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Período
BALANÇO DO 2º MOMENTO DE AVALIAÇÃO SUMATIVA
No Ensino Básico
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A nível da Educação Pré-Escolar, o Projecto Curricular foi cumprido e os objectivos propostos alcançados. De uma forma geral, o desenvolvimento global dos alunos é bom.
No 1º ano, foram avaliados 78 alunos. Em relação ao período anterior, três alunos anularam a matrícula. Mesmo assim, houve uma boa evolução, atendendo a que neste ano de escolaridade as crianças estão a aprender a ler e a escrever.
No 2º ano foram avaliados 94 alunos. Estes são considerados assíduos com um comportamento satisfatório e um aproveitamento bom. Alguns apresentam dificuldades a nível de Língua Portuguesa e de Matemática. A turma “D”, devido à sua constituição inicial, pois foi constituída no 2º período do 1º Ano, recebeu alunos com algumas dificuldades a nível de Matemática e Língua Portuguesa, o que tem contribuído para que o rendimento desta turma, em relação às outras, seja mais fraco.
Em relação ao 3º ano, foram avaliados 83 estudantes. Os alunos são assíduos, o comportamento é satisfatório e o aproveitamento é bom. Alguns alunos apresentam dificuldades a nível de Língua Portuguesa, de Matemática e de Inglês.
No 4º ano, ano de transição de ciclo, foram avaliados 103 alunos. São alunos assíduos, o comportamento é satisfatório e o aproveitamento a nível desde ano é bom MF
Em relação ao 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, realizaram-se vinte Conselhos de Turma de Avaliação, correspondentes a 8 turmas do 2º Ciclo e 12 turmas do 3º Ciclo. O número de alunos por turma situa-se entre 22 e 27. Para o caso das turmas do 2º Ciclo, relativamente ao 5º Ano de Escolaridade, o número varia entre 23 e 25 alunos, e no 6º Ano de Escolaridade, o número varia entre 22 e 27 alunos. No 3º Ciclo, no 7º Ano de Escolaridade, o número de alunos varia entre 22 e 23 alunos, no 8º Ano de Escolaridade, entre 21 e 25 alunos, no 9º Ano de Escolaridade, entre 23 e 25 alunos.
Realizado o balanço dos resultados da avaliação, é de salientar que o comportamento dos alunos das turmas do 5º Ano de Escolaridade foi considerado, no geral, Satisfatório, com excepção das Turmas B e D, cujo comportamento foi considerado Bom.
As turmas do 5º e 6º Anos de Escolaridade apresentaram um aproveitamento Suficiente, constituindo excepção as Turmas C e D do 5º Ano de Escolaridade, que apresentam um aproveitamento Bom. Não se apresentam disciplinas com percentagens iguais ou superiores a 50% de níveis inferiores a três, nas turmas deste ciclo, em geral; contudo, o 6º C apresenta, na disciplina de Matemática, uma percentagem superior a 50% de níveis inferiores a três.
No que se refere ao 3º Ciclo de Estudos – 7º, 8º e 9º Anos de Escolaridade – o comportamento, em termos globais, foi também considerado Satisfatório, com excepção da Turma C, do 8º Ano de Escolaridade, que apresenta um Bom comportamento.
O aproveitamento, de uma forma geral, no 3º Ciclo, foi considerado Suficiente, destacando-se as Turmas A e D, do 7º Ano de Escolaridade, com um aproveitamento Insuficiente, a Turma D do 8º Ano de Escolaridade e a Turma D do 9º Ano com um aproveitamento também considerado Insuficiente.
Neste Ciclo de Estudos as disciplinas com percentagens de níveis inferiores a três iguais ou superiores a 50% são as de Matemática, Ciências Físico-Químicas e Ciências Naturais no 7º Ano de Escolaridade; Língua Portuguesa, Matemática e Ciências FísicoQuímicas, no 8º Ano de Escolaridade; História, Matemática e Ciências Físico-Químicas, no 9º Ano de Escolaridade. MC
No Ensino Secundário
REUNIÕES ENTRE A DIRECÇÃO E ALUNOS
Às Mulheres da Minha Terra
No 10º ano de escolaridade, a disciplina de Matemática é a que apresenta o maior número de classificações inferiores a dez valores. No total de 66 alunos avaliados, 34 tiveram uma classificação inferior a dez valores.
