Copperplate

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Pós-graduação em Tipografia • Senac-SP

Caligrafia, Desenho e Composição Manual • 2014.1

Felipe Guaré • Érico Lebedenco • Mariana Vecchi


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Pós-graduação em Tipografia • Senac-SP

Caligrafia, Desenho e Composição Manual • 2014.1 Felipe Guaré


O Estilo Copperplate


Características • Primeiras gravações de textos em placas de cobre datam do séc. XIV; • O buril usado para gravar o cobre oferece o contraste por pressão; • A pena simula o contraste por pressão do buril no papel; • Teve como apogeu os séc. XVIII e XIX; • Caiu em desuso após a invenção da máquina de escrever.


O Estilo Rococ贸


Características • Movimento artístico que originou-se no séc. XVIII; • Admite a assimetria; • Mais intimista que o Barroco; • Ricamente ornamentado; • Deu lugar ao Neoclassicismo e ao Romantismo. • Com o fim do Rococó as Copperplates se tornaram menos rebuscadas.


Influência O estilo altamente orgânico e arredondado do Rococó é análogo aos floreios da Copperplate. Não é surpresa que ambos os estilos tenham tido seus apogeus simultâneamente no séc. XVIII e XIX (embora a Copperplate tenha existido até o advento da máquina de escrever no séc. XX).


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Pós-graduação em Tipografia • Senac-SP

Caligrafia, Desenho e Composição Manual • 2014.1 Érico Lebedenco


O Traço O traço da pena distigue a construção da escrita interrompida da contínua, por meio de traços descendentes e ascendentes. Essas duas formas de construção podem ser subdivididas de acordo com o contraste do traço: translação ou expansão. Gerrit Noordzij, “O Traço”.

Traço simples, sem contraste, onde se mantém o mesmo contraponto por todo o percurso. (repetição da mesma “matriz”da ferramenta usada na escrita).


Cursiva Humanista, Chancelaresca, Cursiva de Chancelaria, Itálica.

Traço com mudança de sentido apresnetando contraste por translação.

O contraste do traço é o resultado não apenas da mudança de direção, mas também das alterações na orientação dos contrapontos por rotação.

Detalhe da escrita cursiva de Niccolò de’ Niccoli, que deu origem ao tipo itálico (1420).


Detalhe do livro “A arte da Caligrafia“, David Harris.

Francesco Griffo (1450-1518) Aldus Manutius (1452-1515)

Pena quadrada mantida a um ângulo entre 35° e 45°.

Ludovico Vicentino degli Arrighi (1475–1527)

Robert Granjon (1513– 1589) Christophe Plantin (1514- 1589) Pena quadrada Leonardt mais comum.

Variação de espessura da pena quadrada para itálicas.


Impressão com chapas de cobre (copperplate) na producão de manuais de escrita. Buril e ponta seca A gravação em buril e/ou ponta seca sobre metal é o processo mais direto de gravação. O buril é um instrumento pontiagudo com diferentes pontas que corta a chapa de cobre abrindo linhas profundas e delgadas. A ponta seca é uma ponta metálica afiada que abre o metal , traçando uma linha fina e cujas rebarbas dão uma impressão aveludada. www.aflecha.com.br/metal.htm jun/2014

Kit com buril para gravação em chapas de cobres. (Tupigarfia nº6)

Equipamento para gravação em metal.


Pena de Bico (Flexível) Anatomia básica do bico de pena. Fenda

Ombro/arco

Ponta

Base

Pontas/dentes No contraste por expansão o traço apresenta um alargamento do contraponto. A linha mestra é a linha descrita pelo ponto médio de contrapontos sucessivos. Em alguns casos acompanha o ductus da letra.

Respiro

Corpo


A diferença tradicional que as formas de algumas letras exibem nas romanas e cursivas também está presente na expansão. As romanas requerem alterações na orientação da pena. Nas cursivas, elas podem ser evitadas adaptando-se a forma das letras. A técnica da pena de ponta flexível é difícil, pois as irregulares no contraste e a direção dos traços são quase inevitáveis na medida em que tais irregularidades são muito inconvenientes nesses traços, pois sua orientação é mais precisa. Gerrit Noordzij, “O Traço”.



