Boletim Epidemiologia HC-UFPR. Agosto/2011 - Nº 07

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BOLETIM

Epidemiológico HC-UFPR Informativo do Serviço de Epidemiologia, SCIH e Hospital Sentinela

HOSPITAL DE CLÍNICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

AGOSTO de 2011 - Nº 7

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE MAMA NO HC-UFPR, DE 2003 A 2009 Página 2

PREVENINDO

Os germes sobrevivem nas mãos dos profissionais de saúde. Página 3

Portarias &

Notificações

Novo site do HC-UFPR disponibiliza seção do Serviço de Epidemiologia do HC-UFPR atualizada. Legislação, portarias, notícias e muito mais. Página 5

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

sob controle

Suspeita de inefetividade terapêutica: Bupivacaína pesada. Página 4

Acompanhe a vigilância destas doenças no HC-UFPR. Página 7


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Epidemiológico PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CANCÊR DE MAMA NO HC-UFPR, DE 2003 A 2009 O Registro Hospitalar de Câncer (RHC) é uma importante fonte de informações sobre os casos de neoplasia malignas atendidos no hospital. A equipe de RHC coleta sistematicamente os dados relacionados à identificação, diagnóstico, tratamento e evolução dos tumores desde 2003.

No Brasil, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e uma das principais causas de óbito por neoplasia. No Hospital de Clínicas da UFPR é a neoplasia com maior freqüência de atendimento no sexo feminino. Assim, apresentamos o perfil epidemiológico dos casos de câncer de mama atendidos na instituição. Sabe-se que cerca de 70% das mulheres com câncer de mama têm o diagnóstico após a menopausa. O gráfico 1 mostra que 62,6% das mulheres atendidas no HCUFPR possuem acima de 50 anos. Embora as Políticas Públicas de Saúde recomendem maior rastreamento do câncer

de mama após os 50 anos, observa-se que entre as pacientes atendidas nesta instituição, 37,4% têm idade inferior a 50 anos.

Dentre os casos que apresentam informação de Estadiamento Clínico (EC), observa-se (gráfico 2) que 4,5% das pacientes correspondem a tumor In Situ , 16,9% a EC I e 36,5% a EC avançado (EC III e IV). As taxas observadas na instituição refletem a realidade brasileira. Nos países desenvolvidos, cerca de 20% das neoplasias de mama é diagnosticada In Situ e a maioria em EC I. Dentre os 509 pacientes registrados (tabela 1), apenas 399 foram analisados quanto ao tipo de tratamento. Foram considerados como analíticos dos casos diagnosticados e tratados no hospital; os diagnosticados em outra instituição e tratados no hospital; e os que iniciaram tratamento

Gráf.1- Percentual de casos novos de neoplasia de mama atendidos no HCFPR , segundo a faixa etária, 2003 a 2009

Tab. 1 – Casos de neoplasia de mama segundo o primeiro tratamento realizado no HC-UFPR de 2003 a 2009. f

%

Cx Qt Cx Cx Horm Qt Cx Rxt Cx Qt Rxt Qt Cx Cx Rxt Horm

Tratamento

98 47 33 32 31 23 16 13

24,56 11,78 8,27 8,02 7,77 5,76 4,01 3,26

outras combinações

106

26,57

399

100

Total

2

aqui, fizeram radioterapia em outra instituição e retornaram para acompanhamento e/ou tratamento. Os casos que receberam 1ª etapa de tratamento em outro serviço (tabela 2), vindo somente para tratamento complementar ou que não realizaram 1º tratamento no prazo de 8 meses por algum motivo específico não foram considerados para análise. Os dados abaixo são considerados dentro do esperado. A detecção precoce, o rastreamento e o tratamento oportuno do câncer de mama aumentam a sobrevida das mulheres, diminuindo as taxas de mortalidade. O Ministério da Saúde/INCA tem desenvolvido diversas ações e programas que visam o controle da doença.

