Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento
São Paulo, dezembro de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 127 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste
Casa cheia no jantar da Apesp Tradicional evento da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo supera todas as expectativas e reúne mais de 500 convidados Ceagesp tem horários especiais para final de ano C1 Natal deve elevar venda de plantas ornamentais C1 Quem são nossos clientes? B4 Supermercados alavancam negócios na Ceagesp Ano foi um dos mais promissores da história do entreposto paulistano da companhia, avaliam permissionários. No entanto, vendas de fim de ano ainda não animaram o setor. A2
A alimentação escolar e a agricultura familiar B1 Hortaliças brasileiras em números B4 Pimenta: quanto mais ardida, melhor B5
Amazônia perdeu 153 km² de floresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda. C2
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ECONOMIA
Otimismo moderado marca fim de ano na Ceagesp Crescimento recorde do setor supermercadista puxa alta das vendas no entreposto da capital Paulo Fernando De São Paulo A expansão do comércio varejista brasileiro impactou diretamente as negociações envolvendo alimentos frescos no atacado do Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp. Este ano, os supermercados deverão registrar seu melhor desempenho da série histórica de análises feita, desde 2001, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os especialistas concluem que o segmento supermercadista pode crescer mais de 10% em 2010, número acima do estimado para o PIB (Produto Interno Bruto), de 7,5%. Segundo permissionários ouvidos pelo JE, esse cenário positivo devese, principalmente, a três fatores: oferta elevada, dólar em baixa e crédito fácil. O notório aumento do consumo das famílias brasileiras, atribuído ao incremento da massa salarial dos trabalhadores, também é outra variável de peso nessa conta que interfere na performance do mercado. Entretanto, as vendas de fim de ano, naturalmente puxadas pelas festividades típicas do período, ainda não animaram boa parte dos empresários da maior central de abastecimento da América Latina. Muitos não verificaram, até o fim da primeira quinzena de dezembro, aumento da demanda. É o caso da Fênix Comércio de Hortifruti. De acordo com o vendedor Antônio Olegário Dias, a distribuidora que fornece alimentos para hotéis, flats e restaurantes teve um bom desempenho em 2010, mas os negócios não estão emplacando neste fim de ano. “A expectativa é de melhora nos próximos dias”, diz. Para alguns empresários, o endividamento do consumidor não favorece o aumento do consumo. “Não vamos acompanhar a alta prevista para o PIB, pois os preços caíram e a procura não desenca-
lhou”, lamenta o atacadista Marco Tavares, para quem o bom desempenho do setor em 2011 estará condicionado à manutenção da atual política econômica adotada pelo governo federal, sem reajuste ou criação de impostos. “Tudo vai depender da postura e das ações do primeiro escalão da nossa futura presidente, Dilma Rousseff”, afirma o sócio da Irmãos Tavares, especializada em produtos diversos, como coco, batata, cebola e alho. Dessa forma, também pensa o gerente comercial da importadora La Violetera, Nilton Paiva. “Crescemos 15% este ano, mas, para mantermos esse excelente ritmo em 2011, o futuro governo precisará dar continuidade à política cambial em vigor. Aliás, isso nos favoreceu muito este ano, por sermos importadores de frutas frescas, desidratadas e outros alimentos, como bacalhau e azeite”, alega. A Irmãos Benassi, uma das maiores distribuidoras de frutas in natura nacionais e importadas do entreposto de São Paulo, também festeja o bom ano. Os negócios empresa, que concentra 80% de suas vendas no setor varejista, crescerão acima da média calculada para PIB em 2010. “Este ano, nosso faturamento aumentou mais de 30%”, comemora o diretor de relações comerciais da companhia, Eduardo Benassi. No segmento de legumes, a KS Distribuidora também está otimista. “Estamos seguindo o ritmo de expansão do PIB, o que é um bom sinal para nós”, ressalta o gerente de vendas da empresa, Valdir Soares de Sena. De acordo com o economista Flávio Godas, chefe do departamento de economia da Ceagesp, só o volume de frutas comercializadas no ETSP subirá 5% em dezembro, mês em que o o mercado chega a registrar aumento de 25% no movimento de veículos e compradores.
Fluxo de compradores no fim do ano ainda não animou o vendedor Antônio Olegário Dias, da Fênix Distribuidora. “O ano foi bom, mas o movimento não deslanchou este mês”, afirma
Recorde de vendas no varejo ampliou a carteira de clientes da Irmãos Benassi, o que estimulou a superação de metas da equipe em 2010. “E o próximo ano será melhor que o atual”, prevê Eduardo Benassi, diretor da empresa
“Crescimento do PIB brasileiro puxou alta das vendas na Ceagesp”, avalia Valdir Soares de Sena, da KS Distribuidora
Real sobrevalorizado impulsionou comércio de importados no ETSP em 2010, caso da La Violetera. Nilton Paiva, gerente comercial da importadora, comemora os bons resultados: “Foi um ano excelente”, resume
“Dívidas do consumidor não favoreceram negócios durante 2010”, informa o atacadista Marco Tavares
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ESPECIAL
Mais de 500 permissionários compar ecem ao jantar da Apesp Atacadistas da Ceagesp festejam o fim de 2010
A décima edição do
central de
encontro anual dos
abastecimento da
permissionários do
América Latina, reuniu
Entreposto Terminal de
mais de 500 convidados
São Paulo superou, mais
no dia 3 de dezembro na
uma vez, todas as
churrascaria OK Grill, no
expectativas. O
Bom Retiro, em São
concorrido jantar
Paulo. Ao lado de fornecedores, amigos e familiares, os atacadistas da Ceagesp celebraram os bons resultados de 2010. Na
promovido pela Apesp, associação que representa os empresários da maior
ocasião, a diretoria da entidade aproveitou para agradecer aos permissionários pelo apoio e colaboração prestados durante o ano. “Encerramos mais uma jornada cientes dos desafios que teremos pela frente”, ressaltou em seu discurso o presidente da Apesp, Eduardo Hayek. Durante o evento,
houve sorteio de presentes para os convidados. A festa também foi animada pela presença de filhos e netos dos atacadistas dos entreposto, deixando o ambiente do encontro mais familiar. Ainda estiveram presentes autoridades e a diretoria do JE, representada por Amélia Tucunduva.
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Mais de 500 permissionários compar ecem ao jantar da Apesp Atacadistas da Ceagesp festejam o fim de 2010
A décima edição do
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encontro anual dos
abastecimento da
permissionários do
América Latina, reuniu
Entreposto Terminal de
mais de 500 convidados
São Paulo superou, mais
no dia 3 de dezembro na
uma vez, todas as
churrascaria OK Grill, no
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Bom Retiro, em São
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Paulo. Ao lado de fornecedores, amigos e familiares, os atacadistas da Ceagesp celebraram os bons resultados de 2010. Na
promovido pela Apesp, associação que representa os empresários da maior
ocasião, a diretoria da entidade aproveitou para agradecer aos permissionários pelo apoio e colaboração prestados durante o ano. “Encerramos mais uma jornada cientes dos desafios que teremos pela frente”, ressaltou em seu discurso o presidente da Apesp, Eduardo Hayek. Durante o evento,
houve sorteio de presentes para os convidados. A festa também foi animada pela presença de filhos e netos dos atacadistas dos entreposto, deixando o ambiente do encontro mais familiar. Ainda estiveram presentes autoridades e a diretoria do JE, representada por Amélia Tucunduva.
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Qualidade
B1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Técnico
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A alimentação escolar e a agricultura familiar Anita de Souza Dias Gutierrez Fabiane Câmara CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Todos os dias úteis da semana, 47 milhões de crianças recebem alimentação nas escolas públicas do país, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O Serviço Nacional de Alimentação Escolar garante que, pelo menos uma vez por dia, os estudantes tenham acesso a uma refeição equilibrada e contribui para a formação de consumidores conscientes e a prevenção de futuros problemas de saúde. Os cardápios escolares são planejados por nutricionistas e devem oferecer no mínimo três porções de frutas e hortaliças por semana – 200 gramas por aluno e por semana. O Serviço de Alimentação Escolar do Estado de São Paulo fornece refeições para 9.001.156 crianças em 16.945 escolas de 645 municípios. A oferta de 200 gramas de frutas e hortaliças nas refeições significa o consumo semanal de 1.800 toneladas de frutas e hortaliças prontas no prato, que suprem somente 30% das necessidades das crianças. São Paulo é o maior produtor de frutas e hortaliças do Brasil e os pequenos produtores e agricultores familiares são responsáveis pela maior parte da produção. O acesso ao programa aqui proposto permitirá suprir, com o mesmo recurso financeiro, toda a necessidade diária de frutas e hortaliças na alimentação escolar e elevaria
TECNOLOGIA
Embrapa lança sistema de monitoramento agrícola
O WebAgritec é uma ferramenta desenvolvida pela Embrapa que agrega em um único sistema vários produtos gerados pelas pesquisas da empresa e conta com sete módulos que permitem uma visão geral do sistema produtivo e orientam o usuário no planejamento e acompanhamento da cultura. Os módulos de zoneamento, cultivar, adubação, monitoramento, previsão, diagnóstico e multimídia contemplam, atualmente, as culturas de arroz, feijão, milho, soja e trigo. A ferramenta pode auxiliar o profissional ligado ao setor agropecuário na tomada de decisão, reduzindo os riscos inerentes à produção agrícola. Apresenta informações sobre as épocas mais favoráveis ao plantio, ou seja, com menores riscos climáticos associados; cultivares mais apropriadas; indicações de calagem e adubação para cada cultura a partir de análises do solo; previsões e tendências das condições climáticas para um período de 15 dias; e as doenças e distúrbios nutricionais que possam surgir no decorrer da safra. O sistema vai oferecer serviços com aplicação regionalizada, como diagnósticos e alertas de pragas e doenças; dados sobre clima; condições de solo e estimativas de produção. Será gerado um conjunto de informações em forma de relatórios, mapas, gráficos e tabelas, em linguagem acessível e interface atraente, para que os usuários tomem suas decisões com eficiência. Pela utilização via web, o sistema poderá ser usado em qualquer lugar que tenha acesso à internet, facilitando a consultoria simultânea a diversas propriedades. O WebAgritec é um instrumento de apoio para produtores e profissionais da extensão rural pública e privada, como agentes de assistência técnica e extensão rural, representantes de cooperativas e profissionais autônomos.O sistema, que ainda será validado antes de ser disponibilizado ao usuário, foi desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária em parceria com várias unidades da empresa que forneceram seus dados.
o consumo anual do Serviço de Alimentação Escolar do Estado de São Paulo de frutas e hortaliças frescas de 72 mil toneladas para 240 mil toneladas. Em 2009, o FNDE repassou aos municípios brasileiros R$ 2.013 milhões para a alimentação escolar e a previsão para 2010 é de R$ 3 bilhões. O Programa Nacional de PNAE limita o uso de alimentos industrializados, dando prioridade e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras, respeitados os hábitos
alimentares de cada localidade. Hoje o governo federal destina R$ 0,30 por aluno matriculado em ensino fundamental e médio, pré-escola e educação de jovens e adultos. O objetivo é suprir no mínimo 20% das necessidades nutricionais do aluno. As creches, comunidades indígenas e quilombolas recebem um recurso especial, pela sua fragilidade, de R$ 0,60 por aluno, e devem suprir 30% das necessidades nutricionais dos seus alunos. As escolas em tempo integral re-
cebem R$ 0,90 por aluno, e devem suprir no mínimo 70% das necessidades nutricionais do aluno. A lei federal nº. 11.947, de 16 de junho de 2009, determinou que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo FNDE para a alimentação escolar devem ser utilizados na compra direta de agricultores familiares locais (cerca de R$ 900 milhões). A medida torna mais complexa a administração da alimentação escolar pelas prefeituras e cria uma grande oportunidade de aproximação das escolas com a agricultura, de profissionalização e de melhoria da competitividade econômica do agricultor familiar. O Brasil tem 4.367.902 agricultores familiares e 5.564 municípios. Poucas cidades já conseguiram a organização necessária ao cumprimento da lei, que determinará o recebimento ou não da verba do governo federal pelos municípios, destinada à alimentação escolar em 2011. O Programa HortiEscolha da Ceagesp tem entre seus objetivos a capacitação dos fornecedores da alimentação escolar, especialmente agricultores familiares, torná-los bons fornecedores, capazes de atender às exigências de tamanho e qualidade solicitadas pelo serviço de alimentação escolar local e aumentar a sua competitividade e a inserção do seu produto no mercado. O curso trata da importância da alimentação escolar no Brasil e no município, da oportunidade e da responsabilidade do agricultor, fornecedor da alimentação escolar, dos procedimentos para o fornecimento da alimentação escolar, de noções básicas de pós-colheita, da classificação e padrões mínimos de qualidade das frutas e hortaliças da região.
CQH
Agora é a vez da lichia Anita de Souza Dias Gutierrez Hélio Satoshi Watanabe CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
As normas de classificação de lichia serão um dos resultados da parceria entre o professor Osvaldo Kiyoshi Yamanishi, da Universidade de Brasília, e um grupo de produtores de lichia indicado por ele, com o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp. O trabalho, que já começou com o levantamento das embalagens externas e internas e dos sistemas de embalamento, terá os seguintes objetivos: 1o. Construção das Normas de Classificação de lichia • Levantamento das informações necessárias à elaboração das Normas de Classificação como normas internacionais, medidas de tamanho, características que valorizam e que desvalorizam a lichia, entrevista de compradores e atacadistas, visita à lavoura; • Construção de uma proposta de normas de classificação para a lichia; • Criação e impressão do material gráfico para a apresentação das normas; 2o. Acompanhamento do desempenho e avaliação da competitividade da lichia dos produtores parceiros, que exigirá: • Construção de um gabarito de avaliação da qualidade; • Avaliação diária da qualidade e do preço potencial dos lotes enviados pelos produtores parceiros através de amostragem nos lotes enviados ou das amostras enviadas pelos produtores diretamente ao CQH; • Levantamento da diferença de valor praticada no mesmo dia no mercado atacadista da Ceagesp entre o preço máximo e mínimo, determinação das causas e da sua importância na diferenciação do valor; • Um qualigrama, com as avaliações das amostras enviadas e dos lotes de preços máximo e mínimo no mercado naquele dia ficará disponível a cada dia.
