Jornal Entreposto | Maio de 2013

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 156 | maio de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Presidente da Ceagesp assume comando da Abracen

Festival de sopas aquece noites de São Paulo Além da tradicional sopa de cebola, o chef Ivair Félix elaborou cardápio para atender todos os paladares PÁGINA 2

Qualidade Estudo retrata mercado através da percepção dos seus usuários Segurança do entreposto deixou de ser motivo de queixa entre atacadistas e compradores

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Permissionários comemoram alta nas vendas de abacate no ETSP CAROLINA DE SCICCO

Pesquisa do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp revela bom momento da comercialização da fruta no entreposto, enquanto produtores e permissionários se qualificam para atender a crescente demanda

PÁGINAS 6 a 11

Artigo |

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Colunista analisa o mercado brasileiro de antúrios

Evento |

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Fiesp recebe 2º Encontro Internacional de Castanhas, Nozes e Frutas Secas

Biotecnologia |PÁGINA 21 Del Monte testa variedade transgênica de abacaxi na América Central

Varejo |

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Cá entre nós | PÁGINA 29 Índice |

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Consumidor gastará Apesar da oscilação de Queima do Alho: R$ 80 bilhões em alimentos Festa gastronômica reúne preços, companhia registra saudáveis, aponta Apas comitivas e permissionários leve alta de 0,5% em abril

Baixa -0,86 %

Legumes Baixa -0,63 %

Alta 0,5 %

Frutas

Verduras Alta

17,34 %

Diversos Baixa -0,16

Geral

Pescado Baixa -2,01

Índice Ceagesp - abril 2013

JE e Sala de Cultura Ceagesp

disponibilizam livros para empréstimo

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Gastronomia

Festival resgata nostalgia da sopa de cebola Pelo 5º ano consecutivo, evento serve aos paulistanos e turistas prato que marcou época na capital Paulo Fernando De São Paulo A tradicional sopa de cebola do Ceasa voltou a ser servida no entreposto paulistano da Ceagesp. De 8 de maio a 18 de agosto, sempre de quarta-feira a domingo, os gourmands interessados em saborear o prato que trazia diariamente milhares de paulistanos ao maior mercado atacadista de alimentos frescos da América Latina poderão experimentar esta e outras delícias preparadas pelo chef Ivair Félix. O renomado profissional, que comanda as caçarolas na requintada cozinha do Hotel Rancho Silvestre, divide, mais uma vez, seu tempo entre a hotelaria e o Festival de Sopas. “É um imenso prazer cozinhar neste evento gastronômico que resgata parte da história de São Paulo”, diz. Além da cebola, Ivair insere

quatro receitas de sopas diferentes todas as semanas no cardápio. Neste ano, paulistanos e turistas poderão se servir das sopas de taioba, orapro-nobis, canjica, bacalhau à moda portuguesa, capeletti in brodo, arroz doce, creme de milho com queijo catupiry, entre outras saborosas opções que podem ser harmonizadas com diversos rótulos nacionais e importados da carta de vinhos. “Outra novidade que vou preparar este ano é a sopa de pedra”, adianta o chef, lembrando que o prato lendário de Portugal será composto por legumes e carne cozidos e esquentados numa cumbuca com pedra quente. “Muitas culturas também fazem esse tipo de sopa, em que a pedra é apenas o pretexto para cozinhá-la”, acrescenta. Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

:: SERVIÇO :: Festival de Sopas Ceagesp 2013 Quando: de 8 de maio a 18 de agosto. Quarta, quinta e domingo, das 18h às 00h; sexta e sábado, das 18h às 2h.

Preço: R$ 26,90 (por pessoa, sem cobrança de serviço) com buffet self service de sopas à vontade. Os antepastos e as bebidas são cobrados à parte Pagamento: dinheiro, cartões de débito, Visa e Mastercard

Onde: no antigo prédio do Unibanco

Mais informações: www.festivaldesopasceagesp.com.br

JORNAL ENTREPOSTO maio de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a servi莽o do agroneg贸cio

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Abracen

JORNAL ENTREPOSTO maio de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio CAROLINA DE SCICCO

Presidente da Ceagesp assume comando da Abracen Em cerimônia realizada no dia 30 de abril no auditório do ETSP, Mário Maurici, presidente da Ceagesp, assumiu o comando da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Na ocasião, estiveram presentes representantes de todo o setor que parabenizaram Maurici pelo novo cargo e ofereceram apoio na nova empreitada. O ex-presidente da associação João Alberto Lages falou sobre a satisfação de ter o amigo como o sucessor de seu trabalho. “De forma legítima e apoiado por todas as Ceasas brasileiras, Mário Maurici, um competente administrador, toma posse hoje na Abracen. Desejo muito sucesso e deixo o meu apoio”, anunciou. Representando o governo federal, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, elogiou os esforços da presidente Dilma Roussef em apoiar uma política integrada de abastecimento nacional e seguran-

ça alimentar. “Temos enormes problemas, mas nós queremos continuar sentando à mesa com os cidadãos brasileiros, empresários, trabalhadores e com as organizações não-governamentais, para discutir democraticamente os melhores caminhos para o Brasil. É importante saber ouvir e negociar”, disse o ministro. Maurici afirmou que a nova gestão deve ser de continuidade no sentido de reunir o setor e dialogar com todos os integrantes da cadeia de abastecimento “para que se compreenda de uma vez por todas a importância das centrais na aplicação das políticas públicas de segurança alimentar”. Ainda durante o evento foi lançada a Campanha de Incentivo ao Consumo de Frutas, Verduras e Legumes, uma inciativa do Ministério de Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Abracen. “Essa campanha é nossa responsabilidade, é a nossa missão”, finalizou o presidente.

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1 Mário Maurici presidente da Ceagesp e novo presidente da Abracen / 2 Gilberto Carvalho - ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República / 3 João Lages secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura / 4 Antônio Reginaldo Moreira Ceasa CE / 5 Ronaldo Navarro representante da Brastece / 6 Luiz Damaso Gusi - Ceasa PR

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Qualidade

JORNAL ENTREPOSTO maio de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio

O abacate no mundo, no Brasil e no Entreposto Terminal de São Paulo Estudo do CQH revela que a comercialização da fruta na Ceagesp deu um grande salto nos últimos anos e os preços em alta indicam aumento do consumo Gabriel V. Bitencourt de Almeida Engenheiro agrônomo M.Sc. do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) a produção mundial de abacate em 2011 foi de 4,4 milhões de toneladas e está vem crescendo rapidamente ao longo dos últimos cinco anos. O maior produtor é o México, responsável por nada menos que 25% do total mundial, seguido de longe pelo Chile com 8,3%. Os dois países são também os maiores exportadores mundiais (FAO, 2013). O Brasil é o nono produtor, de acordo com os dados organização a produção nacional em 2011 foi 160,4 mil toneladas colhidas em 10,75 mil hectares, o que corresponde a 3,62% da colheita global e as nossas exportações ainda não alcançam valores significativos quando estes são comparados com os grandes exportadores. Conforme o IBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas) o abacate é a décima sétima fruta mais produzida no país (IBRAF, 2012). Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) são muito semelhantes aos da FAO e por eles produzimos as mesmas 160 mil toneladas em 2011. A produção brasileira de abacates se concentra fortemente em duas unidades da federação, São Paulo e Minas Gerais que participara, respectivamente, com 52,4% e 19,82%. Além destes dois, pode-se constatar que o Paraná (8,77%) e o Rio Grande do Sul (5,13%) também possuem produção significativa. Quanto aos dados produção paulista, ocorre uma divergência entre os dados do IBGE e do IEA (Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento). Enquanto o IBGE (2013) aponta uma produção de 91,9 mil toneladas em 2011, o IEA (2013) apurou uma produção de 82,3 mil toneladas. Um caso curioso é o do município de Cafelândia que fica na Regional Agrícola de

Bauru, segundo o IBGE (2013) o munícipio produziu 13,2 mil toneladas de frutos de abacate em 2010 e 2011 e de acordo com o IEA (2013) produziu a mesma quantidade em 2008, 2009 e 2010. Porém, o informado por Kavati (2013) que remeteu via correio eletrônico dados do LUPA (Levantamento das Unidades de Produção Agrícola da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI) realizado entre 2007 e 2008, Cafelândia conta com apenas 9 propriedades que se dedicam a abacaticultura e estas cultivam apenas 33 hectares. Apesar das diferenças entre os dados do IBGE (2013) e do IEA (2013), ambos os institutos constatam que a produção paulista se concentra fortemente em municípios de três regionais agrícolas: Campinas, Ribeirão Preto e Bauru. A produção mineira se con-

centra em duas regiões, no Sul Mineiro nas áreas fronteiriças com as Regionais Agrícolas paulistas de Ribeirão Preto e de Campinas, onde estão os municípios de São Tomás de Aquino, São Sebastião do Paraíso e Três Corações e a região do Alto Paranaíba no Sudoeste de Minas Gerais onde está Rio Paranaíba, Monte Carmelo e São Gotardo. Segundo Almeida (2011) de toda remessa de produto que chega ao Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (ceagesp) é recolhida pelo serviço de portaria uma via da respectiva nota fiscal, ou no caso de nota fiscal eletrônica uma cópia do documento auxiliar de nota fiscal eletrônica (DANFE). Estes documentos são encaminhados para a Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES) onde as seguintes informações são

codificadas e armazenadas em um banco de dados eletrônico: produto, variedade, município de origem e respectiva unidade da federação, país de origem no caso de produto importado e o atacadista destinatário da mercadoria. O nome desta base de dados é “Sistema de Informação e Estatística de Mercado”, conhecido pela sigla SIEM Ceagesp. O sistema começou a funcionar em 2007, de modo que a partir de janeiro deste ano podemos contar com informações mais precisas a respeito da comercialização no entreposto paulistano. O mercado de abacates na Ceagesp pode ser dividido em função de dois grupos varietais completamente distintos. O primeiro é o do abacate “comum” formado por cultivares da raça antilhana e seus híbridos desta com a raça guatemalense, são frutos grandes, com baixo ou

médio conteúdo de óleo (TEIXEIRA, 1995), são bem mais conhecidos da população que geralmente os consome com açúcar e suco de lima ácida (limão) ou como ingrediente de “vitaminas” de frutas com leite, formas de preparo tipicamente brasileiras (KOLLER, 2002). Segundo o SIEM da Ceagesp (2013a) o volume comercializado de frutos deste grupo totalizou 43,1 mil toneladas em 2012, o que corresponde a 99,49% do total transacionado no ETSP. Estes frutos são embalados em caixas de madeira tipo “K” (descartável) ou “M” (retornável) de 22 kg e mais modernamente em caixas de papelão ondulado com a mesma capacidade ou um pouco menos. Atualmente as principais cultivares comercializadas no entreposto são: ‘Breda’, ‘Fortuna’, ‘Geada’, ‘Margarida’ e ‘Quintal’ (Ceagesp, 2013a). A comercializada em maior quantidade em 2012 foi a ‘Fortuna’ com 29,63% do montante dos abacates “comuns”, seguida pela ‘Breda’ (19,90%), ‘Margarida’ (14,48%), ‘Quintal (19,02%) e ‘Geada’ (12,55%). A soma de todas as outras cultivares foi de apenas 4,43% (Ceagesp, 2013a). A Tabela 1 mostra a sazonalidade média entre 2007 e 2011 destas cultivares no ETSP da Ceagesp. Normalmente os meses com maior falta de abacates são novembro e dezembro, outubro e janeiro registram entrada menor que a média, portanto, estes meses tendem a ser os com maiores preços de venda no atacado. A classificação comercial dos abacates “comuns”, segundo Bonella (2013) é baseada no número de frutos na “boca” como é chamado no mercado atacadista a camada superior das caixas “K” e “M”, ambas com o peso aproximado de 22 quilogramas. As “bocas” mais usuais no mercado para a caixa K são a 8, a 10 e eventualmente a 12 quando os frutos são muito pequenos. Na caixa “M” se trabalha com os “bocas 6, 9, 15 e 18. Na caixa “K”,


