Polo de excelência em inovação ambiental by Equipe NGA

Sumário 05

Apresentação

Os Polos de Excelência

Polo de Excelência em Inovação Ambiental

Localização

Características da Região

O contexto do Polo de Excelência em Inovação Ambiental

Bureau de Inteligência

Rede Mineira de Inovação Ambiental

Plataforma Aberta de P&D e Inovação

Condomínio Temático em Inovação Ambiental

Centro de Excelência em Biodiversidade

Greenhouses

Herbário Eletrônico

Jardim Botânico Inhotim

Complexo Tecnológico do Vetor Sul / Inhotim

Escritório de atração de empresas, negócios e ICT’s

Biodiversity e Carbon Opportunity Project

Área de instalação para laboratórios, ensino e empresas

Complexo Econômico - Industrial da Saúde

Centro de Tecnologia em Genômica

Repositório Internacional de Referência

Extratoteca

Observatório da Saúde Ambiental

Espaço Designer Ecogastronômico

Observatório das Águas Unesco/Inhotim

Pavilhão de Ciências e Artes

aPresentaçãO

O Governo de Minas Gerais estabeleceu no seu Planejamento Estratégico 2011-2014, o desenvolvimento econômico sustentável como uma de suas prioridades. A partir do entendimento de que a tecnologia e a inovação são fundamentais para o processo de desenvolvimento, foi proposta a criação da Rede de Ciência, Tecnologia e Inovação, com o objetivo de construir um ambiente que permita ao Estado se inserir como protagonista na economia do conhecimento, ampliando os espaços para a construção da cidadania. Os objetivos estratégicos da Rede de Ciência, Tecnologia e Inovação são: Consolidar a inserção de Minas Gerais na economia do conhecimento; Reestruturar e ampliar a oferta do ensino tecnológico e superior para a qualificação de pessoas, alinhada à demanda do setor empresarial; Ampliar os ambientes de inovação gerando empregos de qualidade, retendo e atraindo talentos; Promover a inovação ambiental para o enfrentamento das mudanças climáticas; Fortalecer e ampliar a cidadania digital. A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes) tem como atribuição: a execução da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), pautada no desenvolvimento e fomento à pesquisa e na aceleração do processo de inovação. É a responsável pelo Projeto Estruturador Ciência, Tecnologia e Inovação Rumo à Economia do Conhecimento, com quatro projetos estratégicos, dentre eles a Rede de Inovação Tecnológica (RIT).

A implantação dos Polos de Excelência é uma das ações prioritárias da Rede de Inovação Tecnológica (RIT)

Os POlOs de excelência

O programa Polos de Excelência tem por objetivo organizar e fortalecer as estruturas geradoras de conhecimento, tecnologias, formação de recursos humanos e prestação de serviços para a promoção do desenvolvimento sustentável de setores estratégicos, nos quais Minas Gerais possua tradição, massa crítica e/ou vantagens competitivas. O objetivo geral desta iniciativa consiste em integrar as competências institucionais, visando a:

1.Reunir massa crítica de pesquisadores, universidades, centros de pesquisa, órgãos de desenvolvimento e entidades empresariais focados no desenvolvimento da cadeia produtiva de cada um dos setores; 2.Promover condições para criação/atração de novos negócios para os diferentes elos da cadeia produtiva, de forma a propiciar seu adensamento; 3.Promover a criação da Rede de Inovação Tecnológica, ampliando a colaboração e incorporando novos nichos de mercado; 4.Fortalecer a estrutura de capacitação e formação de recursos humanos demandados pelos diferentes elos da cadeia; 5.Desenvolver núcleo de inteligência competitiva setorial; 6.Desenvolver infraestrutura metrológica e de certificação para assegurar a qualidade, competitividade e inserção dos produtos e serviços do Polo, nos mercados interno e externo.

