Um jornal a serviço do agronegócio
Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 12 - No 131 | Abril de 2011 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br
Produção e mercado brasileiro de maçã
| Fruticultura |
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Renar atinge recorde na colheita de maçãs gala A Renar Maçãs, de Santa Catarina, registrou recorde histórico na atual safra de maçãs gala. A companhia encerrou a colheita em março atingindo o patamar de 46,5 mil toneladas da variedade, mais que dobrando o volume de 23,1 mil toneladas obtido no mesmo período do ano anterior. | Agricultura |
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Após chuvas, pico da safra de batata deve ocorrer em abril Ao contrário do que esperavam os produtores, não houve pico de safra de batata na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba em março. As chuvas na praça mineira durante quase todo o mês impediram a colheita de grande parte da área que deveria ter sido ofertada no correr de março. | Alimentos processados |
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Frutas e hortaliças processadas na Ceagesp
A maçã é a fruta de clima temperado mais importante comercializada como fruta fresca tanto no contexto internacional quanto no brasileiro
| Fruticultura |
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Ao que tudo indica, o mercado para esses produtos no Brasil está em crescimento. Segundo o IBGE, o consumo per capita anual de alimentos processados cresceu de 2,365 quilos em 2002/2003 para 3,214 quilos em 2008/2009. Parece pouco o aumento de quase um quilo em seis anos, mas se lembrarmos de que o Brasil tem 192 milhões de habitantes é um aumento de volume total bem considerável.
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Editorial
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Novo projeto gráfico: melhor visibilidade, diferenciação e facilidade na leitura
A partir desta edição, o Jornal Entreposto lança seu novo formato e projeto gráfico, consolidando-se como uma publicação relevante, envolvente e arrojada Agora os leitores e anunciantes poderão desfrutar do conteúdo inovador, com amplos espaços dedicados às imagens e infografias, com destaque para informações exclusivas de setores da hortifruticultura. Nesta edição fizemos uma abordagem diferenciada do cultivo e comercialização da maçã, com des-
taque par as empresas mais importantes desta cultura. Além disso, continuamos com nossas seções tradicionais, proporcionando maior dinamismo na leitura, por meio da montagem em caderno contínuo e grampeado. Um das novidades desta edição é
a publicação da tabela de preços de caminhões de carga, um recurso de busca e acesso a informações dos veículos mais utilizados no transporte de produtos agrícolas. Aproveite o contéudo desta edição e também visite o site para conferir a publicação digital em www. jornalentreposto.com.br
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marรงo abril dede 2011 2011
Editorial
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Fruticultura
Produção e mercado brasileiro de maçã A maçã é a mais importante fruta fresca comercializada tanto no contexto internacional quanto no brasileiro O cultivo da macieira no Brasil se estabeleceu por meio de grandes empresas atraídas por incentivos de políticas públicas. As empresas instalaram pomares e montaram toda a infraestrutura de câmaras frigoríficas, transporte a frio e comercialização.
A produção brasileira está concentrada na Região Sul, que é responsável por 98% da produção nacional. Em 1974, a produção brasileira era de apenas1.528 toneladas, passando a 48.715 toneladas em 1980 e, no início da década de 90 já eram produzidas 330 mil toneladas, evoluindo para mais de 800 mil toneladas no ano 2000. Na safra 2002/2003 foram produzidas 842.256t de maçã sendo 475.095t provenientes do Estado de Santa Catarina e 375.095t do Rio Grande do Sul (Fig. 1). A área plantada no Brasil, em 1972 era insignificante (931 ha), passando a 18.941 ha em 1980 e para 31.701 ha em 2003 (Fig. 2). A maior parte da produção provém de três cultivares: gala, fuji e golden delicious. A gala é a primeira a ser colhida, em fevereiro, representando 46% da produção total; a fuji, cuja colheita se dá em abril, é a mais resistente para frigoconservação, participando com 45% da produção e a golden delicious, colhida em março, representa 6% da produção total, sendo os 3% restantes compostos por outras cultivares.
Cerca de 80% do total de maçã produzida é destinada ao consumo in natura, comercializada especialmente pelas Ceasas e grandes supermercados. A maçã destinada à agroindústria é de qualidade inferior e, normalmente não apresenta qualidade para ser comercializada para o mercado da fruta in natura. A maior parte da produção
provém de grandes empresas, que cultivam extensas áreas com avançado nível de integração vertical nas estruturas de classificação, de câmaras frias e de comercialização. A capacidade de armazenamento é 511.525 t, ou seja, cerca de 75% da produção nacional. Desta capacidade, 44% possui tecnologia convencional e 56% em atmosfera controlada.
Parte dos pequenos e médios produtores associa-se às grandes empresas atuando sob contrato, beneficiando-se da infraestrutura dessas empresas, e parte está se organizando em associações para competir diretamente no mercado.
Os preços nacionais e internacionais da maçã têm decrescido devido ao aumento de produtividade. Esses preços variam de acordo com o volume produzido, época de comercialização, qualidade e variedades. Até a década de 70, o Brasil importava praticamente toda a maçã consumida.
O aumento da produção da fruta permitiu ao Brasil substituir gradativamente as importações na década de 80 e início da década de 90.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção brasileira de maçã alcançou 1,2 milhão de toneladas em 2009. Santa Catarina foi responsável por 50,9% do total,; o Rio Grande do Sul por 45,5% e o Paraná, por 3,2%. No ano passado, as exportações de maçã registraram US$ 55,3 milhões, contra US$ 56,3 milhões, em 2009. O resultado representa redução de 1,7%. As vendas, no último ano, destinaram-se principalmente para os Países Baixos, com US$ 15,5 milhões, Reino Unido, com US$ 4,9 milhões e Portugal, com US$ 4 milhões.
Atualmente, com a implementação da Produção Integrada de Maçã, o Brasil atingiu um novo patamar de produção com foco na melhoria da qualidade, na segurança alimentar e na preservação ambiental, atendendo as exigências de um consumidor mais consciente
O programa de Produção Integrada de Maçã (PIM), que foi o pioneiro neste tipo de abordagem no Brasil, começou a ser elaborado em 1996, pela Embrapa Uva e Vinho, diante da constatação da crescente exigência dos mercados consumidores por produtos mais “limpos” e por sistemas de produção menos agressivos ao ambiente. Na safra 2001/2002, foi encerrada a fase de pesquisas por diversas instituições, quando, além de desenvolvido e ajustado, o Sistema de Produção Integrada de Maçã foi validado. Na safra 2002/2003 foi implantado o sistema de certificação com adesão espontânea junto às entidades certificadoras. Atualmente, os pequenos produtores, estão se organizando em associações ou cooperativas para também terem acesso à certificação.
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Cooperativa catarinense investe em produção sustentável
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O conceito atual de qualidade não requer apenas dar atenção ao produto
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Para garantir uma produção agrícola sustentável, a Cooperativa Agrícola de São Joaquim (Sanjo), adota uma série de procedimentos visando preservar a saúde do consumidor, do trabalhador, além de proteger o meio ambiente.
Maçã certificada vende mais Embrapa divulga resultados da pesquisa feita em projeto-piloto de comercialização da fruta com selo do PIN” No Rio Grande do Sul, 16 supermercados dos municípios de Bento Gonçalves, Farroupilha, Caxias do Sul, Gramado e Vacaria ofereceram ao consumidor maçã com o selo do Sistema de Produção Integrada (PIN), que vem acondicionada na caixa do produtor. A venda marca o início do projeto-piloto coordenado pela Embrapa Uva
e Vinho para divulgar o sistema, que garante qualidade e segurança das frutas.
A iniciativa é pioneira em âmbito nacional e, além da Embrapa, também conta com o apoio de redes de supermercados locais, Sebrae-RS, Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Indus-
Para manter um padrão de qualidade a cooperativa, fundada em 1993 e atualmente com 76 cooperados, adotou desde 1997 a Produção Integrada de Maçã (PIM). trial (Inmetro) e Ministério da Agricultura.
O resultado da pesquisa feita com 400 consumidores mostra que 77% deles não conheciam o sistema; 63% pagariam mais pela garantia de qualidade e de ausência de agrotóxicos; e que 62% consideram importante saber de onde veio e como foi produzida a fruta. Dos entrevistados, 12% estavam comprando o produto com selo pela segunda vez e destes, 96% perceberam diferença no sabor da fruta. As sugestões colhidas indicaram o desejo da identificação e certificação de outras frutas além da maçã. AUMENTO NAS VENDAS
A rede Apolo/Super Cesa, uma das que participaram como parceira na distribuição, obteve incremento nas vendas. Nas lo-
jas do supermercado Apolo, por exemplo, foi de 81% no mês de março em relação ao mesmo período do ano passado. A fornecedora da maçã Rasip Agropastoril, além de receber valor 10% maior pela fruta certificada, também vendeu mais. ‘Esperávamos comercializar 5 mil quilos no primeiro mês, mas atingimos 12 mil quilos no período’, conta o coordenador comercial da empresa, Claudiomar Basso.
O representante da rede Cesa, Enio Lazzaron, diz que as redes de supermercados estão se articulando para buscar novos fornecedores. ‘Temos interesse em novas parcerias para comercializar outras frutas com o selo. A curto prazo, deveremos ter manga, mamão, uva de mesa, pêssego e morango’, prevê.
Com 900 hectares e uma produção por safra de aproximadamente 34 mil toneladas de maçãs, em todas as fases de produção, armazenagem e classificação, o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), por meio de empresas credenciadas, realiza vistorias para verificar a adoção de normas estabelecidas. É feita uma análise criteriosa desde a implantação do pomar à entrega do produto ao consumidor. Após a implantação do programa houve uma constante evolução na produção. Todos devem estar atentos as exigências, o que ocasiona uma adequação a qualidade necessária ao mercado”, afirma Makoto Umemiya, diretor do packing da Sanjo. O produto com aprovação final, recebe um selo oficial para garantir a qualidade da fruta e do histórico da produção.
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Renar atinge recorde na colheita de maçãs gala
A Renar Maçãs, de Santa Catarina, registrou recorde histórico na atual safra de maçãs gala. A companhia encerrou a colheita em março atingindo o patamar de 46,5 mil toneladas da variedade, - mais que dobrando o volume de 23,1 mil toneladas obtido no mesmo período do ano anterior. No total, a empresa detém 1.700 hectares de pomares de maçã. Agora, a empresa está em plena colheita da variedade fuji e a estimativa é de que sejam obtidas aproximadamente 17 mil toneladas até maio, o que totaliza 63,5 mil toneladas na safra 2011. “Com o volume recorde de maçãs e os recursos que temos disponíveis iremos retomar o crescimento da receita da companhia, tanto no mercado doméstico como no
internacional” observa o diretor comercial da Renar, Marcelo Holtz.
Em fevereiro deste ano, a empresa finalizou o processo de incorporação da Pomifrai Fruticultura, consolidando-se entre as três maiores produtoras de maçãs do país. No mesmo período, começava a recuperação no mercado da fruta, cujo preço de mercado havia sido depreciado em 2009, mas apresentou significativa recuperação no segundo semestre do ano passado. “A redução de aproximadamente 15% na safra nacional de maçã em 2011 vai contribuir positivamente para a contínua recuperação de preços neste ano, algo que já estamos sentindo no início da colheita”, afirma Holtz.