Monica K. Fernandes e Rosa Helena S. Souza

Gráf. 2 - Percentual de Casos Novos Atendidos no HCUFPR Segundo o Estadiamento Clínico, de 2003 a 2009

Tab. 2 – Casos de Neoplasia de Mama Segundo o Estado da Doença Após 1 Ano do Início do Tratamento recebido no HC-UFPR, de 2003 a 2009 1 ano pós-trata/o sem evid. doença remissão parcial doença estável progressão óbito sem inform.

Total

f

%

258 57 34 22 15 13

64,66 14,29 8,52 5,51 3,76 3,26

399

100

SEPIH - HC (41) 3360 1003 ou (41) 3360 1003 epidemio@hc.ufpr.br Médica Resp.: Suzana D. Moreira. Médica: Célia R. T. Pinto. Enf.: Adeli P. de Medeiros, Elizabeth S. Wistuba, Lili A. Gonçalves, Neiva M. M. Hygaki, Rosa Helena S. Souza. Aux. Adm.: Juçara M. de Oliveira. Acad. de Medicina: Bárbara K. Connolly e Talita M. L. da Silva. Aux. Téc.: Monica K. Fernandes.


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SCIH - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar OS GERMES SOBREVIVEM NAS MÃOS DO PROFISSIONAL DE SAÚDE Veja no desenho abaixo a proliferação dos germes nas mãos onde não houve a adequada higienação. Além das mãos, o punho do guarda-pó se torna contaminado pelo germes durante a assistência à saúde. Quando as condições de crescimento são adequadas (temperatura, umidade, ausência de higiene com água e sabonete ou fricção com anti-séptico) , a quantidade de germes continua aumentando nas superfícies das mãos.

A cada 20 minutos 1 bactéria se duplica A cada 3 horas e 20 minutos 1 bactéria origina

1.000 bactérias

Quanto mais tempo você demorar para higienizar as mãos maior a quantidade de germes você terá para eliminar

Após 6 horas e 40 minutos estas bactérias originam

1.000.000 bactérias

Após 10 horas estas bactérias originam

1.000.000.000 bactérias Fonte: Manual Higiene de Mãos – OMS - 2009. Reprinted from Pittet, 2006885 with permission from Elsevier e Henckel

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Equipe SCIH - Serviço de Controle Infecção do HC (41) 3360 18 42 scih@hc..ufpr.br Médica: Célia Inês Burgardt. Enfermeiras: Christiane J. N. Stier, Cristina Bello Barros, Karin L. Bragagnolo e Maria Edutania S. Castro. Farmacêutica: Izelândia Veroneze


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Gerenciamento de Riscos

Suspeita de inefetividade terapêutica: Bupivacaína pesada A investigação de suspeita de inefetividade terapêutica (SIT) compõe um dos ramos das atividades relacionadas à farmacovigilância²,4, conceituada como a “Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos “7 .

maco estável¹, no entanto, um fator crítico está ligado ao polimorfismo dos seus cristais. Cita-se que o medicamento possui dois polimorfos, isto é, duas diferentes estruturas cristalinas, que devido às respectivas propriedades físico-químicas podem diferir em sua ação terapêutica e estabilidade³.

A Inefetividade Terapêutica ocorre quando o fármaco não faz o efeito esperado, neste caso, o medicamento pode ter efeito nulo ou reduzido2,4. Muitas são as razões que podem culminar com a inefetividade de um medicamento: qualidade do mesmo, interações com outros medicamentos, uso inadequado, resistência ou tolerância relacionadas ao paciente² entre outros.

A respeito da técnica, algumas vezes se observa que mesmo empregando-a rigorosamente a anestesia falha¹. Autores explicam esse achado através da resistência ao fármaco pelo paciente¹. Na análise dos resultados obtidos, não foi identificada variação da temperatura fora dos níveis aceitáveis de 15 a 30ºC, durante o período transcorrido entre o recebimento e a utilização do fármaco na Instituição e dos 820 formulários respondidos, após raquianestesia com bupivacaína pesada, 21 deles apresentaram falha de

dos de literatura. No entanto apesar do risco de falha da anestesia se inerente ao processo, o problema ocasionado pela falha é grave gerando riscos aos pacientes e angústia aos profissionais envolvidos no procedimento. O exemplo acima descrito ilustra que a inefetividade terapêutica é um problema bastante complexo, que pode ocorrer durante a utilização do medicamento e possui numerosas variáveis envolvidas. Contudo, é importante ressaltar que diante de suspeita de inefetividade terapêutica, deve-se notificá-la, afinal é desta forma que tomamos conhecimento dos problemas e temos a oportunidade de avaliá-las para corrigir processos falhos e oferecer uma melhor terapêutica aos pacientes.

