Jornal Entreposto| Dezembro 2013

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“TENHO ALGUNS CONSELHOS PARA TE DAR!” Noel

Papai


Se apresse

Comece a colocar as suas ideias em prática o mais rápido possível. Isso significa que se você esperar coragem para começar a trabalhar, nunca irá consegui-la. Ao invés disso, comece a batalhar por aquilo que você quer e os resultados farão com que você se sinta motivado.

Não desista

Não espere que o seu objetivo será alcançado logo na primeira tentativa. Talvez isso até possa acontecer, mas não é a regra geral. Se você falhar, tente novamente. Procure identificar seus erros e fique atento para não voltar a repeti-los.

Não tome decisões absolutas

Seja realista. É praticamente impossível desistir de uma coisa que você faz há muito tempo de uma hora para outra. Dizer que você não fará determinadas coisas “nunca mais” não te ajudará a alcançar seu objetivo. Procure, ao invés disso, reduzir a frequência com que você pratica aquela atividade até que você deixe-a de lado completamente.

Compartilhe os objetivos

Contar para alguém quais são as suas ideias de ano novo pode ajudar você a mantê-las vivas. Embora pareça uma coisa simples, mudar comportamentos pode ser bastante complicado e nesse momento é fundamental contar com ajuda.

Não pule etapas

Para concluir com sucesso as suas resoluções de ano novo é preciso paciência. Não tente colocar todas em prática de uma só vez, sem planejamento. Planeje as suas ações, faça um passo a passo.

Feliz Natal e um ótimo Ano Novo!


Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 14 - No 163 | dezembro de 2013 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Popularização da lichia aumenta vendas no ETSP Estudo do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp analisa o desempenho da fruta de origem chinesa que nas últimas duas décadas saiu do patamar de “exótica” e passou a ser conhecida por grande parte da população. Agora, a lichia é um produto sazonal e com razoável volume de comercialização. No entreposto paulistano, a sua comercialização aumentou quase cinco vezes no período de 2002 a 2012 e o mês de dezembro concentra maior oferta. Confira nesta edição a pesquisa completa e informações sobre valoração e embalagens de lichia. PÁGINAS 5 a 8

A evolução da produção agrícola no sudoeste paulista

Mercado| PÁGINA 18

Artigo |

PÁGINA 10

Embrapa|PÁGINA 24

Balanço do mercado Uma praga do campo que afeta a brasileiro de flores vida na cidade em 2013

Para muitos atacadistas, a expectativa é que dezembro apresente um aumento de mais de 10% nas vendas em relação aos outros meses. Os alimentos mais procurados no período natalino são as frutas frescas como as uvas importadas, pêssegos e amei-

PÁGINA 16 Índice Ceagesp - novembro 2013

Geral Alta

0,94 %

Frutas Alta

1,96 %

Legumes Baixa -6,29%

Sakata promove dia de campo de horticultura

Dicas para uma ceia de Natal mais saudável

Comércio de frutas deve crescer 30% em dezembro, aponta estimativa da estatal

PÁGINA 2

Entreposto do Livro tem opções para entreter as crianças

Evento |

PÁGINA 20

Ceias tropicais impulsionam vendas na Ceagesp

Cresce a importação de pêssego pelo Brasil na última década

Cultura |

BCA |

Verduras Alta

4,93%

xas nacionais e nectarinas. De acordo com a seção de economia e desenvolvimento da estatal, o volume total comercializado de frutas deve ultrapassar 300 mil toneladas no último mês do ano. Página 4

Diversos Baixa 0,01%

Pesquisa|PÁGINA 19

Pescado Alta

1,72%


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Cultura

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Entreposto do Livro tem opções para entreter as crianças nas férias Dirigido aos usuários e visitantes da Ceasa paulistana, o projeto cultural Entreposto do Livro estimula a leitura entre os frequentadores do mercado atacadista. Formado através de doações, o acervo do bolsão de livros não para de crescer.

São vários gêneros disponíveis e este mês o Grupo de Mídia Entreposto sugere a Coleção Disney-Pixar para Ler e Ouvir. São 14 livros com ilustrações que parecem saltar das páginas e reúnem histórias que os pequenos adoram ver no cinema. O CD que acompanha cada obra traz os efeitos sonoros e as vozes dos personagens. A coleção é bastante diversificada: tem clássicos como Branca de Neve e os Sete Anões e títulos mais contemporâneos como UP Altas Aventuras e Ratatouille. É uma ótima opção para entreter as crianças durante o período das férias.

Os livros podem ser retirados de segunda a sexta-feira em horário comercial, no escritório do Jornal, localizado no Edifício Sede II, ao lado da farmácia. Basta se cadastrar na recepção mediante apresentação de documento com foto.

*Lembramos que a Sala de Cultura Ceagesp, localizada no segundo andar do prédio da diretoria e mantida através do trabalho voluntário do funcioná-

Entreposto do Livro Telefone: (11) 3832-5681 contato@entrepostodolivro.com.br

rio José Carlos Cruz, possui um grande acervo literário e também disponibiliza livros para empréstimo seguindo regulamento interno. Sala de Cultura Ceagesp José Carlos Cruz Telefone: (11) 3643-3921 jpaula@ceagesp.gov.br

PauloFernando FernandoCosta Costa//Carolina Carolinade deScicco Scicco// Paulo Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues Letícia Doriguelo Benetti / Paulo César Rodrigues

Anita Gutierrez/ Gabriel Bitencourt / Hélio Junqueira e Marcia Peetz/ Manelão

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Fim de Ano

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Vendas em alta animam atacadistas Alimentação saudável e festas de fim de ano impulsionam comércio de frutas na Ceagesp Um cenário traçado em 2010 pelo projeto Brasil Food Trends 2020, feito pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apontava que o alimento da próxima década seria mais saudável, saboroso, de preparo fácil e rápido, de qualidade assegurada e sustentável. A previsão tem se confirmado, nos primeiros três anos após a pesquisa, conforme indicam estudos realizados em 2013. Ou seja, o brasileiro tem, de fato, se alimentado de forma mais saudável. A pesquisa também apontou que os brasileiros estão mais criteriosos na hora de consumir e preferem alimentos mais saudáveis e que proporcionem qualidade de vida, benefícios à saúde e bem-estar. Segundo o estudo a procura por produtos mais nutritivos, por exemplo, aumentou em 32%. E com a chegada do período de festas de fim de ano, a demanda por frutas frescas e desidratadas aumenta no País. Nessa época, os alimentos mais procurados no entreposto paulistano da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Pau-

lo (Ceagesp) são as uvas importadas, pêssegos e ameixas nacionais, nectarinas importadas, entre outras. Frutas exóticas, como a pitaya, romã e lichia, entre

outras, também são bastante cotadas para o período natalino. Para muitos atacadistas da estatal, a expectativa é que dezembro apresente um aumento de mais de 10% na

comercialização em relação aos outros meses. “Em dezembro do ano passado, nossas vendas cresceram 13%. Atualmente estamos nos preparando para

um aumento de 15%”, conta o gerente da importadora e exportadora de frutas Benassi, Júlio Cezar Zanardi. Segundo Vagner Giovane, vendedor da Caxiense, há uma expectativa de grande movimentação na Ceagesp na semana do dia 16 de dezembro, a última antes Natal. “É nesse período que temos um grande aumento nas vendas. A principal delas é o comércio de frutas exóticas, como a lichia e o figo, por exemplo”, diz. Para ele, a expectativa é grande, pois é previsto que esse nível seja mantido até os meses de janeiro e fevereiro de 2013. “Algumas vezes esses meses são tão lucrativos que chegam a superar as vendas do mês de dezembro”, acrescenta. De acordo com o chefe da seção de economia e desenvolvimento da Ceagesp, Flávio Godas, o volume total comercializado de frutas deve ultrapassar as 300 mil toneladas em dezembro. “Durante esse período, o setor cresce cerca de 30% em relação aos outros meses do ano. Apesar de haver procura por frutas exóticas, o montante comercializado não chega a 1% do total de frutas”, informa o economista.