Dólar em queda prejudica exportação de maçãs De janeiro a fevereiro deste ano, a exportação de maçã brasileira totalizou 6,6 mil toneladas, quantidade 34% inferior à do mesmo período de 2010, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Diante desse cenário e também do menor volume de fruta de qualidade nesta safra, o setor acredita que as exportações desta temporada sejam inferiores às da anterior. Quanto à receita com as exportações, o montante foi de US$ 4,7 milhões nos dois primeiros meses deste ano, 15% abaixo do recebido no primeiro bimestre de 2010.
Com a queda do dólar, os produtores de maçã de Santa Catarina se voltaram para o mercado interno, que tem uma demanda crescente pelo produto, consumindo em média cinco quilos por habitante ao ano. No ano passado, as exportações de maçã ficaram em US$ 55,3 milhões, ante os US$ 56,3 milhões obtidos em 2009. Já em relação ao volume, a queda foi ainda maior; em 2010 o país embarcou 90,8 milhões de toneladas, contra as 98,2 milhões do ano anterior, segundo dados da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina).
Grupo Fischer aposta na responsabilidade socioambiental
A simplicidade e criatividade do projeto Eco Fischer estão demonstradas no reflorestamento com mudas nativas, reciclagem de lixo, tratamento de efluentes, recuperação e reuso de água, controle de ruídos, rigorosa observação dos programas de Boas Práticas de Fabricação Agrícolas e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Segundo a empresa, a vantagem é a conscientização dos colaboradores, terceiros e parceiros que, ao realizarem essas tarefas incorporadas ao dia-a-dia do Grupo, estão ajudando a si mesmos, seus filhos, todos a sua volta e, principalmente, nossas futuras gerações.
O principal objetivo do projeto, ao ser implementado, foi a conscientização dos funcionários e familiares na importância da preservação ecológica e na manutenção e recomposição das áreas de preservação permanente e reserva legal em todas as propriedades do Grupo.
O reflorestamento realizado é sustentado por um viveiro, implantado em 2000, com produção de mudas de essências nativas, composta de aproximadamente 30 espécies diferentes. O viveiro próprio ainda produz anualmente 100 mil mudas nativas, destinadas exclusivamente para reposição de árvores nativas mortas
em áreas de reservas ou de preservação permanente das fazendas próprias. Estas ações são complementadas com permanentes processos de cunho educativo voltados para nossos colaboradores e familiares. Em 2001, o projeto foi ampliado com a implementação do Programa de Reciclagem de Lixo nas fazendas do grupo, envolvendo mais de 7.500 funcionários e seus familiares.
Associam-se ao programa de reciclagem de lixo, as ações voltadas ao processo de lavagem, armazenagem e destino de embalagens vazias de produtos agrotóxicos para usinas de reciclagem, que a divisão agropecuária do Grupo Fischer já executa ao longo dos anos.
Na área Industrial, sua divisão Citrosuco, implantou um sistema de gestão ambiental em suas unidades industriais (Matão, Limeira, Bebedouro e Santos). Utilizada como piloto, a unidade de Santos foi certificada pela norma ISO 14000. Nas demais unidades, o sistema está preparado para o processo de certificação. E, ainda, o programa Citrosuco Recicla, implantado nas unidades industriais, através de coletas seletivas, capta e
envia para reciclagem: papel; plástico; vidro; latas metálicas; etc. Todo o material é doado para cooperativas associadas às prefeituras, gerando renda, emprego e desempenhando um trabalho social.
Em Matão, no interiro paulista, água residual do processo de produção de suco de laranja é usada na irrigação de extensa plantação de palmeira real australiana, a partir da qual a empresa produz palmito. Segundo a Fischer, isso beneficia duas vezes o meio ambiente, porque trata a água de maneira natural e reduz a agressão às matas de preservação permanente.
Em Santa Catarina, as divisões maçã, em Fraiburgo, e suco de maçã, em Videira, mantêm uma política integrada que contempla o meio ambiente, em consonância com as atividades das demais unidades. .
A certificação ISO 14001 atesta que a empresa possui um sistema de gestão ambiental mundialmente reconhecido, mais abrangente que o requerido pela legislação brasileira. Uma das iniciativas cobertas por este sistema de gestão é o programa de coleta seletiva de lixo que foi implementado na empresa, incluindo todas as embarcações.
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Maçã nacional puxa comércio da fruta na Ceagesp Produto importado da Argentina está em falta no mercado O cultivo da macieira é uma atividade relativamente recente no Brasil. No início da década de 1970, a produção anual de maçãs não ultrapassa mil toneladas toneladas. Com incentivos fiscais e apoio à pesquisa e extensão rural, o Sul do Brasil aumentou a produção de maçãs em quantidade e em qualidade, fazendo com que o país passasse de importador a auto suficiente
e com potencial de exportação. Nos últimos anos, a maçã brasileira já conquistou os consumidores de outros países, especialmente os europeus, e entre 10% a 20% da fruta são exportados para diversos mercados, principalmente para a Europa. O setor da maçã é reconhecido pelo governo, pela sociedade e por todos os segmentos da fruticultura nacional, sendo frequentemente apontado como exemplo pelo sucesso alcançado. Há uma crescente consciência mundial a respeito da importância da qualidade de vida,
expressa na preocupação com a preservação, uso adequado dos recursos naturais e com a qualidade dos alimentos e, especialmente, da fruta. Os reflexos desta tomada de consciência são percebidos em todas as regiões através do redimensionamento dos sistemas produtivos incluindo os componentes ambientais e de qualidade de vida. Neste contexto de profundas mudanças no perfil do mercado nacional e internacional da maçã, via mudanças dos hábitos, gostos e preferências dos consumidores, a definição de um sistema de Produção Inte-
grada de Maçãs (PIM) no Brasil, viável técnica e economicamente, significa habilitar este setor para enfrentar os desafios que este novo cenário impõe. Na Ceagesp, os permissionários que trabalham com a fruta estão animados com a atual safra do produto nacional. Embora em alta, o preço da maçã produzida no Sul do país está mais barato que as variedades importadas. Segundo o gerente geral da importadora La Violetera, o custo do transporte o vilão dessa história. "Está faltando caminhão na Argentina e no Chile. Os transportadores preferem carregar pescados frescos, pois
o valor do frete é mais alto", explica. Nos últimos anos, a demanda pela maçã nacional também vem crescendo exponencialmente. Quem afirma é Marcos Rodrigo Cantoni, gerente de vendas da filial da Agropel no ETSP. Segundo o funcionário da maior empresa exportadora de maçã brasileira, a qualidade do produto nacional justifica essa alta. Atualmente, o mercado brasileiro da saborosa e nutritiva fruta é dominado por mias quatro grandes companhias: Schio, Agrícola Fraiburgo, Fischer e Renar.
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O ciclo da macieira Imponente, a macieira pode atingir até dez metros de altura. A árvore tem tronco de casca parda, lisa e copa arredondada; suas flores podem ser brancas ou róseas e têm aroma agradável. De coloração vermelha ou verde, pode apresentar pequenas manchas esverdeadas ou amareladas. Os frutos surgem de fevereiro a abril Durante o ano agrícola, a macieira tem dois ciclos, o vegetativo e o de dormência. O primeiro estende-se de outubro a maio e o segundo ocorre de junho a setembro.
Confira a seguir o que ocorre mês a mês o com as árvores das variedades gala e fuji. Ciclo Vegetativo Outubro - mês da florada, os pomares cobrem-se de flores, é a fase mais bela deste ciclo. Para auxiliar a polinização, são colocadas colméias de abelhas nos pomares na proporção de duas colméias por hectare. Normalmente neste mês são feitas as operações de raleio químico, cujo objetivo é provocar a queda de determinada quantidade de frutas recém polinizadas, visando o crescimen-
to das frutas remanescentes em função de menor concorrência, já que em cada cacho floral ocorrem cinco flores e só podem ficar no final uma ou duas frutas por cacho.
Novembro - fase do raleio manual, quando os agricultores retiram manualmente o excesso de frutas dos cachos, pois o raleio químico não elimina todas as frutas indesejáveis. Dezembro - nesta fase as frutas estão em pleno crescimento e os agricultores fazem trabalhos de limpeza de ervas daninhas e a retirada de alguns frutos que ficaram em excesso após o raleio manual. Janeiro - os agricultores continuam os trabalhos de limpeza e manutenção dos pomares. Nos anos de chuva normal ou excessiva, faz-se necessário praticar a poda verde, visando
eliminar os ramos que cresceram muito e impedem a entrada de luz nas plantas, o que prejudica a coloração das frutas. Nas regiões de menor altitude inicia-se a colheita da gala.
Fevereiro/Março - são os meses de colheita da gala. Nesta fase os agricultores trabalham no mínimo dez horas por dia e de seis a sete dias por semana. Só a chuva interrompe a colheita. Em regiões de menor altitude, inicia-se a colheita da fuji no final de março.
Abril/Maio - colheita da fuji. O ritmo de trabalho nos pomares não diminue até que a fruta esteja toda recolhida nas câmaras frigoríficas. Junho - após a colheita são feitas às operações de limpeza dos pomares. São retiradas as frutas caídas na colheita para evitar inoculo de doenças. Também os
galhos rompidos e lascados são retirados. Nesta mesma fase inicia-se a queda das folhas. Julho/agosto - as árvores estão sem folhas e os agricultores executam a operação de poda, que têm como objetivo eliminar galhos velhos e provocar
novas brotações, que darão origem a ramos que frutificarão nos próximos anos.
Setembro - neste mês são feitos os tratos culturais, visando o novo ciclo nas regiões de menor altitude ocorre o início da brotação e florada.
PRODUÇÃO O desenvolvimento comercial da cultura da macieira deu-se no início da década de 1970. Até então, o mercado brasileiro era abastecido totalmente por maçã importada principalmente da Argentina. A produção mundial é de 55,542 mil toneladas sendo os maiores produtores a China, os Estados Unidos, a França e a Turquia.
O Brasil começou a aparecer nas estatísticas internacionais na década de 1980 e em 2001 atingiu a autosuficiência. Também figura nos países exportadores, onde anualmente vem exportando em torno de 60 mil toneladas. As maiores cidades produtoras são Fraiburgo e São Joaquim (SC ) e Vacaria e Bom Jesus (RS). A área plantada é de 32 mil hectares.
Cultivares A macieira é das frutíferas que dispõe de um maior número de cultivares, no mundo são descritas mais de sete mil, porém comercialmente são poucos as que se destacam
Em nível mundial, as principais cultivares são: red delicious, Golden Delicious, granny smith, fuji, gala, braeburn, pink lady, jonagold e elstar.
No Brasil a produção de maçã está concentrada em duas cultivares, gala e fuji que representam em torno de 90% da área plantada. As demais cultivares incluem a
eva, golden delicious, Brasil, anna, condessa, catarina, granny smith.
Eva, anna e condessa são cultivares de baixa exigência em frio, para plantio em regiões mais quentes e produção em dezembro e primeira quinzena de janeiro. A gala esta sendo substi-
tuído por clones de coloração mais vermelha dos frutos como a royal gala, imperial gala e galaxy. Seus frutos são colhidos nos meses de janeiro à fevereiro.
