Um jornal a serviço do agronegócio
Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - No 148 | setembro de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br anuário
Guia das empresas atacadistas das Ceasas do Estado de São Paulo
2012
Índice Ceagesp registra alta de 3,34% em agosto
ANO V | R$ 15,00
Negócios |
Agroecologia | PÁGINA 28 PÁGINA 12
PÁGINA 16
IB TR
UÍDO P A APOIO:
RA
DI S
Anuário chega a supermercados por meio de parceria entre APAS e Jornal Entreposto Guia é considerado importante ferramenta de negócios e teve sua distribuição encartada na Revista Super Varejo
Governo institui política para produção orgânica
Qualidade | PÁGINA 14
Campanha |
Ciência e tecnologia são responsáveis por aumento da produção de hortaliças
Ceagesp aposta na rotulagem de FLV
Ceasas| PÁGINA 12 Novas regras para abacaxi entram em vigor na CeasaMinas
PÁGINA 18
Diante da importância do rótulo na embalagem de hortifrutícolas, administração do entreposto cria ação para mobilizar profissionais do setor
Direção | PÁGINA 26
Mercado brasileiro de flores projeta fechar o ano com crescimento de 15% PÁGINA 4
Montadora apoia treinamento de caminhoneiros Geral
Alta
3,34%
Frutas Alta
6,41%
Legumes Alta
8,20%
Verduras
Baixa -24,21%
Índice Ceagesp - agosto 2012
Diversos Alta
12,92%
Pescado
Alta 1,39/%
ESPAÇO APESP | PÁGINA 30
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Eleições
Justiça Eleitoral faz campanha de esclarecimento sobre eleições
E
m busca do voto consciente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou no começo do mês a segunda fase da campanha de esclarecimento sobre as eleições municipais de outubro. A segunda etapa tem como tema a compra de votos e será veiculada nas emissoras de rádio e televisão de manhã, no horário do almoço, à tarde e à noite. O objetivo é mostrar ao eleitor a importância da participação nas eleições e de evitar a troca de votos por vantagens. Na propaganda, a Justiça Eleitoral alerta que quem vende seu voto ganha dinheiro sujo e perde a chance de votar por um futuro melhor. A campanha menciona também a acessibilidade. De acordo com a propaganda, os eleitores com necessidades especiais votarão, sem
dificuldade, pois serão dadas as condições necessárias.
Na campanha, serão abordadas ainda as questões sobre horário, comportamento no dia da eleição, a ordem em que o eleitor deve escolher seu candidato na urna e os documentos que poderão ser apresentados no momento de se identificar para votar. A segunda etapa da campanha, promovida pela Justiça Eleitoral, faz parte do tema Valorize Seu Voto. Vote pela Sua Cidade. Vote Limpo. A ideia, segundo o TSE, é incentivar a participação consciente dos eleitores em outubro – o primeiro e o segundo turno ocorrerão nos dias 7 e 28, respectivamente. Na campanha, a Justiça Eleitoral destaca a liberdade de escolha do
eleitor para votar em candidatos com a ficha limpa. No total, são oito vídeos que têm como personagens um mecânico, um palhaço e uma idosa. Há também vídeos sobre a conquista do voto, explicações sobre a urna eletrônica, a acessibilidade, orientações sobre como votar e informações sobre a compra de votos.
A Justiça Eleitoral incentiva o eleitor a levar a chamada “colinha” no dia das eleições, na qual devem estar os nomes e os números dos candidatos escolhidos. No primeiro turno, serão escolhidos prefeito e vereador. Em cidades com mais de 200 mil eleitores, pode haver segundo turno, quando o mais votado não atinge a marca de 50% mais um dos votos.
Turismo no site Acesse e leia as dicas para 39ª Festa de San Gennaro: www.jornalentreposto.com.br/turismo
Carolina de Scicco
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Editorial
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Primavera
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Mercado brasileiro de flores projeta fechar o ano com crescimento de 15% Aumento de renda da população e do número de pontos de venda são apontados como responsáveis pela expansão do setor de flores e plantas ornamentais, que em 2011 faturou R$ 4,3 bilhões Ao contrário de outros setores que sentiram a pressão da crise econômica internacional, o mercado brasileiro de flores tem se mostrado vigoroso, apresentando taxas de crescimento entre 15% e 17% desde 2006. Enquanto projeções apontam que o PIB (Produto Interno Bruto) do País não deverá crescer mais do que 2% este ano, o setor espera um aumento nas vendas da ordem de 15%, o que representa R$ 5 bilhões em volume de negócios. Segundo o Ibraflor (Instituto Brasileiro de Flores), a expectativa é que o setor aposte no mercado interno para atingir índices de crescimento tão favoráveis e aponta o número crescente de pontos de venda, especialmente em supermercados, como estímulo ao aumento do consumo. “O brasileiro gosta de consumir flores e plantas. Com a melhoria da renda, esses produtos passaram a ser uma opção de compra”, diz o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker. Além do poder de compra do brasileiro, o executivo destaca também a maior durabilidade dos produtos alcançada com a chegada de novas tecnologias aos campos de produção. De acordo com o instituto, o consumo médio anual no Brasil chega a R$ 20 per capita, enquanto em alguns países da Europa, o valor alcança R$ 140 per capita, fato que mostra que ainda há espaço para crescimento. “Estamos melhores que outros países em desenvolvimento e podemos crescer muito mais até chegar à média europeia. Por isso estamos otimistas uma vez que poderemos manter as altas taxas de crescimento do setor”, explica Schoenmaker. De acordo com Sílvia van Rooijen, presidente da Câmara Setorial Federal, o Brasil conta com nove mil produtores de flores e plantas, que cultivam cerca de 2,5 mil variedades. Ela aponta o mercado de flores como uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 194 mil empregos diretos. “O desafio agora é aumentar ainda mais o número de pontos de venda e manter a qualidade dos produtos”, diz van Rooijen.
Ceasas
Kees Schoenmaker: “Ainda tem muito espaço para o setor crescer e se aproximar dos números de consumo dos europeus
Números
9 mil produtores 12 mil
hectares de área cultivada
Mais de 300 espécies produzidas
40 centrais atacadistas
25 mil pontos
de venda no varejo.000; R$ 4,3 bilhões foi o faturamento em 2011
De acordo com dados do Ibraflor, o País tem hoje cerca de nove mil produtores de flores e plantas ornamentais que cultivam aproximadamente 12 mil hectares onde são produzidas mais de 300 espécies. No mercado interno, essa produção é comercializada em 40 centrais atacadistas e em 35 mil pontos de venda do varejo. “Em geral, é uma compra feita por impulso. Se o consumidor vai ao supermercado e vê a flor bem exposta, ele leva para casa”, opina o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker. O Estado de São Paulo é responsável pela produção e comercialização de 70% das flores e plantas do País. Santa Catarina e Minas Gerais ficam com o segundo e terceiro lugares respectivamente. Considerada a maior do gênero no País, a feira de flores do entreposto paulistano da Ceagesp comercializa mais de 200 espécies para todo o Brasil e também para outros países do Mercosul. Segundo dados da estatal, no ano passado foram comercializadas quase 52 mil toneladas de flores e plantas, o que gerou um movimento financeiro de R$ 222 milhões. Já a Ceasa Campinas, que mantém um mercado permanente de flores, movimenta uma média de quatro mil toneladas desses produtos por mês. Ainda que os números das centrais de abastecimento sejam expressivos, Schoenmaker classifica como “relativo” o peso das Ceasas no escoamento dos produtos oriundos de Holambra. Segundo ele, juntos, o entreposto paulistano da Ceagesp e a Ceasa Campinas são responsáveis por cerca de 30% das vendas no Estado de São Paulo. Sobre a comercialização desses produtos nas centrais de abastecimento, o presidente do Ibraflor ressalta que é preciso investir em modernização e infraestrutura. “As Ceasas funcionam do mesmo modo há 50 anos e em nenhum outro lugar do mundo os produtos são vendidos no mesmo lugar tanto para atacadistas como varejistas”, avalia Schoenmaker.
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Expoflora
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Expoflora celebra chegada da primavera e destaca tecnologia na produção É no cenário favorável vivido pelo setor que acontece, até 23 de setembro, a 31ª edição da Expoflora em Holambra (SP). Antiga colônia holandesa, a cidade é o maior centro de cultivo e comercialização de flores e plantas ornamentais do país, responsável por cerca de 35% a 40% das vendas do setor. O evento é considerado uma vitrine de testes para os novos produtos que deverão chegar às floriculturas até o próximo ano. Entre os lançamentos desta edição aparecem o lírio sem pólen, a curiosa planta ovo originária da Índia, o Ranunculus de corte, que parece uma rosa com muito mais pétalas, entre outros. Além desses lançamentos, os visitantes também podem verificar os produtos que foram lançados no ano passado, como os hibiscos dinamarqueses, a coleção de orquídeas coloridas, como se fossem pintadas à mão, graças a uma tecnologia importada da Holanda. Por falar em tecnologia, um vaso que não derrama água e impede a movimentação das flores de corte durante o transporte e um sistema de código de barras que permite ao consumidor, com o seu celular, verificar não apenas o preço e a procedência das flores e plantas, mas, também, assistir a um vídeo no qual aprende a cuidar do produto são outras novidades da Expoflora. Nem todas as pessoas que adquirem flores sabem como tratá-las para que tenham maior durabilidade. De olho nesses consumidores, a Fazenda Terra Viva, de Holambra, decidiu usar a tecnologia e incluir também orientações nos códigos de barras de seus produtos que podem ser escaneados e assistidos pela maioria dos celulares e câmeras,
por meio da leitura do QR-code (resposta rápida, na sigla em inglês). Basta que o consumidor fotografe o código de barras das embalagens dos produtos para ter acesso a inúmeras informações, desde as essenciais, como o nome da variedade e informações de cultivo, cuidados e dicas de decoração. Parte das informações é transmitida, inclusive, por vídeos. De acordo com Carlos Gouveia, gerente de Marketing da Fazenda Terra Viva, o QR-code estará disponível nas embalagens dos produtos a partir da Expoflora. Criado e produzido por uma empresa holandesa, o vaso que não derrama água é outra novidade apresentada na feira. Batizado de Porto Alegria, o vaso tem um anel removível e retentor, que evita o vazamento da água. O sistema conta com um tipo de espuma absorvente que funciona como depósito de água para manter as flores hidratadas. Basta molhar a espuma absorvente com meio litro de água com conservante e prender as flores nos dentes do anel retentor. Os caules devem ter contato com a espuma para que as flores permaneçam frescas, mesmo que tenham de enfrentar dois dias de transporte e mais dois ou três dias no ponto de venda. É o sistema de anel com dentes que fixa o buquê e impede a sua movimentação durante o transporte. “Este vaso pode resolver o problema de transporte enfrentado pelos atacadistas e floriculturas. Basta que eles criem um buquê e o encaixe no vaso, despachando-o para o consumidor”, aposta explica Jerry van der Spek, proprietário da Flores4all, empresa que detém o direito exclusivo de comercialização do produto no Brasil.
Produtores de flores pedem regras diferentes para registro de cultivares
Produtores de flores e plantas ornamentais solicitaram ao Ministério da Agricultura que o cadastro no Registro Nacional de Cultivares (RNC) deixe de ser obrigatório. O documento foi entregue após reunião da Câmara Setorial, realizada no dia 22 de agosto, em Brasília. Segundo o coordenador de sementes e mudas da pasta, André Peralta, atualmente não
existe amparo legal para tanto, mas há uma possibilidade de análise do pleito. “Nossos técnicos estudarão a proposta. Se for considerada pertinente, tomaremos providências para adequar o texto legal, que se encontra em revisão”, pondera. Atualmente, para produzir qualquer variedade o agricultor deve pedir registro no sistema RNC do Ministério. E,
de acordo com a presidente da Câmara Setorial, Silvia Van Rooijen, isso coloca o produtor numa situação passível de recebimento de multas administrativas, já que é difícil ter todas as cultivares registradas. “Calculamos que exista a necessidade de mais ou menos 14 mil registros para constar todos os produtos que estão no mercado hoje. O Ministério da
Agricultura nem teria, talvez, uma capacidade de funcionários para atender a todos”, enfatiza. Segundo Rooijen, as flores acabam concorrendo com culturas com grande impacto na segurança alimentar, que precisam efetivamente de registro, em razão da inclusão nos programas de zoneamento. “Então, com a proposta, a gente
também alivia o lado do Ministério, que está sobrecarregado de análises para fazer”, conclui. A presidente da Câmara disse, ainda, que o ofício elaborado reforça o pleito dos produtores. “Queremos que o governo reconheça que não tem sentido pedir RNC para flores e plantas porque são produtos que não têm zoneamento agrícola”, enfatizou Rooijen.
