 de junho, a Ceagesp realizou, no galpão dos carregadores, a missa de Corpus Christi, cujo celebrante foi o padre Dorival, da paróquia Nossa Senhora dos Remédios, que abençoou o presidente José Pinheiro e a nova diretoria empossada do sindicato. Durante a celebração, o diretor Antonio Josafá e sua esposa Maria comemoraram os 28 anos de casamento e os carregadores Mateus e Venceslau, que trabalham no mercado desde o primeiro dia de funcionamento e hoje estão com a saúde debilitada, receberam uma benção especial.
Alunos da Nossa Turma visitaram os veículos expostos na feira e fizeram um lanche no estande da Femetran
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Ceasas do Brasil
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Índice Ceagesp aponta alta de 4,17% em maio Os preços dos principais produtos comercializados na Ceagesp apresentaram aumento de 4,17% em maio. A elevação do Índice foi puxada pelos setores de verduras e legumes, que registraram aumento de 33,65% e 19,47%, respectivamente. Para o economista da Companhia, Flávio Godas: “As condições climáticas adversas como o frio intenso, as chuvas e a ocorrência de geadas em algumas regiões produtoras do sul e do sudeste do País, prejudicaram a qualidade e o volume ofertado das hortaliças no mês”. No ano, o indicador registra alta de 2,23%, porém, nos últimos 12 meses, ainda apresenta
Uva rubi
-23,9%
queda de 1,77%. Com o aumento significativo nos preços, as principais altas do setor de Verduras foram da alface crespa (95,1%), da couve (93,6%) e da couve-flor (69,2%). “Desde o início deste ano, as hortaliças (especialmente as folhosas) não apresentaram grandes majorações. No mês de maio, houve recuperação de preços e aumento da lucratividade dos produtores rurais, obviamente, daqueles que não tiveram perdas significativas”, avalia o economista. Já no setor de legumes as elevações foram da abobrinha brasileira (72,7%), da abobrinha italiana (44,6%) e do tomate (44,6%). O pimentão
Tomate
44,6%
CeasaMinas participa do Plano Nacional de Abastecimento Após encontro entre dirigentes e técnicos de centrais de abastecimento do Brasil no final de maio para aprovar a proposta de criação do Plano Nacional de Abastecimento (PNA), será entregue um documento com resoluções junto ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no último dia 5 de junho. O texto traz um conjunto de propostas de ações governamentais a serem adotadas, visando a promoção e o desenvolvimento do abastecimento e da segurança alimentar no país. O ponto de partida sugerido é a criação de um órgão capaz de articular as ações das centrais de abastecimento e criar uma diretriz macro estratégica para o abastecimento nacional. Para o presidente da CeasaMinas e da Abracen, João Alberto Paixão Lages, esta é uma grande oportunidade para as centrais de abastecimento e deve revitalizar o setor. Além de Minas Gerais, participaram da reunião rep-
resentantes das centrais de abastecimento do Distrito Federal, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Antes da reunião, 15 técnicos de centrais de abastecimento do Acre, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, incluindo a Ceasa Campinas, escreveram artigos sobre diversos temas de interesse do setor, como rastreabilidade dos produtos hortícolas, adequação de embalagens e capacitação de agentes. Cada artigo apresentava, além da situação atual do assunto no Brasil e no mundo, propostas de ações para o desenvolvimento do tema no PNA. A CeasaMinas contribuiu com 9 dos 19 artigos. Existe a proposta da adoção do Sistema de Informações de Mercados de Abastecimento do Brasil (SIMAB) por todas as centrais de abastecimento do país, para facilitar o entendimento do mercado.