Mostra temporária revela a trajetória da OIC e sua importância para o mercado cafeeiro O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o governo do Estado de São Paulo promovem a exposição “50 anos da Organização Internacional do Café”. A abertura do evento foi realizada no dia 10 de dezembro, às 19h, no Museu do Café, antigo edifício da Bolsa Oficial de Café, em Santos, SP, e contou com as participações do secretário de Produção e Agroenergia do Mapa, João Alberto Paixão Lages, e do diretor do Departamento do Café da pasta, Janio Zeferino da Silva. A mostra ficará em cartaz até

o dia 31 de março de 2014 e tem como objetivo destacar a importância e a trajetória da entidade ao longo dos anos. Nestes últimos 50 anos, a Organização Internacional do Café (OIC) se tornou um órgão de cooperação entre países produtores e consumidores de café, com representatividade no cenário mundial. Desenvolveu papel fundamental na estabilidade do mercado, por meio da administração dos Convênios Internacionais do Café. Hoje, trabalha com o objetivo de fortalecer o setor ca-

feeiro global e promover sua expansão sustentável, oferecendo melhores condições aos participantes do agronegócio e atuando inclusive em prol de pequenos produtores de países em desenvolvimento. A exposição trará itens que estão diretamente relacionados com a atuação da indústria cafeeira, como sacas de café de diversos países e convênios assinados por representantes de várias nações. A mostra também irá disponibilizar trechos de entrevistas do projeto da história oral do Museu, em áudio e vídeo, de personali-

dades ligadas à corretagem e exportação e, como destaque, o depoimento do ex-ministro Delfim Neto. Complementando o discurso narrativo, imagens de marcos históricos - como a quebra da Bolsa em 1929, propagandas do Instituto Brasileiro do Café, Guerra do Vietnã, entre outros - contextualizam pelo viés político e econômico a trajetória da OIC no século XX. Os visitantes poderão aprender mais sobre o mercado e os benefícios do café por meio de ações educativas. Para atender à demanda de turistas

e moradores da região, o Museu do Café passa a funcionar também às segundas-feiras até fevereiro. Excepcionalmente neste período do ano, o Museu funcionará de segunda a sábado das 9h às 17h, e aos domingos das 10h às 17h. Os ingressos custam R$ 5, estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h. Outras informações estão disponíveis no site www.museudocafe.org.br.


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Mercado e Produção

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I. Lichia: evolução do volume, toneladas, comercializado I. Lichia: evolução do em volume, em toneladas,comercializado na Ceasa na Ceasa de de São são Paulo Paulo 2.500 2.000 1.500 1.000 500

Evolução da comercialização de lichia na Ceagesp Ludmila Bodnar / Idalina L. Rocha Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp A lichia é da família botânica Sapindaceae, que tem outras espécies importantes como o Guaraná (Paullinia cupana), Pitomba (Talisia esculenta), Longan ou Olho de Dragão (Euphoria logan), Rambutan ou Rambutão (Nephelium lappaceum) e Pusalan (Nephelium mutabile). A lichia é originária da região que engloba o sul da China e o norte do Vietnã. O primeiro registro de seu consumo data de 86 a 140 a.C. na dinastia Han e do seu cultivo mais de 3000 anos atrás. Ela foi introduzida no Brasil em 1810 pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde se adaptou bem. O cultivo para fins comerciais só teve início a partir de 1970 em Minas Gerais, São Paulo e norte do Paraná. A lichieira é uma planta de clima subtropical, com faixa de temperatura ideal entre 18 e 35°C, Ela requer um período frio antes da floração, sendo sua produção prejudicada por falta de frio na época correta. Seu florescimento ocorre entre junho e setembro e colheita entre dezembro e janeiro, a partir do quinto ano. Algumas variedades apresentam também alternância de produção, provocando drásticas oscilações de oferta do produto. Seu porte é grande podendo alcançar entre 10 e 15m de altura, com ramos direcionados para o

solo e copa semelhante à mangueira. Ela produz nos ramos do ano – uma das causas da alternância de produção, numa inflorescência do tipo panícula. O fruto é uma baga subglobosa, apiculada, com 1-2 sementes grandes cobertas por arilo fino (polpa), suculento e translúcido, de sabor acidulado. A casca apresenta coloração verde quando imatura e vermelha brilhante quando madura. As variedades produzidas no Brasil são a Bengal, Brewster e Americana, sendo a primeira a mais produzida e a última a de menor expressão. Na Ceagesp paulistana – a Ceasa de São Paulo, a lichia é comercializada em cumbuca e a granel com ramos. Ela é valorizada pelo seu tamanho e coloração. O volume total comercializado de lichia na Ceasa de São Paulo, levantado pela SEDES – Seção de Economia e desenvolvimento da Ceagesp, cresceu 181 toneladas em 2002 para 974 toneladas em 2012 – quase cinco vezes. O ano de maior produção foi 2009 com 2.595 toneladas – um volume 13 vezes superior ao de 2000, como mostra o gráfico I a seguir. Nos primeiros anos da série a alternância de produção é pouco visível por causa do aumento de produção. Podemos observar a alternância de produção a partir de 2008 – que se confirmada vai determinar uma maior oferta em 2013 que em 2012.

0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 A sazonalidade de oferta da lichia é muito alta – com grande concentração nos meses de dezembro e janeiro, como mostra o gráfico II. A oferta em outubro foi maior em alguns anos como pode ser observado no gráfico III.

II. Participação % média de cada mês na de lichia, II. Participação % média deoferta cada mês na oferta de lichia, na na Ceasa de São Paulo, de 200 a 2012 Ceasa de São Paulo, de 2000 a 2012 60 50 40 30 20 10 0 1

2

3

4

5

6

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8

9

III. Evolução da distribuição % da oferta nos meses de dezembro, janeiro e novembro, nos anos de 2002 a2012

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Qualidade

JORNAL ENTREPOSTO

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O gráfico da Figura 2, onde estão as quantidades comercializadas de 2007 a 2012, e ressalta a concentração de oferta no mês de dezembro e também a alternância na produção.

Figura 2. Volume comercializado de lichia na Ceagesp de São Paulo 2.000 1.800

Volume comercializado (t)

1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200

out/12

jul/12

abr/12

jan/12

jul/11

out/11

jan/11

abr/11

out/10

jul/10

abr/10

jan/10

jul/09

out/09

jan/09

abr/09

out/08

jul/08

abr/08

jan/08

out/07

jul/07

jan/07

abr/07

0

Mês/Ano

No gráfico da Figura 3 está a relação média entre os anos de 2007 e 2012 de sazonalidade versus os preços praticados no atacado. Normalmente a fruta obtém preços muito elevados nos meses de outubro e novembro, embora as quantidades comercializadas nestes meses sejam ínfimas. Os preços foram todos atualizados para outubro de 2013 pela IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas.

Figura 3. Índice de sazonalidade versus preços

Sazonalidade Média (variação %/média mensal anual)

Gabriel V. Bitencourt Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Nas últimas duas décadas, a lichia (Litchi chinensis Sonn.) é o maior exemplo de uma fruta que saiu do patamar de “exótica” para o de fruta sazonal com razoável volume de comercialização e conhecimento por grande parte da população. Originária da China e pertencente à família Sapindaceae a fruteira está presente no Brasil desde o início do século XIX quando passou a fazer parte da coleção do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Mas o cultivo comercial só iniciou no final dos anos 1970 quando o Senhor Ikuto Maeda passou a cultiva-la no município de Bastos no Estado de São Paulo. Praticamente toda a produção nacional é baseada na Bengal, variedade originária da Índia que tem como características a maturação precoce e a irregularidade nos florações.

Isto explica a alternância entre anos bons e ruins e a fortíssima concentração da oferta. Entre as CEASAS que fazem parte do PROHORT (Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro) da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) a Ceagesp lidera com grande folga a comercialização de lichia conforme se pode ver na Tabela 1. Isto faz da Ceagesp um excelente lugar para o estudo da comercialização. Segundo o relatório Análises e Estatísticas da Comercialização na Rede de Entrepostos - 2012 da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp (SEDES) a lichia obteve na Ceagesp de São Paulo a vigésima nona colocação tanto em volume de comercialização como em movimento financeiro. Na Tabela 2 e na Figura 1 estão os volumes comercializados entre 2007 e 2012. Praticamente apenas três unidades da Federação abastecem a Ceagesp de lichia. A Figura 1 evidencia a alternância anual de produção da ‘Bengal’.

700

25,00

600 20,00

400

15,00

300 10,00

200

PREÇO (R$/KG)

500 ÍNDICE DE SAZONALIDADE

Lichia na Ceagesp de São Paulo

Preço Médio (R$/kg)

100 5,00 0 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

-100

Jun

Jul MÊS

Ago

Set

Out

Nov

Dez 0,00

E finalmente no gráfico da Figura 4 está a evolução do preço médio de atacado ponderado anual, também atualizado pelo IGP-DI, para a lichia no mercado da Ceagesp.