Fuji e seus clones, fuji suprema e kiku, que também tem frutos mais avermelhados, produzem em abril e maio, sendo uma fruta de sa-
bor doce e muito suculenta. Os programas de melhoramento genético vem criando cultivares com menor exigência em frio e resistentes a doenças destacando-se a imperatriz, daiane, baronesa, catarina e joaquina, as últimas duas resistentes à sarna, uma doença fúngica que ataca folhas e frutos das macieiras.
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Alternativas para manejo de praga do morangueiro
Saboroso e irresistível Início da colheita do morango mineiro anima permissionários do ETSP A chegada à Ceagesp paulistana das variedades albion, camino real, oso grande, festival e aromas cultivadas em Bom Repouso, Estiva, Senador Amaral e Pouso Alegre começou no último dia 15. Embora a produção deste ano esteja menor em relação à do ano passado, em função do elevado custo de manutenção das lavouras e da escassa mão de obra, as expectativas de comercialização da safra do pseudofruto plantado do sul de Minas Gerais são excelentes. Segundo o empresário Sebastião Andrade, sócio do produtor Valdir Aparecido Pereira, os morangos de Bom Repouso e região são muito procurados pelos supermercadistas e feirantes, devido à sua elevada qualidade, aroma e aparência. Mário Benassi e Sebastião Andrade: chegada do morango produzido em Minas Gerais incrementa negócios dos permissionários
No início da safra de 2010, a caixa do produto era vendida a R$ 15. No decorrer da colheita, o preço foi caindo, até chegar a R$ 5. “No entanto, não dá para saber até que nível esse valor vai cair este ano. Tudo depende da demanda”, explica Andrade, lembrando que os morangos produzidos na região de Jarinu e Piedade, em São Paulo, começarão a chegar ao ETSP a partir da segunda quinzena de maio. No Brasil, o cultivo da fruta concentra-se nas regiões Sul e Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Muito além do sabor
Além de suculento e sabo-
roso, o fruto do morangueiro é uma excelente fonte de vitamina C, fibras, cálcio, ferro e outros nutrientes indispensáveis à boa saúde e alimentação. De acordo com os especialistas, seu consumo atua na prevenção e cura de infecções, cicatrização de ferimentos e bom funcionamento dos sistemas nervoso, cardíaco e digestivo. A frutinha também oferece resistência aos tecidos, ossos e dentes, e sua ingestão pode reduzir o colesterol e também prevenir o escorbuto. Mais informações sobre o morango: (11) 8353-9373
Dentre as principais pragas que atingem a cultura do morango, destaca-se o ácarorajado que reduz a produção de frutos podendo causar a morte das plantas. O controle do ácaro-rajado normalmente é feito com o emprego de acaricidas sintéticos que tem selecionado populações resistentes ampliando a necessidade de pulverizações adicionais e ou aumento na dose aplicada. Como a colheita do morango é realizada praticamente todos os dias, uma das principais restrições ao uso dos acaricidas sintéticos é o período de carência que pode chegar a 14 dias. Esta situação tem sido uma das causas das inconformidades em relação à presença de resíduos de agrotóxicos na cultura. Na tentativa de contornar esta situação, a Embrapa recomenda a utilização de métodos alternativos para o manejo do ácaro-rajado na cultura do morangueiro, com destaque para o emprego de agentes de controle biológico, no caso dos ácaros predadores, e produtos naturais, à base de azadiractina. Na avaliação da empresa, o emprego destas tecnologias que permitem manejar as pragas do morangueiro minimizando os impactos negativos
ao ambiente e evitando a presença de resíduos tóxicos nos frutos. O uso isolado da azadiractina (substância retirada principalmente da semente da árvore de nim) ou a associação do produto com ácaros predadores tem reduzido significativamente os prejuízos causados pelo ácaro-rajado na cultura. A azadiractina também tem sido eficaz no controle de outras pragas da cultura como os pulgões. Segundo o pesquisador, Marcos Botton, a disponibilidade destas duas tecnologias, que podem ser utilizadas de forma isolada ou conjunta, são ferramentas fundamentais para o manejo de pragas na cultura permitindo a produção de frutas de qualidade e sem resíduos tóxicos. A expectativa da equipe envolvida no projeto é retirar o “rótulo” de o morango ser um produto envenenado devido aos resultados das inconformidades quanto à presença de resíduos tóxicos, tornando a fruta um dos alimentos preferidos pelos consumidores. Para assim, valorizar ainda mais o trabalho dos produtores envolvidos com o cultivo que tem como base a mão de obra familiar.
Produção de frutas sobe 19 % em oito anos A produção brasileira de frutas aumentou 19% entre 2001 e 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consumo também cresceu, passando de 113 quilos por habitante/ano, em 2001, para 125 quilos por habitante/ ano, em 2009. Na avaliação do coordenador de culturas permanentes do Ministério da Agricultura, Gustavo Firmo, o crescimento se deu com a melhora de produtividade e rendimento. “Certamente os produtores investiram em tecnologia ao longo desses 10 anos. Isso melhorou bastante a produtividade da maioria das culturas”, diz.
Outro fator que explica o bom desempenho do setor é o preço. Na média, o preço das frutas ao consumidor não impactou tanto quanto era de se esperar. Se o consumidor final está tendo acesso a frutas a um preço razoável e o restante da cadeia tem ganhado, isso é muito bom”, analisa Firmo. Apesar do cenário positivo, o saldo da balança comercial de frutas frescas (US$ 312,6 mi em 2010) sofreu uma queda de 21% em relação a 2009. sitivo na balança desde 1999, “O aumento de importação é também um indicativo de que a demanda e o poder aquisitivo do brasileiro aumentaram”, observa Firmo.
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Produção integrada de abacaxi tem bons resultados em Tocantins A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), tem incentivado o plantio de abacaxi em Tocantins por meio do projeto de produção integrada. De acordo com a empresa, a iniciativa apresentou bons resultados no estado, onde a colheita da fruta prossegue até o fim de abril. A ação procura integrar produção, mão-de-obra e meio ambiente, com a redução do uso de inseticidas e o aumento do lucro do produtor. O trabalho é coordenado pelo pesquisador Aristoteles Pires de Matos. “Começamos em 2004, com a adesão de apenas um produtor. Hoje já são 43”, diz Matos. A principal variedade utilizada no projeto é a BRS Imperial, desenvolvida pela Embrapa e que é resistente à fusariose, principal doença que acomete
ambientais similares às dos Tabuleiros Costeiros da Região Nordeste. Outra variedade indicada para as mesmas regiões é a BRS Vitória, também resistente à fusariose e sem espinhos nas folhas. A espécie apresenta bom desenvolvimento e crescimento. Os frutos, quando estão maduros, têm polpa branca, elevado teor de açúcares e sabor agradável e destina-se tanto para o consumo in natura, como para a agroindústria. Já o abacaxi BRS Ajubá, também desenvolvido pela Embrapa, é indicado para regiões mais frias, especialmente o Vale do Rio Uruguai, no noroeste do Rio Grande do Sul. Assim como as cultivares BRS Imperial e BRS Vitória, a BRS Ajubá é resistente à doença do abacaxizeiro e não apresenta espinhos nas folhas.
a cultura do abacaxi no Brasil, o que contribui para reduzir o uso de agrotóxicos, um dos princípios do sistema de produção integrada. Além disso, segundo a Embrapa, essa variedade apresenta frutos com polpa amarela, elevado teor de açúcares e excelente sabor, indicados tanto para o consumo in natura quanto para a industrialização. Os frutos apresentam vida de prateleira mais longa do que os tradicionais. As características de sua casca favorecem o transporte com menor incidência de danos mecânicos. A ausência de espinhos nas folhas facilita o manejo e os tratos culturais. O plantio da BRS Imperial é indicado para as principais regiões produtoras do Brasil, principalmente em condições
Tecnologia promete diminuir gastos para o produtor rural brasileiro Os produtores rurais vão poder reduzir os gastos no plantio de milho, cana-de-açúcar, arroz e trigo, com o emprego de tecnologia à base de inoculante bactérias que fixam nitrogênio no solo. Esse tipo de produto é empregado com sucesso no cultivo da soja desde a década de 70. A Instrução Normativa Nº 13 moderniza o registro desses produtos no Brasil, melhorando as regras existentes para produção, pesquisa e importação. De acordo com o coordenador do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Hideraldo Coelho, os inoculantes diminuem bastante a quantidade de fertilizantes nitrogenados usada na lavoura. “No cultivo de soja, por exemplo, os agricultores chegam a gastar, em média, R$ 15 por hectare. Entre os que não aderem à tecnologia, os custos podem chegar a aproximadamente R$ 700,00 por hectare, calculam os especialistas da área”, diz Hideraldo Coelho. Diferentemente da aduba-
ção mineral, os inoculantes têm como base material biológico. Além de mais baratos, os produtos não causam danos ao meio ambiente. “A fixação biológica de nitrogênio pelas plantas leguminosas pode suprir a adubação mineral dependendo da
espécie e sistema de cultivo”, explica o coordenador. As novas normas para o registro do material produzido, importado e comercializado em território nacional incluem os micro-organismos aprovados para uso e as orientações para
embalagens. “O pedido de registro deverá conter a relação das matérias-primas utilizadas na fabricação e as suas funções, bem como a espécie de microorganismo utilizado e a qual cultura se destina”, informa Coelho.
Após a fotossíntese, a fixação biológica de nitrogênio é considerada o mais importante processo biológico fundamental para a vida e consiste em processo que captura o nitrogênio presente na atmosfera e o converte em formas que podem ser utilizadas pelas plantas. Em termos de agricultura, a simbiose entre bactérias fixadoras de nitrogênio e plantas leguminosas é a mais importante. Após a formação de nódulos nas raízes dessas plantas, a bactéria passa a fixar o nitrogênio atmosférico e a planta o transforma em compostos orgânicos, diminuindo uso de adubos nitrogenados. No Brasil, graças ao processo de FBN, a inoculação substitui totalmente a necessidade do uso de adubos nitrogenados nas lavouras de soja. O uso de inoculantes evita a contaminação da água pelo nitrato existente nas fórmulas de adubo nitrogenado e contribui para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
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Produção Agrícola
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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio
Produtividade de cenoura deve aumentar em Minas Gerais Clima de março contribuiu para o bom desenvolvimento das raízes Na avaliação do Cepea, com o clima favorável registrado desde março nas regiões mineiras de São Gotardo, Santa Juliana e Uberaba, as lavouras devem apresentar maior rendimento em abril. Assim, a oferta de cenoura mineira neste mês deve ser maior que a observada em março. O tempo seco e as temperaturas amenas no mês passado contribuíram para o bom desenvolvimento e a qualidade das raízes. Com o elevado volume de chuvas na segunda quinzena de março, houve alta incidência de “mela”, porém grande parte das roças que apresentavam problemas de nematóides já havia encerrado suas atividades. Assim, a produtividade média das lavouras mineiras observada em março foi 14%
maior que registrada em fevereiro. Além disso, o descarte no beneficiamento, que em fevereiro era de 50%, baixou para 15% em março, com possibilidade de reduzir ainda mais em abril. Como resultado, as cotações, que tiveram média de R$ 22,00/cx “suja” de 29 kg em março, devem cair em abril. Agricultores da região de Marilândia do Sul (PR) devem colher mais cenouras em abril. Isso porque houve um intervalo de colheita em março, uma vez que muitos produtores interromperam o plantio por cerca de 20 dias em dezembro, quando os baixos preços e as chuvas inibiram os investimentos. Assim, em março, comerciantes paranaenses buscaram o produto nas regiões produtoras de Minas Gerais.
