Jornal Entreposto | Novembro de 2010

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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

São Paulo, novembro de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 126 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Veículos híbridos e elétricos foram as grandes novidades apresentadas em 2010

S

Vem aí o Guia dos mercados municipais de São Paulo Pág. A6

Salão do Automóvel de São Paulo Confira fotos exlcusivas

D2

Verão eleva vendas de frutas na Ceagesp

Sobrevalorização do real também favorece comércio de produtos importados no entreposto da capital O aumento do fluxo de veículos e compradores no Entreposto Terminal de São Paulo traduz a efervescência do mercado em sua melhor época.

O verão e as ceias de Natal e da virada do ano elevam a procura por alimentos frescos na Ceagesp, maior central atacadista da América Latina.

SUSTENTABILIDADE

Segundo dados da seção de economia e desenvolvimento da companhia, a quantidade de frutas ofertadas no entreposto da capital deverá crescer 5% este ano.

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QUALIDADE

Pesquisa relaciona plantio direto com melhoria da qualidade da água Pág. C2

Código conecta produtor ao consumidor pelo celular e pode ser aliado do agronegócio

Pág. B1

A embalagem de madeira para frutas e hortaliças frescas

Pág. B2

Estudo avalia relacionamento entre Brasil recicla 98,2% das latas de alumínio vendidas supermercados e consumidores

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Pág. C4

* Preço de referência do mês de outubro l 2010 - Expectativa para novembro l 2010

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R$ 6,36

BAIXA

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R$ 41,99

ESTÁVEL

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CX K

Ameixa

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R$ 3,77

ESTÁVEL


A2

Novembro 2010 l

JORNAL ENTREPOSTO FOTO: PAULO FERNANDO

COMERCIALIZAÇÃO

Fim de ano eleva expectativa de vendas na Ceagesp Volume de frutas comercializadas no ETSP crescerá 5% em dezembro, calcula economista Paulo Fernando De São Paulo As ceias de Natal e da virada do ano são sinônimos de fartura. Na mesa dessas festas em que reunimos familiares e amigos, não podem faltar carnes de aves nobres, suínos, peixes e frutas. Por sinal, muitas frutas, tanto as desidratadas quanto as in natura. A época, portanto, impulsiona o comércio de alimentos no Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina. Nesse período, o movimento de compradores e veículos chega a aumentar 25%. Os congestionamentos são constantes e o corre-corre não para. Nos varejões da empresa, o fluxo de consumidores também aumenta consideravelmente. “Para fazer uma boa festa e ter uma mesa farta e completa, é preciso pôr a mão no bolso”, diz o empresário Nilthon Fernandes, habitué da feira noturna realizada às quartas-feiras no ETSP.

Segundo dados da seção de economia e desenvolvimento da estatal, a quantidade de frutas ofertadas em dezembro no atacado do entreposto da capital deverá crescer 5% este ano, em relação ao mesmo período de 2009. A sobrevalorização do real também elevará, novamente, a oferta de produtos importados no Entreposto de São Paulo. A análise é do economista-chefe companhia, Flávio Godas, para quem o aumento da quantidade de frutas ofertadas manterá os preços estáveis, apesar da procura maior. No ranking das mais vendidas em termos de toneladas, as dez primeiras variedades corresponderam a 73,1% de todo o comércio de frutas na Ceagesp em dezembro do ano passado. Foram elas a laranja, melancia, maçã, mamão, manga, abacaxi, uva, pêssego, limão e melão. Já ranking por volume financeiro, figuraram a maçã, uva, laranja, pêra, pêssego, mamão, ameixa, manga, cereja e abacaxi. As vendas dessas frutas corresponderam, em dezembro do ano passado, a 69,6% fluxo financeiro do mercado, ou seja, cerca de R$ 170 milhões. “As expectativas para este fim de ano são excelentes. A demanda interna elevada, somada ao efeito do dólar baixo, favorecerá o fechamento de mais negócios nesse período”, analisa Godas.

Elaboração de suco de uva anima produtores no Vale do Submédio São Francisco A elaboração de suco de uva é a nova alternativa de renda para os produtores do Vale do São Francisco, no Nordeste brasileiro, que hoje enfrentam problemas com a desvalorização do dólar, a irregularidade das chuvas e o aumento do custo da produção de uvas de mesa. Para dar suporte a essa mudança, pesquisadores da Embrapa Semiárido (Petrolina – PE) e da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves – RS) estão desenvolvendo métodos para elaborar o suco de uva a partir de processos industriais mais rápidos e durante o ano inteiro. De acordo com o pesquisador na área de enologia Giuliano Elias Pereira, da Embrapa Uva e Vinho/Semiárido, o suco de uva permite um retorno financeiro mais rápido para o produtor. “Enquanto o vinho precisa esperar todo o processo fermentativo e de estabilização, que dura para os vinhos mais rápidos no mínimo 50 a 60 dias, para os vinhos jovens, podendo chegar a até 2 anos para os vinhos

de guarda, o suco é elaborado e está pronto para o consumidor em cerca de quatro ou cinco horas após o recebimento da uva”, destaca. Mesmo sendo experimental, o processo de elaboração de sucos tropicais já atraiu a atenção de pequenos, médios e grandes produtores da região, que poderão utilizar o espaço e os equipamentos da Embrapa Semiárido para processar o suco. “A idéia é realizar pesquisas científicas e ao mesmo tempo prestar serviços em parceria com os pequenos, médios e grandes proprietários. A ideia é mostrar que, se organizados, eles poderão trabalhar em sistema de associação ou cooperativa”, enfatiza Pereira. Para montar esse espaço de processamento do suco de uva, será necessário um investimento de pelo menos R$ 300 mil em equipamentos e instalações, o suficiente para produzir cerca de 1,5 mil litros por dia. Cultivares O pesquisador da Embra-

pa explica que a elaboração de suco poderá ocorrer o ano inteiro devido ao fato de as variedades de uva utilizadas na região, Vitis labrusca, serem mais tolerantes à chuva que as uvas Vitis vinifera L., usadas para uva de mesa e para a elaboração de vinhos finos. Atualmente, as principais cultivares utilizadas para a produção de suco no Vale do Submédio São Francisco são a Isabel Precoce, BRS Cora e a BRS Rúbea, desenvolvidas pela Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves – RS). Outras variedades, como a BRS Carmem e a BRS Violeta, têm apresentado resultados promissores na região e também serão avaliadas. A cultivar mais plantada pelos produtores locais é a Isabel Precoce, que apresenta as características gerais da cultivar Isabel, porém com maturação antecipada em cerca de 33 dias. Ela apresenta relativa susceptibilidade ao míldio da videira (Plasmopara viticola), à requeima (Alternaria sp) e à ferrugem (Phakopsora euvitis), mas comporta-se

bem em relação à antracnose (Elsinoe ampelina) e ao oídio (Uncinula necator). Com produtividade na faixa de 25 a 30 t/ha, o mosto da Isabel Precoce apresenta 18O a 20O Brix e coloração mais intensa do que a coloração de sua forma original. A BRS Cora, também muito utilizada pelos produtores da região, é altamente fértil, normalmente com mais de dois cachos por broto, o que determina um alto potencial produtivo. É uma variedade de ciclo médio, entre 130 e 140 dias em regiões tropicais, dependendo da época do ano. Em plena maturação, apresenta agradável sabor, típico das labruscas, e mosto intensamente colorido, com teor de açúcar entre 18O e 20O Brix e pH na faixa de 3,45. O controle de míldio, ferrugem e requeima deve ser preventivo, tendo em conta sua relativa susceptibilidade. Já a BRS Rúbea apresenta intensa cor violácea e características de aroma e sabor de alta qualidade para suco de uva. É uma cultivar vigorosa,

medianamente produtiva e resistente às principais doenças fúngicas, como antracnose, míldio, oídio e podridões do cacho. Sua principal qualidade é a intensa coloração do mosto, que contribui para a melhoria de qualidade de vinhos e sucos elaborados com outras uvas. A BRS Violeta, por sua vez, é uma cultivar híbrida complexa que apresenta as características gerais das uvas labruscas. Apresenta vigor moderado e hábito de crescimento determinado, naturalmente interrompido antes do início de maturação da uva. Adapta-se bem tanto ao Sul, sob condições de clima temperado e subtropical, como em regiões tropicais. É uma cultivar precoce e de alta fertilidade, normalmente com dois cachos por broto. Em condições normais de cultivo atinge 25 t a 30 t/ha de uvas com 19O a 21OBrix, dependendo das condições climáticas de cada safra. No caso da BRS Carmem, trata-se de uma cultivar vigo-

rosa e de ciclo tardio, com exuberante desenvolvimento vegetativo, característica que facilita a formação das plantas no ano do plantio. Apresenta alta fertilidade de gemas, normalmente com dois cachos por ramo. A cultivar apresenta boa resistência ao míldio, ao oídio e à podridão cinzenta do cacho (Botrytis cinerea). Em plena maturação, apresenta sabor agradável, com teor de açúcar em torno de 19O Brix e pH na faixa de 3,60. A BRS Carmem origina suco de cor violácea intensa, que pode ser consumido puro ou utilizado em corte com suco de outras cultivares, aportando-lhes cor, aroma e sabor. Mudas e gemas dessas e de outras cultivares, bem como estacas de porta-enxertos, podem ser adquiridas de viveiristas licenciados ou da própria Embrapa. Informações e reservas no site do Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campinas: http://www. campinas.snt.embrapa.br/seresmap/uvas/.


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JORNAL ENTREPOSTO

Orgânicos Mercado de produtos orgânicos mira Copa no Brasil para crescer Evento realizado em São Paulo reuniu agentes da agricultura sustentável e debateu estratégias para fomentar um mercado que registra crescimento de 20% ao ano No Ano Internacional da Biodiversidade promovido pelas Organizações das Nações Unidas, a Biofach América Latina, maior evento de agricultura orgânica do mundo, realizada no início do mês na capital paulista, atraiu quase seis mil visitantes interessados em conhecer as tendências de um mercado que cresce cerca de 20% ao ano. Entre os temas abordados durante a feira, a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e a Lei de Produtos Orgânicos (leia na página seguinte), prevista para entrar em vigor a partir de janeiro do próximo ano, ganharam destaque por parte de visitantes e debatedores. “Através deste evento, vemos o quanto o Brasil inova e ousa. Inova quando cria uma lei que contempla que 30% da merenda escolar deve vir da agricultura familiar; e quando propõe, para 2014, uma Copa do Mundo com produtos orgânicos e sustentáveis”, disse a diretora do Planeta Orgânico e co-organizadora da BioFach América Latina, Maria Beatriz Martins Costa durante a cerimônia de abertura do evento. “O Brasil está incorporando a questão de sustentabilidade, mas ainda há desafios imensos. Nosso compromisso

é melhorar a vida do homem – com a floresta em pé e a natureza preservada”, disse o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo Campos. Ele lembrou que o órgão trouxe 48 empreendimentos a São Paulo, que representam 24 mil famílias de agricultores. Campos destacou a criação da Praça da Sociobiodiversidade, espaço que congregou 38 empreendimentos da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Projeto do Plano Nacional da Sociobiodiversidade de promoção comercial para os produtos da biodiversidade brasileira, o espaço reuniu os próprios produtores a São Paulo, que puderam expor produtos, vender e fechar parcerias. A iniciativa também foi elogiada por José Machado, secretário- executivo do Ministério do Meio Ambiente. “A Praça vai trazer para o debate a perspectiva de vida dos agricultores que precisam ter o apoio da sociedade. Estamos aqui porque apoiamos decisivamente o setor de orgânicos e confiamos que o novo governo vai continuar implementando as políticas públicas voltadas para o planejamento integrado e a gestão de recursos naturais.”

Copa sustentável A Copa do Mundo, que será realizada em 12 cidadessedes, será responsável por exibir ao mundo os atrativos, não só turísticos, do Brasil. De olho nessa oportunidade o Consórcio Orgânico e Sustentável - formado pelo Planeta Orgânico, IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional e o Projeto IPD-Organics Brasil - trouxe a São Paulo o coordenador da Câmara Temática Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa 2014, vinculada ao Ministério do Esporte, Claudio Langone. Ele afirmou que os organizadores da Copa trabalham com a ideia de que o país tem condições de oferecer para determinados nichos do torneio mundial produtos orgânicos e sustentáveis, certificados, com origem claramente identificada. “Precisamos pensar em políticas que sejam estruturantes, que não só apresentem um bom desempenho no período da Copa, mas que deixem um legado. Nossas iniciativas devem ser perceptíveis porque é uma oportunidade de mostrar que o Brasil está preocupado com tema da sustentabilidade”, disse. Segundo Langoni, essas ações incluem

JORNAL ENTREPOSTO l Novembro 2010

aumentar a produção de orgânicos e oferecê-los a um preço menor a organizar uma rede de feiras, suprir mais os supermercados, oferecer cardápios orgânicos em hotéis e restaurantes. O executivo também afirmou que, até o final deste ano, começará a trabalhar com sua equipe na instalação das câmaras de Meio Ambiente nas 12 cidades-sedes. “Teremos ainda uma segunda etapa, em que vamos conversar com o setor privado, como parceiros e executores”. Segundo a diretora de comunicação e projeto da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, Herminia Sica de Moraes, o trabalho deve ser iniciado até o primeiro trimestre do próximo ano e a expectativa é que sirva para impulsionar o mercado de produtos orgânicos no Brasil. “Esperamos, com isso, impulsionar o mercado de orgânicos brasileiro, que hoje está na ordem de R$ 400 milhões. Esperamos dobrar isso até a Copa do Mundo”, afirmou.

Legislação Outro tema amplamente discutido durante a Biofach foi a regulamentação da Lei de Produtos Orgânicos, que passa a vigorar em janeiro em 2011. “Ela será importantíssima porque todas as certificadoras terão de trabalhar no mesmo nível – e hoje isso ainda não acontece. Para o consumidor, a maior diferença virá por meio do selo nacional de orgânicos. Isso dará a ele a garantia de que pode confiar naquele produto”, lembrou o diretor da IBD Certificações, José Pedro Santiago, Claudio Langone também falou da importância da certificação de orgânicos, um “desafio” sobretudo para os pequenos produtores, e da regulamentação da Lei de Orgânicos: “A consolidação da Lei, o cadastramento dos produtores e a organização do sistema de certificação são centrais para a nossa estratégia. O que precisa ficar claro no caso dos orgânicos é que, ou nos preparamos para um ciclo crescente, ou não vai haver engajamento”.

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Governo quer incentivar produtores de orgânicos

Prazo para regulamentação de orgânicos termina em dezembro Produtores têm até o final do ano para se adequar às novas regras de produção

O setor de orgânicos terá regulamentação do governo federal a partir do próximo ano. Os produtores têm até 31 de dezembro para se adaptar às normas previstas pelo Decreto nº 7.048/2009, específicas para produção e comercialização de orgânicos, que incluem armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscalização. O produtor que cumprir as novas regras receberá o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. Segundo o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, a legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Organizações de várias unidades da federação já solicitaram processo de regularização ao ministério. Segundo Rogério Dias, os interessados podem obter informações sobre legislação, cartilhas educativas para adequação aos novos regulamentos, formulários para cadastros e credenciamento no hot site prefira orgânicos e nas representações estaduais do ministério.

Os produtos e ingredientes orgânicos devem receber cuidados para assegurar sua qualidade. O coordenador sugere que sejam tomadas providências, como proteger os produtos orgânicos para que não se misturem com materiais e substâncias não permitidas, cumprir as exigências das legislações específicas e identificá-los para venda avulsa e por atacado. O sistema orgânico de produção agropecuária conta com técnicas específicas, que dão prioridade ao uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e respeitam a integridade cultural da comunidade. O método busca sustentabilidade econômica e ecológica, maximizando os benefícios sociais, diminuindo a dependência de energia não renovável, empregando, sempre que possível, métodos biológicos e mecânicos, evitando o uso de materiais sintéticos. “A agricultura orgânica brasileira está caminhando para conquistar um mercado expressivo no país e no mundo”, afirma Rogério Dias. Segundo ele, a regulamentação é importante para a consolidação do setor e universalização dos orgânicos no Brasil.

“A redução de impostos e pagamentos por serviços ambientais, além de incentivos governamentais ao produtor de orgânicos são algumas formas de reduzir gastos e fomentar o setor”, afirmou o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, em palestra durante a BioFach América Latina. Segundo ele, esse é um tema que surge agora na pauta de discussões do setor, que busca, por meio de redução nas questões tributarias e fiscais, reduzir os gastos do agricultor. “Queremos que o produto orgânico tenha preços mais competitivos e que seja permitida a universalização do acesso”, destaca Dias. Ele conta que esse desafio foi colocado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em café da manhã orgânico promovido por representantes do setor, no Palácio do Planalto, há quatro meses. “Uso as palavras do nosso presidente: temos que buscar medidas fiscais e tributarias que permitam o

acesso de toda a população aos produtos orgânicos, dos mais ricos ao mais pobres”. Para Rogério, esse é o início das discussões, que será útil para que empresários e governo comecem a pensar não só em como baixar tributos, mas como também colocar a questão de pagamento por serviços ambientais, que podem ser reduzidos. “Já existem iniciativas, não só no Brasil, mas em outros países, e às vezes são pequenas medidas como essas que podem ser adotadas, trazendo resultados bastante positivos”. A questão da assistência técnica também é importante e pode ser reforçada com profissionais do governo federal capacitados a levar informações da agricultura orgânica aos produtores, pois, hoje, é um dos grandes desafios para o crescimento do setor. “Aí entra o papel de órgãos, como os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, que têm recursos e já vêm investindo em capacitações de produtores”, conclui Dias.


