Jornal Entreposto | Outubro de 2013

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 161 | outubro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Nesta edição

Resíduos orgânicos

PROHORT

Recorte e leve o guia de compras fácil

Descarte de feira livre em São Paulo começa a virar adubo

Cotação e preços dos principais produtos

Mapa e dicas que vão agilizar seus negócios na Feira de Flores do entreposto paulistano

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hortigranjeiros do Brasil está disponível

no site do JE

jornalentreposto.com.br

PÁGINAS 5 a 8

Primavera triplica vendas de flores Azaleias, begônias e orquídeas estão entre as mais cobiçadas pelos compradores PAULO FERNANDO

Clonagem de células-tronco garante oferta de plantas com variedades excepcionais de cores, tamanhos e formas. As orquídeas têm sido um grande laboratório para experiências biotecnológicas. PÁGINAS 5 a 8

Agro |

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Programas estimulam a criação de novas cultivares de pêssego

Defesa |

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Anvisa divulga normas na utilização do Acefato

IAC |

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Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical

Dia Mundial da Alimentação: muito a comemorar, muito ainda por fazer Índice Ceagesp - setembro 2013

Geral Alta

0,42 %

Frutas Alta

4,27 %

Fiaflora |

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Evento de paisagismo reúne soluções para o cotidiano urbano Legumes Alta

-10,11 %

Verduras Baixa -18,93 %

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Qualidade |

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Cultura |

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Estudo do CQH analisa a adoção da paletização no pavilhão MFE-B

Entreposto do Livro facilita o acesso ao conhecimento

Diversos

Bolsão de livros incentiva o hábito da leitura no mercado atacadista da Ceagesp

Baixa --5,10 %

Artigo |

Pescado Alta

6,39 %


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Entreposto do livro

Visite o Entreposto do Livro Lançada em julho, ação realizada pelo Grupo de Mídia Entreposto incentiva o hábito da leitura e facilita o acesso dos frequentadores do maior mercado atacadista da América Latina a obras literárias de diversos gêneros. Livros podem ser retirados de segunda a sexta-feira em horário comercial, no escritório do Jornal, localizado no Edifício Sede II, ao lado da farmácia. O bolsão funciona através doações e para contribuir basta levar o exemplar ao local ou entrar em contato com o Grupo de Mídia Entreposto e solicitar a retirada. Já para pegar obras emprestadas, é preciso se cadastrar na recepção mediante apresentação de documento com foto. Confira alguns títulos disponíveis no Entreposto do Livro:

• Talvez eu não tenha vivido em vão, Fabio Cyrino

• Saúde pelas plantas, Eliza S. Biazzi

• Um homem de sorte, Nicholas Sparks

• 1808, Laurentino Gomes

Turismo no site: Sugestões de pesqueiros no entorno da cidade de São Paulo

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Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco / Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

outubro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviรงo do agronegรณcio

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marรงo de 2011

Editorial

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Primavera

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Comércio de flores em ascensão Clonagem de células-tronco garante oferta de plantas com variedades excepcionais de cores, tamanhos e formas no mercado paulistano FOTOS: PAULO FERNANDO

tura do azul com o vermelho. Portanto, o colorido azul fica mais acentuado durante a madrugada”, conta. “Quando amanhece, as orquídeas ficam um pouco mais vermelhas. Por isso, eu sempre digo é que mais fácil vendê-las na madrugada do que durante o dia. A cor azulada é a preferida de quem compra e, geralmente, garante preço melhor em qualquer exposição”, acrescenta. Biotecnologia

Orquídea-amor-perfeito: textura mais acetinada e resistência à baixa umidade são resultados de melhoramento genético

Paulo Fernando De São Paulo A estação mais colorida do ano faz a alegria de quem vende flores no maior mercado atacadista da América Latina. De acordo com o orquidólogo Erwin Bohnke, a demanda durante a primavera é 50% maior, em relação aos sete primeiros meses do ano. “Se levarmos em consideração apenas o inverno, o volume de vendas triplica”, afirma o especialista, ao ressaltar que os floricultores que comercializam sua produção no Pavilhão MLP (Mercado Livre do Produtor) costumam cultivar espécies que florescem nesta época. Entre as plantas mais cobiçadas pelos compradores, estão azaleias, violetas, begônias e orquídeas. E o melhoramento genético de algumas espécies tem possibilitado a produção de variedades mais atraentes e de vida útil mais longa. Este é o caso da mitônia, também conhecida como orquídea-amor-perfeito, uma planta muito consumida nos tempos atuais e cujo vaso está custando entre R$ 10 e R$ 30. A coloração mais escura, explica Bonhke, é resultante de pesquisas envolvendo seus genes. “Essa flor possui textura

acetinada e mais substância, além de ser mais resistente aos dias secos”, informa. Atualmente, a mitônia é, predominantemente, procurada por decora-

dores e outros compradores especializados que passam pelos corredores do MLP nas terças e sextas-feiras, das 2h às 10h. Segundo Bohnke, a ilumi-

nação fluorescente branca do pavilhão acentua a cor azul das plantas. “As orquídeas, de uma forma geral, têm um colorido lilás, que é proveniente da mis-

A clonagem via meristemas, as células-tronco das plantas, também permite a produção de variedades excepcionais em termos de tamanho, forma e quantidade de flores – e não somente cor. A partir de uma única matriz, é possível produzir milhares de vezes a mesma planta selecionada. “O processo meristemático, que hoje em dia é largamente empregado na cana-de-açúcar, intensifica a produção, reduz a demanda por espaço para o cultivo, economiza tempo e, com um produto melhor, o produtor ganha em preço”, salienta. Neste contexto, as orquídeas têm sido um grande laboratório para experiências de clonagem de espécies vegetais em todo o mundo. “Depois de confirmado o melhoramento genético, isso é aplicado em outros cultivos de larga escala. No Brasil, temos batatas e bananas clonadas”, informa. Embora o país tenha avançado no campo da proteção à propriedade intelectual, o desrespeito às leis que protegem o conhecimento ainda é motivo de preocupação para quem desenvolve melhorias genéticas. “Imagine uma planta que tenha potencial para produzir cinco mil exemplares idênticos. Se cada plantinha for vendida a R$ 10, isso resulta numa receita de R$ 500 mil. Então, essa matriz vale, pelo menos, R$ 50 mil”, exemplifica. O desrespeito à legislação leva produtores a patentear suas variedades fora do Brasil. “Apesar disso, é possível acionar na Justiça nacional quem reproduz uma planta via meristema ou qualquer outro processo para comercialização. Então, é muito importante ter seu registro, ou seja, manter sua patente, e exigir esse direito”, finaliza Bohnke.


Guia Fácil

FLORES CEAGESP DOBRA

A Feira de Flores de São Paulo acontencia na Praça Charles Müller, em frente ao Estádio do Pacaembú, até 1967, quando o governo estadual decidiu realizá-la na Ceagesp. Hoje, ponto tradicional de compras da cidade, a Feira de Flores, é um conglomerado de produtores e revendedores, que pelo seu colosso, pode muitas vezes deixar o consumidor – que gosta de plantas, mas não é especialista – um tanto desorientado.

Flores Feira de

CEAGESP

Para a judar neste passeio, o Jornal Entreposto preparou este roteiro especial, com dicas para uma boa compra.

ACESSO À FEIRA dia: TERÇA E SEXTA-FEIRA local: MLP-Mercado Livre do Produtor das 05h00 às 10h30 Entrada pelo Portão 4 na Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 ou pelo Portão 13 na Av. Nações Unidas dia: SEGUNDA E QUINTA-FEIRA local: PBC-F, na Praça da Batata, Cebola e Flores, das 03h00 às 10h00 Entrada apenas pelos Portões 6 e 7 na Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 (em frente ao Bradesco) Estacionamento para veículos de passeio: pago R$6,00 a primeira hora e R$2,00 as demais. Entrada pela Av. Dr. Gastão Vidigal ou Av. Nações Unidas. Não é necessário nenhum cadastro prévio e somente veículos utilitários não pagam, ficam estacionados nas laterais dos pavilhões. DOBRA

DOBRA

O QUE VOCÊ PRECISA SABER Os produtos vendidos na Feira de Flores da CEAGESP são trazidos de municípios como Holambra, Atibaia, Artur Nogueira, Arujá, Biritiba Mirim, Bragança Paulista, Embu Guaçú, Bom Jesus dos Perdões. O público que freqüenta a Feira é composto especialmente de comerciantes de flores – floriculturas, paisagistas, mercados e distribuidores, que representam 60% do total. Na Feira de Flores é possível encontrar de tudo, de rosas colombianas a árvores frutíferas para o jardim. Não faltam acessórios como vasos importados, tesouras de poda e fitas para enfeitar pacotes. Tudo acontece no MLP - Pavilhão do Mercado Livre do Produtor, no coração da Ceagesp. O galpão de 20 mil m2², que sai da frente da praça do relógio do complexo, reúne mais de mil produtores. E um dos grandes atrativos é o preço, que chega a ser a metade do cobrado em floriculturas.

No entanto, muitos profissionais que já tem contato com seus fornecedores conseguem comprar em torno das 2 horas. Estacionamento Interno (entrada pela Av. Nações Unidas ou pela Av. Gastão Vidigal, portão 4. É bom parar por aqui, porque os carregadores só podem levar as mercadorias dentro do Ceagesp. Carregadores - Opte pelos carregadores do Sindicato dos Carregadores (Sindicar), que usam uniforme laranja e cobram R$10 por carrinho cheio.

Quem vai à Ceagesp tem de madrugar mesmo. Chegando cedo na feira, até pelo menos às 5 horas, pode-se encontar as melhores opções, já que as boas coisas acabam rápido. Por volta das 7 horas começa um notável esvaziamento no estoque. Como dizem os floristas: "o sacrifício de acordar cedo compensa."

DOBRA

Madrugada

Antes de contratar o serviço é bom combinar um ponto de encontro com o carregador, para o caso de um se perder do outro. Anote o celular, o número do carregador e mostre onde você parou seu carro. Dica útil: não utilize os serviços de pessoas não-credenciadas pelo sindicato dos carregadores para evitar aborrecimentos.


Guia Fácil

FLORES CEAGESP

MLP E ENTORNO

DICAS & COMPRAS ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA

S AÇÕES UNIDA

AVENIDA N

Comida Nas duas extremidades do pavilhão você encontra as tradicionais barracas de pastéis, caldo de cana e água de coco. No meio da feira tem carrinhos com o famoso "pingado" do Ceagesp, bom para acordar, levando-se em conta o horário do programa...