Referências: A partir da análise histórica das 20 noti1. Citado por: BOUCHACOURT, V. Falhas na raficações de suspeitas de inefetividade quianestesia. Tratado de anestesia raquidiana, terapêutica recebidas entre 2007 e 2009 p. 192-198. no Hospital de Clínicas da UFPR, ve2. Citado por: CAPUCHO, H. C. Farrificou-se que 8 notificações (40%) FATORES QUE POSSUEM INTERFERÊNCIA NA DISTRIBUIÇÃO macovigilância hospitalar: processe referiam a bupivacaína pesada. DOS ANESTÉSICOS LOCAIS NO LCR sos investigativos em farmacovigiCom o intuito de avaliar a taxa de ADAPTADO DE SOUSA, 1992 lância. Pharmacia Brasileira, 2008. inefetividade terapêutica da bupiFatores relacionados ao paciente Disponível em: <http://www.cff.org. vacaína pesada, anestésico local br/sistemas/geral/revista/pdf/67/ de longa duração5 utilizado amIdade, peso, altura, gênero, pressão intra-abdominal, encarte_-_farmacia_hospitalar. plamente em raquianestesias, foi anatomia da coluna, posição, resistência ou tolerância a pdf> Acesso em: 15/05/2011. realizado um estudo que compre3. GIRON, D. Thermal analysis and endeu de quatro etapas: revisão bisolução anestésica, características do LCR calorimetric methods in the characbliográfica, avaliação do processo (composição, circulação, volume, pressão, densidade). terisation of polymorphs and solvade armazenamento, elaboração de QUADRO 1 – FATORES QUE POSSUEM INTERFERÊNCIA NA tes. Thermochimica Acta. v. 248, p. instrumento para acompanhamenFatores relacionados à técnica de administração DISTRIBUIÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS NO LCR.( ADAPTADO DE 1-59, 1995. to da utilização da bupivacaína em SOUSA, 1992). Local, direção da injeção (direção da agulha e do bisel), 4. INEFETIVIDADE TERAPÊUTICA. In: raquianestesia e um seguimento turbulência (velocidade, barbotagem), difusão. ANVISA. Glossário. Disponível em: da utilização da bupivacaína em ra<www.anvisa.gov.br> Acesso em: quianestesia a partir do preenchiFatores relacionados ao anestésico 15/05/2011. mento do formulário . Estabilidade, densidade, quantidade, concentração,

O estudo bibliográfico revelou que volume, polimorfismo³. as taxas gerais de falha de raquianestesia variam de 3 a 17%¹ e os fatores que podem ocasionar a falha da anestesia, o que corresponde a uma taxa raquianestesia são diversos e podem ser de 2,56% de inefetividade terapêutica. separados em três grupos principais: relacionados a características intrínsecas do A partir dos resultados obtidos nesta avapaciente, ao processo e ao anestésico¹,6. liação interna, podemos concluir que a O quadro 1 exemplifica cada um desses temperatura de armazenamento foi adefatores6. quada e que as falhas ocorridas em nossa Instituição no período do estudo, estão A bupivacaína é descrita como um fár- abaixo dos índices apresentados em da-

4

5. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; FLOWER, R.J. Farmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 6. SOUSA, M. L. M. Bloqueio subaracnóideo com bupivacaína ou lidocaína: conceitos e peculiaridades. Revista brasileira de anestesiologia, v. 42, n. 3, p. 225-230, 1992. 7. Citado por DIAS, M. F. Introdução à Farmacovigilância. In: STORPIRTIS, S. et al. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, p. 46.