Se estivéssemos no fim do ano lectivo, haveria 25 alunos reprovados, isto porque há 25 alunos com mais de três classificações inferiores a dez valores.
O comportamento das turmas foi considerado Satisfatório, bem como o aproveitamento.
No que concerne ao 11º ano, as disciplinas com maior índice de insucesso são Matemática (turmas A e B), com uma percentagem de insucesso de 63,5% e Físico-Química A com a percentagem de 51,2%.
Há 19 alunos em situação de reprovação, dado que possuem mais de duas classificações inferiores a dez valores.
O comportamento das turmas foi considerado Satisfatório, bem como o aproveitamento.
Relativamente ao 12ºAno, não existem disciplinas com percentagens de insucesso. Todavia é preciso estar-se atento às disciplinas de Matemática, e à disciplina de História B no 12º B, tendo presente que são disciplinas sujeitas a exame nacional.
O comportamento das turmas foi considerado Satisfatório, bem como o aproveitamento. MV
Nestas reuniões procura-se estimular nos alunos uma reflexão critica do desempenho a fim a induzir melhorias nos resultados obtidos
O início de um novo período reveste-se de uma importância vital para a vida de qualquer aluno. Há que repensar a forma como se encara a vida escolar e, se necessário, traçar uma nova rota para levar o barco a bom porto.
Assim, e à semelhança do que já é prática na EPM-CELP, o Conselho Directivo promoveu reuniões com os alunos dos diversos ciclos de estudo, com o propósito de promover uma reflexão cuidada sobre os resultados obtidos. Nestes encontros, os alunos tiveram oportunidade de conhecer os resultados das turmas do respectivo Ciclo de Ensino e de se pronunciar sobre as dificuldades encontradas e o que fazer para melhorar a sua atitude face às actividades lectivas.
Através da visualização de um pequeno vídeo, exemplificando que é possível vencer as dificuldades, os alunos reconheceram que : É possível vencer as dificuldades desde que se tenha força de vontade. EP O kulunguana soa ao ritmo da festa no amarrar da capulana que a alegria manifesta. São as Mulheres da minha terra que celebram o seu dia com lindos passos de dança na marrabenta que toca em harmonia.
As vozes perdidas no canto que mata o sofrer, na sua melodia, destas Mulheres que em armas lutaram pelo bem do país e da sua democracia. E nas suas mãos o amor pela enxada deixou as marcas do trabalho lindo, nas machambas de onde o verde brotou.
Viva as nossas mamanas viva as mães da nação viva as Mulheres Moçambicanas.
Viva também... aquelas que sem serem moçambicanas lutaram pela educação e pelo bem-estar do povo lado a lado com as nossas mamanas. Viva, viva, viva a coragem e o sacrifícios dessas Mulheres que de esperança animam o nosso povo que de amor sustentam a nossa nação.
Fernandes Sitoe, 11º C
NR: Poema escrito por ocasião das comemoraçãoes do Dia da Mulher Moçambicana, dia 7 de Abril.
A ELEGÂNCIA
A Associação de Pais e Encarregados de Educação da EPM-CELP pretende ser um elo de ligação vivo entre as famílias e a Escola. Disso são testemunho as actividades levadas a cabo como a feira do livro e o concurso Uma estória desenhada. O artigo que se segue, da responsabilidade deste organismo, assume-se como um contributo sério na arte do saber estar. Vale a pena ler.
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a “Elegância do Comportamento”.
É um dom que vai muito além do uso correcto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a Elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma ‘elegância’ desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz quando se dirigem às pessoas mais humildes.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber um telefonema, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se superar para o fazer.
É elegante não mudar o seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em conversas informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.
Apelido, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém...é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar...é muito elegante
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma.
Oferecer ajuda...é muito elegante.
Olhar nos olhos, ao conversar, é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que indepente de status social: é só pedir “licencinha” para o nosso lado mais primitivo, que acha que “com amigo não tem que ter estas coisas”.
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.
Nós, como Encarregados de Educação e Pais, temos que estar atentos para que, tanto em casa como na escola, estejamos sempre passando aos nossos filhos essa Elegância para que no futuro possamos ter uma sociedade mais justa e digna. APEE - EPM
O dia internacional do Livro Infantil, dia 2 de Abril, foi comemorado na nossa escola com a apresentação do livro “Mimosa”, uma história criada pela psicóloga escolar Janaína Tomás e Melo. A obra conta com ilustrações de Athayde e Melo e com o prefácio de Mia Couto.