Em abril, produtores devem voltar a colher cenouras com maior intensidade, com o objetivo de recuperar o intervalo na produção. Segundo o Cepea, o volume esperado para ser colhido neste mês é de 29 toneladas por hectare. Assim como em Minas Gerais, o aumento da oferta em Marilândia do Sul deve pressionar as cotações. A disponibilidade de cenoura em Cristalina (GO) esteve reduzida no correr de março, porque o descarte resultante dos problemas de qualidade diminuiu o volume disponível para comercialização. A menor oferta na região deve se estender até meados de abril. Além disso, as chuvas registradas em março dificultaram as atividades de campo, como
plantio e pulverizações, o que diminuiu o rendimento das lavouras. Alguns produtores, inclusive, chegaram a registrar quebra de safra. Apesar da menor oferta, a colheita dos lotes com nematóides encerrou em março e as raízes devem apresentar melhor qualidade em abril. As regiões produtoras de Minas Gerais, Goiás e Paraná devem começar o plantio da temporada de inverno de 2011 no final de março/início de abril. As chuvas ocorridas nas últimas semanas de março interferiram no planejamento de semeadura da safra, o que deve atrasar o plantio em cerca de 10 dias, em média, na região. Segundo a Somar Meteorologia, ao longo de abril, as preci-
pitações podem reduzir gradualmente, e assim, as atividades de plantio devem ser regularizadas. Com relação à área de cultivo da safra de inverno
PRODUTIVIDADE
Após chuvas, pico da safra de batata deve ocorrer em abril Ao contrário do que esperavam os produtores, não houve pico de safra de batata na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba em março. As chuvas na praça mineira durante quase todo o mês impediram a colheita de grande parte da área que deveria ter sido ofertada no correr de março. Assim, o pico de safra foi deslocado para abril, o que influenciou no escalonamento da oferta, uma vez que a previsão era de que a área colhida em março fosse o dobro da de abril. Em março, 30% a área foi colhida, ao passo que a estimativa inicial apontava 45%. Agora, agentes acreditam que, até o final de abril, 40% da área esteja colhida. Segundo o Cepea, este deslocamento do calendário, aliado à quebra e produção no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, elevou os preços da batata em março. Além disso, a melhora na qualidade também influenciou o aumento nos preços no período. A batata especial tipo ágata nas beneficiadoras teve média de
R$ 35,57/sc de 50 kg em março, valor 47% superior à de fevereiro. O aumento nos preços em março trouxe alívio para muitos produtores, que, durante quase toda a safra, negociaram a batata a preços baixo dos custos. A safra das águas do Sul de Minas Gerais foi praticamente finalizada em março, restando apenas 5% da área para ser colhida em abril. Desde o início da temporada, a qualidade da batata foi prejudicada pelo excesso de chuva, que ocasionou pele escura. No entanto, a produtividade foi elevada: 35 toneladas por hectare durante a safra. A baixa qualidade, aliada ao excesso de oferta, pressionou os valores pagos aos produtores, tornado a safra menos rentável. O plantio da safra das secas foi atrasado o Paraná e no Sudoeste Paulista por conta das huvas em fevereiro. No Paraná, o plantio atrasou quase um mês, conforme relatos de produtores da região. Até o fim de fevereiro, o comum seria o cultivo de 90% da safra, mas
apenas 60% da área foi concluída. Assim, os 40% restantes foram plantados em março. As precipitações também elevaram a incidência de doenças, como requeima e canela-preta. Agora, a preocupação de agricultores paranaenses está relacionada à possibilidade de geadas a partir de abril. Quanto ao Sudoeste Paulista, a estimativa era de que as atividades de campo atingissem 20% da área em fevereiro, mas apenas 5% foi cultivado. Com isso, houve concentração ainda maior do plantio em março (80% da safra) e, em abril, as atividades seguem para o fim, com os 15% restantes. Apesar desse atraso, o calendário de colheita não deverá ter muitas alterações. Assim, a oferta da batata em maio deve ser menor, como geralmente é observado para o período. Já o pico de oferta está previsto para junho e, com o ligeiro atraso do plantio, a disponibilidade este ano, especificamente, deve ser ainda maior.
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Clima definirá desempenho da safrinha em 2011 Atraso do plantio na primeira safra retardou o início do plantio de pelo menos 30 % da safrinha
deste ano, deve ficar praticamente estável em comparação com a verificada na temporada de 2010. Isso porque os preços ficaram baixos durante quase
todo o segundo semestre do ano passado, desestimulando agricultores a realizar novos investimentos na cultura para este ano.
O clima será o fator determinante para a produtividade das lavouras de milho e algodão na segunda safra. Apesar do otimismo em relação ao desempenho destas duas culturas na safrinha, este cenário dependerá do comportamento climático, que definirá o desempenho da colheita, uma vez que o atraso do plantio na primeira safra acabou retardando o início do plantio de 30% da safrinha. A análise consta no boletim Ativos de Grãos, publicação elaborada Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Segundo o estudo, houve início tardio das chu-
CÁ ENTRE NÓS
A Páscoa da fraternidade Na Escola do Sabor, projeto desenvolvido na Nossa Turma sob orientação dos estagiários do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp, com a supervisão da dra. Anita Gutierrez, foi apresentado às crianças um prato com um dos produtos de grande fartura nesta época do ano: a batata. A Campo Vitória mandou batata inglesa, a Iguape nos cedeu batata doce, rosada e branca. Com o produto em mãos, fizeram um nhoque com ambas as variedades. Depois de saborear a iguaria, a criançada chegou à conclusão de que o prato ficou muito bom! Na roda de conversas, os pequenos falaram também do peixe que ganhamos da New Fish e pediram para que as cozinheiras da entidade, tias Benedita e Edilza, fizessem bacalhau com batata, doce ou inglesa. A batata já está garantida, agora só falta o bacalhau, que eu vou pedir pessoalmente
Por Manelão
aos importadores e, assim, as crianças vão definir com qual batata o bacalhau será servido. ****
No dia 16 de abril, o voluntariado dos funcionários do banco HSBC proporcionou uma manhã maravilhosa a nossas crianças, que foram pintadas no rosto com temas da Páscoa pelo tio Borges. A garotada pulou na cama elástica, saboreou cachorro quente, pipoca, algodão doce, curtiu as brincadeiras e, no final, ganharam ovos de chocolate, entregues por papai e mamãe coelho, o que deu sentido à Páscoa da fraternidade.
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No próximo dia 15 de maio acontece a quarta edição da Queima do Alho, onde 30 comitivas cozinharão a melhor comida caipira do Brasil durante o evento, as crianças serão brindadas pela voz maravilhosa da cantora mirim Rebeca Angel, ex-apresentadora do programa Carrossel, do SBT, acompanhada pelo balé infantil do Raul Gil. Também estarão presentes os cantores Júnior Carvalho e Cristiano, Thaís e Eduardo, além da banda Red Fox. ****
Na sequência, no dia 17, começa a Femetran, a feira mais esperada do ano pelos caminhoneiros e frotistas, que aproveitam a oportunidade para renovar a frota com as ofertas que sempre acontecem nesta ocasião. Vamos prestigiar, pois a festa é nossa!
vas, principalmente na região Centro-Oeste, onde a semeadura de soja, por exemplo, aconteceu com pelo menos um mês de atraso. Desta forma, diz o boletim, o adiamento do começo do plantio na safra tradicional acabou também por retardar o plantio da safrinha, principalmente para quem adota o sistema de sucessão soja-milho ou soja-algodão, ou seja, quem planta soja na safra tradicional e milho ou algodão na segunda safra. “As culturas de segunda safra terão menos dias para se desenvolver até que comece o período em que as chuvas escasseiam”, explica o boletim. Para avaliar qual sistema
de sucessão pode ser mais vantajoso para o produtor, o boletim fez algumas simulações de preços de comercialização e produtividade no sistema de sucessão, ou seja, duas culturas por safra, com base em dados coletados no município de Campo Verde (MT). O estudo apontou que, se o agricultor daquela região optou por cultivar soja na primeira safra e milho na safrinha, ele terá receita suficiente para pagar seus custos se comercializar sua produção a R$ 45 a saca da oleaginosa e a R$ 19 a saca de 60 quilos do cereal, se levada em conta uma produtividade de 52 sacas de soja/hectare e 75 sacas de milho por hectare.
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Ceasas Brasil
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Ceagesp encerra março com leve alta nos preços
Dirigentes de 20 Ceasas do país reelegeram, por unanimidade, o presidente da CeasaMinas, João Alberto Paixão Lages, para a presidência da Abracen (Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento). A recondução, que prevê um novo mandato de dois anos, foi definida no final de março em Brasília (DF), durante o encontro nacional da entidade. Entre os principais objetivos da Abracen para 2011 estão a mobilização para a aprovação do projeto de lei 8001/10, que determina normas específicas para os entrepostos de abastecimento, além de uma missão técnica à Europa.
Queima do Alho na Ceagesp A segunda etapa do concurso culinário que reúne mais de 30 comitivas do estado de São Paulo será realizada no próximo dia 15 de maio no ETSP. A renda integral do evento, que acontecerá na Praça da Batata, será novamente revertida à Associação Nossa Turma, organização sem fins lucrativos especializada no atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Participe!
A reeleição ocorre no ano em que a Abracen completa 25 anos, no próximo mês de maio. Criada para promover maior integração entre as Ceasas, hoje a instituição tem assumido papel estratégico como interlocutora junto a governos e à sociedade em defesa do abastecimento como política pública. Uma das conquistas recentes da Abracen foi a conclusão do texto do projeto de lei 8001/10. A associação integrou uma comissão composta também pelo Ministério da Agricultura, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Co-
merciantes em Entrepostos de Abastecimento (Brastece). O texto foi remetido ao Congresso Nacional em dezembro de 2010 para debate a aprovação. Outra iniciativa que contou com a mobilização do órgão foi a criação da Frente Parlamentar em Defesa das Centrais de Abastecimento Interno. “Com a Frente, marcamos presença definitivamente nas discussões do Congresso Nacional, reafirmando o abastecimento como um instrumento de política pública, essencial para a segurança alimentar e, por conseqüência, para a defesa da dignidade humana”, destacou Lages.