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Orgânicos Mercado de produtos orgânicos mira Copa no Brasil para crescer Evento realizado em São Paulo reuniu agentes da agricultura sustentável e debateu estratégias para fomentar um mercado que registra crescimento de 20% ao ano No Ano Internacional da Biodiversidade promovido pelas Organizações das Nações Unidas, a Biofach América Latina, maior evento de agricultura orgânica do mundo, realizada no início do mês na capital paulista, atraiu quase seis mil visitantes interessados em conhecer as tendências de um mercado que cresce cerca de 20% ao ano. Entre os temas abordados durante a feira, a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e a Lei de Produtos Orgânicos (leia na página seguinte), prevista para entrar em vigor a partir de janeiro do próximo ano, ganharam destaque por parte de visitantes e debatedores. “Através deste evento, vemos o quanto o Brasil inova e ousa. Inova quando cria uma lei que contempla que 30% da merenda escolar deve vir da agricultura familiar; e quando propõe, para 2014, uma Copa do Mundo com produtos orgânicos e sustentáveis”, disse a diretora do Planeta Orgânico e co-organizadora da BioFach América Latina, Maria Beatriz Martins Costa durante a cerimônia de abertura do evento. “O Brasil está incorporando a questão de sustentabilidade, mas ainda há desafios imensos. Nosso compromisso

é melhorar a vida do homem – com a floresta em pé e a natureza preservada”, disse o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo Campos. Ele lembrou que o órgão trouxe 48 empreendimentos a São Paulo, que representam 24 mil famílias de agricultores. Campos destacou a criação da Praça da Sociobiodiversidade, espaço que congregou 38 empreendimentos da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Projeto do Plano Nacional da Sociobiodiversidade de promoção comercial para os produtos da biodiversidade brasileira, o espaço reuniu os próprios produtores a São Paulo, que puderam expor produtos, vender e fechar parcerias. A iniciativa também foi elogiada por José Machado, secretário- executivo do Ministério do Meio Ambiente. “A Praça vai trazer para o debate a perspectiva de vida dos agricultores que precisam ter o apoio da sociedade. Estamos aqui porque apoiamos decisivamente o setor de orgânicos e confiamos que o novo governo vai continuar implementando as políticas públicas voltadas para o planejamento integrado e a gestão de recursos naturais.”

Copa sustentável A Copa do Mundo, que será realizada em 12 cidadessedes, será responsável por exibir ao mundo os atrativos, não só turísticos, do Brasil. De olho nessa oportunidade o Consórcio Orgânico e Sustentável - formado pelo Planeta Orgânico, IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional e o Projeto IPD-Organics Brasil - trouxe a São Paulo o coordenador da Câmara Temática Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa 2014, vinculada ao Ministério do Esporte, Claudio Langone. Ele afirmou que os organizadores da Copa trabalham com a ideia de que o país tem condições de oferecer para determinados nichos do torneio mundial produtos orgânicos e sustentáveis, certificados, com origem claramente identificada. “Precisamos pensar em políticas que sejam estruturantes, que não só apresentem um bom desempenho no período da Copa, mas que deixem um legado. Nossas iniciativas devem ser perceptíveis porque é uma oportunidade de mostrar que o Brasil está preocupado com tema da sustentabilidade”, disse. Segundo Langoni, essas ações incluem

JORNAL ENTREPOSTO l Novembro 2010

aumentar a produção de orgânicos e oferecê-los a um preço menor a organizar uma rede de feiras, suprir mais os supermercados, oferecer cardápios orgânicos em hotéis e restaurantes. O executivo também afirmou que, até o final deste ano, começará a trabalhar com sua equipe na instalação das câmaras de Meio Ambiente nas 12 cidades-sedes. “Teremos ainda uma segunda etapa, em que vamos conversar com o setor privado, como parceiros e executores”. Segundo a diretora de comunicação e projeto da IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional, Herminia Sica de Moraes, o trabalho deve ser iniciado até o primeiro trimestre do próximo ano e a expectativa é que sirva para impulsionar o mercado de produtos orgânicos no Brasil. “Esperamos, com isso, impulsionar o mercado de orgânicos brasileiro, que hoje está na ordem de R$ 400 milhões. Esperamos dobrar isso até a Copa do Mundo”, afirmou.

Legislação Outro tema amplamente discutido durante a Biofach foi a regulamentação da Lei de Produtos Orgânicos, que passa a vigorar em janeiro em 2011. “Ela será importantíssima porque todas as certificadoras terão de trabalhar no mesmo nível – e hoje isso ainda não acontece. Para o consumidor, a maior diferença virá por meio do selo nacional de orgânicos. Isso dará a ele a garantia de que pode confiar naquele produto”, lembrou o diretor da IBD Certificações, José Pedro Santiago, Claudio Langone também falou da importância da certificação de orgânicos, um “desafio” sobretudo para os pequenos produtores, e da regulamentação da Lei de Orgânicos: “A consolidação da Lei, o cadastramento dos produtores e a organização do sistema de certificação são centrais para a nossa estratégia. O que precisa ficar claro no caso dos orgânicos é que, ou nos preparamos para um ciclo crescente, ou não vai haver engajamento”.

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Governo quer incentivar produtores de orgânicos

Prazo para regulamentação de orgânicos termina em dezembro Produtores têm até o final do ano para se adequar às novas regras de produção

O setor de orgânicos terá regulamentação do governo federal a partir do próximo ano. Os produtores têm até 31 de dezembro para se adaptar às normas previstas pelo Decreto nº 7.048/2009, específicas para produção e comercialização de orgânicos, que incluem armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscalização. O produtor que cumprir as novas regras receberá o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica. Segundo o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, a legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos: a certificação, os sistemas participativos de garantia e o controle social para a venda direta sem certificação. Organizações de várias unidades da federação já solicitaram processo de regularização ao ministério. Segundo Rogério Dias, os interessados podem obter informações sobre legislação, cartilhas educativas para adequação aos novos regulamentos, formulários para cadastros e credenciamento no hot site prefira orgânicos e nas representações estaduais do ministério.

Os produtos e ingredientes orgânicos devem receber cuidados para assegurar sua qualidade. O coordenador sugere que sejam tomadas providências, como proteger os produtos orgânicos para que não se misturem com materiais e substâncias não permitidas, cumprir as exigências das legislações específicas e identificá-los para venda avulsa e por atacado. O sistema orgânico de produção agropecuária conta com técnicas específicas, que dão prioridade ao uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e respeitam a integridade cultural da comunidade. O método busca sustentabilidade econômica e ecológica, maximizando os benefícios sociais, diminuindo a dependência de energia não renovável, empregando, sempre que possível, métodos biológicos e mecânicos, evitando o uso de materiais sintéticos. “A agricultura orgânica brasileira está caminhando para conquistar um mercado expressivo no país e no mundo”, afirma Rogério Dias. Segundo ele, a regulamentação é importante para a consolidação do setor e universalização dos orgânicos no Brasil.

“A redução de impostos e pagamentos por serviços ambientais, além de incentivos governamentais ao produtor de orgânicos são algumas formas de reduzir gastos e fomentar o setor”, afirmou o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, em palestra durante a BioFach América Latina. Segundo ele, esse é um tema que surge agora na pauta de discussões do setor, que busca, por meio de redução nas questões tributarias e fiscais, reduzir os gastos do agricultor. “Queremos que o produto orgânico tenha preços mais competitivos e que seja permitida a universalização do acesso”, destaca Dias. Ele conta que esse desafio foi colocado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em café da manhã orgânico promovido por representantes do setor, no Palácio do Planalto, há quatro meses. “Uso as palavras do nosso presidente: temos que buscar medidas fiscais e tributarias que permitam o

acesso de toda a população aos produtos orgânicos, dos mais ricos ao mais pobres”. Para Rogério, esse é o início das discussões, que será útil para que empresários e governo comecem a pensar não só em como baixar tributos, mas como também colocar a questão de pagamento por serviços ambientais, que podem ser reduzidos. “Já existem iniciativas, não só no Brasil, mas em outros países, e às vezes são pequenas medidas como essas que podem ser adotadas, trazendo resultados bastante positivos”. A questão da assistência técnica também é importante e pode ser reforçada com profissionais do governo federal capacitados a levar informações da agricultura orgânica aos produtores, pois, hoje, é um dos grandes desafios para o crescimento do setor. “Aí entra o papel de órgãos, como os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, que têm recursos e já vêm investindo em capacitações de produtores”, conclui Dias.


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JORNAL ENTREPOSTO

Jornal Entreposto lança guia dos mercados municipais Uma ferramenta que visa facilitar o acesso a potenciais compradores e garantir informação direta com economia de tempo Em dezembro o Grupo de Mídia Entreposto lança o Guia Mercado Paulista, uma publicação de busca e orientação para compradores dos mercados municipais de São Paulo. A edição vem recheada de informações práticas para que o leitor se oriente sobre a linha de produtos comercializados nestes importantes entrepostos, estimulando a consulta e a escolha. É uma publicação que vai falar das coisas que realmente interessam para o setor de gastronomia e negócios relacionados. “Estamos dando um grande passo na dinamização deste segmento e contruindo uma nova mídia de acesso profissional capaz de atender aos usuários dos mercados”, comenta José Felipe G. de Jesus, diretor comercial do Guia Mercado Paulista.

O que são os mercados municipais Os mercados municipais são importantes entrepostos comerciais de atacado e varejo, especializados principalmente na comercialização de frutas, verduras, cereais, carnes, temperos e outros produtos alimentícios. Os mercados ainda oferecem serviços de apoio como tabacaria, restaurantes e lanchonetes, entre outros. O mais conhecido é o Mercadão, inaugurado em 1933 para atender a crescente evolução da cidade de São Paulo. Totalmente reformado em 2004, o Mercadão tornou-se um ponto de encontro dos paulistanos e referência para as compras de ingredientes gastronômicos. Entre os produtos mais procurados estão os peixes, bacalhau, cortes especiais de carnes, queijos e embutidos, frutas selecionadas (nacionais, importadas e exóticas), azeites e vinhos

Apresentação O Guia Mercado Paulista será impresso no formato pocket para facilitar o seu manuseio durante as compras, a tiragem inicial é de 10 mil exemplares e parte disso será distribuída gratuitamente para profissionais e empresas do setor de culinária e gastronomia, e o restante disponibilizado para vendas nos principais mercados da cidade.

Informações Para obter o Guia Mercado Paulista entre em contato com o Jornal Entreposto pelo telefone 11 3831.4875 e saiba mais detalhes.

Projeto gráfico e editorial arrrojados que buscam dinamizar e criar conforto ao leitor

Com o carinhoso apelido de Mercadão, o Mercado Municipal Paulistano, principal entreposto, situa-se na região central da cidade. Projetado pelo escritório do famoso arquiteto Ramos de Azevedo, com as fachadas desenhadas por Felisberto Ranzini, tinha a função de abrigar os comerciantes da região central da cidade que vendiam seus produtos ao ar livre.


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FOTOS: PAULO FERNANDO

GASTRONOMIA

Chef Ivair Félix comemora 1 ano no Rancho Silvestre De volta à hotelaria, cozinheiro que resgatou a tradição da sopa de cebola da Ceasa segue inovando a alta gastronomia Paulo Fernando De São Paulo Depois de nove anos no comando da cozinha do Clube Alto dos Pinheiros, na zona oeste da capital, o renomado chef Ivair Félix está completando um ano no Hotel Rancho Silvestre, em Embu das Artes. Aos 45 anos de idade, o cozinheiro que resgatou a tradição da sopa de cebola no primeiro festival promovido pela Ceagesp, em 2008, continua inovando, agora com mais liberdade criativa, como ele mesmo afirma. No luxuoso e aconchegante hotel recém-revitalizado da Grande São Paulo, conhecido por sediar grandes eventos corporativos e festas familiares de requinte e bom gosto, o chef que já passou por diversas casas reconhecidas da capital não dispensa os ingredientes frescos comercializados diariamente no Entreposto de São Paulo e no Mercado Central. “Adoro ir à Ceagesp e ao Mercadão”, revela. Para aproveitar melhor seus 20 hectares de Mata Atlântica, o Rancho Silvestre está reativando sua horta orgânica. “Mas os ingredientes oriundos desses dois importantes mercados são indispensáveis à alta gastronomia”, acrescenta. Em entrevista concedida num dos amplos e confortáveis restaurantes da casa ao Jornal Entreposto, o cozinheiro paulistano que assinará o cardápio do próximo Festival de Sopas da Ceagesp revelou detalhes da nova fase profissional. Jornal Entreposto – Que novidades você incorporou à sua gastronomia depois de deixar o Alto dos Pinheiros? Chef Ivair Felix – Estou adicionando aos meus pratos muitos ingredientes que eu não usava no clube, como o pinhão. Aqui, preparo um fantástico pernil de cordeiro recheado com essa semente. Também estou preparando muitas carnes exóticas. Como o Rancho tem um serviço mais voltado para resort, tenho mais liberdade para ampliar a dimensão do meu trabalho na cozinha, criando novos pratos. Aqui, as sugestões também são bem

aceitas. Continuo recebendo diversas propostas de outras casas, mas em Embu tenho contato direto com a natureza e fico perto dos meus amigos e familiares. JE – Quais são os evento mais comuns realizados no Rancho Silvestre? Chef Ivair – Fazemos eventos corporativos para grandes montadoras, concessionárias de veículos, bancos e outras companhias, nos quais atendemos, em média, 3,5 mil pessoas. Existem grupos de empresas que passam até uma semana aqui. Também fazemos pacotes familiares. No reveillon, temos capacidade para atender 1,5 mil pessoas. E o intuito da diretoria é crescer ainda mais. O hotel está completando 40 anos e agregando pessoas novas para ampliar o atendimento nessa área. JE – Quais são as culinárias do hotel? Chef Ivair – Nossa cozinha é bastante diversificada, depende da empresa, do evento que estiver acontecendo. Mas em relação à comida brasileira, temos pratos da Bahia, Ceará, Minas Gerais, do Sul, enfim, de todas a regiões do país. Quando falamos de comida brasileira, normalmente a pessoa lembra mais do leitão a pururuca, da feijoada. Mas a cozinha nacional vai muito além. Temos, aqui, o pirarucu de casaca da Amazônia. Da Bahia, servimos acarajé, vatapá, caruru e paçoca de carne seca. De Sergipe, vem o bode. De Pernambuco, temos a moqueca de caranguejo. Do Sul, servimos o tradicional churrasco gaúcho. Então, quando eu vou fazer um cardápio brasileiro, eu penso em todos os pratos brasileiros e vou aperfeiçoando-os. Para variar e não deixar o cardápio cansativo, também trabalhamos com comida alemã, árabe, espanhola, japonesa e de outras nacionalidades. Mas tudo isso sem mudar o paladar da comida caseira. Queremos que o hóspede se sinta almoçando em casa. E sempre aceitamos sugestões e críticas. O nosso alvo é o cliente e sempre nos adequamos a ele. JE – E como é a rotina da cozinha do Rancho? Chef Ivair – Aqui, precisamos

ser bastante versáteis. Hoje, por exemplo, temos churrasco, os restaurantes estão abertos, há confraternizações de empresas e eventos infantis. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo. Por isso, a versatilidade e o trabalho em conjunto são muito importantes. Felizmente, tenho uma equipe muito boa, de excelente nível, à minha disposição. JE – Quantos colaboradores integram sua equipe? Chef Ivair – Sem contar os maîtres e garçons, temos 25 membros em nossa equipe. Em breve, vamos abrir o serviço de quarto na madrugada. Temos por volta de 108 apartamentos, mas já existe um projeto de expansão. Serão construídas mais 50 unidades, pois a procura está crescendo, devido à nossa localização. O acesso ao hotel, um dos melhores da região, é muito fácil. Estamos ao lado do Rodoanel, entre a Raposo Tavares e a Régis Bittencourt.

Aos 45 anos, Ivair Félix renovou os ares de sua carreira em Embu das Artes

JE – A produção própria é uma tendência na gastronomia mundial. No Rancho, há algum projeto nesse sentido? Chef Ivair – Temos um projeto de horta orgânica, mas não podemos prescindir da Ceagesp. Ela é a nossa ponte para a alta gastronomia, é aonde todos os profissionais da minha área vão, inclusive para compra de produtos importados. Trabalhamos também com ingredientes do Mercadão e dos armazéns da rua Santa Rosa, que também ofertam produtos de excelente qualidade.

Hotel aposta na gestão ecoeficiente

JE – Você continua trabalhando em eventos externos? Chef Ivair – Sim, estou virando cozinheiro de madame [risos]. Continuo fazendo eventos como confraternizações e casamentos. No entanto, o tempo está cada vez mais curto. Por isso, agradeço a Deus e a você, Paulo Fernando, e sua equipe, que abriram espaço para mim no [extinto] Jornal Mercado Paulista, o que impulsionou minha carreira, proporcionando a credibilidade necessária para eu ser jurado da Festa da Queima do Alho e realizar o Festival de Sopas na Ceagesp. No ano que vem, vou apresentar a saborosa sopa de pedra no festival, cuja história ainda contarei em primeira mão ao JE.

Cercado de Mata Atlântica, o Hotel Rancho Silvestre está no seio de uma reserva intocada, a 30 minutos de São Paulo. Portanto, a preocupação dos empreendedores com a sustentabilidade é constante, revela o gerente de alimentos e bebidas, Marcelo Gottschalk. Com 20 anos de experiência em hotelaria, o profissional salienta que hotel mantêm programas de coleta seletiva e uso de lâmpadas fluorescentes, visando à economia de recursos naturais. “Também apostamos na educação ambiental de nossos hóspedes, conscientizando-os sobre a importância do uso racional da água que captamos em poços artesianos próprios”, explica.

