A classe trabalhadora no contexto da crise 02 06 17 modo de compatibilidade

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A classe trabalhadora no contexto da crise

Elaboração e apresentação: Durval Wanderbroock Junior Coordenador do IBEPS – Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais São José dos Campos, 02/06/2017


ECONOMIA MUNDIAL DESACELERADA

Há recuperação pífia nos EUA e Europa, e queda em alguns países dos BRICS, com destaque pra Brasil e China


Reflexos da crise econômica mundial Fim do estado de bem estar social Europa (especialmente Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda) Escalada do desemprego Aumento da dívida pública (Grécia) Aumento da concentração de renda Aumento do fluxo migratório


Brasil

Um cenário de crise econômica e política


Crise econômica Fonte: IBGE

Todos os setores econômicos fecharam em baixa, em 2016, acompanhando a tendência mundial e especialmente nos países subdesenvolvidos. Projeção para 2017 é de 0%.


Brasil Quem está pagando pela crise? PETROBRAS Total

%

Lucro Líquido (em bilhões de R$)

4,45 (1º tri)

76% (entre último tri de 2016 e primeiro tri de 2017)

Desligamento de pessoal

15.224 (entre 2014/2017)

-17% (só no 1º trimestre)

Fonte: Petrobras – Elaboração IBEPS

Enquanto o lucro líquido cresce, o número de empregos cai


Perspectivas econômicas • •

Estagnação em 2017 Manutenção dos ataques contra os direitos e conquistas da classe trabalhadora


Crise Social Emprego formal (últimos 12 meses até abril 2017) No Brasil: -2,% Extrativa mineral: -4,8% Indústria de transformação: -2,7% Serviços: -1,7% Comércio: -1,3% Construção civil: -12,9% Fonte: Caged

A taxa de desocupação no país chegou a 13,6% (mais de 14 milhões) no primeiro trimestre de 2017, um crescimento de 8,7% em relação a novembro de 2016 a janeiro de 2017. Mais de 500 mil empregos perdidos por mês. Fonte: IBGE


Crise Social •Remuneração média real: -0,6% (nos 4 trimestres) •Massa salarial: -2,9% (nos 4 trimestres) Fonte: IBGE

Cesta básica (SP): 446,28 (+1,68) (variação no ano) Fonte: DIEESE

INPC: 3,99% (12 meses) Fonte: IBGE

Salário mínimo: A) Nominal: R$ 937,00 B) Necessário: R$ 3.899,66 C) Diferença: R$ 2.962,66 •

Fonte: DIEESE


Crise Social Ou seja, até aqui, quem está pagando pela crise é a classe trabalhadora. E o governo quer que sejamos punidos mais ainda com as medidas que pretende aprovar


As armadilhas do Golpe

“Plano Temer”


Plano Temer

“Vamos precisar aprovar leis e emendas constitucionais (...). Essas reformas legislativas sĂŁo o primeiro passo da jornada e precisam ser feitas rapidamente (...)â€?

A finalidade do golpe parlamentar foi o de contar com amplo apoio parlamentar para aplicar os ajustes contra os trabalhadores


Ajustes no governo Temer PEC do teto de gastos (Sancionado); Terceirização (Sancionado) Reforma Trabalhista (Senado) Reforma da Previdência (Câmara dos Deputados)


Reforma trabalhista ĂŠ reforma sindical

Na reforma trabalhista tambĂŠm estĂĄ embutida uma reforma sindical. O governo quer matar dois coelhos com uma cajadada


PLC 38/2017 Art. 510-A: Cria Comissão Representativa sem vínculo sindical Título IV-A: Contribuição Sindical facultativa (altera art. 578-583 CLT) Art. 223-A a 223-G: cria a figura da “Reparação de Dano Extraparimonial” Art. 507-B: Presença do sindicato nas homologações (revoga parágrafos 1, 2 e 3 do art. 477 da CLT) Art. 611-A: Negociado sobre legislado (15 itens negociáveis)


Poder Judiciário como linha auxiliar do governo Lava Jato: 1) Problema da crise é a corrupção 2) Desgastar o PT, movimentos sociais e a esquerda em geral 3) Fortalecimento do Judiciário e do Estado 4) Justificar privatização Petrobrás


Poder Judiciário como linha auxiliar do governo STF 1) Suspensão da ultratividade das negociações coletivas; 2) Decisão sobre as horas itíneres (art. 58, Parágrafo 2º da CLT); 3) Desconto dos dias parados nas greves do serviço público; • TST Presidente do TST, Ives Gandra, retira 32 projetos de interesse da Justiça do Trabalho e se diz favorável à flexibilização trabalhista


Hรก uma ofensiva maior contra a classe trabalhadora no Brasil Todos estes ataques, vindo do governo, do Congresso e do Poder Judiciรกrio, visam cortar conquistas e direitos sociais afim de manterem os lucros dos bancos e multinacionais. Querem que os(as) trabalhadores(as) paguem pela crise


Fortalecer a resistência Retrospecto das mobilizações: 8 de março (dia internacional das mulheres) 15 de março (paralisação nacional) 31 de março (paralisação nacional) 28 de abril (greve geral) 24 de maio (manifestação Brasília) Nova greve geral entre 26 e 30 de junho


Obrigado!


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