POlO de excelência em inOvaçãO ambiental

No Planejamento Estratégico do Governo há um claro objetivo de preparar Minas Gerais para ser um estado líder na economia do conhecimento. Uma das estratégias fundamentais definidas é fortalecer as competências existentes e criar um ambiente atrativo para novos negócios com alto valor agregado naqueles segmentos em que o Estado já possua competência, expertise, tradição e/ou vantagens competitivas dinâmicas. A inovação ambiental tornou-se recentemente, em todo o mundo, uma área prioritária para investimentos em P & D e Inovação, tendo em vista o grande potencial de gerar novos negócios com valor agregado, alinhados às demandas da sociedade. Minas Gerais se insere neste movimento a partir de suas competências técnico-científicas, arcabouço institucional e de seus recursos naturais. Nesta perspectiva, para que o Estado se consolide como líder na produção de conhecimento e soluções inovadoras relacionados às questões ambientais, a implantação do Polo de Excelência em Inovação Ambiental foi definida como uma das prioridades da Sectes. O Polo nasce em consonância com o conceito de economia verde ou de baixo carbono, caracterizada pela incorporação de sistemas ecoeficientes nas diferentes cadeias e processos produtivos visando a minimizar seu impacto ambiental e propiciar o uso mais adequado dos recursos naturais. Também serão também consideradas na estratégia de implantação do Polo, as premissas da Economia Criativa. Ela reúne setores e processos que tem a criatividade como insumo e se expressa pela arte, literatura, lazer, artesanato, folclore e demais manifestações culturais.

lOcaliZaçãO A área referencial de atuação do Polo localiza-se no chamado Vetor Sul da Grande Belo Horizonte. A região tem na mineração a sua principal atividade econômica associada ao turismo e cultura vinculados às cidades históricas e, nos últimos anos, ao Inhotim, considerado o maior museu a céu aberto de arte contemporânea no mundo. Esta região possui o principal ativo ambiental da Grande Belo Horizonte, encontrandose inserida no lado sul da Cadeia do Espinhaço, uma das mais importantes áreas biogeográficas do Brasil. Dentre suas características, destacam-se os campos ferruginosos com alta diversidade florística e mananciais protegidos por enclaves de Mata Atlântica. Da sua relevância biológica, ressaltada em muitos estudos de priorização de áreas para a conservação da biodiversidade, resultou importantes iniciativas como a criação da Reserva da Biosfera do Espinhaço, de várias Unidades de Conservação e do Jardim Botânico do Inhotim com mais de 4500 espécies e com a maior coleção de palmáceas do mundo.

São Joaquim de Bicas

Mariana

Catas Altas da Noruega

ES SP

caracterÍsticas da regiãO A área compreendida pelo Vetor Sul de Belo Horizonte, localizada no centro do estado de Minas Gerais, é reconhecida internacionalmente pela sua riqueza geológica, principalmente pelas importantes reservas de minério de ferro e de ouro. Sua ocupação remonta ao século XVIII e culminou com a criação de importantes cidades como Ouro Preto e Mariana, incrustadas no Quadrilátero Ferrífero que é conhecido por grande abundância de minerais valiosos e rochas de valor ornamental, como a pedra sabão, o granito e o quartzito.

O Vetor Sul destaca-se por sua proeminente expressão cultural devido ao seu rico acervo histórico e arquitetônico. Essas características definem os roteiros turísticos de expressão internacional praticados regionalmente e representados pelas tradicionais incursões às cidades históricas.

A região também é detentora de rica diversidade biológica, com destaque para os campos rupestres ferruginosos, conhecidos como vegetação de canga, que abrigam grande número de espécies endêmicas e de táxons com distribuição absolutamente restrita. Por este motivo, várias iniciativas voltadas à conservação da biodiversidade regional têm sido desenvolvidas visando à criação de um sistema de proteção que seja representativo. Entre as Unidades de Conservação existentes, destacam-se o Parque Estadual do Rola Moça, a Estação Ecológica de Fechos e a Área de Proteção Ambiental na Região Sul de Belo Horizonte.

ROTIZEN L REGGIANI

GUILHERME FERREIRA

Devido as suas características naturais e exclusivas associadas à ocorrência de ambientes ainda moderadamente degradados, o Vetor Sul configura-se vital para a manutenção de bens e serviços ambientais, como abastecimento de água e regulação do clima para a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O contexto do Polo de Excelência em Inovação Ambiental

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Pol o

Polo Mineral Metalúrgico

Figura 1 - Visão Sistêmica do Polo de Excelência em Inovação Ambiental

Foram identificadas sete áreas potenciais de atuação: 1. Água e Saneamento; 2. Ar e Emissões; 3. Biodiversidade; 4. Energia Limpa; 5. Resíduos; 6. Recuperação e Regeneração de Áreas Degradadas; 7. Gestão. A Figura 1 ilustra também a dimensão do número significativo de atores públicos e privados que atuam na Região Metropolitana de Belo Horizonte e que constituem a massa crítica técnico-científica, empresarial e institucional para desenvolver as atividades. Os principais produtos do Polo são: A. Recursos humanos capacitados; B. Conhecimento científico e tecnológico; C. Informação; D. Produtos, processos e serviços inovadores.