Gottschalk: sustentabilidade no setor hoteleiro

“Aqui, as espécies vegetais são devidamente identificadas e nossos monitores orientam os visitantes quanto aos cuidados que devemos ter ao entrar em contato direto com a natureza”, completa. Segundo Gottschalk, o Rancho Silvestre dá preferência à aquisição de produtos naturais com garantia de origem, preferencialmente oriundos da agricultura sustentável. “Por isso, estamos reativando nossa horta de orgânicos”, informa. :: SERVIÇO :: Hotel Rancho Silvestre Estrada do Votarantim, 700 – Embu das Artes – SP Reservas: (11) 4785-5000


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Código conecta produtor ao consumidor pelo celular e pode ser aliado do agronegócio Uso da telefonia móvel pode aproximar agentes envolvidos na produção agrícola Anita de Souza Dias Gutierrez Lisandro Michel Barreiros CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A automação comercial faz parte da rotina da grande maioria das empresas fabricantes ou varejistas. O código afixado no produto ou na sua embalagem fornece informações sobre o produto e o seu fabricante. A qualidade da informação é função da competência da descrição do produto e da sua origem. A GS1 é a organização responsável pela gestão do sistema de automação comercial no Brasil e em muitos países do mundo e uma das suas funções é auxiliar o usuário do sistema, através de treinamento e orientação. A seleção do código correto é fundamental para o sucesso da implementação. Os códigos EAN/UPC (EAN-13. UPC-12 e EAN-8) deverão ser escolhidos para a leitu-

Agronegócio pode fechar o ano com superávit superior a US$ 60 bilhões Ampliação mundial do consumo de alimentos favorece o setor

Apesar do dólar fraco, o agronegócio brasileiro deverá fechar o ano com superávit superior a U$ 60 bilhões. O setor é responsável por quase metade das exportações brasileiras. “Ano passado, essa participação chegou aos 42% e este ano será ainda maior, gerando um superávit extraordinário. Devemos chegar ao fim do ano com US$ 72 bilhões de exportações provenientes do agronegócio. E vamos importar apenas algo em torno de US$ 12 a US$ 14 bilhões”, disse o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Segundo ele, o Brasil está aproveitando bem este momento de ampliação do consumo de alimentos em todo o mundo. “O Brasil é hoje o grande fornecedor de proteínas, tanto de origem animal como vegetal, e pode aproveitar o momento para expandir ainda mais sua atividade agropecuária. Já exportamos alimentos para 215 países e somos os maiores exportadores de vários produtos, além dos tracionais café, açúcar e suco de laranja. Estamos nos destacando nas exportações de carne bovina, suína e de aves e já ocupamos a condição de maiores exportadores do complexo soja”. O ministro reconhece a existência de gargalos no agronegócio brasileiro, mas lembrou que não se fala mais nisso como custo Brasil. “Estamos ganhando a competição no mundo inteiro. Existem realmente áreas que devem ser melhoradas, mas já estão previstas no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], com investimentos significativos, suficientes para incorporar novos modais no transporte de safras , substituindo, por exemplo, o transporte rodoviário por ferrovias e portos”. Agência Brasil

ra por scanner no ponto de venda varejista. O GS1-128, GS1 DataBar(RSS) devem ser utilizados na impressão de um código de barras com informação variável, como números de série, datas de durabilidade máxima ou medidas. Casos especiais exigem simbologias compostas ou Data Matrix. Já o código ITF-14 pode ser a solução se o propósito for apenas a impressão de um código de barras GTIN (Número Global de um Item Comercial) em papelão ondulado. Há algum tempo em alguns países, especialmente o Japão, um outro código vem sendo utilizado e que permite ao consumidor visitar a origem do produto. Ele é conhecido como QR (Quick Response) e se assemelha a um desenho abstrato e sua leitura pode ser feita pelo celular. Pesquisas recentes mostram que o celular já é utilizado por mais de dois terços da população mundial. A sua penetração cresceu de 60% em 2008 para 68% no ano passado. Cerca de um bilhão de pessoas, que não têm contas em banco tem um celular na mão. No final de 2010, cinco bilhões dos 6,6 bilhões de pessoas devem ter um celular. A taxa de utilização do celular varia com a riqueza do país: os mais desenvolvidos com 100%, os emergentes com 58% e nos 40 países mais pobres só chega a 25% da população. O celular pode ser uma arma importante de combate à pobreza, facilitando o acesso a informações aos pequenos produtores e permitindo o contato com os seus clientes e fornecedores.

É possível decifrar o código QR com um aplicativo no celular, no computador ou até mesmo com uma simples câmera de baixa resolução para capturar a imagem

O QR Code é uma matriz ou um código de barras bi-dimensional, que pode ser interpretado rapidamente. Ele apresenta grande facilidade na distribuição de informação, pois basta apenas tirar uma foto da imagem do código. É possível decifrar o código QR, com um aplicativo no celular, no computador ou até mesmo com uma simples câmera de baixa resolução para capturar a imagem. No Brasil, o primeiro anúncio publicitário a utilizar o código QR foi publicado pela Fast Shop em dezembro de 2007. Mais tarde, a Nova Schin publicou um anúncio com o código em junho de 2008 e a Claro fez uma campanha utilizando o Código QR em novembro do mesmo ano. O QR permite que o consumidor visite instantaneamente a página eletrônica do produtor, com acesso a informações sobre o produto, orientação de manuseio, utilização e conservação, e sobre a produção. O celular estará a serviço da aproximação do consumidor da agricultura. No Japão as frutas e hortaliças já carregam o QR.

QR Code O código afixado no produto ou na sua embalagem fornece informações sobre o produto e o seu fabricante

Mais informações podem ser obtidas no Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp e na GS1, onde o QR recebe a denominação de Data Matrix. cqh@cagesp.gov.br e www.gs1br.org

Mais de 80% da safra paulista de laranja é destinada à indústria

A primeira estimativa da safra de laranja realizada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e divulgada no início do mês mostra produção de 292,7 milhões de caixas de 40,8kg da fruta no estado de São Paulo. Do total, 83,4% (244,2 milhões de caixas) são destinadas às indústrias processadoras de suco e 16,6% (48,5 milhões de caixas) para o mercado in natura. A área ocupada com laranja no estado soma 620 mil hectares e a produtividade média é de 1,7 caixa/pé. O estado é o maior produtor nacional de laranja, com cerca de 75% do cultivo. O levantamento é inédito e incluiu a fruta na lista de produtos estudados pela companhia. A intenção é expandir a pesquisa para os principais estados produtores de laranja. De acordo com o estudo, a colheita foi antecipada em função das condições climáticas e mais de 80% da produção foi colhida entre junho e outubro deste ano. O deslocamento dos pomares para a região sudoeste do estado também foi observado, devido a terras mais baratas, melhores condições para o controle fitossanitário e clima favorável. O estudo foi feito por amostragem estatística, seguindo o critério de segmentação. Os dados foram coletados entre agosto e setembro deste ano, com informações referentes ao período da safra agrícola 2009/2010. A estimativa final desta safra será realizada ainda em novembro.


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Especialistas afirmam que este tipo de caixa não está e nem deve ser proibida Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A madeira ainda é a principal matéria prima empregada na fabricação de embalagem de frutas e hortaliças frescas. Ela é o resultado da atividade agrícola de produzir madeira, conhecida como silvicultura. A embalagem de madeira de frutas e hortaliças tem sido muito atacada nos últimos anos por razões diversas: desmatamento, agressão ao meio ambiente, poluição, sujeira, transmissão de doenças, danos ao produto nela contido. O plantio de árvores para a produção de madeira para qualquer atividade é muito benéfico para o meio ambiente: protege o solo, preserva e pereniza as fontes de água. Não existe mais embalagem de floresta nativa, resultado do desmatamento. A embalagem de madeira não é fonte de poluição. Ela permite o aproveitamento dos cortes menos nobres da madeira e, depois de utilizada, pode ser transformada em energia limpa e em chapas e painéis de madeira. O sistema de comercialização das caixas de madeira utilizado pelos “caixeiros” é uma grande fonte de poluição e sujeira. Depósitos nas calçadas ou em terrenos sujos, empesteados de ratos, sem nenhuma higiene são um exemplo de total desobediência às exigências legais e os grandes responsáveis pela má fama de poluição, sujeira e transmissão de doenças da embalagem de madeira. A embalagem de madeira deveria ser encaminhada para reciclagem após a utilização No entanto, o comércio ilegal e a reutilização mantêm os “caixeiros” no negócio e implica a utilização de caixas sujas, que podem ser agentes de disseminação de patógenos prejudiciais às frutas e hortaliças como de patógenos prejudiciais à saúde humana. A qualidade da embalagem de madeira, assim como a da embalagem de papelão e de plástico varia com as características de cada tipo. Hoje, a qualidade da grande maioria das embalagens de madeira é ruim, pois a madeira utilizada é áspera e pesada e o modelo e o tamanho das embalagens são indadequados para o produto. Felizmente, existem embalagens de madeira de boa qualidade muito utilizadas nas frutas e hortaliças importadas e agora fabricadas no Brasil. Elas são leves, lisas, limpas e descartáveis. A manutenção da utilização de diferentes matérias primas, como madeira, papelão e plástico na fabricação de embalagens de frutas e hortaliças é garantia de competição entre as matérias primas e as empresas fabricantes de embalagem proporcionando aos agentes de produção e de comercialização uma embalagem de melhor custo-benefício. A legislação federal mais recente, que regulamenta as embalagens de frutas e hortaliças frescas, é a Instrução Normativa Conjunta SARC / Anvisa / Inmetro Nº 009, de 12 de novembro de 2002. Ela estabelece exigências simples e que tratam das medidas da embalagem, da sua integridade e higienização, da sua rotulagem e das obrigações do fabricante. Ela não proibe a embalagem de madeira. A embalagem de madeira é uma embalagem reciclável porque não existe tecnologia de higienização para ela, sendo

A embalagem de madeira para frutas e hortaliças frescas internacional e o seu foco principal é a prevenção da entrada do besouro asiático, Anoplophora glabripennis Motschulsky, uma das mais importantes pragas florestais, presente na China e nos EUA e ausente no Brasil. O tratamento fitossanitário é feito por empresas credenciadas pelo Ministério da Agricultura, através de fumigação com brometo de metila (BM) e com calor – tratamento térmico (TM). Após a sua execução é colocada na madeira a marca do IPPC (International Plant Protection Convention). A realização do tratamento fitossanitário exige o preenchimento de uma solicitação ao Ministério da Agricultura que examina fisicamente toda a madeira do container ou carga solta para detectar vestígios de pragas de toda mercadoria de origem asiática e americana.

Conclusões considerada uma embalagem descartável e não retornável. A Lei nº 14.264, de 6 de fevereiro de 2007 da cidade de São Paulo, que regulamenta as embalagens de frutas e hortaliças, reforça a legislação federal em muitos aspectos e é mais restritiva em outros. Ela não proibe a embalagem de madeira, mas estabelece restrições para a sua utilização. Ela estabelece a exigência de tratamento fitossanitário para as caixas ou engradados de madeira, utilizadas para comercializar frutas e hortaliças na cidade de São Paulo. Ela admite a reutilização da embalagem de madeira, impossível pela não existência de tecnologia de higienização da embalagem de madeira. O tratamento fitossanitário preconizado pela lei municipal é o mesmo que se dispensa às caixas de madeira destinadas à exportação, regulamentado pela legislação federal: Portaria nº 7, de 11 de janeiro de 2007 e Instrução Normativa SDA nº 12, de 7 de março de 2003. A Instrução Normativa SDA nº 12, do Ministério da Agricultura, aprova o Regulamento para Habilitação e Credenciamento de Empresas Públicas e Privadas para a Prestação de Serviços de Tratamentos Quarentenários e Fitossanitários no Trânsito Internacional de Vegetais e suas partes. A Portaria nº 7, de 11 de janeiro de 2007 oficializa a adoção pelo Brasil das diretrizes e das recomendações técnicas da Norma Internacional para

Medidas Fitossanitárias - NIMF nº 15, no âmbito da Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais, que regulamenta a certificação fitossanitária das embalagens e suportes de madeira utilizados no comércio internacional. O Anexo I da Portaria nº 7, do Ministério da Agricultura, estabelece o regulamento técnico para certificação fitossanitária de embalagens e suportes de madeira utilizados no comércio internacional. Os itens I e II do Capítulo I do Artigo 6, estabelecem os objetos da Portaria: caixas, caixotes, caixas grandes, engradados e gaiolas, paletes,plataformas, estrados para carga, madeiras de estiva, apeação,lastros, escoras, blocos, calços, madeiras de arrumação, madeiras de aperto ouseparação, cantoneiras, bobinas, carretéis e sarrafos. O § 3º do item II estabelece a isenção da exigência de certificação fitossanitária para as embalagens e suportes confeccionados na sua totalidade com derivados da madeira, sejam estes suficientemente industrializados, processados ou que no processo de fabricação tenham sido submetidos ao calor, colagem e pressão ou qualquer combinação dos mesmos, a exemplo de compensados, aglomerados de partículas ou de fibras orientadas e folhas de pouca espessura que meçam seis milímetros ou menos. A exigência do tratamento fitossanitário está restrita, na legislação federal, ao comércio

1ª A legislação federal e a municipal não proíbem a utilização de embalagem de madeira não retornável.

nitário a que alude o “caput” é o mesmo que se dispensa às caixas de madeira destinadas à exportação. 6ª O texto inicial do Artigo 3º e o seu parágrafo do Artigo 3º da lei municipal paulistana nº 14.264, de 6 de fevereiro de 2007, devem ser modificados para: Art. 3º Não podem ingressar em território paulistano alimentos hortifrutícolas “in natura”, provenientes de outras regiões, destinados a estabelecimentos localizados no Município de São Paulo, que não obedeçam às exigências da legislação. § 1º As caixas plásticas retornáveis assim como as caixas e embalagens recicláveis, de matéria plástica, papelão, madeira e outros materiais, empregadas no acondicionamento, transporte, distribuição e venda de alimentos devem ser fabricadas com matérias-primas que garantam o grau de pureza compatível com sua utilização, nos termos dos regulamentos técnicos correspondentes. Anexo I

2ª A legislação municipal exige que as embalagens, com folhas de espessura superior a 6 mm, sejam submetidas ao mesmo tratamento fitossanitário que as embalagens de madeira utilizadas no comércio internacional. 3ª A exigência de tratamento fitossanitário para as embalagens de frutas e hortaliças utilizadas no mercado interno brasileiro não tem nenhum fundamento técnico e deve ser retirada. 4ª A embalagem de madeira deve obedecer às mesmas exigências das outras embalagens descartáveis, como a de papelão. 5ª Os parágrafo 2 do Artigo 2º e do Artigo 3º da lei municipal paulistana nº 14.264, de 6 de fevereiro de 2007 devem ser retirados da lei: Artigo 2º § 2º As caixas de madeira, além de previamente tratadas contra ameaças fitossanitárias, não podem ser reaproveitadas senão depois de nova esterilização, devidamente certificada por técnico ou empresa habilitados, sob pena de descarte. Artigo 3º § 2º O tratamento fitossa-

O tratamento fitossanitário das embalagens de madeira é uma medida exigida no trânsito internacional de mercadorias. Toda mercadoria que for deixar ou adentrar nos países signatários da OMC (Organização Mundial do Comércio) e que fazem uso de embalagem, suporte ou qualquer outro material confeccionado em madeira deve sofrer uma medida fitossanitária que garanta a eliminação de quaisquer pragas quarentenárias que possam existir na madeira. Órgãos nacionais de defesa fitossanitária de diversos países determinaram uma ampla variedade de pragas, chamadas de pragas quarentenárias, que podem ser transportadas junto com as embalagens de madeira, e, em muitas circunstâncias, estas pragas podem chegar ainda vivas ao destino final, causando enormes prejuízos para as florestas e para a agricultura local. Por esse motivo, vários países estão adotando procedimentos que garantam a segurança do patrimônio florestal e agrícola do país, criando barreiras fitossanitárias para a entrada de qualquer tipo de embalagem de madeira. Para regulamentar e estabelecer diretrizes para a certificação sanitária das embalagens

de madeira utilizadas no comércio internacional foi editada em março de 2002 a Norma Internacional de Medidas Fitossanitárias - NIMF nº 15, pela FAO (Food and Agriculture Organization), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) voltado para as questões relativas à alimentação e agricultura no mundo. Somente mercadorias com as embalagens possuindo a marca do IPPC (International Plant Protection Convention) e que possuem certificado de tratamento fitossanitário podem adentrar no país de destino. No ato da chegada, a mercadoria e as embalagens de madeira são submetidas a uma rigorosa inspeção pelos órgãos sanitários locais que verificam vestígios da presença de qualquer praga ou de insetos vivos. Caso seja observado que as embalagens não possuam a marca do IPPC ou presença de pragas quarentenárias, a mercadoria fica retida na alfândega do país (em quarentena) até que se tome alguma providência como a realização do tratamento fitossanitário (expurgo da carga) ou troca das embalagens. Os tratamentos fitossanitários internacionalmente reconhecidos e que podem ser utilizados com o objetivo de reduzir o risco de introdução de pragas quarentenárias associadas a embalagens e suporte de madeira de madeira são, conforme a NIMF 15, são o Tratamento Térmico (HT) e a Fumigação por Brometo de Metila (MB). Tratamento Térmico (HT): embalagens de madeira, seus suportes e material de acomodação são submetidos a um aquecimento progressivo, segundo uma curva de tempo/ temperatura, mediante o qual o centro da madeira alcançará uma temperatura de 56º C, durante um período mínimo de 30(trinta) minutos. Fumigação com Brometo de Metila (MB): embalagens de madeira, seus suportes e material de acomodação são submetidos à exposição do gás por 24 horas e tempo de aeração de 3 horas. No final do processo é emitido o Certificado de Expurgo, comprovando o cumprimento das exigências legais por período determinado em norma.


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CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

Pesquisa revela números da produção de hortaliças no Brasil Estudo mostra principais culturas cultivadas no país, assim como a área de produção ocupada por elas Anita de Souza Dias Gutierrez Paulo Roberto Ferrari CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O trabalho “Acomodação da produção olerícola em São Paulo, 1990 – 2010” elaborado pelo pesquisador do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo, Waldemar Pires de Camargo Filho levantou números que envolvem o cultivo de hortaliças no país. A seguir, você acompanha os principais dados obtidos a partir da pesquisa. 1. A área ocupada com hortaliças no Brasil é de 779 mil hectares e a produção de 17 milhões de toneladas. Algumas hortaliças dominam a produção como o tomate (21%), a batata (18%), a melancia (10%), a cebola (7%) e a cenoura (4%). A melancia, o melão e o morango são considerados hortaliças nos levantamentos estatísticos de lavouras temporárias. 2. A área de produção de hortaliças no Brasil, entre 1990 e 2006, cresceu 5% e a produção cresceu 63%, em função do aumento da produtividade de 54%. 3. A produção brasileira de hortaliças cresceu 110%, entre 1999 e 2009, enquanto a população brasileira cresceu 25%, um aumento de oferta per capita de hortaliças de 85%. 4. A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo acompanha a produção e a área de 54 hortaliças em cada município. A participação da produção paulista na brasileira caiu de 26% para 20% entre 1990 e 2006 – 137 mil hectares e 3,4 milhões de toneladas. 5. As hortaliças são divididas em grupos: 1º Raízes, bulbos e tubérculos: 40% da produção e 11 produtos principais 2º Hortaliças frutos (legumes): 37% da produção, 11 produtos principais 3º Hortaliças folhosas: 16% da produção 4º Melancia, melão e morango: 7,5% da produção 5º Outras hortaliças e condimentares: 6,2% da produção 6. A produção de hortaliças folhosas, de flores e condimentares, acontece em 5.642 unidades de produção agrícola ou propriedades rurais, que ocupavam 399.436 hectares em 2008. Houve uma queda de 49% na área de produção, entre 1996 e 2008. Alface, couve, repolho, couve-flor e brócolis respondem por 74% da produção. A produção de acelga e de brócolis apresentou o maior crescimento, entre 1995 e 2007, de 164 e 143% respectivamente. 7. A produção de raízes, bulbos e tubérculos acontece em 6.543 unidades de produção agrícola, que ocuparam 32.714 hectares em 2008. A área total de produção caiu para a metade entre 1996 e 2008. A área média de produção de batata é de 19 hectares e de beterraba de dois hectares.