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Capítulo V
Preenchimento da nota fiscal de produtor Cartilha elaborada pelo CQH orienta produtor rural no cumprimento de exigências legais
Anita de Souza Dias Gutierrez Cláudio Inforzato Fanale Ossir Gorenstein Ubiratan Martins Ferraz CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
O CQH (Centro de Qualidade em Horticultura) desenvolveu, com a colaboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), cartilhas destinadas ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais. A cartilha foi dividida em partes. A primeira parte, que trata do ‘produtor rural e a previdência social’, a segunda, trata do ‘preenchimento da nota fiscal do produtor’. A terceira e última parte ainda está sendo elaborada pelo Senar e trata das obrigações trabalhistas do produtor rural’. Dando sequência à publicação da cartilha no Jornal Entreposto, aqui estão as respostas às perguntas 34 a 47, do quinto capítulo do ‘preenchimento da nota fiscal de produtor’, que trata do cadastramento e crédito do ICMS, do IPM – Índice de Participação do Município, da obrigatoriedade de escrituração e da obtenção do CNPJ do produtor. 34. Como o produtor rural faz para obter a sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS? O produtor rural deverá se inscrever por meio eletrônico, mediante o uso dos programas “PGD - Programa Gerador de Documentos do CNPJ” e “Receitanet”, disponíveis para download no site da Receita Federal (www. receita.fazenda.gov.br). No PGD, o produtor deverá selecionar as opções “documentos”, “novo”, “produtor rural” e “inscrição”. Preencher os campos dos formulários e transmitir a solicitação, mediante utilização do “Receitanet”. Após a recepção dos dados, a Secretaria da Receita Federal fornecerá um código de acesso para acompanhamento da solicitação, havendo, inclusive, a possibilidade do fisco exigir a apresentação de alguns documentos comprobatórios, diretamente na unidade administrativa da Receita Federal de jurisdição do estabelecimento ou onde houver convênio, na respectiva junta comercial. Aceita e homologada a solicitação de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, o produtor rural poderá consultar o número da sua inscrição estadual no site da Secretaria da Receita Federal ou no da Secretaria da Fazenda do Estado. Simultaneamente, o produtor rural receberá um número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Após a obtenção da inscrição estadual, o contribuinte deverá solicitar a emissão de senha que lhe permitirá acesso aos demais serviços eletrônicos disponíveis no posto fiscal eletrônico da Secretaria da Fazenda, no endereço www.pfe.fazenda.sp.gov.br. 35. O que é o crédito de ICMS? O crédito de ICMS é o direito legítimo que o contribuinte tem de deduzir
do imposto devido na comercialização do seu produto, o imposto que já foi recolhido por ocasião da aquisição dos insumos utilizados no seu processo produtivo. Esse direito condicionase à escrituração do respectivo documento fiscal e ao cumprimento dos demais requisitos previstos na legislação estadual. O crédito deverá ser escriturado por seu valor nominal.
produtor rural deve entregar o disquete com a DIPAM-A junto ao posto fiscal a que estiver vinculado até 31 de março do ano seguinte ao da realização das seguintes operações:
O produtor rural deve adotar o Livro de Registro de Entradas, modelo 1-A, nas hipóteses de aproveitamento e de utilização do crédito do ICMS, estabelecidas pela Portaria CAT-17/03.
• saídas de mercadorias para outros produtores deste estado, ainda que a propriedade rural pertença ao próprio declarante;
b) Estabelecimento de produtor rural pessoa jurídica:
36. Em que situações o produtor rural pode se creditar do imposto?
• saídas de mercadorias a particulares ou a pessoas de direito público ou privado não inscritos como contribuintes, situados neste estado;
Tudo o que é consumido diretamente no processo produtivo como insumos agropecuários, gado em pé para recria ou engorda proveniente de outros estados, óleo diesel, material de embalagem não reutilizável, bens destinados ao ativo permanente etc, desde que tributados pelo ICMS, confere ao produtor rural o direito ao crédito do ICMS, podendo ser descontado quando do pagamento do imposto incidente sobre a comercialização de sua produção. É importante lembrar que o produtor rural tem direito ao crédito do ICMS, mesmo quando promove saídas de produtos com deferimento ou isenção, desde que haja previsão legal para a manutenção do crédito. 37. É necessário obter alguma autorização para a utilização do crédito? Sim. Devidamente escriturados, os créditos de ICMS só podem ser utilizados após homologação do posto fiscal. 38. Qual é o documento que comprova a inscrição do produtor rural no Cadastro de Contribuintes do ICMS? A DECA (Declaração Cadastral) é documento que o produtor rural deverá solicitar diretamente no balcão do Posto Fiscal de sua região ou pelo posto fiscal eletrônico, por meio de contador habilitado, caso disponha dos serviços desse profissional, a fim de comprovar a sua inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. Na DECA constará o número de Inscrição Estadual e de CNPJ do produtor rural. 39. O que é o Índice de Participação dos Municípios (IPM) na arrecadação do ICMS? O IPM é utilizado no cálculo do repasse do ICMS pelo estado aos municípios. O IPM é formado por sete componentes. O valor adicionado, o mais importante, que contribui com 76% do índice total, é calculado pela Secretaria da Fazenda do estado com base nas informações fornecidas pelos contribuintes na Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA), na Declaração do Simples (DS), na Declaração do Simples Nacional (DSN-SP), na DIPAM-A e na DIPAM-B. Quanto maior o índice de participação, maior o montante repassado pelo estado ao município. 40. O que é a DIPAM-A? A DIPAM-A é um documento que deve ser entregue pelo produtor rural pessoa física, que no ano base esteve inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS. Ainda não é possível o envio do documento pela internet, logo, o
• saídas de mercadorias para qualquer destinatário situado em outros estados; e • saídas de mercadorias para o exterior. Não é necessário informar na DIPAM-A as saídas de mercadorias a contribuintes (como empresas atacadistas e varejistas) do ICMS deste Estado, pois estas serão informadas pelos destinatários, na DIPAM-B. Caso não haja saída a declarar, o produtor rural fica dispensado de entregar a DIPAM-A. 41. Qual a importância do correto preenchimento e envio da DIPAM-A pelo produtor rural? De posse dos dados das GIAs, DS e DIPAM-A, a Secretaria da Fazenda do estado calcula o valor adicionado. Como o valor adicionado é resultante do movimento econômico (adição de riqueza) do município e no seu cálculo são computadas as operações e prestações que constituam fato gerador do ICMS, mesmo quando o pagamento do imposto for antecipado ou diferido, o aumento da arrecadação do ICMS do município significa elevação da receita do estado e, por conseguinte, resulta no aumento da quota-parte do índice de participação a ser recebida pela prefeitura, uma vez que o valor adicionado é o componente mais importante, que contribui com 76% do IPM. 42. O produtor rural precisa adotar o livro fiscal controle da produção e do estoque? Não. Entretanto, o produtor rural pode manter o seu próprio controle, fazendo os seus próprios registros de vendas, retornos, perdas etc. 43. Quais são os livros fiscais, previstos na legislação, que o produtor rural está obrigado a utilizar? a) Produtor rural pessoa física: Diferentemente de todos os outros contribuintes do ICMS, o produtor rural é o único que não é obrigado à escrituração de livros fiscais, tais como livro registro de entrada de mercadorias, livro registro de saída de mercadoria, livro registro de apuração do ICMS, entre outros, pois a legislação tributária estadual presume que ele não possui suficiente organização administrativo-fiscal, o que, de um lado constitui vantagem frente aos demais, e, de outro, dificulta sobremaneira o aproveitamento de créditos fiscais oriundos das operações de entrada, tais como aquisição de combustíveis, insumos etc.
A escrituração dos seguintes livros fiscais é obrigatória: Registro de Entradas (modelo 1 ou 1-A), Registro de Saídas (modelo 2 ou 2-A), Registro de Controle da Produção e do Estoque (modelo 3), Registro de Impressão de Documentos Fiscais (modelo 5), Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência (modelo 6), Registro de Inventário (modelo 7), Registro de Apuração de ICMS (modelo 9), Livro de Movimentação de Combustível (LMC) e Controle de ICMS do Ativo Permanente (CIAP). 44. O produtor rural precisa adotar o livro caixa? Sim. O preenchimento do livro caixa é obrigatório para os produtores com receita a partir de R$ 56.000,00 anuais. É permitida a escrituração do livro caixa pelo sistema de processamento eletrônico, com subdivisões numeradas, em ordem sequencial ou tipograficamente. O livro caixa deve ser numerado sequencialmente e conter, no início e no encerramento, anotações em forma de “termo” que identifique o contribuinte e a finalidade do livro. A escrituração do livro caixa deve ser realizada até a data prevista para a entrega tempestiva da declaração de rendimentos do correspondente ano-calendário. O livro caixa independe de registro. 45. Por que, no estado de São Paulo, o produtor rural pessoa Física tem que ter o CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica? Porque o Cadastro Sincronizado Nacional (CadSinc) está em vigor no estado de São Paulo desde o dia 20 de março de 2006, conforme Portaria CAT-14, sendo implementado pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ/SP). Um dos seus objetivos é integrar o Cadastro de Contribuintes do ICMS e o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), sendo o número de inscrição no CNPJ utilizado como identificador cadastral único no âmbito das duas administrações tributárias. Sem prejuízo da atividade exercida, todo Produtor Rural – Pessoa Física, inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS, ou seja, detentor de Inscrição Estadual de Produtor, está obrigado a se inscrever no CNPJ, conforme prevê o inciso XV, do artigo 11, da IN RFB nº 748/07. 46. Com o CNPJ, o produtor rural pessoa física terá de constituir empresa e recolher impostos como pessoa jurídica? Não. Embora o produtor rural - pessoa física passe a dispor e ser identificado por um número de CNPJ, não significa que ele terá de constituir empresa para dar continuidade à atividade rural, nem terá de assumir as obrigações fiscais e tributárias atribuí-
das à pessoa jurídica. A inscrição estadual de produtor continua existindo, mas integrada com o CNPJ, cujo número de inscrição passará a representar um registro único do produtor rural junto à Receita Federal e à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, para fins de controle cadastral. O produtor rural pessoa física não pode, por exemplo, valer-se do seu CNPJ para obter um empréstimo bancário como pessoa jurídica, ou mesmo ser obrigado pela agência bancária a abrir uma conta corrente de pessoa jurídica. Apesar de ter um número de CNPJ, o produtor rural não é pessoa jurídica. 47. Quais documentos o produtor rural deve estar de posse para preencher os formulários do PGD – Programa Gerador de Documentos do CNPJ? a) Produtor rural pessoa física: a1) proprietário, titular ou possuidor a qualquer título de imóvel rural: título de domínio registrado ou matriculado no Cartório de Registro de Imóveis ou, na sua falta, documento que comprove a posse útil do imóvel. a2) que produzir em propriedade alheia: contrato ou declaração relativa à sua condição, firmado pelo proprietário ou possuidor do imóvel ou por seu representante legal, no qual esteja consignado o período de exploração, a área cedida e a forma de pagamento. b) Estabelecimento de produtor rural pessoa jurídica: b1) se o imóvel estiver situado em área rural, documento comprobatório da inscrição (NIRF – Número do Imóvel na Receita Federal) no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir) da Secretaria da Receita Federal. b2) se o imóvel estiver situado em área urbana, documento comprobatório da inscrição no cadastro do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do município correspondente. c) Representante legal: c1) instrumento público ou particular que o habilite como mandatário; c2) documento de identidade; e c3) comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda. d) Contabilista responsável pela escrita fiscal: d1) registro no CRC/SP (Conselho Regional de Contabilidade); e d2) comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda.
O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam o aperfeiçoamento desse serviço. Informações: cqh@ceagesp.gov.br Tel.: ( 11) 3643-3825
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CQH
Quem são nossos clientes?
Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Os produtores e atacadistas de frutas e hortaliças frescas não estão sentindo em suas vendas o aumento de demanda e do progresso econômico. A verdade é que os consumidores são inundados por ações de marketing de um número imenso de produtos, alimentos ou não, e o nosso setor fica à espera de ser comprado. O primeiro passo é entender quem são nossos clientes. O censo de 2010 do IBGE traz resultados muito interessantes: • A população brasileira soma 190.732.694 habitantes e cresceu 12,3% nos últimos dez anos, frente a 15,6% da década anterior. • A taxa de fecundidade caiu e a longevidade cresceu. • Em 1940 – 30 milhões de pessoas moravam na área rural, 10 milhões na cidade e a expectativa de vida era de 41 anos. - Em 2010 – 30 milhões de pessoas moram na área rural, 160 milhões na cidade e a expectativa de vida é de 73 anos. Hoje 84,35% das pessoas vivem em áreas urbanas. • Os três maiores municípios brasileiros São Paulo com 11.244.369 habitantes, o rio de Janeiro com 6.323.037 e Salvador com 2.676.606. • O Estado de São Paulo é o mais populoso com 41.256.160 pessoas e Rondônia o menos populoso com 451.227. • A economia brasileira é muito concentrada: 6 municípios concentram 25% do PIB – Produto Interno Bruto do Brasil: São Paulo (11,8%), Rio de Janeiro (5,1%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). O PIB de São Paulo é de 357,11 bilhões de reais. A participação da capital paulista caiu de 14,2% em 1999 para 11,8% em 2008. • A cidade de São Paulo perdeu 293 mil habitantes nesta década, que mudaram para outros lugares - um saldo migratório negativo. • O Estado de São Paulo continua sendo um imã populacional: atraiu 557 mil imigrantes de outros estados e países desde 2000. • As mulheres são maioria no país: 95,9 homens para 100 mulheres. • A superioridade da população feminina na cidade de São Paulo é grande: 597.599 mais mulheres que homens. O dados do IBGE permitem traçar o perfil da população, das famílias, e do consumo domiciliar. Conhecer as informações existentes é o primeiro passo para a definição de um plano de marketing para os nossos clientes - a população paulistana, paulista e brasileira.
Hortaliças brasileiras em números Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
A palestra “Perspectivas do mercado de hortaliças”, apresentada no III Simpósio Econômico Hortifrutibrasil de Frutas e Hortaliças, a presentou dados que retratam alguns números das maiores culturas hortícolas produzidas no país. A seguir, você confere algumas informações sobre a cenoura, a cebola e a batata.
Cenoura • São 18 mil hectares de cenoura concentrados nos estados de Minas Gerais (São Gotardo, Santa Juliana, Uberaba), Goiás (Cristalina), Paraná (Marilândia do Sul, Apucarana e Califórnia), Rio Grande do Sul (Caxias do sul e Antonio Prado) e Bahia (Irecê e João Dourado) • A safra de inverno de Minas Gerais e Goiás acontecem de metade de julho a metade de dezembro. Já a safra de inverno do Paraná vai de meados de agosto a metade de dezembro; no Rio Grande do Sul a safra de inverno acontece de junho a
fevereiro. O restante do ano é chamado de safra de verão. Na Bahia temos a safra de verão primeiro semestre e a safra de verão segundo semestre.