amarelo (-28,4%), o pimentão verde (-10,2%) e a mandioca (-5,1%) tiveram queda nos preços. Outro setor a registrar aumento nos preços foi o de Pescados, com 2,72%. Anchovas (28,6%), a sardinha (25%) e a pescada (22,3%) tiveram as principais altas e as quedas foram da cavalinha (16,8%), da corvina (-12,3%) e do badejo (-8,5%). O Índice não computou alta ainda maior, pois o setor de Frutas, item de maior representatividade balizado pelo indicador, teve retração de 1,69%. As principais quedas foram do mamão formosa (-24,2%),
Couve-flor
69,2%
do mamão papaya (-22,9%) e da uva Rubi (-23,9%). As elevações ficaram por conta do figo (44,7%), do maracujá azedo (16,7%) e da goiaba (10,8%). O setor de diversos também teve queda nos preços de 0,90%. O coco seco (-7,6%), os ovos brancos (-8,1%) e os ovos vermelhos (-7,6%) foram às baixas. Já as altas foram da cebola nacional (14,8%) e do milho de pipoca estrangeiro (9,36%). Tendência
Com a chegada do inverno em junho, a expectativa é de que este quadro não tenha alterações. “A previsão é de um in-
Cebola nacional
14,8%
verno mais rigoroso neste ano, desta forma, as dificuldades na produção deverão ser maiores. Assim, legumes e verduras permanecerão com volume ofertado reduzido e preços em elevação”, antecipa Godas. A previsão para os setores de pescados e frutas é seguir em estabilidade. “Boas opções como o morango, a tangerinas, a laranja, a banana e a manga deverão influenciar positivamente no âmbito da oferta. Como há uma natural retração na demanda nesta época, os preços não deverão apresentar elevação, mesmo com os problemas cambiais e de fronteira na Argentina”, afirma o economista.
Sardinha
25%
Ceagesp registra aumento no volume de vendas O Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), da Ceagesp, registrou crescimento de 8,8% no volume comercializado no primeiro quadrimestre de 2012. Os comerciantes da maior central atacadista da América Latina negociaram 1.145.095 toneladas de hortifrutigranjeiros ante 1.052.154 toneladas registradas no mesmo período do ano passado, gerando um volume financeiro de R$ 1,64 bilhão nestes primeiros quatro meses de 2012. A condição climática favorável neste início de ano foi um dos principais motivos que impulsionou o aumento do volume comercializado. Os setores de frutas (8,4%), legumes (10,6%), verduras (3,8%), diversos (7,5%), pescados (14,1%) e flores (28%) apresentaram elevação do fluxo financeiro e em toneladas. No acumulado em volume de tonelada dos primeiros quatro me-
ses do ano, o tomate (10,5%), a laranja (10,4%), a batata (7,7%) e o mamão (4,0%) seguem no topo da lista dos produtos campeões de vendas. Em
2011, o ETSP recebeu produtos procedentes de 18 países, 23 estados, 1500 municípios e mais de 25 mil produtores rurais e fornecedores.
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VUC
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Espaço Apesp Espaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo
E a luta continua A população da Ceagesp é formada por produtores agrícolas, permissionários, carregadores, caminhoneiros e compradores que se abastecem diariamente, além de suas respectivas famílias. No dia 28 de março, como cidadãos, em livre direito de pensamento e manifestação, garantido pela Constituição Brasileira, e com ampla divulgação pela imprensa, essa população disse não ao pedágio na Ceagesp. Assim ocorreu a manifestação da cadeia produtiva de hortifrutigranjeiros, pescados e flores, contrária à imposição da Ceagesp do edital de licitação, que impinge mais uma taxa: a cobrança pela entrada e estacionamento de veículos de carga, num modelo inadequado, onerando sobremaneira a produção, distribuição e abastecimento de alimentos. Dois dias depois, em 30 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) acatou representação e suspendeu, para análise, o edital de licitação com a pretensa e absurda cobrança promovida pela Ceagesp. Desde então, a Ceagesp vem buscando sanar as inúmeras irregularidades apontadas no edital por nosso corpo jurídico. Mesmo com os reiterados pedidos de prorrogação de prazo para o cumprimento das exigências feitas pelo TCU, a Apesp acredita que isso não ocorrerá, pois não se tratam de meras inconsistências, mas sim, vícios insanáveis. Ainda assim, caso ocorra, um eventual novo edital vai gerar novas discussões. Informamos também que o assunto ainda não foi discutido perante o poder judiciário e fatalmente o será. Existe ainda, uma ação judicial (nº 006127-25.2012.8.26.0004) em trâmite pela 1ª Vara da Justiça do Estado de São Paulo do Fórum Lapa, em que a Ceagesp busca imputar a Apesp aos fatos ocorridos no dia 28 de março no entreposto, mesmo ciente de que todos participaram de livre e espontânea vontade, que aguarda o processo, atualmente a análise pelo magistrado, da réplica da Ceagesp. Alertamos também para outros fatos ocorridos na companhia, para que se reflita e se