Batata, cebola e mandioca de mesa respondem por 84% da produção. A produção paulista, entre 1995 e 2007, de alho, cenoura, batata doce e mandioquinha, diminuiu 57, 55, 26 e 11% , respectivamente. 8. A produção de hortaliças frutas acontece em 7.296 unidades de produção agrícola, que ocuparam 33.565 hectares. Aqui também a área total de produção caiu para metade, entre 1996 e 2008. A área media de produção de repolho é de 2,8 hectares e a de espinafre é de 2,0 hectares. 9. A produtividade cresceu entre 1995 e 2007, chegando a 61% na mandioquinha, 56% na alface, 55% na couve-flor, 61% na mandioquinha, 53% no inhame-chinês. A queda de produtividade aconteceu em pouquíssimos produtos como a batata-doce (9%), o morango (26%). Outras informações: www.iea.sp.gov.br – Banco de Dados www.cati.sp.gov.br – LUPA www.ibge.gov.br - SIDRA

Estudo avalia relacionamento entre supermercados e consumidores Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O estudo “Retratos do Varejo” foi realizado em conjunto entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados e as empresas de pesquisa Nielsen, Kantar WorldPanel e GfK . Os resultados mostram números do setor e o comportamento dos consumidores.

Como o brasileiro gasta? • 53% da receita em despesas permanentes: habitação, serviços públicos, alimentação (13%) e bebidas dentro do lar e transporte. • O gasto médio mensal no supermercado é de R$ 405,32, sendo 72% com alimentos. • A maioria (84%) dos brasileiros se abastece em mais de três tipos de canal de vendas (autosserviço, porta a porta, farmácia e perfumaria, drogaria, atacados e outros). • A maioria (74%) dos consumidores não é fiel ao seu ponto de venda. • O autosserviço responde por 60% do valor das compras.

Estado de São Paulo % São Paulo

Descrição

Brasil

Faturamento nominal R$

177 bilhões

Número de lojas

78.311

15.306

19,5

Número de check-outs

191.512

49.606

25,9

Número de funcionários

899.754

238.067

26,5

Área de vendas em m2

19,2 milhões

4,9 milhões

25,7

% PIB

5,6

1,7

54,7 bilhões

31,0

• As compras no autosserviço são feitas em supermercados de vizinhança (71%), em supermercados tradicionais(19%) e em hipermercados (10%). • A frequência mensal média de compra nos autosserviços é de cinco vezes. Existe diferença de comportamento entre as diferentes classes de renda: • AB – 82% fazem compra de carro e 71% dos gastos no autosserviço • C – 41% fazem compra de carro e gastam mais no começo do mês • DE – 65% fazem compra a pé e 48% dos gastos no autossserviçoClasse A • Existe diferença de comportamento entre regiões e classes de renda • Região Sul – 71% compram no autosserviço e 40% são da classe AB • Região NNE - 33% compram no autosserviço e 49% são da classe DE • O gasto médio mensal com frutas e hortaliças é de R$ 33,70. • Os consumidores que compram FLV gastam 20% mais que os outros. • Os supermercados lideram como o local de compra de FLV por 59% dos compradores, seguido pela feira por 32%, pelo mercadinho por 29%, pelo sacolão, varejão e quitanda por 27% e pelo hipermercado por 6%. O que o supermercadista pensa? • A maior preocupação é a carga tributária (70%). • A diminuição de perdas é considerada a estratégia mais importante. • Qualidade e frescor das frutas, verduras e legumes é considerada como muito importante no relacionamento por 62% dos supermercadistas, depois de qualidade e frescor da carne, qualidade no atendimento aos clientes e ter a loja limpa. Evolução da população entre 2005 e 2009 • O número de domicílios cresceu 10%. • O número de indivíduos cresceu 2%. • A % de famílias menores de até duas pessoas cresceu de 29 para 31%. • A participação da população de mais de 45 anos vai crescer de 23% em 2005 para 30% em 2020. • As famílias sem filho cresceram 2%. • As classes C, D e E englobam 77% da população em 2009.


B4

Novembro 2010

l JORNAL ENTREPOSTO

JORNAL ENTREPOSTO l

B5

Novembro 2010

CQH-CENTRO DE QUALIDADE EM HORTICULTURA DA CEAGESP

Pesquisa revela números da produção de hortaliças no Brasil Estudo mostra principais culturas cultivadas no país, assim como a área de produção ocupada por elas Anita de Souza Dias Gutierrez Paulo Roberto Ferrari CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O trabalho “Acomodação da produção olerícola em São Paulo, 1990 – 2010” elaborado pelo pesquisador do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo, Waldemar Pires de Camargo Filho levantou números que envolvem o cultivo de hortaliças no país. A seguir, você acompanha os principais dados obtidos a partir da pesquisa. 1. A área ocupada com hortaliças no Brasil é de 779 mil hectares e a produção de 17 milhões de toneladas. Algumas hortaliças dominam a produção como o tomate (21%), a batata (18%), a melancia (10%), a cebola (7%) e a cenoura (4%). A melancia, o melão e o morango são considerados hortaliças nos levantamentos estatísticos de lavouras temporárias. 2. A área de produção de hortaliças no Brasil, entre 1990 e 2006, cresceu 5% e a produção cresceu 63%, em função do aumento da produtividade de 54%. 3. A produção brasileira de hortaliças cresceu 110%, entre 1999 e 2009, enquanto a população brasileira cresceu 25%, um aumento de oferta per capita de hortaliças de 85%. 4. A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo acompanha a produção e a área de 54 hortaliças em cada município. A participação da produção paulista na brasileira caiu de 26% para 20% entre 1990 e 2006 – 137 mil hectares e 3,4 milhões de toneladas. 5. As hortaliças são divididas em grupos: 1º Raízes, bulbos e tubérculos: 40% da produção e 11 produtos principais 2º Hortaliças frutos (legumes): 37% da produção, 11 produtos principais 3º Hortaliças folhosas: 16% da produção 4º Melancia, melão e morango: 7,5% da produção 5º Outras hortaliças e condimentares: 6,2% da produção 6. A produção de hortaliças folhosas, de flores e condimentares, acontece em 5.642 unidades de produção agrícola ou propriedades rurais, que ocupavam 399.436 hectares em 2008. Houve uma queda de 49% na área de produção, entre 1996 e 2008. Alface, couve, repolho, couve-flor e brócolis respondem por 74% da produção. A produção de acelga e de brócolis apresentou o maior crescimento, entre 1995 e 2007, de 164 e 143% respectivamente. 7. A produção de raízes, bulbos e tubérculos acontece em 6.543 unidades de produção agrícola, que ocuparam 32.714 hectares em 2008. A área total de produção caiu para a metade entre 1996 e 2008. A área média de produção de batata é de 19 hectares e de beterraba de dois hectares.

Batata, cebola e mandioca de mesa respondem por 84% da produção. A produção paulista, entre 1995 e 2007, de alho, cenoura, batata doce e mandioquinha, diminuiu 57, 55, 26 e 11% , respectivamente. 8. A produção de hortaliças frutas acontece em 7.296 unidades de produção agrícola, que ocuparam 33.565 hectares. Aqui também a área total de produção caiu para metade, entre 1996 e 2008. A área media de produção de repolho é de 2,8 hectares e a de espinafre é de 2,0 hectares. 9. A produtividade cresceu entre 1995 e 2007, chegando a 61% na mandioquinha, 56% na alface, 55% na couve-flor, 61% na mandioquinha, 53% no inhame-chinês. A queda de produtividade aconteceu em pouquíssimos produtos como a batata-doce (9%), o morango (26%). Outras informações: www.iea.sp.gov.br – Banco de Dados www.cati.sp.gov.br – LUPA www.ibge.gov.br - SIDRA

Estudo avalia relacionamento entre supermercados e consumidores Anita de Souza Dias Gutierrez CQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O estudo “Retratos do Varejo” foi realizado em conjunto entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados e as empresas de pesquisa Nielsen, Kantar WorldPanel e GfK . Os resultados mostram números do setor e o comportamento dos consumidores.

Como o brasileiro gasta? • 53% da receita em despesas permanentes: habitação, serviços públicos, alimentação (13%) e bebidas dentro do lar e transporte. • O gasto médio mensal no supermercado é de R$ 405,32, sendo 72% com alimentos. • A maioria (84%) dos brasileiros se abastece em mais de três tipos de canal de vendas (autosserviço, porta a porta, farmácia e perfumaria, drogaria, atacados e outros). • A maioria (74%) dos consumidores não é fiel ao seu ponto de venda. • O autosserviço responde por 60% do valor das compras.

Estado de São Paulo % São Paulo

Descrição

Brasil

Faturamento nominal R$

177 bilhões

Número de lojas

78.311

15.306

19,5

Número de check-outs

191.512

49.606

25,9

Número de funcionários

899.754

238.067

26,5

Área de vendas em m2

19,2 milhões

4,9 milhões

25,7

% PIB

5,6

1,7

54,7 bilhões

31,0

• As compras no autosserviço são feitas em supermercados de vizinhança (71%), em supermercados tradicionais(19%) e em hipermercados (10%). • A frequência mensal média de compra nos autosserviços é de cinco vezes. Existe diferença de comportamento entre as diferentes classes de renda: • AB – 82% fazem compra de carro e 71% dos gastos no autosserviço • C – 41% fazem compra de carro e gastam mais no começo do mês • DE – 65% fazem compra a pé e 48% dos gastos no autossserviçoClasse A • Existe diferença de comportamento entre regiões e classes de renda • Região Sul – 71% compram no autosserviço e 40% são da classe AB • Região NNE - 33% compram no autosserviço e 49% são da classe DE • O gasto médio mensal com frutas e hortaliças é de R$ 33,70. • Os consumidores que compram FLV gastam 20% mais que os outros. • Os supermercados lideram como o local de compra de FLV por 59% dos compradores, seguido pela feira por 32%, pelo mercadinho por 29%, pelo sacolão, varejão e quitanda por 27% e pelo hipermercado por 6%. O que o supermercadista pensa? • A maior preocupação é a carga tributária (70%). • A diminuição de perdas é considerada a estratégia mais importante. • Qualidade e frescor das frutas, verduras e legumes é considerada como muito importante no relacionamento por 62% dos supermercadistas, depois de qualidade e frescor da carne, qualidade no atendimento aos clientes e ter a loja limpa. Evolução da população entre 2005 e 2009 • O número de domicílios cresceu 10%. • O número de indivíduos cresceu 2%. • A % de famílias menores de até duas pessoas cresceu de 29 para 31%. • A participação da população de mais de 45 anos vai crescer de 23% em 2005 para 30% em 2020. • As famílias sem filho cresceram 2%. • As classes C, D e E englobam 77% da população em 2009.


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Novembro 2010 l

JORNAL ENTREPOSTO

Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para novembro

Flávio Luis Godas Chefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp

Quantidades comercializadas O volume ofertado no entreposto terminal de São Paulo (ETSP) registrou retração de 0,56% no período de janeiro a outubro deste ano ante o mesmo período de 2009. Foram comercializadas 2.585.081 toneladas em 2010 contra 2.600.081 negociadas em 2009. O quadro ao lado demonstra os volumes comercializados no ETSP:

Atacado

Produto Legumes Frutas

Local Verduras

Dias da semana Seg. a Sáb. Seg. a Sáb.

Horário 14h às 21h 8h às 18h

AP – Armazém dos Produtores HF – Hortifrutícolas MFE – Mercado de Frutas Estacionais Seg. a Sáb.

Local Pescados

MLP- Mercado Livre do Produtor

Por setor de comercialização, houve crescimento nos setores de legumes (0,62%), verduras (0,80%) e diversos (1,87%). Os setores de frutas (-1,61%), flores (-1,37%) e pescados (-7,77%) apresentaram queda do volume comercializado.

Terça. a Sáb.

Local Diversos *

Praça (Peixe, sardinha e congelados) 9h às 20h

Seg. a Sáb.

Local Flores

AM – Armazém dos Produtores BP – Boxes dos Produtores Seg. e Quinta

Local Flores

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Terça e Sexta

Local

10h às 18h

6h às 11h

MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

*Os produtos Diversos incluem batata, cebola, alho, ovos, coco seco e banana

Varejo

Produto Varejão

Local Varejão Noturno

Local Flores

Dias da semana

Horário

Sáb. e Dom.

7h às 13h

MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3 Quarta

17h às 22h

PBCF – Pavilhão (batata, cebola e flores) Portão 7 Seg. e Quinta

Local

10h às 18h

MLP – Mercado Livre do Produtor Portão 3

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva Departamento Comercial José Felipe Gorinelli Jornalista Resonsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848 Edição Paulo Fernando Costa / Valéria Camargo Estagiária Mariana G. Marques

Colaboradores Neno Silveira, Flávio Godas, Otávio Gutierrez, Anita Gutierrez e Manelão Periodicidade: Mensal Distribuição: Gratuita

Redação Avenida Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edifício Sede II – Loja 14A - CEP 05314-000 Tel / fax: 3831-4875 / 3832-5681 / 3832-9121 / 3832-4158 E-mails:

Editoração Eletrônica / Artes Letícia D. Benetti Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues Web Master Michelly Vasconcellos

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Tendência As condições climáticas continuam registrando, nesta época do ano, chuvas reduzidas e temperaturas mais amenas na região sudeste, ou seja, boas condições para a produção de hortifrutícolas. No setor de frutas, os citros (laranja, limão e tangerina) continuam apresentado redução do volume ofertado e perda de qualidade em função da estiagem, acarretando elevação dos preços praticados. Os produtos de época, por outro lado, são ótimas opções de compra. Legumes e verduras, preservadas as condições climáticas atuais, deverão continuar com preços em baixa já que o clima favorece a produção e a demanda apresenta retração nesta época do ano. As folhas continuam com preços reduzidos e são ótimas opções. Nestes dois setores, cerca de 80% dos produtos apresentam ótima qualidade, bons volumes e preços abaixo dos patamares habituais. O setor de diversos, impulsionado pela queda de preços da batata e cebola, também deverá apresentar preços reduzidos e elevação do volume ofertado. O setor de flores já apresenta elevação do volume ofertado e são muitas as variedades que atraem os consumidores. Os preços devem registrar ligeira retração. Já o setor de pescados deve apresentar preços e volumes estáveis.

OPÇÕES DE COMPRA EMBAL.

PRODUTO

PESO(KG)

SETEMBRO PREÇO MÉDIO(R$)

OUTUBRO PREÇO MÉDIO(R$)

TENDÊNCIA P/ MÊS NOVEMBRO

FRUTAS ESTÁVEL

AMEIXA NACIONAL

KG

1,00

3,23

2,23

CAJU

ENG

3,00

9,41

8,74

CARAMBOLA

CX T

2,00

8,07

9,94

BAIXA BAIXA

ESÁVEL

MAMÃO HAVAÍ

KG

1,00

0,99

0,92

MANGA TOMMY

KG

1,00

1,02

0,89

BAIXA

MELANCIA

KG

1,00

0,79

0,85

ESTÁVEL

MELÃO AMARELO

CX

13,00

17,06

16,73

ESTAVEL

MORANGO COMUM

KG

1,00

5,21

5,99

ESTÁVEL

PESSEGO AURORA

KG

1,00

3,58

2,75

BAIXA

LEGUMES ABÓBORA MORANGA

KG

1,00

0,73

0,73

ESTÁVEL

BERINJELA

CX K

12,00

9,58

12,14

ESTÁVEL

CARA

CX K

22,00

17,24

19,26

BAIXA

CENOURA

KG

1,00

0,80

0,89

BAIXA

CHUCHU

CX K

22,00

14,40

15,76

BAIXA

MANDIOCA

CX K

23,00

11,61

14,33

ESTÁVEL

PIMENTÃO VERDE

CX K

11,00

12,15

10,93

BAIXA

TOMATE MADURO

KG

1,00

1,00

1,29

ESTÁVEL

VERDURAS ACELGA

ENG

12,00

6,23

6,95

BAIXA

ALFACE AMERICANA

ENG

10,00

10,23

10,31

ESTÁVEL

ALFACE CRESPA

ENG

7,00

5,99

6,36

BAIXA

ALFACE LISA

ENG

8,00

7,93

8,07

BAIXA

CEBOLINHA

DZMÇ

6,00

7,54

7,93

ESTÁVEL

NABO

3,00

3,66

3,82

BAIXA

REPOLHO LISO

ENG

25,00

5,78

6,19

BAIXA

DIVERSOS BATATA BENEFICIADA COMUM

KG

1,00

0,59

0,69

ESTÁVEL

BATATA COMUM

KG

1,00

0,59

0,68

ESTÁVEL

CEBOLA DO ESTADO

KG

1,00

0,86

0,71

BAIXA

OVO BRANCO

CX

20,00

43,19

41,99

ESTÁVEL

FLORES ALSTROMÉRIA BOCA DE LEÃO COPO DE LEITE CRAVO COMUM CRISANTEMO COMUM DALIA ESTRELICIA GIRASSOL

0,40

6,91

7,04

ESTÁVEL

0,66

5,75

5,94

BAIXA

DZ

0,36

4,99

4,90

BAIXA

DZ

0,25

8,92

8,71

ESTÁVEL

PCT

1,50

11,05

11,35

ESTÁVEL

0,44

5,17

5,24

ESTÁVEL

DZ

0,90

4,65

4,86

ESTÁVEL

PCT

2,60

5,25

5,41

ESTÁVEL

PESCADOS BETARRA

KG

1,00

2,49

2,38

ESTÁVEL

CAMARÃO SETE BARBAS

KG

1,00

3,68

3,07

BAIXA

CAVALINHA

KG

1,00

3,33

-

BAIXA

CORVINA

KG

1,00

3,17

2,92

ESTÁVEL

ESPADA

KG

1,00

1,50

1,78

BAIXA

MANJUBA

KG

1,00

5,33

4,01

ESTÁVEL

SARDINHA FRESCA

KG

1,00

1,67

1,52

ESTÁVEL

TILÁPIA

KG

1,00

3,81

3,77

ESTÁVEL

PRODUTOS COM QUANTIDADES OFERTADAS REDUZIDAS FRUTAS

FIGO, LARANJA LIMA, LIMA DA PÉRSIA, LIMÃO, TANGERINA PONCAM

LEGUMES

ERVILHA TORTA, MANDIOQUINHA, VAGEM MACARRÃO

VERDURAS

COENTRO, MILHO VERDE

DIVERSOS

ALHO ARGENTINO, COCO SECO

PESCADOS PINTADO, ROBALO FONTE: CEAGESP


B7

JORNAL ENTREPOSTO l Novembro 2010

Fabricante de embalagem lança caixa exclusiva para frutas e legumes Na Escola do Sabor, o assunto é a beterraba O projeto da Escola do Sabor, resultado da parceria entre a Associação Nossa Turma e a Ceagesp, está implementando o seu trabalho com mais um produto: a beterraba. O trabalho vem sendo aperfeiçoado a cada dia e já não existe mais a preocupação de conseguir o produto, pois a empresa Iguape garante a doação semanal. Na última avaliação de desempenho ficou evidente o grande empenho das professoras em desenvolver novas atividades pedagógicas e das merendeiras em oferecer novos pratos para as crianças. As informações sobre a beterraba, suas receitas, propostas de brincadeiras estão sendo constantemente desenvolvidas pelas estagiárias do CQH - uma estudante de agronomia e outra de nutrição. Até descobriram que cozinhar beterraba com folha de hortelã tira o gosto forte da beterraba, que pode levar à sua rejeição.