Cebola • Em todo o país existem 22 mil hectares de cenoura. De novembro a abril, a produção está concentrada nos estados do Sul (Ituporanga e Lebon Régis –SC, Irati – PR e São José do Norte – RS). De abril a julho, a cebola vem da Argentina. De junho a novembro vem das demais regiões produtoras de cebola do Brasil, como o Vale de são Francisco e Irecê (BA), Cristalina (GO) e Brasília, São Gotardo, Santa Juliana e Uberlândia (MG) e em Monte Alto, São José do Rio Pardo, Divinolãndia e Piedade, cidades do interior paulista.
Batata • A colheita da chamada safra das águas acontece de novembro a maio, com pico entre fevereiro e maio nos estados de Minas Gerais (sul de Minas, Triângulo Mineiro/ Alto do Paranaíba), do Paraná (Guarapuava, Curitiba, Irati, São Mateus do Sul e Ponta Grossa), de Santa
Catarina (Água Doce) e do Rio Grande do Sul (Bom Jesus e Ibiraiaras). Na safra 2009/10 houve quebra de produção por adversidade climática, baixa qualidade de semente, manejo inadequado e adiantamento da colheita e preços recordes. • A colheita da safra das secas acontece de maio a julho, atingindo seu pico em junho no sul de Minas Gerais, no sudoeste de São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul (Ibiraiaras). As chuvas causaram apodrecimento das sementes no sudoeste paulista, atraso no plantio, escassez de batata semente e produtividade baixa. • A colheita da safra de inverno vai de agosto a novembro com pico entre agosto e setembro. Ela acontece nas regiões produtoras de Minas Gerais, no sudoeste paulista e em Vargem Grande do Sul (SP). A área de plantio cresceu 13%. • Os produtores da Chapada Diamantina (BA) produzem batata o ano todo. Já os agricultores de Goiás a produzem de abril a novembro.
Pimenta: quanto mais ardida, melhor Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
É difícil explicar o grande amor da humanidade pelas pimentas ardidas. Parece até masoquismo , aquele distúrbio psíquico em que uma pessoa sente prazer com a dor. Os possíveis efeitos benéficos da pimenta como a diminuição da pressão sanguínea, efeito antimicrobiano, aumento da salivação (bom quando a sua dieta é à base de arroz ou milho) não conseguem explicar este amor. O Dr. Paul Rozin da Universidade da Pensilvânia,nos Estados Unidos, fez alguns testes com grandes apreciadores de pimenta, oferecendo a eles pimenta cada vez mais ardida, mais pungente. A pimenta mais apreciada foi justamente a mais pungente, aquela que eles descreveram como quase impossível de aguentar. A pungência da pimenta pode ser medida pela escala de calor Scoville. O spray de pimenta, que tem 2% de capsicina tem 3,3 milhões de unida-
des na escala de calor Scoville e a capsicina pura, que causa dor, chega a 16 milhões de unidades. A pimenta Jolokia, a mais ardida da Índia, tem um milhão de unidades. A evolução da pungência da pimenta é explicada por um estudo recente como uma necessidade de defesa contra um fungo que ataca as sementes de pimenta. Ele mostra que nos ambientes mais propícios ao crescimento do fungo a pungência aumenta e nos ambientes mais secos ela diminui As pimentas são comidas por aves, que não sentem dor no seu consumo, e mamíferos, em que os receptores da dor respondem proporcionalmente à pungência da pimenta. A pungência da pimenta não pode ser considerada tecnicamente um sabor; mas uma sensação de queimadura, segundo o mesmo mecanismo que permite a alguém saber que a sua língua está pegando fogo. O gosto da humanidade pela pimenta é evidente pelo seu tempo e extensão de cultivo – seis mil anos atrás das Bahamas aos Andes. Colombo espalhou a pimenta por Euro-
pa, Ásia e África. No inicio do século 1.500 a pimenta já havia se espalhado Europa, Africa, India e China.
O consumo de pimenta é um sinal de grande inteligência, afinal o grande apreciador de pimenta é o animal
de maior cérebro e de mente mais complexa. Trechos extraídos do artigo “Perk of our evolution;
pleasure in pain of chillies”, de James Gorman publicado originalmente no “New York Times”
AIDF eletrônica para o produtor rural Acompanhe o passo a passo da documentação Desde 2 de agosto, o produtor rural deve utilizar o Sistema da AIDF (Autorização de Impressão de Documentos Fiscais) Eletrônica para solicitar a confecção de impressos fiscais modelo 4. Antes do primeiro pedido de AIDF Eletrônica, é necessário informar no cadastro de histórico os dados da última AIDF em papel. Caso seja utilizada pelo produtor mais de uma série de impressos modelo 4, efetuar o cadastro da última AIDF de cada série. Esta medida é necessária para que o sistema dê andamento na numeração sequencial dos impressos fiscais. Ainda que não exista histórico a ser cadastrado, o sistema exigirá que seja feita a “Declaração de Inexistência de Histórico”. O pedido de AIDF no sistema da AIDF Eletrônica poderá ser feito pelo próprio produtor rural ou pelo seu contabilista vinculado. Para solicitar a senha de acesso aos serviços eletrônicos deverá efetuar o “download” do requerimento na página inicial do Posto Fiscal Eletrônico – PFE, no módulo “Contribuinte/ Senha: Requerimento de Senha”, e apresentar no posto fiscal de sua vinculação, devidamente preenchido, para obter a senha de acesso.
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l JORNAL ENTREPOSTO
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CQH
Quem são nossos clientes?
Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
Os produtores e atacadistas de frutas e hortaliças frescas não estão sentindo em suas vendas o aumento de demanda e do progresso econômico. A verdade é que os consumidores são inundados por ações de marketing de um número imenso de produtos, alimentos ou não, e o nosso setor fica à espera de ser comprado. O primeiro passo é entender quem são nossos clientes. O censo de 2010 do IBGE traz resultados muito interessantes: • A população brasileira soma 190.732.694 habitantes e cresceu 12,3% nos últimos dez anos, frente a 15,6% da década anterior. • A taxa de fecundidade caiu e a longevidade cresceu. • Em 1940 – 30 milhões de pessoas moravam na área rural, 10 milhões na cidade e a expectativa de vida era de 41 anos. - Em 2010 – 30 milhões de pessoas moram na área rural, 160 milhões na cidade e a expectativa de vida é de 73 anos. Hoje 84,35% das pessoas vivem em áreas urbanas. • Os três maiores municípios brasileiros São Paulo com 11.244.369 habitantes, o rio de Janeiro com 6.323.037 e Salvador com 2.676.606. • O Estado de São Paulo é o mais populoso com 41.256.160 pessoas e Rondônia o menos populoso com 451.227. • A economia brasileira é muito concentrada: 6 municípios concentram 25% do PIB – Produto Interno Bruto do Brasil: São Paulo (11,8%), Rio de Janeiro (5,1%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). O PIB de São Paulo é de 357,11 bilhões de reais. A participação da capital paulista caiu de 14,2% em 1999 para 11,8% em 2008. • A cidade de São Paulo perdeu 293 mil habitantes nesta década, que mudaram para outros lugares - um saldo migratório negativo. • O Estado de São Paulo continua sendo um imã populacional: atraiu 557 mil imigrantes de outros estados e países desde 2000. • As mulheres são maioria no país: 95,9 homens para 100 mulheres. • A superioridade da população feminina na cidade de São Paulo é grande: 597.599 mais mulheres que homens. O dados do IBGE permitem traçar o perfil da população, das famílias, e do consumo domiciliar. Conhecer as informações existentes é o primeiro passo para a definição de um plano de marketing para os nossos clientes - a população paulistana, paulista e brasileira.
Hortaliças brasileiras em números Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
A palestra “Perspectivas do mercado de hortaliças”, apresentada no III Simpósio Econômico Hortifrutibrasil de Frutas e Hortaliças, a presentou dados que retratam alguns números das maiores culturas hortícolas produzidas no país. A seguir, você confere algumas informações sobre a cenoura, a cebola e a batata.
Cenoura • São 18 mil hectares de cenoura concentrados nos estados de Minas Gerais (São Gotardo, Santa Juliana, Uberaba), Goiás (Cristalina), Paraná (Marilândia do Sul, Apucarana e Califórnia), Rio Grande do Sul (Caxias do sul e Antonio Prado) e Bahia (Irecê e João Dourado) • A safra de inverno de Minas Gerais e Goiás acontecem de metade de julho a metade de dezembro. Já a safra de inverno do Paraná vai de meados de agosto a metade de dezembro; no Rio Grande do Sul a safra de inverno acontece de junho a
fevereiro. O restante do ano é chamado de safra de verão. Na Bahia temos a safra de verão primeiro semestre e a safra de verão segundo semestre.
Cebola • Em todo o país existem 22 mil hectares de cenoura. De novembro a abril, a produção está concentrada nos estados do Sul (Ituporanga e Lebon Régis –SC, Irati – PR e São José do Norte – RS). De abril a julho, a cebola vem da Argentina. De junho a novembro vem das demais regiões produtoras de cebola do Brasil, como o Vale de são Francisco e Irecê (BA), Cristalina (GO) e Brasília, São Gotardo, Santa Juliana e Uberlândia (MG) e em Monte Alto, São José do Rio Pardo, Divinolãndia e Piedade, cidades do interior paulista.
Batata • A colheita da chamada safra das águas acontece de novembro a maio, com pico entre fevereiro e maio nos estados de Minas Gerais (sul de Minas, Triângulo Mineiro/ Alto do Paranaíba), do Paraná (Guarapuava, Curitiba, Irati, São Mateus do Sul e Ponta Grossa), de Santa
Catarina (Água Doce) e do Rio Grande do Sul (Bom Jesus e Ibiraiaras). Na safra 2009/10 houve quebra de produção por adversidade climática, baixa qualidade de semente, manejo inadequado e adiantamento da colheita e preços recordes. • A colheita da safra das secas acontece de maio a julho, atingindo seu pico em junho no sul de Minas Gerais, no sudoeste de São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul (Ibiraiaras). As chuvas causaram apodrecimento das sementes no sudoeste paulista, atraso no plantio, escassez de batata semente e produtividade baixa. • A colheita da safra de inverno vai de agosto a novembro com pico entre agosto e setembro. Ela acontece nas regiões produtoras de Minas Gerais, no sudoeste paulista e em Vargem Grande do Sul (SP). A área de plantio cresceu 13%. • Os produtores da Chapada Diamantina (BA) produzem batata o ano todo. Já os agricultores de Goiás a produzem de abril a novembro.
Pimenta: quanto mais ardida, melhor Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp
É difícil explicar o grande amor da humanidade pelas pimentas ardidas. Parece até masoquismo , aquele distúrbio psíquico em que uma pessoa sente prazer com a dor. Os possíveis efeitos benéficos da pimenta como a diminuição da pressão sanguínea, efeito antimicrobiano, aumento da salivação (bom quando a sua dieta é à base de arroz ou milho) não conseguem explicar este amor. O Dr. Paul Rozin da Universidade da Pensilvânia,nos Estados Unidos, fez alguns testes com grandes apreciadores de pimenta, oferecendo a eles pimenta cada vez mais ardida, mais pungente. A pimenta mais apreciada foi justamente a mais pungente, aquela que eles descreveram como quase impossível de aguentar. A pungência da pimenta pode ser medida pela escala de calor Scoville. O spray de pimenta, que tem 2% de capsicina tem 3,3 milhões de unida-
des na escala de calor Scoville e a capsicina pura, que causa dor, chega a 16 milhões de unidades. A pimenta Jolokia, a mais ardida da Índia, tem um milhão de unidades. A evolução da pungência da pimenta é explicada por um estudo recente como uma necessidade de defesa contra um fungo que ataca as sementes de pimenta. Ele mostra que nos ambientes mais propícios ao crescimento do fungo a pungência aumenta e nos ambientes mais secos ela diminui As pimentas são comidas por aves, que não sentem dor no seu consumo, e mamíferos, em que os receptores da dor respondem proporcionalmente à pungência da pimenta. A pungência da pimenta não pode ser considerada tecnicamente um sabor; mas uma sensação de queimadura, segundo o mesmo mecanismo que permite a alguém saber que a sua língua está pegando fogo. O gosto da humanidade pela pimenta é evidente pelo seu tempo e extensão de cultivo – seis mil anos atrás das Bahamas aos Andes. Colombo espalhou a pimenta por Euro-
pa, Ásia e África. No inicio do século 1.500 a pimenta já havia se espalhado Europa, Africa, India e China.
O consumo de pimenta é um sinal de grande inteligência, afinal o grande apreciador de pimenta é o animal
de maior cérebro e de mente mais complexa. Trechos extraídos do artigo “Perk of our evolution;
pleasure in pain of chillies”, de James Gorman publicado originalmente no “New York Times”
AIDF eletrônica para o produtor rural Acompanhe o passo a passo da documentação Desde 2 de agosto, o produtor rural deve utilizar o Sistema da AIDF (Autorização de Impressão de Documentos Fiscais) Eletrônica para solicitar a confecção de impressos fiscais modelo 4. Antes do primeiro pedido de AIDF Eletrônica, é necessário informar no cadastro de histórico os dados da última AIDF em papel. Caso seja utilizada pelo produtor mais de uma série de impressos modelo 4, efetuar o cadastro da última AIDF de cada série. Esta medida é necessária para que o sistema dê andamento na numeração sequencial dos impressos fiscais. Ainda que não exista histórico a ser cadastrado, o sistema exigirá que seja feita a “Declaração de Inexistência de Histórico”. O pedido de AIDF no sistema da AIDF Eletrônica poderá ser feito pelo próprio produtor rural ou pelo seu contabilista vinculado. Para solicitar a senha de acesso aos serviços eletrônicos deverá efetuar o “download” do requerimento na página inicial do Posto Fiscal Eletrônico – PFE, no módulo “Contribuinte/ Senha: Requerimento de Senha”, e apresentar no posto fiscal de sua vinculação, devidamente preenchido, para obter a senha de acesso.
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JORNAL ENTREPOSTO
CÁ ENTRE NÓS
O Natal do bem Natal é hora de todos refletir e aprender a pensar no próximo, deixando Jesus nascer em seus corações. Assim, o espírito natalino derramará paz, saúde, trabalho e prosperidade na vida de todos.