Presidente da CeasaMinas é reeleito na Abracen
O Índice Ceagesp fechou o mês de março com ligeira elevação de 0,73% nos preços no atacado dos principais produtos comercializados na companhia. “Após altas expressivas durante os meses de janeiro e fevereiro devido ao excesso de chuvas nas regiões produtoras, os preços no atacado já iniciam processo de retorno aos patamares habituais”, comenta o economista da estatal, Flávio Godas. No trimestre, o balizador de preços acumula alta de 9,49%, e retração de 3,30%, nos últimos 12 meses. Depois de altas significativas nos últimos meses, o setor de verduras apresentou recuo de 4,96% nos preços praticados. As principais quedas foram do coentro (-33,5%) e do brócolis (-20,4%). Já as altas ficaram por conta do milho verde (45%), da couve-flor (23%) e da couve (12%). Outro setor a registrar retração foi o de frutas, com 1,48%. As baixas mais acentuadas foram do maracujá azedo, do abacate e da laranja lima. As principais altas foram do abacaxi, do morango e do caju. Influenciado pelas altas da batata e cebola e ovos, o setor de diversos registrou elevação de 15,7%. “A batata e a cebola estavam com preços próximos ao custo, com esse aumento os produtos recuperaram seus preços normais. A alta nos ovos deve-se a menor oferta do produto nesse período”, explica Godas. Os setores de legumes e o de pescados também registraram aumentos nos preços. Nos legumes as principais altas foram do quiabo, pimentão verde e da vagem.E as principais baixas foram do pepino comum, da ervilha e da abobrinha italiana. Já no setor de pescados os aumentos foram pescada, da anchova e da corvina. As quedas foram do atum, do cação e do salmão. “Com a tendência de condições climáticas satisfatórias no
Brócolis
20,4%
Couve-flor
23%
Milho verde
45%
mês de abril, os preços devem recuar acentuadamente em todos os setores, principalmente legumes e verduras. Somente o setor de Pescados, em razão da maior demanda na Semana Santa, não deve apresentar recuo dos preços”, prevê Godas. Índice Ceagesp Março 2011
Geral
0,73%
Legumes
7,34%
Verduras
-4,96%
Pescados
2,71%
Diversos*
15,73%
Frutas
- 1,48%
(*) cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos Fonte: Ceagesp
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Qualidade
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Variedades de citros comercializadas na Ceagesp Gabriel Bitencourt de Almeida CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Os citros, ou as plantas do gênero Citrus e outros assemelhados como Fortunella e Poncirus, são as fruteiras com a maior área cultivada no mundo. Originaram-se no Sudoeste da Ásia, onde atualmente estão países como a China, o Japão e Índia e lá foram domesticadas. Geralmente são árvores ou arbustos e pertencem a subfamília Aurantioideae e a família Rutaceae. Com o surgimento de civilizações mais adiantadas, de conquistas de um povo sobre o outro e com a intensa troca de plantas e animais que isso faz acontecer, os citros foram levados de um local para o outro e acabaram chegando à Europa por meio dos mouros que invadiram a Península Ibérica e depois no período das grandes
navegações chegaram à América. Hoje disputam com as bananas o titulo de fruteira mais plantada no mundo. Os frutos cítricos são bagas, divididas em gomos ou carpelos cuja característica mais típica é as vesículas de suco, ou “gominhos” no interior. A diversidade genética é enorme, com vários tamanhos de frutos, colorações de casca e polpa, sabores, casca solta, casca presa, ausência ou presença de sementes. É grande o número de espécies no gênero Citrus e também muito fácil o cruzamento ou hibridação entre elas. Economicamente, os grupos de citros mais importantes são, pela ordem, as laranjas doces, as tangerinas, limões e limas ácidas, limas doces, pomelos e outros de menor importância. As características que caracterizam as tangerinas são a casca pouco aderente aos gomos, o que facilita o descasque manual. Os gomos são menos aderidos e são frutos mais ma-
cios, bem menos resistentes ao manuseio pós-colheita e um tempo de maturação na árvore menor quando comparado aos outros citros. Diversas espécies de citros e híbridos enquadram nestas características. No ano passado foram comercializadas 130 mil toneladas de tangerinas na Ceagesp. Quase metade desse volume foi de ‘ponkan’ que pertence a espécie Citrus reticulata e é uma tangerina originária da Ásia, de fruto grande, casca bem solta, com sementes e de polpa doce bem ao gosto do brasileiro. A oferta significativa de ‘ponkan’ no entreposto paulistano da Ceagesp vai de março a agosto. Em segundo lugar, com 32 % do volume, aparece o tangor ‘murcott’, junção das palavras do inglês tangerine (tangerina) e orange (laranja), ou seja, é um híbrido entre laranja e tangerina e não uma tangerina pura, por isso a casca é mais aderente e menor, tornando-a fácil de
descascar. O suco possui coloração muito bonita e é saboroso. A grande vantagem de mercado da ‘murcott’ é maturação bem mais tardia que a ‘ponkan’, possibilitando o abastecimento do mercado no segundo semestre. Na Ceagesp, o auge da oferta acontece entre julho e novembro. O cruzamento entre laranja e tangerina foi realizado na Flórida por Charles Murcott, que deu origem ao nome da variedade. Em terceiro lugar, temos as mexericas que os gaúchos chamam de bergamotas. São essas tangerinas que pertencem à espécie Citrus deliciosa, constituída por frutos menores e com
grande quantidade de vesículas de óleo na casca, por isso liberam aroma bastante pronunciado e típico quando descascadas. O sabor é excelente, com uma interessante combinação de açucares, ácidos e aromas. Por esse motivo, a espécie foi denominada deliciosa. Aproximadamente, 15% das tangerinas comercializadas no na Ceagesp são mexericas. O pico de oferta ocorre entre maio e setembro. Outras tangerinas como a ‘Cravo’, também Citrus reticulata e os tangores ‘Decopom’ e ‘Afourer’ (ou ‘W Murcott) também são comercializadas na Ceagesp.
Variedades de tangerina e híbridos comercializadas na Ceagesp
Desenho: Bertoldo Borges Filho - CQH/ Ceagesp
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Frutas e hortaliças processadas na Ceagesp Mercado para estes produtos apresenta crescimento no Brasil e é boa oportunidade para produtores
Durante o período de 17 de janeiro a 11 de fevereiro foi realizado um levantamento de dados entre os permissionários Ceagesp e constatou-se que já existem diversos produtos processados no mercado. Os principais produtos encontrados foram minimamente processados, casos de frutas secas, conservas, produtos précozidos e em calda. Mas o que são exatamente produtos minimamente processados e processados? Segundo a Associação Internacional de Produtores de Minimamente Processados, produtos minimamente processados são aqueles que são modificados fisicamente, mas mantém seu estado fresco. Assim, é um produto fresco, tornado conveniente, com qualidade e garantia de sanidade. Já produtos processados sofrem outros tipos de tratamentos que além de modificar fisicamente o alimento, podem ou não modificar suas características organolépticas, como cor, sabor e textura. Ao que tudo indica, o mercado para esses produtos no Brasil está em crescimento. Segundo o IBGE, o consumo per capita anual de alimentos processados cresceu de 2,365 quilos em 2002/2003 para 3,214 quilos em 2008/2009. Parece pouco o aumento de quase um quilo em seis anos, mas se lembrarmos de que o Brasil tem
192 milhões de habitantes é um aumento de volume total bem considerável. Os principais fatores que podem ser apontados como causas deste aumento no consumo são a maior facilidade para o consumidor final, já que não há necessidade de preparo; o maior aproveitamento, pois tudo que vem na embalagem é consumido; a diversidade de produtos, que possibilita compor refeições variadas; além de serem refeições saborosas e saudáveis.
O produto mais encontrado no entreposto paulistano da Ceagesp foi o alho, apresentado em diversas formas minimamente processadas: descascado, descascado e triturado, descascado em cortado em tiras, e em formas onde o processamento é mais elaborado, por exemplo, triturado e frito e em fatias desidratadas. O volume total de frutas processadas comercializadas na Ceasa paulistana em foi 0,61 toneladas. Os produtos mais encontrados foram frutas secas
e/ou desidratadas, como uvas, ameixas, damasco, figo, entre outras. O processo de secagem/ desidratação ocorre através da exposição do produto ao sol ou à corrente de ar quente. O método é uma maneira eficaz de conservação, pois reduz a atividade de água da fruta, dificultando assim o crescimento de microrganismos patógenos ao ser humano. Ainda no setor de frutas, foram encontrados produtos précozidos, como laranja, mamão, figo e cidra. O pré-cozimento dessas frutas visa à diminuição no tempo de preparo de doces e compotas. Para melhor preservação os produtos são imersos em soluções ácidas, que impedem o crescimento de microrganismos deteriorantes e patogênicos. Foram encontradas também frutas em calda, como pêssego, abacaxi e lichia. O processo de fruta em calda consiste em imergir a fruta em uma calda com alta concentração de açúcar, que, além de dar sabor à fruta, impede que microrganismos patogênicos se desenvolvam, pois reduz a quantidade de água disponível para o desenvolvimento dos mesmos. Nos setores de verduras e legumes foram encontrados vários produtos em forma de conserva, como palmito, champignon, pepino, pimenta e azeitona. A conserva segue o mesmo princípio da calda, porém seu ingrediente principal é o sal. Segundo o ranking da Ceagesp, em 2009 foram comercializadas no entreposto, 1.728 toneladas de legumes e verduras processadas. O volume de entrada de polpas de frutas congeladas no entreposto paulistano naquele ano foi de 490,38 toneladas. O preparo da polpa é feito através do esmagamento da fruta, podendo haver ou não adição de água e logo em seguida o envase e congelamento. Durante o levantamento também foram encontrados produtos pré-lavados, como maçãs e peras, além de mini cenouras e beterrabas.
A cidade A questão da água para consumo será um dos problemas mais importantes a ser resolvido neste século
Anita de Souza D. Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
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Qualidade
e, a agricultura e a água Quando perguntaram ao astronauta russo que foi o primeiro a sair da atmosfera terrestre, Yuri Gagarin, como era a Terra vista de longe, ele deu a famosa resposta: “A Terra é azul.” E é azul por causa da água, que cobre mais de 75% da superfície do nosso planeta. A água realmente disponível para os seres vivos, entretanto, é um bem relativamente escasso, porque a maior parte dela está nos oceanos salgados ou em geleiras inacessíveis e a presença do homem em número cada vez maior sobre o planeta é um grande complicador do problema, porque o homem, além de usar a água, também a polui com resíduos e dejetos. Por essa razão, a questão da água para consumo dos homens, plantas e animais será provavelmente o problema
mais importante a ser resolvido pela humanidade neste século e o Brasil, que possui 12% de toda a água doce disponível no mundo, será, com certeza, um dos principais protagonistas do debate sobre a água. A água está em grande evidência. Ecologistas do mundo todo colocam a escassez e a poluição da água como um dos principais problemas ambientais. O apagão colocou a água como uma das principais causas da falta de energia. Os níveis dos reservatórios das usinas hidroelétricas apresentaram, nos últimos anos uma diminuição constante e grave. Cerca de 80% das doenças e 65% das internações hospitalares estão relacionadas ao saneamento. Os principais riscos para a saúde são por ingestão de água de má quali-
dade, que pode causar cólera, disenteria bacilar, febre tifóide, gastroenterite, diarréia infantil e leptospirose ou por contato com água de má qualidade, que pode causar esquistossomose e reações adversas a poluentes químicos. As cidades produzem a todo tempo quantidades enormes de material poluente que acaba atingindo seriamente as terras agrícolas. Os esgotos domiciliares e industriais são despejados nos rios, poluindo as águas e causando graves problemas para os criadores, que precisam dela para dar de beber a seus animais, ou para os agricultores, que precisam utilizála para irrigar suas lavouras. As cidades, e principalmente as estradas pavimentadas que as ligam, promovem também sérios problemas de erosão
nas terras agrícolas porque as águas que se acumulam sobre os solos pavimentados são despejadas sem maiores cuidados. Há um estudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo, que demonstra que mais de 70% das voçorocas (erosões de grande porte) têm origem urbana ou de estradas. Os agricultores recebem também a poluição do ar, que cai sobre suas terras junto com a chuva. Todos sabemos que a água é fundamental na produção agrícola. Qualquer cultura consome durante o seu desenvolvimento um grande volume de água. Cerca de 98% dessa água apenas passa pela planta, voltando à atmosfera no processo de transpiração. O reservatório de água utilizado pelas plantas é o solo. A recarga natural desse reservatório é feita pelas chuvas. O solo agrícola bem conservado capta toda a chuva. A água é armazenada no solo até a sua capacidade de campo, depois, por percolação profunda, vai abastecer o lençol freático. A água que o solo não consegue armazenar vai para os aquíferos subterrâneos abastecer rios e córregos. Vamos esquecer a produção de alimentos e matéria prima da agricultura e pensar na produção de água nas áreas agrícolas. Vamos trabalhar com um município hipotético de 10 mil hectares com uma precipitação média de 1.300 mm. Um milímetro de chuva significa um litro de água por metro quadrado. Um milímetro de chuva em um hectare são 10 mil litros de água. Em 10 mil hectares são 100 milhões de litros. Se esse município tiver somente 80% da sua área em total ocupada por área agrícola, teremos, com uma chuva de um milímetro uma precipitação na área agrícola de 80 milhões de litros. Estudos mostram que numa área bem conservada, 20% de toda a chuva infiltra no solo. Se considerarmos 20% de 80 milhões de litros teremos 16 milhões de litros, com um milímetro de chuva. Como a chuva média anual desse município é 1.300 milímetros, teremos um volume anual de água limpa, distribuída ao longo do ano, abastecendo os rios e córregos desse município, de 20 bilhões e 800 milhões de litros. Considerando-se o consumo de água diário de uma pessoa, de 325 litros, só a chuva captada e conservada pela área agrícola poderá abastecer durante todo o ano 175.342 pessoas.