Figura 4. Preço Médio Anual Ponderado


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Tabela 2. Volume comercializado (em toneladas) de lichia na Ceagesp de São Paulo

Tabela 1. Volume de lichia comercializada nas Ceasas brasileiras em 2012 Quantidade (kg)

CEASA CEAGESP- UNIDADE GDE SAO PAULO CEASA CAMPINAS CEASA-MG UNIDADE GRANDE BH CEASA-RJ UNIDADE GRANDE RIO CEASA-ES UNID GRANDE VITORIA CEASA-PR UNID. GRANDE CURITIBA CEASA-PR UNID. LONDR CEASA-MG UNIDADE UBERLANDIA CEASA-PR UNID. MARINGA CEASA-MG UNIDADE VARGINHA CEASA-MG UNID CARATINGA CEASA-MG UNIDADE JUIZ DE FORA CENTRAL ABAST. PATOS DE MINAS CEASA-MG UNIDADE UBERABA CEASA-MG UNIDADE GOV.VALADARES CEASA-MG UNIDADE ITAJUBA CEASA-ES UNID C. DE ITAPEMIRIM Total

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Qualidade

dezembro de 2013

Participação (%)

1.838.504 104.872 97.676 75.880 26.241 10.719 7.194 3.252 1.884 1.630 1.300 728 580 450 330 113 9

84,67 4,83 4,50 3,49 1,21 0,49 0,33 0,15 0,09 0,08 0,06 0,03 0,03 0,02 0,02 0,01 0,00

2.171.362

100,00

Fonte: PROHORT (2013)

Principais variedades

Unidade da Federação/Ano

2007

2008

2009

2010

2011

2012

São Paulo Minas Gerais Paraná Outros

614 174 229 10

1.210 214 504 16

1.796 216 544 39

1.164 251 306 8

1.461 435 492 29

1.224 326 270 19

1.027

1.944

2.595

1.729

2.417

1.839

Total Fonte: Ceagesp /SEDES (2013)

Figura 1. Volume comercializado de lichia na Ceagesp de São Paulo 3.000

2.500

Volume comercializado (t)

JORNAL ENTREPOSTO

2.000

1.500

1.000

500

Ilustrações Bertoldo Borges Filho Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

0 2007

2008

2009

2010

2011

2012

Ano São Paulo

Na Tabela 3 estão os municípios mais importantes no fornecimento de lichias à Ceagesp. No Estado de São Paulo

Minas Gerais

Paraná

a produção está diversas em municípios de várias regiões, enquanto no Paraná está muitíssimo concentrada em Carló-

Outros

polis, tanto é que o estado da Região Sul é o terceiro colocado, mas o município é o primeiro colocado.

Tabela 3. Volume comercializado (em toneladas) de lichia na Ceagesp de São Paulo

Variedade: Bengal Formato: Cordiforme Coloração da casca: Vermelho brilhante Polpa: firme

Variedade: Brewster Formato: Elíptico Coloração da casca: Vermelho brilhante Polpa: macia

Município

UF

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Participação em 2012

Carlópolis Rio Paranaíba Paranapanema Santa Isabel Taquaritinga Itapetininga Bastos Monte Sião Iguape Conchal Santópolis do Aguapeí Elói Mendes Mogi Mirim São João da Boa Vista Porto Feliz Guatapará Atibaia Pariquera Açú Patrocínio Registro Outros

PR MG SP SP SP SP SP MG SP SP SP MG SP SP SP SP SP SP MG SP

181 0 1 41 34 13 18 17 11 8 0 27 16 23 4 8 24 2 2 5 595

335 8 17 38 124 14 87 36 25 9 0 21 12 9 19 38 47 7 0 11 1085

355 4 34 44 107 15 81 23 35 9 1 43 21 22 54 0 85 5 0 10 1648

197 27 30 59 9 23 70 45 20 6 32 22 11 8 34 17 59 12 9 9 1031

261 176 17 38 37 32 30 32 24 15 28 62 65 27 25 27 47 10 20 12 1432

185 121 92 68 60 59 55 51 50 49 46 45 45 44 39 36 34 30 29 26 674

10,07 6,61 4,99 3,71 3,26 3,23 2,99 2,75 2,70 2,69 2,52 2,47 2,46 2,39 2,10 1,93 1,86 1,62 1,57 1,42 36,67

1.027

1.944

2.595

1.729

2.417

1.839

100,00

Total Fonte: Ceagesp/SEDES (2012)


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Qualidade

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Atributos de valoração da lichia segundo os atacadistas do entreposto paulistano Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp A comercialização de lichia está crescendo muito e o fruto está se tornando imprescindível no cardápio das festas de final de ano, especialmente no Natal. A pesquisa feita em dezembro de 2010 levantou junto aos atacadistas de lichia os principais problemas na comercialização e os atributos que valorizam e desvalorizam a lichia. A boa aparência visual do fruto, em especial a sua coloração avermelhada, o tamanho dos frutos e a embalagem são atributos que valorizam a lichia. A coloração mais valorizada é o vermelho intenso - quanto maior o cobrimento da coloração maior o valor. Frutos esverdeados e imaturos são desvalorizados. Frutos graúdos são mais valorizados. O tamanho mínimo é 25 mm de diâmetro. O escurecimento da casca, processo comum na pós-colheita desvaloriza a lichia, apesar da manutenção do sabor. A lichia é embalada a granel com os frutos em galhos (podendo a folhagem estar presente ou ausente) e em cumbucas em caixas de papelão - com 4 ou 8 cumbucas. As cumbucas são de plástico podendo ser protegidas pela sua própria tampa ou por papel

insulfilme, que é considerado a melhor escolha pelos atacadistas, pois permite uma boa visualização do fruto. O fruto a granel é mais procurado por feiras livres e varejões e os frutos em cumbuca por supermercados. Os frutos a granel são percebidos como de maior durabilidade, pelo menor manuseio e preservação do fruto junto com seus ramos.

O escurecimento do pericarpo (casca) e a ocorrência de manchas escuras localizadas, muitas vezes em decorrência de chuva, são atributos importantes de desvalorização. Muitas vezes, o escurecimento acontece no caminho para o varejista, o que pode gerar uma recusa ao produto. A refrigeração ainda não é uma técnica bem estabelecida

para a lichia – sendo o transporte refrigerado uma causa do escurecimento. Trabalhos científicos mostram o escurecimento e a desidratação do pericarpo como os principais defeitos pós-colheita da lichia. O escurecimento enzimático do pericarpo é um dos primeiros sinais visíveis do declínio da qualidade e acontece nos primeiros dias após a co-

Embalagens de lichia Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Em dezembro de 2010 um levantamento catalogou as diferentes embalagens utilizadas na comercialização da lichia na Ceasa de São Paulo. Foram também coletadas, junto aos principais atacadistas de lichia, informações sobre as embalagens. Aqui estão as dimensões das embalagens, peso líquido médio e as características internas e externas das embalagens. O papelão ondulado é a matéria prima de todas as embalagens secundárias de lichia. O peso líquido varia muito. Encontramos caixas com 2, 3, 4 e 4,5 kg na mesma época de comercialização. Existem embalagens a granel, em que os galhos dos frutos, com ou sem folha, são conservados, e embalagens com frutos em cumbucas com tampa ou filme. As dimensões das embalagens externas (secundárias) são semelhantes – em torno de 39cm de comprimento, 26 cm de largura

e 12 cm de altura – dimensões que não permitem a paletização. Existem embalagens com e sem furos de ventilação. A maior parte das embalagens catalogadas (69%) – 9 entre 13 embalagens- possuem furos laterais de ventilação, em média 2 furos.

A maior parte das embalagens possui alguma identificação do produto e do produtor- 10 entre 13 (77%). Duas das 10 embalagens só apresentavam adesivo ou carimbo. Somente uma das embalagens catalogadas foi utilizada para dar informações mais detalhadas sobre o produto

lheita, causado provavelmente pela desidratação do pericarpo (casca). Um dos maiores problemas é a colheita na hora certa. A lichia é uma fruta não climatérica e deve ser colhida com conteúdo mínimo de sólidos solúveis 18º Brix e coloração totalmente vermelha, com o fruto sem áreas verdes. A vida de prateleira da lichia é curta, em torno de 3 a 4 dias sem tratamentos térmicos, o que limita a sua destinação para a indústria. Os atacadistas entrevistados consideram que o consumidor de lichia está conhecendo melhor o produto a cada ano. A maior produção e o menor valor de venda democratizará o acesso a lichia, um produto antes considerado como ‘elitizado’, agora popular e uma fruta obrigatória nas festividades do Natal e Ano Novo. De fato o preço da lichia vem diminuindo no decorrer das safras isso contribui em grande parte para uma maior comercialização do fruto em diversos públicos consumidor. A comercialização da lichia congelada e beneficiadas são iniciativas que ajudam a aumentar o consumo do fruto e manter a sua oferta um período maior do ano. Elas acontecerão com o aumento da produção de lichia no Brasil.

como sua origem, valor nutricional, receita culinária, número de telefone e site para o Serviço de Atendimento ao Consumidor e código de barras. A identificação do produtores foram observadas em 12 das 13 embalagens, porém algumas incompletas: sem o endereço do produtor ou a data de embalamento do produto. A presença destas informações proporcionaria uma maior segurança e confiabilidade ao consumidor de lichia. A maioria das embalagens internas (primárias) são as cumbucas de plástico com filme - com 4, 6 e 8 unidades. Os frutos embalados em cumbucas com filme são considerados melhores na comercialização, por prevenir a perda de água que desencadeia o seu escurecimento. A colocação em cumbuca diminui a movimentação dos frutos, dentro da embalagem, e a ocorrência de defeitos mecânicos do fruto. Os selos de identificação, de produtores ou atacadistas, foram levantados em 5 das 13 embalagens externas (secundárias). Ele contribui para a garantia de rastreabilidade e a conquista da confiança do consumidor. Os produtores e atacadistas de lichia precisam estabelecer em consenso, os tipos de embalagens e os seus pesos respectivos e as normas de classificação por tamanho e qualidade.