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Qualidade

maio de 2013

Tabela 1 – Sazonalidade média das principais cultivares de abacate “comum” no ETSP da Ceagesp (2007 a 2012) Cultivar

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Breda

-58

-99

-100

-100

-97

-89

-70

-25

263

216

109

50

Fortuna

-99

-86

120

134

110

84

68

58

-92

-99

-100

-100

Geada

391

473

-51

-96

-99

-99

-100

-100

-99

-100

-93

-28

Margarida

-62

-96

-86

-76

-73

-62

-47

-34

197

141

122

76

Quintal

-100

-94

99

117

107

100

94

67

-93

-100

-100

-100

Outros

181

532

36

-95

-97

-80

-55

-67

-96

-84

-95

-81

Geral

-2

12

17

14

7

1

2

3

15

-6

-27

-35

Fonte: SIEM CEAGESP (2013)

Tabela 2 - – Preço Médio (R$/kg) * do abacate “comum” no ETSP da Ceagesp de (2008 a 2012) Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2008

0,93

0,61

0,80

0,81

0,87

0,95

1,03

1,19

1,12

1,49

2,03

2,36

2009

1,33

0,87

0,99

0,96

1,02

1,03

1,17

1,38

1,60

1,72

1,70

1,47

2010

1,44

1,09

1,20

1,09

1,07

1,06

1,23

1,30

1,74

2,34

2,82

2,86

2011

1,33

1,30

1,35

1,45

1,38

1,52

1,78

2,30

2,37

2,61

2,92

2,16

2012

1,50

1,04

1,25

1,08

1,18

1,30

1,68

1,78

1,95

2,68

3,50

3,63

Média

1,32

0,96

1,12

1,08

1,11

1,17

1,37

1,57

1,77

2,12

2,52

2,39

Quanto mais intenso o tom de verde maior é o preço mensal dentro do respectivo ano | *Corrigido pelo IGP-M para março de 2013

mais estreita e fechada, normalmente se colocam 4 ou 5 camadas de frutos e duas fileiras por camada. A caixa “M” é mais rasa, larga e aberta na parte superior, consegue acomodar 3 camadas de frutos e um número maior de fileiras por camada, 3, 4, ou 5 dependendo do tamanho dos abacates. A classificação nas caixas de papelão ondulado é semelhante à da caixa “M”. O tamanho dos frutos mais valorizado na caixa “K” é a “boca” 8 e na caixa “M” e de papelão ondulado o tipo 12, ou seja, frutos médios. Os muito pequenos ou muito grandes são depreciados. A qualidade externa do fruto, observada através da ausência de ou da quantidade de danos mecânicos, presença de manchas e de doenças além do estádio de maturação são os fatores mais importantes para a valoração ou formação de preço para os abacates “comuns”. O outro grupo, que acabou sendo conhecido no mercado pelo nome de avocado (abacate em Inglês) graças ao trabalho desenvolvido primeiramente pela empresa Jaguacy de Bauru (SP) é composto principalmente por duas cultivares ‘Hass’ e ‘Fuerte’.

Ambas produzem frutos bem menores, com caroço relativamente grande e com alto conteúdo de óleo, são híbridos das raças mexicana e guatemalense (TEIXEIRA, 1995). Geralmente são comercializados em caixas de papelão ondulado de 4 kg ou em bandejas de poliestireno. Pelo alto

conteúdo de óleo são adequados para preparações salgadas, que, aliás, é a maneira como o abacate costuma ser consumido no restante do mundo. Os avocados representam apenas 0,51% do montante de abacates comercializados são frutos com preço por quilograma de valor muito mais elevado que os aba-

cates “comuns” e ainda é grande o desconhecimento por parte da população brasileira a respeito do uso do abacate em pratos salgados. Constata-se que a comercialização de abacates “comuns” no ETSP deu um grande salto entre 2007 para 2012, passando de 34,9 mil para 43,1 mil toneladas

no último ano, ou seja, um incremento de 44,59%. No mesmo período a quantidade comercializada de avocados passou de 81 para 223 toneladas, um crescimento de 175,65% (Ceagesp, 2013a). Em 2011 foram comercializados na ETSP da Ceagesp 33,3 mil toneladas de abacate e segundo o IBGE (2013) o Brasil produziu 160,4 mil toneladas neste ano, assim passaram pelo entreposto de São Paulo nada menos que 20,75% de toda a produção brasileira de abacates. Na comercialização do entreposto em 2012, os abacates ocuparam a vigésima sexta posição em volume comercializado e a trigésima terceira colocação em volume financeiro movimentando 45,6 milhões de reais. Considerando-se apenas o setor de frutas o abacate fica com a décima quinta colocação em volume de comercialização e a vigésima em movimentação financeira (Ceagesp, 2013b). Os principais municípios brasileiros fornecedores de abacates “comuns” ao ETSP da Ceagesp que com a exceção de Arapongas que fica no Norte do Paraná, são todos grandes produtores de São Paulo e Minas Gerais.


08 Gráfico 1

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45.000

43.090

Evolução da quantidade de abacate “comum” comercializada no ETSP da Ceagesp

43.000 41.000

39.251

Quantidade (t)

39.000

36.426

37.000

34.806

35.000

33.144 33.000 31.000

29.801

29.000 27.000 25.000 2007

2008

2009

2010

2011

2012

Ano

Gráfico 2

*Corrigido pelo IGP-M para março de 2013

R$ 1,80 R$ 1,70 Preço (R$/kg)

Variação anual do preço médio ponderado* (R$/kg) de abacate “comum” no ETSP da Ceagesp

R$ 1,90

R$ 1,60 R$ 1,50 R$ 1,40 R$ 1,30 R$ 1,20 R$ 1,10 R$ 1,00 2008

2009

2010

2011

2012

2011

2012

Ano

Gráfico 3 Variação anual do preço médio ponderado* (R$/kg) de abacate “comum” no ETSP da Ceagesp *Corrigido pelo IGP-M para março de 2013

R$ 3,50 R$ 3,00 R$ 2,50 Preço médio (R$/kg)

Segundo Gonçalves é importante ressaltar que Jardinópolis e Altinópolis, ambos na Regional Agrícola de Ribeirão Preto, além de grandes produtores concentram vários comerciantes intermediários que compram abacates de produtores de diversas regiões, executam o trabalho de classificação nestas localidades e enviam para o ETSP com umas novas notas fiscais, por isto, certamente várias remessas com origem nestes municípios, são na verdade de abacates produzidos em outras municípios e regiões, principalmente no Alto Parnaíba em Minas Gerais (Ceagesp, 2013). Apesar do aumento quase constante na quantidade comercializada, com uma queda em 2011 (Gráfico 1), os preços parecem seguir uma tendência de alta (Gráfico 2), que pode indicar um aumento no consumo, talvez motivada por uma série de matérias na imprensa que tratam dos benefícios da fruta para a saúde e além disto o sabor é apreciado pela maior parte das pessoas, isto pode gerar um ciclo virtuoso, onde as pessoas fazem as compras por motivos de saúde e passam a apreciar a fruta. A pequena queda em 2012 pode ser explicada por um aumento proporcionalmente muito maior da quantidade comercializada no ano passado (Gráfico 1). Quanto à variação anual os preços se comportam de maneira semelhante ano após anos, com o pico de valor, na maior parte das vezes, em novembro e dezembro (Tabela 2). Isto explica por que a cultivares ‘Breda’ e ‘Margarida’ são as que vem obtendo os maiores preços (Gráfico 3, já que são as mais tardias e apesar de terem o pico de oferta em setembro (Tabela 1) são capazes de manter a produção nos últimos meses do ano. Além do que, quanto mais tardia a cultivar, maior o conteúdo de óleo, melhor e o sabor e aceitação do produto. As variedades muito precoces, como a ‘Geada’ possuem conteúdo de óleo muito baixo.

Qualidade

R$ 2,00 R$ 1,50 R$ 1,00 R$ 0,50 R$ 0,00 2008

2009

Breda

Fortuna

Ano

2010

Geada

Margarida

Quintal


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Mercado

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DICA DE LEITURA

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Literatura especializada

México exporta mais abacate para os EUA

O livro Frupex - Abacate para Exportação: Aspectos Técnicos da Produção, de Luiz Carlos Donádio, faz parte da coleção de manuais que aborda aspectos relativos à produção, colheita e pós-colheita de frutas para exportação. À venda na livraria virtual da Embrapa (hvendasliv.sct.embrapa.br), R$ 9,00.

Entidade que representa os fazendeiros prevê crescimento de 12% no volume embarcado até junho Paulo Fernando De São Paulo A Apeam (Associação dos Produtores e Exportadores de Avocado de Michoacan) anunciou que os embarques da fruta para o mercado norte-americano devem ultrapassar 450 mil toneladas até o fim da atual safra. O volume supera o recorde do ano passado. A entidade espera 12% de crescimento na quantidade embarcada entre abril e junho. “Isso deve ocorrer em função da firme demanda por frutas

de qualidade e fortes iniciativas de promoção do nosso produto no exterior”, disse o diretor de marketing da associação, Eduardo Serena, em comunicado à imprensa. Até o dia 5 de maio, o México enviou 425 mil toneladas de abacate para o país vizinho, desempenho superior ao registrado em 2012. No mesmo período do ano passado, os fazendeiros mexicanos exportaram 297 mil toneladas para seu principal parceiro comercial, revelam os dados do Departamento de Agricultura dos EUA.

O maior espetáculo da Terra vai começar. E o primeiro capítulo é agora, com a Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 TM . No ano que vem, o Brasil não vai fazer só mais uma Copa do Mundo. Vai fazer a melhor Copa de todos os tempos. Vamos mostrar ao mundo que, além do país do futebol, somos também o país da inclusão social, da criatividade, das oportunidades, da superação. Somos 200 milhões de brasileiros q u e j o g a m j u n t o s . S o m o s “A P á t r i a d e C h u t e i ra s ” .

copa2 014.gov.br twitter.com/copagov facebook .com/CopaGov


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Mercado

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Pain investe em tratos culturais e realça qualidade das frutas No final da década de 1980, depois de se formar técnico agrícola, Luiz Antonio Pain veio para a Ceagesp cuidar da comercialização das frutas que o pai produzia. Aos poucos, mesclando a longa experiência da família e a técnica aprendida nos cursos, Luiz colocou a atacadista Pain em lugar de destaque no entreposto de São Paulo. Atualmente, a atacadista Pain produz abacate, manga,

maracujá, pinha e romã nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Bahia e percebeu, nos últimos anos, um bom aumento no consumo interno do fruto do abacateiro. “Ainda faltam campanhas de divulgação. Existem bastante áreas sendo plantadas e daqui alguns anos, precisamos de consumidores para escoar a safra”, analisa Luiz. “Investimentos em pesquisas e técnicas de cultivo

renderam boas variedades dessa fruta”, completa. Para o técnico, a integração e troca de informações entre os produtores permitiu o avanço dos pomares de abacate que não foram substituídos pela cana-de-açúcar, cultura que avança rapidamente no estado de São Paulo. Nos campos da Pain, o solo e as plantas recebem o tratamento adequado para ficarem livres de pragas e doenças.