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SAFRA
É tempo de caqui A sazonalidade das frutas vai diminuindo à medida que diferentes regiões, com diferentes climas, conseguem produzir em épocas diferentes, fora da época normal. O caqui apresenta grande concentração de oferta de março a maio e variedades de características para todos os gostos. Vinte e cinco das quarenta regiões agrícolas paulistas produzem caqui, sendo que quatro produzem 89% da produção: Mogi das Cruzes (44%), Campinas, Sorocaba e Itapeva. A produção paulista de caqui cresceu de 69 mil para 112 mil toneladas, de 1983 até 2010 (61%). O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp desenvolveu materiais de promoção do caqui, que estão à disposição dos interessados em multiplicá-lo: uma cartilha para o consumidor, um cartaz de orientação de consumo e oferta de cada variedade, um cartaz para ser afixado em feiras e supermercados com os preços do dia de cada variedade.
Qualidade
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A produção de citros é alvo de diversas pragas que colocam o setor em risco
Ossir Gorenstain CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O ácaro-hindu dos citros (Schizotetranychus hindustanicus) é a praga quarentenária mais recente no país e poderá trazer sério perigo à citricultura paulista, se não for executado rigoroso controle para evitar a sua disseminação, combinado com ações de educação sanitária. Os frutos cítricos somaram 18% da quantidade total comercializada no entreposto paulistano da Ceagesp no ano passado. A laranja foi o primeiro produto do ranking da comercialização, com 11,6% do total comercializado, seguida pelas tangerinas, com 3,8%, e pelo limão, ou lima-ácida, com 2,6% do total. A participação elevada dos frutos cítricos e o seu volume na comercialização da Ceagesp são reflexos da importância da produção citrícola no estado de São Paulo, e do destaque da Ceagesp como importante centro de distribuição de frutos cítricos para todo o país. A produção de citros envolve também grandes problemas e preocupações, alvo de diversas pragas que colocam em risco a sobrevivência do setor. As pragas quarentenárias da citricultura brasileira, submetidas ao controle oficial e à exigência de Permissão de Transito Vegetal (PTV) são o cancro cítrico, o
Ácaro-hindu dos citros: nova ameaça à citricultura greening, a pinta-preta, a mosca negra dos citros e a mosca da carambola (por enquanto restrita ao estado do Amapá). Outras graves ameaças fitossanitárias são a clorose variegada (CVC ou amarelinho), a leprose e a morte súbita, de origem ainda indefinida. O ácaro-hindu dos citros foi identificado pela primeira vez no sul da Índia, em 1924, e em Zulia, na região oeste da Venezuela, em 2002. Em 2008, ele foi encontrado em plantas de limão tahiti e galeguinho, em explorações agrícolas e pomares domiciliares no município de Boa Vista, tendo ingressado no estado de Roraima através da fronteira com a Venezuela. Este ácaro tem como hospedeiros, além dos citros, o coqueiro,
as acácias, o neem e o sorgo. Em 2008, o Ministério da Agricultura notificou o estado de Roraima sobre a ocorrência da praga em seu território. A Instrução Normativa Nº 34, de 2009, restringiu o trânsito de vegetais e suas partes das espécies de Citrus spp e demais plantas hospedeiras. Os frutos cítricos podem sair de Roraima e transitar para outros estados desde que submetidos ao beneficiamento seguido de inspeção. O beneficiamento consiste na imersão dos frutos em solução de cloro a 200 ppm, por 10 minutos, seguido de lavagem com ortofenilfenol a 0,65%, escovação, secagem e aplicação de cera a base de carnaúba e resinas de colofônia oxidada. A inspeção deve ser executada
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te a atingir o estado de São Paulo, seguindo rota semelhante a da mosca negra dos citros, possibilidade indicada pela rota de risco na análise de riscos da praga, frente à longevidade do ácaro em folhas e material inerte. O pesquisador Santin Gravena resume os sintomas descritos por outros autores. Os primeiros sintomas do ataque aparecem na superfície superior das folhas ao longo da nervura principal estendendo-se posteriormente para a lâmina foliar inteira. Os frutos atacados tornam-se uniformemente prateados e as fêmeas causam concavidades ou depressões ao longo da casca. Graves danos às folhas e às frutas cítricas têm sido observados na Venezuela, o que deve afetar o valor comercial dos frutos infestados, embora não tenham sido publicados dados sobre o seu impacto econômico. Assim, a dispersão do ácaro na regiões principais de produção de citros ao Brasil poderá causar grande impacto econômico e/ou restrições comerciais devido às barreiras sanitárias, como a estabelecida pela Instrução Normativa Nº 34. O texto integral da Instrução Normativa pode ser encontrado em www.agricultura.gov.br
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Qualidade
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PROJETO JAÍBA
O sonho de todo agricultor FOTO: DANIELLY TOLENTINO
O pequeno produtor Luciano Alberto dos Anjos produziu 25 toneladas de atemóia na última colheita
Anita de Souza D. Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O Projeto Jaíba, que abrange o municípios de Jaíba e Matias Cardoso no Norte de Minas Gerais, foi iniciado no tempo da ditadura militar, quando Ernesto Geisel era presidente do Brasil e Alysson Paulinelli era um jovem e entusiasmado ministro da Agricultura. Esse projeto é o sonho de todo agricultor: terras planas, água em abundância dentro da lavoura, clima quente e seco, ausência de granizo e geada, possibilidade de produção em janelas dos mercados interno e externo, proximidade dos grandes centros consumidores do
Brasil, facilidade de obtenção de recursos para a produção a juros baixos, financiamentos e investimentos de organismos internacionais, grande empenho institucional no sucesso da região, sucesso de culturas e produtores e exportação em franco crescimento. Entretanto, as mesmas condições de clima quente e seco, que contribuem para uma agricultura de sucesso, tornam imprescindível a utilização de irrigação e plantio de culturas de alto investimento, complexidade e tecnologia, além de grande competência do produtor para compensar o custo da produção. A evolução da produção de frutas e hortaliças dos municípios da área de abrangência do Jaíba parece muito boa, se
considerarmos os dados de entrada nas maiores Ceasas do Brasil, entre 1995 e 2010 – um aumento de 53 vezes, de 1.598 toneladas para 86.131 toneladas, segundo os dados registrados pelo Prohort. O IBGE registra a produção, a área e o valor de produção de 15 produtos como cultura temporária e 12 produtos como cultura permanente. As culturas permanentes registradas, em ordem de área ocupada, são: banana, manga, limão, café, tangerina, goiaba, maracujá, coco, laranja, abacate, num total de 8.492 hectares, uma produção de 168.248 toneladas e um valor de produção de R$ 143.376,00 mil. As culturas temporárias registradas, em ordem de área ocupada são: cana de açúcar,
tomate, milho, cebola, mamona, feijão, mandioca, batatadoce, sorgo, abacaxi, arroz, algodão herbáceo, amendoim e alho, num total de 9.026 hectares, 429.523 toneladas e R$ 56.093,00. Quatro culturas, permanentes e temporárias, responderam por 89% do valor da produção: banana, limão, cana de açúcar, tomate e manga, em 2009. A diversidade registrada pelo Prohort é maior que a registrada pelo IBGE: abacate, abóbora, abobrinha, atemóia, banana, batata-doce, berinjela, beterraba, caju, cebola, chuchu,couve-flor, inhame, jiló, laranja, lichia, lima da Pérsia, limão, mamão, mandioca, manga, maracujá, maxixe, melancia, milho verde, moranga, pepino, pimenta, pinha, pitaya, quiabo, tangerina, tomate, uva e vagem. São 38 produtos diferentes, com grande predominância (86%) de banana, limão, mamão e manga, em 2009. O Prohort, que registra o volume de entrada, a origem
do produto e os preços médios praticados em cada mês nas centrais de abastecimento brasileiras, permite caracterizar a distribuição dos produtos dos municípios da área de abrangência do projeto Jaíba. Foram registradas, em 2009, cinco estados de destino: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Paraná, com grande concentração em Minas Gerais (78%), seguido pelo Rio de Janeiro (12%) e por São Paulo (9%). Na Ceagesp, o projeto Jaíba foi responsável, no ano passado, por 13% do fornecimento de atemóia, por 9% da banana prata, por menos de 1% do limão, por 1,33% da manga e por 4% do mamão Formosa. Os agricultores do projeto Jaíba conseguem produzir, com competitividade, limão, manga, atemóia, uva Niágara, fora de época e de ótima qualidade, além de mangas Palmer maravilhosas, sem colapso interno. O colorido das frutas é o resultado da fartura de luz da região e da competência de seus produtores.
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Meio Ambiente
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Estudo aponta a necessidade de corredores verdes na cidade de São Paulo
Para o cálculo de área de copa arbórea, foi realizado um procedimento que permite classificar a imagem de satélite em diferentes classes. “As classes utilizadas foram copa arbórea, relvado, asfalto, piso cimento, telha cerâmica, telha cinza, telha escura, telha metálica, sombra, solo exposto e outros. Com a classificação da imagem, foi possível obter a porcentagem de cada elemento presente na imagem e, assim calcular o Índice de Floresta Urbana (IFU). Esse índice varia de 0 a 2, sendo que quanto mais próximo de 2, maior a quan-
Arborização de ruas é importante para evitar alagamentos
PARA QUEM DÁ TANTO VALOR PA QUANTO PARA CADA CENTAVO.