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dezembro de 2013

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Artigo

dezembro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

Balanço da floricultura brasileira em 2013 PAULO FERNANDO

Antonio Hélio Junqueira * Marcia da Silva Peetz ** O mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais, movimentou na ponta do consumidor, em 2012, R$ 4,8 bilhões e, em 2013, deverá atingir 5,2 bilhões. Em termos de Valor Bruto da Produção (VBP) – ou seja, valor efetivamente recebido pelos produtores – atingiuse, em 2012, R$ 1,37 bilhão, enquanto que para 2013, as expectativas é a de que este venha a alcançar R$ 1,5 bilhão, sendo a maior parte desse valor realizado através da participação de cooperativas, as quais concentram perto de 40% de toda a comercialização das mercadorias setoriais, em nível de atacado. No período 2008-2011, a floricultura comercial brasileira cresceu, em média, 8% a 10% ao ano nas quantidades ofertadas no mercado e entre 12% a 15% ao ano, em valor de vendas. Em 2012, o mercado cresceu entre 7% e 8%, em quantidade e entre 12% a 15% em valor comercializado. Para 2013, as expectativas são de crescimento de cerca de 7% a 8%. Essa menor taxa projetada de crescimento deve-se à estabilização dos principais fatores socioeconômicos e logísticos que estimularam e suportaram o crescimento dos últimos anos. Ou seja, observa-se já no mercado uma relativa acomodação dos índices de crescimento econômico e de mobilidade social frente ao desempenho recente, um aumento dos índices inflacionários e de endividamento dos consumidores, ao mesmo tempo em que se desaceleram os fenômenos de abertura de novos mercados e canais de comercialização, como os super e hipermercados, que já respondem por cerca de 10% de toda a comercialização varejista de flores e plantas ornamentais no Brasil. A floricultura empresarial brasileira é essencialmente focada no consumo interno, para o qual dirige mais de 98% dos valores anuais de comercialização. Tal fato vem reduzindo os impactos negativos da crise econômica e financeira mundial sobre o desempenho da atividade no Brasil, sustentando o bom desempenho recente da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais nacional. O Estado de São Paulo continua respondendo pela

principal parcela da atividade econômica da floricultura, concentrando perto de 53% de todo o Valor Bruto da Produção gerado no País. Em segundo lugar fica o Estado de Minas Gerais, com 13 % de participação, seguido por Rio Grande do Sul (5%), Santa Catarina e Rio de Janeiro. Segundo levantamentos de campo da empresa de inteligência de mercado, Hórtica Consultoria e Treinamento, a floricultura brasileira ocupa atualmente uma área de 12 mil hectares, explorada por 8 mil produtores. Cultiva cerca de 350 espécies e cultivares nativas e exóticas adaptadas. A distribuição da área cultivada com flores e plantas é de 50,4% para mudas; 13,2% para flores envasadas; 28,8% para flores de corte; 3,1% para folhagens em vasos; 2,6% para folhagens de corte e 1,9% para outros produtos da floricultura. As principais espécies de flores de corte cultivadas no Brasil, são: rosas (30%), crisântemos (15%), lisianthus (12%), lírio (7%) e gérbera (6%). Quanto às flores e plantas envasadas, as cinco principais espécies são: orquídeas (14%), lírio (7,5%), crisântemo (7%), kalanchoe (6,4%), violeta (6%) e bromélia (4,5%). Para o segmento de paisagismo e jardinagem, as plantas ornamentais mais comercializadas são: árvores,

arbustos e palmeiras (53%), seguidas por outras plantas de pequeno e médio portes em geral (35%), forrações (8%) e outras (4%). O consumo médio per capita brasileiro de flores e plantas ornamentais está atualmente estimado em R$ 25,00, sendo as plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem responsáveis por 48,6% desse valor, seguidas pelas flores de corte (29,9%), flores e plantas envasadas (20,0%) e folhagens de corte (1,5%). Cabe destacar que ocorrem diferenças regionais importantes no consumo, sendo que o Distrito Federal concentra o maior consumo per capita do País (R$ 42,12). Esses índices são considerados ainda baixos frente aos observados em grande parte dos países com mercados mais desenvolvidos e, assim, sinalizam para um importante potencial de expansão futura do mercado consumidor. Uma das características dos compradores de flores e plantas ornamentais no Brasil é a de concentrar fortemente as suas demandas em poucas datas específicas ao longo do ano, com grande destaque para Dia das Mães (no segundo domingo do mês de maio), Dia dos Namorados (12 de junho), Natal (25 de dezembro) e Réveillon (31 de dezembro), Dia Internacional

da Mulher (8 de março), Dia da Secretária (30 de setembro) e Dia dos Pais (segundo domingo do mês de agosto), entre poucas outras oportunidades. Na Cooperativa Veiling Holambra, a participação das principais datas de consumo são as seguintes: Dia das Mães: 9,1%; Natal e Final de ano: 7,3%; Finados: 4,8%; Dia Internacional da Mulher: 4,4% e Dia dos Namorados: 4,2%. No tocante ao comércio internacional de flores e plantas ornamentais, a perspectiva para o fechamento de 2013 das exportações brasileiras mantém a tendência de queda progressiva observada ao longo dos últimos cinco anos. Até outubro de 2013, o volume vendido para o exterior somou US$ 21,3 milhões, e a expectativa até o final do ano é totalizar US$ 23,4 milhões. Em 2012, as exportações foram de US$ 26 milhões. A estimativa é baseada no histórico do setor que, nos últimos anos, vem caindo por conta da crise internacional. As importações também devem se manter estáveis. Até outubro, o Brasil havia comprado US$ 35 milhões do exterior, e espera-se que, até o final do ano, ainda se importem mais US$ 6 milhões, o que superaria um pouco o ano passado, quando as importações totalizaram US$ 39,5 milhões. No primeiro semestre

de 2013, o saldo da balança comercial brasileira no setor ficou negativo em US$ 13,1 milhões, sendo que as importações somaram quase o dobro das exportações. As exportações mundiais de plantas vivas e floricultura movimentaram, em 2012, US$ 21,1 bilhões, com 170 países exportando e 210 importando. Na conjuntura exposta neste artigo, observa-se que a floricultura empresarial brasileira mantêm-se saudável, produtiva e crescente, incorporando importantes benefícios socioeconômicos. A todos os agentes dessa valiosa cadeia produtiva, enviamos nossos melhores votos de sucesso e prosperidade para 2014, na esperança de mantermos juntos o nosso caminhar em prol do seu contínuo desenvolvimento e aprimoramento técnico, comercial, ético e, acima de tudo, humano.

* Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

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Decoração natalina

dezembro de 2013

Plantas e enfeites natalinos aquecem comercialização na feira de flores Pinheiro e bico-de-papagaio são as opções mais procuradas no mercado nesta época do ano A poucos dias da chegada da mais tradicional data comemorativa do ano, clientes de todo o Brasil – e de outros lugares do mundo também - se espremem nos corredores da feira de flores da Ceagesp procurando por adornos típicos de Natal. O pinheiro de natal e a flor-bico-de papagaio são as opções mais desejadas. Entretanto, as lojas que comercializam enfeites e produtos de decoração no final do pavilhão MLP também ficam congestionadas durante o mês de dezembro. Na pedra da empresa Pituca Flores, desde o final de novembro, as poinsétias, popularmente chamadas de bico-de-papagaio ou flor de natal, acabam antes das nove da manhã. Os funcionários explicam que nesta época os clientes já chegam focados. A maioria está à procura de plantas e flores que, no ambien-

te, possam ser combinadas com os enfeites natalinos. Pinheiros de natal estão por toda a parte e existem sugestões a partir de R$ 6,00. As espécies mais indicadas são as tuias, as kaizucas e os ciprestres. Este ano, a Flora

Yamauchi inovou e está disponibilizando pequenos pinheiros enfeitados com caixinhas de presentes e fitas coloridas. “Minha mãe sempre teve floricultura e eu resolvi expor algumas árvores já decoradas. Acaba sendo

uma opção prática, tanto para levar para casa quanto para presentear”, sugere Yugo Yamauchi, comerciante. O setor da feira de flores que vende embalagens, vasos, velas, enfeites e matérias-pri-

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mas para decoração e paisagismo acaba pegando carona no movimento de final de ano e acompanha o crescimento na comercialização. A loja Albano, que comercializa artigos para decoração, está realizando a promoção Leve 12 Pague 10. São diversas opções entre bonecos de papai Noel, guirlandas e enfeites de porta. Além disso, a Albano produz embalagens especiais para acomodar e embelezar flores e plantas. São vasos, sacolas, caixas, cachepots e mais uma infinidade de acessórios para floristas e artistas em geral. A feira de flores da Ceagesp funciona às terças e sextas-feiras, das 5h às 10h no pavilhão MLP. Maiores informações e preços dos produtos mais vendidos podem ser encontrados no site da companhia: www.ceagesp.gov.br.