Estratégia de Implantação

Polo de Excelência em Inovação Ambiental Comitê Gestor - Plano diretor

Bureau de Inteligência

Empresas e Pesquisa

Rede Mineira de Inovação Ambiental

Pesquisa

Laboratórios

Plataforma Aberta de P&D e Inovação

- Formação de Recursos Humanos - P&D e Inovação - Teste e Validação de Modelos e Protótipos

Água Saneamento

Resíduos

CMRR - FEAM HIDROEX / CEMIG / COPASA ONG’s Polo de Recursos Hídricos Universidades Polo Mineral - Metalúrgico Polo Mineral - Metalúrgico Observatório das Águas FAPEMIG Unesco - CETEC - FAPEMIG

Biodivesidade SEMAD/IEF Biota - Embrapa Universidades - Epamig Inhotim - ONG’s FAPEMIG René Rachou FUNED Fiemg

Energia Limpa

Gestão

Bioerg CEMIG CETEC Universidades FAPEMIG

FDC IEL FEAM Universidades FAPEMIG

Recuperação Regeneração

Ar e Emissões

Inhotim Centros de Pesquisa Universidades Universidades Empresas de Serviços IEF Polo Mineral-Metalúrgico Semad ONG’s - FAPEMIG CETEC FAPEMIG

Figura 2 - Estratégia do Polo de Excelência em Inovação Ambiental.

Observatório das Águas

UNESCO/HIDROEX/ INHOTIM/COPASA

Pavilhão de Ciências e Artes INHOTIM

O Polo de Excelência em Inovação Ambiental fez seu planejamento estratégico respaldado em um Plano Diretor. O Polo — apoiado por uma coordenação executiva — é gerido por um Comitê que orienta e acompanha a implementação de suas ações. (Figura 2) Principais estruturas: 1. Bureau de Inteligência 2. Rede Mineira de Inovação Ambiental 3. Plataforma Aberta de P & D e Inovação, dentro da qual se inclui o Condomínio Temático em inovação Ambiental 4. Observatório das Águas UNESCO/HIDROEX/INHOTIM/COPASA 5. Pavilhão de Ciências e Artes

bureau de inteligência O Bureau de Inteligência tem como função: articulação e prospecção de informações setoriais relevantes na construção e acompanhamento de cenários nacionais e internacionais necessários à tomada de decisão estratégica. Desempenha papel relevante na condução e promoção do processo de inovação, na definição de estratégias para mitigar impactos e capitalizar as oportunidades decorrentes da globalização sobre os sistemas nacionais e regionais de inovação. Tem ainda por objetivos a prospecção de informações, construção e análise de cenários e oportunidades, propriedade intelectual, captação e articulação de recursos, inovação e governança, serviços de inteligência competitiva, monitoramento setorial, articulação de recursos para financiamento de projetos de inovação tecnológica, dentre outros. O Bureau de Inteligência terá também um Sistema de Integração para a Qualidade com a função de captar oportunidades de melhoria para os negócios ambientais e fomentar o desenvolvimento destes com a aplicação de sistemas de gestão e certificação direcionados.

rede mineira de inOvaçãO ambiental A Rede Mineira de Inovação Ambiental está estruturada, como um instrumento de promoção da interação entre o governo, a iniciativa privada, a academia e organizações civis, visando à criação de um ambiente de permanente intercâmbio entre os setores dedicados ao desenvolvimento e promoção da inovação ambiental no Estado.

PlataFOrma aberta de P&d e inOvaçãO O Polo está planejado como uma plataforma aberta de P & D e Inovação, com os seguintes objetivos: formação de recursos humanos em nível de pós-graduação, desenvolvimento de P & D e Inovação, teste e validação de modelos e protótipos relacionados com inovação ambiental. As instituições públicas ou privadas poderão participar da plataforma, desde que desenvolvam atividades relacionadas com os objetivos descritos acima, de acordo com suas competências, que devem ser sempre fortalecidas por alianças estratégicas. As premissas que devem pautar as atividades são: visão de negócio e mercado; parceria e excelência.