Imagens meramente ilustrativas.
Uma pesquisa conduzida na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq) mostra que o crescimento das cidades brasileiras não foi acompanhado por um planejamento urbano que conduzisse essa expansão de maneira a privilegiar a criação e manutenção de áreas verdes. “A presença de elementos vegetativos urbanos melhora a qualidade de vida do cidadão, uma vez que contribui para diminuir a incidência de ilhas de calor, amenizar inundações e problemas respiratórios”, afirma Juliana Amorim da Costa, autora da dissertação “Uso de imagens de alta resolução para definição de corredores verdes na cidade de São Paulo”. Com objetivo de indicar áreas prioritárias para o desenvolvimento de corredores verdes, a pesquisadora selecionou as regiões pertencentes às subprefeituras da Mooca, Sé e Pinheiros como foco do estudo. “Estas regiões foram escolhidas devido suas diferenças no quesito arborização. As subprefeituras da Mooca e da Sé possuem baixa quantidade de indivíduos arbóreos, já os bairros de Pinheiros são conhecidos por serem altamente arborizados”, comenta. Para verificar a transformação das áreas verdes nas três regiões, o estudo recorreu, como instrumento de pesquisa, à análise de imagens de satélite de alta resolução dos anos de 2002, 2004, 2006 e 2008. De acordo com a autora do trabalho, as ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento remoto são utilizadas atualmente com sucesso para avaliar o tecido urbano, em especial os índices de arborização. Entre outubro de 2009 e outubro de 2010, a autora do estudo fez visitas à campo e, paralelamente, no laboratório, observou imagens de alta resolução para indicar áreas a serem arborizadas. A pesquisa avaliou diferentes métodos de obtenção de dados físicos do tecido urbano, por meio de técnicas de geoprocessamento, além de levantar e relacionar variáveis que influenciam a presença do verde. “Com intenção de indicar áreas a serem arborizadas, observamos declividade, pontos de alagamento e quantidade de cobertura arbórea e aplicamos um índice de vegetação para diferenciar áreas vegetadas de não vegetadas”, aponta Juliana.
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tidade de áreas verdes”, explica. No geral, os valores encontrados indicam a necessidade do aumento de arborização urbana nas três regiões de estudo, mesmo a subprefeitura de Pinheiros apresentando melhores resultados quanto ao IFU, confirmando o que foi constatado em campo como a região mais arborizada. A partir da junção das informações desse índice com a declividade, foram definidos os locais para a disposição de corredores verdes interligando as subprefeituras. “A proposta teve como objetivo conectar parques, praças e outras
Meio Ambiente
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áreas arborizadas, e com o uso das informações coletadas esse objetivo foi atingido”. Em paralelo, a pesquisa considerou ainda a presença/ausência de pontos de alagamento. “A arborização é importante no aumento da permeabilidade do solo e assim contribui para amenizar os pontos de alagamento”, explica. “O uso desses pontos de alagamento juntamente com dados quantitativos sobre arborização também apontou áreas prioritárias a serem arborizadas seguindo o conceito de corredores verdes”, conclui a pesquisadora.
Desmatamento atinge 19,2 km² de floresta na Amazônia no 1º bimestre Em janeiro e fevereiro, pelo menos 19,2 quilômetros quadrados (km²) de floresta foram desmatados na Amazônia, de acordo com dados divulgados no início de abril pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Durante o período de chuvas na região o monitoramento fica comprometido porque a cobertura de nuvens impede a visualização dos satélites. Segundo o Inpe, em janeiro, 85% da área da Amazônia estava
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encoberta e, em fevereiro, as nuvens cobriram 93% da região. No primeiro bimestre do ano, a maior parte do desmatamento foi registrada em Mato Grosso, onde 14,39 km² de florestas foram derrubados. O Maranhão aparece em seguida, com 4,3 km² de desmate e o Pará, com 0,52 km². Em relação ao mesmo período de 2010 (janeiro e fevereiro), quando os satélites apontaram 208,19 km² de desmatamento, houve redução de mais de 90% no ritmo da derrubada. No entanto, por causa da cobertura de nuvens, o Inpe não recomenda esse tipo de comparação.
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Novo Código Florestal deve proibir desmatamento em florestas nativas
O projeto do novo Código Florestal busca a sustentabilidade e o desenvolvimento do país, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Para ela, a agricultura brasileira não será sustentável se não proteger as nascentes dos rios e outros recursos naturais. A ministra adiantou que o governo não permitirá mais desmatamentos em florestas nativas. “Temos que proteger a biodiversidade, fazendo uso de instrumentos ecológicos mais modernos que permitam aumentar renda dos que têm florestas nas suas terras”, afirmou Izabella. Por isso, acrescentou, o Brasil está buscando alternativas para não ter mais desmatamentos em florestas nativas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “Estamos ouvindo a posição de agricultores familiares, conservacionistas e grandes produtores para que possamos avaliar se estamos no caminho certo para termos um Código Florestal moderno. A ideia é que ele resolva situações injustas do passado e propicie novas condições para a produção sustentável da agricultura brasileira e da economia florestal, além da conservação da biodiversidade”. De acordo com a ministra, desde o ano passado o governo vem apresentando propostas para as alterações do Código Florestal. “Estamos em contato permanente com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), autor do projeto que propõe a mudança, com deputados da bancada ruralista e ambientalistas para identificar alternativas para os problema apontados.” Uma lei mais sólida, assinalou Izabella, evitará tragédias como a da região serrana do Rio, devastada por enxurradas e avalanches de terra no início deste ano. Ela estima que 90% dos prejuízos sofridos pelos municípios da região – quase mil pessoas morreram, cerca de 500 desapareceram e mais de 8 mil ficam desabrigados - ocorreram em consequência de ocupações inadequadas em área de preservação permanente.
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Transportes
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Veículos longos estão proibidos nas estradas durante feriados Infrator perderá cinco pontos na carteira, além de pagar multa de R$ 127,69 Desde fevereiro, os veículos longos estão proibidos de trafegar pelas estradas federais de pista única durante os feriados nacionais. De acordo com a nova determinação, são considerados veículos longos as combinações de veículos de carga (CVC) – caminhões que puxam dois ou mais reboques – combina-
ções de transporte de veículos (CTC) - caminhões-cegonha - e combinações de transporte de veículos e cargas paletizadas (CTVP) – veículos especiais que transportam cargas de dimensões diferenciadas como trator ou guindaste, mesmo com Autorização Especial de Trânsito (AET). De acordo com o governo, a medida tem o objetivo de dar fluidez e segurança ao trânsito de veículos nas estradas, que aumenta consideravelmente durante os feriados. O descumprimento da determinação constitui infração grave, prevista no Artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro, com punição de cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 127,69.
Feriados De acordo com o calendário oficial, os feriados são 1º de Janeiro (Ano Novo), 21 de Abril (Tiradentes), 1º de Maio (Dia do Trabalho), 7 de Setembro (Independência), 12 de Outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida), 2 de Novembro (Finados), 15 de Novembro (Proclamação da República) e 25 de Dezembro (Natal). São pontos facultativos o carnaval, que este ano cai nos dias 7, 8 e 9 de março, a Paixão de Cristo, em 22 de abril, Corpus Christi, em 23 de junho, e o Dia do Servidor Público, em 28 de outubro.
Venda de caminhões aumentou MAN anuncia recall dos 26,92% no primeiro trimestre caminhões Volkswagen Worker e Constellation
No período foram vendidas quase 40 mil unidades em todo o país
A comercialização de caminhões aumentou 26,92% nos primeiros três meses do ano em relação ao primeiro trimestre de 2010. Segundo balanço divulgado no início de abril pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram vendidas 39,4 mil unidades no período. Em março, a evolução nas vendas foi de 14,1% em comparação com o mês anterior, com a negociação de 14,4 mil unidades. No total, as vendas de carros, motos e caminhões cresceram 6,28% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período de 2010. Foram vendidas 1,29 milhão de unidades no período. Em março, foram vendidos 478,5 mil veículos, 11,29% mais que em fevereiro.
A MAN Latin America, que produz os caminhões e ônibus da Volkswagen do Brasil, anunciou o recall dos modelos 13-180 e 15-180 Worker e Constellation, produzidos entre 2008 e 2010. O possível defeito está nos suportes das molas dianteiras. De acordo com a montadora,
há a possibilidade de afrouxamento nos parafusos de fixação devido a uma má formação na superfície do suporte. Em casos extremos, pode haver perda de dirigibilidade e risco de acidente. Informações: 0800 19 3333 e o site www.vwcaminhoes.com.br
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O setor de automóveis e comerciais leves teve alta de 3,63%, com a venda de 777,7 mil unidades no trimestre. Somente no mês passado, foram emplacadas 288,7 mil unidades, 11,57% a mais do que em fevereiro. A venda de motocicletas registrou aumento de 8,12%
nos primeiros três meses, com o emplacamento de 438,6 mil unidades. Em março, foram vendidas 160,2 mil motos, 10,31% a mais que em fevereiro. Os distribuidores de veículos mantiveram a previsão de crescimento para este ano em 5,2%.
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Mercedes-Benz pronta para o Proconve P7
Transportes
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FOTO: PAULO FERNANDO
Novo sistema amplia intervalos de manutenção e aumenta eficiência energética dos veículos comerciais da marca Paulo Fernando De São Paulo
Melhorar a qualidade do ar respirado no campo, nas estradas e nas cidades é um desafio que envolve diretamente a indústria automotiva mundial. Cada vez mais, o setor assume o compromisso de prover soluções ambientalmente corretas, traçando estratégias globais de redução de emissões de gases do efeito estufa e de outros poluentes atmosféricos por meio do desenvolvimento de produtos inovadores. Nesse cenário, despontam grandes projetos e investimentos. Atenta a esse promissor mercado ávido por novidades com apelo ecológico e às normas do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), a Mercedes-Benz apresentou à imprensa no início deste mês o BlueTec 5, tecnologia que será empregada nos ônibus e caminhões da marca a partir do ano que vem. Em função da redução catalítica seletiva e da otimização do motor proporcionadas pela inovação, o pacote tecnológico diminui drasticamente as emissões de poluentes e ainda reduz o consumo de combustível. Segundo a companhia, o caminhão pesado Axor 2831 e o chassi OF 1722 para ônibus urbano serão os primeiros veículos pré-série dotados do sistema que atende ao Proconve P7. Semelhante à Euro 5 europeia, a norma brasileira que entrará em vigor em janeiro de 2012 determina a redução de 80% das emissões de material particulado e de 60% das emissões de óxidos de nitrogênio, em relação aos níveis permitidos pela legislação atual.