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Artigo
Flores e plantas ornamentais: a importância da moda e da novidade Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz **
Os consumidores e apreciadores de �lores e plantas ornamentais certamente já se acostumaram a acompanhar, a cada ano, o anúncio de novos lançamentos de espécies e variedades no mercado, especialmente por ocasião das feiras e exposições que marcam o início da primavera, em setembro. Neste contexto, vale a pena interrogar os pro�issionais atuantes nesta cadeia produtiva a respeito da importância socioeconômica e cultural deste fenômeno, cujas premissas fundamentais alinhavamos nas linhas seguintes deste artigo. Primeiramente, há que se reconhecer que o mercado de �lores e plantas ornamentais tende a acompanhar as tendências internacionais de moda e de decoração e, neste sentido, novos produtos precisam ser constantemente desenvolvidos e lançados moldando-se a estes gostos sempre mutantes. Isso envolve não apenas as cores das �lores e folhagens, mas também o formato e a arquitetura das plantas e das hastes, as texturas, tamanhos, presença ou ausência de perfume, entre tantos outros atributos. Em segundo lugar, é importante ressaltar que o mercado de consumo brasileiro não é homogêneo. Ou seja, coexistem nele diferentes segmentos e categorias de consumidores, os quais reproduzem algumas características e tendências, em certa medida, universais. No quadro que acompanha este texto, estão elencados alguns desses principais elementos, devendo-se desde logo esclarecer que as diferentes categorias de consumidores apontadas convivem social e geogra�icamente em um mercado tão grande e diversi�icado como o brasileiro. Assim, para as categorias de consumidores emergentes e plenos, �ica evidente o interesse e a importância que adquirem os novos produtos lançados periodicamente no mercado. Estes não só renovam o interesse e o gosto, mas também se adaptam a novas ocasiões e possibilidades de consumo. As fontes mundiais de inovação em variedades e cultivares (empresas dedicadas ao melhoramento genético, ditas obtentoras) localizam-se especialmente na Europa, EUA e Japão. O Brasil, assim como muitos
Consumidores de �lores e plantas ornamentais no Brasil e suas principais características Tipos de consumidores
Tradicionais
Emergentes
Plenos Fonte: Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado
Principais características do consumo Baixo índice de consumo per capita Pequeno número relativo de compradores Compras centradas em produtos tradicionais (rosas, crisântemos e poucas outras espécies) Consumo concentrado em ocasiões especiais (Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia Internacional da Mulher, Finados, outros)
Forte crescimento nos índices de consumo per capita Crescimento do número relativo de compradores Consumidores procuram mais do que os produtos tradicionais (diversi�icação de espécies e variedades) Mais oportunidades e ocasiões de consumo para presentear (aniversários, visitas, �ins-de-semana, Natal e outros) Aumento do consumo/desfrute pessoal
Pequenos índices de crescimento de consumo, tendentes à estabilidade nos valores de compra Múltiplas ocasiões de consumo/ consumo cotidiano Mais interesse em inovações e novidades Todas as novas tendências no uso de �lores e plantas são relevantes (decoração de interiores, estilo de vida e outras)
outros países do Hemisfério Sul, comporta-se como importador desses novos produtos, os quais aqui são multiplicados tanto para consumo no mercado interno, quanto para reexportação. Neste último segmento, o País possui, inclusive, uma larga experiência, sendo reconhecido como importante player mundial no que se refere à propagação e exportação de bulbos de gladíolos e amarílis, entre outros e estacas de crisântemos e de mudas sem raiz ou de raiz nua, tais como as de violetas, begônias, espati�ilo (lírio-da-paz) e comigo-ninguém-pode, além de outras espécies. Participam do segmento, também, outras mudas produzidas em torrões de substratos estéreis, como antúrios, calatéias, marantas e forrações diversas. Apesar deste histórico, o Brasil manteve-se durante um longo período de tempo, relativamente marginalizado do mercado de novos lançamentos de espécies e híbridos de �lores e plantas ornamentais, o que se devia às di�iculdades legais e operacionais da proteção de cultivares no País. Nas últimas décadas, contudo, esse quadro vem se alterando signi�icativamente. Desde a implantação da Lei de Proteção de Cultivares, que reconhece a propriedade intelectual sobre novas variedades vegetais e a adoção de melhores práticas de controle da exploração comercial dessas novas plantas, o número de espécies ornamentais registradas e protegidas tem crescido exponencialmente, abrangendo, cada vez mais, novas famílias e gêneros botânicos. Atualmente, segundo a Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais, no Brasil são cultivadas cerca de 350 diferentes espécies de interesse ornamental, das quais se origina um conjunto de mais de duas mil variedades. O contínuo crescimento e desenvolvimento do mercado de consumo e o aprimoramento do aparato legal e �iscalizatório da propriedade intelectual certamente garantirão que nós, brasileiros, continuemos a assistir ao belo e agradável espetáculo da renovação anual da pauta de espécies e variedades cultivadas. *Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/ CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.
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Artigo ECONOMIA
Crise e crédito Roberto Macedo
A aceleração da economia mundial na década passada foi o principal fator a estimular também o desempenho da economia brasileira nesse período, ampliando nossas exportações a melhores preços. Permitiu também a acumulação de reservas em moeda forte que tiraram o país da rota das crises cambiais que trafegou por muito tempo. O segundo fator importante a estimular o nosso PIB foi a ampliação do crédito no país. Para
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uma idéia do tamanho disso, em números redondos o crédito alcançava cerca de 25% do PIB em 2001, e chegou perto de 50% em 2010. Ou seja, aproximadamente o dobro do que era. Há quem enfatize também o impacto dos programas sociais do governo federal. Mas, a expansão dos gastos sociais, como os bene�ícios da previdência ampliados pelo crescimento do salário mínimo, signi�icou uma expansão perto de 3% do PIB, e
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mesmo hoje o programa Bolsa-Família representa menos de 0,5% do PIB. E foram recursos passados de um segmento social para outro, enquanto a expansão do crédito tem sua alavancagem própria, ligada a recursos �inanceiros e ao papel multiplicador do sistema bancário. Mesmo com a crise que veio em 2008, e com a da Eurozona mais recente, o crédito continuou se expandindo. Os últimos números, de julho deste ano, mostram que em 12 meses o crescimento foi de 17,7%. Mas, como dizem os economistas, o que interessa é o que se passa “na margem” ou na ponta dos acontecimentos. Em julho a expansão foi bem menor, pois ocorreu à taxa de 0,7% no mês, equivalente a uma taxa anual de 8,7%. E mesmo essa expansão bem menor só foi garantida pelo crédito direcionado, como o do BNDES e o imobiliário da Caixa Econômica Federal. E pesaram também os �inanciamentos de automóveis estimulados pela promoção “Pague menos IPI”, que é transitória, e pode ter muito de antecipação de compras. Ainda que não tenha alcançado níveis preocupantes, a maior inadimplência inibiu tomadores. A queda da Selic ainda não teve efeitos palpáveis. E, como era de se esperar, o menor spread, quando existe, �ica acessível apenas a clientes de menor risco. Dos pronunciamentos da equipe econômica, depreende-se que con�ia muito na expansão do crédito para estimular a economia. Mas, faltou “combinar com os russos”, como dizia o �ilósofo Mané Garrincha. A situação da economia mundial e nacional, neste caso particularmente da indústria, afeta negativamente as expectativas de consumidores e empresários, que levam em conta seus próprios riscos, e reduzem seu apetite por crédito. Com isso, será preciso que esse quadro de expectativas negativas se alivie de alguma forma, como, por exemplo, por um desenlace favorável da crise na zona do euro, para que a demanda se entusiasme a tomar mais crédito. Para atrair maior demanda, não bastam apenas os encantos com que o governo procura enfeitar o lado da oferta. Roberto Macedo, é economista (USP e Harvard), consultor econômico, sócio da consultoria Websetorial e professor associado à Faap. Foi economista do Banco Central, presidente da Eletros, do Sindigás e Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
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Negócios
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Setor de VUCs ganha feira exclusiva Grupo de Mídia Entreposto auxilia na promoção da VUC Fair, primeiro evento voltado aos veículos urbanos de carga Diante da tendência de crescimento do setor dos VUCs, veículos urbanos de carga, será promovida em fevereiro de 2013, a primeira VUC FAIR, evento que vai reunir mais de uma centena de empresas ligadas ao segmento. Os expositores estarão espalhados por mais de 18 mil metros quadrados no Pavilhão Oeste do Anhembi. O Grupo de Mídia Entreposto já está atuando como mídia de apoio, auxiliando e promovendo a feira que vai receber de 17 mil a 20 mil visitantes, entre empresas frotistas e empreendedores que dependem dos VUCs em seus processos logísticos nas grandes cidades brasileiras, que já proíbem caminhões e ônibus de circularem no centro expandido. “Entende-
mos a importância do segmento de VUCs e vamos ajudar na divulgação da feira dentro das Ceasas de todo o Brasil e em outros setores que envolvem o transporte de cargas”, garante o executivo do Grupo de Mídia Entreposto, Álvaro Vaccari. “Se compararmos os dados de emplacamentos de 2011 em relação a 2010, os VUCs cresceram 13, 77%, enquanto
caminhões anotaram aumento de 9,64%”, afirmou Gianfranco Linder, diretor da feira. Para ele, esse segmento da indústria automobilística merece tratamento diferenciado quanto às mostras setoriais. A proposta da organização é se posicionar como feira de negócios para o setor de veículos urbanos de carga. Montadoras, importadoras, bancos, segura-
doras, administradoras de consórcios, empresas de implementos entre outros estarão entre os expositores.
Parceria TecBan e Central Banking auxilia no desenvolvimento do comércio popular Empresas promovem o acesso bancário em regiões carentes de agências A TecBan, líder em redes de autoatendimento bancário em locais de acesso público, acaba de disponibilizar mais três caixas eletrônicos da Rede Banco24Horas na Feira da Madrugada, o maior centro de compras da América Latina, localizado no Brás, centro da cidade de São Paulo. O aumento nos números de terminais dentro da feirinha revela que a parceria entre a TecBan e a Central Banking continua promovendo o acesso bancário em regiões populares afastadas de bancos, mas com intensa movimentação comercial. Agora, o local conta com cinco máquinas de autoatendimento, instaladas em apenas dois meses, garantindo conforto e segurança as 70 mil pessoas que circulam por ali diariamente. A presença de caixas eletrônicos em grandes centros de compras auxilia no desenvolvimento da região e no progresso das relações comerciais, contribuindo para a economia da cidade.
Os compradores e visitantes do Hortifruti Pari, localizado no mesmo pátio que a abriga a Feira da Madrugada, agora também podem contar com a facilidade de um terminal da
Rede Banco24Horas. Em funcionamento desde o dia 13 de setembro, o caixa já registra elevado número de transações. A TecBan é a maior rede nacional de bancos e é a líder em
redes de autoatendimento. Preocupada em promover a bancarização de todas as classes sociais, conta com a assessoria da Central Banking na implantação dos terminais.
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Analistas reduzem estimativa de crescimento para 1,57%
Analistas do mercado financeiro projetam crescimento da economia cada vez menor. Pela sétima semana seguida, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, caiu e desta vez passou de 1,62% para 1,57%. Para 2013, a projeção foi mantida em 4%. As informações estão no boletim Focus, publicação semanal do BC feita com base em estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia. Também têm piorado, há 16 semanas seguidas, as projeções para a retração da produção industrial, este ano. Desta vez, a estimativa de queda passou de 1,89% para 1,92%. No próximo ano, a expectativa é que haverá recuperação, com crescimento de 4,25%, menor que a estimativa anterior (4,5%). A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 35,37% para 35,5%, este ano, e foi mantida em 34%, em 2013. A expectativa para a cotação do dólar ao final do ano permanece em R$ 2, tanto para 2012 quanto para 2013, há cinco semanas seguidas. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 18 bilhões, neste ano, e passou de US$ 14,57 bilhões para US$ 14,4 bilhões, em 2013. Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi ajustada de US$ 59,2 bilhões para US$ 58,22bilhões, este ano, e mantida em US$ 70 bilhões, em 2013. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 58 bilhões, em 2013.