pense no futuro do Entreposto Terminal de São Paulo. Além do edital de cobrança de pedágio, a Ceagesp licitou e contratou uma empresa para promover a comunicação visual do entreposto e outros. Porém, a empresa vencedora ainda não realizou os investimentos que deveria, conforme estipulado no respectivo instrumento contratual firmado com a Ceagesp, nem tampouco executou as sinalizações padronizadas e adequadas dos pavilhões, setores e demais locais do entreposto, confundindo a circulação de veículos e dificultando o trabalho de motoristas que não conhecem o mercado e o acesso ao local de descarga. Promoveu, ainda, uma licitação para a instalação e funcionamento de uma faculdade em local não divulgado. O que é absurdo, tendo em vista o espaço físico do mercado que, saturado e limitado, tem outras prioridades de natureza estrutural e operacional. Além disso, no dia 10 de agosto do ano passado, promo-
veu uma feira de caminhões que deslocou o varejão noturno realizado todas as quartas-feiras - conhecido e frequentado há muitos anos pelas famílias que ali se abastecem semanalmente – para um local desconhecido e inadequado. A consequência, óbvia e perceptível, foi a não realização do varejão, com prejuízos aos permissionários do varejo e do atacado, carregadores, produtores agrícolas e a própria população que, nesse dia, não foi abastecida. Por fim, tramita no Congresso Nacional, o projeto de lei das Ceasas brasileiras, com o objetivo de estabelecer o marco regulatório do setor. O projeto prevê que os setores público e privado, com suas potencialidades, num modelo adequado de boa governança corporativa, interajam de modo a revitalizar e dinamizar os entrepostos/Ceasas, haja vista a importância no contexto da cadeia produtiva e no sistema nacional de abastecimento. O deputado federal Padre João (PT/MG), presidente da Comissão de Seguridade Social
e Família (CSSF), desconhecendo que o projeto de lei foi elaborado pela Brastece em conjunto com o Ministério da Agricultura, representado pelo Prohort, Abracen e demais grupos técnicos, desconsiderou a importância do trabalho realizado pelos permissionários das Ceasas do Brasil e alterou o projeto de lei em seu parecer substitutivo, para que as atribuições de áreas, módulos e boxes, sejam licitadas com prazo de cinco anos. Essa possível alteração do projeto de lei tem provocado insegurança e incerteza quanto ao futuro de nossas empresas, funcionários e produtores. Sendo assim, representantes da Brastece participaram, em 18 de abril, da reunião da CSSF, em que seria votado o tal substitutivo. Através de entendimentos com o deputado dederal Toninho Pinheiro (PP/MG) conseguiu-se incluir um voto em separado pela aprovação do texto original. Sendo este, decisivo para a retirada do projeto da pauta de votação e também para que fosse constituída comissão para elaboração
Acesse o site: Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)
www.jornalentreposto.com.br
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de um novo texto conjunto com os setores envolvidos. O deputado Padre João constituiu uma comissão integrada pelos seus assessores Maurício Cortiniz Laxe e Uelton Francisco Fernandes, representantes da Brastece e da Ceagesp, para elaboração de sugestão do texto que será apresentado para votação na CSSF. A Brastece aguarda o envio do texto final e data em que será incluído na pauta de votação para planejar a participação da entidade na reunião da comissão. Foram realizadas reuniões nos dias 26 de abril e 3 de maio na Câmara dos Deputados, em Brasília, e no dia 14 de maio na sede da Associação dos Comerciantes da Ceasa Minas, em Belo Horizonte. Felizmente, após reunião promovida por Virgílio Villefort, presidente da Brastece, em Belo Horizonte, com a participação do deputado Padre João, de outros parlamentares, da Abracen e dos demais técnicos do setor, foi demonstrada a impropriedade da licitação e do prazo de cinco anos, tanto dos atuais quanto dos futuros contratos. Afinal, trata-se do setor que produz, abastece e alimenta as famílias brasileiras. A situação e as medidas tomadas pela Ceagesp, somadas à deterioração física dos entrepostos, causada pela ausência de investimento público e comprometimento operacional impactam e comprometem o funcionamento do mercado. Comercialização clandestina, não atendimento das demandas necessárias, limpeza inadequada - visto a sujeira e mau cheiro embora a conta limpeza terceirizada seja elevada pelo serviço prestado e a descontinuidade administrativa - também são fatores que prejudicam o bom andamento do entreposto. A Ceagesp deve ser administrada com austeridade e prioridade, pois aqui trabalha-se com produtos perecíveis que exigem eficiência e agilidade. Afinal, os entrepostos da capital e do interior movimentam mais de quatro milhões de toneladas de hortifrutigranjeiros, cereais, pescados e flores, produzidos em mais de 1.400 municípios brasileiros.
