Tec. Auxiliar de
Tec. Auxiliar de
Prótese
Saúde
Tec. Eletrónica Automação e Computadores
Manuel Rodriguez Suárez
Pontes Edição: 16 – Dezembro
para o mundo de trabalho… Disciplina: Português
Revista Realizada por: 3º TAS 3º TAP 2º TEAC 2º TAP
Ano Letivo: 2018/2019 Professora: Isabel Maciel
“Florescer exige passar por todas as estações”
Ato Académico- 2018 O ato académico é considerado o prelúdio de um novo ano letivo, e é também a cerimónia de entrega de diplomas, aos alunos da Escola Europeia de
Ensino
Profissional
Manuel Rodriguez Suárez. É a meta que todos almejamos, é o término, mas é também o preâmbulo de novas batalhas e expetativas. Este ano, realizou- se no dia 13 de Setembro de 2018, no Auditório Vita da Universidade Católica Portuguesa de Braga. É através desta cerimónia que a escola dá as boas vindas a todos os novos alunos, e aqueles que continuam a traçar o seu percurso escolar, nesta, que é uma grande instituição de ensino. Como o passar dos tempos foi- se também renovando, sempre com o foco de aprimorar o bem-estar dos seus queridos alunos. É também através desta cerimónia, designada de Ato Académico, que a escola demonstra todo o seu amor, dedicação e interesse incansável para com todos os alunos, entregando assim, diplomas de mérito, pontualidade, assiduidade e o tão sonhado, diploma final. Esta escola, não é uma escola qualquer. É uma escola, uma instituição familiar, pois a relação é mais do que professor – aluno e aluno- professor. Criam - se laços para a vida inteira, pois não se ensinam apenas matérias teórico – práticas. Ensinam- se lições de vida, uma vez que diariamente somos postos à prova para que no futuro estejamos aptos para superar qualquer intempérie, que nos surja no percurso. Nela, também aprendemos que mais do que “ter” é “ser”. Saber ouvir, saber estar e sobretudo, saber ouvir a voz da razão. De nada serve uma casa se não tiver bons alicerces… Este ano, tivemos a honra de ter como “apresentadora “da nossa cerimónia a Professora Sara Pereira, da disciplina de Integração. Foi uma peça fundamental para a construção de cada 2
um de nós, aprendemos a tornarmo-nos melhores pessoas, tanto a nível profissional quanto pessoal. Tivemos a honra de connosco presidir na mesa a Dra. Raquel Rodriguez, subdiretora da escola. Infelizmente, o diretor D. Manuel Rodriguez Suárez não pôde comparecer, mas todos o tivemos presentes no nosso coração. O D. Manuel deixou o seu legado bem entregue à filha Dra. Raquel, que bem o representa, agindo sempre em conforme com o que lhe é solicitado, e movida pelos interesses dos seus alunos e funcionários. Apesar do D. Manuel não ter estado presente fisicamente, todos sabemos que ele se encontrou mentalmente presente, pois para ele os seus alunos são alimento para a alma, assim como ele o é para nós. Ele foi um mentor, um pai que nos fez pensar e ponderar acerca daquilo que nós somos, e queremos para o no futuro. Como ele dizia “Mellior, Optimus, bónus” ou melhor “atreve-te a pensar”. Ele via em cada um de nós um diamante em bruto, pronto para ser lapidado. Via cada um como um ser único e singular,
fazia
com que nos atrevêssemos a construir
as
pontes
do
nosso futuro. Para este ato tivemos a honra de contar com a presença de várias autoridades nomeadamente: Eng.ª Anabela Trindade representante da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares e a Dr.ª Epifânia Oliveira Adjunta no Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Braga. A subdiretora Dra. Raquel, deu as boas vindas a todos os convidados, alunos, encarregados de educação e demais presentes.