Manelão* Colunista
plantel autografaram o manto tricolor, que será rifado pela associação. O resultado e o ganhador do sorteio será apresentado na próxima edição do JE. ***
O aroma de pêssego, maçã, abacaxi, ameixa, uva, jasmim e tertúlias tomou conta do mercado e nesta festa com tomate, pimentão e abobrinha, salsa e cebolinha vão fazer a festa na mesa do brasileiro, pois estão saborosos e com o preço moderado.
Atacado
Produto Legumes Frutas
Local Verduras
***
Dias da semana
Horário
Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.
14h às 21h 8h às 18h
AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais Seg. a Sáb.
Local Pescados
MLP- Mercado Livre do Produtor Terça. a Sáb.
Local Diversos *
Praça (Peixe, sardinha e congelados) 9h às 20h
Seg. a Sáb.
Local Flores
Local Flores
Local
AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores Seg. e Quinta
10h às 18h
Terça e Sexta
6h às 11h
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores)
No último dia 11 de dezembro, durante a celebração da missa solene de Santa Luzia, Dom João Mamede se despediu dos carregadores comandados por José Pinheiro e dos fiéis da Ceagesp, deixando uma mensagem a todos aqueles que trabalham no segmento da agricultura, que cuidam da terra e dela retiram o alimento para o sustento da Nação. Agora ele vai apassentar os católicos de Umuarama, no Paraná. *** Na solidariedade da bola, Fernandão, o centro avante do São Paulo Futebol Clube, doou sua camisa para a Nossa Turma. Todos os atletas do
Na tarde do último dia 18, Papai Noel desceu do céu e abraçou as crianças da Nossa Turma distribuindo os kits que foram doados pelos permissionários, funcionários, voluntários e apoiadores. A ação foi incentivada pela incansável Marizilda, gestora da Coordenadoria de Sustentabilidade , que não mediu esforços para que as crianças tiverem a farantia de receber um presente bacana. A Associação Terra Brasil disponibilizou o helicóptero que trouxe o bom velhinho e decorou as árvores da sede da nossa entidade, trazendo um Natal de luzes para iluminar o caminho de todos que vivem e consomem os produtos do nosso mercado. A Nossa Turma agradece a Deus, aos parceiros da Ceagesp, ao Instituto da Criança, à Pastoral da Criança, ao Viva Condomínio e ao voluntariado do HSBC, que deu ao trabalho da Nossa Turma o primeiro lugar dentre as entidades apoiadas pelo banco em São Paulo e o terceiro do Brasil. Feliz Natal a todos!
MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana
Varejo
Produto Varejão
Local Varejão Noturno
Local Flores
Local
Dias da semana
Horário
Sáb. e Dom.
7h às 13h
Quarta
17h às 22h
Seg. e Quinta
10h às 18h
MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Portão 7 MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3
Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Resonsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848 Edição Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Estagiária Mariana G. Marques
Colaboradores Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita
Redação Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:
Editoração Eletrônica / Artes Letícia D. Benetti Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues Web Master Michelly Vasconcellos
diretoria@jornalentreposto.com.br jornalismo@jornalentreposto.com.br comercial@jornalentreposto.com.br Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.
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Confraternização reuniu os colaboradores do projeto social Nossa Turma, que atende mais de 500 crianças e adolescentes no Entreposto Terminjal de São Paulo
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JORNAL ENTREPOSTO l Dezembro 2010
Cultivares de milho da Embrapa são indicadas para plantio da safrinha Vinte e quatro cultivares de milho desenvolvidas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) serão empregadas na segunda safra da cultura, a chamada “safrinha”, por recomendação do zoneamento agrícola elaborado pelo Ministério da Agricultura. O estudo, realizado a partir de análises térmicas e hídricas, identifica os municípios aptos e os períodos de semeadura para o cultivo do cereal, em condições de baixo risco climático, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal. Segundo o pesquisador da Embrapa, Luiz Antônio Laudares Faria, as cultivares indicadas possuem grande potencial de produção, com possibilidade de melhorar o
resultado da colheita do milho safrinha neste ano. Por ser cultivada após uma cultura de verão, a safrinha pode ter sua produtividade afetada pelo regime de chuvas e por limitações de radiação solar e de temperatura na fase final de seu ciclo. As variedades já
estão disponíveis para comercialização. Mais informações sobre as cultivares de milho no Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Sete Lagoas, telefone (31) 3027-1230 ou e-mail: enset.snt@embrapa.br
Chega ao mercado variedade de batata resistente à doença A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) está lançando neste mês uma nova variedade de batata, cuja principal característica é a resistência a requeima, doença que compromete grande parte da produção, além de depreciar o produto e aumentar os custos de produção. Segundo a empresa, a cul-
tivar é uma boa opção para produtores brasileiros que importam sementes do vegetal, por falta de material genético de alta qualidade culinária. De acordo com o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Arione Pereira, a cultivar será apresentada gradativamente aos produtores numa série de dias de campo.
A BRS Clara foi desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético da Batata da Embrapa, liderado pelo pesquisador Arione Pereira. Os trabalhos de melhoramento com a cultura resultam de parceria entre diversas unidades da Embrapa e outras instituições.
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JORNAL ENTREPOSTO
JORNAL ENTREPOSTO l
Dezembro 2010
Ceasas Brasil Ceagesp tem horários especiais para �inal de ano
C1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Notícias
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Índice Ceagesp registra queda em novembro
Entreposto registra seu maior movimento no período de festas Nas semanas do Natal e do Ano Novo, o maior entreposto da Ceagesp, na Vila Leopoldina, em São Paulo, terá horários especiais para o consumidor final. Os varejões de sábado (25 e 26/12) e de domingo (1º/01 e 02/01) serão antecipados para sexta-feira, respectivamente, nos dias 24 e 31 de dezembro, das 7h às 15h. Os acessos continuarão pelos portões 3 (av. Dr. Gastão Vidigal) e 13 (Marginal Pinheiros) e as vagas permanecem gratuitas. Porém, neste ano, a feira será deslocada para local próximo ao tradicional, que estará ocupado pela feira de flores das sextas-feiras. É neste período de festas que o entreposto registra seu maior movimento, atraindo cerca de 60 mil visitantes por dia. Haverá sinalização e seguranças para orientar os usuários. Os Varejões Noturnos das quartas-feiras acontecem em dias e horários sem alterações ao longo de todo o mês de dezembro. No setor atacadista de frutas, legumes, verduras, flores, pescados e diversos, o mercado funcionará até às 12h, nos dias 24 e 31 de dezembro. Nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro o entreposto permanecerá fechado para comercialização, tanto no atacado quanto no varejo. O Entreposto Terminal São Paulo registra o seu maior movimento no período de festas de final de ano. Na semana que antecede o Natal, o número de visitantes por dia supera
as 60 mil pessoas e a entrada diária de veículos aumenta em 50%, para aproximadamente 20 mil. Somente o setor de frutas recebe volume 30% maior de produtos típicos da época, como lichia, cereja, pêssego, ameixa e uva. O setor atacadista da Ceagesp atende a mais de 60% da Grande São Paulo, interior e outros Estados. É lá que donos de supermercados, feirantes, distribuidores e outros varejistas, além de restaurantes e demais serviços de alimentação, se abastecem de uma grande variedade de frutas, legumes, verduras, diversos (batata, cebola, ovos, alho etc), pescado e flores.
Confira os horários especiais para o fim de ano: Varejões: Sábados: 25 de dezembro e 1 de janeiro serão antecipados, respectivamente, para os dias 24 e 31 de dezembro (sexta-feira), das 7h às 15h. Domingos: 26 de dezembro e 2 de janeiro não haverá Varejão
Quartas-feiras: 22 e 29 de dezembro, 14h às 22h.
Local: Estacionamento E-08 – entrada pelo portão 3 Estacionamento gratuito
Local: Pavilhão PBCF – entrada pelo portão 7 Estacionamento gratuito
CEASA PALMAS
Demanda crescente atrai pequenos agricultores
A crescente demanda proporcionada pela movimentação comercial na Ceasa de Palmas (TO) tem atraído agricultores familiares do entorno da capital do Tocantins. A central comercializou 1.015 toneladas de produtos, gerando cerca de R$ 1,5 milhão, em outubro. O comprador de verduras Edson Monteiro, explica que os produtores estão começando a acreditar na comercialização da Ceasa. “Até pouco tempo fazíamos todas às compras as verduras e legumes eram trazidas de Goiânia e região Sul. Agora já pudemos contar com alguns produtos aqui na região de Palmas, principalmente pepino, quiabo, maxixe, abobrinha e mandioca ”, destacou. Os produtos mais comercializados são; abacaxi, tomate, melancia, laranja, batata, repolho, ovo branco, cenoura, maçã nacional, abóbora cabutiá e alho. Mercado aberto Com uma plantação de pepino em fase inicial, o produtor Antônio Francisco da Silva, acredita nessa oportunidade e pretende expandir sua plantação. Atualmente, ele possui 700 pés de pepino, 300 pés de maracujá e 300 de melancia. “A Ceasa é uma grande porta para comercializar nossos produtos. Por isso nós produtores estamos mais confiante em plantar, pois temos o local certo para a venda de nossos produtos”, disse Francisco Silva.
Setor atacadista Vésperas dos feriados, dias 24 e 31 de dezembro, o mercado funcionará até às 12h. Nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro não haverá comercialização
CEASAMINAS
Ceasa de Caratinga inaugura banco de caixas plásticas
A CeasaMinas inaugurou no final de novembro um banco de caixas plásticas no entreposto de Caratinga. Com o novo sistema, frutas e hortaliças poderão ser acondicionadas em embalagens plásticas higienizáveis, que evitam a proliferação de doenças vegetais para as lavouras e reduzem as perdas. Segundo a empresa, o banco de caixas também permitirá o atendimento da norma em vigor que determina a sanitização, a cada novo uso, de todas as caixas retornáveis. A previsão é de que o sistema possa higienizar até 7,5 mil caixas por dia. O banco de caixas de Caratinga terá a função de vender, alugar, receber, higienizar, estocar e entregar embalagens plásticas padronizadas. Produtores rurais, atacadistas e compradores poderão comprar ou alugar as caixas plásticas. O banco de caixas foi construído em uma área de 200 metros quadrados, com investimento de aproximadamente R$ 600 mil, realizados pela empresa Elo Construtora e Incorporadora Ltda, que venceu licitação pública. Com a implantação do sistema, não haverá proibição do uso de embalagens de madeira e papelão, desde que sejam novas (primeiro uso). Já a entrada de caixas plásticas somente será permitida com certificado de higienização e dentro dos padrões estabelecidos (tamanho, altura, tipo de material), de acordo com as normas em vigor.
CEAGESP
Natal deve elevar venda de plantas ornamentais
Os preparativos para o Natal agitam ainda mais o mercado de flores da Ceagesp, considerado o maior do gênero na América Latina. Lá, é possível encontrar tuias, popularmente conhecidas como pinheirinhos, durante todo o ano, mas é nesta época que elas atingem seu pico de venda. A central de abastecimento comercializa diversas variedades de tuias e a partir de R$ 10, o consumidor pode levar para casa uma árvore de 80 centímetros. A tuia é geralmente comercializada quando atinge entre 40 centímetros e dois metros, mas pode chegar até quatro metros. Ela pode ser cultivada em vaso ou transplantada para um local definitivo no jardim ou quintal. Entre outros atrativos, ela libera um cheiro suave de limão quando é tocada, e pode ser decorada para o Natal, substituindo as árvores artificiais. O estado de São Paulo é o maior mercado consumidor de tuia no Brasil, mas o produto vende bem em todas as regiões do país. Outra planta muito procurada no período natalino é a poinsétia, conhecida como bico-de- papagaio, planta de pequeno porte com folhas vermelhas que parecem flores. Na feira de flores elas são comercializadas por preços que variam de R$ 30 (a caixa com seis vasos) e R$ 100 (a planta com um metro). Pela Ceagesp passam cerca de quatro mil toneladas de flores de corte e de vaso, que geram receitas mensais de R$ 20 milhões.
Os preços nos setores de verduras elegumes voltaram a cair e puxar para baixo o Índice Ceagesp, que fechou o mês de novembro com queda de 2,09%. No ano, o balizador de preços acumula alta de 0,42% e, nos últimos 12 meses, elevação de 2,24%. “O principal motivo da queda foi a retração no consumo e as condições climáticas favoráveis no curto prazo. A maioria dos produtos destes setores continua sendo ótima opção de compras para o consumidor”, afirma o economista da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Flávio Godas. O setor de legumes registrou a maior retração, 21,06%. As principais baixas foram do tomate (-25%), da vagem (-44%) e do pepino japonês (-41,8%); apenas a ervilha torta apresentou alta (34,8%). Outro setor a apresentar queda foi o de verduras, com 7,61%. Praticamente todos os produtos estão com preços reduzidos, as baixas mais acentuadas foram do brócolis (-28%), milho verde (12,7%), rúcula (-18,7%), couve-flor (-16,8%). Com ligeira elevação de 0,69%, as principais altas do setor de frutas foram do maracujá azedo (23,7%), do abacate (36,3%) e da carambola (37,4%). As principais quedas foram da uva (-11%), da goiaba (-10,6%) e da acerola (-12,7%). A expectativa para o próximo mês é de que o clima não deverá exercer tanta influência no setor de frutas, pois é esperada elevação significativa do volume ofertado para atender a maior demanda no final de ano. “O produtor rural e os importadores já se prepararam para abastecer o mercado. Mesmo com o aumento do volume ofertado, não há expectativa de redução de preços neste setor em razão da maior procura”, analisa Godas. O setor de diversos apresentou alta de 3,84%. Os principais aumentos foram da batata comum (14%) e batata lisa (7,6%) e as baixas da cebola (-3%) e do coco seco (2,6%%). O setor de pescados também registrou elevação de 2,7%. As principais altas: camarão (12%), atum (24,5%), pescada (18%) e as principais quedas: espada (-29%), cascote (-15%), anchovas (-4%), tilápia (-5%). A maior parte das regiões produtoras registrou temperaturas elevadas, fator que contribuiu para o desenvolvimento e maturação acelerada dos produtos no curto prazo. Com a chegada do período de chuvas, porém, este quadro deve se alterar, pois as altas temperaturas devem ser constantes no verão. “Assim, espera-se ligeira queda da quantidade afertada e majoração dos preços praticados em praticamente todos os setores”, conclui Godas.