“Além de atender às exigências da nova legislação, destacando-se por ser ambientalmente amigável, os motores e veículos com BlueTec 5 também asseguram excelente desempenho, o que diminui custos operacionais e garante rentabilidade para os clientes”, diz o físico Gilberto Leal, gerente de desenvolvimento de motores da montadora no país. De acordo com o especialista, a empresa realizou cerca de 50 mil horas de testes de funcionalidade com os motores Proconve P7, em bancos de prova e nos veículos em operação. Até agora, foram cerca de oito mil quilômetros com caminhões e ônibus dos mais variados tipos, em situações extremas de operação nas zonas urbanas, rodoviárias e fora-deestrada, tanto ao nível do mar, quanto a 2.400 e 4.800 metros de altitude. Nos exaustivos testes, foram comprovadas ainda a robustez e durabilidade do motor com o BlueTec 5, vantagens essenciais para as severas condições do transporte brasileiro e latinoamericano. Devido à precisão dos componentes dos motores e veículos, a introdução desse pacote de tecnologias demandou grande capacidade de desenvolvimento, com atenção especial para o motor e o sistema de pós-tratamento de gases, bem como para a qualidade do combustível e condições de utilização típicas da América do Sul. Para diminuir o volume de emissões de óxidos de nitrogênio e obter menor consumo de combustível, a tecnologia BlueTec 5 inclui a adição do Arla 32 (Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo) no escapamento do veículo.
O aditivo químico composto de ureia técnica, que é armazenado num reservatório específico, converte o NOx em nitrogênio puro e em vapor de água, melhorando a qualidade do ar. Outro grande benefício do BlueTec 5 é sua total adequação ao diesel de petróleo S50 ou S10 e também ao diesel de cana e ao biodiesel. O uso dos biocombustíveis alternativos, que vêm sendo amplamente testados pelo maior fabricante de veículos comerciais da América Latina, potencializa as vantagens ambientais e econômicas propiciadas por essa nova solução. Contudo, o fabricante avisa: a eficiência dos motores Proconve P7 passa também pelo cuidado rigoroso com os seus demais componentes, a qualidade do combustível e a manutenção adequada do veículo. “Portanto, o uso de peças genuínas e a correta manutenção são fundamentais para a obtenção do menor índice de emissões, reduzido consumo energético e maior durabilidade”, afirma Leal.
Reservatorio de ar adicional para limpeza do sistema
Tabela de Caminhões
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Estudo lista as estradas mais perigosas de SP Rodovia Anhanguera lidera o ranking de acidentes com mortes
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Uma pesquisa realizada pela Secretaria Estadual de Transportes apontou as dez estradas mais violentas do estado de São Paulo. A Rodovia Anhanguera lidera o ranking de acidentes com mortes - em 2010, foram 121 ocorrências. A segunda rodovia mais violenta foi a SP-55, a Rio-Santos, com 105. Na Raposo Tavares, foram 95 acidentes com mortes. Em 2009, a Rodovia dos Bandeirantes nem aparecia na lista, mas passou de 40 para 59 ocorrências no ano passado, um maior aumento no número de acidentes com mortes em rodovias do estado de São Paulo. Cerca de 130 mil veículos circulam todos os dias pelas oito pistas no trecho entre São Paulo e Jundiaí. Os atropelamentos representam 34% das mortes registradas no ano pas-
sado. Segundo a concessionária que administra o trecho, a maioria dos acidentes com pedestres acontecem a menos de 200 metros das passarelas. Os acidentes de moto com mortes passaram de seis em 2009 para 16 em 2010. De acordo com o gestor de tráfego da concessionária, Fausto Cabral, pedestres e motociclistas são alvos constantes de campanhas educativas. “Nós vamos ter campanhas o ano todo, focado diretamente para esse público [pedestre e motociclista] e também trabalharemos com apoio do policiamento rodoviário, intensificando a fiscalização”. O fim de semana costuma registrar mais acidentes. O dia em que ocorrem mais mortes é o sábado (19,7%). O domingo aparece em segundo, com 18,2%, seguido de sexta-feira, com 16,9%.
Indústria de máquinas agrícolas cresce 24,9% em 2010 A indústria brasileira de máquinas e implementos agrícolas fechou 2010 com alta de 24,9% em relação a 2009. Os números são da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e representam a retomada das vendas após o período de crise econômica. Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas Celso Casale, o bom desempenho do setor se deve ao esforço dos fabricantes para garantir a competitividade no mercado e à disponibilidade de crédito para o produtor rural, por meio de programas como o BNDES-PSI e o Mais Alimentos, voltado exclu-
sivamente à agricultura familiar. “Sem esses financiamentos, os produtores não teriam poder de compra para investir na mecanização”, afirma. A meta para 2011 é crescer em torno de 15% e se aproximar dos números de 2008, um dos melhores anos para o segmento na última década. Entre as principais ações da câmara setorial para assegurar o crescimento, está a recente conquista da prorrogação do PSI, que terminaria em março deste ano. “Estamos discutindo com o governo federal a possibilidade de se fixar taxas diferenciadas para o segmento agrícola para atender as necessidades do produtor rural”, destaca Casale.
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Espaço Apesp Espaço informativo da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo
De volta à questão do lixo na Ceagesp Com este texto, a Apesp (Associação dos Permissionários do Entreposto de São Pulo) tem como objetivo colaborar para despertar entre os usuários do entreposto o debate permanente deste que é um dos temas mais importantes no momento. Não é possível continuar no imobilismo, olhando o tempo passar e o lixo se acumular. Contudo, há soluções à vista, porém, elas devem ser uma constante e permanente construção porque, obviamente, os entrepostos de alimentos continuarão a produzir lixo enquanto existirem. Desde que o homem existe, o mundo convive com o lixo. Na época das cavernas a quantidade era relativamente pequena, embora já existisse. À medida que a população crescia, aumentava também o volume de rejeitos que ela produzia. Se pensarmos bem, os famosos sambaquis, descobertos no litoral brasileiro, nada mais eram do que depósitos de lixo das populações que o habitaram por muito tempo. No mundo atual, a quantidade e variedade de lixo produzido por todos só tendem a crescer e todas as nações do mundo se defrontam com o problema. As soluções não são mágicas, mas existem. É possível gerenciar adequadamente parte dos resíduos produzidos, porém, algum rejeito sempre sobrará. Uma solução viável é a implantação da coleta seletiva no entreposto. Coleta seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre esses materiais estão os
diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros. A separação na fonte evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis, aumentando seu valor agregado e diminuindo os custos de reciclagem.Para dar início a um processo de coleta seletiva é preciso avaliar, quantitativa e qualitativamente, o perfil dos resíduos sólidos gerados em determinado local, a fim de estruturar melhor o processo de coleta. A reciclagem tornou-se uma ação importante na vida moderna com o aumento do consumo e a diminuição do tempo médio de vida da maior parte dos acessórios que se tornaram indispensáveis no dia a dia. Esses fatores trouxeram um grave problema: qual o destino a dar quando o produto perdem sua utilidade? No início os resíduos produzidos pelo homem tinham como destino as lixeiras ou então aterros sanitários, contudo com o aumento exponencial da quantidade de resíduos e da evolução tecnológica, aliados ao interesse econômico pela busca de mais matérias primas de baixo custo, o chamado lixo começa a perder o caráter pejorativo do nome e começa a ser considerado como um resíduo, passível de ser reaproveitado. Com as tecnologias atuais apenas uma pequena parte dos resíduos urbanos não podem ser reaproveitados e são direcionados para unidades de eliminação, normalmente os aterros sanitários. Felizmente, a maior parte desses resíduos pode ser destinada ao reaproveitamento, quer seja reciclagem ou outros tipos de reaproveitamento.
Ceagesp Na Ceagesp todas as condições para a implantação da coleta seletiva estão presentes, pois são descartadas grandes quantidades de material reciclável: vidro, papel, papelão, madeira, material orgânico, plásticos, alumínio, entre outros. Existe também a disposição para a colaboração. Sabemos que, se motivados, todos os usuários poderão participar tanto da implantação como da operação e fiscalização de um projeto de coleta seletiva de resíduos. O motivo principal é econômico, pois os custos com varrição, coleta e transporte do lixo formam hoje a principal conta
paga pelos permissionários. O entreposto paulistano da Ceagespo, com seus 710 m2, tem as características de uma cidade de cerca de 50 mil habitantes, mas gera resíduos equivalentes a quase um terço do volume gerado por uma cidade de um milhão de habitantes. Do ponto de vista ambiental, mesmo aqueles materiais que não são passíveis de reaproveitamento, podem ter um destino mais adequado. Afinal, tecnologias para o tratamento do lixo já existem e são constantemente aprimoradas. Portanto, a qualidade do serviço prestado ao entreposto pode ser melhorada em muitos aspectos. Mas é preciso um envolvimento de todos, especialmente da Ceagesp, que deve
tratar a questão com toda a seriedade. Os resultados serão benéfico para todos e a companhia só tem a ganhar, pois a iniciativa contribuirá para melhorar sua imagem institucional, com o acúmulo de conhecimento e experiência, além de transformar seus entrepostos em centros de irradiação de boas práticas de gerenciamento de resíduos. Além, claro, da possibilidade de essas ações se transformare, em créditos de carbono que poderão ser investidos na revitalização de suas instalações. Finalmente, o que falta é um envolvimento direto, sem esquecer que os que pagam a conta têm o direito de cobrar atitudes proativas daqueles que recebem para servir bem.
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Efeitos dos agrotóxicos na saúde humana Especialistas observam que é preocupante a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal que pode afetar a saúde humana. O professor da UFRJ, José Santana, ponderou que o uso de defensivos acaba sendo necessário para que a produção agrícola mundial se situe no patamar anual de dois bilhões de toneladas de grãos. O médico e doutor em toxicologia da UFMT, Wanderlei Pignatti, afirmou que, em 2009, foram utilizados, no Brasil, 720 milhões de litros de agrotóxicos. Ele indaga “onde vai parar todo esse volume” e defende a reciclagem das embalagens vazias a fim de não contaminarem o meio ambiente. 8 Leia mais em: http://jornalentreposto.com.br/extras/noticias/2749-especialistas-alertam-para-o-perigo-dos-agrotoxicos-para-a-saude-humana-e-o-meioambiente
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Brasil autossuficiente em fertilizantes
A presidente Dilma Rouseff afirmou que o Brasil irá perseguir a autossuficiência na produção de fertilizantes, insumos essenciais na produção agrícola e que influenciam diretamente no preço dos alimentos. A exploração será feita na reserva de potássio localizada na Amazônia, de propriedade da Petrobras, considerada uma das maiores do mundo. A estimativa da Petrobras é que a fábrica produza 520 mil toneladas de amônia por ano, tornando a região do Triângulo Mineiro o principal polo de fertilizantes fosfatados do país, capaz de atender a demanda dos estados de Mato Grosso, Goiás e parte de São Paulo.
8 Leia mais em: http://jornalentreposto.com.br/extras/noticias/2699-dilma-diz-que-brasil-precisa-ser-autossuficiente-em-fertilizantes
Consumo de café em alta entre os brasileiros
Os brasileiros consumiram em 2010 uma média de 4,81 quilos de café por habitante. Quantidade suficiente para fazer 80 litros do tradicional cafezinho, segundo cálculos do Ministério da Agricultura. A nova marca coloca o Brasil à frente de grandes consumidores como a Itália e a França, mas ainda distante de Finlândia, Noruega e Dinamarca, países nórdicos, onde o consumo é de quase 13 kg por pessoa ao ano. O número superou o recorde anterior, registrado em 1965, quando o consumo per capita no país foi de 4,72 quilos. O aumento levou a uma demanda interna de 19,1 milhões de sacas do produto no ano passado.
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