Revista Cidade Verde 157

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Índice

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Capa

Páginas Verdes Mário Lacerda

5. Editorial

36. GERAL Congresso das Cidades

22. Ponto de Vista Elivaldo Barbosa

54. INDÚSTRIA

29. Chão Batido Cineas Santos

Aneurisma: ameaça silenciosa

10. Páginas Verdes Mário Lacerda concede entrevista à jornalista Cláudia Brandão 16. POLÍTICA Quanto custa um deputado federal 30. GERAL Novo piso do magistério preocupa prefeitos

É tempo de se preparar para concursos

60. GERAL Código não impede mortes no trânsito 64. SAÚDE Piauí se prepara para realizar transplante de fígado 76. CULTURA A nova cara do museu do Piauí

A expectativa pelo primeiro santo do Piauí

56. Economia e Negócios Jordana Cury 75. Tecnologia Marcos Sávio 80. Playlist Rayldo Pereira 86. Perfil Péricles Mendel

Articulistas 09

Jeane Melo

83

Fonseca Neto

COLUNAS

48

90

Tony Batista


foto Manuel Soares

Boas notícias para o Piauí No início do mês, o Brasil se comoveu com a morte de d. Marisa Letícia, vítima de um acidente vascular cerebral hemorrágico, provocado pelo rompimento de um aneurisma. No caso da ex-primeira dama, o problema havia sido detectado há dez anos, mas muitas vezes o aneurisma se forma e cresce silenciosamente até estourar com danos imprevisíveis para o paciente. Quando diagnosticado ainda em tamanho pequeno, o tratamento é relativamente simples e tem excelentes resultados. Trata-se da embolização, um procedimento realizado em larga escala aqui no Piauí, e o que é melhor, em um hospital público, o Getúlio Vargas. Como o assunto despertou a curiosidade de muitas pessoas sobre o que causa o aneurisma e como ele é tratado, a Revista Cidade Verde preparou uma reportagem especial que virou capa desta edição, onde são tiradas as principais dúvidas sobre um problema de saúde que atinge em torno de 5% da população adulta. É reconfortante saber que uma doença ameaçadora como o aneurisma é tratada na rede pública de saúde. E é também da saúde que vem outra boa notícia, desta vez sobre o transplante de órgãos. O Piauí está se preparando para começar a realizar transplante de fígado ainda este ano. Atualmente, apenas cirurgias para transplantes de córneas e rins são realizadas aqui, embora no passado o estado tenha registrado até mesmo transplante de coração.

Ações como essas, que se traduzem em benefícios práticos para a vida da população, não acontecem por acaso. Elas são fruto de planejamento dos gestores para implementação de programas de governo que tragam melhorias nas áreas de saúde, educação, assistência social e geração de empregos. E é justamente esse o propósito do Congresso das Cidades, promovido pela Cidade Verde, em parceria com o Sebrae e o Governo do Estado, nos dias 13, 14 e 15 de março, na sede da Fiepi, em Teresina. O Congresso vai ajudar os prefeitos recém-empossados a desenvolverem uma boa gestão, a partir da troca de informações e experiências na área da administração pública. Temas como contas públicas, financiamento de projetos, previdência social, empreendedorismo, parcerias público-privadas, serão apresentados aos novos gestores por técnicos e especialistas. Entre os palestrantes, destaques para o fundador da Embraer, Ozires Silva; e para o economista Ricardo Amorim, comentarista da Globo News. Para completar, só falta mesmo uma ajudinha celestial. E ela pode estar mais próxima do que se imagina. O Piauí está na expectativa de vir a ter o seu primeiro santo. O Tribunal Eclesiástico para a causa de beatificação e canonização de Dom Inocêncio foi instalado ainda no ano passado e, agora, técnicos do Vaticano vieram ao Piauí para a exumação do corpo do bispo. Os detalhes desta história estão revelados a partir da página 68. Cláudia Brandão Editora-chefe

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A Revista Cidade Verde é um periódico quinzenal da Editora Cidade Verde Ltda. A Cidade Verde, não necessariamente, se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. É proibida a reprodução total ou parcial desta obra através de qualquer meio, seja ele eletrônico, mecânico, fotografado ou gravado sem a permissão da Editora Cidade Verde.