COMPLEXO TECNOLÓGICO VETOR SUL/INHOTIM

POLO DE EXCELÊNCIA EM INOVAÇÃO AMBIENTAL Plataforma Aberta de P&D e Inovação

Observatório das Águas UNESCO/HIDROEX/INHOTIM/COPASA

Pavilhão de Ciências e Artes

Condomínio Temático em Inovação Ambiental

Centro de Excelência em Biodiversidade (CEB)

Complexo Tecnológico Vetor Sul/Inhotim

Complexo Econômico - Industrial da Saúde

Espaço Designer Ecogastronômico

Centro Tecnológico Laboratório

Green House

Herbário Eletrônico

P&D e Inovação Pós-Graduação Serviços Universidades, ICT’s e Parceiras Recuperação de Áreas Impactadas Paisagismo Fármacos Química Verde Prospecção de Moléculas e Genes Eco-Agropodutos

Jardim Botânico

Escritório de Atração de Negócios, Empresas e ICT’s

Área e Instalações para Laboratórios, Ensino e Empresas

BOP (Biodversity Opportunity Project)

Empresas Universidades ICT’s

COP (Carbon Opportunity Project)

em Genômica Repositório Internacional de Referência

Extratoteca

Observatório da Saúde Ambiental

Figura 3 - Organograma do Condomínio Temático em inovação Ambiental

cOndOmÍniO temÁticO em inOvaçãO ambiental O Condomínio Temático em inovação Ambiental nasce como parte da Plataforma Aberta de P & D e Inovação, no município de Brumadinho, Vetor Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte, tendo o INHOTIM como catalisador da proposta. O Condomínio terá um centro de P & D e pós-graduação, com infraestrutura e facilidades, capazes de atrair pesquisadores e estudantes de “talento” do Brasil e do exterior, em parceria com universidades e institutos de pesquisa. Terá um escritório para atrair e apoiar o empreendimento de novas empresas e novos negócios, que encontrarão espaço físico com infraestrutura e um ambiente estimulante para seu desenvolvimento. O Condomínio irá se consolidar também como um ambiente de prestação de serviços de teste, validação e certificação de protótipos e modelos de produtos, processos e serviços, em parceria com os organismos oficiais. O Condomínio — que inicia suas atividades concentradas em Inovação Ambiental — se propõe também a desenvolver atividades em áreas associadas com os conceitos de economia verde e inclusiva, economia de baixo carbono e desenvolvimento limpo. As estratégias do Plano de Negócios do Condomínio Temático são apresentadas na Figura 3.

centrO de excelência em biOdiversidade O Centro de Excelência em Biodiversidade é um componente fundamental do Polo de Excelência em Inovação Ambiental. Tem como objetivos: promover o desenvolvimento sustentável de atividades produtivas e econômicas, por meio da pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação; promover a transferência de conhecimento em áreas relacionadas a tecnologias aplicadas à biodiversidade e fornecer apoio técnicocientífico para facilitar a gestão de procedimentos relevantes à indução e desenvolvimento de ferramentas para inovação ambiental. Para suporte, o Centro terá parceiros como instituições privadas, governamentais e não governamentais para delineamento e implementação de suas estratégias e diretrizes.

FunçÕes: Promover projetos de inovação ambiental e de transferência tecnológica para o setor produtivo e social do Estado no âmbito da biodiversidade; Organizar oferta integrada de serviços ambientais da rede de pesquisa, de laboratórios, GreenHouse, Extratoteca, Jardim Botânico, entre outros, destinada à administração pública e a entidades ou organismos públicos ou privados interessados; Atuar na formação — em nível de pós-graduação de excelência — visando a proporcionar e acelerar a capacitação de profissionais comprometidos com a inovação e a incorporação de princípios de sustentabilidade como eixo fundamental para os diversos segmentos da economia.

greenhOuses Fruto de uma feliz associação do espírito inovador do Instituto Inhotim com o conhecimento científico, a construção das Greenhouses será um divisor de águas para os jardins botânicos brasileiros e permitirá inserir Inhotim entre os grandes jardins botânicos do planeta. As Greenhouses são um conjunto inicial de cinco estufas temáticas geodésicas construídas em uma área de 10.000 m² e baseadas em tecnologia construtiva de ponta, inédita na América Latina. Como forma de expor a temática da associação clima-biodiversidade de forma inovadora, serão reconstruídos quatro ambientes (ou biomas) sob risco de destruição pelas atividades humanas e um ambiente que representa uma comunidade já extinta: Floresta Equatorial, Campos de Altitude, Floresta Nebular, Epifitário e Jardim Jurássico.