Linhas fundamentais, inclinações e proporção – Minúsculas

90°

60° 52°– 53° 50° 45°

Linhas fundamentais

30° 0°

60° David Harris

(A Arte da Caligrafia) -30° em relacão ao eixo vertical

52°– 53° Amadeu Sperândio (Caligrafia)

Henry Sykes

(Gaskell’s Compendium of Forms)

G. A. Gaskell

(Gaskell’s Compendium of Forms)

50° John Robertson

(Robertson’s Universal Penman)

45° Inclinação original

(segundo Amadeu Sperândio) Linhas e radicais das minúsculas da Caligrafia Inglêsa. (Amadeu Sperânido, Caligrafia, 1948)

30° Traços de ligação


Linhas fundamentais, inclinações e proporção – Maiúsculas As linhas fundamentais das letras maiúsculas são: a elipse e a linha mista que é gerada por duas elipses tangentes.

Linhas e radicais das maiúsculas da Caligrafia Inglêsa. (Amadeu Sperânido, Caligrafia, 1948)


Segundo Amadeu Sperândio, há 3 formatos na caligrafia inglêsa:

GRANDE, igual a 9mm de altura. MÉDIA, igual a 5mm de altura. PEQUENA, igual a 3mm de altura.

Considerado como tipo comercial. Se escreve ligando as letras minúsculas conjuntamente com as maiúsculas e toda a palavra deve ser escrita sem levantar a pena do papel antes de terminada.

Comparação nos 3 formatos: grande, médio e pequeno. (Amadeu Sperânido, Caligrafia, 1948)


Richard Daniel (1663). Retirado do manual Speedball Textbook, 1972.


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Caligrafia, Desenho e Composição Manual• 2014.1 Mariana Vecchi


Jason Castle

Californiano, fundou a Castle Type em 1990


O ínicio

“Quando eu estava na terceira série, a professora queixou-se à meu pai de que minha letra era ‘ostentação’ com todos os seus pequenos floreios e arabescos extras.” Jason Castle

O pai, ensinou-lhe uma forma elaborada de caligrafia. A Copperplate Script. Em torno de seus 20 anos, Jason estudou música medieval além de lettering e iluminura da Idade Média e início do Renascimento.


Carreira Mais tarde se tornou programador eventualmente, combinou o seu amor de começou a criar fontes digitais.

Jason continuou criando fontes e em pouco tempo começou a receber pedidos para digitalizar fontes antigas. Então passou a se dedicar em tempo integral como type designer, dando vida a antigas fontes, assim foi também com a Copperplate Script, redesenhada por ele em 1992.


castletype.com/html/tipoteca/copperplate-script.html www.fontspring.com/fonts/castletype/copperplate-script-ct


Outros Trabalhos 1 Sonrisa É um projeto que evoluiu a partir de esboços da estrutura da tipografia Koloss (1923) de Jakob Erbar. Jason, diz ter tentado descobrir a essência subjacente da fonte, e assim, criou a Sonrisa fina e também outras da mesma família. Possui curvas suaves, generosa altura x com aparência muito legível, moderna e elegante. O nome “Sonrisa” surgiu, quando Jennifer, uma amiga de Castle viu a primeira versão da fonte, sua primeira reação foi sorrir, então por isso, “Sonrisa” (“sorriso” em espanhol). Sonrisa possuiGoudy vários Lombardy recursos OpenType poderosos.


Outros Trabalhos 2 Shángò Sans Criada em 2009, é a mais recente da família Shàngó (Shàngó Classic: 1994/ Shàngó Gothic: 2007). Possui letras elegantes com extenso conjunto de ligaduras e letras alternativas, juntamente com poderosos recursos OpenType, como a grande maioria das fontes de Jason possui, além de suportar dezenas de línguas que usam o alfabeto latino, bem como grego e a maioria das línguas que usam o alfabeto cirílico.


Atualmente

• Possui mais de 100 fontes feitas e cerca de 50 famílias. Sendo parte delas clássicas, inspiradas por fontes antigas e também Art Decó, além de floreios, bem como fontes totalmente originais. • Com mais de 20 anos de experiência com clientes como Chevron, Disney, Forbes Magazine, Condé Nast, Relic Entertainment, Butterfield Bank, Martin Luther King Jr Memorial Library, e Shiseido • Jason atualmente estuda psicologia na Universidade da Califórnia Dominicana.



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