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PROJETOS
Governo investe R$11 milhões em hortas comunitárias
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Agrícola
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O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) destinará R$ 11,1 milhões para o cultivo de hortas comunitárias, beneficiamento de produtos e comercialização em 42 municípios em situação de vulnerabilidade social. A seleção dos municípios ocorreu por meio de edital de Apoio a Projetos de Agricultura
Urbana e Periurbana. Ao todo 107 projetos foram inscritos. Destes 42 foram selecionados, 17 são do Nordeste, dez no Sul, oito do Sudeste, quatro no Centro-Oeste e três no Norte. Os projetos contemplam a produção orgânica de hortaliças, ervas medicinais e aromáticas, plantas ornamentais, criação de pequenos animais e
instalação de miniagroindústrias. As plantações atenderão para o consumo das famílias produtoras, podendo abastecer cozinhas comunitárias e restaurantes populares. A venda dos produtos ocorrerá quando houver excedente na produção e só poderá ser feita em feiras populares.
Variedade resistente à seca pode garantir boa produção Em cinco anos, a agricultura brasileira pode ganhar um aliado para superar problemas climáticos que ameaçam a produtividade no campo. Um grupo de pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) conseguiu isolar um gene do café resistente à seca. Os testes feitos em plantas de laboratório agora estão sendo estudados em culturas comerciais, como cana-de-açúcar, soja, milho, arroz e trigo. “O gene sozinho confere tolerância bastante longa em período de estiagem. Uma planta modelo conseguiu resistir até 40 dias sem água. As que não receberam o gene morreram em 15 dias.” O projeto começou a ser desenvolvido em 2007, quando 100 pesquisadores começaram a isolar os 30 mil genes do café, identificando as características de cada um deles. De acordo com Romano, a análise do gene resistente à seca estava voltada, inicialmente, para as regiões que mais sofrem com a estiagem no país. Apenas nesta safra, a produção de grãos do Semiárido nordestino sofreu perda de 80% em função da seca histórica que afeta a região. O resultado da experiência no campo deve ser apresentado no final do ano que vem, segundo Romano. “A gente acredita que vai funcionar porque a transgenia é capaz de expressar corretamente as características [testadas em laboratório] nas outras espécies e com isso será possível manter produtividade durante o período de estiagem, quando diminui a produção no campo”, disse ele. Além da expectativa de aumento ou manutenção dos níveis de produção, os pesquisadores acreditam que será possível reduzir custos e os impactos ambientais provocados pela atividade. Atualmente, a agricultura é apontada como responsável por 70% do consumo de água doce no mundo, em função, principalmente, das culturas irrigadas. “Uma série de culturas mantém produtividade à base de muita irrigação. Os custos disso são embutidos no produto final. Com menos necessidade de água, os custos vão diminuir também”, explicou o pesquisador.
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Ceasas do Brasil
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Novas regras para abacaxi entram em vigor na CeasaMinas
Ceasa/RJ adere ao pregão eletrônico A Ceasa/RJ realizou em agosto o primeiro pregão eletrônico para contratação de empresa especializada em segurança e vigilância armada para atuar em todas as seis unidades da empresa. De acordo com o presidente da Ceasa, Leonardo Brandão, o sistema de licitações através do pregão eletrônico é dos grandes avanços no processo de transparência e reformulação da empresa. “Estamos dando maior lisura a todos os procedimentos da Ceasa, pois qualquer cidadão pode acompanhar os processos de compras de forma mais ágil. Queremos, inclusive, reduzir os valores das compras”, explicou Brandão, acrescentando que a empresa capacitou uma equipe de funcionários para atuar como pregoeiros. O primeiro pregão contou
com 11 participantes e 258 lances. De acordo com informações da Secretaria de Planejamento de Estado do Rio de Janeiro, os pregões são realizados por meio de um sistema que representa, até agora, economia em torno de R$ 176 milhões para o Estado. Esta é a diferença entre os valores de referência estipulados para o total de licitações realizadas nessa modalidade e os valores arrematados, após a disputa eletrônica. O principal objetivo é racionalizar e padronizar os processos de gestão de suprimentos, desde a determinação de necessidades até o consumo final. Com a ampla utilização do sistema, o governo estadual tem acesso a uma base de dados sólida, que possibilita maior transparência e capacidade de planejamento do gasto público.
O mês de setembro começou diferente para o produtor rural Adir Antônio da Silva. Pela primeira vez, ele trouxe para a CeasaMinas os abacaxis que produz em caixas plásticas padronizadas e higienizáveis. Antes, a fruta era transportada e comercializada a granel, apoiada sobre capim. “O capim é anti-higiênico e pode trazer animais da lavoura para o mercado”, alerta o produtor. A nova postura de Adir visa atender à regra que passou a vigorar em 1° de setembro, segundo a qual o comércio de abacaxis no entreposto de Contagem só poderá ser realizado com o uso de caixas de papelão de primeiro uso ou plásticas padronizadas nos modelos 6418, 6424 e 6431. A nova medida foi solicitada pelas próprias entidades representativas dos produtores rurais e comerciantes de abacaxi, sendo acertada em reunião com a Administração da CeasaMinas. Por enquanto, ainda é permitido embalar o produto no mercado e comercializar os abacaxis a granel. Na etapa seguinte, a CeasaMinas voltará a se reunir com produtores e
comerciantes para debater a entrada somente de abacaxis embalados. “Vale lembrar, no entanto, que o uso da caixa de madeira, mesmo a nova, está proibido”, avisa Joaquim Alvarenga, chefe da Seção de Agroqualidade.
Segundo ele, a adesão dos produtores está sendo positiva, embora a venda a granel ainda seja maioria no mercado. “À medida que forem percebendo as vantagens, eles entrarão no processo”, acredita. Essas vantagens já estão sendo sentidas por Adir. “Na semana passada, gastei R$ 1 mil com caixas de madeira. Com o plástico, meu custo semanal não passará de R$ 400”, calcula. “O plástico é tudo. Quem aderir vão sair na frente. Vai chegar um ponto em que os produtores vão ficar com vergonha de trabalhar com o capim”, diz o produtor.
Lojas
Os benefícios não se restringem aos produtores no Mercado Livre do Produtor (MLP). Entre os lojistas, as vantagens das embalagens plásticas também já começam a ser conhecidas. “Para a qualidade do abaca-
xi, contribuiu demais. Agora ele está mais resistente e com mais brilho”, descreve Ildeu de Paula Ferreira, dono da D´Paula. “O que eu descarregava em 2 horas, agora descarrego em 20 minutos. Além disso, eram 300 frutas perdidas a granel. Agora, são 30 frutas perdidas com a caixa. E mesmo assim são frutas que já saíram da lavoura ruins. A perda com o transporte é quase zero”, aponta.
De acordo com Joaquim Alvarenga, tradicionalmente a maior parte dos abacaxis chegava ao entreposto a granel, sendo embalada no próprio mercado em caixas de madeira reutilizadas. A prática da reutilização contraria as normas vigentes, em especial a Portaria 816/06 do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que trata da prevenção a pragas. Segundo Joaquim, o aumento da fiscalização pelo IMA levou produtores e comerciantes a optarem pelo papelão de primeiro uso e o plástico padronizado. A norma visa facilitar a adequação dos usuários ao processo de modernização das embalagens na CeasaMinas.
Índice Ceagesp registra alta de 3,34% em agosto
Limão taiti
45,8%
restabelecimento do volume ofertado”, explicou. No ano, o indicador apresentou elevação de 12,76% e, nos últimos 12 meses, subiu 8,76%. Todos os setores registraram elevação dos preços praticados, com exceção do setor de verduras, que recuou 24,21%. As principais quedas foram registradas nos preços de alface lisa (-37,5%), brócolis (-35,1%) e almeirão(-30,5%). Não houve elevação de preços no setor de verduras. O setor de legumes apre-
Pelo quarto mês seguido, o Índice Ceagesp registrou elevação dos preços praticados e encerrou o mês de agosto com alta de 3,34%. De acordo com o economista da estatal, Flávio Godas, em agosto, os resquícios das condições climáticas negativas de junho, como excesso de chuva e frio acentuado, continuaram reduzindo a oferta de alguns legumes como tomate, quiabo, berinjela e pimentão. “Como são culturas mais longas, mesmo com o calor registrado no mês, não houve tempo para o
Berinjela 29,4%
sentou elevação de 8,20%. Entre as principais altas destacam-se quiabo (40,4%), berinjela (29,4%) e tomate (6,3%). Em frutas houve alta de 6,41%, com destaque para o limão taiti(45,8%), o figo (34,4%) e a uva rubi (22,1%). As principais quedas foram verificadas em morango (-33,5%) e goiaba (-5,8%). Já o setor de diversos apontou alta de 12,92%, nele não houve queda de preços. Entre as altas, as principais foram as de batata (31,9%), alho (12,4%) e ovos (7,9%).
Brócolis -35,1%
O setor de pescados, por sua vez, subiu 1,39%, sendo as principais altas as das anchovas (15%), do badejo (11,7%) e da tilápia (8,5%).
Tendência
A expectativa é de maior volume e queda nos preços já em setembro. As verduras caíram acentuadamente e, ao que tudo indica, permanecerão em trajetória de queda dos preços praticados em razão do restabelecimento integral do volume ofertado.
Batata 31,9%
“Algumas frutas podem apresentar elevação de preços em razão a menor oferta e o maior consumo em função do calor, principalmente do limão, do maracujá, do abacaxi e da melancia. Porém, o setor não deve apresentar altas significativas em razão da boa quantidade de opções de compra”, afirma Godas. “A batata, principal produto do setor de diversos, impulsionou os preçosdo setor. Não há margem para mais elevações, assim, o setor deve seguir estável”, finaliza o economista.
Anchovas 15%
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Agrícola
Tecnologia agiliza elaboração de mapas de solos Estudo realizado na Esalq, em Piracicaba, concluiu que a aplicação de tecnologias pode reduzir o tempo e os recursos utilizados na obtenção de mapas de solos, por meio de técnicas de Mapeamento Digital de Solos (MDS). O estudo com-
parou os mapas obtidos pelos métodos convencional e digital. A área analisada foi uma fazenda de 182 hectares cultivados com cana-de-açúcar, no município de Rafard, região de Piracicaba. Foram comparados dados de pesquisas anteriores
e do próprio estudo para passar informações da região para os pedólogos, cientistas do solo que produzem mapas pelo método convencional. O mapeamento digital se baseia em uma correlação de dados, como imagens de satéli-
te da área quando seu solo estava exposto (sem vegetação), a declividade do terreno e o perfil de curvatura, dentre outros. A partir da classificação desses dados, são obtidos padrões para se construir um mapa digital.
13 Suco de uva produzido no Brasil terá de conter, no mínimo, 50% de polpa ou néctar da fruta
O suco de uva produzido no Brasil terá de conter, no mínimo, 50% de polpa ou néctar da fruta. A determinação foi publicada na Norma Instrutiva 24 no dia 31 de agosto. Os produtores e empresários terão 180 dias para adequação à ordem. Os especialistas dizem que há diferença entre suco, polpa, sumo e néctar de frutas. De acordo com a legislação brasileira, a maioria dos sucos não pode conter água para pertencer a essa categoria específica, exceto no caso de alguns frutos, como os tropicais do tipo pitanga e tamarindo. O néctar, segundo estudiosos, é uma bebida adoçada e diluída em água, pronta para consumir. Há ainda o chamado refresco da fruta, que é a bebida com menor concentração de fruta. Nos supermercados e mercearias do país são vendidos a bebida em pó, o chamado suco de saquinho, que é utilizado em água. O Ministério da Agricultura informa que a produção de uva no país ocupa 81 mil hectares, destacando as regiões do Rio Grande do Sul que concentram 330 milhões de litros de vinhos e os chamados mostos - sumo de uvas frescas que ainda não tenham passado pelo processo de fermentação. Também há produção de uvas em Petrolina (Pernambuco), Juazeiro (Bahia) e no Vale do São Francisco.