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Meio Ambiente Amazônia perdeu 153 km² de �loresta em outubro, mas desmatamento mantém tendência de queda O desmatamento da Amazônia em outubro atingiu uma área de 153 quilômetros quadrados (km²), de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados no início de dezembro pela organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia). O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado pelos satélites em outubro do ano passado e mantém tendência de queda apontada pela organização nos últimos meses. Rondônia foi o estado que mais desmatou a Amazônia em outubro, com 51km² de floresta a menos (34% do total derrubado no período). No Amazonas, os satélites registraram 46km² de novos desmates. Mato Grosso e Pará, que tradicionalmente lideram o ranking de desmatamento mensal, aparecem sem seguida, com 24km² e 16km² de área derrubada em outubro, respectivamente. De acordo com o Imazon, os 153 km² de floresta derrubados em outubro foram res-
ponsáveis pela emissão de 9,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa). Além do corte raso (desmatamento total de uma área), o sistema do Imazon também registra a degradação florestal que inclui florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e queimadas. Em outubro, a degradação avançou 562km², área 446% maior que a registrada no mesmo mês de 2009, de 103 km². O estado com mais área degradada é Mato Grosso com quase 60% do total. O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os números de outubro. Em novembro, o Inpe anunciou a taxa anual de desmatamento – que considera os dados de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Em um ano, a floresta perdeu 6.451 km², menor índice registrado em 23 anos de monitoramento. Agência Brasil
Mata Atlântica já perdeu 75% da cobertura original Cidades que exploram madeira para fornos siderúrgicos são as que mais desmatam O Ministério do Meio Ambiente divulgou no início do mês um levantamento do desmatamento da Mata Atlântica entre 2002 e 2008. Nesse período, a floresta perdeu 2.742 quilômetros quadrados de área nativa, uma média de 457 km² anuais de derrubadas.No total, a Mata Atlântica já perdeu 75,88% de sua área original e é o bioma mais devastado do país. Entre 2002 e 2008, o estado que mais desmatou o bioma foi Minas Gerais, com 909 km² a menos de mata nativa no período. Em seguida, aparecem o Paraná, com 542 km² de desmate, e a Bahia, com 426 km². Entre os municípios que mais desmataram o bioma no período, estão cidades de regiões conhecidas pela exploração de madeira para abastecer fornos da indústria siderúrgica, principalmente em Minas Gerais e na Bahia. A Mata Atlântica era o único bioma que ainda não tinha dados atualizados da devastação. Em 2011, o governo pretende divulgar taxas do desmatamento do Cerrado, Caatinga, Pampa e Mata Atlântica em 2008 e 2009. Atualmente, o monitoramento anual só é feito na Amazônia. “A partir desses dados temos condições de mudar o patamar de políticas públicas de conservação da região”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Apesar do grande percentual devastado, o ritmo de derrubada na Mata Atlântica é menor que nos outros biomas. Por ano, a floresta nativa do litoral perde 0,04% de vegetação. Na Amazônia, esse percentual é de 0,42% por ano e no Cerrado chega a 0,69%. Agência Brasil
Código Florestal garantirá legalidade à produção nacional, diz CNA A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu no final de novembro a votação no plenário da Câmara do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para o Código Florestal brasileiro. A senadora considerou que o relatório está pronto e que as discussões em torno do assunto estão amadurecidas. Para a CNA, o relatório, que pode ser votado ainda neste ano, é a forma de garantir a legalidade para a produção nacional, pois além da situação irregular dos produtores, também há risco de a legislação ambiental, da forma como está, comprometer as exportações brasileiras de produtos agrícolas. “Muitos países não querem importar alimentos de quem não está cumprindo a legislação ambiental”, argumentou Kátia Abreu, ao defender a aprovação do parecer do deputado Aldo Rebelo, votado em julho na Comissão Especial, da Câmara, como forma de descriminalizar as atividades do setor agrícola. A senadora lembrou que países que cobram do Brasil uma posição mais agressiva em termos de preservação ambiental não têm mais áreas verdes. “No Brasil, a cobertura original nos seis biomas é de 56%”, disse. Esclareceu, também, que é errônea a idéia de que a aprovação do novo Código Florestal ampliará de forma significativa o desmatamento. Ela afirmou que, no período acumulado de 45 anos, a partir da primeira versão do Código Florestal, em 1965, foram desmatados 82,90 milhões de hectares, o que representa 10% do território nacional. No Cerrado, que representa 23% do território nacional, 105,4 milhões de hectares foram desmatados, sendo 22,13 milhões de hectares entre 1989 e 2010. “Esses desmatamentos foram feitos quando a lei ainda permitia. A lei não pode retroagir para prejudicar”, lembrou a senadora, ao detalhar as mudanças na regra da reserva legal nos últimos anos. Hoje, o percentual de reserva legal é de 80% na Amazônia; de 35% no Cerrado da Amazônia e de 20% nas demais regiões.
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As mudanças climáticas afetarão mais os agricultores familiares que os grandes produtores, disse o presidente do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimenta), Renato Maluf, ao participar de seminário sobre mudanças climáticas realizado nesta quinta-feira (11). De acordo com ele, o plano de mudanças climáticas não valoriza suficientemente a agricultura familiar, embora ela seja mais vulnerável às mudanças das condições ambientais. “Estamos preparando propostas para incluir adaptações no plano de mudanças climáticas. O conhecimento das populações tradicionais será uma contribuição importante.” “As mudanças climáticas afetam a produção de alimentos, sobretudo das populações rurais que produzem parte importante daquilo que consumimos, como os agricultores familiares”, disse Maluf. Ao se referir aos conhecimentos das populações tradicionais, Maluf assinala que se trata de usar práticas já apli-
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Transporte Venda de veículos no mercado interno vai continuar em alta em 2011, prevê Anfavea Depois de atingir um aumento de quase 15% na produção de veículos em 2010, indústria automobilística prevê crescimento mais tímido para o próximo ano A indústria automobilística brasileira espera manter as vendas de veículos aquecidas em 2011, mas prevê um ritmo de crescimento menor que o dos últimos anos. A projeção inicial é de aumento de 5,2% nas vendas, com 3,63 milhões de unidades, ante 3,45 milhões estimados para 2010. Se o número se confirmar, representará alta de 9,8% em um ano, recorde pelo quinto ano consecutivo. Em novembro, o número de veículos novos licenciados superou em 8,3% o de outubro, com um total de 328.473 unidades. Sobre novembro do ano passado, houve um incremento de 30,5%. No acumulado de janeiro a novembro, a alta é de 10%. Os dados foram anunciados no início de dezembro pelo presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ), Cledorvino Belini. Ele explicou que a expansão constatada em novembro se deve ao fato de que, em novembro do ano passado, muitos consumidores adiaram as compras para dezembro na expectativa de melhores condições de negócio por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para 2011, o executivo acena com a possibilidade de crescimento do Produto Interno Bruto (soma das riquezas geradas no país) entre 4% e 5% e manutenção da estabilidade econômica, do crédito e da evolução da renda dos trabalhadores. Na avaliação dele, o aperto da liquidez, anunciado na semana passada pelo Banco Central e que retirou do mercado R$ 61 bilhões, não afetará de forma significativa o desempenho das vendas do setor no mercado doméstico. “É apenas ajuste de efeito transitório para conter uma bolha de consumo”, ponderou Belini, prevendo demanda mais modesta entre janeiro e março, porém, de acordo com o fluxo tradicional que se verifica nessa época do ano. Pela análise que fez, haverá maior concorrência entre as instituições financeiras, que terão de se adequar para obter maior captação. Ele observou que o Brasil tem hoje “uma nova pirâmide social, com 35 milhões de pessoas que passaram das classes D e E para para a classe C, o que faz o mercado mais robusto”. No entanto manifestou a preocupação com a crescente participação dos importados no segmento automobilístico. Ele estima que as importações deverão abocanhar cerca de 20% do mercado. “Estou vendo crescer mais as importações do que as exportações e precisamos melhorar nossa competitividade para vender mais lá fora também”. Para Marcelo Cioffi, diretor da empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), a análise da Anfavea é correta. Ele observou que o país ocupa a quarta posição em vendas, mas está em sexto lugar no ranking mundial de produção. “A gente tem que olhar os nossos concorrentes porque todos os países
emergentes vão produzir muito e todos têm a aspiração de ser exportadores, não só para o Brasil, mas para o resto do mundo ”, disse ele. A previsão da Anfavea é de queda no número de unidades exportadas em 2011 da ordem de 5%, com 485 mil veículos. Se a previsão se confirmar, será o sexto ano seguido de queda no volume físico. A receita com exportações, no entanto, deve crescer 2,3%, passando de US$ 12,8 bilhões em 2010 para US$ 13,1 bilhões no ano que vem. A produção, por sua vez, deve aumentar 1,1% e atingir 3,68 milhões de unidades. Para este ano, a projeção é de 3,64 milhões de veículos (14,4% a mais do que em 2009). Agência Brasil
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LEGISLAÇÃO
Denatran quer facilitar habilitação para transporte de carga
O diretor-geral do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Alfredo Peres da Silva, sugeriu no início do mês uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro para facilitar a obtenção da carteira de motorista categoria “C”, necessária para condutores de caminhões e veículos utilizados em transporte de carga com peso acima de 3,5 toneladas. Ele defendeu que a obrigatoriedade
de possuir a carteira categoria “B” há pelo menos um ano deixe de ser requisito para a carteira “C”. De acordo com Alfredo Silva, o setor de transportes tem perdido profissionais por causa dessa exigência. A carteira de categoria “B” é voltada a condutores de carros de passeio cuja lotação não ultrapasse oito lugares, excluindo-se o motorista. O dirigente também defendeu
que as guardas municipais possam lavrar o auto de infração de trânsito, desde que sejam designadas pela autoridade responsável. Hoje, não há essa autorização explícita no Código de Trânsito, o que, conforme o Denatran, pode gerar questionamentos na Justiça sobre a legalidade das multas. Agência Câmara
Novo caminhão chega ao mercado brasileiro A montadora Volvo lançou no Brasil, em novembro, seu mais novo caminhão pesado, o FMX. Desenvolvido para o transporte pesado em aplicações na construção, mineração e agricultura, o veículo é configurado com motor de 13 litros e potências que vão de 400cv a 480cv e é destinado ao transporte de cargas na faixa de 32 a 50 toneladas de peso bruto total. A Volvo também está apresentando o novo FMX 11 litros, veículo dirigido para aplicações com condições operacionais intermediárias entre o FMX com motor 13 litros e o VM 6x4. “O FMX é um novo caminhão, com vários atributos que o tornam ainda mais vocacionado para aplicações em construção e mineração”, afirma Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil. “Mas temos o orgulho
de dizer que mantivemos nele tudo o que já está consagrado como o que há de melhor no segmento”, complementa Bernardo Fedalto Jr., gerente de caminhões da linha F, referindose ao robusto trem de força, e à avançada cabine ergonomicamente projetada para longas jornadas de trabalho. Produzido em aço com cantoneiras reforçadas, o parachoque foi projetado em três peças, e tem também um novo desenho, contribuindo para aumentar ainda mais a aparência “fora-de-estrada” do novo caminhão. A parte inferior do parachoque abriga o chamado front step, um estribo antiderrapante e aberto onde o motorista e outras pessoas podem colocar os pés e se apoiar para fazer a limpeza do parabrisa e promover a manutenção da parte frontal externa da cabine.
Outras novidades são os equipamentos extras, muito úteis para operações off road. É o caso, por exemplo, de uma proteção gradeada de farol, item muito importante neste segmento para evitar possíveis avarias do conjunto ótico durante a execução de trabalhos em terrenos pedregosos. A engenharia da Volvo também desenvolveu um novo e resistente pino de reboque dianteiro com capacidade para 25 toneladas. Ele foi estrategicamente instalado bem no centro da grade inferior, proporcionando muito mais funcionalidade ao caminhão. E o farol também se destaca em todo o conjunto e tem três unidades que permitem manutenção independente: luz alta, pisca e farol, além de opções de farol de neblina ou de milha no parachoque.