PORTÃO 13

Pagamento É importante levar um pouco de dinheiro trocado para pagar estacionamento, compras menores e comida. A maioria dos boxes aceita cheques e cartões de crédito. Se precisar retirar dinheiro no Edifício Sede II tem uma Central de Caixas Eletrônicos para fazer saques com segurança e que funciona 24 horas por dia

E

TRANSPORTE Entrou no Ceagesp e vai fazer uma compra que não cabe no seu veiculo? Corra atrás do transporte. A Transceasa entrega para você uma planilha com o box, coluna, mercadoria e quantidade. Após essa negociação, você pega a planilha e vai às compras. Toda a barraca em que você comprar anota o local (box e coluna) e mercadoria e deixa tudo guardado para você após o pagamento. Quando você terminar as compras, volta para barraca do transporte com a lista. E um funcionário faz por você a correria de pegar todas as mercadorias das barracas e levar para o caminhão ou Kombi. Seu trabalho agora é ficar ao lado do caminhão e da barraca verificando as suas mercadorias. Valor da Kombi na Grande São Paulo: R$ 80. Um caminhão fechado pequeno sai por R$ 150. Transporte: O balcão fica na parte lateral do pavilhão, perto das barracas de grama. Contato: Fretista Márcio, vaga1, especializado em entregas de plantas, celular 11 9933-6095 nextel 7832-5321 ID 84*22159. As entregas são feitas na Grande São Paulo, litoral e interior.

INDICAÇÕES

$ E

BANCO 24 HORAS

PORTÃO 4

AVENIDA DR. GASTÃO VIDIGAL

REFORMA Contruído há mais de 40 anos, o MLP passa por uma reforma sem a interrupção das atividades do espaço. No momento, é preciso desviar na área central onde existe um canteiro de obras. A reforma visa a recuperação e s tr u t u r a l , re d e e l é tr i c a , iluminação e piso.

Adriana Gerberas Arte Viva Avenca Flores Bambu Vital Bromélias Brasil Cerâmica São Sebastião Chácara Mamoru Kimura Chácara Portão das Flores Clelia Rueda Dorinalva Gomes Flor Stock Flora Garcia Flora Giovanna Flora Ono Flora Roberto Flora Tanio Flores Lourenço Graciele Flores Henrique Victor Araújo Ive Flores Kobayashi Liebe Azaléis Lopes Cestarias Maria Teresa Oliveira Milton Kirihara Napolitano Garden Pituca Flores Rizzo Embalagem Semeart Sítio Bueno Sítio Mitsuiki Sítio Miyamoto Sítio Setoue Sítio Takahashi Sítio Takebayashi Sítio Vida Nova Vidro Arth VN Plantas

416 174B 31B 24B 448 25B 455 325 8C 97 53 99A 101 57A 85A 103 318 434 345 63B 273 424 158 94B 94 125B 239 101B 54B 536 147 128 127A 297 81A 8 166B 139A

Gérberas Pedras Ornamentais Flores e folhas desidratadas Arte em bambu Especialista em bromélia Vasos de cerâmica Forrações em geral Calla azul Mudas frutíferas Mini orquídeas Bromélias Chifre de viado Flolhagens Plantas carnívoras Orquídeas no bambu Crisântemos Flor de cera Violetas Temperos diversos Velas decorativas Tuia limão Especialista em azaléia Cestas de vime Vasos de fibra de politileno Orquídeas Equipamentos de jardinagem Rosas coloridas Embalagens Artesanato em tecido Buchinho Flores de vime Rosa do deserto Hera Girrassois Camarão Grama amendoim Vasos de vidro Pata de elefante


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FLORES CEAGESP DOBRA

GIRASSOL

CALCEOLARIA

A flor de girassol significa felicidade. A cor amarela ou os tons cor de laranja das pétalas simbolizam calor, lealdade, entusiasmo e vitalidade, refletindo a energia positiva do sol. No entanto, o girassol também pode representar altivez.

Também conhecida como sapatinho-de-vênus, tamanquinho e chinelinho-demadame, originária da América do Sul, Chile e Peru. Apesar de perene é tratada como anual, pos a partir do segundo ano a planta não adquire a plenitude inicial, pode chegar até 30 cm de altura.

O girassol pode atingir os 3 metros de altura, pela sua beleza e exuberância, a flor é muito procurada para ornamentação. Acredita-se que traz sorte e boas vibrações ao ambiente, sendo uma flor muito usada no Feng Shui, pois possui características do Sol.

Exibe lindas flores de coloração amarelas, laranjadas, vermelhas, com cores misturadas e pontilhadas de marrom ou vermelho. É ótima para colorir ambientes, porque precisa de meia-sombra ou sombra, pra sobreviver.

Em um arranjo, plantada na terra ou em um vaso, a flor de girassol se destaca em qualquer jardim ou na decoração de interiores. Está fortemente associada à fama, ao sucesso, longevidade, nutrição, poder e calor. Oferecer um girassol a uma pessoa que iniciou um negócio expressa o desejo de sucesso e de boa fortuna para essa pessoa.

Apesar de ser uma planta bastante utilizada em vasos e floreiras de ambientes internos, também pode-se usar na formação de bordaduras de maciços de jardins.

Segundo uma crença popular, a semente do girassol, quando deixada ao sol, pode curar a infertilidade.

Sugestão de compra: Módulo 409, celular 99931-7317, falar com Sr. Hideo, custa R$ 30,00 a caixa com 6 vasos.

Sugestão de compra: Pode ser encontrado em vasos com preço médio de R$5,00 e também em maço que varia de R$ 3 a 6,00 DOBRA

DOBRA

campânula

hortência

A campânula é uma planta florífera bienal, que conquista jardineiros de todo o mundo com suas flores vistosas em forma de sino. Seu caule é ereto, alcançando cerca de 50 cm a 1 metro de altura. O período de floração é longo e compreende a primavera e início do verão. Suas inflorescências são com numerosas flores grandes, em forma de sino, que podem ser simples ou dobradas e nas cores azul, rosa, branca ou roxa, de acordo com a cultivar.

Ao contrário do que muita gente imagina, não existem hortênsias de várias cores, mas sim, plantas que adquirem cores variadas de acordo com o PH (potencial de acidez, neutralidade e alcalinidade de uma substância ou solução) do solo onde estão plantadas. Uma mesma planta pode dar flores azuis, rosas ou brancas, se a terra que a cerca tiver o PH alterado. Qualquer pessoa pode escolher a cor das flores das hortênsias que tem no jardim de casa. Basta tornar o solo mais ácido ou mais alcalino. Existem fertilizantes à venda que a judam a ativar a tonalidade das flores, tornando-as azuis ou rosas.

No paisagismo, a campânula é perfeita para a formação de maciços e bordaduras, ou apenas adornando a base de arbustos, principalmente em jardins clássicos de estilo europeu ou de inspiração campestre. Suas flores delicadas conferem graça e sofisticação ao jardim. As inflorescências são duradouras se cortadas, e podem ser utilizadas na confecção de arranjos florais e buquês. Também podem ser plantadas e adquiridas em vasos e jardineiras.

Sugestão de compra: Módulo 195 - coluna 8, falar com Thiago, preço de R$ 35,00 para caixa com 6 vazos

DOBRA

Apesar de perene na forma típica, a campânula perde a beleza e o vigor após dois anos, desta forma, recomenda-se a reforma bienal dos canteiros.

No Brasil a floração ocorre na primavera/verão. As inflorescências agrupam-se formando buquês bem arredondados, contendo grande número de flores que podem ter uma coloração que varia entre violeta, azul, lilás, rosa, vermelho e branco. A hortênsia se dá muito bem em climas mais amenos, tendo melhor floração em lugares frios. A planta deve ser regada com muita frequência. Em climas mais secos convém regar diariamente, principalmente enquanto está florindo. Deve ser cultivada à meia sombra, com luz solar indireta mas em boa quantidade.

Sugestão de compra: Módulo 186/188, celular 7774-3247 procurar o Rodinei, o preço é de R$ 70,00 para vasos com 6 unidades.


Guia Fácil

FLORES CEAGESP

azaleia

rosa

A azaleia é um arbusto de origem chinesa e japonesa e foi declarada como um dos símbolos da cidade de São Paulo pelo prefeito Jânio Quadros.

A rosa é uma das flores mais populares no mundo, cultivada desde a Antiguidade e fica sempre bonita em uma casa. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5 000 anos. Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga. Fósseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.

A azaleia normalmente significa "alegria de amar" e perseverança. Contudo, cores diferentes têm significados diferentes. A azaleia cor de rosa representa o amor à natureza; a azaleia branca é uma indicação de romance e a azaleia vermelha , quando oferecida a alguém, significa que você ama essa pessoa há muito tempo. Os arranjos florais compostos por azaleias estão relacionados com elegância e felicidade. As azaleias florescem no início da primavera, após o período frio do inverno. Principais cuidados cuidados: Manter o vaso em lugar fresco e claro; Manter a terra do vaso bem úmida, sem deixar acumular água sobre o prato; Mergulhar o vaso em um balde com água morna uma vez por semana; Eliminar flores murchas, para evitar doenças e forçar a abertura dos demais botões florais; Adubar uma vez por mês; Após a florada, tirar a muda do vaso e plantar no jardim, em local fresco e claro.

Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade imensa de formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto floral. As flores, particularmente, sofreram modificações através de cruzamentos realizados ao longo dos séculos para que adquirissem suas características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e cores das mais variadas. O nome desta que é considerada a rainha das flores. vem do latim, "rosa", e do grego "rhodon". Segundo uma lenda grega, a deusa das flores, Chloris, criou a rosa a partir do corpo de uma ninfa encontrada num bosque. Afrodite lhe deu a beleza, Dionísio lhe deu o néctar e Apolo poliu e fez florescer essa flor soberana. Dessas três graças nasceu a flor das flores: a rosa. Quem visita a feira se encanta com a variedade e quase sempre leva algum tipo.

Sugestão de compra: Módulo 424, celular 14 99642-5971, falar com Anderson, custa R$ 40,00 o arranjo, R$ 25,00 a árvore pote 20, também possui vasos pequenos com preços em torno de R$ 30,00 a caixa.

Sugestão de compra: Módulo 45C, celular 99815-8161, falar com Israel, rosas nacionais custam R$ 15,00 com 30 botões.

orquídea

primavera

Embora sua distribuição seja bastante irregular, as orquídeas são encontradas praticamente em todas as regiões do planeta, com exceção da Antártida. Devido a grande distribuição geográfica, é natural que um grupo tão diverso também apresente adaptações aos mais diferentes climas, bem como a multiplicidade dos agentes polinizadores presentes em cada região.

A Primavera é uma planta genuinamente brasileira. Ela tornou-se conhecida e muito popular mundialmente após ter sido coletada por Louis Antoine de Bougainville, almirante francês que navegou em volta do mundo no século 18.