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Agrícola
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Estudo melhora qualidade pós-colheita da framboesa Aparência atraente, sabor e aroma agradáveis são atributos já conhecidos da framboesa. No entanto, nos últimos anos, produtores, pesquisadores e consumidores aumentaram o interesse pelo fruto por apresentar ampla quantidade de efeitos biológicos como capacidade antioxidante, anti-inflamatória, anticancerígena e cardioprotetora. No entanto, o Brasil ainda não tem destaque como produtor mundial de framboesas e, de acordo com o IBGE, cultiva uma área de apenas 40 hectares, que resultam em uma produção anual de 240 toneladas, o que representa apenas 0,5% da produção mundial. “Um dos principais entraves à produção brasileira está relacionado com suas características pós-colheita”, comenta a engenheira agrônoma Jaqueline Visioni Tezotto. No programa de Pós-graduação em Fitotecnia, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq), Jaqueline avaliou o efeito da aplicação de técnicas pós-colheita na conservação da qualidade da framboesa in natura. De acordo com o estudo, a framboesa apresenta alta taxa metabólica, rápido escurecimento, perda de firmeza e incidência de po-
dridão. Na prática, apenas 48 horas após a colheita o fruto começa a perder a qualidade comercial. “Isso restringe a comercialização in natura e mantém a demanda maior do que a oferta”, reforça Jaqueline. A pesquisadora estudou o armazenamento refrigerado, o uso de atmosfera modifica-
da durante o armazenamento, a aplicação pós-colheita do 1-metilciclopropeno (1-MCP) e a aplicação pré e pós-colheita de quitosana. Segundo a autora do trabalho, todos os métodos de conservação pós-colheita testados trazem resultados positivos quanto à manutenção da qualidade da framboesa, embo-
ra nem todos ampliam significativamente o período de vida útil desse fruto. “Não há dúvidas quanto à necessidade de uso do armazenamento refrigerado em framboesas, sendo a temperatura 0ºC a mais indicada. O uso atmosfera modificada passiva, aliada à refrigeração, amplia o período de comerciali-
zação das framboesas, sendo o filme polietileno de baixa densidade (PEBD) o mais indicado”. Além disso, ficou constatado que a aplicação do 1-MCP aliada à refrigeração não aumenta a vida útil da framboesa, mas melhora a qualidade do fruto durante o período de armazenamento. “Observamos ainda que o uso da quitosana associado à refrigeração é eficiente na manutenção da qualidade da framboesa, no entanto, apenas a aplicação na pós-colheita amplia o período de comercialização. A melhor concentração para a pré e pós-colheita são 2 e 1 %, respectivamente”, aponta Jaqueline. A pesquisadora espera que resultados como estes possam ser repassados ao setor produtivo, resultando em melhoria na qualidade do fruto, que poderá chegar o consumidor com preço mais baixo. “Para os produtores, ampliar o período de vida útil da framboesa, mantendo sua qualidade, possibilitará que pequenos e médios produtores passem a cultivá-la e obtenham o rápido retorno econômico, dado seu alto valor agregado. A população terá um fruto de excelente qualidade sendo ofertado a menores preços”, conclui.
PRODUTIVIDADE
Ciência e tecnologia são responsáveis por aumento da produção de hortaliças O emprego de ciência e tecnologia são as responsáveis pelo aumento de 68% na produção brasileira de hortaliças e de 62% na produtividade nos últimos 10 anos. A afirmação é do chefe-geral da Embrapa Hortaliças, Celso Moretti, em palestra que abriu o II Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças no dia 20 de agosto, na Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP). Embora a produção e a produtividade tenham aumentado, a área destinada ao cultivo de hortaliças teve uma elevação de apenas 4%, o que demonstra, segundo o pesquisador, que ciência e tecnologia foram os insumos fundamentais para o alcance destes percentuais. “O país tem tecnologia, tem
material adaptado para produzir hortaliças de Norte a Sul”, afirmou. Moretti apresentou um panorama do mercado de hortaliças atual e perspectivas futuras, empregos das hortaliças na área de cosméticos e da saúde, os benefícios e as tendências de mercado. O mercado de hortaliças é altamente segmentado e diversificado com a produção concentrada em cinco espécies – batata, tomate, cebola, cenoura e melancia, sendo que o setor de agricultura familiar é responsável por 75% da produção. No Brasil, a área produzida é de 800 mil hectares, com uma produção de 19,3 milhões de toneladas e uma produtividade de 24 toneladas por hectares. O mercado de hortaliças gerou
7,3 milhões de empregos diretos e indiretos, em 2010. De acordo com dados do IBGE, de 2003, o consumo médio de hortaliças é de 30 quilos por habitante ao ano. Das oito hortaliças mais importantes – batata, alho, melancia, batata doce, tomate, cenoura, melão e cebola – o alho vem tendo queda no mercado, devido à concorrência chinesa. Nos últimos 10 anos, o pesquisador disse que a área plantada foi reduzida de 15 mil hectares para cerca de nove mil. Novos desafios Com a adoção de tecnologias o mercado de hortaliças vem se expandindo em novas fronteiras agrícolas dentro e fora do país e também com apli-
cação em outras áreas como a médica e a de cosmético. Moretti afirmou que se tem trabalhado com compostos bioativos e estudos in vitro e in vivo com foco no colesterol, infarto agudo do miocárdio, estresses oxidativos, hipertensão arterial, desenvolvimento de biocosméticos e diabetes tipo 2. Para este último caso, o pesquisador lembrou que os estudos estão em fase bem adiantada e que, possivelmente, em dois anos o produto estará no mercado. As pesquisas foram realizadas com uma abóbora, chamada gila, e nela os cientistas encontraram uma substância que pode ser grande aliada no tratamento dos pacientes com diabetes. Entre os desafios apontados
por ele para o mercado atual e futuro de hortaliças estão o incremento das ações de estímulo ao consumo, desenvolvimento de variedades e híbridos para os trópicos, melhoramento genético com foco na qualidade – aspectos nutricionais e conservação pós-colheita -, redução de perdas pós-colheita e transferência de tecnologia. Porém, para que o mercado continue em expansão, o pesquisador lembrou um fator fundamental na produção de hortaliças que é o exercício das boas práticas e a segurança alimentar para que não ocorram problemas como os já registrados recentemente com a contaminação em brotos de feijão na União Europeia. “O mercado futuro vai exigir a rastreabilidade do produto”, concluiu.
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Agrícola Agrícola
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SETOR
Governo aumenta para 50% limite mínimo de suco de laranja no néctar
As bebidas vendidas no país como néctar de laranja terão que oferecer, no mínimo, 50% de suco de laranja. Instrução normativa assinada pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e publicada no dia 28 de agosto no Diário Oficial da União, eleva para 50% a quantidade mínima do suco de da fruta neste tipo de produto. Segundo o ministério, o limite mínimo era atualmente de 30%. O governo fixou o prazo de 180 dias para as indústrias se adaptarem a nova regra e para a adequação do produto vendido no varejo. De acordo com o ministério, a medida representa uma ajuda “ínfima” ao permitir que o setor distribua 10 mil toneladas a mais do produto por ano no mercado interno, que representa apenas 10% do consumo da produção total. Por definição, néctar é a bebi-
da não fermentada, obtida da diluição em água potável da parte comestível do vegetal ou de seu extrato, com adição de açúcares. Pelas regras de concentração de frutas nas bebidas em vigor, o refresco precisa conter, no mínimo, 30% de suco de laranja e o refrigerante com laranja, no mínimo de 10% de suco. Para a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos), a nova regra faz parte de um conjunto de ações que podem minimizar a a situação da citricultura. “A decisão é benéfica porque ajudará a acelerar o consumo de suco industrializado no Brasil, hoje calculado em 47 milhões de litros. Tal medida, é importante porque ajudará a consumir parte das 662 mil toneladas de suco concentrado equivalente em poder das indústrias”, afirmou a entidade, em comunicado.
Relatório divulgado nesta terça-feira pela CitrusBR mostra que os estoques de suco de laranja do Brasil somaram 662,5 mil toneladas em 30 de junho, mais que o triplo do volume verificado em 1º de julho de 2011 (214 mil toneladas). Só nos pomares paulistas, a previsão é que de que 83 milhões de caixas sobrem nos pomares. A associação destaca que as exportações de suco de laranja concentrado equivalente caíram de 1,407 milhão de toneladas para 1,161 milhão de toneladas, entre as safras 2006/2007 e 2011/2012. “Infelizmente, lidamos com uma crise que pode durar as próximas três safras, porque este ano a indústria vai processar mais suco do que poderá escoar, agravando ainda mais a situação dos estoques para o próximo ano”, afirma a CitrusBR.
TECNOLOGIA
CMN autoriza renegociação de dívidas de produtores de maçã
O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a composição de dívidas por meio da contratação de operação de crédito rural com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para
liquidação de operações de crédito rural de investimento contratadas por produtores de maçã. Serão liberados até R$ 300 milhões com prazo do financiamento de até 10 anos, incluindo um ano de carência, e taxa de ju-
ros de 7,5% ao ano. Poderão ser renegociadas as dívidas originárias de uma ou mais operações do mesmo mutuário contratadas até 30 de dezembro de 2010. O saldo devedor total será limitado a R$ 5 milhões
por agricultor e será exigida a amortização de, no mínimo, 5% do saldo devedor a ser paga até a data de formalização da renegociação. Conforme o voto encaminhado pelo Ministério da Agricultura,
os maleicultores têm enfrentado dificuldades em honrar seus compromissos financeiros, principalmente em função da ocorrência das chuvas de granizo que atingiram os pomares nos últimos anos.
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Agrícola
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Especialistas apontam desperdício de água na irrigação agrícola Estimativa é de que sistemas de abastecimento público não terão como atender a demanda até 2025 Especialistas reunidos pela Subcomissão de Segurança Alimentar da Câmara afirmaram que o modelo agropecuário brasileiro precisa ser modificado para evitar desperdício de água. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o Brasil gasta hoje 81% de sua água na produção agrícola e pecuária. Para a presidente do Conseas (Conselho Nacional de Segurança Alimentar), Maria Emília Pacheco, o País precisa de uma agricultura que se harmonize com o meio ambiente. “A chamada revolução verde não é baseada na especificidade de uma agricultura tropical. Ela usa água em quantidade demasiada, desperdiça água.” Maria Emília defendeu a implantação de sistemas agroecológicos, que envolvem a agricultura familiar sustentável. “Há experiências no Brasil que mostram que esses sistemas são produtores de água.” O representante do Ministério da Agricultura no debate, Vicente Puhl, reconheceu que um dos desafios enfrentados hoje pela agricultura brasileira é reduzir o consumo de água. Para o relator da subcomissão, deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), a agricultura brasileira precisa mudar. “O modelo de irrigação que nós temos consome água demais”, disse. O deputado ressaltou que a agricultura também contamina as águas pelo uso de agrotóxico, “que termina atingindo os alimentos e a nossa saúde”.
A recém criada Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica prevê o uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis. A União vai implementá-la em cooperação com estados, municípios, organizações da sociedade civil e entidades privadas. Racionamento Segundo a Agência Nacional de Águas, 1/4 dos municípios
brasileiros sofre com racionamento de água e mais da metade dos sistemas de abastecimento público não terão como atender a demanda em 2025. Apesar de o País ter enormes reservatórios de água, grandes regiões do Brasil não têm acesso à água de qualidade para consumo e produção. De acordo com a agência reguladora, as áreas mais afetadas estão no litoral, sendo que 74% desses
municípios estão no Nordeste. A situação é pior na área rural. O representante do Ministério do Desenvolvimento Social na audiência, Marcos dal Faro, lembrou que é mais difícil garantir o acesso à água às populações isoladas. “Por conta da dispersão dessa população no meio rural, o atendimento via sistemas de abastecimento, como a própria rede pública, é muito deficitário.
É caro levar água para essas famílias por causa da sua distribuição espacial.” Marcos Dal Faro lembrou que a região do Semiárido é o foco principal do projeto Água para Todos, do Ministério do Desenvolvimento Social, que contempla a implantação de cisternas. O sistema de cisternas, no etanto, não garante água para a produção de alimentos, que exige reservatórios maiores.
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Rotulagem
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de vista a missão do Inmetro: ‘prover con�iança à sociedade brasileira nas medições e nos produtos, através da metrologia e da avaliação da conformidade, promovendo a harmonização das relações de consumo, a inovação e a competitividade do País’.