As sugestões a seguir são algumas propostas de melhoria para a próxima fruta/ hortaliça e que estão sendo adotadas para a beterraba: • uma atividade pedagógica deve preceder e acontecer no mesmo dia da degustação do produto. • a ingestão e a aceitação do produto pelas crianças devem ser avaliadas a cada degustação. • o envolvimento das mães no projeto se dará com o envio de uma amostra do produto acompanhada de receita para utilização. As professoras devem reforçar essa participação verificando com as crianças se houve aproveitamento do produto em casa. • a adesão das professoras ao projeto deve ser voluntária. A utilização da beterraba permite uma economia de 43%, se comparada à cenoura, por exemplo. A beterraba é rica em vitamina C, o que permite uma alta taxa de absorção de seu ferro e o combate à anemia, um dos problemas de saúde mais comuns

em crianças e que pode retardar o seu crescimento e torná-las fracas, anoréxicas, cansadas,com falta de apetite. A sua causa mais comum é a falta de absorção de ferro. Já temos as fotos de uma roça de beterraba e estamos montando os jogos que abordam todo o processo, do plantio ao consumo da beterraba. Disponibilizaremos, também, às professoras, uma historinha com os três tipos de beterraba mais apropriados às diferentes formas de utilização: produção de açúcar e combustível, além da alimentação humana e animal. Pretendemos utilizar também a beterraba em pó como corante natural em massas e doces, por exemplo. As crianças já irão colher a beterraba que elas mesmas plantaram na horta da Nossa Turma. A colheita deve acontecer no final de novembro. Uma exposição organizada pela Nossa Turma mostrará os resultados e a tecnologia pedagógica utilizada no projeto Escola do Sabor. A exposição acontece no dia 9 de dezembro. Chegou a hora de escolher os produtos para o próximo semestre escolar. A mandioca e a beterraba já fazem parte do cardápio das crianças e seus familiares, professoras e merendeiras da Nossa Turma.

A fabricante de embalagens Rigesa acaba de apresentar uma caixa de papelão especialmente desenvolvida para o segmento de Frutas, Legumes e Verduras. O novo modelo promete acondicionar perfeitamente produtos como pimentão, mandioquinha e maracujá. De acordo com a empresa, entre os benefícios da embalagem estão a agilidade na montagem, a otimização do espaço de armazenamento das caixas, e a resistência ao empilhamento, umidade e choques externos, contribuindo para a redução de perdas durante o acondicionamento e transporte do produto. “O cliente recebe as embalagens com o fundo colado, o que facilita a montagem manual e agiliza o processo de embalamento”, diz Vanessa Ushikoshi, especialista de desenvolvimento de negócios da Rigesa. “Esta nova embalagem é ideal para os setores atacadistas, mas também pode ser utilizada no varejo, como é o caso de supermercados, garantindo perfeitas condições de higiene”, conclui.

Caixa Pronta O novo modelo pode ser adquirido no Caixa Pronta Rigesa, loja de embalagens para frutas, legumes e verduras. Localizada próxima à Ceagesp, disponibiliza caixas de papelão ondulado em pronta entrega, já montadas e na quantidade desejada. Dentro desse conceito de fornecimento de embalagens, após o descarregamento dos produtos o produtor se dirige à loja e adquiere a quantidade de embalagens que precisa, já devidamente montadas no próprio local.

Ofereça a seu varejista Todo o esforço do produtor e do atacadista na melhoria da qualidade do seu produto numa embalagem mais atraente e na construção de uma marca podem ser facilmente destruídos na gôndola do supermercado. O atacadista da Ceagesp pode melhorar essa situação oferecendo o treinamento ministrado pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp aos seus clientes varejistas e a seus funcionários. A indicação do atacadista é o primeiro passo para a inscrição do varejista. O primeiro módulo tem duração de quatro horas e fornece noções de fisiologia pós-colheita e as principais regras de recepção, conservação, manuseio e exposição das frutas e hortaliças. Inscreva os seus compradores no curso de Formação de especialistas em FLV. Procure o Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (11) 3643-3825/ 3643-3827/ 36433890 - cqh@ceagesp.gov.br

Limões comercializados na Ceagesp O limão Tahiti é o mais consumido no Brasil e tratase na realidade de uma lima ácida, uma espécie diferente do limão Siciliano considerado como o verdadeiro limão. O limão Galego, também considerado uma lima ácida, foi muito consumido anos atrás e quase desapareceu por causa da “tristeza”, doença que ataca os citros. O limão cravo, muito usado para porta-enxerto e ótimo para tempero, é o resultado do cruzamento entre o limão verdadeiro e a tangerina. Eles são utilizados como bebida, como tempero e foram durante milhares de anos a fonte de vitamina C e de prevenção de escorbuto nas viagens de exploração marítimas. O limão foi o 12º produto mais comercializado na Ceagesp em 2009, com um volume de 83 mil toneladas e um movimento de R$ 67 milhões. Pesquisa: Bryan André Abe Takahashi Acadêmico em Agronomia da UNESP- Botucatu-SP

Desenho: Bertoldo Borges Filho -CQH- Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp


Novembro 2010 l

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B8

Cinto de segurança salva vidas

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JORNAL ENTREPOSTO


JORNAL ENTREPOSTO l

Novembro 2010

Ceasas Brasil Ferramenta desenvolvida pela Ceasa MG mapeia caminhos do abastecimento Quais as trajetórias de um produto após o momento da colheita? Quais caminhos podem ser mais rentáveis para os produtores rurais? Um fluxograma elaborado por técnicos da CeasaMinas busca responder a essas perguntas, decifrando as várias alternativas de comercialização. A ferramenta funciona como um guia principalmente para os produtores rurais do setor de frutas, legumes e verduras (FLV). O trabalho foi elaborado pelo chefe do Departamento de Operações da CeasaMinas, engenheiro agrônomo Gustavo Costa Almeida, e o orientador de mercado, Davi Benedito. De acordo com Almeida, é necessário que o produtor conheça melhor o leque de comercialização, algo ainda desconhecido para muitos deles. “Além do produtor, os varejistas e atacadistas também serão beneficiados com a possibilidade de planejar até qual ponto podem chegar diante do trajeto de comércio exposto pelo fluxograma”. O fluxograma vem para mapear o mercado e tem um caráter estratégico. “É preciso entender o que acontece com os produtos quando saem das lavouras até chegarem na mesa do consumidor”, destaca Gustavo ao classificar a importância do fluxograma para maior orientação dos usuários da Ceasa. As alternativas de comercialização de frutas e hortaliças por um produtor rural são muitas e podem trazer inovação à produção de muitos deles. Após ser colhido, os três principais destinos de um produto são as Ceasas, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o mercado varejista. Dentro das Ceasas, o produtor tem como uma das opções a comercialização dentro do Mercado Livre do Produtor (MLP). Em geral, esse espaço, também conhecido como “pedra”, é aberto apenas a agricultores dos próprios estados. O MLP, segundo Gustavo Almeida, é marcado por vendas mais “picadas”, clientela ampla e diversificada, fazendo desse espaço uma fonte mais segura de comercialização. Outra alternativa é o mercado de lojas atacadistas nos entrepostos, caracterizado por vendas rápidas, em escala e com bons lucros. “Entretanto, a garantia de venda no setor de lojas é pequena, o que pode dar uma instabilidade à comercialização do produtor”. PAA O PAA é uma parceria entre a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), e o produtor rural, que garante a compra direta dos produtos que podem ser doados para diversos programas sociais. Os hortigranjeiros produzidos pelos produtores rurais são encaminhados diretamente para os beneficiados. O preço pago pela Conab é referente aos custos gastos na lavoura e a mão-de-obra o que dá a eles recursos financeiros suficientes para a sobrevivência e compatíveis com o mercado local. Os produtos destinados ao PAA beneficiam restaurantes populares, escolas públicas, presídios, universidades e hospitais. Os bancos de alimentos de algumas centrais de abastecimento funcionam como elo logístico, no recebimento, seleção e encaminhamento das doações para entidades filantrópicas cadastradas. Varejo Já a venda direta para os super e hipermercados exige o atendimento de várias padrões de qualidade. É comum as grandes redes de varejo exigirem, por exemplo, identificação da origem dos fornecedores, além de produtos classificados e embalagens adequadas e regularidade na oferta. De acordo com Gustavo Almeida, o lucro para quem investe na produção destinada a varejistas é grande, mas os investimentos são proporcionais aos ganhos. “É fundamental que o produto seja bem selecionado, higienizado e em alguns casos até embalado ou processado”, explica. No varejo encontramos setores diversos como sacolões, supermercados, feiras livre, condomínios, bares, lanchonetes, hotéis, cozinhas industriais, entre outros. Todos são estabelecimentos destinados ao consumidor final, o que difere do PAA e da comercialização nas Ceasas.

C1 JORNAL ENTREPOSTO Caderno de Notícias

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Índice Ceagesp registra elevação em outubro Setor de frutas também contribuiu para aumento do balizador As recuperações dos preços nos setores de verduras e legumes influenciaram a alta de 2,73% do Índice Ceagesp, balizador que acompanha a variação de preços de produtos in natura comercializados no atacado. “Os preços desses setores estavam próximos ao custo de produção. Mesmo com esse aumento, a maioria dos produtos é ótima opção de compra para o consumidor”, analisa o economista da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Flávio Godas. No ano, o Índice acumula alta de 2,56% e, nos últimos 12 meses, elevação de 4,78%. Com aumento de 10,55%, as principais altas no setor de Legumes foram para o quiabo (18%), a berinjela (24%), o tomate (18%), a mandioquinha (23%). As principais baixas foram para o pimentão verde (-11%) e para o pimentão amarelo (-28%). Já no setor de verduras as altas mais acentuadas foram do brócolis (26%), do milho verde (18%),da rúcula (26%), da escarola (18%) e da couve-flor (15%). “A partir de novembro as condições climáticas – altas temperaturas e chuvas frequentes - devem influenciar negativamente a oferta de legumes e verduras. Os preços nesses setores devem continuar apresentando recuperação”, comenta Godas. O setor de frutas também contribuiu para a alta do Índice, com o aumento de 2,59%. As principais altas foram do maracujá azedo (35%), do morango (14%), da laranja lima (13%) e do abacate (29%). As baixas mais acentuadas foram para a manga tommy (-12%), o limão (-11%), o mamão papaya (-7%) e a uva (-8%). “Para novembro espera-se um aumento significativo do volume ofertado de frutas para atender a maior demanda no final de ano. Mesmo com o aumento do volume ofertado, não há expectativa de redução de preços nesse setor”, explica Godas. Outro setor a apresentar alta foi o de diversos, com 0,62%. Principais altas: batata comum (11%) e amendoim (5%). Principais baixas: cebola (-11%) e coco seco (-13%). O único setor a contabilizar retração foi o de pescado, com 2,83%. As principais quedas foram do atum (-20%), da corvina (-9%), do pintado (-6%) e do salmão (-6%). As principais altas foram do espada (19%) e do polvo (7%).

Programa da Ceasa Campinas inclui mais hortifrutis na merenda escolar A merenda escolar das mais de 500 unidades escolares públicas de Campinas ganhou este ano 39% mais frutas, verduras e legumes. O programa, que é administrado pela Ceasa em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, também está implantando um trabalho para combater a obesidade na infância. O trabalho inclui palestras, orientações aos educadores e cozinheiras e, segundo a central de abastecimento, tem o objetivo de desenvolver hábitos alimentares saudáveis nas crianças. Só este ano as nutricionistas da Ceasa fizeram mais de 150 palestras para alunos, pais e professores sobre o assunto. Além dos cursos de reciclagem, as cozinheiras estão participando de um trabalho de avaliação e orientação nutricional.


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Meio Ambiente Pesquisa relaciona plantio direto com melhoria da qualidade da água Apesar do amplo conhecimento sobre as técnicas de manejo conservacionistas na agricultura, sua taxa de adoção ainda é muito baixa no mundo. O Sistema de Plantio Direto (SPD), por exemplo, foi exaustivamente pesquisado e teve sua eficácia no controle da erosão comprovada de diversas formas. Sua adoção, entretanto, concentra-se nos EUA, Brasil, Argentina, Austrália e Canadá. No Brasil, o ingresso do plantio direto foi impulsionado por uma complexa estrutura social que promoveu a interação entre instituições de pesquisa e desenvolvimento, órgãos extencionistas, indústrias de máquinas e insumos e o próprio produtor. A intensa mecanização da agricultura, com ápice na década de 1970, potencializou a vulnerabilidade dos solos aos processos erosivos. O estado do Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de grãos à época, enfrentava sérios problemas de erosão e assoreamento de rios. A preocupação dos produtores, aliada à oferta de novas tecnologias e interesse dos órgãos de pesquisa e extensão permitiu ao estado a ampla implantação do Sistema Plantio Direto. Segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, cerca de 87% das áreas produtoras de grãos no RS são manejadas sob o Sistema Plantio Direto. Orientada pelo professor Gerd Sparovek, do departamento de Ciência do Solo (LSO), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), a ecóloga Jane Siqueira Lino aplicou um modelo espacial de predição de erosão em grandes bacias hi-

drográficas do Rio Grande do Sul. O estudo, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas, observou a dinâmica espaço-temporal da produção de sedimentos em função das mudanças de uso e manejo do solo no RS, com objetivo de verificar a hipótese de que a evolução em área do SPD no Rio Grande do Sul reduziu a carga de sedimentos nas bacias. “Atualmente, a conciliação entre o fornecimento de serviços ambientais e o suprimento das demandas agrícolas passa pelo planejamento estratégico do uso do solo. As decisões que nortearão este planejamento devem estar embasadas por conhecimento comprovado dos critérios de restrição de uso, conservação do solo e sustentabilidade da produção. E a produção deste conhecimento deve vir da ciência do solo”, comenta a pesquisadora. O RS como laboratório No Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de grãos do país, hoje o SPD é adotado quase na totalidade das lavouras, tendo também aumentado muito ao longo dos anos. “Toda a produção de grãos se concentra na região noroeste do estado, enquanto que a metade sul é e sempre foi ocupada por pastagens naturais. Assim, a dinâmica de mudança de uso do solo no estado se concentra numa região, considerando as pastagens como áreas controle. Ou seja, o contexto histórico e espacial do estado faz dele um laboratório único para avaliação da eficiência do plantio direto no controle da erosão em larga escala”, conta a

ecóloga. Tendo como base os Censos Agropecuários e relatórios da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-RS), a pesquisadora mapeou o uso do solo nos anos de 1985, 1996 e 2006. Dados de carga de sedimentos foram obtidos de 23 bacias, para os mesmos períodos. A carga de sedimentos serviu como base de validação dos resultados estimados pelo modelo de erosão. Na prática, Jane habilitou um modelo de perda

de solo adaptado à larga escala, com intenção de prever impactos da erosão em diferentes cenários de mudança de uso do solo. “A principal forma de estimar taxas de erosão é por meio de modelos. Contudo, grande parte deles foi desenvolvida na escala de parcelas experimentais. Logo, é preciso adaptar a obtenção dos parâmetros do modelo para uma grande área por meio da utilização de dados disponíveis em bases públicas, já que não é possível fazer medições em campo

suficientes para uma área grande”, explica. O teste do modelo de perda de solo teve resultados satisfatórios e destacou o uso e o manejo do solo como fatores mais influentes na perda de solo por erosão. Assim, a pesquisa utilizou modelos de perda de solo adaptados a grandes áreas para estimar a erosão. “Identificamos que a carga de sedimentos em bacias não variou nas bacias com predomínio de pastagens entre os anos de 1985 e 2006. Por sua vez, nas ba-

cias agrícolas, onde houve aumento da área manejada com plantio direto, houve diminuição da carga de sedimentos nos intervalos entre 1985 e 1996 e 1996 e 2006. Em 2006, com a máxima adoção de plantio direto, a carga de sedimentos das bacias com SPD se igualou à carga das bacias com menor proporção de área agrícola”, relata a autora da pesquisa. Na prática, a adoção do SPD apresentou uma redução média na carga de sedimentos de 82%, valor próximo da redução das taxas de erosão. De acordo com a pesquisadora, modelos como o desenvolvido neste projeto podem subsidiar a tomada de decisão, com potencial para avaliação de serviços ambientais fornecidos pelos agricultores, reconhecendo seu papel na disseminação de técnicas de conservação do solo. O sucesso na análise permite que os resultados sejam usados na modelagem de cenários futuros de mudança de uso do solo, inclusive podendo prever os impactos destas mudanças. Além disso, pode subsidiar a avaliação de fornecimento de serviços ambientais relativos à qualidade da água. “Por fim, o modelo permite ainda subsidiar a adaptação de sistemas de produção visando atender às novas exigências do mercado global, que cada vez mais tem considerado a sustentabilidade da produção para conservação de recursos naturais e, entre eles, o solo tem aparecido como crescente preocupação, já que dependem da sua conservação a manutenção tanto da produtividade agrícola quanto da qualidade ambiental”, conclui.

