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Centro de Recursos
Quadro interactivo SMART BOARD
O Centro de Recursos, entre muitas outras funções, tem por responsabilidade proporcionar, gerir e manter as condições técnológicas que conduzam à possibilidade de inovação pedagógica. Foi por essa razão que Centro propôs, à direcção da EPM-CELP, a aquisição de dois SMART BOARD, instrumento tecnológico inovador, que, muito em breve, substituirá o velho “Quadro de Giz”.
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Apresentamos agora algumas observações relativas à primeira experiência de contacto com esta nova tecnologia por parte dos alunos da nossa escola.
Os alunos do 8ºB foram os primeiros alunos na EPM - CELP a testar esta nova ferramenta, o quadro interactivo SMART BOARD.
Mas afinal o que é um Smart Board? O quadro interactivo Smart Board tem uma superfície sensível ao toque, onde se pode explorar qualquer tipo de aplicação, como web sites, softwares específicos, apresentações em power point, etc...
O Smart Board pode aumentar a motivação e o desempenho dos alunos, pois a aula passa a ser interactiva e dinâmica. Basta tocar na superfície do Smart Board para seleccionar ícones, menus e controlar qualquer tipo de software. Os alunos vêem imagens vibrantes, vídeos, e interagem fisicamente com o material, movendo letras, números, palavras e imagens com os dedos.
Com o Smart Board, o professor prepara a aula no seu computador e depois publica-a no moodle. É simplesmente espectacular.
VR/ AA
Feira do livro na EPM-CELP
Nos dias 23 e 24 de Abril realizou-se uma Feira do Livro na EPM-CELP promovida e organizada pela Biblioteca Poeta José Craveirinha com o apoio da direcção desta instituição de ensino cujo objectivo primordial foi a promoção da leitura, como pilar essencial na formação integral do aluno. Sendo o dia 23 de Abril, o Dia Mundial do Livro, esta foi uma forma da EPM-CELP se associar à celebração desta efeméride, festejando o livro, proporcionando um contacto diferente com este
Para que esta iniciativa fosse possível, a presença das editoras moçambicanas, que acederam ao convite para participarem neste evento, falamos da Mabuko, da Escolar Editora, da Imprensa Universitária
e da Texto Editores, foi crucial. O público acorreu com frequência às bancas montadas folheando, namorando os exemplares expostos que iam de encontro aos mais diversos perfis de leitor. Quem por lá passou, pôde apreciar e, se o desejou, comprar exemplares de literatura Infanto-juvenil, de literatura portuguesa, africana, estrangeira, livros didácticos, dicionários, ensaios, livros técnicos, enfim, havia de tudo um pouco nesta homenagem ao livro.
Em jeito de conclusão, é de assinalar que os alunos do primeiro ciclo e do segundo ciclo se mostraram particularmente interessados nesta actividade, revelando até uma saudável avidez na procura deste amigo que se espera os acompanhe pela vida fora: o livro. Um nota de franca esperança para o livro e para a leitura, que sabemos atravessarem tempos difíceis. Um alerta também para a responsabilidade em não deixar morrer a chama da curiosidade que impele os mais novos para a descoberta do prazer da leitura. AC/EP
. instrumento pedagógico e facilitando a sua aquisição no espaço escola. 15
CONVERSAS COM O SÉCULO XX
Em 1900 Sigmund Freud, judeu e austríaco publica “A interpretação dos sonhos” que ao formular o conceito de “inconsciente”, revolucioná a forma de encarar o Homem e abrirá as portas às Ciências chamadas Humanas. O indivíduo é colocado no centro: a sua história, as suas pulsões, recalcamentos, serão merecedoras de uma atenção científica
Um século mais tarde exactamente no ano 2000, é descoberto o código do genoma humano, deixando em aberto a vertente de engenharia genética. Alguns anos antes tinha-se realizado a primeira clonagem em animais que concretizaria a premonição de Huxley em “Admirável Mundo Novo” e levantaria inúmeras questões éticas relativas às possibilidades que se abrem com a criação de seres de laboratório. A genética, essa sereia que nos canta tantas promessas, não nos atrairá para um abismo onde o totalitarismo se aliará - como num passado ainda recente com o nazismo - ao progresso da ciência?
Entre estes dois marcos – um que coloca o indivíduo como sujeito e o outro em que a ciência e o poder se substituem a Deus nos destinos do Homem - oscilará o século XX, ora pendendo para a democracia ora para o totalitarismo.
O Holocausto, materializando o Inferno total, trará a prova de que apesar das correntes humanistas de pensamento, à sua sombra – na pulsão que se oculta - fermenta e frutifica a destruição e instucionaliza-se o Mal.
A ciência com os seus progressos incalculáveis tanto ao nível da medicina, como dos transportes e comunicações, da física, da nova aliança entre ciência e tecnologia, trouxeram no mesmo sopro, benefícios imensos e a possibilidade de aniquilamento total do nosso planeta. Os perigos ecológicos igualam ou ultrapassam o aumento da longevidade pela invenção das vacinas, a penicilina não contrabalança o perigo da bomba atómica que paira sobre as nossas cabeças, etc.
As conquistas que se alcançaram em termos de direitos humanos não impediram que houvesse duas guerras mundiais, campos de concentração e que se cavasse um fosso cada vez maior entre ricos e pobres. As independências dos países colonizados ainda não se concretizaram em verdadeira autonomia económica e política.