Ipem autua boxes na Ceagesp Fiscais do Ipem visitaram boxes de frutas e legumes para checar se as informações das embalagens dos produtos vendidos correspondem ao conteúdo. A vistoria, feita por amostragem, revelou que das 44 empresas verificadas, metade apresentou irregularidades, como falta de descrição dos produtos ou da quantidade. Multas variam entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão, dobrando na reincidência.
Rotulagem:
pequena GRANDE mudança
Anita de Souza Dias Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Uma mudança muito pequena pode induzir grandes e importantes mudanças, como a adoção do rótulo na comercialização de frutas e hortaliças frescas. A rotulagem é o assunto do dia. Os permissionários da Ceagesp estão sendo autuados pelo órgão de �iscalização sanitária municipal – Covisa e pelo órgão de �iscalização de pesos e medidas estadual – Ipem, pela ausência e pelo preenchimento incompleto ou incorreto do rótulo. As agências municipais, estaduais e federais de Vigilância Sanitária, órgãos responsáveis pela segurança do alimento, são responsáveis pela exigência do cumprimento da lei de rotulagem e pela garantia de rastreabilidade. O Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) é o órgão responsável pela �iscalização da identi�icação correta da quantidade no rótulo.
Ninguém compra qualquer alimento industrializado como um pacote de bolacha, uma lata de óleo ou qualquer outro alimento, sem a identi�icação do seu fabricante, das datas de fabricação e de vencimento e da quantidade. As exigências da lei são simples. O rótulo pode até ser um carimbo, desde que legível e completo. A adoção da rotulagem na comercialização de frutas e hortaliças frescas é uma grande revolução:
• Muda a postura do produtor na comercialização – o produtor está se declarando responsável pelo produto, ‘botando a cara para bater’;
• Transforma a relação comercial entre o produtor e o seu agente de comercialização – a identi�icação na caixa do fornecedor do produto torna-o conhecido para todos outros possíveis compradores. Exige maior transparência e respeito entre o produtor e o comprador do seu produto;
• É o primeiro passo para a construção da marca - a criação de uma relação forte, estável e de longa duração entre o fornecedor e o seu cliente;
• Expõe irregularidades como a utilização da nota �iscal de um produtor para a remessa dos lotes de vários produtores, que terão, cada um, a sua identi�icação na caixa; • Expõe a crescente di�iculdade dos atacadistas em transferir as exigências dos seus compradores – varejo e serviço de alimentação – para os seus fornecedores produtores; • Expõe o fato que o mercado atacadista está se transformando em uma grande praça bene�iciadora – classi�icando, embalando, rotulando, pesando - fugindo das suas funções;
• Força a mudança da embalagem. Expõe a inadequação das embalagens de madeira hoje utilizadas – pesadas, sem tara, retornáveis ou reutilizadas, com medidas e pesos que variam com a região de origem, com a
época do ano. É preciso pesar a caixa antes, depois a caixa com o produto e então calcular o peso líquido do produto; • Exige a mudança de mensuração de quantidade de caixa para quilo. O mercado atacadista ainda pensa quantidade em caixas, apesar da multiplicidade de tamanhos de caixa para o mesmo produto e do fato do seu comprador exigir garantia do peso em quilos;
• Torna muito clara a necessidade de um ‘Código Comercial’ que estabeleça a responsabilidade de cada agente ao longo do processo de comercialização e distribuição, a exemplo dos americanos. De quem é a responsabilidade, pela segurança do produto, pela sua qualidade, pela sua classi�icação, pelo peso líquido, pela obediência à lei;
• Torna muito clara a necessidade de um ‘Regulamento de Pesos e Medidas para Frutas e Hortaliças Frescas’, calcado na realidade brasileira e nas características especiais das frutas e hortaliças frescas, sem perder
A Ceagesp, ciente da importância da rotulagem na segurança do alimento e na modernização da comercialização das frutas e hortaliças frescas e das di�iculdades enfrentadas pelos seus permissionários na obediência à lei, está iniciando a Campanha de Rotulagem, que se divide nas seguintes etapas: 1ª etapa
• Divulgação interna da rotulagem pela Ceagesp na capital e no interior com execução imediata, através da emissão de comunicados a permissionários, produtores e compradores, orientação na portaria, produção e distribuição de material técnico e de promoção sobre rotulagem. Os comunicados aos produtores e aos compradores estarão disponíveis para reprodução nos sites da Ceagesp e do Sincaesp e também no escritório da Apesp. O período de execução desta primeira etapa vai de 18 de setembro a 18 de outubro. 2ª etapa
• Divulgação externa da Campanha de Rotulagem pela Ceagesp e busca de parceria em organizações de produtores, atacadistas, varejo e serviço de alimentação, instituições de governo municipal, estadual e federal ligadas à agricultura, empresas de insumo e máquinas e revendas, além das mídias nacional e local. Esta etapa será executada permanentemente e tem início imediato. 3ª etapa
• Exigência de rotulagem na portaria da Ceagesp • Estabelecimento de regras de �iscalização e punição Fiscalização
No dia 18 de outubro, em reunião com os permissionários, serão de�inidas as estratégias de implantação da 3ª etapa.
Vale ressaltar que a ação dos órgãos de �iscalização da Covisa e do Ipem não depende e não será afetada pela Campanha de Rotulagem, que tem como principal objetivo impulsionar a adoção da rotulagem. Cada permissionário responde pela obediência à lei dentro do seu estabelecimento, devendo estar preparado para uma possível �iscalização. Para mais informações, o leitor pode procurar o Sincaesp e a Apesp.
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Rotulagem
Declaração da localização geográfica no rótulo Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O CEP (Código de Endereçamento Postal) é um código desenvolvido pelas administrações postais, para identificar uma determinada região e facilitar o encaminhamento e a entrega das correspondências. O CEP é amplamente adotado pelas empresas de prestação de serviços, comércio, transportadoras. Os produtores rurais são excluídos, por ausência de CEP, de muitos serviços que todos os cidadãos têm direito:
1. Não é possível cadastrar o endereço em qualquer empresa ou órgão de governo. Os sistemas de cadastramento estão associados ao cadastro de CEP dos Correios e a inexistência do CEP para uma determinada rua, a caracteriza como inexistente; 2. A impossibilidade de cadastramento impede a aquisição para entrega no local, de muitos produtos e serviços, que só os moradores de regiões com CEP têm acesso; 3. As transportadoras não conseguem realizar entregas, pois não conseguem cadastrar e localizar os endereços; 4. A Receita Federal rejeita processos de abertura de empresas pela falta de CEP. O CEP geral do município não é aceito; 5. As contas e as correspondências devem ser retiradas no correio; 6. Não há comunicação de re-
cebimento e solicitação de retirada das encomendas recebidas pelos Correios, que as devolve ao remetente após cinco dias; 7. É preciso alugar uma caixa postal (quando disponível). O recebimento de encomendas, correspondências, jornais e revistas exige a visita frequente o correio, em horário comercial. Algumas empresas se recusam a enviar, pela caixa postal, documentos ou produtos como cartões de banco e celulares; 8. O serviço de policiamento, em caso de emergência, é muito dificultado em virtude da inexistência do CEP como guia de localização. A solução passa pela utilização das coordenadas geográficas, facilmente determinadas pelo mais simples aparelho de GPS, como referência de endereço. Pode-se começar a utilizar esta ferramenta de localização na identificação do responsável no rótulo do produto, que deverá ter conter:
• Nome do produtor ou da empresa responsável pelo produto • Endereço completo
• Inscrição na Receita Estadual (se pessoa física ou jurídica) • CNPJ na Receita Federal (produtor ou empresa)
• Localização geográfica em UTM (localização da sede da propriedade com o GPS – informação voluntária para garantia da rastreabilidade do produto).
GPS e coordenadas geográficas
O sistema de posicionamento global, popularmente conhecido como GPS (Global Positioning System, ou Geo Posicionamento por Satélite) é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua posição, assim como informação horária, sob todas e quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS. O desenvolvimento dessa tecnologia começou em 1957 com o lançamento do primeiro satélite pela Rússia. Em 1960, o Departamento de Defesa americano já dispunha de um sistema com informações sobre qualquer parte do planeta, como localização e clima, a qualquer hora do dia, de grande importância para o uso mi-
litar. O sistema foi considerado operacional em 1995. Ele está baseado numa “constelação” de 24 satélites e colocado em órbita de maneira que pelo menos quatro deles estejam visíveis de qualquer ponto da Terra, a cada momento. Os satélites trabalham em conjunto com estações de observação terrestres. O GPS tem aplicações óbvias na aviação geral e comercial e na navegação marítima. Qualquer pessoa que queira saber a sua posição, encontrar o seu caminho para determinado local, conhecer a velocidade e a direção do seu deslocamento pode se beneficiar com o sistema. Guardas florestais, trabalhos de prospecção e exploração de recursos naturais, geólogos, arqueólogos e bombeiros são profissionais beneficiados pela tecnologia. O GPS tem se tornado cada vez mais
19 popular entre ciclistas, balonistas, pescadores, ecoturistas ou por aventureiros que queiram apenas orientação durante as suas viagens. A tecnologia permitiu o desenvolvimento da agricultura de precisão. Uma máquina agrícola dotada de receptor GPS armazena dados relativos à produtividade em um dispositivo de memória que, tratados por programa específico, produz um mapa de produtividade da lavoura. As informações permitem otimizar a aplicação de insumos e tratar cada área de acordo com as suas características. O GPS determina as coordenadas geográficas do local e permite a localização da propriedade rural e da origem do produto As coordenadas geográficas são um sistema de paralelos e meridianos, medido em graus: latitude, no caso dos paralelos e a longitude, no caso dos meridianos. O paralelo principal é a linha do Equador, que possui latitude 0º e divide o globo terrestre em dois hemisférios: Norte e Sul. Assim, latitude é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à linha do Equador. A latitude poder ser Norte (N) ou Sul (S) e vai de 0º até 90º. O meridiano de Greenwich, por convenção, foi estabelecido como meridiano principal. Esse meridiano (0º) e o seu anti-meridiano (180º) dividem o globo terrestre em dois hemisférios: Leste (oriental) ou Oeste (ocidental). Assim, longitude é a distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação ao meridiano de Greenwich. A longitude pode ser Leste (L) ou Oeste (O) e vai de 0º a 180º. A intersecção de um paralelo com um meridiano indica a coordenada geográfica de um ponto, que permite a partir da sua latitude e longitude localizar qualquer local na superfície terrestre. O produtor rural pode utilizar as coordenadas geográficas do seu GPS na indicação do seu endereço rural na nota fiscal e no rótulo do seu produto.
ENTREPOSTO
Etiquetagem de frutas valoriza a marca Atento a falta de mão de obra nos centros varejistas da Grande São Paulo, a atacadista TH Comércio de Frutas, criou uma forma de apresentação que poupa os supermercadistas da obrigação de pesar e etiquetar os produtos. Além de seguir criteriosamente as normas da rotulagem, a empresa pesa e embala porções de frutas, identificando-as com uma etiqueta que possui código de barras, o nome da empresa, o peso e a data de validade do alimento. “Eu frequento bastante supermercados de médio porte e percebi que a falta de mão de obra é um problema comum em quase todas as lojas. Pesar
e etiquetar pequenas porções de frutas acaba ficando bastante trabalhoso para o supermercadista”, explica o empresário Sergio Higashi, responsável pela etiquetagem na TH. O processo é simples e as etiquetas são impressas e fixadas no próprio box, dentro do entreposto. O único trabalho do varejista é registrar o produto no sistema com o respectivo preço. Sérgio acredita na importância de se aproximar do consumidor final e imprimir a sua marca diretamente na embalagem que vai para os lares brasileiros é uma excelente estratégia. Tanto que o empresário já pensa em usar a tecnologia do Código QR -
código de barras bidimensional que pode ser facilmente escaneado usando a maioria dos celulares modernos equipados com câmera. A nova técnica, além de criar uma relação interativa entre a empresa e o consumidor, permite ao empresário saber o destino final dessa fruta. Toda vez que o código do produto for escaneado, o sistema avisa onde esse alimento está sendo consumido. Outra técnica que o empresário utiliza para reforçar a sua marca,é fixar selos que garantem a doçura da fruta. Além de conter o nome da empresa, do produto e a variedade, a etiqueta informa as propriedades medicinais do alimento.