LEI
Projeto libera tratores de registro no Detran Proposta será analisada por comissões da Câmara A Câmara analisa o Projeto de Lei 6931/10, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que revoga a obrigatoriedade de registro no Detran e de licenciamento anual de veículos empregados em serviços agrícolas (tratores e colheitadeiras, em sua maioria). A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). O deputado argumenta que essa exigência, em vigor desde julho, é difícil de ser cumprida, pois os proprietários de grande parte da frota agrícola já não têm mais as notas fiscais ou recibos de compra. “No momento em que o País busca o crescimento econômico, não nos parece coerente imputar ao setor agrícola mais um capricho da burocracia brasileira, que resultará em maiores dispêndios para os produtores”, diz Bezerra. Ele argumenta ainda que as máquinas agrícolas não têm como função principal o transporte de pessoas ou de mercadorias. “O transporte em vias públicas é esporádico, quando é preciso deslocar-se de uma propriedade para outra”, afirma. De acordo com o artigo 115 do Código de Trânsito, regulamentado em 2008 pelo Conselho Nacional de Trânsito, os veículos agrícolas estão obrigados ao registro no órgão de trânsito e ao licenciamento anual desde julho de 2010. Tramitação A matéria tramita em conjunto com o PL 4607/04, do deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR), que torna obrigatório o registro no Detran dos veículos utilizados em trabalhos agrícolas, de construção ou de pavimentação viária. As duas propostas tramitam em caráter conclusivo e serão analisadas pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Agência Câmara
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Transporte Venda de veículos no mercado interno vai continuar em alta em 2011, prevê Anfavea Depois de atingir um aumento de quase 15% na produção de veículos em 2010, indústria automobilística prevê crescimento mais tímido para o próximo ano A indústria automobilística brasileira espera manter as vendas de veículos aquecidas em 2011, mas prevê um ritmo de crescimento menor que o dos últimos anos. A projeção inicial é de aumento de 5,2% nas vendas, com 3,63 milhões de unidades, ante 3,45 milhões estimados para 2010. Se o número se confirmar, representará alta de 9,8% em um ano, recorde pelo quinto ano consecutivo. Em novembro, o número de veículos novos licenciados superou em 8,3% o de outubro, com um total de 328.473 unidades. Sobre novembro do ano passado, houve um incremento de 30,5%. No acumulado de janeiro a novembro, a alta é de 10%. Os dados foram anunciados no início de dezembro pelo presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ), Cledorvino Belini. Ele explicou que a expansão constatada em novembro se deve ao fato de que, em novembro do ano passado, muitos consumidores adiaram as compras para dezembro na expectativa de melhores condições de negócio por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para 2011, o executivo acena com a possibilidade de crescimento do Produto Interno Bruto (soma das riquezas geradas no país) entre 4% e 5% e manutenção da estabilidade econômica, do crédito e da evolução da renda dos trabalhadores. Na avaliação dele, o aperto da liquidez, anunciado na semana passada pelo Banco Central e que retirou do mercado R$ 61 bilhões, não afetará de forma significativa o desempenho das vendas do setor no mercado doméstico. “É apenas ajuste de efeito transitório para conter uma bolha de consumo”, ponderou Belini, prevendo demanda mais modesta entre janeiro e março, porém, de acordo com o fluxo tradicional que se verifica nessa época do ano. Pela análise que fez, haverá maior concorrência entre as instituições financeiras, que terão de se adequar para obter maior captação. Ele observou que o Brasil tem hoje “uma nova pirâmide social, com 35 milhões de pessoas que passaram das classes D e E para para a classe C, o que faz o mercado mais robusto”. No entanto manifestou a preocupação com a crescente participação dos importados no segmento automobilístico. Ele estima que as importações deverão abocanhar cerca de 20% do mercado. “Estou vendo crescer mais as importações do que as exportações e precisamos melhorar nossa competitividade para vender mais lá fora também”. Para Marcelo Cioffi, diretor da empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), a análise da Anfavea é correta. Ele observou que o país ocupa a quarta posição em vendas, mas está em sexto lugar no ranking mundial de produção. “A gente tem que olhar os nossos concorrentes porque todos os países
emergentes vão produzir muito e todos têm a aspiração de ser exportadores, não só para o Brasil, mas para o resto do mundo ”, disse ele. A previsão da Anfavea é de queda no número de unidades exportadas em 2011 da ordem de 5%, com 485 mil veículos. Se a previsão se confirmar, será o sexto ano seguido de queda no volume físico. A receita com exportações, no entanto, deve crescer 2,3%, passando de US$ 12,8 bilhões em 2010 para US$ 13,1 bilhões no ano que vem. A produção, por sua vez, deve aumentar 1,1% e atingir 3,68 milhões de unidades. Para este ano, a projeção é de 3,64 milhões de veículos (14,4% a mais do que em 2009). Agência Brasil
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Denatran quer facilitar habilitação para transporte de carga
O diretor-geral do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Alfredo Peres da Silva, sugeriu no início do mês uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro para facilitar a obtenção da carteira de motorista categoria “C”, necessária para condutores de caminhões e veículos utilizados em transporte de carga com peso acima de 3,5 toneladas. Ele defendeu que a obrigatoriedade
de possuir a carteira categoria “B” há pelo menos um ano deixe de ser requisito para a carteira “C”. De acordo com Alfredo Silva, o setor de transportes tem perdido profissionais por causa dessa exigência. A carteira de categoria “B” é voltada a condutores de carros de passeio cuja lotação não ultrapasse oito lugares, excluindo-se o motorista. O dirigente também defendeu
que as guardas municipais possam lavrar o auto de infração de trânsito, desde que sejam designadas pela autoridade responsável. Hoje, não há essa autorização explícita no Código de Trânsito, o que, conforme o Denatran, pode gerar questionamentos na Justiça sobre a legalidade das multas. Agência Câmara
Novo caminhão chega ao mercado brasileiro A montadora Volvo lançou no Brasil, em novembro, seu mais novo caminhão pesado, o FMX. Desenvolvido para o transporte pesado em aplicações na construção, mineração e agricultura, o veículo é configurado com motor de 13 litros e potências que vão de 400cv a 480cv e é destinado ao transporte de cargas na faixa de 32 a 50 toneladas de peso bruto total. A Volvo também está apresentando o novo FMX 11 litros, veículo dirigido para aplicações com condições operacionais intermediárias entre o FMX com motor 13 litros e o VM 6x4. “O FMX é um novo caminhão, com vários atributos que o tornam ainda mais vocacionado para aplicações em construção e mineração”, afirma Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil. “Mas temos o orgulho
de dizer que mantivemos nele tudo o que já está consagrado como o que há de melhor no segmento”, complementa Bernardo Fedalto Jr., gerente de caminhões da linha F, referindose ao robusto trem de força, e à avançada cabine ergonomicamente projetada para longas jornadas de trabalho. Produzido em aço com cantoneiras reforçadas, o parachoque foi projetado em três peças, e tem também um novo desenho, contribuindo para aumentar ainda mais a aparência “fora-de-estrada” do novo caminhão. A parte inferior do parachoque abriga o chamado front step, um estribo antiderrapante e aberto onde o motorista e outras pessoas podem colocar os pés e se apoiar para fazer a limpeza do parabrisa e promover a manutenção da parte frontal externa da cabine.
Outras novidades são os equipamentos extras, muito úteis para operações off road. É o caso, por exemplo, de uma proteção gradeada de farol, item muito importante neste segmento para evitar possíveis avarias do conjunto ótico durante a execução de trabalhos em terrenos pedregosos. A engenharia da Volvo também desenvolveu um novo e resistente pino de reboque dianteiro com capacidade para 25 toneladas. Ele foi estrategicamente instalado bem no centro da grade inferior, proporcionando muito mais funcionalidade ao caminhão. E o farol também se destaca em todo o conjunto e tem três unidades que permitem manutenção independente: luz alta, pisca e farol, além de opções de farol de neblina ou de milha no parachoque.
LEI
Projeto libera tratores de registro no Detran Proposta será analisada por comissões da Câmara A Câmara analisa o Projeto de Lei 6931/10, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que revoga a obrigatoriedade de registro no Detran e de licenciamento anual de veículos empregados em serviços agrícolas (tratores e colheitadeiras, em sua maioria). A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97). O deputado argumenta que essa exigência, em vigor desde julho, é difícil de ser cumprida, pois os proprietários de grande parte da frota agrícola já não têm mais as notas fiscais ou recibos de compra. “No momento em que o País busca o crescimento econômico, não nos parece coerente imputar ao setor agrícola mais um capricho da burocracia brasileira, que resultará em maiores dispêndios para os produtores”, diz Bezerra. Ele argumenta ainda que as máquinas agrícolas não têm como função principal o transporte de pessoas ou de mercadorias. “O transporte em vias públicas é esporádico, quando é preciso deslocar-se de uma propriedade para outra”, afirma. De acordo com o artigo 115 do Código de Trânsito, regulamentado em 2008 pelo Conselho Nacional de Trânsito, os veículos agrícolas estão obrigados ao registro no órgão de trânsito e ao licenciamento anual desde julho de 2010. Tramitação A matéria tramita em conjunto com o PL 4607/04, do deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR), que torna obrigatório o registro no Detran dos veículos utilizados em trabalhos agrícolas, de construção ou de pavimentação viária. As duas propostas tramitam em caráter conclusivo e serão analisadas pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Agência Câmara
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LOGÍSTICA
Gargalos na logística serão reduzidos no próximo governo, promete ministério A redução de gargalos na logística e a desoneração tributária das exportações em cadeias produtivas específicas são dois dos pontos principais da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do próximo governo, anunciou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral. Segundo Barral, as medidas na logística darão prioridade ao desembaraço aduaneiro nos portos e à melhoria da infraestrutura deles, incluindo obras de desassoreamento (maior profundidade), iniciativas a cargo da Receita Federal e da Secretaria de Portos. Informou que a nova PDP, válida para o período 2011/2014, está em fase final de elaboração para ser submetida à aprovação da presidente eleita Dilma Rousseff. A informação foi dada em debate na 29ª reunião plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), promovida em São Paulo, no início do mês, pela Câmara Americana de Comércio e Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Duplicamos as exportações brasileiras de US$ 100 bilhões para a casa dos US$ 200 bilhões entre 2005 e 2008 com o mesmo sistema portuário. Isso não pode continuar. A questão da logística é crucial para o país”, sublinhou o secretário de Comér-
que se transformou a Medida Provisória 495, que estabeleceu em 25% a margem de preferência – ou seja, a empresa nacional que promove inovação pode apresentar um preço até 25% mais caro e mesmo assim vencerá a concorrência. O diretor-executivo da CNI, José Augusto Fernandes, enfatizou que a queda na participação do mercado americano nas exportações brasileiras obriga as empresas dos Estados Unidos a utilizarem mais o Brasil como plataforma para suas exportações a outros mercados, especialmente na América Latina. Frisou que tal alternativa sofre, contudo, pesadas restrições, pelo excesso de burocracia e a alta carga tributária existentes no país. De acordo com Fernandes, a participação do mercado americano nas exportações brasileiras caiu de 23% em 2003 para 9% atualmente, resultado da diversificação dos destinos das vendas externas do país, especialmente para a América Latina. O presidente da International Paper da América Latina, Jean Michel Ribieras, defendeu a necessidade do futuro governo Dilma Rousseff promover a reforma tributária e modernizar a infraestrutura. Seriam iniciativas, na sua visão, que contribuiriam significativamente para ampliar os investimentos das empresas estrangeiras no país.
cio Exterior do MDIC. O primeiro painel da 29ª reunião plenária do Cebeu, de que participou Barral, discutiu as perspectivas da relação bilateral após as eleições de Dilma Rousseff no Brasil e do novo Legislativo americano. O embaixador dos Estados Unidos Thomas Shannon alertou para os riscos da margem de preferência de preços em licitações a empresas nacionais que investem em inovação reduzir os investimentos nas obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, prejudicando o próprio Brasil. O benefício está previsto no projeto de conversão em que se transformou a Medida Provisória 495, que estabeleceu em 25% a margem de preferência – ou seja, a empresa nacional que promove inovação pode apresentar um preço até 25% mais caro e mesmo assim vencerá a concorrência. A discussão sobre discutiu as perspectivas da relação bilateral após as eleições de Dilma Rousseff no Brasil e do novo Legislativo americano. O embaixador dos Estados Unidos Thomas Shannon alertou para os riscos da margem de preferência de preços em licitações a empresas nacionais que investem em inovação reduzir os investimentos nas obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas, prejudicando o próprio Brasil. O benefício está previsto no projeto de conversão em
FROTA AGRÍCOLA
INVESTIMENTO
Vendas de máquinas agrícolas têm o melhor desempenho em mais de 30 anos O Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) contabilizou R$ 2 bilhões em financiamento para a aquisição de máquinas agrícolas desde julho. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas devem atingir 69 mil unidades, marca só superada pelo desempenho do setor em 1976, quando as medidas do Plano Nacional de Desenvolvimento estimularam a comercialização de 80,2 mil unidades. Para o Ministéruio da Agricultura, o resultado de 2010 deve ser atribuído ao PSI-BK, que oferece condições atraentes para a compra de máquinas agrícolas, como taxas de juros favorecidas de 5,5% ao ano e prazo para reembolso de até dez anos, com carência de dois anos. Até a safra de 2009/2010, esses equipamentos eram financiados somente pelos programas de Modernização da Frota de Tratores, Implementos Associados e Colheitadeiras (Mo-
Agência Brasil
derfrota) e de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra). Os financiamentos do PSI-BK são importantes porque incluem a aquisição de máquinas e equipamentos que aumentam a capacidade produtiva da agricultura, como cultivadores motorizados, tratores de rodas e de esteiras, colheitadeiras e retroescavadeiras, afirma Alexandre Xavier, responsável pelo acompanhamento de mercado de insumos no Ministério da Agricultura. Para os próximos meses, as perspectivas são favoráveis e o programa foi prorrogado, de dezembro deste ano para março de 2011. A previsão é de estabilidade nas vendas das máquinas, que devem se manter no patamar de 2010, enfatiza. Os financiamentos de investimentos do PSI-BK contam com a programação de até R$ 4 bilhões, dos R$ 100 bilhões previstos no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011.
Fiat negocia possível fábrica com o governo de Pernambuco
RECALL
Ford faz recall da Ranger por falha no freio de estacionamento
Montadora prevê vinte lançamentos para 2011
Se não for trocada, peça pode causar acidentes
A Fiat informou no início do mês que está negociando com o governo de Pernambuco possíveis investimentos no estado em um momento em que a montadora italiana tem sua capacidade de produção no Brasil praticamente tomada. Segundo a agência Reuters, a assessoria de imprensa da montadora preferiu não comentar sobre uma eventual instalação de uma nova fábrica em Pernambuco, afirmando apenas que “a Fiat e o governo de Pernambuco estão mantendo negociações em torno de possíveis investimentos no estado”. O grupo Fiat anunciou recentemente plano de investimento de R$ 10 bilhões no Brasil até 2015, volume de recursos que inclui automóveis, autopeças e máquinas agrícolas. Do total de investimentos, 70% será destinado à área automotiva da empresa, que prevê 20 lançamentos entre novas versões e modelos em 2011.
A Ford está convocando proprietários da picape Ranger, modelos 2007 e 2008, para recall por problemas no freio de estacionamento. A fabricante afirma que a convocação envolve 16.455 unidades no Brasil. Segundo a montadora, constatou-se a possibilidade de variações dimensionais do terminal do cabo intermediário do freio de estacionamento. A extremidade do cabo pode se romper, provocando perda de funcionalidade do dispositivo e, consequentemente, riscos de acidentes e lesões. Os proprietários devem entrar em contato com uma concessionária da marca para agendar a inspeção. Se for necessário, a Ford afirma que vai substituir a peça. Mais informações podem ser obtidas no telefone 0800 703 3673 ou no site da Ford.
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JORNAL ENTREPOSTO l
Dezembro 2010
Agronegócio
D1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Notícias
D
Brasil quer ampliar investimentos estrangeiros no agronegócio
Ampliar os investimentos estrangeiros no agronegócio brasileiro é o objetivo do Ministério da Agricultura, para 2011. Países com disponibilidade de recursos financeiros para investir e que, ao mesmo tempo, veem as políticas de segurança alimentar como prioridade, (como os do Extremo Oriente e do Oriente Médio), devem ser o foco de atuação do ministério.
GRÃOS
Estoques de soja subiram quase 40% no primeiro semestre
“Vamos apresentar as vantagens competitivas do Brasil, como a nossa liderança mundial em tecnologia tropical e a tradição do nosso empreendedorismo no campo. Contamos ainda com uma economia pujante e arcabouços legal e institucional sólidos”, informa o assessor para Investimento Estrangeiro do Mapa, Maurício Fleury Curado.