No auditório Carlos Paredes, os mais pequeninos ouviram a “menina grande”, que pensou esta história, e até o ilustrador ali esteve presente, deliciando os pequenotes com outros e variados desenhos.
Criou-se assim ambiente para um diálogo vivo e animado entre todos, sendo muitas as questões dos pequeninos cuja curiosidade era difícil de saciar.
Vamos ouvir o que tem a dizer Janaína Tomás e Melo, a autora. PL – Como nasceu a Mimosa? JM- A Mimosa surgiu a partir de duas coisas: a minha filha, que aqui vivia longe da família, com saudades de todos, o que lhe gerou problemas de auto-estima, e a minha vontade de escrever para crianças. Um dia conheci um contador de histórias e fiquei com esta vontade, a de escrever uma história que pudesse ajudar a minha filha. Eu queria escrever e o meu marido queria ilustrar. PL – Foi o que se pode chamar de um trabalho familiar? JM- Sem dúvida! E foi um trabalho de todos, quando o digo, é porque foi mesmo de todos. O meu marido pintou e desenhou ao lado dos filhos e o último desenho da Mimosa é inspirado num auto-retrato feito pela Nayma, a minha filha. No primeiro livro, “Feiosa Mimosa”, surgem mais brincadeiras familiares e a carta escrita no avião foi mesmo escrita pela minha filha, as legendas que surgem com letra de criança também foram escritas por ela e, em determinado momento, há um quadro da bisavó que é um quadro real que foi fotografado e incluído na história! PL – Qual o principal objectivo desta história? JM- Bem, eu trabalho sempre com objectivos. Na primeira história, o meu objectivo era trabalhar a família, os dias da semana, criar uma história que pudesse ser trabalhada, por exemplo, numa sala de aula com os meninos. Na segunda história eu quis trabalhar outros temas como a gravidez, como receber um mano, ou o luto pela morte, pois nesta história há uma avó que está doente e a Mimosa começa a perceber que um dia a avó não vai aparecer... PL – Como foi o encontro com as crianças? JM- Este não foi o primeiro encontro. Gostei mesmo muito. É muito bom escrever para os nossos filhos mas escrever para outras crianças também e eu senti que o lançamento do livro é uma oportunidade para contar a história e perceber o impacto da história nas crianças. PL – Qual a pergunta mais curiosa que lhe colocaram? JM- No auditório, recebi as crianças da Pré-Primária e depois as crianças do 1.º ciclo. Foram duas as questões e quando as colocaram eu até fiquei aflita! Uma delas foi “Como entrou a semente na barriga da mãe?” e outra “Como saiu o bebé?” PL – E quais foram as respostas? Ficaram esclarecidos? JM- Sim, à primeira questão respondi que os pais namoraram e assim o pai colocou a semente na barriga da mãe. Já à segunda questão, expliquei que a mãe foi para o hospital e o médico ajudou o bebé a sair. PL – Qual o balanço da comemoração do Dia do Livro Infantil? JM- Excelente! Nunca na escola tinha sido assim celebrado, o dia do Livro Infantil! Foi muito bem organizado este dia, pena não ter sido possível abranger todo o 1.º ciclo! Eu gostaria até que em futuras ocasiões se organizasse a semana do livro infantil e aí trabalhar o livro como um processo de construção, ou seja, o mesmo livro seria trabalhado de forma diferente atendendo às classes etárias dos alunos. Se com uns se trabalharia a história, com outros trabalhar-se-ia a parte gráfica, por exemplo. PL – Teve oportunidade de estar com os mais pequenos. Gostaria de deixar algumas palavras aos mais crescidos? JM - Sim, ler, ler e ler...isto para os pais, para os meninos já mais crescidos, para todos! Aprendi com o mesmo contador de histórias que, se se entra no quarto de uma criança e ela tem mais brinquedos que livros, algo está mal!
O Pátio das Laranjeiras soube, um dia após a realização da entrevista, que a autora foi contactada para a tradução da sua história para uma editora inglesa. Parece que a Mimosa vai viajar e trazer ainda mais surpresas!!!
Parabéns à autora e obrigada pelas palavras! MV