O uso de tecnologia de ponta que emprega estrutura metálica e polímero etileno tetrafluoretileno (ETFE) permitirá maior entrada de luz e melhor isolamento térmico, com uso de material 99% mais leve que o vidro e com capacidade de suportar cerca de 400 vezes o seu próprio peso. O objetivo desse complexo é essencialmente demonstrar a importância das plantas para a manutenção da biodiversidade do planeta. A imersão paisagística proporcionada também permitirá abordar aspectos como a complexidade da biodiversidade vegetal e importância do clima para sua manutenção. Essa proposta busca aumentar o interesse do público em geral pela biodiversidade e servirá como instrumento de conservação, pesquisa, educação ambiental, popularização da ciência, além de possuir grande potencial turístico.

Perfil da estufa com o bioma Floresta Equatorial

Perfil das estufas com os biomas Campos de Altitude, Jardim Jurássico, Floresta Nebular, Epifitário

herbÁriO eletrÔnicO Para o catálogo botânico será construído um sistema de um herbário tradicional e outro eletrônico (e-HERB) que será desenvolvido e disponibilizado na rede de usuários cadastrados para a inserção de novos espécimes isolados em outras partes do país e exterior. O e-HERB será desenvolvido em conjunto com botânicos altamente qualificados para identificação das espécies, registro fotográfico, registro de códigos de barras, sequenciamento de tags e outras informações relevantes. O e-HERB utilizará a base computacional do CEBIO (Centro de Bioinformática) já em funcionamento em Minas Gerais. Todo o acervo será interativo e aberto para cursos de pós-graduação no Brasil e exterior.

Jardim bOtÂnicO inhOtim Oficialmente implantado em 2010, o Inhotim tem como proposta um novo conceito de jardim botânico. Nascido de um jardim privado, convertido em um museu de arte contemporânea e recentemente elevado ao status de jardim botânico, essa peculiar instituição trabalha para desenvolver novas formas de apresentação da biodiversidade ao público. A disposição paisagística do acervo botânico é uma de suas principais características, bem como a busca por ampliação constante do acervo e o uso da interface artística como artifício para sensibilização de seus visitantes. Sua área de visitação conta com 100 hectares e o acervo botânico é constituído por mais de 28% das famílias botânicas e cerca de 70% das ordens conhecidas, totalizando mais de 4.800 espécies vegetais, predominantemente pantropicais. Nesse cenário, destacamse as coleções de plantas da família Arecaceae (palmeiras) - que conta com cerca de 1.500 espécies e é considerada a maior coletânea mundial desse grupo de plantas - e a coleção de Araceae (imbés, antúrios e copos-de-leite) com cerca de 500 espécies. Outras coletâneas, como a de orquídeas, bromélias e outros grupos são também importantes principalmente pela boa representação da flora local. Além da alta diversidade vegetal presente em sua composição paisagística, o Jardim Botânico Inhotim possui quatro estufas climatizadas, onde se encontram uma parcela relevante de seu acervo botânico. Nessas estufas estão grande parte da coleção de orquídeas, aráceas, piperáceas, bambus, gesneriáceas, begônias, plantas aquáticas e carnívoras, além de diversos outros grupos de plantas tropicais.

Complexo Tecnológico do Vetor Sul / Inhotim O conceito de Complexo Tecnológico nasce na Sectes, como uma proposta para aglutinar universidades e institutos de pesquisa e desenvolvimento em torno de temas considerados estratégicos para o Estado. Está em consonância com a proposta de integrar competências e estimular a interação e o intercâmbio como premissas da inteligência coletiva, da construção conjunta, da inovação aberta. Estas características são fundamentais para os agentes que planejam desenvolver vantagens competitivas e novas dinâmicas na economia do conhecimento, criando um ambiente atrativo para novos negócios.