3
Seguidamente, a diretora pedagógica Dra. Lúcia Pereira, consagrou as suas belas palavras para connosco, e formalmente apresentou todas as informações acerca do novo ano que se avizinha, aos novos alunos e encarregados de educação. Acrescentou ainda, todas as informações
académicas
sobre as turmas finalistas, não deixando, no entanto, de salientar a todos os pais, o
rigor,
disciplina,
pontualidade e dedicação que esta instituição se apoia, para fornecer os bons resultados obtidos ao longo dos anos. Uma casa construída sobre a areia após uma onda forte desmorona, mas, uma casa construída sobre a rocha, todas as adversidades supera. E isto, é o que esta escola pretende, que todos os seus alunos consigam construir um castelo, com todas as pedras que tropeçarem pelo caminho. Seguidamente, a professora Sara Pereira procedeu ao chamamento de entrega dos diplomas, de final de curso e mérito escolar. A ânsia cresce em nós, pois consciencializamo-nos que mais uma etapa está concluída, e que lá fora existe todo um mundo à nossa espera. A expetativa de ouvir o nosso nome é grande, a excitação é constante, mas, o momento em que sentimos nas mãos aquele tão aclamado diploma, e a faixa correspondente a cada curso, é gigantesco. Vem-nos à memória cada momento palmilhado naqueles três anos, cada colega que nos levantou quando o cansaço era tanto, e as forças teimavam em vir. Cada professor que nos ensinou a “pescar” reafirmando que o primordial era após falharmos termos a capacidade de nos reerguermos. Aprendemos a ser fortes e fiéis a nós mesmos, pois no fim do túnel sempre haverá uma luz a brilhar. Cada projeto que realizamos com ardor e dedicação, cada teste que estudamos incansavelmente para que a nossa nota fosse a tão esperada, e no final ficássemos orgulhosos de nós mesmos. E no final… bem todas as lágrimas e esforço compensaram, um aperto começa a surgir no peito, pois sabemos que jamais teremos um lar e uma família como aquela. No entanto, ficamos com a certeza que foram criados laços que o tempo jamais destruirá. 4
Enquanto que ali estamos sentados o tempo parece que não passa, torna-se uma eternidade. Eis que o nosso nome é proclamado, pomo-nos a pé, recebemos o diploma, a faixa, cumprimentamos todos os elementos da mesa, e tiramos a foto que irá eternizar o momento. Mais uma salva de palmas é ouvida. e regressamos assim pausadamente ao nosso lugar. Eis que todos já nos encontramos com as faixas e os diplomas nas mãos. De novo, um vazio é invadido nos nossos corações. Muitos já traçaram o caminho a seguir, outros nem tanto. Olhamos uns para os outros, alguns deixam rolar pelo rosto aquela lágrima que já há muito insistia em cair. A saudade fala baixinho, a saudade destes três anos, as recordações que teimam em voltar, e a tristeza da despedida. A cerimónia prossegue, e seguidamente, serão entregues
os
diplomas
de
mérito
e
pontualidade/assiduidade. Começa a ouvir-se um burburinho no auditório, sussurramos uns para com os outros acerca desta distinção. Qual de nós verá o seu trabalho reconhecido? Apenas um de cada turma será o tal. A ansiedade nos nossos corações é enorme, no fundo, todos achamos que somos merecedores de tal reconhecimento, pois as pestanas queimadas foram bastantes. Por fim, ouvem-se os nomes dos três melhores, e aplaudimos fervorosamente. Parabenizamos os colegas, e regozijamo-nos pelo mérito reconhecido. Uma colega e amiga, Alexandra Gomes, discursou para todos nós acerca do que aqueles três anos significaram. Realçou a entre ajuda, o carinho e a solidariedade que constantemente deambularam no decorrer do curso. Agradeceu a todos os professores e funcionários, o maravilhoso papel que desempenharam nas nossas vidas, pois todos eles, ainda que de diferentes formas, tatuaram o nosso coração. A professora Isabel Maciel deu-nos a honra de sermos presenteados com um dos grandiosos textos por ela escritos, para todos nós uma bela lição de vida. Relembrou-nos as adversidades pelas quais todos passamos porque de facto o primeiro impacto é sempre o mais complicado. Paulatinamente, fomo-nos conhecendo, e com ela, aprendemos a matemática do amor, e que o comboio da vida segue sempre. Bem ou mal não devemos ficar parados a meio do caminho.