Equipe do Hospital Sentinela (41) 3360-7989 ou (41) 3360-7989 Cord. Cleni Veroneze, Eng. Luciane Aparecida Liegel, Enf. Néri Lúcia dos S. Solheid , Adm. Cláudio Messias, Bioq. Ana Cristina Matheus Medeiros e Farm. Izelândia Veroneze .


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Alerta & Eventos PORTARIAS & NOTIFICAÇÕES O SEPIH atualizou em sua nova seção no site do HC-URPR o item Legislação. Este tópico está em “arquivos” no endereço http://www.hc.ufpr.br/dru6/?q=node/1356

EVENTOS CONGRESSO BRASILEIRO DE INFECTOLOGIA Data: 24 a 28/08 local: Brasília Informações: www.infecto2011.com.br VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA Data: 12 a 16/11 Local: Anhembi São Paulo Informações: www.epi2011.com.br SENTINELAS EM AÇÃO Data: 23/08 das 11h às 12h Tema: A importância da Notificação de reações transfusionais para a Vigilância Sanitária Estadual: as ações desencadeadas a partir de uma notificação. Palestrante: Katiuscia Pereira - Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina Data: 30/08 11h às 12h Tema: A importância da notificação de reações transfusionais para o Sistema Nacional de Hemovigilância. Palestrante: Auristela Maciel Lins - Unidade de Bio e Hemovigilância - UBHEM/NUVIG/ANVISA Realização: Anvisa e Hospital Sírio-Libanês, com apoio da rede RUTE. Informações: Gerência de Riscos Hospital de Clínicas UFPR 413360 7989 SEMINÁRIO SOBRE SITUAÇÕES DE RISCO DE VIOLÊNCIA Data: 17/10 das 8h às 12h Local: Auditório do 7ª andar Informações: SEPIH - Serviço de Epidemiologia Hospitalar HC-UFPR 3060 1035 III JORNADA DE NEUROCIÊNCIAS DO CENEP Data: 17,18 e 19/11 Informações: www.cenephc.com.br/jornada Contato: CENEP - Centro de Neuropediatria do Hospital de Clínicas (41) - 3264-9101 Secretaria Oficial da Jornada: (41)-3206-1324 11ª EXPOEPI - 11ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia Data:1º a 3 de novembro Local: em Brasília informação: http://www.aids.gov.br/noticia/2011/11a_expoepi_2011_sera_realizada_em_novembro

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Agravos de Notificação Compulsória, 2010/2011, no HC-UFPR RELATÓRIO MENSAL HOSPITAL DE CLÍNICAS 2011

Jan Fev Mar Abr2011 Mai Descrição RELATÓRIO MENSAL HOSPITAL DE CLÍNICAS Jan Fev Mar Abr Mai Descrição Acidente animal peçonhento 2 2 3 0 2

Jun Jun 0

Jul Total/ano* Jul 0 Total/ano* 9

Descrição Descrição Meningites bacterianas

Jun Jun 3

Jul Total/ano* Jul 1 Total/ano* 14

Acidente animal Anti-rábico Acidente peçonhento Acidente Anti-rábico de trabalho com exposição mat. Biologico Acidente Botulismode trabalho com exposição mat. Biologico Acidente Cisticercose Botulismo Coqueluche Cisticercose Dengue Coqueluche Doença Creutzfeldt-Jacob Dengue DoençasCreutzfeldt-Jacob exantemáticas Doença Esquistossomose Doenças exantemáticas Eventos adversos pós vacinação Esquistossomose Febre Tifóide Eventos adversos pós vacinação Febre Tifóide maculosa Febre Hanseníase Febre maculosa Hantavirose Hanseníase Hepatite viral Hantavirose HIV/AIDSviral Hepatite HIV/Criança exposta HIV/AIDS HIV gestanteexposta HIV/Criança Infecção Respiratória Aguda Grave** HIV gestante Intoxicações exógenas Infecção Respiratória Aguda Grave** Leishmaniose tegumentar americana Intoxicações exógenas Leishmaniose tegumentar visceral Leishmaniose americana Leptospirose visceral Leishmaniose Malária Leptospirose Meningites meningocócicas Malária Meningites meningocócicas pneumocócicas Meningites Meningites virais Meningites pneumocócicas Meningites virais