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Supermercados
setembro de 2012
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
APAS distribui Anuário Entreposto junto com a Revista Super Varejo
D
“
O Anuário é importante para os supermercadistas porque oferece a eles a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre o setor de FLV, gerar negócios, diversificar o número de fornecedores e contribuir para a melhoria do processo de compra e abastecimento,
”
explica o superintendente da APAS, Carlos Corrêa.
esenvolvido para aproximar compradores e vendedores de hortifrutícolas, o Anuário Entreposto tornou-se ferramanta essencial para os profissionais do setor de alimentos in-natura. O guia, além de reunir telefone e endereço das empresas atacadistas das Ceasas do Estado de São Paulo, disponibiliza informações do maior entreposto da América Latina, a Ceagesp.
Em conjunto com a Revista Super Varejo, “o mais importante e respeitado veiculo de comunicação do setor”, nas palavras de Corrêa, o apoio da APAS ao Anuário consolida a reputação do guia. “A expectativa é que o segmento supermercadista utilize essa ferramenta de consulta e prol dos seus negócios”, torce o superintendente.
Profissionais que vivenciam e estudam os problemas da produção e comercialização de frutas, verduras e legumes (FLV) abordam temas como legislação, vigilância sanitária e embalagem, contribuindo para o progresso do segmento.
Carlos Corrêa, superintendente da APAS
O Anuário Entreposto 2012 conta, mais uma vez, com o apoio da Associação Paulista de Supermercados (APAS), grande aliada na distribuição de informação para profissionais do setor varejista. O administrador acredita que a APAS cumpre o seu papel institucional ao levar conhecimento e gerar oportunidade para o desenvolvimento do setor supermercadista. “Hoje, a área de FLV nas lojas é importante e todas as ações e parcerias que auxiliam no seu desenvolvimento são apoiadas pela entidade”, esclarece.
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Qualidade
setembro de 2012
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
Mandioca pré processada surgimento de modificações e deteriorações, sendo possível prolongar sua vida útil por até 150 dias.
Viviane de Oliveira
CQH/ Ceagesp
A
comercialização da mandioca suja de terra afasta os consumidores. A demanda pela hortaliça limpa, descascada e com garantia de qualidade culinária é bem demonstrada pelo sucesso da venda de mandioca descascada nas feiras e no crescente comércio ambulante com carriolas nos bairros de muitas cidades. O simples processamento da mandioca não resolve o seu problema de conservação. A deterioração fisiológica, físico-química e microbiana é mais rápida nos tecidos cortados. Algumas técnicas foram desenvolvidas visando à redução do metabolismo e do desenvolvimento microbiano e o aumento da longevidade da mandioca, como a utilização de atmosfera modificada, de armazenamento em baixas temperaturas, de tratamento com radiação gama, de congelamento e de embalagens especiais.
Atmosfera modificada
A redução da concentração de Oxigênio (O2) e a elevação a concentração de gás carbônico - (CO2) diminuem a intensidade da respiração do produto, o metabolismo e aumentam o seu tempo de vida útil e a conservação da sua qualidade. A modificação da atmosfera (MA) pode ser feita por via passiva, ativa ou pela combinação de ambas. No processo passivo, a modificação da atmosfera acontece pela combinação entre a respiração do produto e a restrição das trocas gasosas (difusão de O2 e CO2) com o meio externo. A relação entre a taxa de respiração do produto e a taxa de permeabilidade a gases da embalagem modifica a atmosfera ao redor do produto, diminuindo a sua respiração e retardando a sua senescência. Os filmes de polietileno, de espessura entre 100 e 200 μm, funcionam bem. A respiração das raízes é inibida suficientemente para que as embalagens não estufem e para que não ocorram perdas de massa significativas, mas exigem temperaturas adequadas. A viabilidade econômica de outros tipos de filmes mais sofisticados, como os de poliéster ou as embalagens inteligentes (com
Branqueamento
absorventes de CO2) precisa ser avaliada. O termo ‘filmes flexíveis’ descreve qualquer tipo de material que não é rígido, mas é geralmente reservado aos polímeros plásticos não fibrosos. O politereftalato de etileno (PET) é um filme transparente, muito resistente, com brilho e propriedades de barreira muito boas contra umidade e gases. Ele é flexível às temperaturas entre -70º a 135ºC e sofre pouco encolhimento com variações de temperatura ou umidade.
tais minimamente processados. Dentre os principais estão a espécie, a variedade, o estádio de maturidade fisiológica, a extensão do dano mecânico, as concentrações de O2 e CO2 a pressão de vapor de água e vários inibidores. Entretanto, o fator mais significativo que afeta a resposta ao estresse, assim como em outras situações em pós-colheita, é sem dúvida, a temperatura de manipulação e armazenamento.
Temperatura
Radiação Gama
A refrigeração ou o armazenamento sob baixas temperaturas é um dos métodos mais antigos, efetivos e práticos utilizados no prolongamento da vida útil dos alimentos. Temperaturas altas afetam todos os processos vitais, como respiração e produção de calor vital, produção de etileno e perda de massa. Portanto, quanto mais rapidamente o produto for transferido para a temperatura ótima de armazenamento, maior será a sua vida útil. Deste modo, é necessário manter o produto em temperatura adequada durante sua preparação, armazenamento, cadeia de comercialização até o consumo. Vários fatores podem afetar a intensidade da resposta ao estresse em vege-
O uso de radiação gama pode auxiliar na conservação de alimentos minimamente processados. A ionização com radiações gama permite a desinfecção de produtos minimamente processados já embalados. A irradiação a doses baixas (1,0 kGy ou menor) tem sido sugerida como uma técnica de processamento mínimo para prolongar a vida útil de algumas frutas e hortaliças. Vegetais cortados e embalados, irradiados com doses na ordem de 1,0 kGy exibiram atraso de vários dias na sua decomposição quando armazenados a 10ºC (URBAIN, 1986). Amostras submetidas a radiação gama (cobalto 60) na dose de 1,0 kGy, apresentaram durabilidade de aproximadamente seis dias.
Congelamento O congelamento consiste num dos métodos mais difundidos e utilizados na preservação de diversos alimentos, devido à conservação das suas qualidades. Em geral, quanto menor a temperatura de estocagem, menores serão as velocidades de modificações microbiológicas e bioquímicas. A temperatura afeta não somente a velocidade de reação das enzimas, mas também sua estabilidade. Quando os produtos são congelados em temperaturas bastante baixas, a atividade enzimática permanece interrompida ou em níveis muito baixos. Porém, sua atuação é recuperada após descongelamento. A capacidade de reprodução dos microorganismos em alimentos congelados também decresce devido à indisponibilidade de condições adequadas, tais como a presença de nutrientes e água livre. A morte de certos microorganismos tem sido observada, sob temperatura de congelamento, em virtude de injúrias, desidratação da célula e outras modificações que ocorrem no tecido celular microbiano durante o processo. Estudos apontam que o congelamento de raízes de mandioca pré-processadas acondicionadas em sacos plásticos constitui um método eficaz para retardar o
O branqueamento tem como princípio o uso de calor que é aplicado ao alimento, desnaturando as enzimas envolvidas e tornando-as ineficazes. Não é prática recomendada para alimentos que tendem à mudanças na textura e ao desenvolvimento de sabor desagradável. No caso da mandioca, o branqueamento pode ser benéfico antes do congelamento como demonstrado por estudo em que a variedade estudada apresentou melhor sabor e um redução no teor de HCN (ácido cianídrico). Estudos apontam que o branqueamento pode aumentar em 66% o tempo de prateleira da mandioca pré processada armazenada sob refrigeração.
Embalagem Polietileno: O filme de polietileno de baixa densidade (PEBD) é um polímero de adição de etileno, estrutura muito ramificada, média cristalinidade. Varia de flexível a rígido, possui baixa permeabilidade à água e alta ao oxigênio. É resistente aos ácidos, álcalis solventes orgânicos a quente e tensoativos. Os filmes adequados são os de polietileno de espessura entre 100 e 200 μm. A respiração das raízes, sob temperatura adequada, é inibida suficientemente para que as embalagens não estufem e para que não ocorram perdas significativas de massa. Mandioca de mesa minimamente processada em embalagem de polietileno de 0,050 mm apresentou aumento da vida útil em quatro dias quando mantidas a 5 º C. As embalagens de polietileno de 0,050 mm com vácuo minimizou o escurecimento dos toletes de mandioca minimamente processada, mantendo o produto comercializável durante 12 dias quando mantido a 5 °C. Bandejas de Isopor coberta com filme PVC: estudos apontam que amostras armazenadas em bandeja apresentam deteriorações fisiológicas, microbiológicas e sensoriais a partir do sétimo dia de armazenamento refrigerado a 5ºC.
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setembro de 2012
Anapa prova que alho roxo é melhor que o branco Avaliação do poder de condimentação foi realizada pela Esalq e mostrou a superioridade do alho roxo em relação ao branco
Fabiane S. Camara
CQH/ Ceagesp
O alho é utilizado, há milhares de anos, como condimento e remédio pela humanidade. A sua grande diversidade é fruto do trabalho contínuo de seleção e melhoramento genético: produtividade, ciclo de produção, resistência a pragas e doenças, tamanho e formato do bulbo, número de bulbilhos por bulbo, coloração do bulbo e do bulbilho, características do catáfilo e poder de condimentação. No Brasil são consumidos dois grupos varietais de alho: branco e roxo. O primeiro apresenta predominância da coloração branca no bulbilho, podendo apresentar listras arroxeadas ou de outras colorações e tem a China como sua
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Qualidade principal origem. Já o segundo apresenta predominância da coloração roxa em todos os bulbilhos e é produzido no Brasil. O poder de condimentação do alho roxo é reconhecido como maior que o do branco pelos comerciantes e consumidores do produto. A utilização de alho com maior concentração de compostos voláteis é garantia de seu maior poder de condimentação. Os compostos responsáveis pelo aroma do alho são muito voláteis e facilmente perdidos durante o seu processamento. A comprovação e a divulgação da diferença do poder de condimentação entre o alho roxo, produzido no Brasil e o branco, importado da China, é uma ferramenta importante na competitividade do produto nacional frente ao alho importado. A avaliação da diferença entre o poder de condimentação do alho roxo e do branco foi realizada pelo Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), por solicitação da Anapa (Associação Nacional dos Produtores de Alho), com apoio do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp. O trabalho teve como objetivos fazer a comparação sensorial do
poder de condimentação dos alhos roxo e branco; quantificar os principais compostos voláteis, responsáveis pelo poder de condimentação dos dois tipos de alho e, por fim, a divulgação dos resultados. Os resultados das avaliações sensoriais e de compostos voláteis mostram que existe diferença de percepção de aroma e de sabor entre os alhos roxo e branco. O maior poder de condimentação do alho roxo comparado ao branco foi constatado para aroma por 96% dos provadores e para sabor por 92%. O levantamento também mostrou que frequência do consumo de alho é baixa, pois somente 14% consomem alho diariamente, o que mostra um grande potencial de aumento de consumo. O alho roxo possui maior concentração de compostos voláteis dialilicos, responsáveis pela sua pungência, quando comparado ao alho branco. Novos estudos deverão ser realizados para melhor compreensão do consumidor de alho, da sua diferença de percepção de sabor e de aroma em diferentes concentrações de alho roxo e branco e da variação do poder de condimentação com a preparação, idade do produto e sistema de conservação.