Éste exemplar é chamado de orquídea-amor-perfeito, pela semelhança de suas flores com o amor-perfeito. As flores da orquídea-amor-perfeito são grandes, planas, duráveis e perfumadas, com belas cores. Apreciam luz difusa, e quando na luminosidade correta apresentam um leve tom rosado nas folhas. Luz em excesso deixa suas folhas avermelhadas ou amareladas. É uma planta que prefere mais sombra, altitude média, cerca de 800 metros, bastante umidade, menos luz do qua as outras orquídeas, nunca baixar a temperatura de 15 ºC e não ultrapassar de 30 ºc. O que imporessiona é o desenho formado no centro da flor, lembrando um a silhueta de um morcego. Sugestão de compra: Box 351, celular 99938-0133, falar com Erwin Bohnke, orquídea-amor-perfeito custa R$ 80,00 caixa com 8 unidades, e unitário R$ 15,00

De todas as trepadeiras é sem dúvida uma das mais cultivadas nos jardins tropicais do mundo inteiro e também em vasos, nos países frios. Com podas adequadas pode ser cultivada como uma arvoreta ou árvore uma vez obtido um tronco suficientemente forte, dispensando então qualquer tutor. Na verdade este comportamento, chamado de escandente ou "apoiante", é comum para algumas plantas, que crescem "apoiando-se" em outras plantas até conseguir sustento próprio. Através de podas bem conduzidas pode-se "moldar" a Primavera, obtendo praticamente a forma que se quiser da planta. No entanto, salvo na natureza em que ela pode ser encontrada como uma árvore de grande porte, esta forma raramente é observada no Brasil. Pode ser conduzida como trepadeira, sobre pérgolas, muros ou arcos, ou como árvores ou arvoretas através de podas bem orientadas. Sugestão de compra: Módulo 129A, coluna 57, celular 999611-1316, falar com Elza, arbusto grande custa R$ 300,00


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a servi莽o do agroneg贸cio

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Artigo

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Dia mundial da alimentação:

muito a comemorar, muito ainda por fazer

Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz ** No dia 16 de outubro comemora-se, anualmente, o Dia Mundial da Alimentação. As estatísticas internacionais mostram que temos todos muito a comemorar em termos de avanços no combate à fome e à desnutrição. Porém, infelizmente, sabemos que resta ainda muito por fazer. Para a Food and Agriculture Organization (FAO), 870 milhões ainda passam fome todos os dia e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a má nutrição – que inclui não apenas a subnutrição, mas também as deficiências específicas (a chamada “Fome Oculta”) e a sobrealimentação, ou alimentação em excesso– continua persistindo em todo o mundo. Neste contexto, o brasileiro é, também, um dos povos que se alimenta mal: come muito; abusa do açúcar, das gorduras e do sal e não consome diariamente nem as quantidades mínimas recomendadas de frutas, legumes e verduras (FLV). O

diagnóstico não é novo. Porém, mereceu forte destaque no mais recente estudo setorial realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): a “Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil”, de caráter inédito no rol de estudos periódicos da instituição e que foi realizada em 13,5 mil domicílios visitados durante a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) com 34 mil moradores. Estes anotaram, durante dois dias não consecutivos, tudo o que haviam ingerido de alimentos e líquidos, exceto água. Pelos indicadores obtidos, observou-se que apenas 10% dos brasileiros chegam a consumir o mínimo de 400 gramas diários de frutas, verduras e legumes recomendados pelo Ministério da Saúde. Por outro lado, constatou-se elevados níveis de ingestão de carboidratos, açúcar, gordura e sódio, em quantidades muito acima das desejáveis para uma saúde satisfatória e equilibrada. O principal fato preocupante que decorre deste quadro de

consumo alimentar inadequado é que ao mesmo tempo em que se acentuam os fatores de risco para a saúde pública – obesidade, pressão alta, cardiopatias e doenças renais e degenerativas, como o câncer - decresce a ingestão dos elementos nutricionais construtores e protetores do equilíbrio e funcionamento do organismo humano, como as vitaminas, sais minerais e fibras. Estes últimos são encontrados principalmente nas frutas, legumes e verduras e devem, sempre que possível, serem consumidos em sua forma integral, crus e bem higienizados. Porém, como constata a pesquisa do IBGE: apenas 16% dos entrevistados informaram ter comido algum tipo de salada crua durante o período de investigação. Em razão deste desequilíbrio, demonstrou-se a prevalência de elevados níveis de carência de cálcio, fósforo, ferro, zinco, além das Vitaminas A e C em grande parte da população brasileira, incluindo praticamente todas das faixas etárias e os diferentes estratos de renda.

Um outro estudo, a pesquisa telefônica anual do Ministério da Saúde (VIGITEL), na sua edição de 2011, constatou que 56,3% da população do País encontra-se acima do peso, incluindo 30% das crianças e 20% dos adolescentes, especialmente nas camadas mais pobres. A mesma investigação permitiu concluir que uma parcela de 23% da população brasileira é cronicamente hipertensa, e que, portanto, se não tratada devidamente, vive sujeita a derrames, insuficiência renal e/ou problemas cardiovasculares. Apenas 20,2% ingerem as quantidades mínimas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde de cinco ou mais porções diárias de frutas e hortaliças. Recente levantamento conduzido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) na capital paulista, evidenciou que a ingestão de vitamina K cuja recomendação é de 90 µg/ dia para mulheres e 120 µg/dia para homens -, está em 88 µg/

dia para jovens, 98 µg/dia para adultos e 104 µg/dia para pessoas com mais de 60 anos. A carência dessa vitamina, especialmente abundante nas hortaliças folhosas, pode levar a importantes problemas de coagulação sanguínea. Sabe-se que se por um lado a diminuição nos índices de desnutrição representa um ganho social relevante para o Brasil, por outro, o reverso, ou seja os males decorrentes da má nutrição e dos excessos da alimentação desequilibrada constitui preocupação pública igualmente grave. Afinal, o tratamento das doenças originárias deste padrão alimentar deficiente é mais difícil e caro do que a correção das distorções decorrentes da pobreza. Neste contexto, as frutas e hortaliças representam uma das mais importantes respostas aos desafios alimentares contemporâneos, especialmente por serem simultaneamente pobres em carboidratos, gordura e sódio e ricas em micronutrientes e fibras. E, para contribuir para a tomada de consciência sobre a importância da boa alimentação e redução das doenças decorrentes de regimes alimentares inadequados, bem como para alavancar vantajosamente os negócios nas Cadeias Produtivas da Horticultura, é que se deve lançar mão das ferramentas do Marketing Nutricional. A incorporação de objetivos nutricionais nas políticas e estratégias de desenvolvimento econômico, a geração de empregos e a preservação da saúde e do meio ambiente figuram, seguramente, entre os principais desafios do mundo contemporâneo. E, as cadeias produtivas de frutas e hortaliças têm tudo para colaborar com a conquista dessas imprescindíveis metas sociais. * Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

PAISAGISMO

Fiaflora

Expogarden Feira apresenta soluções para o cotidiano urbano

A 16ª edição da Feira Internacional de Paisagismo, Jardinagem, Lazer e Floricultura, Fiaflora Expogarden aconteceu entre os dias 10 e 13 de outubro no Centro de Exposições Imigrantes, na capital paulista. Novidades, tendências e soluções para o setor de paisagismo, jardinagem e floricultura foram apresentadas durante a feira, que integrou outros quatro eventos: 16º Congresso Brasileiro de Paisagismo,16ª Mostra Paisagismo, Jardim dos Sentidos e Espaço Natureza Viva. Sob o tema “Paisagismo: Processo de Criação”, o Congresso trouxe renomados profissionais, como o arquiteto paisagista francês Thierry Jacquet, que apresentaram palestras distribuídas entres os quatro dias de evento e abordaram temas desde tratamento da água de piscinas naturais com plantas e sem cloro à hortas e pomares em pequenos espaços. Já a tradicional Mostra de Paisagismo concretizou novas ideias para pequenos espaços, enquanto o Espaço Natureza Viva ofereceu palestras promovidas pelos expositores e apresentação de Arte Floral com a artista Jab Pasollini. Através de uma parceria entre a Fiaflora ExpoGarden e o Jardim Botânico de São Paulo, o Jardim dos Sentidos, após dez anos de sua abertura, foi repaginado. O espaço, tem a proposta de aguçar a sensibilidade do visitante através de plantas e ervas que estimulam todas as áreas sensoriais. Os jardins verticais, cada vez mais presentes no cotidiano urbano, ganham a primeira linha “Faça você mesmo”. Denominada Beija Flor, a linha foi criada pela marca Quadro Vivo.

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Evento

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Agrícola

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Projeto da Embrapa para citricultura no AM busca soluções sustentáveis Pesquisa busca gerar conhecimento científico para implementar pomares adaptados ao ecossistema amazônico Um amplo projeto de pesquisa e transferência de tecnologia está sendo coordenado pela Embrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para viabilizar alternativas de manejo conservacionista e sustentável para pomares cítricos (de laranja, limão e tangerina) no Estado do Amazonas. A proposta inclui tanto ações de pesquisa voltadas para gerar e adaptar tecnologias para as condições locais quanto a capacitação de produtores em boas práticas agrícolas, com fins de consolidar um sistema produtivo que promova a redução dos riscos de contaminação ambiental, do homem e dos frutos produzidos. A pesquisa busca gerar conhecimento científico adaptado ao ecossistema amazônico, principalmente para as condições locais, que ofereça alternativas para manejo adequado do solo, manejo de coberturas vegetais/adubos verdes, manejo e controle de plantas infestantes, nutrição e adubação de citros, entre outras questões. Entre os problemas que desafiam a citricultura no Estado, o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, José Eduardo de Carvalho, cita que 99% dos plantios de citros são feitos em cima de apenas uma

variedade de porta-enxerto, que é o limão-cravo. “Isso não dá sustentabilidade e é um risco grande, pois se vier uma doença pode arrasar essa citricultura. Por outro lado, uma variedade só para mercado também não dá uma sustentabilidade mercadológica para o produtor”, explica. Diante desse problema, entre os estudos realizados pelo projeto destaca-se a avaliação de combinações de copas e porta-enxertos de citros introduzidas no Amazonas e que se mostram com alto potencial de adaptabilidade ao ambiente, tolerância a pragas e permitem aumentar as opções do citricul-

tor na oferta de frutos. Está sendo feito experimento para avaliação dessas novas combinações de copas e porta-enxertos em área do produtor rural Sebastião Siqueira de Souza, no município de Rio Preto da Eva, a 90 km de Manaus. O agricultor, que trabalha na área de citricultura há 13 anos, e conta com 225 hectares de área plantada, destaca que o estudo será importante para mostrar novas alternativas para a citricultura regional. “Hoje temos um problema seríssimo, porque a grande maioria dos pomares tem como porta-enxerto apenas o limão-cravo, e ele é um dos mais

suscetíveis a pragas e doenças, como a gomose. Além disso, esta possibilidade de diversificar as combinações permitirá a produção da fruta o ano todo, porque tem variedade que é precoce, semiprecoce, de meia estação, tardia e supertardia”. O experimento também contempla a avaliação de variedades de porta-enxerto “ananicantes”, que formam uma arquitetura de copa menor. Para o produtor, esta é uma boa opção para aumentar a produtividade da propriedade. “No passado, nós trabalhávamos aqui em uma densidade de 204 plantas/ha. Hoje já trabalhamos com 571 plantas/ha.

Caso estas variedades que estão sendo testadas se adaptem bem aqui, nós poderemos aumentar esta densidade para 700, 800 plantas/ha. Ou seja, em uma mesma área você produz muito mais. Isso vai dar um lucro maior, sem contar que não será necessário abrir novas áreas de floresta”, destacou Sebastião. Nas ações do projeto atual, serão trabalhadas várias frentes, desde o melhoramento envolvendo variedades para porta enxerto, além de questões relacionadas à fitossanidade, manejo e conservação de solo, manejo de cobertura, manejo de plantas infestantes, nutrição e adubação de citros.