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Mensagens dos Permissionรกrios e amigos do Entreposto!





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Sakata Field Day

dezembro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

Sakata promove maior dia de campo na América do Sul Evento reúne novas cultivares de hortaliças em uma área plantada de 10 mil metros quadrados DANIELLE FORTE

Carolina de Scicco A produtora de sementes de hortaliças e flores, Sakata Seed Sudamerica, recebeu profissionais do setor na Estação Experimental Sakata, em Bragança Paulista, São Paulo, para apresentar as novidades do seu portfólio. Durante a última semana do mês de novembro, os visitantes puderam conhecer 80 variedades de hortaliças que estavam expostas em uma área de mais de 10 mil metros quadrados. O Sakata Field Day é considerado o maior dia de campo de horticultura da América do Sul. Marcello Massayuki Takagui, diretor de vendas, explica que este é o momento de expor produtos e estratégias com o objetivo de oferecer as melhores soluções para agregar valor à produção. “Buscamos reforçar também nossa liderança em alguns dos principais segmentos de mercado como o tomate tipo Débora, pimentão, alface, brócolis, rúcula e outros”, complementa. A produtora domina o mercado de brócolis de cabeça única no Brasil e no mundo. Oitenta por cento das sementes dos brócolis consumido no país é da Sakata. Quando o mundo descobriu as propriedades anti-cancerígenas do vegetal, a empresa já trabalhava no melhoramento da hortaliça e aperfeiçoou suas características até chegar na cultivar, a preferida dos consumidores. A Sakata possui estações de pesquisa espalhadas pelos cinco continentes e investe no melhoramento genético das sementes para obtenção de hortaliças com mais sabor, maior concentração de nutrientes, alta produtividade e maior resistência a doenças. “A pesquisa que a Sakata faz atualmente é muito focada em agregar resistência às doenças, o que reduz a necessidade do uso de agrotóxico e promove a segurança alimentar”, garante Marcello. Para auxiliar o produtor rural, a empresa mantém uma rede de distribuição e assistência técnica capaz de orientar a melhor aplicação de seus produtos no campo. Para Takagui, 2013 foi um período atipicamente positivo para a agricultura brasileira. Picos de preços registrados durante o ano garantiram bom faturamento na comercialização.

O ânimo do setor refletiu no público do Sakata Field Day. “O mercado está bastante aquecido. Tanto que nosso dia de campo nunca recebeu tanta visita de agricultores quanto este ano”, comemora o diretor. Melhoramento genético

Das 80 variedades de hor-

taliças apresentadas no dia de campo, 15 são lançamentos. Para se alcançar a cultivar perfeita, que agrade produtores e consumidores, são dispensados de 10 a 15 anos de pesquisa em cada uma delas. Os visitantes do Sakata Field Day participaram de visitas técnicas monitoradas e puderam conhecer as diferenças entre os

produtos que cada semente vai gerar. “Hoje em dia o agricultor prefere diversificar a produção e plantar mais de uma variedade do mesmo vegetal”, explica Takagui. A Sakata lidera o mercado de alface crespa na Ceagesp e neste ano apresentou mais uma novidade. A alface Thaís, mais crespa e brilhante, apresenta maior resis-

tência às doenças causadas pela deficiência de cálcio e variações brusca do tempo. As folhas também são mais robustas e agrada aos brasileiros, que gostam de “comer com os olhos”. Outro produto inédito que deve chegar nos pavilhões do entreposto em janeiro é o tomate Sweet Heaven. Do tipo grape, os tomatinhos possuem alto potencial produtivo, ótima coloração e elevado teor de brix. Preocupada com a segurança na produção, a Sakata desenvolveu e está lançando a abobrinha Alanis. Resistente a diversos vírus, reduz-se a aplicação de inseticida no cultivo. Além disso, possui maior durabilidade no período pós-colheita e mantém aparência firme e brilhante por mais tempo.

Sakata lança girassol sem pólen

Planta que não produz sementes tem mais resistência no transporte e pós-colheita

A nova série de girassol da Sakata, Vincent, se diferencia das demais pela ausência de pólen, ou seja, não há produção de sementes. A principal vantagem desta característica é a durabilidade da planta depois de colhida, viabilizando seu uso no setor de paisagismo e decoração. Nelson Mamoru Sakamoto, engenheiro agrônomo, acredita que o girassol é uma flor que o brasileiro se identifica bastante. “A planta deverá ser muito usada nos eventos ligados à copa do mundo de futebol. A Sakata decidiu criar um opção para os agricultores também aproveitarem os benefícios desse tipo de evento”, explicou. Além da produção das sementes, a empresa está desenvolvendo uma ação para orientar os produtores no cultivo e também ensinam sugestões de uso em decoração, arranjos e paisagismo. “As flores duram cerca de 14 dias após a colheita, dependendo dos cuidados aplicados. Evitar o contato das folhas com a água do vaso prolonga a durabilidade”, exemplifica Sakamoto. A série foi batizada com o nome de Vincent em homenagem ao holandês Vincent Willen van Gogh.


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a servi莽o do agroneg贸cio

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CQH

JORNAL ENTREPOSTO

dezembro de 2013

Um jornal a serviço do agronegócio

ARTIGO

A cultura do pessegueiro no Brasil A cultura do pêssego apresentou nas ultimas décadas vários ciclos de expansão e retração das áreas de cultivos nas diferentes regiõesque apresentam condições climáticas favoráveis ao seu cultivo. Nas décadas de 70 e 80 com a predominância de variedades com elevada exigências em horas de frio, fator imprescindível para a ocorrência da florada, os cultivos ficaram restritos às regiões mais frias do país, sendo a região sul a principal região produtora de pêssegos. Na região Sudeste do país os plantios se concentraram nas regiões de maior altitude com clima mais frio. As maiores áreas de cultivo se concentraram nas regiões de Apiaí e Guapiara no estado de São Paulo e na região Sul de Minas. No final da década de 80 com o lançamento de uma nova coleção de variedades pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), com baixa exigência de horas de frio, houve um aumento considerável de áreas de plantio e a abertura de novos polos de produção. Variedades de pêssegos como Joia, Regis, Aurora I e Aurora II, Ouromel, Dourado I e Dourado II,Douradão, além das nectarinas Colombina, Josefina e Rosalina, rapidamente conquistaram os consumidores. As variedades desenvolvidas pelo IAC possuem as mais diferentes características de sabor, coloração de casca e de polpa e ciclo produtivo. Diferentes ciclos produtivos, havendo variedades precoces, medianas e tardias, permitindo um período mais longo de oferta de produto ao consumidor. Foram criados importantes polos de

produção, dentre os quais podemos destacar os da região de Paranapanema e das regiões de Atibaia/Jarinu. As duas regiões apresentavam como principal característica a precocidade na produção, sendo o primeiro pêssego a entrar no mercado. Áreas de plantio de pêssegos e nectarinas também foram instaladas no norte do Paraná. Foi um período favorável a fruticultura, onde tudo o que era produzido era comercializado. No final da década de 90 com as crescentes exigências do consumidor, houve uma retração no consumo de algumas variedades que não apresentavam aspectos favoráveis de coloração e sabor, tiveram seu consumo reduzido, tornando inviável seu cultivo. Variedades como Regis, Jóia, Ouromel,

Dourado e as nectarinas Josefina e Rosalina foram sendo erradicadas dos pomares. Na primeira década do século XX observamos uma definição de cada região produtora de acordo com o seu potencial produtivo em cada período de produção. A maior parte da região produtora do estado de São Paulo, o norte do Paraná e a região sul de Minas apresenta um maior volume de produção nos meses de setembro até meados de dezembro, com predominância da variedade americana TropicBeauty e das variedades Aurora I e Douradão e das nectarinas americanas Sun Raycer e Sun Ripe e a variedade Colombina. A partir de meados de dezembro é observado o aumento na oferta de pêssego da região

produtora de Lapa, próxima a Curitiba – PR e o início da safra de pêssegos das regiões produtoras do Rio Grande do Sul, que tem seu pico de produção no mês de dezembro. Nestas regiões podemos destacar as variedades Chiripá, Chimarrita, Marli, Premier entre outras. Na segunda década do século XX, tivemos o lançamento por parte da Embrapa das novas variedades de pêssego denominadas Rubimel, Kampai, Fascínio e Regalo, que apresentam excelentes características de coloração, sabor e tamanho de frutos, se tornando uma importante opção nos novos plantios ou e em substituição as áreas de produção do pêssego Aurora que está sendo gradativamente eliminado em função do tamanho mais reduzido das

frutas e pela maior ocorrência de doenças de pós-colheita. A crescente falta de mão de obra especializada para a realização das diferentes operações de condução dos pomares, está fazendo com que os produtores escolham as variedades que deverão ser erradicadas na propriedade, levando em conta os seguintes critérios: mercado consumidor, tamanho da fruta, período de colheita e resultado financeiro. Nos pomares atuais da região Sudeste, podemos observar o plantio de variedades precoces de pêssego, a variedade TropicBeauty ou o novo lançamento Tropic Prince® e a nectarina Sun Raycer; ainda o plantio das variedades de pêssego de ciclo mediano Douradão, Kampai, Rubimel, Fascínio® e Regalo® e a nectarina Sun Ripe, que ainda permite um manejo do período de produção, através da quebra de dormência precoce ou mais tardia, sem prolongar demais o período de colheita em função do início de colheita nas outras regiões. Podemos observar ainda uma diversificação das propriedades, onde as variedades de pêssego e de nectarinas erradicadas, estão sendo substituídas por outros tipos de frutas com colheita em diferentes períodos e por culturas com menor necessidade de mão de obra.