PRESIDENTE Jesus Tajra Filho Conselho Editorial: Jesus Tajra (presidente) José Tajra Sobrinho (vice-presidente) Diretoria da Editora Cidade Verde: Elisa Tajra Diretoria de Assinaturas e Circulação: Clayton Nobre Riedel Filho Diretoria Comercial: Cristina Melo Medeiros e Marina Lima Diretoria de Publicidade e Marketing: Jeane Melo, Caroline Silveira, Rafael Solano e Itallo Holanda Editora-Chefe: Cláudia Brandão - DRT/PI 914 Chefe de redação: Arlinda Monteiro Repórteres: Caroline Oliveira, Jordana Cury e Ubiracy Sabóia Repórteres fotográficos: Roberta Aline e Wilson Filho Redação (articulistas): Cecília Mendes, Cineas Santos, Eneas Barros, Elivaldo Barbosa, Fonseca Neto, Jeane Melo, Marcos Sávio, Péricles Mendel, Pe. Tony Batista, Rayldo Pereira e Zózimo Tavares Colaboradores desta edição: Ascom Fiepi e Ascom Detran Editores de Arte/Diagramadores: Airlon Pereira e Magnaldo Júnior Revisão: Keula Araújo Impressão: Halley S.A. Gráfica e Editora

Revista Cidade Verde e Editora Cidade Verde Ltda Rua Godofredo Freire, nº 1642 / sala 35 / Monte Castelo Teresina, Piauí CEP: 64.016-830 CNPJ - 13284727/0001-90 email: revista@cidadeverde.com fone: (86) 3131.1750

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Palavra do leitor @rcidadeverde

revista@cidadeverde.com

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Capa Ano 06 Edição 156

REVISTA CIDADE VERDE Ed.155 Lendo a reportagem “Perigo no centro”, da Revista Cidade Verde, cito a casa de um médico generoso e dedicado à causa da obstetrícia no estado. A edificação — tanto a fachada quanto o interior — é quase totalmente preservada. Sua construção data dos anos de 1950. É uma moradia sólida, bonita, de pé direito alto, com grandes terraços nas laterais. Na fachada, há uma placa na qual se lê, em letras pretas: “Residência Dr. Ursulino Martins - Partos - Doenças de Senhoras”. Tudo ali é impregnado de eternidade. Quem põe uma cadeira em uma das áreas externas, a fim de aplacar o calor, pode ouvir as vozes, cantigas e risos daquele tempo que ficou muito para trás. Em síntese: um verdadeiro documento histórico material que, por certo, será resguardado. Maria Lúcia do Vale Martins

REVISTA CIDADE VERDE Ed.156 “Excelente. Gostei, e muito — e, por isso, recomendo a leitura — da nova edição da Revista Cidade Verde.” Coluna Magalhães – Jornal Diário do Povo

PÁGINAS VERDES Vi a bem conduzida entrevista. Adorei e agradeço, colocando-me à disposição de suas atenciosas ordens. Parabéns pelo seu excelente e aplaudido trabalho. Edvaldo Moura

ARTIGO ZÓZIMO À semelhança de Zózimo, também pertenço a três gerações de forma de escrever, e fiz um trajeto parecido ao do jornalista. Pena (ou que bom) que muitas habilidades que adquirimos no passado, como datilografar, se tornaram obsoletas. Hoje, crianças digitam muito mais rápido que eu (e muitos) sem ter feito curso nenhum de digitação, e num teclado minúsculo. Uma pena é que a juventude (embora escreva muito por meio de aplicativos), perdeu o estilo e o prazer pela boa escrita, e carinhas substituem expressões da língua. Isso foi um retrocesso, embora nossa opinião também já esteja ultrapassada. Parabéns ao Zózimo por me relembrar esses momentos do “meu tempo”. Fernando Luiz Lima de Oliveira

ARTIGO DE PRIMEIRA Residente em Brasília, tomei conhecimento dessa revista por exemplar que me enviou um amigo de Parnaíba. Reputo-a uma publicação muito interessante e de excelente feitura, em que, porém, observo a falta de espaço para opiniões dos leitores, que acredito importantes para avaliar o trabalho dos que a fazem. Namastê. João Maria Madeira Basto

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Gostaria de agradecê-la pelas palavras escritas que são capazes de orientar nossa reflexão, que ajudam a ter mais esperança nas dificuldades da vida. Sua palavra é uma fonte de luz. Caledi Ataíde

Mande sua mensagem ou opinião sobre a Revista para o e-mail: revista@cidadeverde.com