Escritório de atração de empresas, negócios e ICT’s

É unidade integrante do Complexo com atuação marcante na prospecção de novos negócios e de empresas, universidades e institutos interessados em se instalar em um mesmo ambiente para desenvolver atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento e de produção.

biOdiversitY e carbOn OPPOrtunitY PrOJect Diante do impasse da invisibilidade econômica da natureza e da não inclusão do capital natural na contabilidade empresarial e governamental, o modelo pretende promover um ambiente adequado para interação e relação entre acionistas e empresas voltadas às novas oportunidades de negócios decorrentes aos temas associados à biodiversidade, ecossistemas e mudança climática. Esse conceito baseia-se em promover e viabilizar negócios a partir da constatação do adequado desempenho das empresas frente aos temas em questão. As formas de requerimento, validação e divulgação das estratégias e progressos alcançados serão definidas pelos investidores institucionais.

estratégias Desenvolver uma plataforma de governança voltada à biodiversidade, ecossistemas e clima para uso dos diversos setores da economia no Estado; Desenvolver um padrão geral de relatórios sobre biodiversidade, ecossistemas e clima ; Criar ambiente adequado para novas oportunidades de negócios sustentáveis.

Área de instalaçãO Para labOratóriOs, ensinO e emPresas

MAÍRA GOULART

O Complexo disporá de uma área inicial de 200 mil m², sendo parte para instalação de empresas e laboratórios privados ou parcerias público-privadas. Também estão considerados um prédio institucional com instalações comuns para administração, serviços e laboratórios além de áreas específicas para cursos. A estrutura também prevê instalações de institutos de pesquisa, universidades, ICT’s, micro e pequenas empresas de base tecnológica.

cOmPlexO ecOnÔmicO - industrial da saÚde O Complexo da Saúde está inserido no Polo de Excelência em Inovação Ambiental como um grupo de atividades que têm como objetivo central a promoção da inovação em saúde devido a sua importância social, econômica e ambiental. O Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) envolve um conjunto de atividades produtivas de bens e serviços, como medicamentos, vacinas, reagentes para diagnóstico, e que são de importância fundamental para o projeto nacional de desenvolvimento. A Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ torna-se uma grande parceira do Complexo da Saúde, por ser estratégica para o seu desenvolvimento e por ser a maior instituição do Brasil e da America Latina dedicada exclusivamente à pesquisa e desenvolvimento nesta área. Esta parceria não exclui a participação de nenhuma outra organização nacional ou internacional. O Complexo da Saúde será composto por:

centrO de tecnOlOgia em genÔmica O Complexo da Saúde contará com o Centro de Tecnologia em Genômica, que está sendo concebido com base nos resultados alcançados pelo Centro de Excelência em Bioinformática (CEBio). O CEBio é uma rede apoiada pelo Governo de Minas Gerais (Sectes e Fapemig), coordenada pela Fiocruz-Minas e integrada por dez universidades e centros de pesquisa, que tem por objetivo levar inovação às empresas de base biotecnológica, por meio do uso da genômica e bioinformática. Os projetos em desenvolvimento no CEBio nas áreas de genômica e bioinformática envolvem tanto a academia quanto a indústria. Está em formatação um plano de negócios que permitirá uma forte expansão da atividade inovadora do CEBio, utilizando um Centro de Tecnologia em Genômica (CTG). O CTG pretende não somente expandir as atividades já em curso, mas trazer novas tecnologias, como a biologia sintética, que permitirão uma aproximação ainda maior com a indústria. O CTG terá grande importância nos estudos relacionados ao desenvolvimento de processos nanotecnológicos, não somente em equipamentos na área da genômica, mas também com sua forte interseção nos processos biológicos variados. Neste contexto, a genômica não somente pode contribuir com a descoberta de novas enzimas, mas também com a modulação da atividade enzimática de produtos já conhecidos.

rePOsitóriO internaciOnal de reFerência O repositório internacional de células e agentes infecciosos será desenvolvido em parceria com instituições internacionais tornando o Complexo da Saúde do Polo um centro mundial de referência em células de várias origens da biodiversidade nacional e de outros organismos geneticamente manipulados oriundos das várias regiões do Brasil e do mundo. O repositório é de fundamental importância para o desenvolvimento da pesquisa brasileira e mundial, sendo também estratégico para a segurança nacional. Será um dos grandes atrativos para o desenvolvimento de projetos e programas em cooperação nas várias áreas da ciência.

extratOteca Dentre as atividades previstas para o Complexo da Saúde está a criação de uma extratoteca de referência para produtos naturais derivados da biodiversidade brasileira, base para a indústria farmacêutica, de cosméticos, alimentos etc. Esta extratoteca será um repositório credenciado internacionalmente, agregando valor não só aos compostos ali existentes e identificados, mas também à nossa biodiversidade que será catalogada utilizando padrões internacionais de qualidade e segurança.

