Revista Cidade Verde 112

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Índice Capa

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Páginas verdes

Assalto

Vale do Parnaíba

Norberto Campelo

5. Editorial

41. É a lei José Norberto Campelo é eleito para o CNJ

8. Opinião 12. Páginas Verdes Dr. Norberto Campelo concede entrevista à jornalista Dina Magalhães 18. Indústria GERAL 30. Aviação Plano de voo ECONOMIA 42. Energia A energia “no vermelho”

Articulistas

SAÚDE 58. Hipertenção Como vencer esse silencioso inimigo MERCADO

Guia dos Namorados

07. Cidadeverde.com Yala Sena

22. Economia e Negócios da Redação 26. Ponto de Vista Elivaldo Barbosa 67. Tecnologia Marcos Sávio 78. Passeio Cultural Eneas Barros

62. Tecnologia Piauí digital ESPORTE

84. Elas por Elas Eli e Élida

80. Campeonato Brasileiro E Série D: “dá pra nós?”

86. Perfil Péricles Mendel

09

Jeane Melo

Campeonato Brasileiro

35

COLUNAS

48

Zózimo Tavares

61

Cecília Mendes


foto Manuel Soares

Um vale de esperança O Vale do Parnaíba abrange 279 municípios, segundo dados do IBGE, de 2011. Dos municípios, 240 possuem a totalidade de sua área territorial inserida no Vale, e os demais 39 encontram-se parcialmente inseridos na sua bacia hidrográfica. Uma região rica em potencialidades que foi dividida em três grandes sub-bacias – Alto Parnaíba, Médio Parnaíba e Baixo Parnaíba, e em quatro macrorregiões: do Cerrado, do Semiárido, do Meio Norte e do Litoral. Essa região é o tema de capa da nossa nova edição. Será através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que existe há mais de 40 anos no Brasil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, que vem a esperança de um novo momento para o Piauí, principalmente agora em que o economista Felipe Mendes assume a Instituição como a missão promover o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim. Desde o ano de 2000, a Codevasf passou a abranger a bacia do rio Parnaíba, graças a um projeto de lei do então senador Freitas Neto. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba inicia uma nova fase com a gestão do piauiense Felipe Mendes. Um momento visto como o caminho para o desenvolvimento da agroindústria do Piauí, já que a Codevasf é apontada como uma porta para investimentos. Ele é o terceiro piauiense a assumir a presidên-

cia, anteriormente assumiram Francisco Alcoforado Guedes Filho e Luís Carlos Ewerton de Farias. Especificamente quanto ao Piauí, a intenção é revitalizar o rio Parnaíba, o que inclui muitos projetos, a começar pela área de saneamento de ações que possam contribuir para seu melhor aproveitamento e evitar o assoreamento das margens; um programa integrado em defesa do rio. Também serão criados mais projetos de irrigação. Ao lado disso, o aproveitamento das águas dos rios, como os seus afluentes, os assentos e barragens que existem. Mas, um novo instrumento se configura na missão de desenvolver o Vale do Parnaíba: a formação e implantação do Comitê da Bacia, que representa uma importante ferramenta no planejamento e na gestão das ações voltadas para a melhoria das condições de vida das populações. A esperança se volta também para o projeto de transformar Guadalupe e Parnaíba em dois grandes polos agroindustriais a partir da correta exploração destes dois projetos de irrigação os Tabuleiros Litorâneos e os Platôs de Guadalupe. Que o Vale do Parnaíba se fortaleça com importantes projetos! Dina Magalhães Editora-chefe

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A Revista Cidade Verde é um periódico quinzenal da Editora Cidade Verde Ltda. A Cidade Verde, não necessariamente, se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos ou por qualquer conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. É proibida a reprodução total ou parcial desta obra através de qualquer meio, seja ele eletrônico, mecânico, fotografado ou gravado sem a permissão da Editora Cidade Verde.

PRESIDENTE Jesus Tajra Filho Conselho Editorial: Jesus Tajra (presidente) José Tajra Sobrinho (vice-presidente) Conselheiros: Amadeu Campos, Dina Magalhães, Fonseca Neto, Jeane Melo, Nadja Rodrigues e Yala Sena Diretoria da Editora Cidade Verde: Elisa Tajra Diretoria de Assinaturas e Circulação: Clayton Nobre Riedel Filho e Valdinar Lima Júnior Diretoria Comercial: Cristina Melo Medeiros e Marina Lima Diretoria de Publicidade e Marketing: Jeane Melo, Caroline Silveira, Rafael Solano, Itallo Holanda e Airlon Pereira Editora-Chefe: Dina Magalhães - DRT/RJ 174.12/97 Chefe de redação: Arlinda Monteiro Repórteres: Caroline Oliveira, Jordana Cury, Marta Alencar, Severino Filho e Ubiracy Sabóia Repórteres fotográficos: Thiago Amaral e Wilson Filho Redação (articulistas): Cecília Mendes, Cineas Santos, Élida de Sá, Eli Lopes, Eneas Barros, Elivaldo Barbosa, Fonseca Neto, Jeane Melo, Marcos Sávio, Péricles Mendel, Pe. Tony Batista e Zózimo Tavares Colaboradores desta edição: Ascom Fiepi e Ccom Editores de Arte/Diagramadores: Cicero Willison e Magnaldo Júnior Ilustrador: Izânio Façanha Revisão: Joca Nettu (Joaquim Lopes da Silva Neto) Foto de capa: Paulo Barros Impressão: Halley S.A. Gráfica e Editora