Neste ano, a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio participou da primeira Missão de Investimentos promovida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período de 28 de novembro a 6 de dezembro, foram visitadas as capitais de cinco países: Damasco (Síria), Kuwait (Kuwait), Doha (Catar), Riade (Arábia Saudita) e Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). A delegação do Mapa também manteve encontros com autoridades do governo de Omã. Esse outro país da Península Arábica demonstrou interesse em realizar investimentos nas cadeias produtivas, produção, processamento, distribuição, armazenagem, logística e infraestrutura. “Esses países dão muita importância à questão da segurança alimentar. Pretendemos ser o principal fornecedor de alimentos para eles”, informa Curado. Durante a missão, empresas, associações e cooperativas selecionadas pelo Ministério da Agricultura apresentaram planos de investimento que poderão ter aporte externo. Entre eles, encontram-se projetos para aquisição e beneficiamento de terras para produção, empresas para produção de leite em pó, criação e processamento de frangos, além de empreendimentos para armazenamento e comercialização de grãos e outros produtos de exportação. “Os empresários ficaram impressionados com o dinamismo do agronegócio brasileiro. Somos destaque em produtividade. Enquanto, por exemplo, nossa produção de grãos aumenta, em média, 5% ao ano, a área
cultivada amplia-se em apenas 1%”, enfatiza Curado. Em 2011, as empresas que participaram dessa primeira missão de investimentos continuarão em contato com os potenciais investidores estrangeiros para verificar a possibilidade de parcerias. Segundo Curado, há um real desafio em garantir alimentos para todos, pois em função do crescimento populacional e da renda per capita no mundo, há uma tendência global de aumento da demanda por produtos ricos em proteína, como a carne, mas que requerem maior produção de grãos. “Somos os maiores exportadores das carnes bovina e de frango do mundo. Além disso, o Brasil é um dos poucos países em que a fronteira agrícola ainda não se esgotou”, explica. Exportações Em 2009, as exportações brasileiras para a Arábia Saudita renderam US$ 1,5 bilhão. Os produtos mais vendidos foram carne de frango (US$ 740 milhões), açúcar (US$ 340 milhões) e milho (US$ 100 milhões). Para os Emirados Árabes Unidos, as vendas alcançaram US$ 1,1 bilhão, com o Kuwait, US$ 340 milhões, Síria, US$ 277 milhões e Catar, US$ 95 milhões. Em 2011, o Brasil pretende diversificar ainda mais sua pauta de exportações, ampliando a oferta de produtos exportáveis. Setores pouco explorados, como mel ou produtos do reflorestamento, deverão receber maior atenção.
ABASTECIMENTO
Terminais pesqueiros passarão a ser administrados por ministério e Conab
Nova parceria permitirá que União administre as estruturas disponíveis
Os maiores estoques de produtos agrícolas registrados em 30 de junho deste ano foram os de soja em grão, com 19,2 milhões de toneladas e os de milho em grão, com 12,1 milhões de toneladas. Comparadas aos estoques de 30 de junho de 2009, as variações positivas foram da soja (39,2%) e do milho (10,3%), enquanto arroz e trigo registram quedas de 1,55 e 3,9%, respectivamente. Os dados constam da pesquisa de estoques referente ao primeiro semestre de 2010, divulgada no início de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 17 produtos pesquisados, o arroz em casca, com 4,7 milhões de toneladas, e o trigo em grão, com 3,4 milhões, também apresentavam grande volume de estoque no final do primeiro semestre. Os dados da pesquisa do IBGE mostram ainda que no primeiro semestre de 2010 houve uma queda de 0,4% na rede armazenadora de produtos agrícolas, na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. A Região Sul abrigava 43% da rede de 8.785 estabelecimentos, enquanto 22,8% estavam localizados no Sudeste, 22,15% no Centro-Oeste, 8,5% no Nordeste e 3,65% na Região Norte. Apesar da pequena queda no número de estabelecimentos, a capacidade armazenadora do país teve um acréscimo de 1,3%, atingindo 146,6 milhões de toneladas.
O Ministério da Pesca assinou no início de dezembro termo de cooperação com a Conab para a gestão compartilhada do Terminal Pesqueiro Público de Santos e de mais oito terminais pesqueiros do país. A partir de agora, ao invés do sistema de arrendamento para empresas privadas, como acontecia, a nova parceria possibilitará a gestão pública das estruturas a partir da administração do estado brasileiro. Na avaliação da Pasta, a Conab conta com excelente conhecimento e experiência na área, o que facilita a gestão e traz eficiência para o trabalho de recebimento e processamento do pescado. Para cada um dos TPPs haverá um plano específico de gestão com a definição das atribuições da Conab e do Ministério. Os terminais que passam a integrar o termo de cooperação são, além do de Santos, os de Cananéia (SP), Camocim (CE), Cabedelo (PB), Vitória (ES), Manaus (AM), Santana (AP), Laguna (SC) e Angra dos Reis (RJ. O ministro da Pesca, Altemir Gregolin, também assinou termo de entrega de dois caminhões feira do peixe. Um para o município de Guarujá e outro para Santa Fé do Sul. Cada caminhão custou R$237 mil e será repassado sem custo para o município. Com a estrutura, os pescadores poderão vender o pescado diretamente ao consumidor.
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Dezembro 2010
Agropecuária terá mais crédito no próximo governo, afirma ministro
l JORNAL ENTREPOSTO
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Dezembro 2010
Confirmado para continuar na pasta, Rossi também prometeu modernizar o Ministério da Agricultura
IBGE prevê para 2011 queda de 2,5% na safra de grãos
A reestruturação do Ministério da Agricultura deverá envolver medidas de médio e longo prazos, incluindo “mais oferta de crédito para a agropecuária”, como ocorre na área agrícola. A afirmação foi dada no último dia 13 pelo ministro Wagner Rossi, confirmado na pasta pela presidente eleita, Dilma Rousseff. Segundo Rossi, a escassez de crédito foi responsável pelo abate de matrizes do gado bovino em 2005, cujos efeitos estão sendo sentidos agora, com o aumento do preço da carne. Rossi disse que o Ministério da Agricultura deve também compatibilizar a política de importação de produtos agrícolas com a produção interna, só comprando do exterior quando tiver necessidade na entressafra. Inicialmente, é o que será feito com o trigo. Rossi garantiu que, nesse processo de modernização da pasta, haverá resposta para “uma reclamação permanente” dos produtores sobre o tempo que leva para o registro de produtos, e a redução de
A safra de grãos em 2011 deverá ser de 145,1 milhões de toneladas, 2,5% menor que a de 2010, de acordo com o segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado no início de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é atribuída pela pesquisa às menores previsões de safra das regiões Sudeste (-1,6%) e Sul (-9%). A pesquisa é feita nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e em mais quatro estados (Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia). Para esta segunda estimativa, feita em novembro, os números levantados foram somados às projeções para as unidades da Federação e para as culturas que, por força do calendário agrícola, não dispunham da primeira estimativa. Entre os seis produtos analisados para a safra de 2011, três apresentam variação positiva em relação à produção de 2010, com destaque
problemas na área da certificação, com a diminuição da burocracia. “Um tema atualíssimo, que agrega valor”, afirmou. O ministro ressaltou que a agricultura convive, em diversas áreas, com situações que levam de oito a dez anos para ser resolvidas. Ao anunciar a realização de um diagnóstico global para revisão de normas, processos, fluxos, ele disse que a imprensa poderá ajudar muito com sugestões. Rossi citou a criação do Fundo Catástrofe, por decreto presidencial, entre as medidas que deram mais segurança aos produtores. “Foi uma iniciativa paralela à politica em vigor de garantia de preço mínimo e ao seguro agrícola, que barateou o custo do seguro para os produtores, pois as seguradoras não precisam cobrir prejuízos nessas situações”. As estatais ligadas à pasta, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), poderão ser afetadas pela polí-
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
tica de reformulação do ministério. No entanto, disse Rossi, “elas têm capacidade de resposta e de adaptação mais rápida para conciliar problemas na sua área” e não estão “tão defasadas” quanto o ministério. Na entrevista, o ministro comentou também o texto do novo Código Florestal, que está em tramitação na Câmara. Rossi dá “nota 10” ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mas ressalta que o texto ainda pode sofrer alterações. Para ele, o código não será votado neste ano, devendo entrar, em regime de urgência, no início dos trabalhos legislativos em 2011. De acordo com o ministro, o texto não favorece aumento do desmatamento, nem a redução da área dos biomas, e dá segurança jurídica ao produtor, com mudanças compatíveis com a realidade, para aumento da produção de alimentos com a preservação do meio ambiente. Agência Brasil
para o algodão em caroço (34,3%). O feijão em grão da primeira safra terá uma produção 26% maior, e o arroz em casca um crescimento de 8,2%. A maior queda na previsão de safra é a do amendoim em casca, com 10,9% a menos do que em 2010, seguido do milhão em grão da primeira safra, com uma variação negativa de 7,3%. A soja, com uma produção estimada em 68 milhões 467 mil toneladas em 2011, apresenta uma queda de apenas 0,2% na comparação com 2010. Com relação à área a ser colhida, quatro dos seis produtos pesquisados pelo IBGE apresentam variações positivas, sendo que o algodão em caroço terá uma ampliação de 26,6%. As reduções nas áreas plantadas ou a serem plantadas são as do amendoim em casca (-3,2%) e a do milho (-0,2%). Segundo o IBGE, a melhor cotação, tanto no mercado interno quanto no externo, explica o incremento
da produção do algodão em caroço, com uma previsão para 2011 de 3,9 milhões de toneladas, contra as 2,9 milhões obtidas em 2010. O estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de algodão, aponta um incremento de 33,7% na área a ser plantada e de 45,8% na safra esperada.
cipais culturas – soja, milho e arroz – que somadas respondem por 91% da produção de grãos, a soja registra um acréscimo de 20,2% e o milho de 8,7%, enquanto a produção do arroz caiu 10,3%, no confronto com a safra de 2009. Agência Brasil
COMÉRCIO
PESCADO
Governo entrega 50 caminhões para armazenamento e comercialização de peixe O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) entregou, no início de dezembro, 50 caminhões projetados para armazenamento e comercialização do pescado que atenderão criadores de diversos estados. Os veículos fazem parte do Programa Peixe nos Bairros cujo objetivo, segundo o ministro Altemir Gregolin, é aumentar o consumo de pescado. O investimento foi de R$ 237 mil em cada caminhão, quase R$ 12 milhões no total. “A meta para os próximos anos é chegarmos a 200 veículos distribuídos pelo país. O objetivo é ampliar o consumo e garantir renda para os pescadores. A ideia é eliminar a figura do atravessador, que é quem ganha para levar o peixe do pescador ao comércio fazendo com que o valor do produto que chega ao consumidor seja mais alto. É reduzir o grau de intermediação”. Segundo o ministro, 23 estados serão beneficiados nesta primeira etapa. A seleção dos municípios foi feita por meio de edital, priorizando aqueles com mais habitantes. “Foram selecionados apenas os municípios com mais de 120 mil habitantes. Cada caminhão suporta até 6 toneladas de peixe e serão utilizados não só para o transporte mas também para a venda de pescado”, afirmou Gregolin. O prefeito de São Luís (MA), João Castelo, conta que o veículo irá beneficiar os pescadores mais humildes que comercializam o produto e que também será usado em feiras livres da cidade. “Seremos beneficiados com um veículo. Não acho suficiente pois temos mais de 1 milhão de habitantes para atender e cerca de mil pescadores apenas em São Luís. É um bom avanço mas, sem dúvida, precisamos de mais de um”, pede o prefeito explicando que, antes, o transporte de pescado era feito em caixas de isopor com gelo. “Agora, com essa aquisição, esperamos comercializar de forma correta para que o peixe esteja com mais qualidade, o que garante um produto altamente saudável”, ressaltou Castelo. O prefeito de Porto Velho (RO), Roberto Sobrinho, ressalta que a ação contribui para aumentar a renda dos pescadores da região e, também, aumentar o consumo saudável de peixe. Agência Brasil
O IBGE também divulgou a décima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2010. Os dados de novembro indicam uma produção de 148,8 milhões de toneladas, o que supera em 11,1% os 134 milhões da safra de 2009. Entre as três prin-
Puxado pela agricultura, Brasil cresce para o interior
AVERSA
AVERSA ITAPETININGA
CAOA CAMINHÕES
CARUEME
CARUEME JUNDIAÍ
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A expansão das cadeias produtivas de carne, grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste e Norte vem aprofundando o processo de interiorização do país na última década. Por outro lado, as cidades do litoral sofrem processo semelhante, graças aos investimentos em atividades ligadas ao turismo, à exploração do petróleo e à logística portuária e aérea. A constatação é da nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, lançado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza informações geográficas sobre o território brasileiro na última década. De acordo com a geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, coordenadora do projeto do IBGE, esses dois movimentos refletem uma redefinição de funções do território, com novas especializações. “O Brasil tem um território imenso, que está crescendo em termos de distribuição da população e de atividades no território, tanto com a interiorização quanto com novas atividades na região costeira, muito em função da geografia do petróleo, do turismo e da revalorização das exportação e da logística de portos e aeroportos. Isso reflete uma refuncionalização do território, com novas especializações”, explicou. O documento destaca, ainda, como consequência da interiorização (caracterizada pela expansão da agropecuária com emprego de máquinas e insumos), um processo de urbanização em reforço à atividade em municípios como Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambos em Mato Grosso. Já como exemplos que evidenciam a litoralização, o Atlas aponta o crescimento de cidades como Macaé e Rio das Ostras, no norte do Rio de Janeiro, onde há extração de petróleo; a explosão demográfica do litoral do Espírito Santo, em função do aumento das atividades industriais e portuárias; e do litoral de Santa Catarina, puxada pelo turismo. A coordenadora do IBGE destacou que os fluxos de migração interestaduais também servem de exemplo da força das grandes cidades e áreas próximas ao litoral na comparação.