Meningites bacterianas outras Meningites Paralisia flácida Meningites outrasaguda Paracoccidioidomicose Paralisia flácida aguda Rotavirus Paracoccidioidomicose Sífilis congênita Rotavirus Síndrome do corrimento uretral Sífilis congênita Síndrome do ictérica aguda uretral Síndrome corrimento Sífilis gestante Síndrome ictérica aguda Sífilis gestante não especificada Sífilis Toxoplasmose gestante e criança exposta Sífilis não especificada Tuberculose Toxoplasmose gestante e criança exposta Varicela Tuberculose Surtos Varicela Violencia doméstica, sexual e/ou outras violências Surtos Total doméstica, sexual e/ou outras violências Violencia Registro Total de casos do RHC Investigação pacientes internados Registro de casos do RHC Investigação pacientes ambulatorial Investigação internados Investigação ambulatorial pronto-atendimentos Investigação Investigação em declaração de óbito Investigação pronto-atendimentos Morte materna Investigação em declaração de óbito Nº de materna eventos, treinamentos ou reuniões realizadas Morte Nº de de eventos, eventos, treinamentos treinamentos ou ou reuniões reuniões realizadas que partipou Nº Nº publicações ou divulgações de dados produzidos Nº de eventos, treinamentos ou reuniões que partipou

Nº publicações ou divulgações de dados produzidos

0 2 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 15 0 15 13 15 11 13 9 11 4 9 0 4 0 9 0 0 9 0 0 0 0 9 0 9

1 2 4 1 0 4 1 0 1 1 0 1 0 0 4 0 0 4 0 0 0 17 0 14 17 10 14 9 10 9 10 9 1 10 0 1 8 0 0 8 0 0 0 0 6 0 6

0 3 2 0 1 2 0 1 0 0 0 0 0 4 0 0 4 0 0 0 11 0 8 11 6 8 0 6 16 0 4 16 0 4 0 4 0 1 4 0 1 0 0 3 0 3

0 50 05 10 01 0 10 01 0 10 01 0 0 0 90 9 39 13 34 1 6 34 06 0 20 02 00 00 30 3

02 70 07 0 0 0 0 0 0 60 06 0 0 0 70 12 7 8 12 28 42 2 16 42 0 16 0 20 02 00 00 40 4

Jan Jan 3

Fev Fev 1

Mar Mar 1

Abr Abr 4

Mai Mai 1

2 3 0 2 0 0 2 0 2 2 0 2 0 0 3 0 2 3 2 2 6 2 6 6 0 6 37 0 155 37 31 155 144 31 24 144 48 24 50 48 1 50 3 1 2 3 1 2

1

3 1 0 3 2 0 1 2 2 1 0 2 0 0 1 0 2 1 2 2 5 2 3 5 1 3 43 1 164 43 130 164 168 130 31 168 56 31 59 56 0 59 5 0 8 5 0 8

0

0 1 0 0 0 0 1 0 4 1 1 4 0 1 4 0 1 4 2 1 1 2 0 1 0 0 36 0 114 36 104 114 156 104 29 156 51 29 53 51 1 53 12 1 8 12 0 8

0

14 11 01 40 24 02 00 10 21 72 47 34 03 47 0 151 47 135 151 181 135 37 181 45 37 53 45 0 53 10 0 11 10 1 11

1

01 00 10 01 10 01 00 20 32 13 21 22 02 41 0 162 41 80 162 186 80 41 186 50 41 54 50 1 54 19 1 9 19 09

0

00 00 19 40 20 26 1 04 02 1 26 10 00 31 01 10 23 00 01 12 00 00 11 00 00 01 00 00 00 40 20 21 0 04 02 0 21 00 00 00 00 20 30 00 02 03 90 30 71 0 79 33 68 71 67 73 53 68 26 27 27 53 34 23 167 2 2 27 4 0 44 34 23 167 04 00 1 44 00 00 01 00 10 26 0 00 01 1 26 00 00 01 00 00 00 70 10 33 0 7 * Casos 1 até Julho/2011 33

43 04 00 20 02 00 00 00 30 03 50 65 06 37 0 138 37 94 138 164 94 48 164 45 48 63 45 0 63 30 93 19