CLIMA

Mudanças climáticas prejudicam mais os agricultores familiares Especialistas defendem a necessidade de discutir adaptações para que as populações vulneráveis sofram menos As mudanças climáticas afetarão mais os agricultores familiares que os grandes produtores, disse o presidente do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimenta), Renato Maluf, ao participar de seminário sobre mudanças climáticas realizado nesta quinta-feira (11). De acordo com ele, o plano de mudanças climáticas não valoriza suficientemente a agricultura familiar, embora ela seja mais vulnerável às mudanças das condições ambientais. “Estamos preparando propostas para incluir

adaptações no plano de mudanças climáticas. O conhecimento das populações tradicionais será uma contribuição importante.” “As mudanças climáticas afetam a produção de alimentos, sobretudo das populações rurais que produzem parte importante daquilo que consumimos, como os agricultores familiares”, disse Maluf. Ao se referir aos conhecimentos das populações tradicionais, Maluf assinala que se trata de usar práticas já aplicadas por aqueles que vivem na região para amenizar os efeitos das mudanças climáticas no ambiente. Durante o seminário, especialistas disseram que a parcela mais pobre é que mais sofre com as mudanças climáticas por viver em regiões mais vulneráveis, como encostas. “Mudanças como a dos regimes de chuvas nos fazem pensar como nos prepararmos e melhorar as condições de vidas dessas populações para que possam resistir e não ficar tão vulnerá-

veis”, diz a secretária executiva do Comitê de Entidades no Combate à Fome e Pela Vida, Gleyse Peiter. O presidente do Conaea afirma que a discussão sobre as mudanças climáticas e as desigualdades sociais estão estreitamente ligadas. “A discussão de adaptação de vulnerabilidades climáticas é, ao mesmo tempo, um debate para enfrentar a desigualdade social e a pobreza”. Em sua palestra, o coordenador-geral de Mudanças Globais de Clima do Ministério de Ciência e Tecnologia, José Domingos Gonzalez, disse que as alterações no clima já são uma realidade e agora é preciso discutir as adaptações necessárias para que as populações vulneráveis sofram menos. “O aquecimento global vai acontecer. Precisamos de um plano de adaptação que deve ser focado na diminuição das vulnerabilidades locais, como fortes chuvas e os ventos”. Agência Brasil


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Desmate no Cerrado e Brasil recicla agricultura 98,2% das latas são desa�ios de alumínio brasileiros vendidas para reduzir emissões O Brasil atingiu no ano passado

mais um recorde de reciclagem de latas de alumínio. Foram reutilizadas 98,2% das latas vendidas. Ao todo, 198,8 mil toneladas de alumínio, das 202,5 mil toneladas vendidas, foram recicladas. Os dados constam do balanço da coleta do material divulgado hoje (28) pela Abal ( Associação Brasileira do Alumínio) e a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade). Com o resultado, segundo as entidades, o Brasil conquista pela nona vez consecutiva o posto do país com maior índice de reciclagem de latas do mundo. Na comparação entre 2009 com o ano anterior, a quantidade de latas recicladas aumentou 19,9%. Em 2008, foram reutilizadas 91,6% das latas vendidas pela indústria, o que representa cerca de 165 mil toneladas. Em 2009, a reciclagem das latas de alumínio movimentou R$ 1,3 bilhão. Deste total, R$ 382 milhões foram gerados só com trabalho de coleta do material. “Se toda coleta de latas fosse feita por uma empresa só, ela estaria entre as mil maiores do país”, complementou Henio de Nicola, presidente da Abal, em entrevista coletiva em São Paulo. Com a reciclagem do alumínio das latas, também foram economizados 2,9 mil gigawatts-hora (GWh). Com esta energia, seria possível atender a demanda anual de uma cidade como Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, que tem 1,2 milhão de habitantes.

Desmatamento na Amazônia mantém tendência de queda Em setembro deste ano, a Amazônia perdeu 170 quilômetros quadrados (km²) de floresta, de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados nesta quarta-feira (3) pela organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia). O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado pelos satélites em setembro do ano passado. Em agosto, o Imazon também tinha apontado tendência de queda do ritmo de desmatamento na região. Em 2010, a derrubada em agosto foi 23% menor que no mesmo mês de 2009. Mato Grosso liderou o desmatamento em setembro, com 81 km² de florestas a menos (48% do total de desmatamento). O Pará vem em segundo lugar, com 31 km² desmatados, seguido por Rondônia (23 km²), Amazonas (19 km²) e Acre (12 km²). Em Roraima e no Tocantins, os satélites do Imazon registraram apenas 2 km² de novos desmatamentos em cada estado. Além do corte raso (desmatamento total de uma área), o sistema do Imazom também registra a degradação florestal, que inclui florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e (ou) queimadas. Em setembro, a degradação avançou por 500 km², área 147% maior que a registrada no mesmo mês de 2009. O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os números de setembro. Este mês, o Inpe também deve anunciar a taxa anual de desmatamento. A expectativa do governo é que o número seja o menor dos últimos 21 anos e fique em torno de 5 mil km². Agência Brasil

As mudanças no uso da terra e florestas que inclui o desmatamento ainda são o principal fator responsável pelas emissões do Brasil, com 61% do total. O desafio agora será conter o desmate em outros biomas, principalmente no Cerrado, e reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agropecuária. O alto potencial de emissões do setor está ligado ao lançamento, na atmosfera, de gases como o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) que são muito mais prejudiciais para o aquecimento do planeta que o dióxido de carbono (CO2). A agropecuária, que é a segunda maior fonte de emissões, precisa ser tratada como um desafio. A boa notícia é que já existe tecnologia para começar a discussão de como reduzir as emissões no setor, disse o consultor do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo.

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Algumas empresas brasileiras têm mostrado interesse em compensar os gases poluentes que emitem com a compra de créditos de carbono

Mercado de carbono precisa de regras claras para se desenvolver no Brasil, diz estudo

O Brasil precisa ter regras mais claras para desenvolver o mercado de créditos de carbono, ao estabelecer quem deve regular esse comércio e como o crédito deve ser tributado pelo Estado e contabilizado nos balanços das empresas. A conclusão é de uma série de estudos divulgada nesta terça-feira (9) e feita a pedido da BM&F Bovespa. O mercado de créditos de carbono foi estabelecido pelo Protocolo de Quioto, que estabelece metas de redução da emissão de gases poluentes na atmosfera para os países desenvolvidos. O acordo internacional também permite que as empresas desses países, para cumprir suas metas, “comprem” o gás poluente (carbono) que deixa de ser emitido por empresas “limpas” (isto é, que não emitem gases). Como, pelo tratado, o Brasil não é obrigado a reduzir suas emissões, as empresas brasileiras podem desenvolver os chamados “mecanismos de desenvolvimento limpo” e vender créditos desse carbono não emitido

para empresas poluidoras de outros países. Além de vender créditos de carbono para o mercado internacional, o Brasil também vem desenvolvendo um mercado interno, pois algumas empresas brasileiras têm mostrado interesse em, voluntariamente, compensar os gases poluentes que elas emitem, com a compra desses créditos. Segundo os estudos encomendados pela Bovespa, tanto para o mercado internacional quanto para o mercado doméstico, há a necessidade de haver regras mais específicas para o comércio.Segundo Antonio Fernando Pinheiro Pedro, um dos realizadores do estudo, a Lei 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre a Mudança do Clima, prevê a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. O mercado brasileiro, no entanto, ainda não foi regulamentado. “Um país que é voluntário pode estar mais bem posicionado no cenário mundial se ele estabelecer mecanismos que demonstrem, efetivamente, que ele está se adequando,

em termos nacionais, ao processo de redução de gases de efeito estufa”, disse. Apesar disso, para o especialista em Energia do Banco Mundial Christophe de Gouvello, o Brasil já deu o primeiro passo para estabelecer um mercado nacional de crédito de carbono, ao criar a Lei 12.187, que também prevê metas de redução de gases poluentes no país. “Estamos no início do caminho. O primeiro passo para um mercado de carbono no Brasil é ter metas. E o governo já tomou uma decisão muito corajosa, de anunciar ao mundo, suas metas”, afirmou. Os estudos também identificaram a necessidade de uma maior participação do setor público no mercado de crédito de carbono, com a elaboração de projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo. Um dos estudos funciona como um guia para orientar o setor público a explorar essa área. Agência Brasil

Empresas querem incentivos �iscais para reduzir emissões de gases de efeito estufa Setor produtivo também exige linha de crédito De olho nas exigências dos mercados internacionais por produtos sustentáveis e em políticas tributárias que possam beneficiar empresas que assumem compromissos ambientais, um grupo de grandes empresários assinou um documento com sugestões ao governo para estimular a redução de emissões de gases de efeito estufa nos setores de energia, transportes e agropecuária. A maioria das propostas sugere medidas econômicas que estimulem a adoção de práticas mitigadoras de emissões, desde a concessão de incentivos fiscais a pedidos de linhas de crédito específicas para atividades de baixo carbono. “O Brasil tem papel de protagonista na construção de uma economia de baixa intensidade de carbono. Essa tarefa deve ser compartilhada entre esforços públicos e privados em uma agenda de implementação de instrumentos econômicos e que incentive investimentos e atividades que permitam a redução das emissões”, diz o documento, assinado por empresas como Vale, Suzano, Monsanto, Camargo Correa e Natura. Em 2009, o governo brasileiro assumiu um compromisso internacional de redução das emissões nacionais de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020. No entanto, ainda não está definido como cada setor vai diminuir sua fatia de emissões. No último dia 26, durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o governo prometeu entregar ainda este ano planos de redução para cinco setores: energia, siderurgia, agricultura e para o combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado. As sugestões apresentadas hoje pelas empresas contemplam as áreas de energia, transportes e agropecuária. De acordo com o Inventário Nacional de Emissões, energia e agropecuária são responsáveis, respectivamente, por 19% e s 15% dos gases de efeito estufa lançados pelo país na atmosfera. As emissões de transporte estão incluídas no setor de energia. Entre as propostas da plataforma Empresas pelo Clima, estão investimentos na eficiência energética no setor industrial e a criação de linhas de crédito para financiar projetos desse tipo. No setor de transportes, a principal demanda é a diversificação do modal de transporte do país, com ampliação da infraestrutura ferroviária e aquaviária. As empresas também defendem a “promoção da sustentabilidade na mobilidade urbana”, e sugerem investimentos em novos modelos de transporte público, como o BRT (sigla do inglês Bus Rapid Transit). Para o setor agropecuário, as empresas defendem, por exemplo, o aumento de subsídios para a produção de matérias-primas para biocombustíveis e facilidades de crédito para que os produtores rurais adotem técnicas agrícolas que reduzem emissões de gases, como o plantio direto e a recuperação de pastagens degradadas.


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Desmate no Cerrado e Brasil recicla agricultura 98,2% das latas são desa�ios de alumínio brasileiros vendidas para reduzir emissões O Brasil atingiu no ano passado

mais um recorde de reciclagem de latas de alumínio. Foram reutilizadas 98,2% das latas vendidas. Ao todo, 198,8 mil toneladas de alumínio, das 202,5 mil toneladas vendidas, foram recicladas. Os dados constam do balanço da coleta do material divulgado hoje (28) pela Abal ( Associação Brasileira do Alumínio) e a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade). Com o resultado, segundo as entidades, o Brasil conquista pela nona vez consecutiva o posto do país com maior índice de reciclagem de latas do mundo. Na comparação entre 2009 com o ano anterior, a quantidade de latas recicladas aumentou 19,9%. Em 2008, foram reutilizadas 91,6% das latas vendidas pela indústria, o que representa cerca de 165 mil toneladas. Em 2009, a reciclagem das latas de alumínio movimentou R$ 1,3 bilhão. Deste total, R$ 382 milhões foram gerados só com trabalho de coleta do material. “Se toda coleta de latas fosse feita por uma empresa só, ela estaria entre as mil maiores do país”, complementou Henio de Nicola, presidente da Abal, em entrevista coletiva em São Paulo. Com a reciclagem do alumínio das latas, também foram economizados 2,9 mil gigawatts-hora (GWh). Com esta energia, seria possível atender a demanda anual de uma cidade como Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, que tem 1,2 milhão de habitantes.

Desmatamento na Amazônia mantém tendência de queda Em setembro deste ano, a Amazônia perdeu 170 quilômetros quadrados (km²) de floresta, de acordo com os números do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados nesta quarta-feira (3) pela organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia). O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado pelos satélites em setembro do ano passado. Em agosto, o Imazon também tinha apontado tendência de queda do ritmo de desmatamento na região. Em 2010, a derrubada em agosto foi 23% menor que no mesmo mês de 2009. Mato Grosso liderou o desmatamento em setembro, com 81 km² de florestas a menos (48% do total de desmatamento). O Pará vem em segundo lugar, com 31 km² desmatados, seguido por Rondônia (23 km²), Amazonas (19 km²) e Acre (12 km²). Em Roraima e no Tocantins, os satélites do Imazon registraram apenas 2 km² de novos desmatamentos em cada estado. Além do corte raso (desmatamento total de uma área), o sistema do Imazom também registra a degradação florestal, que inclui florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e (ou) queimadas. Em setembro, a degradação avançou por 500 km², área 147% maior que a registrada no mesmo mês de 2009. O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os números de setembro. Este mês, o Inpe também deve anunciar a taxa anual de desmatamento. A expectativa do governo é que o número seja o menor dos últimos 21 anos e fique em torno de 5 mil km². Agência Brasil

As mudanças no uso da terra e florestas que inclui o desmatamento ainda são o principal fator responsável pelas emissões do Brasil, com 61% do total. O desafio agora será conter o desmate em outros biomas, principalmente no Cerrado, e reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agropecuária. O alto potencial de emissões do setor está ligado ao lançamento, na atmosfera, de gases como o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) que são muito mais prejudiciais para o aquecimento do planeta que o dióxido de carbono (CO2). A agropecuária, que é a segunda maior fonte de emissões, precisa ser tratada como um desafio. A boa notícia é que já existe tecnologia para começar a discussão de como reduzir as emissões no setor, disse o consultor do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo.

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Algumas empresas brasileiras têm mostrado interesse em compensar os gases poluentes que emitem com a compra de créditos de carbono

Mercado de carbono precisa de regras claras para se desenvolver no Brasil, diz estudo

O Brasil precisa ter regras mais claras para desenvolver o mercado de créditos de carbono, ao estabelecer quem deve regular esse comércio e como o crédito deve ser tributado pelo Estado e contabilizado nos balanços das empresas. A conclusão é de uma série de estudos divulgada nesta terça-feira (9) e feita a pedido da BM&F Bovespa. O mercado de créditos de carbono foi estabelecido pelo Protocolo de Quioto, que estabelece metas de redução da emissão de gases poluentes na atmosfera para os países desenvolvidos. O acordo internacional também permite que as empresas desses países, para cumprir suas metas, “comprem” o gás poluente (carbono) que deixa de ser emitido por empresas “limpas” (isto é, que não emitem gases). Como, pelo tratado, o Brasil não é obrigado a reduzir suas emissões, as empresas brasileiras podem desenvolver os chamados “mecanismos de desenvolvimento limpo” e vender créditos desse carbono não emitido

para empresas poluidoras de outros países. Além de vender créditos de carbono para o mercado internacional, o Brasil também vem desenvolvendo um mercado interno, pois algumas empresas brasileiras têm mostrado interesse em, voluntariamente, compensar os gases poluentes que elas emitem, com a compra desses créditos. Segundo os estudos encomendados pela Bovespa, tanto para o mercado internacional quanto para o mercado doméstico, há a necessidade de haver regras mais específicas para o comércio.Segundo Antonio Fernando Pinheiro Pedro, um dos realizadores do estudo, a Lei 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre a Mudança do Clima, prevê a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. O mercado brasileiro, no entanto, ainda não foi regulamentado. “Um país que é voluntário pode estar mais bem posicionado no cenário mundial se ele estabelecer mecanismos que demonstrem, efetivamente, que ele está se adequando,

em termos nacionais, ao processo de redução de gases de efeito estufa”, disse. Apesar disso, para o especialista em Energia do Banco Mundial Christophe de Gouvello, o Brasil já deu o primeiro passo para estabelecer um mercado nacional de crédito de carbono, ao criar a Lei 12.187, que também prevê metas de redução de gases poluentes no país. “Estamos no início do caminho. O primeiro passo para um mercado de carbono no Brasil é ter metas. E o governo já tomou uma decisão muito corajosa, de anunciar ao mundo, suas metas”, afirmou. Os estudos também identificaram a necessidade de uma maior participação do setor público no mercado de crédito de carbono, com a elaboração de projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo. Um dos estudos funciona como um guia para orientar o setor público a explorar essa área. Agência Brasil

Empresas querem incentivos �iscais para reduzir emissões de gases de efeito estufa Setor produtivo também exige linha de crédito De olho nas exigências dos mercados internacionais por produtos sustentáveis e em políticas tributárias que possam beneficiar empresas que assumem compromissos ambientais, um grupo de grandes empresários assinou um documento com sugestões ao governo para estimular a redução de emissões de gases de efeito estufa nos setores de energia, transportes e agropecuária. A maioria das propostas sugere medidas econômicas que estimulem a adoção de práticas mitigadoras de emissões, desde a concessão de incentivos fiscais a pedidos de linhas de crédito específicas para atividades de baixo carbono. “O Brasil tem papel de protagonista na construção de uma economia de baixa intensidade de carbono. Essa tarefa deve ser compartilhada entre esforços públicos e privados em uma agenda de implementação de instrumentos econômicos e que incentive investimentos e atividades que permitam a redução das emissões”, diz o documento, assinado por empresas como Vale, Suzano, Monsanto, Camargo Correa e Natura. Em 2009, o governo brasileiro assumiu um compromisso internacional de redução das emissões nacionais de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020. No entanto, ainda não está definido como cada setor vai diminuir sua fatia de emissões. No último dia 26, durante reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, o governo prometeu entregar ainda este ano planos de redução para cinco setores: energia, siderurgia, agricultura e para o combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado. As sugestões apresentadas hoje pelas empresas contemplam as áreas de energia, transportes e agropecuária. De acordo com o Inventário Nacional de Emissões, energia e agropecuária são responsáveis, respectivamente, por 19% e s 15% dos gases de efeito estufa lançados pelo país na atmosfera. As emissões de transporte estão incluídas no setor de energia. Entre as propostas da plataforma Empresas pelo Clima, estão investimentos na eficiência energética no setor industrial e a criação de linhas de crédito para financiar projetos desse tipo. No setor de transportes, a principal demanda é a diversificação do modal de transporte do país, com ampliação da infraestrutura ferroviária e aquaviária. As empresas também defendem a “promoção da sustentabilidade na mobilidade urbana”, e sugerem investimentos em novos modelos de transporte público, como o BRT (sigla do inglês Bus Rapid Transit). Para o setor agropecuário, as empresas defendem, por exemplo, o aumento de subsídios para a produção de matérias-primas para biocombustíveis e facilidades de crédito para que os produtores rurais adotem técnicas agrícolas que reduzem emissões de gases, como o plantio direto e a recuperação de pastagens degradadas.