JeaneMelo

Artigo de primeira

jeane@cidadeverde.com

Por mim e por você

S

im, todas estas palavras reunidas sou eu. Esta é a resposta de uma pergunta feita por uma leitora esses dias. E já houve quem desconfiasse, duvidasse ou quem tivesse certeza ab-so-lu-ta. A minha escrita é o meu momento, o meu olhar atento ou o meu pensamento em órbita. É o que passou, o “quem sabe” ou o “se Deus quiser” virá. É o conselho que eu não segui, mas que deixo para alguém aproveitar ou esquecer (eu ficaria com a segunda opção). Mas tem muitas outras intenções impressas e mais um bocado de despretensão. Só é bom que fique claro: nada fica nas entrelinhas. Tudo o que escrevo traz calor, fervor. Pode ser uma prece documentada, declarada em função da fé oscilante que me impede de internalizar, muitas vezes, meus textos para Deus (a palavra escrita, publicada, talvez tenha mais força, não é? Ainda tento justificar o injustificável). Este espaço, portanto, traz um desejo, um pedido perdido ou uma graça a ser alcançada ou testemunhada. Vai de graça para você, mas chega por meio de um esforço amoroso... Do bombeamento das ideias que faz o caminho do meu coração tranquilo, acelerado, delicado, revoltado, aberto ou fechado. Da cabeça até

os dedos que digitam, um turbilhão de sensações e sentimentos se montam e desmontam fechando aos poucos o quebra-cabeça destas linhas que é minha e nossa. E, como quem não para de buscar inspiração ou abrir o coração, uma hora o texto — que é o meu momento, repito — chega ao fim.

Qual seria o meu estilo? Tem um pouco de “querido diário”, de “senta aqui e vamos conversar”, “vou te contar um segredo”, “estou a fim de desabafar hoje”, “fiquei indignada”, “olha o que descobri”. Nossa, que bom que as palavras sempre chegam, como agora neste texto autoexplicativo, feito para você entender que não abraço a ficção, só as minhas verdades, os meus equívocos, a minha vontade de não ser dona do pensamento que fecha um raciocínio. Portanto,

afirmo que a porteira fica escancarada, em cada parágrafo, para você entrar. Isso porque, no fundo, o final dessa crônica deve ser escrita por nós dois. Querido leitor, este texto é você também. O que eu quero é pensar junto e deixá-lo com alguma sensação boa ou até mesmo com uma dúvida sobre o que foi escrito. Acho mais honesto. Quem sou eu para pôr um ponto final? Se bem que, às vezes, me aproveito do espaço, dos seus olhos atentos (desculpa!). De repente, me exponho sem medo, quero só ter a sua atenção — sendo compreendida ou não. E como nunca tive filtros, vou escrevendo, escrevendo. E organizando pensamentos e sentimentos, de repente minhas dores e amores estão à sua frente. Eu sei que você já me conhece. Escrevo como quem conversa, porque quero alcançar seu coração. Nem sei se o que faço aqui é uma crônica mesmo. Qual seria o meu estilo? Tem um pouco de “querido diário”, de “senta aqui e vamos conversar”, “vou te contar um segredo”, “estou a fim de desabafar hoje”, “fiquei indignada”, “olha o que descobri”. Seja o que for, isso tudo sou eu para você. Eu e você. Obrigada por estar aí.

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Entrevista POR CLÁUDIA BRANDÃO

Mário Lacerda

claudiabrandao@cidadeverde.com

Como as microempresas podem ajudar a economia local Foto: Wilson Filho

O superintendente do Sebrae – Piauí, Mário Lacerda, acredita que, com o fortalecimento das micro e pequenas empresas, os municípios podem aumentar a receita própria e driblar a crise econômica, gerando empregos e diminuindo a dependência do repasse do FPM.

Ao longo dos anos, o Sebrae vem desenvolvendo um trabalho de fortalecimento dos pequenos negócios. Agora, ele quer ir além e atuar também junto aos governos, especialmente os municipais. A ideia é estimular uma política de governo focada no empreendedorismo, para alimentar a economia dos municípios, gerar empregos e proporcionar o desenvolvimento sustentável. O superintendente do Sebrae - Piauí, Mário Lacerda, está entusiasmado com o Congresso das Cidades, que será realizado no período de 13 a 15 de março. Para ele, é uma oportunidade especial de promover o contato dos prefeitos com as boas práticas já existentes no Brasil e cultivar uma nova mentalidade administrativa, voltada para a racionalização, o planejamento e a inovação.

RCV – De que forma o Sebrae pode contribuir com as novas administrações municipais que começaram em janeiro deste ano? ML – Historicamente, o Sebrae tem sua atuação focada essencialmente no desenvolvimento dos pequenos

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