1

01 00 00 10 31 03 00 20 12 41 04 40 04 10 0 73 10 98 73 142 98 9 142 47 9 65 47 0 65 80 38 23

2

10 14 1 10 31 11 3 14 11 1 14 01 13 0 14 13 18 14 23 18 24 23 1 24 251 1 957 251 672 957 1141 672 219 1141 342 219 397 342 3 397 60 3 50 60 5 50

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** Desde agosto 201019/08/2011 estão contabilizados números referentes a quadros respiratórios graves (IRAGs) Os casos contabilizados acima são notificações registradas no momento da suspeita diagnóstica 19/08/2011

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Alerta

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS GRAVES (IRAG) NO HC-UFPR, EM 2011 ATÉ JULHO O Hospital de Clínicas da UFPR vem realizando a vigilância das infecções respiratórias agudas graves (IRAG), desde a pandemia de influenza em 2009. Todo o paciente que apresente febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e dispnéia, que necessite internação são caracterizados como IRAG e é investigado e realizada a orientação para a coleta de secreção respiratória para a pesquisa de vírus respiratórios. Desta maneira temos a possibilidade de conhecer o perfil clínico, epidemiológico e virológico das IRAG de forma oportuna, para captação de mudanças que possam ocorrer neste perfil. É necessário o monitoramento constante das IRAG e estas podem ser produzidas por vários vírus, bactérias e outros agentes. O vírus influenza pela sua elevada capacidade de mutação, que ao longo da história foi capaz de produzir várias pandemias, com alta morbi-mortalidade é o principal motivo desta vigilância.

HC-UFPR realiza a busca ativa diária nas principais áreas de entrada de pacientes que internam por infecção respiratória aguda grave no hospital, que são os centros de terapia semi-intensiva, unidades de terapia intensiva, infectologia, clinica médica, maternidade. Outras fontes de captação são o laboratório de virologia, aonde chegam todas as amostras respiratórias e as declarações de óbito com diagnóstico de infecção respiratória. A busca é realizada com base na definição de caso suspeito de IRAG. Todo caso com estas características é investigado, sendo preenchida a ficha do SINAN NET de influenza e é orientado para que seja realizada a coleta de amostra respiratória, os pacientes são acompanhados até a alta para o encerramento da ficha de investigação. Após esta etapa os dados são digitados em uma planilha excel e no DATASUS influenza.

por faixa etária, 128 (76%) eram menores de 15 anos, 42% < de 1 ano e 70% < de 5 anos. Na distribuição dos casos de IRAG por semana epidemiológica observamos um aumento no número de casos principalmente nos meses de março a junho. Veja figura 1. Na distribuição dos casos de IRAG por semana epidemiológica observamos um aumento no número de casos principalmente nos meses de março a junho. Quanto à associação com outras doenças, comorbidades foram encontradas em 89(53,3%). Nenhuma gestante foi captada no período. Dentre 167 casos de IRAG, oito(4,8%) foram a óbito, todos com comorbidades e idade variando de 49 a 83 anos. A amostra respiratória foi coletada em 102(60%)pacientes e não realizada em 65 (40%) dos casos. Das 102 amostras coletadas, 36(35%), foram negativas, e 66 (64%) positivas, sendo que em 11 casos houve mais de um vírus presente.

Resultados da vigilância de janeiro Como os casos de IRAG são capta- a julho de 2011 dos e os procedimentos da Foram notificados e investigados 167 ca- Dentre as amostras positivas o vírus sincivigilância? O Serviço de Epidemiologia Hospitalar do

sos de IRAG. Destes 80 do sexo feminino e 87 do sexo masculino. Na distribuição

cial respiratório foi o mais freqüente, presente em 49 casos.

Número casosde deIRAG, IRAG,por por faixa 2011 atéaté julho Fig. 1- Número de de casos faixaetária etáriae esexo, sexo, 2011 julho.