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CÁ ENTRE NÓS

Vamos nos animar?

Os produtores de abacate, que estão colhendo os frutos nesta época, estão sorrindo de orelha a orelha, com o preço favorável da fruta e já pensam em aumentar as plantações. Já a uva, um dos símbolos do Natal brasileiro, vem sofrendo com as intempéries climáticas. Chuvas de vento e granizo que atingiram as áreas de produção levaram metade da safra ao chão e os produtores já contabilizam os prejuízos. Então, vamos saborear a manga, já que o preço está bem atraente. *****

No dia 11 de dezembro, às 9h, será realizada a tradicional missa de Santa Luzia, padroeira da Ceagesp. A cerimônia será celebrada pelo bispo Dom João Mamede e pelo diácono Luiz Carlos de Laet. Durante a celebração haverá batizados e o coral Amigos do

Padre Kirano entoará canções natalinas. O presidente do Sindicar, José Pinheiro, convida a todos para este momento religioso onde sepultaremos os nossos fracassos e plantaremos a esperança que nascerá junto com o novo ano. ***** A Associação Nossa Turma está com a lista das sacolinhas de Natal das crianças que frequentam a entidade. Quem quiser participar fazendo o kit que consiste em um calçado, uma roupa e um brinquedo novo é só ligar e falar com Bruno ou Tiago para pegar o nome e o manequim da criança. Os telefones são 3643-3737 e 3832-3366 No dia 18 de dezembro, o presente será entregue às crianças numa grande festa natalina que ocorrerá no pátio do PBCF. Cantores interpre-

Manelão* Colunista

tando músicas infantis se apresentarão e o balé infantil do programa Raul Gil já confirmou presença. O som ficará por conta da DJ internacional Ana John. Para que tudo isso possa acontecer, agradecemos em primeiro lugar a Deus, que nos dá motivação para os nossos sonhos se tornarem realidade, à direção da Companhia, aos voluntários e permissionários, ao Viva Condomínio, que está arrecadando brinquedos no entorno do mercado, ao Rotary da Lapa, ao Instituto da Criança e a você, que mesmo no anonimato, não nos deixa perder a esperança. A festa começa às 16h e vai até as 20h. O ponto culminante será a chegada do Papai Noel, que este ano vem de helicóptero. A festa é aberta a toda a comunidade. Venha participar!

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GASTRONOMIA E TURISMO

Mercado de BH revela tradição mineira Polo gastronômico de Minas Gerais reúne história e cultura do estado do Sudeste brasileiro Belo Horizonte era uma jovem cidade de 31 anos quando um prefeito empreendedor resolveu reunir, num só local, os produtos destinados ao abastecimento dos seus 47.000 habitantes. Havia, nessa época, duas feiras: a feira da Praça da Estação e a feira da praça da atual rodoviária. Foi assim que o Mercado Central nasceu, em 7 de setembro de 1929. O prefeito Cristiano Machado reuniu os feirantes num terreno de 22 lotes, próximo à Praça Raul Soares, centralizando o abastecimento da cidade. As barracas de madeira se enfileiravam nos 14.000 m2 do terreno descoberto, circundado pelas carroças que transportavam os produtos. O mercado, então Mercado Municipal de BH, com sua atividade intensa e movimento alegre, funcionou até 1964, quando o então prefeito Jorge Carone resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira. Para impedir o fechamento do espaço, os comerciantes do local se organizaram liderados pelo Dico, como era conhecido o sr. Raimundo Pereira Lima, criaram cooperativa e compraram imóvel da prefeitura. No entanto, uma dificuldade aparecia no caminho: teriam que construir um galpão

coberto, na área total do terreno; em cinco anos. Se não conseguissem, teriam que devolver a área à prefeitura. A tarefa não foi fácil. A cada dia novas dificuldades impediam o início da construção. A 15 dias do prazo dado pela prefeitura, ainda faltava o fechamento. Foi então que os Irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo, fundadores do Banco Mercantil do Brasil, decidiram, acreditar no empreendimento e investiram no projeto, financiando a construção, confiados no valor do Mercado para a cidade e na amizade do administrador do mercado, sr. Olímpio Marteleto. Foram contratadas quatro construtoras, cada uma responsável por uma lateral, para que o galpão pudesse ser fechado no prazo estabelecido. Ao fim de 15 dias, os 14.000 m2 de terreno estavam totalmente fechados... Os associados, com seu empreendedorismo e entusiasmo, viam seu esforço recompensado. Decidiram-se, desde cedo, por um meio democrático de escolha de seu administrador, elegendo, a cada quatro anos, 31 conselheiros e escolhendo, entre eles, um diretor - presidente, um diretor financeiro e um diretor-secretário. Assim, bem organizado e com participação ativa dos comerciantes, o mercado, a

cada dia, ampliava suas atividades, expandia seus negócios e se transformava em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas também de artesanato e comida típica.

:: SERVIÇO :: Mercado Municipal de Belo Horizonte

Av. Augusto de Lima, 744 · Centro Fones: (31) 3274 9434 | 3274 9473

Horário de funcionamento: De segunda a sábado, das 7h às 18h Domingos e feriados, das 7h às 13h


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Transporte

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LANÇAMENTO

Nova fabricante chega ao Brasil para disputar mercado de caminhões Empresa norteamericana investe US$200 milhões no país e anuncia novo caminhão para 2011

nova linha de produção que abastecerá o mercado interno enquanto a fábrica própria da NC2 não fica pronta. “Estamos felizes por entrar no mercado brasileiro, que é um dos mercados prioritários em todo o mundo, e será o centro das nossas iniciativas de distribuição futuras no Mercosul”, disse Saltiel durante coletiva de imprensa para anunciar as operações no Brasil. “A Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil são o melhor momento para começarmos nossas operações no Brasil”, completou. Segundo Saltiel, o objetivo da NC2 é inicialmente ter um índice de nacionalização de componentes de 60%, que poderá chegar a cerca de 90% quando a fábrica própria, em local ainda não definido, estiver pronta.

Da associação entre a Navistar, maior fabricante de caminhões dos Estados Unidos e a a Caterplillar, maior produtora mundial de equipamentos pesados, nasceu a NC2, que anunciou, no final de outubro, planos para ter uma fábrica de caminhões no Brasil com objetivo de ser uma das cinco maiores do setor no país até 2015, em um mercado dominado por marcas europeias. A nova companhia, formada há cerca de um ano, vai investir US$ 200 milhões no Brasil para compras de equipamento, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, contratação e treinamento de funcionários. Investimento adicional para a construção de uma nova montadora até 2012 também está nos planos da empresa. “Já começamos a investir em projetos de expansão de longo prazo no Brasil, o que inclui a produção doméstica de caminhões nesse ano e o lançamento de uma novíssima plataforma de cabine em cima do motor de última geração em 2012”, disse o presidente da NC2, Al Saltiel. Atualmente, a Navistar produz seus veículos em uma fábrica da Agrale em Caxias do Sul (RS), que receberá investimentos de US$ 10 milhões para introdução de uma

Mercado Segundo a Anfavea, associação que representa o setor, em setembro as vendas de caminhões no Brasil somaram 13.221 unidades, considerando todas as categorias de semileves a pesados, aumento de 31% sobre o mesmo mês de 2009. No acumulado do ano até setembro, as vendas foram de 112.142 unidades, 50,4% mais em relação a um ano antes. A NC2 trabalha com a expectativa de que o mercado brasileiro de caminhões, hoje dominado por Ford, Iveco, MAN, Mecerdes-Benz, Scania e Volvo, tenha vendas de 110 mil unidades este ano, chegando a 160 mil em 2015, após 90 mil unidades comercializadas em 2009. Para estrear suas vendas no Brasil, a empresa lançará em 2011 o modelo semipesado DuraStar, vendido atualmente nos Estados Unidos.

Radares vão multar quem não fez a inspeção veicular em SP

Peugeot anuncia recall dos carros modelos 207 e picape Hoggar

Volvo lança caminhão para aumentar mercado no Brasil

Montadora Scania estuda fusão com a MAN

Os radares da cidade de São Paulo começam a multar ainda em novembro os veículos que não passaram pela inspeção veicular ambiental, obrigatória na capital paulista. No total, 177 equipamentos têm o sistema de Leitura Automática de Placas e poderão fiscalizar a regra, de modo semelhante como acontece com o rodízio. Os veículos serão flagrados sempre que passarem por um dos radares habilitados - o equipamento consegue identificar quem deixou de fazer a inspeção veicular ao cruzar a placa com a base de dados da Controlar, concessionária responsável pelo teste ambiental nos veículos. Apenas uma multa por dia será emitida. A lei que regulamentou a obrigatoriedade da inspeção também determinou que no máximo quatro autuações sejam aplicadas por mês. O valor da multa é de R$ 550. A data exata para o início das autuações depende de uma portaria conjunta das Secretarias do Verde e do Meio Ambiente e dos Transportes regulamentando a fiscalização e a previsão é de que as multas comecem a ser aplicadas no máximo até o fim do mês.

A Peugeot anunciou o recall de veículos ano 2010 dos modelos 207 (versões hatchback, Passion, Escapade e SW) e da picape Hoggar por causa de possíveis problemas na bomba de direção hidráulica. A convocação envolve 1.639 unidades do modelo 207 e apenas cinco veículos Hoggar. De acordo com a montadora, existe uma possível não conformidade da bomba de direção hidráulica. Ao longo do tempo, poderá haver endurecimento da direção e, em casos raros, poderá ocorrer vazamento do fluido de direção hidráulica, podendo causar princípio de combustão no compartimento do motor. Este é o quarto recall envolvendo carros da “família” 207 da Peugeot anunciado este ano. Em abril, a fabricante convocou os proprietários do modelo por causa de problemas na tubulação de alimentação de combustível do sistema de partida a frio. Os proprietários devem agendar o atendimento para verificação e, se necessário, substituição da bomba de direção hidráulica.

Desenvolvido para aplicação na mineração, construção e também em outras operações que necessitem de veículos preparados para terrenos fora de estrada, o Volvo FMX acaba de ser lançado para os mercados da América do Sul. Apesar de ter sua produção na fábrica da Volvo de Curitiba (PR) prevista para o final deste ano, o modelo FMX foi lançado no Peru devido a fatores como a liderança da marca no mercado peruano, onde a marca detém participação de 23% do segmento na faixa de 16 toneladas e de 30% entre os pesados. “A participação nos últimos três anos tem sido de 65%, apenas nos sites de mineração, sendo que os caminhões operam 24 horas por dia e contam com serviço de atendimento nas próprias minas”, disse o diretor geral da Volvo Peru, Rolf Smedberg, acrescentando que as vendas começam em novembro, mas as entregas no Peru somente a partir de fevereiro de 2011. Na Suécia, a produção do FMX começou na segunda quinzena de setembro.

A fabricante de caminhões sueca Scania afirmou em comunicado que negocia uma fusão com a empresa alemã MAN para diferentes projetos no setor industrial que envolve pesquisa, desenvolvimento, fabricação e fornecimento de veículos comerciais. “Esse processo demonstrou que uma plena realização das potenciais sinergias exige uma cooperação mais estreita pela combinação das duas empresas, mantendo os valores originais da marca de cada uma das companhias”, disse a Scania, em comunicado. Segundo a montadora sueca, a fusão ainda está sendo estudada, pois a Volkswagen, que detém participação de ambas empresas, afirmou ter um novo plano para a Scania expandir o mercado de caminhões, que atualmente tem como líder mundial o grupo Daimler seguido pela Volvo. De acordo com jornais internacionais, a Volkswagen estaria planejando elevar sua fatia na Scania para entre 75% e 80% e, depois, transferir sua participação de cerca de 30% na MAN para a empresa sueca. Já a MAN afirmou estar em conversações ‘amistosas’ com a Scania.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 703 2424 ou pelo site www. peugeot.com.br


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TRANSPORTE PRIVADO

Salão do Automóvel de SP recebe 750 mil visitantes Maior evento de negócios da cidade de São Paulo em 2010 apresentou 450 modelos de veículos de 42 marcas A 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, realizada de 27 de outubro a 7 de novembro no Pavilhão de Exposições Anhembi, registrou a presença de 750.283 visitantes do Brasil e exterior, que conferiram de perto as últimas novidades da indústria automotiva mundial. Segundo o presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo De Vera, o evento se consagrou como o maior do segmento de negócios realizado na capital paulista em 2010. “Os 180 expositores corresponderam ao clima de festa da feira, superando as expectativas também na forma de recepcionar o visitante, com atrações originais e muita interatividade entre os automóveis expostos e o público”, ressalta o executivo. “O Salão do Automóvel reflete o anseio do consumidor que visita ao evento para ver os produtos que estão sendo lançados no mundo todo. O clima e o astral desta edição foram muito positivos, elevados pela característica própria do povo e do bom momento que o país vive”, acrescenta o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini. De acordo com a entidade, a indústria de automóveis se prepara para contabilizar um crescimento de 8%, em relação a 2009, Sem deixar de lado o apelo institucional, a exposição reafirmou o seu papel de encontro de negócios. O evento deixou o legado de ótimas perspectivas de vendas, segundo os dirigentes dos principais fabricantes que participaram da edição 2010, na qual foram apresentados 450 modelos (dos quais 40% são de novidades) de 42 marcas nacionais e de importados, visando atender todos os gostos e desejos de todas as classes de consumidores. O público recorde pode conferir de perto modelos compactos, mais econômicos em consumo de combustíveis, dotados de ampla gama de itens de segurança, produtos com crescente participação de componentes eletrônicos e capazes de assegurar maior conforto e funcionalidade ao ato de dirigir e transportar-se por automóvel. Também fizeram muito sucesso com os visitantes os veículos superesportivos e os diferentes carros de competição apresentados por fabricantes internacionais e um novo fabricante nacional desse segmento. O evento se consolidou também como plataforma de apresentação de carros conceito e de veículos híbridos e elétricos, em linha com as necessidades de redução de consumo de combustível e de emissões de dióxido de carbono e com a economia de combustíveis fósseis.

FOTOS: PAULO FERNANDO


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Venda de carros e caminhões leves sobe 13% em outubro

As vendas de carros e caminhões leves subiram 13,4% em outubro, em meio a uma forte compra dos consumidores norte-americanos. Ford, Honda e Nissan divulgaram alta de mais de 15% nas vendas, enquanto a Chrysler informou que suas vendas subiram 37% sobre o mesmo mês de 2009, que havia sido particularmente ruim. No combinado de todas as montadoras, as vendas de veículos leves totalizaram 950.165 unidades em outubro, acima dos 838.133 de outubro de 2009, segundo a Autodata Corp. Mais importante que isso, o ritmo de vendas anualizado, sazonalmente ajustado, subiu para 12,26 milhões de veículos, o maior nível desde agosto de 2009, quando o programa governamental de incentivo cash for clunkers (dinheiro por sucata) impulsionou as vendas de carros novos. Em outubro do ano passado, o ritmo de vendas anual, sazonalmente ajustado, foi de 11,76 milhões. Segundo Al Castignetti, chefe de vendas da Nissan na América do Norte, a indústria automotiva esperava que as vendas subissem para um nível maior nesta época do ano. Toyota foi uma das poucas montadoras a registrar queda nas vendas nos EUA em outubro. Seu total de vendas recuou 4% ante o mesmo mês do ano passado, para 145.474 veículos. A empresa teve sua imagem prejudicada este ano pelos recalls causados por problemas de segurança. A General Motors teve aumento de apenas 4% nas vendas de veículos leves, em parte por causa da redução nas vendas para operadores de frotas, como empresas de aluguel de carros, segundo a empresa.

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Para setor agrícola, prioridade é investir em logística para substituir transporte rodoviário

Frota paulistana deverá ultrapassar 7 milhões de veículos em dois meses

Na avaliação de especialistas, atual modelo logístico acarreta perdas aos produtores rurais

A frota da cidade de São Paulo deve ultrapassar sete milhões de veículos nos próximos dois meses. Em média, serão três carros para cada cinco habitantes da cidade, considerando uma população de 10 milhões de pessoas, segundo estimativa prévia divulgada Censo 2010. Metade dessa frota, porém, pode ficar na ilegalidade: a estimativa é de que quase 60% dos veículos da cidade não passaram pela inspeção veicular e não poderão fazer o licenciamento de 2011. No último ano, a cidade recebeu mais 27 mil veículos por mês. O aumento foi de 4% em relação a 2009, mas de mais de 45% desde que o rodízio municipal foi criado, em 1997. O maior crescimento ocorreu entre carros, motos e veículos utilitários. O número de caminhões caiu 3,2%, de acordo com o Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Especialistas apontam dois fatores que explicam a frota ser tão grande em São Paulo: a má qualidade do transporte público e as vantagens oferecidas pelo governo federal para a compra do carro zero - uma estratégia para combater a crise econômica do ano passado.

O futuro governo de Dilma Rousseff terá de equacionar um grave problema para garantir o dinamismo do setor agrícola nacional. “É a logística”, afirmou o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Joel Naegele. “Isso importa em substituir o transporte rodoviário, que é o mais caro, por transporte ferroviário, fluvial e marítimo. Esse é o grande problema”. Segundo o executivo, a produção agrícola brasileira é mais competitiva que a dos Estados Unidos ou da Argentina. Observou, contudo, que na hora em que o produto sai da porteira da fazenda, o produtor começa a perder. O transporte é feito por caminhão, as estradas são ruins e o produto demora a chegar ao destino. “Ele perde tudo que ganhou produzindo bem quando põe o produto na estrada. O grande gargalo da agricultura é logística de transporte”. Naegele citou a Ferrovia Norte-Sul, com extensão total de cerca de 6 mil quilômetros, cuja obra começou em 1987 e ainda não foi concluída. “Vai passar por estados altamente produtores, como Goiás e Tocantins, e o fim dessa ferrovia é o porto. Então, você começa a resolver o problema. Vai dar muito mais lucro, sem precisar aumentar preço. O produtor vai ganhar no transporte, porque o transporte rodoviário está matando a galinha dos ovos de ouro, que é a produção agrícola brasileira”, disse Naegele. Agência Brasil

Oferta de crédito ao consumidor é um dos fatores que levam ao aumento da frota

A montadora japonesa Nissan anunciou no início do mês que entre os quase 600 mil veículos dos modelos da marca chamados para recall no mundo, 35,6 mil estão no Brasil. A convocação começou no dia 16 e envolve o sedã Sentra, o modelo antigo da picape Frontier e os utilitários Xterra e Pathfinder. Entre as Frontier, são convocadas 30.865. Nesses dois veículos será feita a troca da coluna inferior de direção, pois foi detectado que a cruzeta da coluna inferior de direção pode apresentar, em alguns casos, corrosão que limita os seus movimentos. Em casos extremos, se o veículo continuar sendo dirigido, pode ocasionar a quebra da coluna inferior de direção, causando possíveis acidentes. Já a falha detectada na Pathfinder pode afetar o funcionamento do motor e, em casos extremos, a paralisação do mesmo, causando possíveis acidentes. São chamadas 174 unidades da Pathfinder 4.0 movida a gasolina. No caso do sedã Sentra, a convocação inclui 186 unidades no Brasil, para substituição do conector do terminal positivo de bateria. A troca deste equipamento é necessária porque a montadora detectou mau funcionamento no terminal, o que pode criar dificuldade para ligar o veículo, e em casos raros, ocasionar a interrupção do funcionamento do motor em baixas velocidades, causando possíveis acidentes. A Nissan ressalta que nenhum acidente foi registrado envolvendo qualquer dos casos que levaram a esses recalls. A troca dos componentes será realizada sem qualquer custo aos clientes, que deverão agendar os serviços na concessionária mais próxima ou de sua preferência. Os telefones e endereços das concessionárias Nissan estão disponíveis no site www.nissan. com.br. Em caso de dúvidas, os clientes também podem entrar em contato pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (0800-0111090).