O século XX revolucionou as comunicações, reduzindo as distâncias mas não foi capaz de melhorar a qualidade da comunicação humana, havendo cada vez mais solidão e suicídios.
O progresso tecnológico proporcionou um conforto enorme a milhões de pessoas mas a poluição que provoca pode estar na origem do aumento de doenças como o cancro e constitiu um perigo para o equilíbrio ambiental. As vacinas erradicaram algumas doenças tais como a varíola, mas imediatamente surgiram outras mais mortais ainda como a Sida.
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As revoluções trouxeram muitas promessas de igualdade mas ao cristalizarem-se em poderes políticos ressuscitaram as clivagens sociais anteriores.
Disto nos fala o século XX na entrevista virtual que Jorge Letria concebe e escreve sob o título “Conversas com o século XX”, publicado em 2001 e na qual o século XX conta a sua história, fala das guerras, das grandes descobertas científicas, técnicas e tecnológicas, das revoluções.
Jorge Letria vai enumerando as contradições inerentes a cada progresso, a cada processo histórico, demostrando que tudo comporta aspectos negativos e positivos e que nos cabe a cada momento com consciência fazer as escolhas que permitam um desenvolvimento equilibrado e sustentável.
Que histórias conta este século, que lembranças positivas guarda, que expectativas viu cumpridas, que raízes gostaria de ver extirpadas do seu seio para que não voltassem a fructificar?
Este século do grande desenvolvimento e da suspeita, da publicidade e dos excedentários, dos “direitos humanos” e das hetacombes mais mortíferas da História, foi um mostruário de paixões e de erros, como serão todos afinal, só que neste divisámos pela primeira vez a possibilidade da “liquidação maciça do homem” e o fim dos recursos naturais. Com o sábio “equilíbrio da balança” a que se referiam os Persas, José Jorge Letria dirige-se aos jovens numa atitude de esperança em relação à racionalidade e ao bom senso das novas gerações e pretende galvanizá-las ao diálogo franco e tolerante, que não impeça o pensamento crítico mas não fique tolhido pelo espectro pesado da História.
George Steiner diria que “O homem é cúmplice daquilo que o deixa indiferente”
O apelo à consciência que não deixa lugar à indiferença é o que motiva este livro que poderá ser objecto de discussão em aulas de História, Ciências ou Filosofia.
José Jorge Letria
Nasceu a 8 de Junho de 1951 em Cascais. Cursou Direito, História e História da Arte e fez uma Pós graduação em Jornalismo internacional. É jornalista desde 1970 tendo sido editor de jornais como o Público e Diário de Notícias. Foi professor de jornalismo no ensino secundário, experiência de que se serviu para publicar dois livros sobre o assunto.
Desde finais dos anos sessenta que se destacou como compositor e intérprete de canções de intervenção ao lado de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Francismo Fanhais e Manuel Freire. Foi um dos poucos civis que estiveram ao corrente da sublevação militar do 25 de Abril de 1974.
Iniciou o seu percurso político no PCP, tendo-se desvinculado deste partido por motivos ideológicos em 1991, aderindo mais tarde ao PS.
Conta com cerca de duas centenas de títulos publicados, dos quais mais de metade são de literatura infanto-juvenil nos quais se destaca pela variedade de temáticas e pelo carácter interventivo dos temas que aborda: a cidadania, a ecologia, a literatura portuguesa e os seus autores, a História de Portugal...
Tem livros traduzidos em espanhol, francês, italiano, checo, russo e alemão.
Em 1992 foi agraciado com a medalha da International des Arts et des Lettres de Paris, juntamente com Natália Correia e David Mourão Ferreira e foi condecorado pelo Presidente da República com a Ordem da Liberdade. TN
A MÚSICA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM!
A educação deve ser vista como um processo global, progressivo e permanente, que necessita de diversas formas de estudo para o seu aperfeiçoamento, e a educação musical nas escolas, não podia deixar de integrar este processo. Uma investigação levada a cabo por cientistas canadianos da universidade de McMaster, sugere que as aulas de música podem ajudar a melhorar as capacidades de aprendizagem nas crianças, ao proporcionarem diferentes padrões de desenvolvimento neurológico, e ainda a motricidade e as áreas sensoriais por meio do ritmo e do som.
O primeiro passo para que a criança aprenda a escutar bem consiste em permitir que ela faça experiências sonoras com as qualidades do som como o timbre, a altura e a intensidade, ficando, depois disso, em posição de escuta (Ducorneau, 1984).
A criança precisa ser sensibilizada para o mundo dos sons, pois é através da audição que ela possui o contacto com os fenómenos sonoros. O processo de aquisição da linguagem, por exemplo, desde o aprender a falar até o aprender a ler e a escrever, tem como base a sensibilização para um mundo sonoro e harmonioso. Uma iniciação à aprendizagem da leitura e da escrita deficiente no professo auditivo, com todas as suas envolventes como a consciência fonética, fonémica e fonológica e memória auditiva, pode comprometer o sucesso dessa aprendizagem.
A música quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta tão rica actividade educacional dentro das salas de aula.
A música, por meio da melodia, tem ainda um papel importante na formação do processo afectivo. Ela desperta no indivíduo um mundo de prazer para a mente e para o corpo que facilita a aprendizagem e também a socialização. AM