N= 167

Nº de casos 60 55 50 45 40 QUADRO 1 – FATORES QUE POSSUEM INTERFERÊNCIA NA 35 DISTRIBUIÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS NO LCR.( ADAPTADO DE 30 SOUSA, 25 1992). 20 15 10 5 0 a) < 1 ano b) 1 a 4 c) 5 a 19 d) 20 a 29 e) 30 a 39 f) 40 a 49 g) 50 a 59 h) 60 a 69 i) 70 a 79 j) 80 anos 7 anos anos anos anos anos anos anos anos ou mais


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Alerta Não foi detectado nenhum caso de influenza pandêmica A H1N1 2009. Dentre os 4 casos de influenza A detectados 3 são H3 e em um caso o vírus não foi subtipificado. Os influenza A H3 estavam associados aos quadro respiratório

nos meses de junho e julho, em pacientes com idades de 1 mês, 57 e 79 anos. Os pacientes adultos apresentaram quadro grave, permanecendo em UTI por um longo período. Outros vírus identificados foram coronavirus, adenovirus, metapneumovirus, rinovirus e parainfluenza. Na

distribuição por grupo etário, notamos que a maior positividade se deu nos menores de 5 anos, sendo que o vírus sincicial respiratório(VSR) foi o que apresentou maior percentual de positividade, 62%.

Fig. 2 - Número de casos de IRAGS captados, por semana epidemiológica, 2011 até julho N= 167

QUADRO 1 – FATORES QUE POSSUEM INTERFERÊNCIA NA DISTRIBUIÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS NO LCR.( ADAPTADO DE SOUSA, 1992).

Fig.2 - Distribuição dos diferentes vírus identificados, por semana epidemiológica, 2011 até julho N= 167

QUADRO 1 – FATORES QUE POSSUEM INTERFERÊNCIA NA DISTRIBUIÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS NO LCR.( ADAPTADO DE SOUSA, 1992).

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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HC - AGOSTO de 2011

Alerta Trinta e nove pacientes eram maiores de 14 anos, sendo que o percentual de exames não realizados neste grupo foi de 74%,e apenas 29% de 128 pacientes com idade inferior a 15 anos não foram investigados laboratorialmente. É necessária a continuidade da vigilância das IRAG pois esta nos permite monitorar e conhecer a circulação dos vírus respiratórios em nossa comunidade. Também vemos que precisamos avançar na coleta de amostra em pacientes adultos, pois ainda encontramos dificuldade do reconhecimento da importância da identificação dos vírus respiratórios neste grupo. Elaborado por: Serviço de Epidemiologia:Suzana Dal Ri Moreira, Talita Muniz Lima da Silva, Tatyane Borges Calegari, Lili Gonçalves. Virologia: Luine Rosele Renaud Vidal, Meri Bordignon Nogueira, Salomão Cury Riechi,Sonia Mara Raboni.

Tab.1 Distribuição da frequência dos vírus identificados, por faixa etária, 2011 até julho Vírus VSR adenovirus Metapneumovírus Rinovirus influenza AH3 coronavirus parainfluenza 1 parainfluenza 2 parainfluenza 3 influenza A