Honda quer produzir carro híbrido no Brasil

A Honda planeja produzir em série um carro híbrido no Brasil em até dois anos, revelou o engenheiro Alfredo Guedes nesta sexta-feira (12), quando a marca apresentou à imprensa dois veículos que já utilizam a tecnologia, vendidos no exterior. No país, a fabricação desse tipo de carro, que combina motor a combustão e elétrico, ainda esbarra na burocracia para homologações. Além disso, a montadora japonesa tem conversado com o governo brasileiro em busca de incentivos para esse lançamento. Isso porque a Honda não encara esse tipo de tecnologia como um nicho de mercado. A montadora não revela qual automóvel da linha ganhará a tecnologia. No entanto, há a possibilidade de ser o New Fit, visto que sua versão híbrida já foi lançada para o mercado europeu e japonês durante o Salão de Paris. Os modelos híbridos começaram a chegar ao Brasil somente neste ano. O primeiro foi o Mercedes-Benz S 400 Hybrid. O outro é o Ford Fusion Hybrid, lançado recentemente.

Nissan convoca 35,6 mil veículos para recall no Brasil

Volkswagen anuncia versão elétrica do Golf

AVERSA

AVERSA ITAPETININGA

CAOA CAMINHÕES

CARUEME

CARUEME JUNDIAÍ

COSTA SUL CAMINHÕES

FELIVEL

HORIZONTE

NUÑO CAMINHÕES

SOUZA RAMOS

SOUZA RAMOS ABC

VALE CAMINHÕES

AV. PRIMO SCHINCARIOL, 640 ITAIM ITU - SP TEL.: (11) 4013-8800

ROD. RAPOSO TAVARES, S/Nº KM 95,4 V. ARTURA SOROCABA - SP TEL.: (15) 3237-8090

RUA BENEDITA SILVA ROSA, 10 VILA CAROLINA ITAPETININGA - SP TEL.: (15) 3272-9400

RODOVIA MOGI-DUTRA, 1.461 ITAPETI - MOGI DAS CRUZES - SP TEL.: (11) 4791-7720

AV. DR. GASTÃO VIDIGAL, 1.555 VILA LEOPOLDINA SÃO PAULO - SP TEL.: (11) 3837-3000

AVENIDA MARGINAL SUL, Nº 58 TREVO BR-116, KM 446 VILA NOVA RIBEIRA - REGISTRO - SP TEL.: (13) 3828-5050

RODOVIA D. PEDRO I, S/Nº KM 145 NOVA APARECIDA CAMPINAS - SP TEL.: (19) 2101-2800

AV. TENENTE JOSÉ JERÔNIMO DE MESQUITA, 155 PARQUE NOVO MUNDO SÃO PAULO - SP TEL.: (11) 2984-3366

AV. PROFESSORA MARIA DO CARMO GUIMARÃES PELLEGRINI, 334 (KM 60 DA ROD. ANHANGUERA) RETIRO - JUNDIAÍ - SP TEL.: (11) 3379-5999 AV. DOS ESTADOS, 2.257 VILA METALÚRGICA SANTO ANDRÉ - SP TEL.: (11) 3377-0000

RUA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, 1.172 - J. CASQUEIRO (PARALELA À ROD. ANCHIETA) CUBATÃO - SP TEL.: (13) 3365-8890

DIVEPE

AV. DR. JOSÉ FORNARI, 1.700 FERRAZÓPOLIS S. BERNARDO DO CAMPO - SP TEL.: (11) 4338-1230

AV. DR. ROSALVO DE ALMEIDA TELLES, 500 - NOVA CAÇAPAVA CAÇAPAVA - SP TELS.: (12) 3654-7103 - (12) 3654-7108

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A montadora alemã Volkswagen confirmou apresentou o novo Golf Blue-E-Motion Electric, versão elétrica do hatch, no Salão do Automóvel de Los Angeles, nos Estados Unidos, realizado neste mês. O modelo é equipado com motor elétrico alimentado por 30 baterias de lítio-íon (situadas sob o porta-malas, sob os assentos traseiros e entre os assentos frontais), com capacidade de 26,5 quilowatts/hora. A Volkswagen disse que o carro - com capacidade para transportar cinco adultos - terá autonomia máxima de 93 milhas (cerca de 150 quilômetros). No entanto, a empresa destacou que a distância real que o Golf elétrico poderá percorrer antes de necessitar recarregar suas baterias dependerá de fatores como o uso do ar condicionado, por exemplo.


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Venda de carros e caminhões leves sobe 13% em outubro

As vendas de carros e caminhões leves subiram 13,4% em outubro, em meio a uma forte compra dos consumidores norte-americanos. Ford, Honda e Nissan divulgaram alta de mais de 15% nas vendas, enquanto a Chrysler informou que suas vendas subiram 37% sobre o mesmo mês de 2009, que havia sido particularmente ruim. No combinado de todas as montadoras, as vendas de veículos leves totalizaram 950.165 unidades em outubro, acima dos 838.133 de outubro de 2009, segundo a Autodata Corp. Mais importante que isso, o ritmo de vendas anualizado, sazonalmente ajustado, subiu para 12,26 milhões de veículos, o maior nível desde agosto de 2009, quando o programa governamental de incentivo cash for clunkers (dinheiro por sucata) impulsionou as vendas de carros novos. Em outubro do ano passado, o ritmo de vendas anual, sazonalmente ajustado, foi de 11,76 milhões. Segundo Al Castignetti, chefe de vendas da Nissan na América do Norte, a indústria automotiva esperava que as vendas subissem para um nível maior nesta época do ano. Toyota foi uma das poucas montadoras a registrar queda nas vendas nos EUA em outubro. Seu total de vendas recuou 4% ante o mesmo mês do ano passado, para 145.474 veículos. A empresa teve sua imagem prejudicada este ano pelos recalls causados por problemas de segurança. A General Motors teve aumento de apenas 4% nas vendas de veículos leves, em parte por causa da redução nas vendas para operadores de frotas, como empresas de aluguel de carros, segundo a empresa.

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Para setor agrícola, prioridade é investir em logística para substituir transporte rodoviário

Frota paulistana deverá ultrapassar 7 milhões de veículos em dois meses

Na avaliação de especialistas, atual modelo logístico acarreta perdas aos produtores rurais

A frota da cidade de São Paulo deve ultrapassar sete milhões de veículos nos próximos dois meses. Em média, serão três carros para cada cinco habitantes da cidade, considerando uma população de 10 milhões de pessoas, segundo estimativa prévia divulgada Censo 2010. Metade dessa frota, porém, pode ficar na ilegalidade: a estimativa é de que quase 60% dos veículos da cidade não passaram pela inspeção veicular e não poderão fazer o licenciamento de 2011. No último ano, a cidade recebeu mais 27 mil veículos por mês. O aumento foi de 4% em relação a 2009, mas de mais de 45% desde que o rodízio municipal foi criado, em 1997. O maior crescimento ocorreu entre carros, motos e veículos utilitários. O número de caminhões caiu 3,2%, de acordo com o Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Especialistas apontam dois fatores que explicam a frota ser tão grande em São Paulo: a má qualidade do transporte público e as vantagens oferecidas pelo governo federal para a compra do carro zero - uma estratégia para combater a crise econômica do ano passado.

O futuro governo de Dilma Rousseff terá de equacionar um grave problema para garantir o dinamismo do setor agrícola nacional. “É a logística”, afirmou o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Joel Naegele. “Isso importa em substituir o transporte rodoviário, que é o mais caro, por transporte ferroviário, fluvial e marítimo. Esse é o grande problema”. Segundo o executivo, a produção agrícola brasileira é mais competitiva que a dos Estados Unidos ou da Argentina. Observou, contudo, que na hora em que o produto sai da porteira da fazenda, o produtor começa a perder. O transporte é feito por caminhão, as estradas são ruins e o produto demora a chegar ao destino. “Ele perde tudo que ganhou produzindo bem quando põe o produto na estrada. O grande gargalo da agricultura é logística de transporte”. Naegele citou a Ferrovia Norte-Sul, com extensão total de cerca de 6 mil quilômetros, cuja obra começou em 1987 e ainda não foi concluída. “Vai passar por estados altamente produtores, como Goiás e Tocantins, e o fim dessa ferrovia é o porto. Então, você começa a resolver o problema. Vai dar muito mais lucro, sem precisar aumentar preço. O produtor vai ganhar no transporte, porque o transporte rodoviário está matando a galinha dos ovos de ouro, que é a produção agrícola brasileira”, disse Naegele. Agência Brasil

Oferta de crédito ao consumidor é um dos fatores que levam ao aumento da frota

A montadora japonesa Nissan anunciou no início do mês que entre os quase 600 mil veículos dos modelos da marca chamados para recall no mundo, 35,6 mil estão no Brasil. A convocação começou no dia 16 e envolve o sedã Sentra, o modelo antigo da picape Frontier e os utilitários Xterra e Pathfinder. Entre as Frontier, são convocadas 30.865. Nesses dois veículos será feita a troca da coluna inferior de direção, pois foi detectado que a cruzeta da coluna inferior de direção pode apresentar, em alguns casos, corrosão que limita os seus movimentos. Em casos extremos, se o veículo continuar sendo dirigido, pode ocasionar a quebra da coluna inferior de direção, causando possíveis acidentes. Já a falha detectada na Pathfinder pode afetar o funcionamento do motor e, em casos extremos, a paralisação do mesmo, causando possíveis acidentes. São chamadas 174 unidades da Pathfinder 4.0 movida a gasolina. No caso do sedã Sentra, a convocação inclui 186 unidades no Brasil, para substituição do conector do terminal positivo de bateria. A troca deste equipamento é necessária porque a montadora detectou mau funcionamento no terminal, o que pode criar dificuldade para ligar o veículo, e em casos raros, ocasionar a interrupção do funcionamento do motor em baixas velocidades, causando possíveis acidentes. A Nissan ressalta que nenhum acidente foi registrado envolvendo qualquer dos casos que levaram a esses recalls. A troca dos componentes será realizada sem qualquer custo aos clientes, que deverão agendar os serviços na concessionária mais próxima ou de sua preferência. Os telefones e endereços das concessionárias Nissan estão disponíveis no site www.nissan. com.br. Em caso de dúvidas, os clientes também podem entrar em contato pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (0800-0111090).

Honda quer produzir carro híbrido no Brasil

A Honda planeja produzir em série um carro híbrido no Brasil em até dois anos, revelou o engenheiro Alfredo Guedes nesta sexta-feira (12), quando a marca apresentou à imprensa dois veículos que já utilizam a tecnologia, vendidos no exterior. No país, a fabricação desse tipo de carro, que combina motor a combustão e elétrico, ainda esbarra na burocracia para homologações. Além disso, a montadora japonesa tem conversado com o governo brasileiro em busca de incentivos para esse lançamento. Isso porque a Honda não encara esse tipo de tecnologia como um nicho de mercado. A montadora não revela qual automóvel da linha ganhará a tecnologia. No entanto, há a possibilidade de ser o New Fit, visto que sua versão híbrida já foi lançada para o mercado europeu e japonês durante o Salão de Paris. Os modelos híbridos começaram a chegar ao Brasil somente neste ano. O primeiro foi o Mercedes-Benz S 400 Hybrid. O outro é o Ford Fusion Hybrid, lançado recentemente.

Nissan convoca 35,6 mil veículos para recall no Brasil

Volkswagen anuncia versão elétrica do Golf

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RODOVIA MOGI-DUTRA, 1.461 ITAPETI - MOGI DAS CRUZES - SP TEL.: (11) 4791-7720

AV. DR. GASTÃO VIDIGAL, 1.555 VILA LEOPOLDINA SÃO PAULO - SP TEL.: (11) 3837-3000

AVENIDA MARGINAL SUL, Nº 58 TREVO BR-116, KM 446 VILA NOVA RIBEIRA - REGISTRO - SP TEL.: (13) 3828-5050

RODOVIA D. PEDRO I, S/Nº KM 145 NOVA APARECIDA CAMPINAS - SP TEL.: (19) 2101-2800

AV. TENENTE JOSÉ JERÔNIMO DE MESQUITA, 155 PARQUE NOVO MUNDO SÃO PAULO - SP TEL.: (11) 2984-3366

AV. PROFESSORA MARIA DO CARMO GUIMARÃES PELLEGRINI, 334 (KM 60 DA ROD. ANHANGUERA) RETIRO - JUNDIAÍ - SP TEL.: (11) 3379-5999 AV. DOS ESTADOS, 2.257 VILA METALÚRGICA SANTO ANDRÉ - SP TEL.: (11) 3377-0000

RUA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, 1.172 - J. CASQUEIRO (PARALELA À ROD. ANCHIETA) CUBATÃO - SP TEL.: (13) 3365-8890

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A montadora alemã Volkswagen confirmou apresentou o novo Golf Blue-E-Motion Electric, versão elétrica do hatch, no Salão do Automóvel de Los Angeles, nos Estados Unidos, realizado neste mês. O modelo é equipado com motor elétrico alimentado por 30 baterias de lítio-íon (situadas sob o porta-malas, sob os assentos traseiros e entre os assentos frontais), com capacidade de 26,5 quilowatts/hora. A Volkswagen disse que o carro - com capacidade para transportar cinco adultos - terá autonomia máxima de 93 milhas (cerca de 150 quilômetros). No entanto, a empresa destacou que a distância real que o Golf elétrico poderá percorrer antes de necessitar recarregar suas baterias dependerá de fatores como o uso do ar condicionado, por exemplo.


D6

Montadoras querem discutir com novo governo medidas de incentivo à exportação de veículos Fabricantes querem que Dilma estimule crescimento das exportações nacionais As montadoras de veículos nacionais pretendem discutir com o novo governo medidas para incentivar a exportação da indústria brasileira. O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, disse que é preciso dar condições para que as fábricas do país recuperem sua competitividade no mercado global. “O fundamental é criar as condições para que tenhamos competitividade”, disse ele, em entrevista coletiva concedida em São Paulo. “Sem dúvida nenhuma, você tem uma série de fatores [relacionados à competitividade] que, provavelmente, serão discutidos com o novo governo”. Segundo Belini, as montadoras de veículos compõem um dos setores da indústria nacional que teve suas exportações mais prejudicadas pela desvalorização do dólar ante o real e pela retração de algumas economias causada pela crise de 2008. Essa queda das exportações, de acordo com ele, tem colaborado para um déficit na balança comercial do setor e preocupado a Anfavea. “Ligou nosso farol amarelo”, disse Belini. Neste ano, por exemplo, 17,5% da produção de veículos do país são exportados. Em 2005, segundo a Anfavea, este percentual era de 30,7%. Já os veículos importados, em 2005, correspondiam a 5% dos carros vendidos no país. Atualmente, eles representam 19,5%. “Não somos contra a importação, mas queremos exportar mais”, afirmou o presidente da Anfavea. Questionado sobre quais medidas seriam mais eficazes para o estímulo à exportação, Belini disse que o setor automotivo ainda avalia a questão. Ele afirmou, porém, que o plano para incentivo a exportações de produtos manufaturados deveria englobar medidas semelhantes às adotadas pelo governo federal no auge da crise de 2008 tais como redução de impostos e facilitação ao acesso de financiamentos. Belini disse que o alto custo do crédito impacta no preço das autopeças, componente importante na fabricação dos veículos nacionais. Ele observou que, no Brasil, o preço do aço, principal matéria-prima do setor, está até 40% mais alto do que em outros países. O crescimento das exportações, complementou Belini, seria importante não só para as empresas em si, mas também para a economia do país. Ele afirmou que as fábricas são algumas das grandes geradoras de emprego. Por isso, justifica-se o incentivo do governo. “Nós entendemos que a produção de manufaturados, que agrega valor e trabalho, é aquela que deve ter estímulo”, concluiu Belini. Agência Brasil

Novembro 2010

l JORNAL ENTREPOSTO


JORNAL ENTREPOSTO l

D7

Novembro 2010

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F: (13) 3216-1010

F: (11) 4335-6700

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Sentido Santos / São Paulo

Fotos ilustrativas. Veículos vendidos sem implementos. Algumas versões, itens opcionais e cores estão sujeitos à disponibilidade de estoque, podendo variar seu prazo de entrega (máximo 50 unidades). *Garantia de 3 anos: válida exclusivamente em uso normal (não severo) para todas as versões Iveco Daily. Exceto para a Daily 35S14. Essa garantia contempla o 1° ano de cobertura total e demais anos de cobertura do trem de força (motor/transmissão/eixo traseiro), limitada a 150.000 km, mais troca de óleo do motor e filtro do motor e mão de obra. A garantia será automaticamente cancelada caso o Plano de Manutenção expresso no Manual do Proprietário não seja integralmente cumprido em uma concessionária Iveco e de acordo com regras explícitas nos Termos de Garantia. Promoção não cumulativa com outras promoções oferecidas pela Iveco. ** Consulte os vendedores sobre valor de cada modelo e valores do financiamento: entrada e parcelas.Taxa de juros de 0,64% a.m.(7,96% a.a.). Crédito sujeito a aprovação.Válido até 30/11/2010 ou término de estoque.

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Novembro 2010

l JORNAL ENTREPOSTO

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