IAC abre inscrições para a Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) está com inscrições abertas para o curso de Mestrado “strictu sensu” de Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical IAC, de 1.º a 31 de outubro de 2013. A inscrição pode ser feita pelo site www.iac.sp.gov.br, no link Processo Seletivo 2014–2016. A seleção será realizada nos dias 11,12 e 13 de novembro de 2013 e a divulgação dos nomes dos aprovados, em 10 de dezembro, será divulgada no site. As aulas terão início em março

de 2014. O curso tem duração de dois anos. Os interessados podem consultar a relação da documentação exigida e todas as informações sobre o processo seletivo no site, incluindo o programa da prova escrita e as literaturas recomendadas para as áreas de concentração: Gestão de Recursos Agroambientais, Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia e Tecnologia da Produção Agrícola. Podem ser candidatos ao curso engenheiros agrônomos,

engenheiros agrícolas, biólogos e outros profissionais com diplomas universitários que desenvolvam atividades relacionadas com as ciências agronômicas e ambientais. Nas turmas atuais, há 47 alunos no Mestrado e 50 no Doutorado. CAPES

O curso de Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical do Instituto Agronômico tem como objetivo a formação de pesquisadores, docentes

e profissionais especializados em programas de mestrado e doutorado. Desde 1999, já foram defendidas 332 dissertações no Mestrado. O curso de Doutorado teve início, em 2009. A primeira defesa de tese ocorreu, em agosto de 2012 e o tema do estudo foi: “Regiões climáticas e qualidade natural de bebida do café arábica no Estado de São Paulo”. Até o momento foram defendidas 9 teses. Em 2010, o curso de Pós-Graduação em Agricultura Tropical e Subtropical IAC passou

a ter nota 5 pela CAPES. A nota facilita o estabelecimento de intercâmbios com universidades e instituições fora do País”, diz a pesquisadora e coordenadora do curso de Pós-Graduação do IAC, Adriana Parada Dias da Silveira. A Pós-Graduação do IAC busca oferecer formação voltada para a pesquisa aplicada, com geração de tecnologia específica para cada cultura ou para cada linha de pesquisa no universo da agricultura tropical e subtropical.


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Qualidade

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Estudo analisa a adoção da paletiz Marcolino Brígido da Silva Neto Engenheiro Agrônomo e CQH

1. Introdução A logística é evidenciada como a maior limitação da agricultura brasileira. Isso é confirmado por indicadores como o Risco Brasil, que analisa o grau de confiança do país para receber investimentos estrangeiros. O maior gargalo da logística no país tem sido a deficiência da infraestrutura nos transportes, ocasionada pela má aplicação dos recursos públicos e planejamento governamental insuficiente, tendo em vista o crescimento desse setor. Isso acaba penalizando os agentes em que se baseia a produção agrícola: o agricultor que vai ter maiores gastos e menor lucro, e o consumidor que vai gastar mais para adquirir uma menor quantidade de alimento. A competitividade agrícola brasileira vem se tornando cada vez mais forte, quando tratamos de produtividade, venda de insumos e tecnologia. Porém esses valores não são suficientes para compensar as perdas causadas pela infra estrutura deficiente, de forma que isso acarreta um custo elevado, se compararmos o Brasil a outros países com produção agrícola de importância mundial. O transporte de frutas e hortaliças pode ocorrer de três maneiras distintas: a granel, embalado sem unitização de carga e embalado e unitizado (refrigerado ou não). Na movimentação a granel o produto é empilhado um sobre o outro por unidade ocorre a disposição dos produtos na carroceria, de forma que não é tomada precaução alguma para a conservação destes, podendo ocorrer algumas vezes a adição de restos de palhadas ou folhas à carga a fim de evitar o contato entre os frutos e amortecer impactos, reduzindo a ocorrência de danos físicos mais graves. No transporte em embalagem, os produtos são acondicionados em caixas ou sacos, sendo que esses possuem tamanhos padronizados e que possibilitam ao produtor a etiquetagem e rotulagem, agregando valor ao produto. Outras vantagens desse tipo de operação é a conservação das características originais do vegetal por um maior período de tempo e a possibilidade de

paletização de lotes. A paletização é o agrupamento de vários produtos embalados, de volume menor, sobre uma base com dimensões definidas (1,00 a 1,20 m de acordo com o Palete Padrão Brasil- PBR), a fim de produzir uma unidade padrão a qual otimize as operações de movimentação, carga e descarga de produtos, possibilitando a automação e redução dos custos dessas operações. Nas Ceasas dos países desenvolvidos 100% da carga chega paletizada, é descarregada e armazenada paletizada. Algumas Ceasas européias têm uma doca especial para descarga de caminhões grandes. Nas Ceasas brasileiras a utilização da paletização está apenas começando. A paletização é um dos caminhos mais eficientes na busca da transformação da Ceasa em um centro logístico eficiente. A maioria dos produtores não conhece a paletização ou se conhece a tem como uma operação que eleva os custos de produção, não se interessando pela sua implantação. O pequeno volume de entrega a cada dia, o baixo volume entregue a cada comprador em cada dia, a falta de locais de classificação e de consolidação de carga na região produtora, o custo da mecanização, são grandes desafios na adoção da paletização pelo produtor, pequeno e médio. Ao mesmo tempo, as grandes redes de supermercado estimulam os seus fornecedores a trabalhar com a paletização, por suas facilidades e rapidez de movimentação do produto e proteção do produto. A paletização diminui o manuseio e os atritos ao produto durante a movimentação – menor ocorrência de danos mecânicos, menor perda de água e menor manuseio, prolongando a sua boa aparência, o tempo de prateleira e o seu valor econômico. O objetivo do levantamento foi compreender a extensão da adoção da paletização no MFE-B do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP)– participação da paletização na entrada e na saída, os produtos e origens paletizados, os procedimentos adotados de carga e descarga paletizados. 2. Material e métodos

Foram entrevistados 24 atacadistas, selecionados pela sua

importância na movimentação de produtos paletizados e pela sua grande participação na comercialização de frutas na Ceagesp. O levantamento também abordou a estrutura dos sistemas de descarga, buscando saber como é realizado e que equipamentos são utilizados nas principais operações: transporte, descarga, movimentação no pavilhão e movimentação no box. Buscou- se ainda obter a valoração de operações de descarga, movimentação e

acondicionamento, assim como o tempo e o número de pessoas necessárias à execução de cada uma dessas atividades. Prosseguindo com o questionário, foram abordadas questões sobre os tipos de veículos, carrocerias, capacidade, tempo de descarga e estadia dos caminhões utilizados no transporte dos produtos até o terminal. Foram levantados ainda o tipo de combustível das empilhadeira, a propriedade, o custo de movimentação por palete, a disponibilidade de locação

(quando nessa condição) e as dificuldades de operação da empilhadeira, se própria do atacadista. Levantamos a proporção da mão de obra utilizada nas operações de descarga e movimentação - própria (da empresa) e autônoma (carregadores filiados ao Sindicato dos Carregadores- SINDICAR). Ainda com relação ao recebimento de produtos pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), foram feitas perguntas sobre as dificuldades dos

Tabela 1: Volumes paletizados de frutas, em diferentes origens.

Origem

Total (t)

Paletizado (%)

Volume paletizado (t)

Importadas

13.389

94

12.585,66

Nordeste

137.228

62

85.081,36

Sul

63.789

96

61.237,44

São Paulo

144.470

24

34.672,80

Total

358.876

54

193.577,26


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zação no entreposto • A quase totalidade (94%) das frutas importadas chega paletizada aos atacadistas entrevistados. Os principais fornecedores são Argentina, Chile, Espanha, EUA, Itália e Portugal. A Ceagesp recebeu em 2012, destes países, 127.913 toneladas e o MFE-B 13.389 toneladas. Os atacadistas entrevistados do MFE-B receberam em 2012, 12.585 toneladas de frutas importadas e paletizadas.

• A adesão dos produtores da região Nordeste à paletização vem crescendo. A produção é distante dos maiores centros consumidores, as estradas irregulares e a paletização melhora a conservação das frutas. A participação da paletização na origem, das frutas nordestinas, segundo os atacadistas entrevistados é de 62%, se considerarmos os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. A Ceagesp recebeu em 2012, desses estados nordestinos, 285.779 toneladas e o MFE-B 137.228 toneladas, sendo 85.081 toneladas, paletizadas. Os atacadistas entrevistados receberam em 2012, o equivalente a 67 % deste volume.

atacadistas na descarga paletizada, paletização na produção e as respectivas sugestões que possam auxiliar a resolver esses problemas. Os entrevistados foram indagados sobre o passado e futuro da paletização em um intervalo de 10 anos, expressando assim a sua percepção acerca desse fenômeno de modernização. Foi levantada a participação da venda entregue ao comprador no mercado e entregue pelo atacadista ao comprador – no seu estabelecimento. As operações necessárias como pesagem e montagem de palete, as três maiores dificuldades da paletização na venda, por modalidade de entrega, foram também levantados. 3. Resultados

• Os atacadistas entrevistados são responsáveis por 18% do volume total das frutas comercializadas na Ceagesp – 1.791.678 toneladas em 2012 e 12 % do volume das frutas comercializada no MFE-B – 412.368 toneladas em 2012.

• A região Sul é a que mais adota a paletização – 96% das frutas, segundo os atacadistas entrevistados. O alto nível de organização dos seus agricultores, em associações e cooperativas, permitiu a implantação da infraestrutura e dos equipamentos necessários. A Ceagesp recebeu em 2012, dos estados do Sul, 179.908 toneladas e o MFE-B 63.789 toneladas, de forma que 61.237 toneladas, paletizadas. Os atacadistas entrevistados receberam em 2012, o equivalente a 82 % deste volume.

• O estado de São Paulo está atrasado na adoção da paletização, quando comparado aos estados nordestinos e sulistas – apenas 24%, segundo os atacadistas entrevistados. A Ceagesp recebeu em 2012, do estado de São Paulo, 952.154 toneladas e o MFE-B 144.470 toneladas, a quantidade paletizada foi 34.672 toneladas. Os atacadistas entrevistados receberam em 2012, o equivalente a 85 % deste volume. • Os produtos de grande volume com maior índice de paletização são a maçã (82%), o caqui (89%), o melão (79%) e as frutas de caroço (38%), segundo os atacadistas entrevistados.

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Agrícola

O maracujá (1%), carambola (0,5%) e morango (0,1%) apresentam os menores índices de paletização. A paletização ainda não chegou a algumas frutas como abacate, avocado, abacaxi, figo, graviola, lichia e pitaia.

• A utilização de mão de obra para as operações de movimentação ocorre de duas formas: carregadores do SINDICAR e funcionários da própria empresa. De acordo com o levantamento realizado, em torno de 62 % da força de trabalho é fornecida pelo sindicato e 38 % é obtida por funcionários pertencentes à empresa.