CMN autoriza renegociação de crédito para citricultores
Governo baixa juros do crédito rural e eleva teto para financiamentos
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, no dia 5 de setembro, a renegociação de operações da Linha Especial de Crédito (LEC) contratadas em 2011. Com a decisão, as instituições financeiras ficam autorizadas, mediante a solicitação formal do mutuário, a renegociar as parcelas com vencimento em dezembro/2012, janeiro/2013 e fevereiro/2013. O vencimento de cada parcela renegociada deve ser fixado para até um ano após a data originalmente pactuada, mantidas as demais condições contratuais. Criada no ano passado pelo Ministério da Agricultura, a LEC destinava recursos para indústrias e cooperativas estocarem suco de laranja. Ao todo, foram contratados R$ 240 milhões nessa linha. O valor de referência para a caixa de 40,8 kg era de R$ 10. As instituições financeiras poderão prorrogar para 15 de fevereiro de 2013 as parcelas vencidas e com vencimento entre 1º de janeiro de 2012 e 14 de fevereiro de 2013 das operações de custeio agropecuário da safra 2011/2012. As transações já prolongadas de safras anteriores à safra 2011/2012 e operações de investimento, inclusive as parcelas já estendidas de anos anteriores. O outro voto agrícola encaminhado pelo Mapa busca apoiar os produtores que tiveram prejuízos em decorrência da estiagem em municípios da região Sul.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou no dia 23 de agosto novos “fatores de ponderação” para cumprimento da exigibilidade de aplicação de 34% dos depósitos à vista de instituições financeiras em crédito rural. Determina que as taxas de financiamento sejam de, no máximo, 5% ao ano nas operações contratadas no âmbito do Pronaf e do Pronamp na safra 2012/2013. Os fatores de ponderação, de 1% a 5%, são multiplicadores aplicados sobre os saldos dos financiamentos aos produtores rurais de pequeno e médio portes. Com isso, o CMN permite que os recursos não usados sejam destinados pelos bancos para outras operações, em condições livremente pactuadas com os clientes, resultando em um conjunto de taxas equivalente a 5,5% - percentual máximo cobrado nas operações do crédito rural ao amparo da exigibilidade dos recursos à vista. De acordo com o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo, o objetivo dos fatores é incentivar os bancos a contratarem operações com taxas mais baixas, de modo a evitar a necessidade de alocação de recursos do Tesouro Nacional para subsidiar os encargos financeiros dessas operações. O limite de contratação por produtor foi elevado de R$ 300 mil para R$ 400 mil.
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Gastronomia
Silvio Lancelotti
repagina cardápio do Piano Piano Consultoria do especialista amplia opções de pratos servidos no restaurante cujo principal destaque é o frescor dos ingredientes oriundos do Mercado Municipal e da Ceagesp
Pernil de cordeiro assado lentamente e fettucine ao molho de manteiga
setembro de 2012
Instalado em Moema há mais de um ano, o Piano Piano surgiu com a proposta diferenciada de resgatar os sabores tradicionais da culinária italiana apostando na cozinha verdadeiramente artesanal, que agora está sob a curadoria gastronômica de Silvio Lancelotti. O expert fez da paixão pelos prazeres da boa mesa o seu o�icio e inspirou-se nas receitas trazidas pelos imigrantes italianos para repaginar e incrementar o repertório do restaurante paulistano. O resultado é um cardápio enxuto, mas bem variado, que passeia deliciosamente pelas diversas regiões da Itália, a �im de agradar aos paladares mais exigentes. Além de especialíssimos antepastos vendidos por quilo, o Piano Piano oferece 30 opções salgadas entre entradas e pratos principais. São porções individuais, muito bem servidas, com excelente relação qualidade-preço e ingredientes frescos oriundos do Mercado Municipal e da Ceagesp. Um dos mais saborosos pratos da casa é o fettucine ao molho de manteiga com alecrim, que vai à mesa acompanhado de suculentas fatias de pernil de cordeiro assado lentamente. O Piano Piano também chama atenção na paisagem da Avenida Moema, onde está localizado. Bonito e charmoso, em estilo rústico,
JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
foi construído com material de demolição, inclusive os móveis. Logo na entrada, um aconchegante alpendre com quatro mesas convida a conhecer a casa. Dentro, o salão lembra a residência dos caçadores de trufas do Piemonte. Com 52 lugares ao todo, o restaurante é intimo e acolhedor, o que possibilita que cada detalhe seja cuidado com muito carinho. Da decoração ao excelente arcondicionado, da louça, faqueiro e ingredientes de primeira qualidade ao criativo jogo americano que traz o cardápio estampado, passando pela total acessibilidade da casa, tudo foi pensado para agradar não somente ao paladar. Como em toda boa casa italiana, o vinho tem lugar privilegiado. Além da carta muito bem elaborada e uma adega climatizada para armazenar as garrafas, belas taças de cristal completam o serviço. :: SERVIÇO :: Restaurante Piano Piano www.restaurantepianopiano. com.br Av. Moema, 56 Fone: (11) 5051-3053 Aceita todos os cartões de débito e crédito Estacionamento: R$ 10,00
São Paulo sediará festival de cozinha sustentável
Sesi promove curso gratuito sobre alimentação saudável
A 3ª edição do Festival de Gastronomia Orgânica será realizado entre os dias 25 e 28 de outubro no Parque da Água Branca, em São Paulo. A feira traz uma série de atividades que inclui debates, exibição de filme com pipoca orgânica, fóruns, oficinas culinárias para adultos e crianças, lançamento de livro, chá da tarde com convidados, feira orgânica e um espaço zen. Idealizado pela chef Leila D, especializada em gastronomia orgânica e em parceria com a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o festival teve a primeira edição em 2010 no Mercado Municipal de São Paulo, recebendo profissionais que são referência nos segmentos da alimentação saudável e sustentável. Na programação, a presença do Chef José Barattino, do restaurante Emiliano, no Fórum do dia 26 de outubro; Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, que participará da palestra “Oportunidades de Negócios Para a Copa Orgânica”, no dia 25, a exibição do filme “Quem se Importa”, de Mara Mourão com pipoca e guaraná orgânicos, no dia 27, a participação de produtores orgânicos.
O programa Alimente-se Bem, do Sesi, estará de volta ao entreposto paulistano da Ceagesp de 09 de Outubro a 1.º de Novembro. Com o objetivo de evitar o desperdício e garantir mais saúde, o programa ensina conceitos de nutrição e alimentação. O curso é gratuito e os alunos aprendem noções sobre os alimentos e suas funções, planejamento de compras, reconhecimento dos alimentos e cuidados no armazenamento, higiene e aproveitamento integral dos alimentos e sobras. Idealizado em 1999 o programa Alimente-se Bem oferece cursos que tem a proposta de ensinar os trabalhadores e suas famílias a preparar diversas receitas utilizando totalmente os alimentos, inclusive cascas, talos e folhas de frutas, legumes e verduras, evitando o desperdício e, conseqüentemente, reduzindo as despesas com alimentação. É necessário informar o nome completo, o endereço, a data de nascimento, os números do RG e CPF, a quantidade de integrantes da família e um valor médio da renda familiar na hora da inscrição.
::Serviço::
::Serviço::
3º Festival de Gastronomia Orgânica de São Paulo acontece de 25 a 28 de Outubro no Parque da Água Branca, em São Paulo. Entrada franca.
Programas Sabor na Medida Certa Inscrições: Banco de Alimentos da Ceagesp Informações: (11) 3643-3832 das 9h às 16h
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Transporte
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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
DIREÇÃO CONSCIENTE
Scania apoia treinamento de caminh Iniciativa ajuda a reduzir a carência de profissionais capacitados no mercado brasileiro e eleva eficiência do transporte nas estradas A quarta edição da competição MMCB (Melhor Motorista de Caminhão do Brasil) reforça, a necessidade da qualificação, já que preparo destes profissionais é fator relevante para diminuir acidentes e mortes nas estradas brasileiras, além de contribuir para a eficiência do setor de transporte. Dados da Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte (Fabet) indicam que a conscientização para um trânsito mais humano pode reduzir em até 47% o índice de acidentes nas rodovias. Segundo a entidade, um motorista plenamente capacitado ainda pode diminuir o consumo de combustível de seu caminhão em até 15% e aumentar a vida útil dos pneus em cerca de 10%. A falta de condutores treinados afeta diretamente a operação das transportadoras de cargas. A Fabet estima que, atualmente no Brasil, exista carência de mais de 90 mil motoristas de veículos comerciais. Outro órgão preocupado com essa dura realidade, que assim como a Fabet é parceiro da Scania na realização da competição, o Sest Senat, foi criado em 1993 com o objetivo de valorizar os trabalhadores do setor de transporte. Para ajudar a melhorar a condição do motorista, a entidade realiza programas de saúde, cultura e lazer, além de disponibilizar cursos presenciais e
à distância, alguns gratuitos. O Sest Senat possui filiais em todos os estados brasileiros. Além da competição, a colaboração da Scania nesse campo se materializa no Programa de Treinamento de Motoristas Scania, por meio de instrutores batizados de Master Drivers. Esses profissionais, altamente qualificados e especialmente selecionados e treinados, têm a missão de ajudar os condutores a alcançar uma operação otimizada de seus veículos. Os instrutores põem em prática o equilíbrio entre a teoria e a prática no aperfeiçoamento das habilidades de direção do motorista independentemente da tarefa de transporte a ser desempenhada. “A Scania criou essa competição para que a sociedade nunca se esqueça do importante papel do motorista de caminhão. Um profissional atualizado trabalha com mais segurança, adquire novos conhecimentos e se destaca. Isso reverte em benefícios para a sociedade também”, diz Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania no Brasil. “Para o condutor interessado em se destacar no mercado de trabalho há várias opções, desde o treinamento oferecido pela rede Scania às escolas especializadas em qualificação de motoristas. Até os motoristas mais experientes podem aprender a operar veículos de maneira mais econômica e segura”, completa o executivo.
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honeiros
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Transporte
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Codema
sedia 6ª final da competição
Guarulhos e cidades vizinhas somam mais de 4 mil participantes, um dos maiores volume de inscritos da edição 2012
A Casa Scania Codema sediou, nos dias 1º e 2 de setembro, as etapas 11 e 12 relativas à sexta final regional do concurso Melhor Motorista de Caminhão do Brasil (MMCB). A cidade e os municípios vizinhos registraram 4,5 mil inscritos. Em todo o Brasil, a montadora computou 47 mil inscrições, o maior volume da história da competição, iniciada em 2005 no país. Composta por quatro caminhões – um semipesado P 310, novo segmento de atuação da marca; um R 480; um R 440, o pesado mais emplacado de 2012; e um R 620 VB, o mais potente fabricado no Brasil – o comboio da Caravana Scania do MMCB também disponibilizou diversos serviços de apoio aos profissionais do setor e familiares, entre os quais ginástica laboral, exame de glicemia e atividades infantis. “A aproximação com a comunidade é uma das características do MMCB”, lembra o gerente de promoção e marketing da multinacional, Emerson Johansen. “O MMCB possui um papel social e profissional muito importante. Estima-se que um motorista treinado pode gera economia de combustível de até 10%, o que contribui para a sustentabilidade do transporte”, acrescenta o coordenador da competição, Rodrigo Machado. A grande final nacional do concurso será realizada entre 25 e 27 de outubro na capital paulista.
Produção e venda de veículos batem recorde em agosto Caminhões e comerciais leves registraram alta de 10,68% Segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) no último dia 6, tanto a produção como a venda de veículos em agosto bateram recorde histórico. A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 329.266 unidades em agosto, uma alta de 10,6% na comparação com julho e avanço de 1,0% ante o mesmo período de 2011. Já as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e
ônibus aumentaram 15,3% em agosto ante o mês anterior, com 420.080 unidades, e avançaram 28,2% na comparação com agosto de 2011. Os recordes anteriores de vendas foram em dezembro de 2010, com 381.7 mil e a de produção foi em agosto de 2011, com 336.163 unidades. Com o resultado, a produção acumula nos oito primeiros meses de 2012 queda de 7,2% sobre a mesma base de comparação de 2011. Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção chegou a
313.196 unidades, alta de 11% ante o mês anterior e de 4,7% sobre agosto do ano passado. A produção de caminhões atingiu 12.518 unidades, uma elevação de 0,2% ante julho e baixa de 44,6% sobre agosto de 2011. No caso dos ônibus, foram produzidos 3.552 unidades em agosto, aumento de 15,1% sobre o mês anterior e queda de 19.3% ante agosto do ano passado. No acumulado do ano, os emplacamentos chegaram a 2.501.192 unidades, uma alta de 5,5% sobre igual período de 2011.