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Cresce a importação de pêssego pelo Brasil

Anita de Souza Dias Gutierrez Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O AliceWebé o sistema de informação do governo federal que registra o comércio internacional - volume e valor negociados por produto, por porto de destino e origem, por país. Os dados de importação de pêssego impressionam com o seu crescimento contínuo em valor e volume. O valor aumentou mais de seis vezes – de mil US$FOB 2.395 em 2002 para 12.980 em

2012. O volume cresceu mais de três vezes de 3.979 para 12.980 mil toneladas. O volume de pêssego comercializado na Ceasa de São Paulo em 2012 foi 29.470 toneladas, sendo 21% importado – 6.199 toneladas. A entrada do pêssego importado se deu nos meses de março a setembro, com menor entrada nos meses de abril e maio. Os registros da Ceagesp mostram que 48% do pêssego importado pelo Brasil foram comercializados na Ceasa de São Paulo em 2012.

Distribuição da importação por trimestre em 2012 Trimestre 1º 2º 3º 4º

Total

Mil U$$FOB

Toneladas % Volume

6.979 1.523 6.564 1.755

5.952 722 5.015 1.291

46 6 39 10

16.821

12.980

100

A importação acontece principalmente no primeiro e no terceiro trimestres.

Volume e valor do pêssego importado por origem em 2012 Origem Espanha Chile Argentina EUA Uruguai Total

Mil U$$FOB

Toneladas

7.517,96 5.12,74 3.048,68 1.057,05 4.87

5.749 4.348 2.487 319 22

45 30 18 6 0

44 33 19 2 0

16.820,97

12.980

100

100

% Valor % Volume

A Espanha foi o principal exportador em 2012 (45% do volume), seguido pelo Chile, a Argentina, o EUA e o Uruguai.


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Agrícola

dezembro de 2013

A evolução da produção agrícola na região sudoeste Pedro Gazolli Estagiário estudante de agronomia Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O estudo foi feito com os dados do Instituto de Economia Agrícola de São Paulo, do período de 2000 a 2012, com o intuito de compreender a produção da região do Sudoeste Paulista e a sua importância na produção paulista. A Região Sudoeste engloba os municípios de Barão de Antonina, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Capão Bonito, Coronel Macedo, Guapiara, Itaberá, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, Taquarituba e Taquarivaí. Os dados mostram um grande aumento da produção agrícola, entre os anos de 2000 e 2012:

• Os cereais (arroz de sequeiro e irrigado, girassol da seca, milho das águas e safrinha, sorgo granífero e trigo) tiveram um salto de produção de 1.301.349 para 3.384.176 toneladas. • A produção de cana-de-açúcar quase triplicou.

• O tomate continua a hortaliça mais importante da região e continua crescendo, com participação ainda pequena na produção paulista - 1,3%.

• A região é muito importante na produção de abóbora seca, que responde por 45% da produção paulista e cresceu mais de quatro vezes entre 2000 e 2012.

% Dif

Grupo

2000

2012

Cereais Cana Hortaliça Leguminosa Fruta Forragem Oleaginosas

403.291 260.000 175.175 151.568 188.024 117.964 5.237

951.694 941.000 540.069 456.687 353.800 119.860 21.066

136 262 208 201 88 2 295

1.301.349

3.384.176

160

Total

Fonte IEA

• A região responde por 14% da produção paulista de cebola de muda, mas a sua produção diminuiu um pouco entre 2000 e 2012. A produção de frutas da reHortaliça

Tomate envarado Batata das águas Batata de inverno Batata da seca Abóbora seca Cebola de muda Pepino Vagem Pimentão Repolho Abobrinha Couve-flor Quiabo Beterraba Cenoura Total Geral

2000

gião é menor que 1% da produção paulista. A produção de algumas frutas, como laranja, caqui e pêssego de mesa, cresceram entre 2000 e 2012.

2012

% Dif % Paulista

80.800 20.140 11.200 28.770 5.828 14.300 2.417 4.410 1.398 1.704 1.246 600 0 1.738 625

307.888 61.210 49.450 37.734 32.755 11.545 10.296 8.670 7.680 7.250 2.020 1.582 1.440 420 130

281 204 342 31 462 -19 326 97 449 325 62 164 -76 -79

1,30 1,55 0,65 0,84 44,80 13,58 0,33 0,63 0,14 0,05 0,07 0,09 0,10 0,004 0,002

175.175

540.069

208

Fonte IEA

COOPERAÇÃO

Brasil e França assinam protocolo de cooperação na agricultura Para o ministro, a assinatura fortalece as relações de amizade existentes entre o Brasil e a França por meio do desenvolvimento da cooperação na agricultura O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, e o Ministro da Agricultura, Agroalimentar e Florestas da República Francesa, Guillaume Garot, assinaram nesta semana protocolo de entendimento na área de cooperação no campo da agricultura. O protocolo trata de cooperação técnica bilateral e compreensão mútua entre as duas administrações, em todas as áreas da agropecuária, da indústria agroalimentar, da segurança alimentar e do desenvolvimento rural. Pretende-se estabelecer canais de comunicação para fortalecer os intercâmbios de informação, assim

como a notificação, nos melhores prazos, de toda questão ou dificuldade, a fim de facilitar a sua resolução e a criação de vínculos entre administrações públicas encarregadas das políticas agrícolas e veterinárias, produtores, empresas e organizações agroalimentares de ambos os países. “A assinatura deste protocolo fortalece as relações de amizade existentes entre o Brasil e a França por meio do desenvolvimento da cooperação na agricultura. Vamos fazer um intercâmbio de informações e experiências, e a cooperação técnica, em várias áreas”, disse Andrade.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)


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BCA

dezembro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

Dicas para uma ceia de Natal saudável Alessandra Matias Figueiredo Nutricionista Banco CEAGESP de Alimentos

Gelado de pêssego

As festas de fim de ano são um perigo para a alimentação saudável. Geralmente, é nesta época do ano em que as pessoas cometem exageros à mesa – e aí vêm os quilos a mais. Neste natal, que tal fazer diferente e apostar numa ceia mais saudável?

Ingredientes:

Creme

1 xícara de chá de leite 2 gemas 2 colheres de sopa de açúcar 1 colher de sopa de farinha de trigo 3 colheres de sopa de achocolatado Essência de baunilha a gosto

• Como aperitivo, ao invés de salgadinho ou fritura, escolha vegetais como palitos de erva-doce, cenoura e pepino com molho a base de azeite, limão ou vinagre e mostarda. Evite molho a base de maionese!

Massa

1 xícara de chá de açúcar 5 colheres de sopa de margarina ½ pacote de biscoito maisena esmigalhado 3 unidades de pêssego em calda picado 2 unidades de ameixa preta picada

• Use com moderação as castanhas e nozes em saladas ou picadas no arroz, pois apesar de possuir gordura boa, são muito calóricas!

Modo de preparo:

• Prefira salpicão à maionese com batata, e misture na maionese light um pouco de iogurte.

Para o creme, misture todos os ingredientes numa panela e leve para engrossar em fogo brando. Deixe esfriar e reserve. Para a massa, bata o açúcar com a margarina até ficar cremoso. Junte o creme feito anteriormente aos poucos e continue a bater. Misture cuidadosamente os biscoitos, os pêssegos e as ameixas. Coloque na forma de bolo inglês forrada com papel-manteiga. Leve para o congelador. Decore a gosto e sirva gelado.

• Substitua a farofa com linguiças, ovos e bacon por uma farofa de legumes.

• Evite comer a gordura aparente e as peles das carnes tradicionais (peru, chester, pernil, lombo).

Receitas

• Nos dias de festa, não pule refeições com a intenção de compensar as outras! O ideal é fazer refeições leves e não ficar muito tempo em jejum.

Rendimento: 6 porções.

Farofa de legumes

Lombo com carambola

Ingredientes:

Ingredientes:

3 colheres de sopa de óleo 5 dentes de alho amassados 1 unidade de cebola ralada 1 unidade de pimentão verde picado 1 unidade de pimentão verde ou amarelo picado 2 unidades de cenoura ralada 100g de vagem picada 1 unidade pequena de abobrinha ½ xícara de chá de azeitona verde sem caroço 3 xícaras de chá de farinha de milho 1 xícara de chá de farinha de mandioca ½ xícara de chá de farinha de aveia 1 xícara de chá de salsa e cebolinha picadas Sal, pimenta e orégano à gosto

400g de lombo em cubos ½ unidade de limão 1 dente de alho 2 colheres de sopa de óleo 1 colher de sopa de extrato de tomate 2 xícaras de chá de água ½ unidade de pimentão 1 unidade média de carambola Salsa e sal à gosto

Modo de preparo:

Cozinhe separadamente no vapor a vagem e a abobrinha por 10 minutos e reserve. Refogue o alho e a cebola no óleo. Junte a azeitona, os legumes, as farinhas e mexa bem.