• Dentre as reclamações relacionadas às dificuldades da descarga paletizada, temos com mais freqüência aquelas relacionadas às irregularidades do piso, que dificulta a movimentação das empilhadeiras. Outra dificuldade identificada repetidamente é a organização do trânsito nos horários de carga e descarga, o que acarreta em perda de tempo e dinheiro para os atacadistas e seus clientes. A mitigação desses problemas, segundo os entrevistados, dar-se-ia com a recapagem do asfalto e com a delimitação de espaços para as operações de movimentação. • A venda pode ocorrer com o recolhimento dos produtos na Ceagesp pelo comprador ou com a entrega no estabelecimento do próprio, pelo atacadista. A primeira modalidade de comercialização corresponde a 71% das vendas realizadas pelos entrevistados, sendo 16% paletizadas. A entrega no estabelecimento do cliente pelo atacadista corresponde a 29% das vendas, sendo 78% paletizadas.

• Hoje os benefícios da paletização na Ceagesp não são aproveitados em todo o seu potencial. O caminhão pode não conseguir descarregar e/ ou não consegue sair depois da descarga. São caminhões grandes, de difícil movimentação em nosso espaço. Seria uma grande vantagem uma descarga rápida e a liberação de espaço para os veículos dos compradores. O volume paletizado só para o MFE-B, segundo os dados disponíveis – aproximadamente 193.577 toneladas em 2012, viabiliza facilmente uma doca de descarga especializada em veículos grandes e paletizados, complementada por um corredor de empilhadeiras.

Ministérios publicam criação de plano para reduzir emissão de carbono O Diário Oficial da União traz publicado na edição de hoje (9) o Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura - Plano ABC Nacional. A Portaria Interministerial 984 é assinada pelos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. O Plano ABC Nacional tem o objetivo de garantir o aperfeiçoamento dos sistemas e práticas de uso e manejo sustentável dos recursos naturais, que promovam a redução das emissões de gases de efeito estufa e também aumentem a fixação de dióxido de carbono na vegetação e no solo usado pela agricultura brasileira. Segundo o texto, o Plano ABC tem como metas recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e aumentar a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e de sistemas agroflorestais em 4 milhões de hectares. O plano

também visa a ampliar o uso do sistema de plantio direto em 8 milhões de hectares e ampliar a fixação de nitrogênio em 5,5 milhões de hectares. A portaria também determina que o Plano ABC promova ações de reflorestamento de 3 milhões de hectares no país de áreas destinadas à produção de fibras, madeira e celulose. Além disso, a medida pretende ampliar o uso de tecnologias para tratamento de 4,4 milhões de metros cúbicos de dejetos animais para geração de energia e produção de composto orgânico, além de implementar ações de adaptação às mudanças climáticas. De acordo com o texto, o potencial de mitigação das ações propostas permitirá a redução de emissões de gases de efeito estufa pelo setor agropecuário nacional. Os ministérios criarão, em até 90 dias, uma comissão executiva nacional para coordenação conjunta das ações de implementação do Plano ABC Nacional.


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Mercado e produção

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Preferências dos compradores e consumidores de pêssegos Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida Engenheiro Agrônomo Centro de Qualidade em Horticultura

Na minha dissertação de Mestrado na UNESP de Jaboticabal, defendida em fevereiro de 2006 e desenvolvida durante a safra de 2005, um dos objetivos do trabalho era procurar entender quais características de qualidade dos frutos de pêssego são as mais importantes para a aceitação dos consumidores e que, por consequênci,a e como estas predileções levam os compradores da fruta que frequentam a Ceagesp a preferir determinadas variedades ou cultivares. Na época ainda não estavam presentes no mercado as novas variedades desenvolvidas pela EMBRAPA Clima Temperado: ‘Kampai’, ‘Rubimel’ e ‘Fascínio’. E para evitar que outros fatores como apresentação e embalagem do produto decidiu-se fazer todo o trabalho com os pêssegos oriundos apenas de Holambra II no município paulista de Paranapanema. Na época o município era o segundo fornecedor paulista para a Ceagesp com números muito próximos ao de Atibaia, primeira colocada. Como todos os produtores de Paranapanema embalavam e ainda embalam os frutos em caixas de papelão ondulado com os frutos acondicionados a granel, este fator seria o mesmo para todas as cultivares e avaliação automaticamente levaria em conta apenas as características qualitativas dos frutos. Concentrou-se os estudos em duas séries de cultivares Aurora e Dourado, com a ‘Douradão’, todas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de Campinas e com duas variedades lançadas pela Universidade da Flórida, ‘Tropic Beauty’ e ‘San Pedro’. Passados oito anos, como prova do dinamismo do mercado, pode-se dizer que apenas o ‘Douradão’ e o ‘Tropic Beauty’ ainda mantém grande importância em nosso mercado. O ‘Tropic Beauty’ apesar do baixo conteúdo de açúcares e da acidez relativamente elevada, ou seja o sabor não é tão bom, características típicas dos pêssegos da Flórida, ainda se mantém firme e forte no mercado por causa da boa aparência, como formato bem redondo e grande área com coloração de

Característica Sabor e doçura Grande área com coloração de cobrimento Aparência Calibre alto ou tamanho grande Ponto adequado de colheita Alta resistência pós-colheita Ausência de danos Suculência Caroço solto Homogeneidade de calibres ou qualidade da classificação Formato Total Característica Acidez elevada (sabor azedo) Danos mecânicos Dano por granizo Podridões Sobremaduro Sabor pouco pronunciado Imaturo Baixo calibre Coloração deficiente Manchas Pequena resistência pós-colheita Desidratação Ápice mole Brocado de inseto Deformação Mistura de calibres ou má classificação Sabor amargo Total

N. de Citações 35 20 17 13 8 7 6 6 2 2 1 117 N. de Citações 22,00 17,00 14,00 9,00 9,00 8,00 7,00 6,00 6,00 6,00 5,00 2,00 1,00 2,00 1,00 1,00 1,00 117,00

Participação (%) 29,91 17,09 14,53 11,11 6,84 5,98 5,13 5,13 1,71 1,71 0,85 100 Participação (%) 18,80 14,53 11,97 7,69 7,69 6,84 5,98 5,13 5,13 5,13 4,27 1,71 0,85 1,71 0,85 0,85 0,85 100,00

cobertura. É uma variedade muito precoce, consegue chegar no mercado quando outras variedades ainda não estão em colheita, as vezes já no fim de agosto ou começo de setembro, e por isto sempre consegue bons preços, por este motivo os atacadistas gostam muito dela. Deve-se discutir o impacto disto sobre o consumo e a imagem da fruta pêssego. De todo modo é uma fruta superior às antigas super precoces como ‘Flordaprince’, ‘San Pedro’ e ‘Primavera’. De todas as frutas do estudo, a mais bem avaliada foi a ‘Douradão’, variedade mais tardia que aparece com força na Ceagesp no final de setembro e início de outubro. O ‘Douradão’ reuniu a maior quantidade de características de qualidade desejada pelos compradores de pêssego que frequentavam a Ceagesp mostradas nas tabelas 1 e 2 e isto se refletiu em preços melhores como mostra a Tabela 3. Mesmo convivendo com outras cultivares, ao contrário do ‘Tropic Beauty’ que inicia a safra sem concorrentes. O Douradão foi o campeão em maior número de frutos com calibre elevado, doçura, baixa acidez e área com coloração de cobertura. Passados oitos anos e com a afirmação de novas cultivares no mercado da Ceagesp, talvez seja a hora de se repetir o estudo. Tabela 1. Características positivas e procuradas nos frutos de pêssego, citadas pelos compradores de pêssegos de Paranapanema, SP, na safra 2005. Tabela 2. Características negativas e evitadas nos frutos de pêssego, citadas pelos compradores de pêssegos de Paranapanema, SP, na safra 2005.

Tabela 3. Preço médio (R$/ kg) apurado pelos atacadistas da Ceagesp durante a venda dos frutos de três cultivares e duas séries de cultivares de pêssegos da safra 2005, produzidos no município de Paranapanema, SP.

Fonte: Características qualitativas de pêssegos produzidos em Paranapanema (SP), safra 2005, e sua valoração no mercado atacadistas de São Paulo. Dissertação de mestrado defendida pela autor em fevereiro de 2006 na UNESP de Jaboticabal.


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Mercado e produção

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A evolução do pêssego no mercado atacadista Anita de Souza Dias Gutierrez Idalina Lopes Rocha Hélio Satoshi Watanabe Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Todos os anos a SEDES – Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp publica o ranking de participação dos produtos no entreposto, em volume e em receita. A participação média do pêssego no volume das frutas comercializadas, entre 2004 e 2012 foi de 1,63% e em 2012 de 1,64%, com 29.470 toneladas de pêssego em 1.791.678 toneladas de frutas. É bom lembrar que os cálculos não consideram a safra, mas a produção e cada ano. A participação média do pêssego no valor de frutas comercializadas, entre 2004 e 2012 foi de 3,29%% e em 2012 de 3,54%, com R$ 107 milhões em R$ 3.035 milhões de frutas. Ela cresceu e é bom lembrar que os cálculos não consideram a safra, mas a produção e cada ano.

4,50

I. Participação % do pêssego no volume valor comercializados de frutas, de 2004 a 2012

4,00 3,50 3,00

Volume 2,50

Valor

2,00 1,50 1,00 2004

2005

2006

2007

2008

Sazonalidade de oferta das variedades nacionais de pêssego, por mês

Mês 1

Eragil

2

Eragil

Chiripá

3 4 5 6 7 8

Tropic Beauty

9

Tropic Beauty

Aurora

Douradão

10

Tropic Beauty

Aurora

Douradão

Chimarrita

11

Tropic Beauty

Aurora

Douradão

Chimarrita

Chiripá

Douradão

Chimarrita

Chiripá

12

2009

2010

2011

2012

A sazonalidade das variedades de pêssego nacional na Ceasa de São Paulo O acompanhamento da evolução das variedades de pêssego exige a consulta aos seus maiores especialistas: atacadistas e produtores de pêssego. O resultado mostra a dança das variedades ao longo do ano. Algumas variedades predominam em alguns meses como o Tropic Beauty em setembro e outubro, o Eragil em fevereiro, o Chiripá em dezembro. Em alguns meses temos uma grande quantidade de variedades no mesmo mês – em outubro – o Tropic Beauty, o Aurora e o Douradão e em novembro o Chimarrita e o Douradão.

BRS FASCÍNIO

Irmãos Gallo comemora um ano do pêssego Fascínio Cultivar da Embrapa tem excelente aceitação no entreposto Após um ano da primeira produção do pêssego Fascínio, a atacadista e produtora Irmãos Gallo já se prepara para mais uma colheita. A fruta, que tem como características tamanho grande, polpa firme e baixa acidez, foi bem aceita no mercado atacadista da Ceagesp e deve estar a disposição dos varejistas

na segunda quinzena do mês. A cultivar faz parte de seleções que foram desenvolvidas e testadas pela Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Ela foi obtida por polinização aberta do cruzamento entre a cultivar Chimarrita e a nectarineira Linda (1993). Ramos desta planta

foram enxertados e colocados na coleção da Embrapa a fim de serem comparados a outras cultivares e seleções. A BRS Fascínio produz frutas de polpa branca esverdeada com traços de vermelho, e textura não fundente no ponto da colheita – não se ‘esborracha’ ao apertá-la. O caroço em relação à polpa é pequeno e é semi-aderente. A floração e a maturação são mais tardias que BRS Kampai e BRS Rubimel, anteriormente lançadas tam-

bém pela Embrapa. Segundo a pesquisadora Maria do Carmo Raseira a produtividade, não é a característica mais importante desta cultivar. “Provavelmente, o tamanho das frutas e a firmeza da polpa que é branca e doce, sejam os atributos que mais chamam a atenção”, identificou. Como indicação ao plantio da nova cultivar, Maria do Carmo fala que o solo deve ser profundo e bem drenado e, preferencialmente, rico em matéria

orgânica. “A BRS Fascínio adapta-se bem em regiões com 200 a 300 horas de frio hibernal, caso não se tenha esta condição, será necessário tratamento químico para a superação da dormência”, observou. Wellington Gallo, produtor e empresário, afirma que a empresa continua fazendo novas experiências e enxertias com o apoio da Embrapa. “Para o próximo ano, pelo menos duas variedades serão lançadas”, comemora.