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Meio Ambiente
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Governo institui política nacional de agroecologia e produção orgânica Objetivo é fortalecer agricultura familiar e preservar a biodiversidade e o meio ambiente A presidente Dilma Rousseff instituiu no dia 21 de agosto a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. O documento prevê a elaboração de um plano com metas e prazos a serem cumpridos pelo governo federal, além de determinar elementos como a concessão de crédito, seguro, assistência técnica e pesquisa para para ampliar a oferta dos produtos agroecológicos no Brasil. A política e suas medidas foram debatidas durante meses entre organizações não-governamentais, movimentos sociais, representantes do setor privado e o governo federal. O decreto vem ao encontro às reivindicações de organizações do campo ligadas à agroecologia e à produção orgânica, como a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que aposta em uma política nacional como forma de fortalecer a agricultura familiar camponesa e de povos e comunidades tradicionais. Os movimentos buscam formas de produção ecologicamente corretas, com usos racionais dos solos e das águas, além da
eliminação do uso de agrotóxicos. O objetivo da nova política é orientar a ação dos agricultores, de modo a produzir alimentos em maior quantidade e qualidade, de forma sustentável, sem agredir a saúde dos consumidores e o meio ambiente. Os movimentos sociais reivindicam ainda que a Política Nacional os ajude na preservação do patrimônio cultural e natural e na dinamização de redes locais de economia solidária. Para o diretor de geração de renda do MDA, Arnoldo de Campos, a nova política trará vantagens aos produtores familiares. “Teremos grandes avanços em três níveis: na geração de renda para os agricultores familiares, no respeito ao meio ambiente, e na saúde dos consumidores, que passarão, cada vez mais, a ter alimentos mais saudáveis”, diz. O executivo lembra que a produção agroecológica e orgânica é livre de agrotóxicos e prima pelo uso racional dos recursos naturais, como a água e o solo. Ele destaca ainda as vantagens da medida para a agricul-
tura familiar, maior produtora de orgânicos e produtos agroecológicos do país. “Para os agricultores familiares, a iniciativa representa uma grande oportunidade de geração de renda, pois os produtos agroecológicos e orgânicos são mais valorizados no mercado”, pontua. Campos salienta ainda que
Agricultura aprova selos verdes para plantio sustentável de cacau Agência Câmara
o mercado para estes produtos vem crescendo, a taxas de dois dígitos no país e no mundo. No Brasil, o mercado expande cerca de 20% ao ano – acima da taxa mundial, de 15%. O mercado nacional ainda tem bastante espaço para crescer – hoje são aproximadamente R$ 400 milhões, valor A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Camara aprovou, na quarta-feira (22), proposta que cria os selos verdes Cacau Cabruca e Cacau Amazônia, para atestar a sustentabilidade e os interesses social e ambiental da cacauicultura nacional. O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA), ao Projeto de Lei 3665/12, do deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA). A proposta original criava apenas o Selo Verde Cacau Cabruca. O sistema cabruca é a forma tradicional de produção de cacau no estado da Bahia, na qual apenas parte da cobertura vegetal original da Mata Atlântica é retirada para dar lugar às plantas de cacau. A alternativa ao cabruca é o cultivo do cacau com a supressão total da vegetação nativa. O relator optou por criar também o Selo Verde Cacau Amazônia, sob o argumento de que o cacau cultivado na região amazônica desenvolve-se em condições semelhantes ao da Bahia. Conforme o texto, o cacauicultor poderá usar os selos para a promoção da sua empresa e produtos.
ainda pequeno se comparado aos mais de R$ 80 bilhões do mercado externo. Campos vê aí uma oportunidade: com maior estruturação, os agricultores familiares podem exportar seus produtos. A biodiversidade também é abordada na nova Política. O manejo florestal, além de não agredir o meio ambiente, também é um setor com demanda crescente. Campos lembra que cada vez mais os produtos da floresta abastecem diferentes setores, que vão além do alimentício. Hoje, por exemplo, está em franca expansão o uso destes produtos na indústria de cosméticos e farmacêutica, com os medicamentos fitoterápicos. “As medidas estabelecidas são coerentes com o compromisso do governo federal de buscar uma produção cada vez mais sustentável no país”, salienta Campos. Desta forma, ganham todos: o meio ambiente, os consumidores e os mais de 90 mil produtores agroecológicos do país, dos quais 85% são agricultores familiares.
Critérios Pela proposta aprovada, a certificação será concedida pelo órgão ambiental federal, a partir de solicitação do produtor. Para obter o(s) selo(s), o cacauicultor deverá observar todas as leis ambientais e trabalhistas nacionais, estaduais e municipais; explorar a atividade de maneira sustentável; e conservar a diversidade biológica, os recursos hídricos, os solos, os ecossistemas e as paisagens frágeis ou singulares. Os selos terão validade de dois anos e poderão ser renovados indefinidamente, mediante nova avaliação e vistoria do órgão ambiental. As despesas das análises e vistorias para a concessão das certificações serão custeadas pelo cacauicultor, com pagamento de preço público ou tarifa. Quem descumprir alguma das obrigações previstas no texto terá a cerificação retirada. A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada ainda pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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Telefonia no ETSP: Problema antigo sem solução à vista O sistema de telefonia no Entreposto Terminal de São Paulo é tão antigo quanto o próprio entreposto. Embora vá longe o tempo em que era necessário dirigir-se à antiga central telefônica do entreposto para fazer ligações para fora do município, ainda hoje continuamos a nos defrontar diariamente com problemas de comunicação. É fato que a tecnologia de comunicação evolui sempre e constantemente. Hoje podemos nos comunicar por telefone fixo, celular, voip, e-mail, etc. Há pouco tempo o uso do fax se popularizou nas empresas e logo essa tecnologia se tornou obsoleta. No entanto, o meio mais comum de comunicação no entreposto é o telefone fixo, que ainda causa problemas. A estrutura física representada pelo cabeamento subterrâneo é antiga, não comporta mais manutenção e deveria ser substituída. Sempre que a chuva dá o ar da graça, aumentam os pedidos de manutenção de linha. A Ceagesp, até certo tempo atrás, mantinha alguns funcionários para fazer a manutenção e consertos na rede interna do entreposto, o que não ocorre mais. Atualmente, ela contrata profissionais para a realização desse serviço. Recentemente, 84 linhas do entreposto foram atingidas e várias empresas ficaram sem poder se comunicar por até 20 dias com seus clientes e fornecedores, devido ao rompimento de um cabo no pavilhão MLP, que se encontra em reforma. Aliado ao término do contrato dos profissionais contratados pela Ceagesp, que não havia sido renovado até
agosto, ocorreu então a combinação de dois fatos que evidenciam a necessidade urgente de substituição da rede existente. Não se pode admitir que o terceiro maior entreposto atacadista de alimentos do mundo ainda viva na idade da pedra da telefonia. É preciso avançar nesse sentido também. Mesmo para a instalação do famigerado Speedy, a rede apresenta obstáculos. O condomínio digital que poderia ser a solução mais adequada, por razões que desconhecemos, não chegou a significar o fim dos problemas no ETSP. Estamos no início da segunda década do século 21 e continuamos a depender de um sistema antigo, obsoleto tecnologicamente, com
problemas de manutenção, sujeitos até a ficarmos sem qualquer serviço de reparo por falta de contrato? É milagre que ainda funcione, passado tanto tempo de sua implantação. Mas não devemos continuar a acreditar que o “milagre” irá durar muito mais tempo. Em 2010, a Ceagesp realizou licitação para telefonia – sistemas de voz e dados - para o ETSP. Contudo, a licitação foi declarada fracassada. No ano passado, nova licitação foi realizada e desta vez houve vencedores. Entretanto, apenas a Ceagesp utiliza os serviços, sejam de voz ou de dados. E pelo que se sabe, a tecnologia usada (Wimax) não é a melhor solução para o mercado, consi-
derando que a mesma ainda não está devidamente amadurecida tecnologicamente, não possui cobertura nacional e especialmente porque as empresas permissionárias necessitam de estabilidade de conexão, desejável velocidade de transmissão de dados, devido à necessidade de emissão de Nota Fiscal eletrônica (NF-e). Vale ressaltar que em todas as licitações realizadas, as empresas contratadas nunca prestaram um bom serviço, sendo que esse serviço deveria ser contratado pelos próprios permissionários sem a interferência da companhia, considerando que é sua a opção de contratação de um serviço privado, prestado por empresas pri-
Acesse o site: Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)
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vadas e muito bem remunerado. Enfim, a novela está longe de acabar e os permissionários, que dependem do telefone para a realização de seus negócios, sempre acabam pagando mais caro pela conta do atraso, pela falta de manutenção, etc. Outro detalhe a ser destacado: no último dia 5 de setembro, a Ceagesp publicou o edital de contratação de empresa para a manutenção preventiva e corretiva nas redes de telefonia e lógica dos edifícios do ETSP, FRISP e Silo Jaguaré. Veja abaixo um resumo da publicação no site da companhia: PREGÃO ELETRÔNICO N° 032/2012 - PROC. 048/2012 Objeto: Contratação de Empresa Especializada na prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva nas redes de telefonia e lógica nos edifícios do ETSP, FRISP e Silo JAGUARÉ, conforme especificações constantes do ANEXO I - TERMO DE REFERÊNCIA. Prazos: Edital: a partir de 05/09/12 no Portal Comprasnet. Entrega das Propostas a partir de 05/09/12 no Portal Comprasnet. Visita: até 18/09/2012 Abertura das Propostas: 21/09/12, às 09h30 no Portal Comprasnet. Endereço: www.comprasnet.gov.br UASG 225001 Fase: Divulgação do edital
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CÁ ENTRE NÓS
Boas novas para a Nossa Turma Por Manelão 8648_Jornal
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No dia 3 de setembro, a Ceagesp recebeu a visita do bispo da Arquidiocese de São Paulo Dom Julio Endi Akamine, da região episcopal Lapa. O religioso foi recepcionado pelo presidente da companhia, Mário Maurici, que deu as boas vindas e revelou ter sido seminarista na juventude. Durante a visita pudemos passar por todas as dependên1 13/09/12 17:06 cias do entreposto, pelas áreas
administrativas e pelos diferentes pavilhões. No Sindicato dos Carregadores, o bispo foi recebido pelo presidente da entidade, José Pinheiro. Dom Júlio ficou admirado ao saber que alguns carregadores trabalham no mercado desde o primeiro dia de funcionamento e ainda continuam na ativa. Acompanhados pelos diretores do Sindicar e do poeta dos carregadores, José Daniel Veloso,
visitamos o Banco de Alimentos, onde a nutricionista Alessandra explicou a Dom Julio que o banco faz a ponte entre os permissionários que doam os produtos frescos que não foram comercializados e faz uma triagem para encaminhar rapidamente para as entidades cadastradas. Andamos por todos os pavilhões e passamos pelo Sincesp, onde fomos recebidos pelo pre-
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sidente da entidade, Robson Coringa. Na Apesp, conversamos com o presidente Eduardo Joraik e observamos a reforma do MLP. Na praça da batata, visitamos a empresa Capanema, onde dona Lurdes e o marido Paulinho reuniram os colaboradores e compradores para receber uma benção especial. Depois da longa caminhada, fomos para a Nossa Turma, onde as educadoras e as crianças saudaram Dom Júlio cantando a música “Noite traiçoeira”, gravada pelo padre Marcelo Rossi. Ai foi a vez de o bispo retribuir cantando para as crianças. Ele abençoou os alimentos e todos desfrutaram do almoço coletivo. À tarde, durante a realização da missa, a comunidade se fez presente. O professor Gonzalo, do colégio Madre Paula, tocou teclado e uma de suas alunas tocou flauta. Contamos ainda com uma linda apresentação do coral. Dom Júlio abençoou a todos e se despediu levando uma orquídea ofertada pelas crianças. “O trabalho realizado na Ceagesp é fundamental para a região metropolitana da cidade. O pedido de construção de um espaço ecumênico dentro do mercado é justo e deve ser considerado positivo pelos responsáveis”, disse Dom Júlio ao final da visita. ****
Após fazer uma sondagem pelos projetos sociais da zona oeste, o Grupo Telefônica escolheu a Nossa Turma para, receber a ação do seu voluntariado, formado por mais de 300 participantes. No dia 5 de outubro eles levarão as crianças para passar o dia numa mini fazenda. Os maiores irão para uma sessão de cinema no Cinemark do Shopping Villa Lobos e à tarde visitarão o Museu do Futebol. No dia, as paredes externas da sede da entidade serão decoradas com figuras pintadas pelo artista plástico Romero Britto. E o almoço ficará por conta da comitiva Capiau, que este ano viu a Fabiana Berranteira ganhar a medalha de bronze na disputa do berrante em nível nacional. Parabéns!
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