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Confirmado para continuar na pasta, Rossi também prometeu modernizar o Ministério da Agricultura
IBGE prevê para 2011 queda de 2,5% na safra de grãos
A reestruturação do Ministério da Agricultura deverá envolver medidas de médio e longo prazos, incluindo “mais oferta de crédito para a agropecuária”, como ocorre na área agrícola. A afirmação foi dada no último dia 13 pelo ministro Wagner Rossi, confirmado na pasta pela presidente eleita, Dilma Rousseff. Segundo Rossi, a escassez de crédito foi responsável pelo abate de matrizes do gado bovino em 2005, cujos efeitos estão sendo sentidos agora, com o aumento do preço da carne. Rossi disse que o Ministério da Agricultura deve também compatibilizar a política de importação de produtos agrícolas com a produção interna, só comprando do exterior quando tiver necessidade na entressafra. Inicialmente, é o que será feito com o trigo. Rossi garantiu que, nesse processo de modernização da pasta, haverá resposta para “uma reclamação permanente” dos produtores sobre o tempo que leva para o registro de produtos, e a redução de
A safra de grãos em 2011 deverá ser de 145,1 milhões de toneladas, 2,5% menor que a de 2010, de acordo com o segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado no início de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é atribuída pela pesquisa às menores previsões de safra das regiões Sudeste (-1,6%) e Sul (-9%). A pesquisa é feita nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e em mais quatro estados (Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia). Para esta segunda estimativa, feita em novembro, os números levantados foram somados às projeções para as unidades da Federação e para as culturas que, por força do calendário agrícola, não dispunham da primeira estimativa. Entre os seis produtos analisados para a safra de 2011, três apresentam variação positiva em relação à produção de 2010, com destaque
problemas na área da certificação, com a diminuição da burocracia. “Um tema atualíssimo, que agrega valor”, afirmou. O ministro ressaltou que a agricultura convive, em diversas áreas, com situações que levam de oito a dez anos para ser resolvidas. Ao anunciar a realização de um diagnóstico global para revisão de normas, processos, fluxos, ele disse que a imprensa poderá ajudar muito com sugestões. Rossi citou a criação do Fundo Catástrofe, por decreto presidencial, entre as medidas que deram mais segurança aos produtores. “Foi uma iniciativa paralela à politica em vigor de garantia de preço mínimo e ao seguro agrícola, que barateou o custo do seguro para os produtores, pois as seguradoras não precisam cobrir prejuízos nessas situações”. As estatais ligadas à pasta, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), poderão ser afetadas pela polí-
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tica de reformulação do ministério. No entanto, disse Rossi, “elas têm capacidade de resposta e de adaptação mais rápida para conciliar problemas na sua área” e não estão “tão defasadas” quanto o ministério. Na entrevista, o ministro comentou também o texto do novo Código Florestal, que está em tramitação na Câmara. Rossi dá “nota 10” ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mas ressalta que o texto ainda pode sofrer alterações. Para ele, o código não será votado neste ano, devendo entrar, em regime de urgência, no início dos trabalhos legislativos em 2011. De acordo com o ministro, o texto não favorece aumento do desmatamento, nem a redução da área dos biomas, e dá segurança jurídica ao produtor, com mudanças compatíveis com a realidade, para aumento da produção de alimentos com a preservação do meio ambiente. Agência Brasil
para o algodão em caroço (34,3%). O feijão em grão da primeira safra terá uma produção 26% maior, e o arroz em casca um crescimento de 8,2%. A maior queda na previsão de safra é a do amendoim em casca, com 10,9% a menos do que em 2010, seguido do milhão em grão da primeira safra, com uma variação negativa de 7,3%. A soja, com uma produção estimada em 68 milhões 467 mil toneladas em 2011, apresenta uma queda de apenas 0,2% na comparação com 2010. Com relação à área a ser colhida, quatro dos seis produtos pesquisados pelo IBGE apresentam variações positivas, sendo que o algodão em caroço terá uma ampliação de 26,6%. As reduções nas áreas plantadas ou a serem plantadas são as do amendoim em casca (-3,2%) e a do milho (-0,2%). Segundo o IBGE, a melhor cotação, tanto no mercado interno quanto no externo, explica o incremento
da produção do algodão em caroço, com uma previsão para 2011 de 3,9 milhões de toneladas, contra as 2,9 milhões obtidas em 2010. O estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de algodão, aponta um incremento de 33,7% na área a ser plantada e de 45,8% na safra esperada.
cipais culturas – soja, milho e arroz – que somadas respondem por 91% da produção de grãos, a soja registra um acréscimo de 20,2% e o milho de 8,7%, enquanto a produção do arroz caiu 10,3%, no confronto com a safra de 2009. Agência Brasil
COMÉRCIO
PESCADO
Governo entrega 50 caminhões para armazenamento e comercialização de peixe O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) entregou, no início de dezembro, 50 caminhões projetados para armazenamento e comercialização do pescado que atenderão criadores de diversos estados. Os veículos fazem parte do Programa Peixe nos Bairros cujo objetivo, segundo o ministro Altemir Gregolin, é aumentar o consumo de pescado. O investimento foi de R$ 237 mil em cada caminhão, quase R$ 12 milhões no total. “A meta para os próximos anos é chegarmos a 200 veículos distribuídos pelo país. O objetivo é ampliar o consumo e garantir renda para os pescadores. A ideia é eliminar a figura do atravessador, que é quem ganha para levar o peixe do pescador ao comércio fazendo com que o valor do produto que chega ao consumidor seja mais alto. É reduzir o grau de intermediação”. Segundo o ministro, 23 estados serão beneficiados nesta primeira etapa. A seleção dos municípios foi feita por meio de edital, priorizando aqueles com mais habitantes. “Foram selecionados apenas os municípios com mais de 120 mil habitantes. Cada caminhão suporta até 6 toneladas de peixe e serão utilizados não só para o transporte mas também para a venda de pescado”, afirmou Gregolin. O prefeito de São Luís (MA), João Castelo, conta que o veículo irá beneficiar os pescadores mais humildes que comercializam o produto e que também será usado em feiras livres da cidade. “Seremos beneficiados com um veículo. Não acho suficiente pois temos mais de 1 milhão de habitantes para atender e cerca de mil pescadores apenas em São Luís. É um bom avanço mas, sem dúvida, precisamos de mais de um”, pede o prefeito explicando que, antes, o transporte de pescado era feito em caixas de isopor com gelo. “Agora, com essa aquisição, esperamos comercializar de forma correta para que o peixe esteja com mais qualidade, o que garante um produto altamente saudável”, ressaltou Castelo. O prefeito de Porto Velho (RO), Roberto Sobrinho, ressalta que a ação contribui para aumentar a renda dos pescadores da região e, também, aumentar o consumo saudável de peixe. Agência Brasil
O IBGE também divulgou a décima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2010. Os dados de novembro indicam uma produção de 148,8 milhões de toneladas, o que supera em 11,1% os 134 milhões da safra de 2009. Entre as três prin-
Puxado pela agricultura, Brasil cresce para o interior
AVERSA
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HORIZONTE
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SOUZA RAMOS
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VALE CAMINHÕES
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A expansão das cadeias produtivas de carne, grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste e Norte vem aprofundando o processo de interiorização do país na última década. Por outro lado, as cidades do litoral sofrem processo semelhante, graças aos investimentos em atividades ligadas ao turismo, à exploração do petróleo e à logística portuária e aérea. A constatação é da nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, lançado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza informações geográficas sobre o território brasileiro na última década. De acordo com a geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, coordenadora do projeto do IBGE, esses dois movimentos refletem uma redefinição de funções do território, com novas especializações. “O Brasil tem um território imenso, que está crescendo em termos de distribuição da população e de atividades no território, tanto com a interiorização quanto com novas atividades na região costeira, muito em função da geografia do petróleo, do turismo e da revalorização das exportação e da logística de portos e aeroportos. Isso reflete uma refuncionalização do território, com novas especializações”, explicou. O documento destaca, ainda, como consequência da interiorização (caracterizada pela expansão da agropecuária com emprego de máquinas e insumos), um processo de urbanização em reforço à atividade em municípios como Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambos em Mato Grosso. Já como exemplos que evidenciam a litoralização, o Atlas aponta o crescimento de cidades como Macaé e Rio das Ostras, no norte do Rio de Janeiro, onde há extração de petróleo; a explosão demográfica do litoral do Espírito Santo, em função do aumento das atividades industriais e portuárias; e do litoral de Santa Catarina, puxada pelo turismo. A coordenadora do IBGE destacou que os fluxos de migração interestaduais também servem de exemplo da força das grandes cidades e áreas próximas ao litoral na comparação.
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Novembro2010 2010ll JORNAL JORNAL ENTREPOSTO ENTREPOSTO Dezembro
Turismo
Rio das Ostras
união de praia e turismo rural
A história de Rio das Ostras perde-se em meados de 1575, comprovada em relatos de antigos navegadores que passavam por esta região. Situada no Estado do Rio de Janeiro, na Capitania de São Vicente, era habitada pelos índios Tamoios e Goitacases. Antigamente tinha a denominação de Rio Leripe ou Seripe (molusco ou ostra grande). Parte das terras da sesmaria cedida pelo capitão-mor governador Martim de Sá, no dia 20 de novembro de 1630 foi delimitada com dois marcos de pedra, colocados em Itapebuçus e na barreta do rio Leripe, com a insígnia do Colégio dos Jesuítas. Os índios e os jesuítas deixaram suas marcas nas obras erguidas nestes trezentos anos, como o da antiga igreja de Nossa Senhora da Conceição, o poço de pedras e o cemitério, com a ajuda dos índios e dos escravos. O crescimento da cidade deu-se ao redor da igreja, e Rio das Ostras. como rota de tropeiros e comerciantes rumo a Campos e Macaé, teve um progressivo desenvolvimento com a atividade da pesca, que sustentou a economia da cidade até o início dos anos 2000. A construção da rodovia Amaral Peixoto e a expansão turística da Região dos Lagos pela instalação da Petrobras em Macaé foram de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento de Rio das Ostras, que viu sua população
crescer até chegar ao momento de sua emancipação políticoadministrativa, do município de Casimiro de Abreu, em 1992. Hoje, Rio das Ostras é conhecida internacionalmente pelo seu potencial turístico, seus atrativos e cultura, características de um município dinâmico. As 14 praias que desenham sua costa são os atrativos mais procurados pelos turistas que chegam diariamente à cidade. As áreas de preservação do município provam que é possível crescer preservando o meio ambiente. Ilhas, lagoas, o rio das Ostras e o manguezal são verdadeiras maravilhas para os amantes da natureza. Nas áreas preservadas da cidade, o visitante tem a possibilidade de entrar em contato direto com espécies da fauna e da flora nativas, incluindo as áreas da Mata Atlântica. A memória de Rio das Ostras está na essência da cultura dos antigos povos que habitavam a região há milhares de anos. Não por acaso, a exuberância da natureza do município convive em plena harmonia com as melhorias que a cidade vem recebendo nos últimos anos, com os investimentos gerados pelos royalties do petróleo extraído da Bacia de Campos. Considerado um dos melhores destinos da Costa do Sol, Rio das Ostras tem no turismo sua principal atividade econômi-
ca. De fácil acesso e localizada a 170 quilômetros da capital do Estado do Rio de Janeiro, a cidade, com seus 28 quilômetros de litoral, possui mais de 90 mil habitantes e tem como municípios vizinhos Macaé e Casimiro de Abreu.
Pontos Turísticos Parque dos Pássaros: ocupa uma área preservada de oito hectares de formações úmidas e mata de restinga, povoada por uma rica fauna característica da Mata Atlântica. Os visitantes podem percorrer suas belas trilhas, observar os pássaros e a vegetação. Há a possibilidade de conhecer o interior do viveiro, às sextasfeiras, numa visita guiada por biólogos. O parque é também um campo permanente para pesquisa científica orientada ao reconhecimento e sobrevivência da biodiversidade. Monumento dos Costões Rochosos: é uma extensa faixa de rochas compreendida entre a praia da Joana e a praça da Baleia. Foi transformada em reserva ecológica pela prefeitura e possui grande riqueza de fauna e flora, além de uma bela vista do nascer do sol. Praça da Baleia: esta área de lazer e contemplação abriga a escultura de uma baleia jubarte com 20 metros de comprimento de estrutura metálica, recoberta com chapas de bronze e liga de latão. É de autoria do artista plástico Roberto Sá,
conhecido internacionalmente por suas esculturas hiper realistas. Esta é a maior homenagem a um cetáceo no mundo. Píer de Costazul: avança 200 metros para dentro da praia e, além de permitir a observação de uma linda paisagem, é o novo ponto para pesca de caniço. De lá o visitante pode ver a paisagem de Costazul por um outro ângulo: de dentro do mar. Orla de Costazul: conta com área de lazer e preservação, com ciclovia, academia de ginástica ao ar livre, quiosques, playgrounds e 15 mil m² de área de restinga preservada. Ponte Estaiada: A ponte sobre o rio das Ostras, com sua arquitetura futurista, é um dos cartões-postais da cidade. Inaugurada em 2007, a ponte ganhou uma iluminação diferenciada assinada por Peter Gasper, um dos maiores especialistas do país. Rio das Ostras e Manguezal: O rio que deu origem ao nome da cidade possui 15 quilômetros de extensão e em conjunto com o manguezal, que hoje é área de proteção ambiental, abriga um dos principais ecossistemas do município e da região, com grande diversidade de fauna e flora. Parque Municipal: Horto florestal com vegetação preservada da Mata Atlântica. Oferece informações de plantas e pos-
sui grande variedade de mudas ornamentais, medicinais e silvestres.
Turismo Rural Rio das Ostras é um dos únicos municípios turísticos no país que oferece ao turista a associação entre o mar e campo. No circuito ecorrural da cidade é possível admirar outras paisagens. Há campos, montanhas, lagos e um “jeito da roça” capaz de encantar a todos. Fica bem pertinho da cidade, em Cantagalo. Neste circuito, o visitante tem à disposição áreas de lazer, pousadas, pesqueiros, passeios por trilhas ecológicas, arvorismo, haras, criação de diversos animais de fazenda e a feirinha que comercializa produtos comestíveis locais e artesanato.
Cultura e História Casa de Cultura Bento Costa Jr: o imóvel, considerado uma das mais antigas construções de Rio das Ostras, guarda em seu interior histórias significativas de uma pequena vila de pescadores. O local é classificado como patrimônio histórico e cultural da cidade. Museu de Sitio Arqueológico Sambaqui da Tarioba: abriga uma exposição permanente de peças catalogadas por época, origem e denominação pelo Instituto de Arqueologia Brasileira, em reconstituição da pré-história da região. Possui
uma área escavada com restos de esqueletos e exposição de objetos que caracterizam a ocupação de uma antiga civilização estimada entre dois mil e quatro mil anos. O termo sambaqui é de origem tupi-guarani e significa acúmulo de conchas Poço de Pedras: construído pelos escravos em meados do século 18, serviu como marco para a construção da cidade. Registros históricos indicam que o poço era utilizado pelos antigos navegadores que cruzavam a Baía Formosa e aportavam no cais do morro do Limão (atual Iate Clube) para que a tripulação pudesse obter água potável. Centro Ferroviário de Cultura: funciona na antiga estação ferroviária de Rocha Leão. Sua construção, utilizando mão-deobra escrava, foi concluída em 1887. As paredes, em blocos de pedra bruta, fixadas com estrume, mantêm até hoje o ar bucólico da época..
Serviço: www.riodasostras.com.br Ostratur Viagens e Turismo: (22) 2764-5858 / 2760-3322 e ostratur@ostratur.com.br Tropical Viagens e Turismo: (22) 2760-4544 e tropical_ro@hotmail.com Secretaria de Turismo: (22) 2764-634 / 2764-6885