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Qualidade

Novos pêssegos para o mercado de São Paulo LETÍCIA BENETTI

Dra. Maria do Carmo Bassol Raseira Pesquisadora EMBRAPA Clima Temperado Há um velho ditado que diz: “beleza não põe a mesa.” E é verdade. A beleza encanta os olhos, alegra o coração e a alma. Mas o corpo precisa também de alimentos saudáveis. Entre eles, está o pêssego. A fruta é bonita, colorida e aromática. Portanto, se a fruta tiver qualidade e tiver sido tratada adequadamente, enche os olhos do consumidor. Mas mais que isso, o pêssego é um pacote de vitaminas, A, C, E, K, além de seis vitaminas do complexo B. É uma fruta rica em potássio,em fibras e em compostos bioativos, com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Se as considerações sobre o pêssego parassem aqui, poderíamos concluir como dizem nossos adolescentes, que o pêssego é “tudo de bom”. Nossos produtores, entretanto, sabem que há problemas. É necessário controlar pragas e doenças e o cuidado com a fruta, incluindo o seu manuseio, é essencial. É uma fruta muito delicada, em geral macia, machucando-se durante o transporte, se colhida madura. Se colhida “verdoenga” é mais resistente, mas a qualidade nunca atinge o ponto máximo. O problema é maior ainda com as cultivares para consumo fresco e ainda pior, com aquelas de polpa branca, doces e suculentas. Felizmente, graças aos trabalhos de melhoramento, foram lançadas pelo Agronômico de Campinas, cultivares como Aurora e Douradão, com muito melhor firmeza. Nos últimos seis anos, também a Embrapa lançou mais quatro cultivares para o consumo in natura, três

QUALIDADE

das quais, testadas no Estado de São Paulo, com muito bons resultados.Em comum, essas três têm uma maior resistência ao manuseio devido à firmeza de polpa. Em 2007, foi lançada a cultivar Rubimel, testada em vários locais, incluindo Jarinu, Atibaia, Paranapanema, mostrou muito boa performance com produções equivalentes a 14 toneladas por hectare, no segundo ano após o plantio.Suas frutas são de formato redondo a redondo cônico, sem ápice proeminente nos locais frios, mas, um pouco pontudas nos locais mais quentes. A casca tem 50 a 80% de vermelho sobre o fun-

do amarelo, o que lhe confere muito boa aparência. A polpa é amarela, firme e semipresa ao caroço. O sabor é doce e acidez baixa ou praticamente, ausente. O tamanho da fruta é médio a grande, ficando frequentemente com um diâmetro entre 6 e 7 cm. Amadurece, geralmente,em início ou meados de novembro. ´BRS` Kampaié a mais precoce dos quatro. As plantas de essa cultivar têm vigor médio e hábito de crescimento semivertical. A colheita inicia poucos dias antes de Rubimel. No Estado de São Paulo ocorre geralmente na segunda quinzena de outubro. As frutas de BRS Kam-

pai tem forma redondo cônica. A película tem cor de fundo creme esverdeada, com coloração vermelha de cobertura, a qual pode variar mas geralmente é superior a 50% da área, podendo chegar a 80%. A polpa é branca esverdeada, semi-livre do caroço e com sabor doce com leve acidez. As plantas da cultivar Fascínio são vigorosas e muito produtivas. A cultivar BRS Fascínio produz frutas de polpa branca esverdeada com traços de vermelho, tamanho grande (diâmetro em torno de 6 to 7.5 cm com peso médio entre 200 e 300g. ) e a textura da polpa é não fundente, no ponto de

colheita. Tem caroço pequeno em relação à polpa e é semiaderente a esta. O sabor é doce, com baixa acidez. A floração e maturação são mais tardias que BRS Kampai e BRS Rubimel. Das quatro é a que produz frutas maiores. Em regiões mais quentes a fruta é um pouco pontuda, o que pode afetar sua aparência sem prejudicar a firmeza, pois, mesmo a ponta é firme. Estima-se que sua necessidade em frio seja equivalente a 300 horas e, em regiões com invernos mais quentes, precisa de quebra de dormência com produto químico.Em Jarinu, plantas de dois anos produziram 40 kg de frutas por planta. A cultivar BRS Regalo foi talvez, das quatro cultivares, a menos testada em São Paulo. Seus frutos amadurecem praticamente junto com a Fascínio. São em geral, menores que os desta última. No Rio Grande do Sul apresentou como vantagem a consistência de produção, ao longo dos anos. A sua frutificação é alta, necessitando de raleio intenso. As frutas são doces, com baixa acidez e suculentas. A película é creme esverdeada com grande parte da superfície coberta de vermelho. A polpa é branco esverdeada, semilivre do caroço que é vermelho. Diversas outras seleções estão em avaliação e espera-se novos lançamentos para os próximos anos, incluindo-seum pessegueiro produtor de pêssegos chatos, de polpa amarela, com tamanho pequeno mas excelente sabor. Assim, aos poucos, os programas brasileiros de melhoramento estão conseguindo juntar na mesma cultivar, os benefícios para o consumidor com algumas vantagens para o produtor.

FrutiZico: padrão exportação em território nacional Antes de entrar na Ceagesp, José Ferreira de Lima Sobrinho, sócio-gerente da FrutiZico atuava no setor de exportação de frutas. Quando essa área deixou de ser um bom negócio, José já estava bem engajado no mercado interno e conseguiu se destacar na área. “Como seguíamos normas internacionais, estávamos bem interados a respeito das preferências do consumidor brasileiro, que passou a comprar mais e exigir mais

qualidade”, analisa José. Para o permissionário, os padrões exigidos por grandes supermercadistas ajudam a modernizar o entreposto e a mudar a cultura na comercialização de FLV. “Antigamente não se falava em segurança alimentar dentro da Ceagesp. Os varejistas e suas exigências deram a base necessária para fazermos o que é certo em relação ao manuseio”, explica. A FrutiZico sempre cobrou o uso do rótulo em todos os

produtos. Apesar da dificuldade desse controle na roça, José não desiste.

Para a cadeia do FLV ficar perfeita, só falta fiscalização no cultivo. Eu brigo muito pela rotulagem e vou continuar brigando”, avisa.


20

Mercado e produção

outubro de 2013

O pêssego na Ceasa de São Paulo Anita de Souza Gutierrez Cláudio Inforzanato Centro de Qualidade em horticultura da Ceagesp

O Sistema de Informação de Mercado - SIEM da Ceagesp - registrou em 2012 a entrada de 29.470 toneladas de pêssego para 156 atacadistas, originários de 102 municípios e 06 estados brasileiros e vários países como a Espanha, o Chile, a Argentina e outros. A comercialização é muito pulverizada – só 6 atacadistas recebem mais que 3% do volume, sendo o primeiro responsável por 6%, 18 respondem por 50% e 46 por 80% do volume comercializado, do total de 156 atacadistas. O SIEM registra 17 variedades ou grupos de variedades: Aurora, Chimarrita, Comum, Coral, Dourado, Eragil, Estrangeiro espanhol, Estrangeiro americano, Estrangeiro, Flor da Prince, Ouro Mel, Premier, Primavera, Tropic Beauty, Xiripá. O registro das variedades de pêssego é prejudicado pelo preenchimento incompleto das notas fiscais e pela grande mudança de variedades pelos produtores. O pêssego importado representa 21% do volume total. O pêssego nacional, sem identificação de variedade (52%0, seguido pelo Dourado ou Douradão (7%), Chimarrita (5%) e Xiripá (3%). Os estados fornecedores mais importantes em 2012 foram Rio Grande do Sul (40%), São Paulo (33%), Minas Gerais (3%), Santa Catarina (2%), seguidos pelo Paraná e pelo Rio de Janeiro. O pêssego paulista dominou em outubro e novembro, o pêssego gaúcho em dezembro, janeiro e fevereiro e o pêssego importado no restante do ano (Gráfico I). O número total de municípios que envia pêssego para a Ceasa de São Paulo varia com o estado: São Paulo – 54, Rio Grande do Sul – 21, Minas Gerais – 12, Paraná – 8, Santa Catarina – 6 e Rio de Janeiro - 1. Os maiores municípios paulistas, responsáveis por mais de 4% do volume paulista cada um e por 57% do volume total foram, em ordem de importância: Atibaia. São Miguel Arcanjo, Jarinu, Panapanema, Guapiara, Itupeva, Ribeirão Branco, Botucatu e Pilar do Sul. Uma parte importante (24%) do pêssego registrado como paulista vem de transferências de armazéns ou ceasas paulistas. A oferta de pêssego concentrou-se nos meses de outubro a janeiro (70%), sendo o mês de dezembro o de maior oferta com 27%. (Gráfico II).

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

EXIGÊNCIA

M&L se prepara para o final do ano Boa prática na manipulação garante relacionamento com grandes redes varejistas

I. Participação de cada no abastecimento l. Participação % de cada%origem no origem abastecimento de pêssego de em 2012 pêssego em 2012

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

12

11

10

1 2

MG Importado PR RJ RGS SC SP

3

4

9

5

8

6 7

II. Distribuição % por mês do abastecimento de pêssego

Distribuição % por mês do abastecimento de pêssego

30 25 20 15 10 5 0 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Pronta para o final do ano, a atacadista M&L pretende comercializar cerca de nove mil caixas de pêssego por semana. Apesar da quebra na produção, que gira em torno de 40%, as perspectivas são boas. Márcio Almeida de Lima, vendedor, conta que o clima não colaborou com o plantio. “Esfriou e esquentou na hora errada”, explica. As caixas da fruta expostas no box da empresa são praticamente intocadas, afinal todos os produtos seguem rigorosos critérios de manipulação. Os pêssegos já chegam prontos para retirada. Dessa maneira, evitando o contato, é possível manter o sabor e qualidade por mais tempo. Paulo Estevam Vieira dos Santos, permissionário que atua há 23 anos no comércio de FLV, esclarece que, para vender para clientes como o Grupo Pão de Açúcar é necessário seguir determinados padrões de comercialização. “Atualmente, todos os nossos produtos são rastreados. Só assim conseguimos nos relacionar com os clientes mais exigentes”, elucida Paulo.