“Bons tratos culturais são essenciais para colher frutas perfeitas e temos nos esforçado para manter a qualidade dos produtos”, promete Luiz Antonio.

Irmãos Orioli: cuidado no plantio propicia alta produtividade de abacate Investimento constante garante pomares saudáveis por décadas

A cada safra, a atacadista Irmãos Orioli produz e comercializa cerca de 150 mil caixas de abacate. A plantação, iniciada na década de 70, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, ainda rende frutas de árvores semeadas há mais de 30 anos. O segredo, segundo o permissionário Devanir Orioli, é a atenção dispensada ao plantio que requer

cuidados específicos para se manter ativo durante décadas. “Além disso, requer uma vida inteira de dedicação do produtor. O risco de perder todo o pomar é grande”, completa. Para Orioli, o consumo de abacate aumentou nos últimos anos, o que facilitou o escoamento da produção de agricultores que não se renderam à de cana-de-açúcar e dedicaram muito tempo para conseguir altos números na produção. “Dessa maneira, conseguimos colocar excelentes frutas no mercado com preços bastante

competitivos”, garante o empresário. Apesar da dificuldade em conseguir mão-de-obra para lidar com os altíssimos pés de abacate, a empresa está constantemente investindo na produção e consegue manter seus pomares saudáveis por vários anos. “Estamos sempre atentos e conseguimos conter problemas pragas ou doenças decorrentes do clima antes de não comprometer toda a área plantada”, explica Devanir, completando que a Orioli distribui para todas as regiões do Brasil.

Principais variedades de abacate comercializadas na Ceagesp Ilustrações Bertoldo Borges

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp


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Mudança em relação ao manuseio impulsiona a J. Alcides Bonella De olho nas mudanças do hábito de consumo dos brasileiros e com bastante experiência no cultivo de frutas, a atacadista J. Alcides Bonella tornou-se referência na produção e comercialização de abacate. A diretoria explica que foi preciso investimentos em modernização para sobressair-se às demais concorrentes nos pavilhões da Ceagesp. Além de abacate, a Bonella, produz caqui, manga e ponkan, mas resolveu se especializar no pseudofruto do abacateiro, que exige bastante dedicação no cultivo por tratar-se de uma cultura que leva mais tempo para amadurecer. Nos últimos anos houve uma mudança radical em relação ao manuseio e padrões de classificação. Todos os setores da empresa fora envolvidos e os colaboradores receberam instruções de como tratar o produto alimentício fresco. Segundo os administradores, a atacadista conseguiu se destacar quando aproveitou a brecha deixada por alguns agricultores e comerciantes do entreposto que resistiram à modernização e ainda trabalham de maneira arcaica. Na J. Alcides Bonella, o cliente escolhe o tipo de fruta, a embalagem e uma equipe de profissionais treinados seleciona os melhores produtos.

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Entrevista

Atualidades e perspectivas da cultura do abacateiro no Brasil Caio Albuquerque ESALQ

Devido a sua ampla adaptação a diferentes condições de solo e clima, o cultivo do abacateiro ocorre em países como México, Chile, EUA, África do Sul, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia e Peru. O Brasil, no entanto, ocupa apenas a 7ª posição, produzindo 152.181 toneladas em 11.637 hectares distribuídos em todo o país, principalmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. Em entrevista, Simone Rodrigues da Silva, docente do Departamento de Produção Vegetal (LPV) na área de fruticultura, abordou os motivos da participação ainda restrita do país nesse mercado e apresentou pesquisas desenvolvidas na ESALQ com intuito de melhorar a produção e a qualidade do fruto. Porque a participação do Brasil ainda mostra-se tímida nessa cultura? Simone Rodrigues da Silva: A participação brasileira no mercado mundial ainda é muito restrita principalmente pela baixa produtividade e qualidade dos frutos decorrentes da falta de condições adequadas de manejo, assistência técnica especializada, desenvolvimento de pesquisa local, problemas de logística ao longo da cadeia de comercialização e de uma política nacional para a expansão da cultura.

Quem mais produz abacate no país? SRS: O Estado de São Paulo é o principal produtor, com 82.014 toneladas anuais, que representam 53,9% da produção nacional, seguido de Minas Gerais, com participação de 18,7%, Paraná (10,4%) e a região Nordeste (6,2%). Os pomares de abacateiros estão distribuídos por todo o Estado de São Paulo, mas 75% da área total plantada concentra-se em 39 municípios, sendo os principais Mogi-Mirim, Jardinópolis, Bauru, Santo Antônio da Posse, Araras e Tupã.

Mas a produção mostra uma tendência de ascensão? SRS: Historicamente, o cultivo de abacate no Brasil édescrito como uma cultura de ‘interesse crescente e alto potencial produtivo’, no entanto, a produ-

ção nacional diminuiu no tempo de 474.538 t em 1990 para 139.089 t em 2009 (-70%).

A que podemos atribuir essa queda? SRS: Podemos atribuir ao interesse dos produtores por culturas de maior rentabilidade, por ser erroneamente considerada uma fruta “gordurosa” e pelo hábito do brasileiro em consumi-la como sobremesa, batida com açúcar e leite, o que limita sua expansão.

Mas suas características nutritivas podem reverter esse quadro? SRS: Pesquisas recentes confirmam a alta qualidade nutritiva e nutracêutica do abacate, comprovando seu efeito na redução dos níveis sanguíneos de colesterol ruim (HDL), colesterol total e triglicérides, além de seu efeito no controle da glicemia em pacientes diabéticos. Outros estudos têm sido conduzidos sobre o aproveitamento industrial do abacate para a extração de óleo e álcool utilizados na geração de biocombustível e na fabricação de tintas, cosméticos, medicamentos e alimentos.

Temos potencial para exportar abacate? SRS: O aumento no preço pago pela fruta nos últimos anos, principalmente as tardias, vem estimulando o plantio de novos pomares em São Paulo e Minas Gerais. O cultivo da variedade de exportação ‘Hass’, também conhecida como “avocado” tem se expandido no Estado de São Paulo, permitindo o crescimento expressivo das exportações brasileiras, gerando divisas, emprego e renda por ser ofertada na entressafra do Hemisfério Norte, o que garante bons preços pagos pelo mercado europeu.

Mas esta ainda não é uma realidade? SRS: Com a intensificação das pesquisas desde 2009, podemos afirmar que o Brasil tem grande potencial de expansão do abacate tanto no mercado interno como no externo, mas para que isso se concretize em médio prazo, é preciso desenvolver campanhas internas de marketing para divulgação de novos modos de consumo da fruta como o uso em saladas, pratos salgados, sanduíches, patês e guacamole.

Como a ESALQ pode contribuir para a expansão dessa cultura? SRS:Atualmente, no Departamento de Produção Vegetal, desenvolvemos vários estudos direcionados à cultura do abacate. Entre outros, pesquisamos o ciclo fenológico e manejo de Phytophthora em pomares de abacateiro no Estado de São Paulo; o uso de vegetação intercalar para obtenção de cobertura morta na cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora cinnamomi; fazemos a avaliação horticultural de porta-enxertos para abacateiro Hass; observamos o uso de reguladores de crescimento vegetal para aumento da produção e o controle do vigor em abacateiros; a aplicação de paclobutrazol (cultar) em primavera para aumento da produção em abacateiro Hass; o efeito de distintos substratos e agentes de controle biológico no desenvolvimento inicial e na sanidade de porta-enxertos de abacateiro em condições de viveiro e a Interferência de espécies de Brachiaria no desenvolvimento inicial de abacateiro.


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Artigo

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Mercado brasileiro de antúrios A venda atacadista é baseada no tamanho das hastes: diferencial de preço pode ultrapassar 100% Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz **

Os antúrios são consensualmente apontados como um dos produtos de maior potencial de negócios tanto no mercado interno, quanto nas exportações para as principais praças mundiais de consumo. Contribuem para isso não apenas a beleza natural, coloração e o exotismo de suas flores, mas também sua elevada durabilidade e resistência ao manuseio de pós-colheita, que fica na média de 25 a 30 dias, mas que pode chegar a mais de 40 dias, além da grande altura de suas hastes e suas linhas volumétricas e espaciais modernas que se harmonizam perfeitamente com o despojado design da arquitetura de interiores contemporânea. São, ainda, atributos importantes o baixo peso unitário das hastes, que contribui para uma maior competitividade de preços do produto no mercado internacional, visto implicar em menores gastos com fretes aéreos e sua grande capacidade de harmonização natural com outras flores e folhagens, entre as quais as temperadas mais conhecidas dos consumidores do Hemisfério Norte. Originalmente, os antúrios foram cultivados quase que exclusivamente para a produção de flores de corte. Apenas a partir de meados da década de 1980 é que o consumo desta flor começou a ser popularizado também como planta de vaso, tanto com foco na produção de flores para ambientes interiores e exteriores, quanto apenas na de folhagem. A sua utilização na arte floral passou, mais recentemente, a absorver quantidades crescentes de folhas, para a ornamentação e confecção de múltiplos tipos de arranjos, devido à sua grande beleza, intensidade do brilho e da cerosidade, além da elevada durabilidade pós-colheita. Hoje, os principais produtores procuram optar por cultivares que permitam a dupla exploração da planta para o corte, enviando simultaneamente flores e folhas para o mercado.

crescentes desde o produto chamado de cabo curto, para aqueles cujos cabos sejam classificados como médios, longos ou extra-longos. Entre essas diferentes categorias, o diferencial de preço pode chegar a 100% ou mais. No acondicionamento dos antúrios, tanto para o mercado interno, quanto para as exportações, tem sido cada vez mais frequente o uso de caixas de papelão, nas quais as flores são dispostas alternadamente e presas em suportes individuais, recebendo cada espata uma proteção especial de plástico transparente e cada haste um tubete acoplado com água para a manutenção da hidratação da flor. É importante ressaltar que o antúrio é uma flor de valor unitário relativamente elevado. Além disso, suas espatas grandes e rígidas são muito sensíveis a rasgos e danos mecânicos por atrito, com resultados rápida e fortemente perceptíveis, que resultam em efeitos depreciativos no valor final do produto, gerando grandes perdas econômicas ao longo de toda a sua cadeia de suprimento. Portanto, todos os esforços possíveis devem ser despendidos no sentido de proporcionar proteção adequada às flores dos antúrios

Comercialmente, os antúrios são divididos em quatro grupos principais: a) cultivares de Anthurium andraeanum: selecionados especialmente para a produção de flores de corte, sendo, portanto, de fundamental importância o formato, tamanho, cerosidade, brilho e coloração das espatas e das espádices, a altura das hastes, a intensidade e a uniformidade da produção, entre outros aspectos. As cores primárias desse grupo são: branco, rosa, vermelho, vermelho-alaranjado e verde; b) cultivares híbridos in-

ter-específicos entre A. andraeanum e espécies anãs, normalmente referenciadas como tipo “Andreacola”. São quase que totalmente direcionadas para a produção de plantas de vaso, já que este mercado exige plantas mais compactas; c) cultivares híbridas de Anthurium scherzerianum. Foram as cultivares mais largamente utilizadas, a princípio, para a produção de plantas envasadas, especialmente por serem muito pequenas, compactas e atraentes. As cores básicas para as espatas do grupo são: branco, rosa e vermelho, e

d) cultivares selecionadas para a produção de folhagem de corte e para planta envasada. Representam, ainda, a menor parcela do mercado global para os antúrios, embora venham mostrando grande incremento de consumo, principalmente pela extrema durabilidade de muitas das cultivares já presentes no mercado. No mercado interno brasileiro, a venda atacadista dos antúrios de corte é segmentada especialmente segundo o tamanho das hastes: antúrio de cabo curto, de cabo médio, de cabo longo e de cabo extra-longo. As cotações obtidas são

Para saber mais, recomendamos a leitura do livro: Antúrio, que acaba de ser lançado pela EMBRAPA Informação Tecnológica. Conferir no site da Livraria Embrapa: http://goo. gl/vPj8N

* Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/ IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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Em 2013, colocamos este anúncio na página 13 para comemorar os 13 anos do Jornal Entreposto.