Total

<1 ano 33 2 4 4 1 2 0 1 1 0

48

1-4 anos 15 4 2 1 0 0 2 0 0 1

25

5-14 anos 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1

15-19 anos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0

20-49 anos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0

>50 0 1 0 1 2 0 0 0 1 0

5

Total 49 7 6 6 3 2 2 1 2 1

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COMUNICAÇÃO A SERVIÇO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Um serviço reconheceu a importância tual chamado EpidemiologiaHC-UFPR. epidemiologia, como as apresentações, da implantação do processo de comu- Por meio desta ferramenta, os serviços manuais e materiais didáticos. Para isto, nicação sistematizada para apoiar seu de Epidemiologia, Controle de Infecção está disponível no site do HC-UFPR o propósito de fornecer orientações téc- Hospitalar e Hospital Sentinela HC-UFPR conteúdo complementar dos estágios nicas permanentes para os profissionais se uniram para oferecer um conteúdo es- de vigilância epidemiológica para os alude saúde. Esse é o Serviço de Epidemio- pecífico de suma importância para forta- nos do décimo período de Medicina da logia do HC-UFPR, que desde março de lecer a vigilância dentro e fora do hospital. UFPR. Ele se encontra no item “arquivos” 2011 criou estratégicas para reunir da seção da Epidemiologia no as informações epidemiológicas endereço http://www.hc.ufpr.br/ O site do HC-UFPR é o a serviço dos profissionais, esdru6/?q=node/1356 . tudantes das áreas da saúde, resi- encontro das estratégias criadas para dentes e interessados que encaram Notícias conversar com o público os desafios de entender o perfil epihttp://www.hc.ufpr.br/epidemiologia O terceiro foco não menos impordemiológico das doenças em uma sociedade contemporânea. tante se concentra em disponibilizar atualizações epidemiológicas. Após um diagnóstico de todos os meios Todas as edições podem ser acessadas no É realizada pesquisa semanal e seleção de comunicação disponíveis, as ferramen- item “informativos” no endereço http:// das notícias vindas da Organização Muntas encontradas foram organizadas para www.hc.ufpr.br/dru6/?q=node/1373 dial e Pan-Americana, Ministério e Secreatender três grandes necessidades. tarias Estadual e de Municipal da Saúde Materiais de Apoio para Alunos de Curitiba. Estas atualizações podem Informativos ser vistas em notícias pelo http://www. Outro foco é fortalecer a educação em hc.ufpr.br/dru6/?q=blog/40 A primeira é a integração da vigilância saúde proporcionando aos estudantes divulgada neste boletim bimensal e vir- um meio atualizado de conteúdo em Para aperfeiçoar o contato virtual utilizan-

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Grupo de Relacionamento

Site

A principal estratégica foi criar um grupo de relacionamento chamado EpidemiologiaHC na plataforma Yahoo Grupos. O convite para participar do grupo é feito tanto por meio do cadastramento dos contatos pelo serviço, quanto de forma ativa em que o interessado realiza seu próprio cadastro. Basta enviar um e-mail para epidemiologiahc-subscribe@yahoogrupos. com.br com o título “cadastrar”.

A seção da Epidemiologia do site do HC-UFPR é o encontro das estratégias criadas para conversar com o público. Este espaço está disponível dentro da área institucional como um dos tópicos da direção do Corpo Clínico, respeitando sua posição no organograma gerencial do Hospital. O acesso direto pode ser feito por este endereço http://www.hc.ufpr.br/ dru6/?q=node/320

Os participantes cadastrados neste grupo recebem desde o boletim EpidemiológicoHC, atualizações do site, até as últimas atualizações de cada semana epidemiológica. Ou seja, apenas informação importante para exercício da vigilância.

No processo de fortalecimento das capacidades básicas para resposta frente a situações de emergência é necessário dar conhecimento da situação epidemiológica de forma oportuna e dar a relevância necessária a vigilância epidemiológica.

Desta forma a Comunicação é uma estratégia necessária para a difusão de informação e todos os meios utilizados são virtuais, assim gerando sustentabilidade para o próprio serviço sem afetar a qualidade do trabalho. É importante incentivar outros Núcleos a desenvolverem seu próprio processo, guiado pelas necessidades locais, mas utilizando-se do alicerce federal integrado. Para a sustentabilidade do Regulamento Sanitário Internacional 2005 a comunicação é imprescindível para permitir o conhecimento oportuno do problema e das ações de intervenção necessárias. Esse trabalho seja feito para expandir a visibilidade da Epidemiologia no Paraná constantemente e não apenas em momentos de surto ou pandemia.

Epidemiologia HC-UFPR nas Redes Yahoo Grupos: http://us.rd.yahoo.com/evt=42879/*http://br.groups.yahoo.com/group/epidemiologiahc Para solicitar ativamente o cadastro, envie para o e-mail epidemiologiahc-subscribe@yahoogrupos.com.br com o título “cadastrar”. Seção de Epidemiologia no Site do Hospital de Clínicas UFPR : http://www.hc.ufpr.br/dru6/?q=node/320 Acesse: Institucional>Corpo Clínico> Epidemiologia Hospitalar

Expediente Projeto gráfico: André Heib Barbosa – www.andheibs.com

Coordenação, edição e revisão: Evelyn Thais Almeida


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