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Mercado e produção

JORNAL ENTREPOSTO

outubro de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio

A produção de pêssego no estado de SP O Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo, um dos órgãos da Secretaria da Agricultura de São Paulo, tem como responsabilidade ‘produzir, adaptar e transferir conhecimentos científicos e informações na área da economia aplicada à agricultura, visando o desenvolvimento’. Encontramos na sua página eletrônica www. iea.sp.gov.br o ‘Banco de Dados’ que registra ‘Estatísticas de Produção Agropecuária’, onde estão a área de plantio e produção de cada produto, em cada município, em cada região agrícola e região administrativa e no Estado de São Paulo – de 1983 a 2012. Aqui estão alguns dos resultados para o pêssego in natura. Eles registram também os dados para o pêssego para indústria. Os dados registrados são o número de pés novos e em produção e o volume de produção. A produção de pêssego cresceu (150%) de 11.945 para 30.254 toneladas, entre 1983 e 2012, e o número de pés em produção foi de 324 mil para 543 mil (68%). O aumento de produção se deveu ao aumento de produtividade. A taxa de renovação vem caindo – de 21% (pés novos/ pés em produção) em 1983 para 3% em 2012, como mostra a tabela a seguir.

O número de regiões agrícolas paulistas, produtoras de pêssego cresceu de 12 em 1983 para 22 em 1993 e 24 em 2003 e diminuiu para 14 em 2012. Existe registro de produção, de 1983 a 2012, somente para oito regiões agrícolas: Avaré, Sorocaba, Bragança Paulista, Itapetininga, Itapeva, Mogi das Cruzes e Sorocaba. O aumento de participação na produção paulista só aconteceu nas regiões de Itapeva, Avaré e Campinas, quando consideramos as cinco maiores regiões produtoras, responsáveis por 93% da produção, em 2012. Existe concentração da produção de pêssego, nas duas maiores regiões produtoras. A região de Itapeva é composta por 15 municípios, sendo 05 produtores e um deles – Ribeirão Branco – responsável por 97% da oferta. A região de Avaré é composta por 12 municípios, sendo 02 produtores e um deles – Paranapanema, responsável por 94% da produção. Na região de Campinas, composta por 17 municípios, existe registro de produção em 5 municípios, com boa distribuição em 4 deles – Jarinu (31%), Jundiaí (29%), Campinas e Valinhos com 19% cada um.

I. Evolução da participação % das principais regiões de origem entre 1983 e 2012

45 40 35

1983

30

2012

25 20 15 10 5 0

Itapeva

Avaré

Campinas

Bragança Paulista

Sorocaba

Mogi das cruzes

Evolução da produção, do número de pés plantados e da taxa de renovação Mil toneladas

Ano 1983 1993 2003 2012

Mil pés novos

12 20 32 30

Mil pés em produção

67 75 54 14

Taxa de renovação

324 398 700 543

21 19 8 3

Aurora

Diamante

Chima

Chimarrita

Vanguarda

Coral

MORFOLOGIA Região Estilar Epicarpo Endocarpo Caroço Mesocarpo

Pedúnculo Base Sutura

Bico(ápice)

Douradão

Dourado

Maciel

Granada

Chiripá

Joia

Eragil

Variedades

Formato

Bico

Aurora Diamante Douradão Dourado Eragil Granada Maciel Ouromel Rubimel Vanguarda Branco Duro Cascata Chima Chimarrita Chiripá Coral Joia Marli Premier Sweet Fascínio

Ovalado Ovalado Ovalado Ovalado Ovalado Redondo Ovalado Ovalado Ovalado Redondo Ovalado Redondo Ovalado Globoso Ovalado Ovalado Ovalado Ovalado Ovalado Alongado Ovalado

Pouco evidente Pouco evidente Evidente Evidente Evidente Quase ausente Quase ausente Evidente Evidente Quase ausente Pouco evidente Ausente Muito evidente Ausente Evidente Pouco evidente Evidente Evidente Evidente Evidente Evidente

Cascata

Ouromel

Rubimel

Fascínio

Sweet

Premier

Marli

Branco Duro

Coloração de fundo Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Creme Creme Creme Creme Amarela Creme Creme Creme Creme Creme Creme Creme

Coloração da polpa Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Amarela Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca

Cobrimento de vermelho Metade Sem Maior parte Manchas Maior parte Traços Sem Maior parte Maior parte Manchas Sem Manchas Traços Metade Maior parte Maior parte Traços Maior parte Parcial Manchas Maior parte

Caroço Aderido Aderido Solto Solto Solto Aderido Aderido Aderido Semi-aderido Aderido Aderido Aderido Aderido Semi-aderido Solto Semi-aderido Solto Semi-aderido Aderido Solto Solto

Ilustrações: Bertoldo Borges Filho

PRINCIPAIS VARIEDADES DE PÊSSEGO COMERCIALIZADAS NA CEAGESP


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

QUALIDADE

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outubro de 2013

CEAGESP

Estão abertas inscrições para o Conselho Consultivo do ETSP Inscrições vão até dia 25/10; Eleição acontece entre os dias 23 a 27 de novembro

A Ceagesp está com inscrições abertas para a eleição do Conselho Consultivo do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP). As inscrições das chapas serão realizadas no período de 14 a 25de outubro das 8h às 17 horas, na sede do Departamento de Entreposto da Capital – DEPEC. De acordo com Edital, os interessados na candidatura deverão compor chapa com 2 membros para atender aos cargos de titular e suplência. É exigido no mínimo 1 ano de Permissão no ETSP para a inscrição como membro da chapa. Os candidatos só poderão concorrer por um único setor, sendo apenas uma vaga de titular e uma de suplência. O Conselho Consultivo do ETSP será composto por membros titulares e suplentes representantes da Ceagesp, das entidades sindicais e associativas e de permissionários do ETSP. A Companhia indicará para compor o Conselho Consultivo, o Gerente do Entreposto da Capital – DEPEC, que será o Presidente do Conselho. Os demais membros serão compostos pela Presidência, pela Diretoria Técnica e Operacional

e pela Diretoria Administrativa e Financeira, que indicarão os seus suplentes. Será permitida uma reeleição ao representante dos setores de comercialização do ETSP. Caso o conselheiro titular não complete o prazo de gestão, o suplente assumirá a vaga até o término do prazo de gestão. Os candidatos votados e não eleitos, serão relacionados na Ata de Eleição e Apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior no caso de vacância. Votação

A votação será realizada no MLP no dia 23/11/2013 das 08h00 (oito horas) às 11h00 (onze horas),no FRISP no dia 26/11/2013 da 01h00 (uma hora) às 7h00 (sete horas) e no Auditório “Nelson Loda”, no período de 25/10/2013 a 26/11//2013 das 9h00 (nove horas) às 17h00 (dezessete horas) e no dia 27/11/2013 das 09h00 (nove horas) às 15h00 (quinze horas). O Conselho Consultivo do ETSP será composto por 23 (vinte e três) membros.


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Ceasas do Brasil

outubro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

ECONOMIA

Índice Ceagesp registra elevação de 0,42% em setembro Setor de frutas encerra o mês com elevação de 4,70 %, com destaque para a laranja lima

Pimentão amarelo 124,3%

o setor de verduras registrou a maior queda em setembro. A alface (-36,85), a couve-flor (-25,9%), o coentro (-29,6%), a rúcula (-27,5%) e o repolho (-24,5%) impulsionaram a queda do setor. Somente o milho verde (6,2%) registrou elevação no setor. O setor de diversos caiu 5,10%. Principais baixas: milho pipoca (-20,7%), batata lisa (-18,4%), coco seco (-11,1%) e alho (-5,7%). Não houve elevações no setor. Os Pescados registraram elevação de 6,39%e tiveram como principais altas as do atum (34,8%), da ancho-

Limão Taiti 76,1%

a da laranja lima (35,8%), da atemoia (30,7%), da banana nanica (23,4%) e mamão formosa (14,9%). As principais quedas do setor foram manga Tommy (-26,6%) e a uva rubi (4,8%). Os legumes recuaram 10,11%. Principais quedas: tomate (-44,3%), pimentão vermelho (-42,9%), pimentão amarelo (-44,3%), abobrinha italiana (-20,7%) e cenoura (-16%). Apresentaram elevação de preços a mandioquinha (32,7%) e a abóbora seca (19,6%). Com retração de 18,93%,

Alface -17,3%

va (25,6%), da abrotea (22,5%) e robalo (16,8%). Tendência

Em outubro e novembro os preços devem seguir em estabilidade. Somente a partir de dezembro, com o início do período de chuvas e o esperado aumento no consumo, os preços devem apresentar elevações. A maioria dos legumes e, principalmente, verduras deverão continuar registrando elevação do volume ofertado, ótima qualidade e preços reduzidos para o consumidor.

Em setembro, o Índice de preços Ceagesp aumentou 0,42%. No ano, o indicador registra aumento de 1,75% e, nos últimos 12 meses, elevação de 1,72%. Somente as frutas e os pescados registraram elevação dos preços praticados. Como o setor de frutas possui grande representatividade na composição do indicador, influenciou diretamente no resultado do índice. Legumes, verduras e diversos apresentaram queda dos preços praticados. O setor de Frutas fechou o mês com elevação de 4,70%. Entre as principais altas estão

Batata comum -6,95%

Índice Ceagesp Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, O Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas,Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp,que é referência nacional em abastecimento.

Namorado 18%

MESA BRASIL SESC-ES

Programa social da Ceasa/ES beneficia 15 mil pessoas Aproximadamente 15 mil pessoas são beneficiadas por alimentos que não foram comercializados – mas estão próprios para o consumo – doados por aqueles que diariamente comercializam seus produtos nas Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), entreposto de Cariacica. Cerca de 3,7 mil famílias recebem as doações por meio do Programa “Mesa Brasil Sesc-ES/Banco Ceasa-ES de Alimentos”. E, no início do mês, 300 pessoas participaram da apresentação das entidades cadastradas neste programa. O encontro contou com a participação também do governador Renato Casagrande, do secretário da Agricultura, Enio Bergoli, do presidente da

Ceasa, José Paulo Viçosi, representantes do Sesc/ES, que é parceiro no programa, e das entidades beneficiadas. Todos conheceram também o armazém onde é feita a seleção e armazenamento dos alimentos arrecadados antes de serem entregues às famílias. “Uma das nossas prioridades nesta gestão é fazer sempre mais de quem mais precisa, é cuidar das pessoas e, por isso, é tão importante valorizarmos e apoiarmos este trabalho. Temos um Conselho de Segurança Alimentar atuante, políticas sociais cada vez mais eficazes, estamos aperfeiçoando nosso sistema de Bolsas, formação profissional, ou seja, são diversas ações voltadas ao bem estar comum, de um Governo que vai

ao encontro das famílias carentes, ao encontro de quem precisa realmente dos cuidados do Estado.”, afirmou o governador. “A segurança alimentar é mais uma preocupação incluída na agenda do Governo do Estado e essa nova fase da parceria entre o Mesa Brasil e o Banco Ceasa/ES de Alimentos veio agregar a prática de uma alimentação segura para quem necessita. São 95 mil quilos de alimentos distribuídos mensalmente para 3,7 mil famílias e 15 mil pessoas. Uma parte da arrecadação vem do mercado da Ceasa/ES, a outra do interior e também de empresas que doam e, por isso, é importante avançarmos para conseguir amenizar mais o desperdício de alimentos”, destaca o secretário

de Estado da Agricultura, Enio Bergoli . De acordo com o diretor-presidente da Ceasa/ES, José Paulo Viçosi, a equipe tem uma metodologia de visita e acompanhamento de todas as entidades que recebem os alimentos. “Dessa maneira queremos conduzir e oferecer o melhor, proporcionando qualidade e principalmente o combate à fome. Selecionamos com carinho e estamos trabalhando para fazer mais”, disse. Segundo a coordenadora de projetos sociais do Sesc/ES, Nurse Antônia de Freitas Vieira, o programa faz ações educativas e atende a um grande percentual de pessoas. Com a parceria o intuito é permitir um atendimento maior de entida-

des sociais. “Para isso, precisamos de apoio para melhorar o programa e a sua infraestrutura, e isso envolve, por exemplo, mais carros para a realização de visitas as entidades e uma câmara maior para conservar os alimentos”. “O programa é importante principalmente para as famílias que necessitam e quando recebem as doações, recebem com alegria e festa. Em nome de todas as entidades quero agradecer a equipe do Mesa Brasil e Ceasa pela atenção e o carinho que recebemos e pedimos às autoridades aqui presentes que continuem ajudando. Muitas famílias ainda precisam ser atendidas”, lembra a representante das entidades, Zilmaria Vicente Santos de Azevedo.