Superstição? Que nada, é pura coincidência O 13 é formado pelos números 1 e 3. O 1 simboliza coragem, iniciativa e disposição para correr riscos. Já o 3, representa a autoconfiança e o otimismo de acreditar no melhor da vida, além da reação de leveza e liberdade que acompanha essa atitude positiva perante os desafios.

Anos

É com muito orgulho que o Jornal Entreposto comemora seus 13 anos de trabalho ininterrupto, levando informação aos leitores dos entrepostos de todo País.

O Jornal é a democracia da Ceasa, onde podemos expor opiniões e reivindicações

Jornal Entreposto, a verdade do mercado Manelão (Nossa Turma)

João Carlos Barossi (Agro Comercial Campo Vitória)

JE é uma visão global e essencial das informações sobre agronegócio: da produção no campo, entrepostagem na Ceagesp, até a mesa do consumidor final CQH

O Jornal é importante porque é um meio de divulgação dos acontecimentos do mercado tanto na Ceagesp quanto em outros estados Sassá – (Iguape Legumes)


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Um jornal a servi莽o do agroneg贸cio


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Varejo

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Consumidor gastará R$ 80 bilhões em alimentos saudáveis, aponta estudo da Apas Mudanças no comportamento de consumo das famílias na última década foram apontadas durante a abertura da 29ª edição da maior feira mundial do setor supermercadista A Associação Paulista de Supermercados apresentou pesquisa inédita sobre tendências de consumo e perfil do consumidor durante a abertura da Apas 2013 – 29º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados. O estudo mostrou que o crescimento do setor em 2012 foi associado ao desempenho econômico do Brasil no mesmo período. Já nos últimos dez anos, o crescimento do Brasil esteve diretamente relacionado ao crescimento do consumo das famílias. Com base no ambiente econômico, o presidente da entidade, João Galassi, destacou os cinco pilares que determinam a evolução do varejo, nas áreas de economia, demografia, consumidor/lojista, tecnologia e sustentabilidade. O destaque ficou por conta da forte presença do setor de serviços, que representa 68% de participação do PIB. Foi observado, ainda, que esse desempenho no consumo aconteceu de maneira sustentável ao longo do tempo e está diretamente relacionado à classe média, principal responsável pelo crescimento econômico do Brasil. A pesquisa mostrou, também, uma inversão no padrão de consumo. Comparativamente, o crescimento se deu de forma paralela ao crescimento da classe média. Em 2003, a classe C respondia por 37% da população; em 2012, sua composição subiu para 55% e é essa emergente classe média que vem ditando o consumo das famílias, conforme apontou a pesquisa. O crescimento contínuo do mercado interno, embora desacelerado em 2012, se manteve no setor de comércio e serviços. O conjunto de vetores que auxiliaram nesse processo foi a ascensão da classe média, estabilidade econômica e política, futuro poder de consumo e composição de 82% da população urbana, aliados a políticas de estímulo ao setor como desoneração da cesta básica e redução histórica dos juros. “A inserção de seis milhões de novos domicílios no consumo atingiu, em 2012, o patamar de 48 milhões de lares”, analisa o gerente do Departamento de Economia e Pesquisa da Apas, Rodrigo Mariano.

PAULO FERNANDO

Saudabilidade é fator fundamental na decisão de compra, afirma Galassi

Consumo mais saudável e consciente Os dados mostraram também que o apelo do que faz bem cada vez mais funciona e já faz parte do padrão de consumo nos lares. Segundo Galassi, isso implica significantes mudanças comportamentais não observadas em anos anteriores. “Tivemos a inclusão de alimentos na lista do consumidor não observados antes. A água de coco, por exemplo, chegou a 2,2 milhões de residências. Ainda na lista produtos benéficos à saúde, produtos integrais, funcionais e saudáveis tiveram forte apelo na escolha do consumidor”. O cliente também está mais consciente. As informações apontaram que 69% das pessoas gostariam que os produtos de alimentação ajudassem a manter a saúde. “O padrão de consumidor crê que o produto tem que ser funcional. A saudabilidade é o fator principal na hora do consumidor tomar a decisão de consumo”, releva Galassi. O executivo aposta, ainda, que para 2013, o faturamento com foco na saudabilidade alcance R$ 80 bilhões.

Consumidores continuam otimistas

A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo apontou que, no atual contexto, o Brasil continua com o mais alto índice de confiança do consumidor entre os países da América Latina, à frente, inclusive, de países como Chile e México. Essa relação de confiança atrelada à economia do país reflete o consumo das famílias em bens duráveis e, em menor medida, de bens não duráveis. Os dados também apontam um leve resquício de inflação no setor de serviços que interfere nos hábitos de consumo. Por outro lado, os dados mais recentes do Índice de Preços dos Supermercados (IPS), medido pela Apas junto com a Fipe, que compõem mais de 2.300 itens, mostrou uma desaceleração dos preços. “Para o mês de abril, tivemos uma desaceleração de 0,90% da cesta básica. Isso foi resultado da desoneração de impostos”, revelou Galassi, mostrando que a associação está alinhada aos anseios do governo.


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ARTIGO

Inflação:

a próxima culpada será a batata

Agrícola

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Produtores do Rio irão receber tecnologia para controle de doenças do tomate

Richard Jakubaszko

Não tenham dúvidas, está sendo engendrada pelos inimigos do Brasil uma orquestrada campanha para a volta da inflação: primeiro botaram culpa no dólar, que se apreciou, depois na elevação dos custos de serviços (manicures, faxineiras, cabeleireiros, eletricistas etc.), depois os preços dos produtos nos supermercados. A mídia e os banqueiros pedem o aumento da Selic, para refrear a inflação, como se isso não fosse uma piada de mau gosto. Aí chegou a falta do tomate, com os preços de alta da falta de tomate fazendo estardalhaço na mídia, deu até capa de revistas semanais. Agora vai ser a batata... Pois recebi e-mail da Silvia Nishikawa, bataticultora lá de São Gotardo, MG, mostrando comentários de Marcelo Balerini, presidente da ABBA - Associação Brasileira de Bataticultores, e de Natalino Shimoyama, secretário da mesma ABBA, contando a revolta desses líderes e de todos os bataticultores. Vejam só o que eles dizem. Assim como aconteceu com o tomate, as interpretações equivocadas, tendenciosas, falaciosas e imbecis, podem ser utilizadas contra a batata. Como sugestão, sempre que possível, achamos que vale a pena defender a batata com os seguintes argumentos. O preço da batata está alto pelo seguinte motivo:

Está faltando batata!!! E quando alguma coisa falta, o preço sobre... É importante saber que falta batata pelas seguintes razões. 1 - Clima – o calor, chuva e/ou a seca reduziram a produção de batata em todas as regiões produtoras, de norte a sul do país. 2 - Problemas fitossanitários – além da tradicional perda por doenças provocadas por bactérias de solo, um novo fato está causando sérias perdas de produção – viroses e danos diretos, relacionados a mosca branca. 3 - Produtores – a cada ano que passa diminui o número de produtores de batata, e, por consequência, a área plantada. Assim, naturalmente, cai a produção – resultado inequívoco da missão impossível de se conseguir mão de obra para trabalho nas lavouras. A legislação trabalhista, ao invés de se adequar à realidade dos trabalhadores, obriga os mesmos a se adequarem à legislação.

4 - Outros produtos – observem que a alta de preços, e a falta, está ocorrendo com todos os demais produtos – feijão, vagem, jiló, quiabo, cebola, cenoura, mandioca, papaia, frutas etc. Lamentavelmente, batata e tomate são utilizados como bodes expiatórios por serem os mais consumidos. Será que a mídia e os especialistas de gravata irão usar um dia o maxixe como bode expiatório? Itens complementares

1 - Custo de produção – a situação atual é absurda e insuportável. Antes se gastava de US$ 3,000.00 a US$ 6,000.00 por hectare (ha), conforme as tecnologias empregadas, e os principais itens eram palpáveis, como agroquímicos, fertilizantes, sementes, combustíveis, mão de obra etc. Atualmente se gasta de US$ 5,000.00 a US$ 15,000.00 / ha e, além dos itens palpáveis, que também aumentaram os preços, os produtores estão sendo massacrados com despesas referentes a tributações trabalhistas, financeiras, alta no custo do transporte etc.

2 - Varejo – a tabuada das grandes redes de varejo começa no 3, ou seja não há operações de 1x1, 2x1... Começa no 3x1 e vai as vezes até acima de 10x1. Explicando - eles pagam R$ 1,00 /kg e vendem aos incautos consumidores por R$ 7,00/ kg. Eles dizem, as grandes redes de supermercados, que isso é necessário devido às perdas por se tratarem de produtos perecíveis, mas a mesma política é praticada na venda de carvão... Será que existe carvão perecível? Ou será ganância?

3 - Mídia – alguém reparou que quando os preços estão baixos a mídia nunca aparece? Quando os preços estiveram péssimos (batata a R$ 10,00 / saco de 50 kg e tomate a R$ 5,00 / caixa de 20 a 25 kg no ano passado) NINGUÉM com microfone apareceu para fazer matéria e dizer que estávamos quebrando... E agora, quando praticamente ninguém tem batata, a mídia induz a população urbana a concluir que todos os batateiros e tomateiros estão ficando MILIONÁRIOS e exploram o consumidor. Como pode ser assim, se são os supermercados que fazem o preço, quando compram e quando vendem?

Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro

Os resultados positivos obtidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio) com a implementação do monitoramento climático para controle de doenças em tomateiro, vão expandir o projeto para produtores de microbacias atendidos pelo Programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura do Rio de Janeiro (Seapec). A previsão inicial é de instalação de equipamentos nas microbacias de Santa Maria e Cruz da Moça, no município de São José de Ubá, conhecido como a “terra do tomate”. O projeto, executado em parceria com a Olearys, empresa que desenvolveu o software de coleta de dados ambientais, já conta com 16 instalações distribuídas pelo Estado do Rio de Janeiro. Para difundir o acesso à tecnologia para mais produtores estão sendo realizados treinamentos para técnicos e extensionistas, visando o melhor atendimento aos produtores. No final de abril aconteceu o primeiro Curso de Aplicação do Monitoramento Climático para Controle de Doenças

em Tomateiro, no município de Mendes, Centro-Sul Fluminense. A capacitação foi instruída por técnicos da Olearys, que passaram o conhecimento do manuseio do sistema operacional do equipamento para técnicos da Emater-Rio e da Defesa Sanitária Vegetal. A iniciativa teve como principal objetivo dar suporte científico e tecnológico a agricultores e agrônomos para o controle de doenças na lavoura. Através de coleta de dados ambientais nas propriedades, o técnico orienta o produtor sobre o momento mais apropriado para realizar as pulverizações. A media reduz os gastos com agrotóxicos, minimiza os impactos ambientais e ainda produz alimentos mais saudáveis. Segundo Marcos Balbi, técnico da Olearys, o sistema funciona como ferramenta auxiliar para a tomada de decisão do técnico. De acordo com a empresa, os dados estarão disponíveis gratuitamente na internet para os técnicos, bastando, para tanto, cadastrar-se no site.


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Evento

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CAPACITAÇÃO

Ministério da Pesca e Sebrae vão capacitar produtores do setor Da Agência Brasil

Agrishow movimenta R$ 2,6 bilhões em negócios Feira também bate recorde de público, atraindo 150 mil visitantes A 20ª edição da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) teve a maior edição de sua história. Os negócios iniciados na feira devem movimentar R$ 2,6 bilhões em negócios, um crescimento entre 15 e 16% em relação à edição do ano anterior, quando movimentou R$ 2,15 bilhões. Todos os setores de uma forma geral estão aquecidos, com destaque para o segmento de armazenagem, impulsionado pela safra recorde de grãos de 184 milhões de toneladas e as dificuldades logísticas para escoá-la; agricultura de precisão, pulverizadores autopropelidos e plantadeiras. “O produtor busca inovação tecnológica que permita que a sua produção seja mais eficiente, com menor custo para seja mais competitivo. Alguns fatores contribuíram para o resultado dessa Agrishow, que é a ‘mãe’ de todas as feiras. Neste ano tivemos o PSI – Programa de Sustentação do Investimento, que oferece juros civilizados ao produtor, com prazo favorável, e a necessidade de renovar o parque de máquinas”, afirma o empresário João Marchesan, vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). “Estimamos que 30% dos negócios na AGRISHOW foram feitos com recursos próprios e 70% por meio de financiamentos”, acrescenta o vice-presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Francisco Maturro.

Visitantes A edição de 2013 da Agrishow recebeu 150 mil visitantes nos cinco dias de evento. Mesmo com a visitação recorde para um primeiro de maio – historicamente o dia com o melhor público da feira – de 40 mil pessoas, os organizadores avaliam que foi mantida a qualidade do visitante, bastante focado em realizar negócios. A feira recebeu este ano um número recorde de países de visitantes internacionais. Foram cerca de mil pessoas de 67 países.

O Ministério da Pesca e Aquicultura confirmou a parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para o desenvolvimento de ações tecnológicas, econômicas e sociais no setor pesqueiro e aquícola. O acordo garante a capacitação de pescadores e aquicultores no mercado, o desenvolvimento de pesquisas, aumento da produção e comercialização. Para o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, o setor pesqueiro tem grande potencial, mas os empresários ainda são inciantes “eles têm dificuldades para abrir mercados, para gerenciar seus negócios, para fazer as contas corretas, para ver o nível de imposto e há muito insucesso nessa parte”. Crivella disse que o objetivo da parceria é garantir gestão aos produtores, pescadores e aquicultores . Segundo o diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barreto, a parceria com o ministério vai aumentar as oportunidades para o empreendedorismo e ampliar o mercado brasileiro. “Temos que trabalhar gestão, inovação e melhorar cada vez mais culturalmente esse tema no Brasil”. Segundo Barreto, cada estado produtor terá um conjunto de acordos regionais. A ideia é trabalhar regionalmente de acordo com as prioridades de cada estado. Sobre o trabalho do pescador, Barreto destacou a carência de gestão empresarial que viabilize produção de qualidade. “Muitas vezes ele é um bom pescador, tem boas ideias, mas falta capacitação, um bom plano de negócios e entender o território”. Quanto à cadeia produtiva, ele ressaltou que há uma grande necessidade de matérias primas, de consumo e de criar mercado. As licenças ambientais foram outro ponto citado por Barreto como um tema que ainda cria muita dificuldade, principalmente para o pequeno produtor. “Temos um papel forte na certificação e na superação dessas licenças. Queremos melhorar o ambiente para o desenvolvimento dessa atividade”. O acordo visa à implementação de programas e projetos, como o Projeto Talentos do Brasil, que já está em execução pelo ministério e o Sebrae. O objetivo é certificar produtos e serviços do setor pesqueiro e promover acesso a vários tipos de mercado. A Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) vai fortalecer ações de incentivo à produção de biodiesel, com o uso do óleo das vísceras de peixe.


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É O DINHEIRO DE HOJE. COLOQUE JÁ UM CAIXA ELETRÔNICO EM SEU EMPREENDIMENTO!

AUMENTE SEU FLUXO E AS POSSIBLIDADES DE LUCRATIVIDADE. Utilizar o Caixa Eletrônico é uma necessidade cada vez mais presente no nosso dia a dia. O Central Banking foi criado com o propósito de abrir espaço para os principais bancos e concentrar, num único local, vários Caixas Eletrônicos de instituições diferentes, proporcionando satisfação aos clientes e valorização das empresas.

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Qualidade

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A prevenção é o melhor remédio

Anita de Souza Dias Gutierrez Cláudio InforzatoFanale Tiago Oliveira Sabrina Leite Oliveira Marcela Moretti Roma Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Ninguém discorda que prevenir é o melhor remédio, mesmo na Ceagesp, um ambiente de grande complexidade: milhares de fornecedores, usuários, atacadistas, origens, destinos, produtos muito perecíveis. Algumas perguntas precisam ser respondidas: 1. Quais são os nossos principais problemas? 2. É possível preveni-los totalmente ou diminuir a sua intensidade? 3. Qual é a melhor estratégia de prevenção? 4. Qual é o local mais adequado de atuação?

O Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp vem realizando estudos para retratar o Entreposto Terminal de São Paulo, através da percepção dos seus usuários: atacadistas e compradores. A evolução da percepção dos compradores dos principais problemas no mercado foi grande. Os compradores foram entrevistados em 2005 (561), 2008 (218), 2011 (137) e 2012 (673). Em 2012 os compradores foram entrevistados pela Secretaria de Logística e Transporte do Estado de São Paulo. Em 2005 a falta de segurança foi o segundo problema mais importante dos compradores no mercado, com 17% das respostas, depois da infraestrutura. Em 2011 os problemas mais importantes apontados pelos compradores foram infraestrutura, sujeira e trânsito. Nenhum dos entrevistados mencionou a falta de segurança como problema. O que aconteceu entre 2005

e 2011 para que uma mudança tão grande de percepção do problema de falta de segurança entre os compradores acontecesse? A primeira e mais importante mudança foi um maior controle de entrada no mercado, executado pela SEGOP e pela SESEG, Seção de Gestão de Portarias da Ceagesp e Seção de Segurança Patrimonial e Operacional. Aqui estão alguns dos trabalhos executados na Portaria da Ceagesp:

Prevenção de ocorrências criminais Alguns eventos importantes como a denúncia, pelo Ministério Público, da ocorrência na Ceagesp de prostituição infantil, exigiram a adoção de medidas mais efetivas de controle de entrada de menores e que exigiu a restrição da entrada de pedestres a alguns portões. O grande número de deli-

tos cometidos por motoqueiros e o desconforto causado pelo estacionamento irregular das motos nos pavilhões levaram à proibição de entrada de motocicletas no mercado e à necessidade de um estacionamento e controle especiais, sob a responsabilidade da SEGOP/ SESEG. Existe uma população fixa de 800 motos e uma população flutuante de 200 motosem torno de 800 a 1000 motos entram no Entreposto todo dia. O número de ocorrências criminais, registrado pelaSESEG – Seção de Segurança Operacional e Patrimonial do Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, caiu 45%entre 2008 e 2012 - de 107 para 59. Prevenção da comercialização clandestina

A prevenção da comercialização clandestina e da concorrência desleal é uma das responsabilidades da SEGOP/ SESEG. Cada veículo de for-

necedor deve deixar uma via da nota fiscal da sua carga na portaria. A carga não pode entrar sem destino e só pode ser destinada a um comerciante registrado na Ceagesp – um permissionário. As notas fiscais são a base do SIEM –Sistema de Informação e Estatística do Mercado, muito utilizado para estudos de comercialização. Prevenção de entrada do lixo

Os veículos dos compradores são auditados, por amostragem, para prevenir a entrada de lixo. Muitos compradores pressionados pelo Código de Limpeza Urbana- Lei Complementar nº. 234/90, trazem lixo nos seus caminhões e despejam dentro da Ceagesp. O Código de Limpeza Urbana do Município de São Paulo estabelece em seu artigo 28 “Os feirantes, artesãos, agricultores ouexpositores devem manter permanentemente limpar a suaárea de atuação, acondicionando corre-


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tamente o produtoda limpeza em sacos plásticos, dispondo-os em locais ehorários determinados para recolhimento. Multa de 59,3905a 118,7810 UFM (valor em dezembro de 2011 - R$ 108,66) em seu artigo 24‘Os mercados, supermercados, matadouros, açougues, peixarias e estabelecimentos similares deverão acondicionar o lixo produzido em sacos plásticos, manufaturados para este fim, e dispondo-se em local e horário a ser determinado para recolhimento. Multa de 59,3905 a 118,7810 UFM. É fácil imaginar que se cada um dos mais de 5.000 veículos de comprador trouxer 100 kg de lixo, teremos todos os dias, a entrada de 500 toneladas de lixo todos os dias no Entreposto de São Paulo. A entrada não é permitida para os caminhões que são pegos com lixo – muitas vezes escondido em caixas vazias que estão sendo devolvidas aos atacadistas. Prevenção da entrada e do comércio de caixas vazias descartáveis

A entrada de caixas vazias (K ou engradado) só é permitida quando destinada para empresas autorizadas pela Ceagesp ou endereçadas para os atacadistas. Ambulância

A administração do Serviço de Ambulância, que fica estacionada na Portaria 03 é um benefício recente, sob responsabilidade da SESEG/SESMT e já realizou 400 atendimentos, entre janeiro a abril de 2013. Programa de Rotulagem