Tempere na véspera o lombo cortado em cubos com o limão, o sal e o alho. Refogue o lombo no óleo até dourar bem. Adicione o extrato de tomate e a água, cozinhando até a carne ficar macia. Junte o pimentão e a carambola cortada em fatias (em formato de estrela). Adicione a salsa e sirva a seguir.

Rendimento: 10 porções.

Rendimento: 4 porções.

Modo de preparo:


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JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

dezembro de 2013

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Ceasas do Brasil

dezembro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

ECONOMIA

Índice Ceagesp tem alta de 0,94% em novembro

Manga tommy 29,3%

Pimentão amarelo 53,8 %

(-7,7%) e vermelhos (-4,8%). Por fim, o setor de pescados registrou alta de 1,72%. As principais elevações foram do polvo (24,5%), pescada (18,4%) e curimbatá (8,1%). Principais quedas: Espada (-12,6%), cavalinha (-12,5%), anchovas (-6,1%). Tendência

Com a chegada do período de chuvas e altas temperaturas nas principais regiões produtoras do país, a expectativa é de diminuição do volume ofertado e elevação dos preços praticados em todos os setores de comercialização. Além das condições climáticas adversas, o setor de frutas registra, em dezembro, aquecimento da demanda. Assim, mesmo que os produtores planejem a colheita para este período de maior procura, o setor

Em novembro, o Índice de preços Ceagesp registrou elevação de 0,94%. Algumas regiões produtoras das regiões sul e sudeste já sofrem com as chuvas e as temperaturas elevadas. Assim, houve recuperação de preços no setor de verduras e ligeira elevação nas frutas e pescados. O setor de frutas apresentou elevação de 1,96%. As principais altas ocorreram no maracujá doce (42,3%), manga Tommy (29,3%), uva rubi (21,7%) e mamão formosa (15,3%). Principais quedas: manga palmer (-15,9%), mo-

rango (-7,5%) e mamão havaí (-6,6%). O setor de legumes registrou queda de 1,27%. As principais baixas ocorreram no pepino japonês (-42,1%), abobrinha brasileira (-32,3%), vagem macarrão (-31,1%), quiabo (-14,6%) e mandioquinha (-13,4%). As principais altas foram do pimentão amarelo (53,8%), batata doce rosada (20,7%) e tomate (10,3%). Já o setor de verduras subiu 4,93%. As principais altas foram registradas no coentro (32,7%), acelga (30,1%), nabo (23,4%) e salsa (15,6%). As principais quedas do setor foram milho verde (-19,1%) e moyashi (-4,3%). No setor de diversos a alta de apenas 0,01%. Principais elevações: Coco seco (13,1%), amendoim (7,1%) e batata comum (5,9%). Registraram queda o alho (-3,9%), ovos brancos

Miho verde -19,1%

AGRICULTURA

Dia de mercado na Ceasa/ES

oferece FLV direto das mãos dos agricultores

Toda quinta-feira será realizado o Dia Especial de Mercado, na Unidade Norte das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES), localizada no município de São Mateus. O objetivo do Dia de Mercado é oferecer produtos como frutas, verduras, legumes, raízes e grãos a varejo e atacado direto das mãos dos agricultores. Neste dia, os produtores rurais de toda a região estarão ofertando uma grande variedade de produtos aos feirantes, supermercados, restaurantes, quitandeiros, mercearias e também para as donas de casa.

de frutas deve apresentar elevação dos preços praticados. Legumes, verduras e diversos não apresentam grande oscilação na demanda em dezembro. Desta forma, os preços ficarão mais condicionados às condições climáticas. A exemplo das frutas, os pescados também deverão apresentar preços maiores, principalmente em dezembro. Além do maior volume de chuvas, a época de defeso de algumas espécies, quando a pesca é proibida, tendem a acarretar diminuição no volume de produção/extração. Índice Ceagesp

Com o objetivo de traduzir melhor a situação do mercado, em 2012, o Índice Ceagesp passou por uma revisão e foram acrescentados mais produtos à cesta, que agora contabiliza

A elevação dos preços das frutas, verduras e pescados influenciaram o indicador

Alho -3,9%

150 itens. Pera, atemóia, abóboras, inhame, cará, maxixe, cogumelo, berinjela japonesa, hortelã, moyashi, orégano, ovos vermelhos, além das verduras hidropônicas como alfaces, agrião, rúcula, são os novos produtos acompanhados pelo Índice, pois tiveram entradas regulares durante todos os meses de 2011. Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice Ceagesp é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela Ceagesp, que é referência nacional em abastecimento.

Pescada 18,4%

AgroNippo lança nova linha dos sucos Mupy Mupy Ykons Zetto chega ao mercado com zero açúcar e adição de personagens A AgroNippo, fabricante e comerciante de produtos saudáveis acaba de lançar o Mupy Ykons Zetto, a mais nova linha dos tradicionais sucos Mupy. Sem adição de açúcar, a novidade chega nos sabores Maçã, Morango e Uva, mantendo a filosofia da marca “Gostoso Sempre”. Agora a empresa faz a manutenção da característica natural do doce da fruta. Além disso, a marca intera-

ge com o público para selecionar as ilustrações e os personagens que serão convidados a coparticipar da embalagem.


JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

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IqPR

Preços agropecuários fecham o mês de novembro com queda de 0,13%, informa IEA

Entre os produtos que apresentaram alta de preços, o tomate volta a ocupar o primeiro lugar da lista, seguido pela laranja e batata. Em contrapartida, o café com leite está mais barato.

O IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista encerrou o mês de novembro com ligeira baixa de 0,13%, informa o Instituto de Economia Agrí-

www.loteamentosolemar.com

cola (IEA/Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Os produtos que registraram as maiores altas foram: tomate para mesa (18,21%), laranja para indústria (16,43%), batata (14,97%) e laranja para mesa (11,87%). Seguem com alta, mas em menor escala: amendoim (4,31%), milho (3,28%), soja (1,46%), carne bovina (0,48%) e arroz (0,28%). Período de menor produção devido ao aumento do calor e das chuvas faz com que o preço do tomate mantenha sua escalada de alta que perdurará possivelmente até o inicio de 2014, afirmam Danton Leonel de Camargo Bini e José Alberto Angelo, pesquisadores do IEA. Com relação à laranja, a oferta reduzida, colheita focada nas variedades tardias que mantém boa produtividade na entressafra devido à irrigação mas, apresentam custos elevados e o aumento da demanda ocasionado pelos picos de calor, ascendem os preços recebidos pelos citricultores.

Para os produtores de laranja para mesa, mesmo com a alta verificada no período, os custos de produção continuam elevados, principalmente no combate aos problemas fitossanitários. Por outro lado o direcionamento de parte da laranja para indústria, postas in-natura, para os consumidores tem cooperado para esses ganhos. A antecipação da colheita paulista de batata em outubro, aliada às chuvas da primeira quinzena de novembro, reduziram a oferta do produto neste último mês e elevaram os preços recebidos pelos produtores. Os produtos que apresentaram quedas mais expressivas neste mês foram: banana nanica (16,32%), ovos (15,31%), carne de frango (12,49%), trigo (8,35%), feijão (7,94%), leite B (6,69%), café (5,70%) e leite C (5,43%). Com menores variações aparecem carne suína (2,13%), algodão (1,80%) e cana-de-açúcar (0,11%). Para a banana, o clima mais quente e

úmido que acelera a formação dos cachos e aumenta a oferta do produto colaborou para a redução do seu preço em novembro. O aumento da oferta de ovos, quando as galinhas passam a produzir mais ovos nos dias quentes da primavera, reduziu os preços aos granjeiros. A carne de frango registrou queda nas cotações em novembro, tendo uma oferta maior (descarte) do que a demanda, porém a média mensal do preço nos meses de setembro e outubro/13 estava bem acima das médias dos mesmos períodos dos anos anteriores. Com a expansão nos volumes exportados e o esperado aumento da demanda com a presença da primeira parcela do 13º salário, no final de novembro, pode-se esperar o reajuste dos preços recebidos pelos avicultores para o mês de dezembro. No caso do feijão, o recuo das cotações acontece com inicio da colheita da safra nova, antecipada por parte dos produtores, devido ao excesso de chuvas.