Revista Cidade Verde e Editora Cidade Verde Ltda Rua Godofredo Freire, nº 1642 / sala 35 / Monte Castelo Teresina, Piauí CEP: 64.016-830 CNPJ - 13284727/0001-90 email: revista@cidadeverde.com fone: (86) 3131.1750

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Caio Rodrigues é aceito em pesquisa nos EUA A edição 109, do dia 19 de abril de 2015, trouxe na capa a história do menino Caio Rodrigues, sete anos, que, desde os dois, luta contra um tipo raro de Leucemia. Após muitos anos de quimioterapias, dois transplantes e a participação em uma pesquisa clínica em Roma, a família renova as esperanças com o “aceite” para participar de uma nova pesquisa de medicamentos; agora, nos Estados Unidos. A notícia foi dada em uma rede social pela mãe do menino, Lara Rodrigues, no dia 16 de maio. Na publicação, ela conta ainda que os últimos exames mostraram que a doença voltou a avançar (18% de células cancerígenas na medula), mas que mesmo assim não deixa de acreditar na melhora do filho. “Queremos que vocês olhem

para o sorriso do Caio e vejam muita VIDA! Enquanto houver 1% de chance, nós vamos acreditar em 100%!”, disse Lara.


YalaSena

yalasena@cidadeverde.com

Genu Moraes

Foto Yala Sena

Reprodução da Internet

Uma das mulheres mais ousadas e pioneiras no Piauí se chama Maria Genoveva de Aguiar Moraes Correia, ou, simplesmente, “Genu”. Ela vai ganhar uma biografia preparada pelo jornalista Kenard Kruel, que também é autor de “Torquato Neto ou a Carne Seca é Servida”. São relatos dados pela própria Genu a Kernard, além de pesquisas históricas feitas pelo jornalista. A biografia “Genu Moraes, a mulher e o tempo” segundo o autor, vai tirar esse ar de dondoca de Genu e mostrar uma mulher que, mesmo filha de governador e palaciana, era simples e popular.

Mãe de Anjo A rede social a serviço da solidariedade na dor. Um exemplo é a comunidade no Facebook batizada de Grupo de Apoio e Oração para Mães de Anjo, onde compartilha informações sobre as famílias que perderam seus filhos, uma forma de encontrar apoio e dar consolo no momento de luto e dor. Germana Barros, mãe do anjo João Paulo, está à frente do projeto. Acesse https:// www.facebook.com/projetoAMA.ApoioeOracao.

Leitura livre Para humanizar as unidades prisionais do Piauí, a Secretaria Estadual de Justiça vem apostando no projeto “Leitura Livre”. A ideia é levar literatura à penitenciária Irmão Guido, onde a psicóloga Vanessa Moura identificou a vontade de ler entre os internos. O projeto deu um passo à frente com a realização das primeiras oficinas literárias, ministradas pelo ex-detento e escritor paulista, Luiz Alberto Mendes, na Penitenciária Feminina de Teresina e na Irmão Guido, beneficiando 60 internos.

TOP FIVE Estudante de radiologia morre após ter corpo arrastado por carro no Centro

bit.ly/RadiologiaAcidente

Segurança de clínica morre após ser atingido com tiro no peito

bit.ly/SegurancaClinica

Estudante de 15 anos é morta com tiro na cabeça e namorado é o suspeito

bit.ly/JovemBuenosAires

Colombiano morre em acidente envolvendo três veículos na zona Leste

bit.ly/MorteColombiano

Passageiros de ônibus ficam 30 minutos em poder de assaltantes em Teresina

bit.ly/SequestroOnibus

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Opinião @rcidadeverde

revista@cidadeverde.com

/cidadeverde

Capa Ano 05 Edição 111

Pausa para o cafezinho e uma olhada na entrevista sobre os casos de suicídio em Teresina, na Revista Cidade Verde. É importante debater o assunto, já que Teresina é a segunda capital brasileira em números de suicídio. Parabéns, Dina Magalhães, pela excelente abordagem.

