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Botânico

Verbena (Erva-luísa / Aloysia citrodora)

por Patrícia Dijigov - @escoladebotanica | Escola de Botânica

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A erva-luísa ou lúcia-lima (Aloysia citrodora) é uma espécie arbustiva da família Verbenaceae, de distribuição nativa do Sul da Bolívia, Chile e noroeste da Argentina. É amplamente cultivada em toda a América tropical e subtropical, sendo muito utilizada na medicina popular em infusões das folhas.

No Brasil a espécie é muito cultivada em jardins e hortas domésticas e conhecida por diversos nomes, que variam conforme a cultura regional: cedrina, cidrão, cidrilha, cidrilho, cidró, cidrozinho, erva-cidreira (não deve ser confundida com Melissa o cinalis), falsa-erva-cidreira, verbena-limão e salva-limão. Na Europa, onde foi introduzida por espanhóis e portugueses no século XVIII, é conhecida por bela-luísa e limonete. A origem do nome do gênero Aloysia foi uma homenagem à Maria Luísa de Parma (1754-1819), rainha consorte da Espanha por seu casamento com o rei Carlos IV. Em espanhol, a planta é conhecida por "hierba luisa" ou "erva de Luisa".

Pode atingir mais de três metros de altura e se caracteriza pelo forte aroma limonado de suas folhas lanceoladas e dispostas em verticilos de três.

As folhas medem entre 7,5 e 12 centímetros, apresentam coloração verde pálida e são muito usadas na culinária, no preparo de peixes, marinadas de vegetais, pães, molhos para saladas, compotas, pudins, sorvetes, sucos e bebidas como licores.

Apresenta grande afinidade com frutas frescas por enfatizar o aroma natural destas, conferindo um toque incomum em saladas de frutas, onde suas folhas podem ser picadas e acrescentadas antes de servir.

Mesmo depois de secas, as folhas retêm muito do seu aroma característico e muito desejadas para compor os potpourris, empregados na aromatização de ambientes.

As demandas pelo seu óleo essencial vem principalmente das indústrias farmacêutica e cosmética: o principal constituinte é o citral (até 35%), que é utilizado na fabricação de perfumes, sabonetes e aromatizadores. Apresenta também limoneno, geraniol, cineol e pinenos alfa e beta. A aromaterapia utiliza seu óleo essencial como auxiliar para problemas nervosos e digestivos. Propriedades inseticida e bactericida também foram relatadas.

Entre as propriedades das folhas, quando preparadas em infusões, estão os efeitos antipirético, anti-inflamatório e analgésico e as propriedades sedativas, digestivas e antioxidantes. A erva-luísa é muito utilizada também em casos de resfriados.

Alguns cuidados são recomen dados para evitar fotossensibilização: não se deve ter exposição ao sol após sua utilização em compressas. Atua como depressora do Sistema Nervoso Central (SNC), aumentando o sono.

A floração acontece nos meses quentes, quando surgem as inflorescências de aspecto piramidal com pequenas flores brancas ou rosadas, hermafroditas e pentâmeras.

A planta é propagada principalmente por estacas, na primavera e verão, estações na qual ocorrem novas brotações de folhas nas hastes da planta. No outono, a planta costuma perder as folhas, assim permanecendo até o final do inverno.

Tem sido muito estudada pelo seu grande potencial ao nível da produção, considerando tanto as condições edafoclimáticas do Brasil como ao nível de mercado de exportação.

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