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Loteamento devidamente registrado no cartório de registro de imóveis da Comarca de Corurípe/AL, sob os nº R.1 – 4221 e R.1- 4222


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Epidemia

dezembro de 2013

JORNAL ENTREPOSTO Um jornal a serviço do agronegócio

Uma praga do campo que afeta a vida na cidade Breno Lobato, jornalista da Embrapa Cerrados Sérgio Abud, supervisor de implementação da programação de transferência de tecnologia da Embrapa Cerrados

Helicoverpa armigera é uma praga que chegou ao Brasil na safra 2012/2013. Apesar de já ser conhecida em outros continentes há dois séculos, até 2012 ela não havia sido detectada nas Américas. De tão nova por aqui, ainda não ganhou um nome popular, como a lagarta do cartucho, a lagarta enroladeira e a lagarta mede palmo, velhas conhecidas dos agricultores. Mas o que a população urbana, que representa mais de 85% dos 200 milhões de brasileiros, tem a ver com isso? Os prejuízos que os agricultores vêm tendo com essa praga já estão na casa do bilhão de reais. Mas eles não são os únicos pagarem a conta: também o meio ambiente, que mostra desequilíbrio, e as pessoas da cidade, que vão comprar comida e roupas encarecidas pela redução da oferta, são impactados. O apetite dessa lagarta parece não ter fim. Ela ataca mais de 100 culturas agrícolas, desde a soja e o milho que o agronegócio exporta em milhões de toneladas, passando pelo algodão que fornece a matéria-prima para boa parte de nossas roupas até o tomate e outras hortaliças que saboreamos todos os dias no almoço e jantar.

Como essa praga entrou em nosso país? Ainda não se sabe, e dificilmente teremos a resposta. Mas, bem mais importante que isso, é entender que praga é essa, como ela impacta nossas vidas e o que tem sido feito para controlá-la. Sendo uma lagarta, ela se transforma em mariposa, que é a forma adulta do inseto. Só que a mariposa de Helicoverpa armigera pode voar até 1.000 km, o equivalente à distância entre as cidades de São Paulo e Brasília! E pelo que os pesquisadores têm constatado, ela gostou do Brasil, pois tem se adaptado a lavouras do

Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste, do Nordeste e até do Norte do País. Para piorar, os agricultores estão com dificuldade de controlar a lagarta apenas com os inseticidas disponíveis no mercado. Outros países já utilizam alguns inseticidas que já foram testados e comprovaram eficácia contra a praga naqueles locais. Mas só o uso de inseticidas, o chamado controle químico, não resolverá o problema. Isso porque a praga é capaz de desenvolver resistência aos agroquímicos. Ou seja, com o passar do tempo, eles deixam de ser eficazes. E assim, a Helicoverpa armigera

vai se reproduzindo sem ser incomodada. Nesse sentido, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem orientado os agricultores para que façam o constante monitoramento das lavouras e o Manejo Integrado de Pragas, o MIP. Pelo nome, parece complicado, mas podemos dizer que o MIP é a união de todas as possíveis técnicas, como controle biológico (utilizando inimigos naturais, como bactérias, vírus, fungos e outros insetos que podem controlar a lagarta sem prejudicar a lavoura e o meio ambiente), cul-

A Associação Nacional de Defesa Vegetal acaba de lançar o segundo volume da Coleção Andef Ciência, com a obra ´A evolução dos produtos fitossanitários e seu uso no Brasil´. Escrita pelo engenheiro agrô-

nomo Luiz Carlos S. Ferreira Lima, a obra traça um panorama de mais de 380 ingredientes ativos que protegeram as lavouras brasileiras entre os anos de 1960 e 2010. Para o Diretor Executivo da

Andef, Eduardo Daher, o livro deve se transformar em uma importante fonte de consulta para os profissionais que fazem parte da cadeia produtiva do agronegócio, seja no campo, nas indústrias ou, até mesmo,

no governo. “Uma obra como essa é um marco para o sistema fitossanitário no país na medida em que, até o momento, não havia qualquer estudo que reunisse, com tamanha profundidade e detalhamento,

tural (que reduz a disponibilidade de alimento para a lagarta na entressafra, diminuindo assim a sua população), genético (com o uso de plantas de boa qualidade genética, ou seja, resistentes a diversas pragas e doenças) e químico (com o uso dos defensivos agrícolas registrados no Ministério da Agricultura, seguindo as recomendações dos fabricantes). São ações que o produtor pode fazer na fazenda, sem grandes dificuldades. Todo esse trabalho de controle vai servir como importante aliado do agricultor para defender a sua produção – na qual investiu mão-de-obra, tempo, máquinas e dinheiro – e assim garantir alimentos, fibras e energia para as pessoas cidade e do próprio campo. Nesse sentido, é importante que a população urbana conheça o problema, que é grave, já atingiu mais de 10 Estados e pode prejudicar a alimentação e outras necessidades básicas dos brasileiros. Por outro lado, a Embrapa e outras instituições públicas e privadas estão trabalhando juntas no controle da Helicoverpa armigera para o bem de todos. Para que as informações cheguem ao público com clareza, a empresa de pesquisa preparou um vasto conteúdo sobre a praga, disponível na Internet. Não deixe de visitar e busque mais conhecimentos sobre o assunto em: www.embrapa.br/ alerta-helicoverpa.

Fitossanidade: Andef acaba de lançar segundo volume da Coleção Ciência

o histórico do uso dessa tecnologia que protege os campos brasileiros e garante os espetaculares índices de produtividade que a produção rural do país tem alcançado nos últimos anos”, destaca.


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Transporte

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Mais de 200 mil caminhões precisam sair de circulação das estradas brasileiras CNT e outras entidades entregam ao governo Programa Nacional de Renovação de Frota Cynthia Castro Da Agência CNT A Confederação Nacional do Transporte (CNT) e entidades do setor automotivo, da indústria metalúrgica, entre outras, entregaram ao governo federal, em 25 de novembro, uma proposta para renovar a frota de veículos pesados no Brasil. Atualmente, são cerca de 230 mil caminhões com mais de 30 anos. Esses veículos têm tecnologia ultrapassada e poluem mais do que caminhões novos. Também contribuem para aumentar os riscos de acidentes e os congestionamentos porque apresentam defeitos mecânicos com maior frequência. A proposta entregue à Casa Civil e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior é voltada para os caminhoneiros autônomos e foi construída com base no Plano Nacional de Renovação de Frota de Caminhões (RenovAR), desenvolvido pela CNT. De acordo com o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, “há vários anos, a Confederação Nacional do Transporte vem unindo esforços para sensibilizar o governo e outras entidades públicas e privadas sobre a necessidade de o Brasil implantar esse plano de renovação, pois essa é uma urgência do país sob os aspectos social, ambiental e econômico”. Os caminhoneiros autônomos representam 89% da frota com mais de 30 anos. Entretanto, eles têm dificuldades na aquisição de um veículo novo.

Máquinas agrícolas podem ser isentas do licenciamento anual Agência Senado

“A expectativa da CNT e das outras entidades que compõem o grupo é que o governo federal disponibilize linhas de financiamento especiais por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com mais facilidades de acesso ao crédito”, diz o senador Clésio Andrade. Também está inserida na proposta a disponibilização de benefícios fiscais e a necessidade de o governo regulamentar os centros de reciclagem de veículos.

Basicamente, a proposta prevista no Programa Nacional de Renovação de Frota funciona da seguinte forma: o caminhoneiro autônomo entrega o seu caminhão de mais de 30 anos a um centro de reciclagem e recebe um crédito tributário de R$ 30 mil e uma certificação de que o veículo foi destruído. Com esse documento, ele adquire um caminhão novo em alguma concessionária em condições especiais de financiamento, com juros baixos e prestações

com valores mais atraentes. O caminhoneiro autônomo tem ainda a possibilidade de trocar o veículo por outro caminhão usado, com até 10 anos. Se a proposta for implementada pelo governo federal, a expectativa é que em menos dez anos a atual frota de caminhões com mais de 30 anos esteja renovada. O governo federal se comprometeu a analisar internamente a proposta das entidades e deve apresentar um cronograma de implantação do programa.

Tratores e demais máquinas agrícolas, como as colheitadeiras, poderão ser desobrigadas do registro e licenciamento anuais junto aos departamentos de trânsito estaduais. É o que prevê o PLC 57/2013, em novembro pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). A proposta segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). “A máquina agrícola fica restrita às fazendas. Não há justificação razoável para criar uma burocracia que é onerosa ao produtor”, declarou a senadora Ana Amélia (PP-RS). As discussões sobre o tema vêm se arrastando desde 1997, quando o licenciamento se tornou regra, com a aprovação do Código Nacional de Trânsito (CNT). A exigência inquietou o setor rural brasileiro, que atribui à medida aumento nos custos de produção. O setor estima que as despesas com licenciamento, emplacamento, seguro obrigatório e a compra de outros itens de segurança, como cinto de segurança e extintores, correspondam a três por cento do valor de cada máquina. Os produtores rurais não concordam com o CNT, que equiparou as máquinas agrícolas aos demais veículos automotorese alegam que as máquinas só trafegam fora dos limites das propriedades em casos de emergência.


dezembro de 2013

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