A ação educativa da Portaria no Programa de Rotulagem é um grande sucesso. Diariamente alguns caminhõessão parados para verificação da rotulagem e orientação do motorista. O destinatário do produto atesta o recebimento do produto sem rótulo. O motorista e o destinatário recebem uma notificação com a avaliação da qualidade de preenchimento do rótulo e uma cartilha de rotulagem. O atacadista, destinatário da mercadoria, é chamado à Portaria para receber a mercadoria e a notificação. Uma carta é enviada ao prefeito e ao

maio de 2013

órgão de assistência técnica do município solicitando que eles orientem aquele produtor e outros a rotular. Nas seis semanas de trabalho foram inspecionados 80 veículos, originários de 49 municípios diferentes, que transportavam 37 produtos diferentes. Foram escolhidos os veículos com maior probabilidade de ausência ou inadequação da rotulagem. Só 11% dos produtos vistoriados apresentaram rótulo. A receptividade à adoção da rotulagem vem crescendo entre os produtores e atacadistas. A esperança é que consigamos uma grande mudança antes que os órgãos de fiscalização comecem a atuar com rigor, com a preparação do Brasil para a Copa. Os técnicos do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp continuam o trabalho de busca de parceira para o Programa de Rotulagem, fazendo contato com Prefeituras, nutricionistas, órgãos de assistência técnica e sindicatos rurais e articulando com o SENAR, cursos de capacitação dos produtores rurais em Rotulagem e de Melhoria de Preenchimento da Nota Fiscal do Produtor. Ainda há muito por fazer, com a ajuda de tecnologias mais modernas. O registro e controle de placas, o cadastramento de veículos e de pessoas, usuários do mercado, o monitoramento do fluxo de veículos permitirão:

• A prevenção da entrada de veículos alheios ao mercado, que hoje utilizam a Ceagesp como estacionamento, • A prevenção de veículos reincidentes em praticas proibidas como trazer lixo para o mercado, • A prevenção de entrada de desocupados e meliantes,

• O direcionamentodo veículo para o melhor ponto de estacionamento no momento de sua entrada no mercado.

Gostaríamos de ouvir a sua opinião sobre outras maneiras para a prevenção dos problemas que hoje enfrentamos. Para mais informações: 11 36433825/ 3827 cqh@ceagesp.gov.br

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Qualidade BIOTECNOLOGIA

Del Monte testa variedade transgênica de abacaxi na América Central Pesquisa obtém aprovação do Departamento de Agricultura dos EUA Paulo Fernando De São Paulo A Del Monte, uma das maiores empresas de fruticultura do planeta, está testando uma cultivar geneticamente modificada de abacaxi na Costa Rica. De acordo com a multinacional, que também possui fazendas no Brasil, os resultados deste projeto podem levar o ananás Rosé à comercialização. “Mas essa etapa vai depender de muitos fatores, incluindo aprovações regulatórias por parte das autoridades governamentais pertinentes, onde e quando for o caso”, explica o vice-presidente de marketing da companhia, Dennis Christou. O executivo ressalta que a

empresa ainda não distribui ou comercializa quaisquer produtos transgênicos nos mercados onde atua. “Isso inclui nosso abacaxi extradoce Del Monte Gold, que foi desenvolvido a partir de técnicas convencionais de melhoramento”, diz. A Del Monte solicitou a patente da variedade experimental do abacaxi com polpa rosada ao Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos EUA em julho do ano passado. A aprovação foi dada em 25 de janeiro de 2013, mas a resposta oficial do governo norte-americano só se tornou pública no fim de abril. Segundo a empresa, os genes envolvidos na biossíntese de licopeno estão sendo alte-

rados, a fim aumentar os níveis da substância nos tecidos comestíveis da fruto e atingir a nova cor. Os genes de interesse são derivados de espécies de plantas comestíveis, abacaxi e tangerina. “O fruto do abacaxizeiro Rosé não tem capacidade para propagar e persistir no meio ambiente depois de colhido e, portanto, não requer licença para importação ou movimento interestadual”, afirma, em comunicado oficial, a agência do governo dos EUA. “A decisão de que essa cultivar não necessita de autorização de trânsito reafirma nosso compromisso de garantir o cumprimento de todas as normas de biossegurança vigentes”, acrescenta Christou.

Poupatempo do Produtor Rural

A secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, entregou em abril duas unidades do Projeto Poupatempo do Produtor Rural. Os trailers, que ficam em Itapetininga e Avaré, percorrem municípios das regiões. O projeto recebeu investimentos de R$ 4,96 milhões para montagem da infraestrutura dos trailers, que são equipados com computadores com acesso à internet, impressoras, telefones e apoio da equipe de técnicos que fazem os trabalhos de gestão e atendimento ao público. O atendimento é das 10h às 16h, de segunda a sexta-feira. Recentemente lançado pelo governador Geraldo Alckmin, o Poupatempo do Produtor Rural tem como cidades-sedes Itapetininga, Itapeva e Avaré (região administrativa de Sorocaba) e atua de forma itinerante, obedecendo a uma agenda pré-estabelecida. Nas unidades, o produtor pode ter acesso a mais de 50 serviços prestados pelas coordenadorias e institutos da Secretaria.


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Qualidade

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

maio de 2013

Prevenção do ácaro e a qualidade do coco verde Falta de controle gera graves consequências na produção Lisandro Michel Barreiros Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp A exigência por qualidade de coco verde aumentou muito com a restrição à venda ambulante da Prefeitura Municipal de São Paulo (Decreto nº 53.154, de 18 de maio de 2012). Hoje os supermercados são o destino de 70% do coco verde comercializado na Ceagesp. Os supermercados querem cocos redondos, limpos e sem ataque de ácaro. As fotos abaixo mostram um fruto sem ácaro, e outros dois com diferentes níveis de intensidade de ataque.

O coco mais afetado é rejeitado pelo comprador e não deve ser enviado para o mercado. O outro, menos afetado, é razão para desvalorização do produto. É possível enxergar, com uma lente de aumento, as teias de aranha e o ácaro se movimentando no fruto. A Ceagesp recebe coco verde de 12 estados diferentes. O estado do Espírito Santo respondeu por 49% do volume, com seis milhões de cocos, seguido pela Bahia, Paraíba, Pernambuco e São Paulo. A incidência de ácaro é maior nos cocos capixabas. O ácaro-da-necrose-do-fruto-do-coqueiro, AceriaguerreronisKeifer, é o mais comum e causa deformação dos frutos, perda de peso e rejeição e desvalorização na comercialização. A disseminação natural dessa praga pelo vento é muita rápida. Entretanto, o homem é o principal disseminador, em suas atividades agrícolas, conduzindo

mudas ou sementes infestadas. Em plantas jovens, a presença desse ácaro pode ser constatada pelo aparecimento de leve clorose nas folhas centrais. É uma sintomatologia típica, caracterizada pelo escurecimento do tecido foliar, próximo à nervura central da folha; posteriormente, desenvolvem-se lesões castanho-escuras, no sentido longitudinal da nervura, e ocorre a morte do broto terminal. Nos frutos, o ácaro se desenvolve sob as brácteas dos cocos novos, sugando a seiva da epiderme, causando estrias e, posteriormente, necroses longitudinais partindo do perianto do coco. As cloroses apresentam, inicialmente, um formato triangular, com a base do triângulo nas brácteas. Com o crescimento do fruto e o avanço dos danos, as manchas tornam-se marrons, coalescem e seguem em direção à extremidade final do fruto. A área lesionada torna-se cada vez maior, à medida que o fruto aumenta de

tamanho, apresentando áreas necrosadas com rachaduras superficiais e longitudinais de cor marrom-escura, com exsudação e malformação dos frutos. A Embrapa recomenda como controle alternativo o uso dos produtos Boveril PM (Beauveriabassiana) e Acanat (citronela + nim), nas doses de 320 g e 150 mL, respectivamente, do produto comercial por 100 l de água, no intervalo de quinze dias, a partir da abertura das inflorescências. A falta de controle desta praga tem consequências graves na produção e na comercialização do coco verde. As perdas na produção são superiores a 35% e a desvalorização na comercialização é ainda maior. A prevenção é o melhor remédio. Fontes: Comunicado Técnico da Embrapa Alternativa para o Controle do Ácaroda-Necrose-do-Fruto do-Coqueiro, Maio de 2004

CITRUS

CRESCIMENTO

Produção de laranja em SP é de 328 milhões de caixas

Governo vai aumentar compras de alimentos da agricultura familiar

A produção comercial de laranja para o ano safra 2013/2014 está estimada, para o estado de São Paulo, em 327,8 milhões de caixas de 40,8 kg. Além disso, 16,2 milhões de caixas poderão situar entre perdas ou de pouca expressão econômica. Os números são do 1º levantamento da safra, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com órgãos da Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, o maior produtor nacional (70%), e divulgado nesta terça-feira (14), em Brasília. Inclui também a produção do Triângulo Mineiro, o terceiro maior produtor do país. Os motivos das perdas paulistas se devem a fatores econômicos (64%), climáticos (40%), fitossanitários (34%) e adubação inadequada (15%). Da produção, as indústrias processadores de suco absorverão 85% (279,1 milhões de caixas) e o restante (48,7 milhões de caixas) será destinado ao mercado “in natura”, cujos percentuais (15%) se assemelham aos obtidos em 2011/2012. A produtividade média é de 660 caixas por hectare. Área A área plantada é de 531,5 mil hectares e em produção de 497 mil ha. No estudo foi observada a erradicação de 36,7 mil hectares, sendo 72% substituída por cana-de-açúcar e 15% por milho e soja, principalmente em áreas de menos de 300 ha dos municípios de Araraquara, Barretos e Limeira. A colheita mais intensa deve se dar nos meses de setembro a novembro, enquanto que nos meses de maio a fevereiro do ano subseqüente inicia a de variedades precoces, de meia-estação e variedades tardias.

Agência Brasil A presidenta Dilma Rousseff disse no dia 13 de maio que o governo federal vai aumentar o limite de compras de alimentos da agricultura familiar. No programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que, em 2003, quando começou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o governo comprava até R$ 2,5 mil de cada agricultor familiar por ano. Atualmente, o limite está em R$ 4, 8 mil e deve aumentar ainda mais a partir de junho. “O governo tem dado um grande apoio para a agricultura familiar. Já compramos R$ 2,25 bilhões de alimentos produzidos pela agricultura familiar e isso tem ajudado a gerar emprego, a gerar renda para os nossos trabalhadores no campo e também alimenta muita gente que precisa pelo Brasil afora.” Ainda de acordo com a presidenta, o número de agricultores familiares atendidos cresceu 20% no governo Dilma e chega a quase 200 mil. “Eles sabem que parte de sua produção tem comprador certo e o mais importante: tem um preço justo”, disse. “Somente com o PAA, o meu governo já comprou 830 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar. Isso significa um investimento de R$ 1,75 bilhão. E os nossos investimentos no PAA vão continuar crescendo este ano de 2013, com a compra de R$ 1,4 bilhão em alimentos.”


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

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Encontro

JORNAL ENTREPOSTO maio de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio

Fiesp recebe 2º Encontro Internacional de Castanhas, Nozes e Frutas Secas Participantes da cadeia discutem medidas para incentivar o consumo interno e aumentar a exposição internacional dos produtos brasileiros Ação para Castanhas e Nozes e Frutas Desidratadas, destacando a solicitação, ao governo brasileiro, de medidas compensatórias na exportação de produtos do setor que, a partir do dia primeiro de janeiro de 2014, perderão as preferências tarifárias atuais (SGPL) da União Europeia. Para Mônika Bergamaschi, o segmento ainda não foi totalmente explorado e São Paulo pode ser maior que o Chile em relação à fruticultura. “O governo do Estado tem investido na revitalização dos institutos de pesquisa e recursos humanos”, frisou Bergamaschi.

O auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foi palco, no dia oito de maio, do 2º Encontro Internacional de Castanhas, Nozes e Frutas Secas e contou com a presença, além de líderes e empresários do segmento, e da secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi. Realizado pelo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) em parceria com a Associação Brasileira de Noz Macadâmia (ABM), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e

Investimentos (Apex-Brasil), e Departamento do Agronegócio da Fiesp (Deagro) o evento objetivou aproximar aqueles que fazem parte da cadeia produtiva e apresentar dados, informações, mercados e tendências mundiais. O pronunciamento de José Eduardo Camargo, presidente da ABM e vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) marcou o iniciou do encontro que teve como principais temas elevar o consumo interno e aumentar a exposição internacional dos produtos brasileiros.

Durante o evento, também foi apresentado o projeto de promoção das exportações de frutas e seus derivados, Brazilian Fruit, realizado desde 1998 fruto da parceria entre Ibraf e a Apex-Brasil e aberto a todas as empresas produtoras que já exportam ou tenham interesse em exportar. Participaram ainda, Maria Teresa Camargo, da empresa Queen Nut, que explanou sobre a macadâmia, Ana Luiza Vergueiro, da Econut que falou sobre a castanheira do Brasil e Claiton Wallauer, da Pecanita, produtora de noz pecan.

Camargo destacou o quanto os problemas na infra-estrutura do país afetam o segmento. “O Brasil é campeão em inúmeros setores dentro das fazendas e indústrias. Contudo, quando enfrenta a logística, estradas, portos, aeroportos, tributos e desvalorização cambial, a cadeia sofre uma sobrecarga que inviabiliza, muitas vezes, a concorrência internacional”. Segundo ele, a área está se fortalecendo. O presidente do Ibraf, Moacyr Saraiva Fernandes, apresentou o instituto e explanou acerca do Programa Básico de

IEA divulga o valor da produção agropecuária por região O Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo divulgou que o Valor da Produção Agropecuária e Florestal do Estado de São Paulo em 2012 foi de R$61,5 bilhões. Este valor corresponde a um aumento de 3,3%em relação ao do ano precedente. Os produtos que apresentaram os maiores crescimentos de valor foram: batata (70,0%), cebola (68,0%), tomate para indústria (55,0%), repolho (49,2%), mandioca para mesa

(47,3%), caqui (44,6%), feijão (44,5%), amendoim (41,3%) e soja (41,2%). No lado oposto da tabela, os produtos que apresentam as maiores quedas de valor da produção foram: laranja para mesa (50,4%), resina de pínus (47,7%), manga (47,0%) e abacaxi (43,1%). A cana-de-açúcar, principal produto da agropecuária paulista, correspondeu a 48,4% do valor total (sem os produtos florestais) em 2012. O valor dos produtos florestais atingiu 4,6 bilhões, participando com 7,5% do valor da

produção agropecuária e florestal do Estado em 2012, afirmam os pesquisadores AlfredoTsunechiro, Paulo José Coelho, Denise Viani Caser, Carlos Roberto Ferreira Bueno, Eduardo Pires Castanho Filho, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti. Dados Regionais

Os resultados finais dos cálculos dos valores indicam desempenhos muito discrepantes entre as regiões nesta temporada. As regiões (EDRs) que mais cresceram em 2012

foram Guaratinguetá (51,6%), Franca (30,3%), São Paulo (29,4%), Campinas (21,2%), Itapeva (20,6%),Pindamonhangaba (19,9%) e Registro (19,4%). Dezesseis das 40 regiões apresentam queda do valor da produção, em relação a 2011. As maiores quedas ocorreram nas regiões de Mogi das Cruzes (12,2%), Andradina (10,5%), Limeira (10,2%),Mogi Mirim (8,5%) e Bauru(7,0%). As quatro regiões ou EDRs maiores produtoras da agropecuária paulista em 2012 foram Barretos, São João da Boa Vista,

Orlândia e Presidente Prudente, as quais, em conjunto, foram responsáveis por 18,4% do valor total. A região de Jaboticabal, que ocupou a quarta posição em 2011, foi suplantada por Presidente Prudente em 2012, especialmente pelos baixos preços da laranja, segundo principal produto do EDR. Seguem como regiões de maior produção, em ordem decrescente, Ribeirão Preto e Itapeva, cada uma com VPA superior a R$2 bilhões. Leia o artigo na íntegra no site do IEA www.iea.sp.gov.br


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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

maio de 2013

BANCO CEAGESP DE ALIMENTOS

SOABEM recebe doações do Banco Ceagesp de Alimentos

HORA DA LEITURA

JE e Sala de Cultura Ceagesp disponibilizam livros para empréstimo “Traga dois livros que eu empresto o meu para você ler”. Foi com essa frase que José Carlos Cruz de Paula, funcionário da Seção de Gestão de Portaria, deu início à biblioteca da Ceagesp, em 2006. Quando percebia o interesse dos colegas de trabalho pelas obras que carregava embaixo do braço ao circular pelo entreposto, Cruz fazia a proposta da troca. Aos poucos, começou a receber doações e quando os livros já não cabiam mais em sua casa, a Associação Nossa Turma doou um espaço na instituição para armazená-los. Hoje, a Sala de Cultura Ceagesp, localizada no segundo andar do prédio da diretoria, tem quatro mil títulos, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

José Carlos, que realiza o trabalho voluntário sozinho e fora do horário de expediente para não atrapalhar as suas funções no entreposto, se sente gratificado em ter ajudado a mudar a vida de tantas pessoas. “Funcionários se sentiram motivados e voltaram a estudar depois de criar o hábito da leitura na Ceagesp”, conta emocionado, explicando que por determinação da companhia, os livros podem ser emprestados para funcionários e colaboradores que tem acesso ao prédio. “Visitantes e demais freqüentadores podem me procurar por email ou telefone que eu mesmo levo o livro”. Para colaborar com o trabalho de Cruz e facilitar o acesso da população ceagespiana à

cultura, o Grupo de Mídia Entreposto criou o Entreposto do Livro e já disponibiliza títulos para empréstimo na sede do Jornal, localizada no edifício Sede II, ao lado da farmácia. Basta se cadastrar e escolher a obra no display. Visite:

www.entrepostodolivro.com.br

Contatos José Carlos Cruz (Sala de Cultura Ceagesp): (11) 3643-3921 jpaula@ceagesp.gov.br Entreposto do Livro: (11) 3832-5681 contato@entrepostodolivro. com.br

A missão da Associação Amigos do Bem Estar do Menor, SOABEM, é promover o desenvolvimento pessoal e comunitário - dos alunos da entidade e do bairro Engenho Novo em Barueri -, através da ampliação do universo cultural e cotidiano, buscando, desde sua fundação, realizar programas e projetos que contribuam para esse avanço. Assim, são realizadas oficinas recreativas para crianças de quatro a sete anos; complementação escolar através de oficinas sócio-culturais para alunos de sete a catorze anos; e projetos que visam capacitação e formação para o mercado de trabalho e geração de renda destinados a jovens de 15 a 25. Além disso, apoia, também, as famílias dos educandos e realiza desde campanhas de arrecadação de alimentos, roupas, brinquedos e material escolar a alfabetização de adultos. www.soabem.org.br Avenida Capitão Francisco César, 1240 - Barueri – SP Telefone: (11) 4168-2869 / 3433 E-mail: soabem@soabem.org.br

Resumo BCA Abril / 2013 Cinco alimentos mais doados 1. Chuchu 2. Tomate 3. Mexerica 4. Laranja 5. Mamão

Cinco maiores doadores 1. Batista 2. Canelas 3. H.Shimizu 4. JR 5. JKS

Volume de doações recebidas: 72.958 toneladas Descarte BCA 10.809 toneladas

Volume de doações distribuídas 62.149 toneladas

Permissionários doadores 28 Entidades beneficiadas 100

Seja um doador do Banco Ceagesp de Alimentos

Telefones: (11) 3643 - 3832 / 3850 / 3929 Nextel: 55*45*4964 E-mail: bancodealimentos@ ceagesp.gov.br


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Ceasas do Brasil

JORNAL ENTREPOSTO maio de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio

ECONOMIA

Índice Ceagesp registra leve alta de 0,5% em abril Coentro, espinafre, couve e alface lisa apresentaram majorações e influenciaram na elevação do Índice. No ano, o indicador registra elevação de 6,22% e nos últimos 12 meses o aumento foi de 22,37%

Pimentão verde 56,2 %

Tendência:

Preservadas as condições climáticas atuais, a expectativa para maio é de redução de preços em todos os setores de comercialização. Há, nesta época, uma natural retração no consumo e, como as condi-

50,2 %

ba (17,1%). O setor de diversos recuou 0,16%. Principais baixas: amendoim (-10,8%), canjica (-5,7%), ovos (-4,4%) e cebola (-1,7%). Principais altas: batata comum (4,8%), e coco seco (21,6%). Já o setor de verduras registrou elevação de 17,34%. Principais altas: coentro (119,9%), espinafre (41,3%), couve (33,6%) e alface lisa (27,9%). Principal queda: repolho (19,9%).

Pepino comum -32,3 %

ções climáticas costumam ser satisfatórias, a expectativa é de elevação do volume ofertado, ótima qualidade e redução dospreços praticados da maioria dos produtos comercializados. Em razão da sazonalidade, alguns aumentos pontuais poderão ocorrer durante o mês de maio nos preços do tomate, batata e cebola. Índice Ceagesp

Como objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza 150 itens. Pera, atemoia, abóboras, inhame, cará, maxixe,cogumelo, berinjela ja-

Morango

(-16,3%), anchovas (-16%), corvina (-15,9%) e curimbatá (-9,1%). Principais altas: robalo (14,9%), salmão (9,4%) e namorado (5,7%). A seguir, as frutas registraram queda de 0,86%. Principais baixas: abacate fortuna (-56,7%), laranja lima (-33,7%), atemoia (-28,6%), uva niagara (-14,1%) e mamão papaya (-11,6%). Principais altas: morango (50,2%), figo(24,3%), banana nanica (18,3%) e uva itália (15,9%). Nos legumes, a queda foi de 0,63%. Principais baixas: ervilha torta (-33,7%), pepino comum (-32,3%), tomate (-21,2%) e abobrinha italiana (-10,8%). Principais elevações: pimentão verde (56,2%), quiabo liso (30,1%) e beterra-

Ovos -4,4 %

ponesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os meses de 2011. Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

No mês de abril, o Índice Ceagesp registrou pequena alta de 0,5%. A oscilação de preços foi negativa em todos os setores de comercialização, com exceção no de verduras que registrou alta acentuada em razão das condições climáticas adversas. No ano, o indicador registra elevação de 6,22% e nos últimos 12 meses o aumento foi de22,37%. “Apesar da queda, produtos como coentro, espinafre, couve e alface lisa apresentaram acentuadas majorações de preços e influenciaram na elevação do Índice no último mês”, explica Flávio Godas, economista da Ceagesp. O setor de pescados foi o que registrou a maior queda, de 2,01%. Principais baixas: sardinha (-17,1%), atum