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Mercedes-Benz lança a Nova Sprinter A nova família Sprinter oferece maior capacidade de carga e traz novidades em tecnologia, segurança, economia, proteção ambiental e desempenho
A montadora MercedesBenz lançou, no dia 1º de junho, em São Paulo, a nova linha Sprinter, que, seguindo a categoria dos pesados, já está equipada com motores que atendem à legislação Proconvep-7. Chamados de OM 651LA, os novos motores estão mais potentes, econômicos e ecológicos. Estes propulsores trazem a tecnologia BlueEfficiency para os veículos comerciais leves, solução consagrada nos automóveis da marca. Com maior potência e torque, os veículos Sprinter ganham mais agilidade no trân-
sito, com melhores arrancadas e retomadas e também com maiores velocidades médias. “A Sprinter é referência de mercado em qualidade, agilidade, excelência, rentabilidade e satisfação do cliente”, afirma Dimitris Psillakis, diretor de Vendas e Marketing de Automóveis e Vans e de Desenvolvimento de Rede Brasil da Mercedes-Benzdo Brasil. “A nova geração irá proporcionar muito mais vantagens aos clientes, contribuindo para maior produtividade em suas atividades de transporte de carga ou de passageiros, resultando em maior rentabilidade”.
A Mercedes-Benz aprimorou ainda mais o seu nível de segurança, criando um novo padrão no mercado. Um dos principais diferenciais da nova Sprinter é a introdução do programa eletrônico de controle da estabilidade ESP Adaptativo® no sistema de freio, que consiste na integração dos já conhecidos ASR e ABS ao BAS e EBV, reduzindo significantemente os riscos de acidentes, mesmo em situações críticas, além de garantir maior domínio e estabilidade do veículo. O BAS reconhece a velocidade de acionamento do freio e reduz a distância de frenagem
de acordo com areação do motorista sobre o pedal de freio. Já o EBV reconhece o efeito no centro de gravidade do conjunto carga e veículo e ajusta a força de frenagem sobre as rodas de acordo com esse efeito. A nova Sprinter traz também um airbag maior para os acompanhantes do motorista (furgão e chassi) ou para os passageiros da primeira fila de assentos (van). Além disso, o tensionador do cinto de segurança funciona de forma associada com o airbag. O interior da Sprinter 2012 também foi totalmente modificado: mais portas-objeto,
painel que disponibiliza, opcionalmente, teclas para comunicação com o rádio e o telefone via Bluetooth. Além disso, a coluna de direção ajustável, tanto em altura como em profundidade, contribui para a melhor ergonomia. Com o novo sistema de ar condicionado, a temperatura no interior do veículo é mantida sempre num nível ideal, independentemente da temperatura externa e da radiação solar. Destaque para as vans, cujo ar condicionado de controle independente foi desenvolvido exclusivamente para o mercado latino-americano. A nova linha oferece maior capacidade de transporte, tanto no que se refere ao número de passageiros, no caso das vans, quanto ao volume de carga dos furgões e chassis. Isso se deve ao aumento das distâncias entre eixos (3.250 / 3.665 / 4.325 mm)e do PBT – peso bruto total, agora com versões de 3,50 / 3,88 / 5 toneladas.
Novidades • Novo motor OM 651, com tecnologia BlueEFFICIENCY, que assegura mais potência e torque, com menores emissões • Novo câmbio de 6 marchas, que propicia agilidade e baixo consumo • Exclusivo sistema ESP Adaptativo® e novos airbags elevam o padrão de segurança • Novo interior, novo ar condicionado e preparação para dispositivos eletrônicos • Design moderno e arrojado
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