ObservatóriO da saÚde ambiental As perturbações ambientais promovem a migração de populações de espécies silvestres e vetores, entre hospedeiros e reservatórios de agentes patogênicos, expondo populações humanas a maior risco de incidência de patogenias que podem afetar diretamente a saúde humana, gerando diversos problemas em saúde pública. Neste contexto, o Observatório terá dois principais focos de atenção: o surgimento ou identificação de novos agentes infecciosos e a mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas em novas populações de hospedeiros humanos susceptíveis. No âmbito interdisciplinar e transdiciplinar das Ciências Ambientais, surge a proposta que estas possam colaborar no entendimento dos problemas de saúde de uma população, elucidando, monitorando e intervindo sobre eles, recuperando a complexidade das relações entre ambiente, sociedade e território com vista à saúde ambiental urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

esPaçO designer ecOgastrOnÔmicO Trata-se de um espaço temático dedicado à experimentação, valorização e demonstração de que o alimento, do modo de produção ao consumo, incluindo o desperdício e o desejo, é um elemento da sensibilidade ambiental. Esse modelo está associado ao conceito de agrobiodiversidade que foi definido pela Convenção sobre a Diversidade Biológica, considerando os componentes da biodiversidade que têm relevância para a agricultura e alimentação, como por exemplo: as variedades e a variabilidade de animais, plantas e de microrganismos, nos níveis genético, de espécies e de ecossistemas necessários para sustentar as funções-chave dos agroecossistemas, suas estruturas e processos. O Espaço Ecogastronômico — no contexto do Condomínio Temático em Inovação Ambiental — pretende atuar como uma mostra e ensaios gastronômicos permanentes, apreciando os recursos da biodiversidade agrícola na valorização do consumo de ecoagroprodutos e incentivo a modos de consumo mais sustentáveis. Esse conceito se baseia na percepção de que saborear boa comida e bebida também é um ato agrícola.

ObservatóriO das Águas unescO/hidrOex/inhOtim/cOPasa O Observatório das Águas UNESCO/HIDROEX/INHOTIM/COPASA trará as mais novas tecnologias em apoio aos órgãos gestores de recursos hídricos e aos comitês de bacias hidrográficas no país e no mundo. Isso porque ele está sendo projetado para ser um local único de tratamento e compartilhamento de informações relacionadas à situação dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas e a previsão de fenômenos ambientais, configurando-se em uma ferramenta importante para toda a sociedade. O escopo central da atuação do Observatório das Águas será a organização das informações existentes sobre aspectos qualitativos e quantitativos dos recursos hídricos e a partir daí estabelecer e divulgar alertas, estratégias e ações voltadas para as comunidades regionais e mundiais no que se refere ao gerenciamento de riscos relacionados aos recursos hídricos, como enchentes, secas, desmoronamentos, tempestades e contaminação das águas.

O Observatório das Águas contará com modernas ferramentas de simulações computacionais e ajudará a estabelecer panoramas das constantes ou anomalias hidrológicas regionais e globais a tempo que as intervenções ambientais sejam viáveis de se concretizarem, proporcionando melhoria no gerenciamento de riscos relacionados às águas nas bacias hidrográficas. Além disso, o Observatório manterá um sistema de vigília dos acontecimentos, novidades e soluções relacionadas a esse tema. Para isso, o Observatório terá a colaboração dos mais de quinze Centros Internacionais de Recursos Hídricos de Categoria II da UNESCO espalhados pelo mundo, que se reunirão semestralmente no Complexo Científico de Inhotim para compartilhamento de experiências e determinação das linhas de atuação a curto, médio e longo prazo. As ações voltadas para a América Latina e para os países africanos de língua portuguesa terão o HidroEx – Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas – como braço executor.