A Revista Cidade Verde é a mais perfeita afirmação de um veículo que foca o Piauí no atacado. É a Imprensa moderna que passa credibilidade e que está mudando a cara da comunicação piauiense! Fernando Sinimbu

Rosa Magalhães Eu pergunto porque todo governo quando assume fala a mesma coisa, que o país, o estado e o município estão no vermelho, mas nenhum quer “largar o osso”. Muito pertinente e pedagógica a entrevista concedida pelo Dr. Carlos Henrique na última edição da RCV. Ele fala abertamente à jornalista Dina Magalhães sobre a questão do suicídio enquanto problema de saúde pública, mas que, muitas vezes, é ainda tratado como um tabu. Respeitosamente. Artanhã Matos de Araújo

Há exatos 50 anos, venho repetindo, com alguma regularidade, as mesmas obviedades. Dina Magalhães entendeu que eu ainda teria alguma coisa a dizer. Fez um punhado de perguntas a que respondi sem rodeios. Está tudo na última edição da Revista Cidade Verde. Cineas Santos 8 | 31 DE MAIO, 2015 | REVISTA CIDADE VERDE

Joaquim Noronha Da Costa

Larissa Batista ainda recebe elogios pelo perfil na Revista Cidade Verde! Só temos muito a agradecer aos queridos jornalistas Dina Magalhães e Péricles Mendel - dois profissionais por quem temos muito carinho e admiração Graça Batista

Jeane, sempre que me deparo com a Revista Cidade Verde, procuro suas mensagens, ou seus artigos, como se queira chamar... E, um dia, esperando minha filha no colégio, dei de cara com um belo texto nos alertando sobre os anjos que nos rodeiam... Eu tenho muitos... Não tinha como não registrar e devolvo a você mesma, que considero um anjo de candura. Maria Jesus Lopes

Jeane Melo, mando seu texto para você mesma, pois você foi meu anjo no momento mais difícil da minha vida. Obrigada pra sempre! Erika Sampaio


JeaneMelo

São Longuinho

A

arte de perder não é nenhum mistério; tantas coisas contêm em si o acidente de perdê-las, que perder não é nada sério”. Toca na alma as palavras da poetisa americana Elisabeth Bishop. Aliás, dá vontade de colocar o texto todo na íntegra aqui e ler mais umas dez vezes até perder todas as lágrimas. Que bom começar o “Artigo de Primeira” mostrando a escrita de quem conseguiu abordar o tema sem amargura ou tristeza. A poetisa não achou nada demais perder o relógio da mãe, três casas excelentes e duas cidades lindas. Um império que era só dela: dois rios e mais um continente. Nada disso “era sério” para Elisabeth Bishop. Dosando bem argumentos e emoções, a moça desperta admiração ao associar a perda como algo que faz parte do “estar aqui-respirando-graças-a-Deus”. Sábio é quem simplifica a vida. E o que é mesmo “perder”, afinal, para mim, para você? Para meu filho Enzo, de apenas 10 anos, (figurinha fofa e repetida em minhas crônicas) “perder” é o fim do mundo. Vai precisar comer muito feijão com arroz até entender que o mundo é redondo, mas não é a bola dele. Já expliquei mil vezes sobre vitórias e fracassos e sobre essa história da roda gigante que nos coloca no alto ou rente ao chão, mas acho que

Artigo de primeira

ele não entendeu direito. Aliás, Enzo ainda precisa entender tanta coisa! (Status: mãe aflita.) Infelizmente não há um tutorial na internet ensinando tudo para ele, como os que explicam como passar as fases nos jogos de videogame. Só espero do fundo do coração, que ele supere outra fase: a do desespero diante das pequenas frustrações. Quero que a resiliência seja uma marca da sua personalidade e que ele consiga aceitar suas limitações sem deixar de lutar pela superação.

Sábio é quem simplifica a vida. Perder faz parte de um rico processo rumo ao amadurecimento que humaniza, gera desapego, ensina, fortalece, dá coragem. Mas, como diz nossa Elisabeth, não é nada sério. Perder dinheiro ou muito tempo para ganhar dinheiro. Perder a hora do voo ou a motivação para decolar. Perder o brilho no olhar ou o nascer do sol. Perder a oportunidade de partir ou a coragem de decidir ficar. Perder um bem de grande valor ou um momento que não tem preço. Perder o emprego dos sonhos ou a hora de cor-

jeane@cidadeverde.com

rer atrás. Perder alguém querido ou a oportunidade de dizer “eu te amo”. Perde-se de tudo nessa vida. Até as memórias. Essas lembranças, que justificam o existir de cada um, talvez seja uma das perdas mais significativas, querida poetisa. Gostaria que ela tivesse assistido “Para Sempre Alice”, onde a personagem interpretada pela atriz Julianne Moore – moça bem sucedida na carreira e na vida pessoal – enfrenta com consciência o próprio esquecimento quando é diagnosticada com Mal de Alzheimer aos 50 anos. Aos poucos, ela vai deixando de lembrar hábitos, pessoas, objetos, palavras. Desabafando em sua última palestra – Alice era uma famosa professora de Linguística - ela afirma estar “aprendendo a arte de perder todos os dias”. Mesmo assim ela emenda: “Não pensem que estou sofrendo. Não estou sofrendo. Estou lutando”. Um dia perdi o meu pai de vista e precisei de tempo para entender que era preciso saber dominar os sentimentos diante daquilo que fugia o meu controle. Ficou uma lição e uma saudade. Diante da partida do meu pai, relativizei todo resto. Não perco tempo com drama. Na pior das hipóteses, chamo São Longuinho, para me ajudar a encontrar aquilo que perco por aí vez por outra. A chave do carro, por exemplo. REVISTA CIDADE VERDE | 31 DE MAIO, 2015 | 9


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