Sardinha -17,1 %

Ceasa Norte: segundo maior entreposto do ES estimula produção local Há 35 anos exercendo importante papel no mercado hortifrutigranjeiro capixaba, a Ceasa/ES tem mais um motivo para comemorar.Foi inaugurada no dia 16 de abril a Unidade Norte localizada do município de São Mateus. A Ceasa Norte é a segundamaior do Estado, ficando atrás somente do entreposto de Cariacica. O objetivo é descentralizar o mercado atacadista e criar

estímulos para o cultivo de novas culturas na produção local. Assim, a distância e o tempo de exposição das mercadorias nos veículos de transporte são reduzidos, gerando uma estabilidade no preço emelhoria na qualidade. Fatores que beneficiarão tanto os produtores quanto o consumidor final. A meta a ser alcançada no primeiroano de funcionamento é de sete mil toneladas por

mês. Para isso, a nova unidade conta com 27 lojas/boxes, o Pavilhão Permanente (PP), destinado a comerciantes e atacadistas, cooperativas, empresas individuais e empresas distribuidoras, e o Pavilhão Não Permanente (PNP/Pedra), reservado para os produtores rurais e suas organizações. Este último tem dois planos, o primeiro com capacidade para 40 veículos de carga, acostados

e destinados à comercialização dos produtos de curta duração, enquanto o segundo possui 66 módulos, sem plataforma para a comercialização dos produtos de média duração. Oferta

Os principais ofertantes serão as regiões Norte, Noroeste e parte da área Serrana do Espírito Santo, que, além

de abastecerem o Estado, também atenderão o extremo sul da Bahia e uma parcela de Minas Gerais. A grande diversidade no mercado deve ser um dos pontos altos, com destaque para a abóbora jacaré madura, o mamão havaí e formosa, o coco verde, o maracujá azedo, a melancia redonda e o limão tahiti, também comercializados no entreposto de Cariacica.


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JORNAL ENTREPOSTO maio de 2013

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Ceasas do Brasil

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Um jornal a serviço do agronegócio

COMERCIALIZAÇÃO

FITOSSANIDADE

Ceasa-RJ debate projeto para a reativação do Mercado do Produtor em São José de Ubá

Começa coleta de produtos para monitoramento de agrotóxicos na Ceasa/RS

A pedido do secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, o chefe do setor de assistência técnica e extensão rural da Ceasa-RJ, Newton Novo, se reuniu com agricultores de São José de Ubá para debater sobre a volta da comercialização no mercado livre do produtor, a “pedra” de São José de Ubá. Na reunião, foram debatidos diversos assuntos acerca do projeto, que tem o apoio da Prefeitura Municipal de São José de Ubá, Emater-RJ e Ceasa-RJ. Para viabilizar o projeto de reativação do Mercado do Produtor, a Ceasa-RJ participou da reunião no Centro Cultural de São José de Ubá, domingo (0805-2013) para organização de um grupo de aproximadamente 50 agricultores do município de São José ANUNCIO de Ubá.entreposto.pdf Ficou decidido 1

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que todos os produtores serão cadastrados e haverá uma articulação com compradores dos entrepostos da Ceasa-RJ de Irajá e Itaocara. O Mercado do Produtor de São José de Ubá reabrirá a partir do dia 23 de Junho de 2013 e funcionará domingos e quartas de 12:00 às 20:00. Serão comercializados produtos da região como abóbora, pepino, berinjela, pimentão e o tomate, que é responsável por gerar a maioria dos empregos na cidade. Além de impulsionar a economia do município de São José de Ubá, a reabertura do Mercado do Produtor vai beneficiar o pequeno agricultor, que terá menos dificuldades com a comercialização direta, que muitas vezes é prejudicada pelo patrocínio de parte da produção por algumas empresas. 13:03:11 05/03/2013

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Dando início efetivo ao Programa de Monitoramento de Qualidade de Produtos Hortigranjeiros foi realizada no dia 7 de maio, a primeira coleta de produtos hortigranjeiros na Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Estado). No Galpão dos produtores, os técnicos da Vigilância Sanitária do Estado coletaram três amostras, sendo duas de tomate e uma de batata. “Cada amostra corresponde a um produtor diferente. A escolha foi aleatória”, explicou Claiton Colvelo, técnico da Ceasa. No setor atacadista, foram coletadas outras duas amostras dos mesmos produtos, tomate e batata. O presidente da Ceasa, Paulino Donatti, acompanhou o trabalho, juntamente com Colvelo e o outro técnico Gabriel Specht. As amostras serão agora analisadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A expectativa é de que o resultado saia em 15 dias. O programa foi implantado e começou a ser executado por meio de um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta firmado, entre o Ministério Público do Estado, a Ceasa/RS, Vigilâncias Sanitárias do Estado e do Município, Lacen e o CREA/RS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS). O objetivo é proporcionar

maior segurança no ambiente de trabalho e oferecer maior qualidade dos alimentos comercializados no RS à população. Através do programa será monitorada a presença de resíduos de agrotóxicos de uso não autorizado no Brasil e ou autorizados, mas acima dos limites máximos estabelecidos ou de uso não recomendado para a cultura. “Nosso objetivo não é a punição, mas sim a orientação visto que os maiores problemas sempre ocorrem pela falta de informação”, ressalta Donatti. Segundo ele, as coletas ocorrerão na Ceasa/ RS, visto que no local são comercializados 35% dos hortigranjeiros consumidos no RS, provenientes de todo o Estado e de fora dele e que possuem rastreabilidade. Quem não estiver cumprindo com a legislação deverá participar de cursos de boas práticas agrícolas e poderá ter suspenso o direito à comercialização dos produtos por 30 dias a um ano, dependendo da infração. A importância do TAC

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos, com um consumo de 19% do total usado no mundo inteiro. Em média, o país consome em torno de 5,2 litros de agrotóxicos por pessoa a cada ano. Segundo a Agência Nacional de Vigi-

lância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde, há dois principais efeitos negativos sobre a população deste alto e indiscriminado uso de pesticidas. O primeiro é o risco da exposição dos trabalhadores rurais na sua aplicação, muitos dos quais não utilizam corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) recomendados. O segundo é o aumento do risco nutricional para consumidores que ingerem o alimento contaminado. O que caberá a cada entidade

Ceasa/RS – Fornecer o cadastro para identificação dos produtores rurais e comerciantes (permissionários) no momento da coleta das amostras, acompanhando os profissionais no mercado. Vigilâncias Estadual e do Município – Coletar amostras junto aos produtores e estabelecimentos que comercializam hortigranjeiros e enviá-las ao laboratório para análise. Lacen – Realizar a análise de agrotóxicos dos produtos coletados, emitindo laudo se o material está de acordo ou não com as prescrições legais. CREA/RS – Fiscalizar as agropecuárias, verificando a correta emissão de receituário agronômico de profissional habilitado na recomendação do uso dos mesmos.


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Cá entre nós

Maio: Queima do Alho agita Ceagesp Por Manelão Todas as manhãs, a educadora Magali leva as criançada da Nossa Turma para olhar o canteiro onde foram plantadas sementes de batata cedidas pelo João, da Campo Vitória, que também arregaçou as mangas, revirou a terra e viu a alegria da garotada e o carinho que tiveram ao cuidar do tubérculo. E a partir de agora será assim: todos os dias as plantas serão acompanhadas pela turma e nós esperamos que a colheita seja farta. O evento da Queima do Alho foi realizado com galhardia. A família ceagespiana se fez presente. Carregadores, vendedores, produtores, compradores e comerciantes compareceram com as suas famílias. O senhor Edson Pracideli acompanhou toda a movimentação. O senhor Bolzan, da Coordenadoria da Sustentabilidade da Ceagesp, apreciou a comida e o ambiente enquanto conversava com autoridades políticas que prestigiaram o evento: vereador Paulo Frange , deputado estadual Osvaldo Verginio, e o deputado federal Walter Ihoshi, que representa a colônia japonesa no entreposto. Nós agradecemos a prefeitura de São Paulo, através da Anhembi Turismo que nos cedeu o palco e duas tendas; a direção da Ceagesp, que gentilmente nos cedeu o espaço; a gerência que acomodou a feira de automóveis em outro estacionamento; a fiscalização; a segurança; e o pessoal da limpeza que não mediu esforços varrendo e lavando o local que, sem seguida, seria usado pelos comerciantes do setor de flores. Obrigado aos permissionários que contribuíram com dinheiro para contribuir com a infraestrutura, além de outros que doaram cebola, madioca e alho e outros alimentos. Padaria Nativa doou o pão para o café da manhã das comitivas. Jorak, bananas para os cozinheiros espantarem a cãibra. Pro Ativa, maçã. E Itaueira mandou o melão Rei. Foi bonito ver a garotada do balé saboreando as frutas. Todos os artistas que se apresentaram na festa ficaram felizes em participar cientes de que toda renda líquida vai para as obras sociais da Nossa Turma. Além disso, elogiaram a qualidade da fruta e brincaram: “Esta é da maior fazenda do mundo. A nossa querida Ceagesp”. No próximo dia 30 de maio, às 9h, no galpão dos carregadores, será celebrada a missa de Corpus Christi. O ex-carregador Frei Décio Pacheco Bezerra, que hoje mora na cidade de Sorocaba, vai, pela primeira vez, celebrar essa missa festiva na companhia de muitos carregadores que, no passado, foram seus companheiros de trabalho. O diácono Luis Carlos de Laete, capelão da comunidade Santa Luzia e o coral amigos do Padre Kirano, da paróquia São Mateus, bairro do Rio Pequeno estarão envolvidos na liturgia. E eu, Manelão, terei a honra de ser o comentarista. Venham todos participar deste ato de fé!

Mais cinco municípios do MS estão livres da Sigatoka Negra

Anaurilândia, Bataguassú, Batayporã, Nova Andradina e Taquarussú ficam agora autorizados a comercializar bananas para todo o País Cinco municípios do Mato Grosso do Sul (MS) foram oficialmente declarados como área livre da praga Sigatoka Negra. O reconhecimento foi publicado em 9 de maio no Diário Oficial da União. Com a inclusão de Anaurilândia, Bataguassú, Batayporã, Nova Andradina e Taquarussú como áreas livres da praga, sobe para 16 o número de municípios do estado autorizados a comercializar plantas e frutos da bananeira para qualquer local do país. Além dos municípios do Mato Grosso do Sul, 13 estados brasileiros já foram considerados oficialmente áreas livres da praga. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe. A Sigatoka Negra é causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet e atinge as folhas mais novas da bananeira, causando estrias (linhas) marrons. Com o avanço da doença, as folhas têm morte prematura e os prejuízos podem chegar até 100% da plantação.

Nota de pesar

Acesse o site: Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

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9 É com profundo pesar que o Jornal Entreposto e a comunidade ceagespiana desejam que Nosso Senhor Deus reconforte todos os amigos e familiares que se enlutaram neste ano com a ausência de Nelly Serrano, empreendedora de sucesso que atuava no ramo de vendas de caminhões na Ceagesp. Que Deus a ilumine para sempre.


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