Para o grande público, o Observatório trará as informações técnicas de forma concisa e de fácil compreensão, atuando assim como um mecanismo de popularização dos aspectos técnicos e científicos relacionados aos recursos hídricos. Além de sua equipe residente, o Observatório contará com especialistas interligados em rede, em universo internacional cooperativo, para o estabelecimento de ajustes de gestão em relação às bacias hidrográficas, garantindo assim as melhores estratégias para a conservação dos recursos hídricos em escala local e global. O Observatório, ainda, por estar inserido em um complexo científico único, garantirá o espaço necessário para a interação e inserção de jovens cientistas no cenário mundial de gestão territorial.

PavilhãO de ciências e artes O Pavilhão de Ciências e Artes é o local onde indivíduos das várias áreas do conhecimento, em um ambiente agradável e tranquilo, podem interagir com grupos pequenos de profissionais da mesma área ou complementares, ou mesmo imergir, durante períodos curtos de tempo, para desenvolver trabalhos de impacto científico, político, social, cultural ou artístico. O Pavilhão de Ciências e Artes é uma proposta inovadora, não só pelo fato de ser o primeiro local do gênero em nosso país, mas principalmente porque pretende inserir, no contexto de suas atividades, a sustentabilidade e integração com a comunidade local, com os centros de pesquisa e universidades, gestores, formuladores de políticas, cientistas e artistas, dentre outras instituições e indivíduos de nossa sociedade. As reuniões e imersões no Pavilhão de Ciências e Artes devem, quando possível, apresentar uma composição variada de participantes que permita chegar a decisões ou recomendações que tenham impacto na sociedade garantindo, portanto, o sucesso e acompanhamento das atividades propostas ou construídas. Neste contexto, a participação de indivíduos de várias partes do Brasil e do mundo é sempre importante ampliando, cada vez mais, a diversidade de pensamento e contribuindo para a globalização do conhecimento e o desenvolvimento sustentável. As atividades científicas assim como as artes despertam um enorme interesse no público leigo que, cada vez mais, tem acesso a informação despertando sua curiosidade sobre o conhecimento. Neste contexto, o Pavilhão poderá exercer um importante papel de formulação, organização e distribuição de informações que movem o mundo contemporâneo, promovendo o desenvolvimento social, cultural e a expansão econômica.

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Antonio Augusto Junho Anastasia Governador do Estado de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho Vice Governador do Estado de Minas Gerais Narcio Rodrigues Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Evaldo Vilela Secretário Adjunto Eduardo Nogueira Chefe de Gabinete Fábio Kallas Subsecretário de Ensino Superior Vicente Gamarano Subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Déa Fonseca Superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação Ambiental Joaquim de Araújo Silva Coordenador do Polo de Excelência em Inovação Ambiental

COMITÊ GESTOR DO POLO DE EXCELÊNCIA EM INOVAÇÃO AMBIENTAL Alberto Duque Portugal Diretor de Inovação Inhotim Déa Fonseca Superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação Ambiental - Sectes Rodrigo Corrêa de Oliveira Diretor do Centro de Pesquisa René Rachou - Fiocruz Carlos Arruda Diretor Núcleo Inovação - Fundação Dom Cabral Joaquim de Araújo Silva Coordenador do Polo de Excelência em Inovação Ambiental - Sectes Rodrigo Salles e Portugal Diretor do Jardim Botânico e Meio Ambiente de Inhotim Renato Ciminelli Coordenador Polo de Excelência Mineral Metalúrgico - Sectes João Bosco Gonçalves Barros Analista do Polo de Excelência em Inovação Ambiental - Sectes Filipe Marinho Oliveira Barros Analista do Polo de Excelência em Inovação Ambiental - Sectes Romain Crouzet Analista do Polo de Excelência em Inovação Ambiental - Sectes João Paulo Oliveira Souza Analista do Polo de Excelência em Inovação Ambiental - Sectes Miguel Ângelo Andrade Coordenador Departamento de Ciências Biológicas - PUC-Minas Fabio Rubio Scarano Diretor para América Latina da Conservation International Eugenio Marcos Andrade Goulart Diretor Instituto Biotrópicos Geraldo Wilson Afonso Fernandes Professor Titular UFMG e Diretor do Instituto de Observação da Terra Marcelo Theoto Rocha Diretor da Fábrica Ética e Sócio Fundador South America Carbon Disclosure Project

EXCELÊNCIA EM ÁGUAS