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

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outubro de 2013

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Cá entre nós

outubro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

As 100 primaveras de Vinicius de Moraes Por Manelão

COMERCIALIZAÇÃO

Ceasa/RS amplia o mix de produtos à venda A Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) amplia o seu mix de produtos para comercialização, atualmente com mais de 110 itens, consolidando-se não apenas como um grande centro distribuidor de hortigranjeiros do Estado. Desde o dia 8 de outubro produtores, atacadistas e compradores têm como opção a compra de cereais em fardo, além de outros complementos, como, por exemplo, molho de tomate, azeite e bebidas, no Agro Atacado, o Super da Ceasa, localizado no setor B1, box 14B. De acordo com o novo permissionário responsável pelo estabelecimento, Guilherme Gehlen, o objetivo é proporcionar, para o público dos minimercado e restaurantes, comodidade e entregando os fardos diretamente nos caminhões - e, em especial, contribuir para a racionalização do tempo. “Normalmente, os compradores desses estabelecimentos adquirem os hortigranjeiros no complexo e depois se deslocam até alguns atacados localizados fora da central, no bairro Anchieta para repor o estoque

de cereais. Agora, todas as compras podem ser feitas na Ceasa”, afirmou. Outro foco é fortalecer o vínculo com as cooperativas gaúchas, comprando os cereais dos produtores agrícolas, como, por exemplo, da Cooperativa Agrícola Mista Nova Palma (Camnpal). Também está em estudo há possibilidade de vender laticínios, provenientes da produção cooperativada, e uma cesta básica própria, com a marca Agro Atacado. Para isso, Gehlen está aguardando a liberação do selo Inmetro/Mapa, para garantir aos clientes a compra de produtos que obedecem um rigoroso padrão de qualidade. Atualmente, a Agro Atacado tem uma parceria com a Mesasul, que faz parte de um grupo de empresas formado por Moinho Estrela e PanFácil Alimentos, para a aquisição das cestas básicas vendidas no estabelecimento. Gehlen lembra que para as empresas inscritas no Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), há possibilidade de dedução no imposto de renda das despesas na aquisição de cestas básicas.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Eis que chega a primavera, despedindo-se do inverno que não foi tão frio! E as vendas de hortifrutis ficaram abaixo das expectativas. As amoreiras estão supercarregadas e os sabiás se fartando no banquete vermelho. Em retribuição, o poeta da floresta, com seu canto magnífico, deixa os frequentadores da Ceagesp extasiados. No dia 06 de outubro as comitivas do Circuito Queima do Alho, sabendo da dificuldade financeira que a Nossa Turma está passando, reuniram-se na segunda etapa do Circuito, que foi realizado na cidade de Cotia. A campeã da tarde foi a Comitiva Buli Bulls. O segundo lugar ficou com a nossa querida Capiau, que tem entre os seus integrantes a berranteira número 1 da Grande São Paulo: Fabiana Pelegrino. E todos vieram preparar a melhor galinhada ao ar livre que São Paulo já teve. A distribuidora de derivados de frango Asa Branca nos forneceu galinha de verdade. Agradecemos a distribuidora de verduras Graembuensse que nos ofereceu a salsa para o tempero. Da parte do legumes, a atacadista

Cinco Estrelas doou a cenoura; Iguape e Maná doaram o tomate; Batista, Canelas e Gato Preto coloriram o prato com pimentão. O milho verde quem doou foi o Seu João do Milho. O gelo foi cedido pelo K-Gelo da Rua Heliópolis. Com alho e cebola, vários atacadistas contribuíram: Capanema, Samar, Cantu, Othil, Maju e Campo Vitoria. A Unirede nos deu embalagem. A citrícola Pevicaba doou os baldes que foram acondicionas as cervejas geladas. O kit ficou chique. Os alunos de dança da Academia Eudóxio Filho, lá da Moóca, que fazem a coreografia dos programas infantis do SBT, como a maior cantora mirim da atualidade Giovanna Vampesi, que canta no Carrossel “Palavrinhas Mágicas”. Também veio o Grupo Dih Jackson, que prestou uma homenagem ao rei do pop Michael Jackson. Tais e Eduardo, que cultivam flores em Santo Antonio da Posse, trouxeram o perfume dos jasmins em suas canções. Agradaram o público com os dançarinos mirins que subiram ao palco e criaram uma coreografia muito legal. Após a apresentação, Tais e Eduardo autografaram fotos e o CD de divulgação que

está sendo executado em várias emissoras. O locutor Índio, que narra o rodeiro na cidade de Osasco, comandou a apresentação. E a banda Red Fox fechou a festa com chave de ouro com o melhor country executado no Brasil. Agradecemos a Ceagesp, na figura do nosso gerente senhor Edson Inácio Marim da Silva, que gentilmente nos cedeu o espaço do PBCF. Falando em saudades, o nosso poetinha está completando um centenário e comemorando no céu com a cantora Carmem Miranda, Pixinguinha, Elis Regina e outras feras. E a Nossa Turma, para homenagear os 100 anos de Vinicius de Moraes, vai realizar um Sarau Cultural na Ceagesp: Vinícius, 100 anos de poesia. Já temos a presença confirmada do poeta dos carregadores José Daniel. Após o encerramento haverá o Bingo da Solidariedade, com várias prendas doadas por permissionários: camisas de jogadores famosos autografadas, material esportivo, tablet, geladeira, cesta de frutas, cesta de chocolate e, para entrar no clima, até cesta de natal. Prêmio especial: mil reais na última rodada. O sarau será no dia 10 de novembro, das 10h às 13h.


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

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Agrícola

Descarte de feira livre de São Paulo começa a virar adubo Projeto propõe soluções de coleta e tratamento de resíduos, ajuda a produtores rurais com adubo, diminuição do lixo transportado e aumento da vida útil dos aterros Do Sou Agro

o programa espera economizar 30% com a limpeza das feiras. Há dois meses, uma feira livre em São Mateus, na zona Leste, está servindo como teste para o projeto. Todo lixo orgânico produzido ali deixou de ser enviado para o aterro e está sendo destinado para compostagem no próprio bairro. Os feirantes têm colaborado, descartando os restos de frutas e verduras nas caçambas destinadas à compostagem. A prefeitura pretende também transformar dois dos oito garis, que varrem cada feira, em agentes ambientais, que acompanharão a coleta, o transporte e a compostagem. Cerca de 40 agricultores da zona Leste aguardam o adubo da feira livre de São Mateus, o que pode baratear a produção e o custo final dos alimentos.

A prefeitura de São Paulo pretende mudar o destino de 62 mil toneladas anuais de resíduos orgânicos, que hoje vão para aterros e transformá-los em adubo com um projeto piloto de levar o programa às 900 feiras semanais da capital. Segundo dados da prefeitura, 53% de todo lixo coletado é orgânico e não aproveitado. Caso fosse levado para centrais de compostagem, a emissão de gás metano, que gera efeito estufa, diminuiria 20 vezes. Para viabilizar o projeto, a prefeitura deve criar quatro centrais de compostagem até 2016. Cada uma delas deve custar R$ 500 mil por mês, valor equivalente ao gasto para transportar e enterrar o lixo das feiras livres em aterros. Com isso,

CADEIA

AGROTÓXICO

IEA disponibiliza nova modalidade de busca no site

Anvisa divulga novas regras na utilização do Acefato

Pesquisa por cadeias facilita o trabalho de profissionais do agronegócio

Para simplificar o acesso dos usuários ao site, o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, passa a oferecer a opção de pesquisa por cadeias de produtos. A nova modalidade de busca orienta e facilita o trabalho de profissionais de diversas áreas do setor como, jornalistas, produtores rurais e pesquisadores, além de membros de entidades ligadas ao agronegócio. “A importância dessa nova opção é que, em uma única página, teremos reunidos os trabalhos, dados, mapas, links e outras informações da cadeia em questão, facilitando o acompanhamento por parte do usuário”, explica Paulo José Coelho, pesquisador do Instituto. Para iniciar a busca, o usuário deve acessar o site do Instituto (www.iea.sp.gov.br), procurar “Produtos & Serviços” na barra de menu e selecionar o atalho “Cadeias”. A princípio estão disponíveis as consultas para cana de açúcar e milho. Em breve serão incluídos café e citros.

*Desconto de até 18,5% válido para Montana LS. Consulte para demais veículos Chevrolet os descontos que variam entre 7% a 13%. Todos os veículos Chevrolet estão em conformidade c/o PROCONVE - Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores. A Carrera se reserva o direito de corrigir possíveis erros gráficos. Condição válida até 15/11/2013 ou enquanto durar o estoque. Imagens ilustrativas. Faça revisões em seu veículo regularmente.

Publicada no Diário Oficial da União, a resolução RDC 45/2013, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, proíbe o uso do agrotóxico Acefato em algumas modalidades e culturas. Desde 2008, o órgão tem reavaliado 14 defensivos agrícolas - entre eles o Acefato, por suspeita de carcinogenicidade, toxicidade reprodutiva para seres humanos e efeitos neurotóxicos. A substância não poderá ser aplicada em estufas, de forma manual e costal, nem utilizada em produtos de uso domissanitário e jardinagem. Nas culturas de cravo, crisântemo, fumo, pimentão, rosa e tomate de mesa, também não. Já nas de brócolis, couve, couve-flor e repolho, até que se registrem substitutos, sim. O defensivo continua liberado em outras oito culturas. Além disso, a resolução redefiniu a Ingestão Diária Aceitável (IDA), para 0012mg/kg de peso corpóreo/dia, a mesma utilizada nos Estados Unidos. Quanto à comercialização, o produto deverá ser abrigado em embalagens hidrossolúveis a partir de 31 de janeiro de 2015 e os fabricantes deverão fornecer cartilhas informativas sobre os riscos associados ao pesticida.


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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a servi莽o do agroneg贸cio


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