5
Falou-nos como sempre nas entrelinhas, transmitindo assim uma mensagem para cada um. Quem a conhece, e se dá a conhecer, vê nela uma grande professora, uma grande pessoa e acima de tudo uma mãe para toda a vida. Ela deixa em nós um pouco de si, e leva um pouco de nós. Tenta, em todos plantar, a semente da esperança e do amor. Por fim, também os restantes elementos da mesa proclamaram algumas palavras de gratidão para connosco, de coragem e força para o futuro. Todos sabemos que nem todos os dias serão contemplados pelo sol, mas, certamente poderemos ser o sol de alguém, todos os dias. Finda-se o ato académico. Todos nos pomos em pé, cumprimentamos mais uma vez todos aqueles que percorreram connosco esta caminhada. Cumprimentados os colegas e professores, ficamos de coração cheio pois findou-se uma etapa. Saímos com a certeza que a porta daquela instituição se encontra eternamente aberta para nós, que o nosso lugar ficou guardado no coração daqueles professores. A Dra. Raquel e a Dra. Lúcia deixaram-se mergulhar pela imensidão do nosso ser, uma vez que juntos movemos montanhas, construímos um futuro, um legado… Chegou o momento de voarmos, de ganhar asas, e assim, cada qual seguir o seu caminho. Orgulho-me ao proferir “fui aluna desta escola” e aqui criei uma família para a vida. Beijinho grande e Bem-haja a Todos!
Inês Gomes Finalista 2015/2018 TAS
6
Caros alunos
Eis-vos prestes a desembarcar na última estação, estação essa, por onde deambularam nos últimos três anos letivos, a estação da Escola Europeia de Ensino Profissional. Quando aqui atracaram, vinham imbuídos de receios, expetativas, angústias, dúvidas existenciais, ou seja, uma hecatombe de emoções… Paulatinamente, as angústias dissiparam-se, e o diamante em bruto, depois de lapidado ganhou um brilho cintilante, e uma luz própria. Corria o mês de setembro, e inevitavelmente decidem cursar a disciplina de Português, com a Professora Isabel Maciel. As apresentações deram aso a uma diversificada panóplia de sentimentos, entre os quais uma enorme estranheza, ao constatar que a Professora Isabel Maciel discursava fluentemente, sobre o que lhe ia na alma. Delineava-se no rosto, que a vossa mente estava impregnada de supérfluas informações, sobre a minha pessoa. Encetei a leitura do “livro”, relembrando-vos que: “Nunca se deve julgar o livro pela capa.” O prefácio da minha história, era já por todos vós conhecido, no entanto, para serem denominados de alunos fascinantes, foi crucial conhecerem os capítulos mais importantes do “meu livro.” A dada altura, a “leitura” fez-se concomitantemente, e a dicotomia leitora/ ouvintes, e ouvintes/ leitora, abriu portas à melodia da aprendizagem. A vossa mente era preliminarmente similar a um cofre, uma vez que não deixava entrever o tesouro aí escondido. Depois de inúmeras e diversificadas tentativas, eis que a tão desejada e harmoniosa ligação se fez…encontrei finalmente a chave pertinente, para abrir o vosso “cofre”. 7
Deparei-me com algumas chaves um pouco oxidadas, mas a tão almejada chave, a assertiva, deu-se a conhecer. Aí, dividimos emoções, acrescentamos uma copiosa diversidade de sinais de pontuação à nossa narrativa, a fim de multiplicarmos valores, sentimentos e atingirmos criteriosamente a flor da transparência. E afinal, pequenos detalhes levam a grandes momentos… Foi necessário determinação e coragem para Sonhar, para Realizar, para Arriscar sem medo, e sermos livros abertos, para nos entregarmos e conquistarmos a confiança mútua. Ser professora de Português foi muito mais do que ensinar a escrever e a conjugar verbos, foi essencialmente ensinar-vos a conjugar o verbo respeitar no singular e no plural.
E afinal o que é ser-se professora? Ser professora é ser uma decoradora de interiores, uma cuidadora de corações, e ser-se aluna para toda a vida. A disciplina de Português não tem naturalmente como objetivo fundamental, apenas, a aprendizagem de algumas obras literárias. Elas fazem parte do nosso património cultural, mas a disciplina de Português, vai mais além, pois o saber estar, saber ouvir, saber fazer, são uma mais valia para todos nós. A grande estratégia no meu entender foi fazer com que “O Sol” da aprendizagem tivesse uma luz própria, transparente e não artificial. A constatação desta realidade, não é imediata, requer sapiência e alguma perspicácia, uma vez que separar o trigo do joio, é ver para além do 8
olhar… Muitas histórias eu vi serem delineadas através de uma singela caneta…muitas emoções e sentimentos trespassaram uma simples folha de papel. Sempre incuti aos meus alunos esta simbiose que há entre as palavras e a nossa alma. Nem todos podemos ser poetas e poetisas, no entanto, podemos transformar a nossa vida num lindo poema! Quando iniciamos o nosso percurso escolar, deparámo-nos com um livro de 365 páginas, monocromático, pois apenas possuía uma cor. Paulatinamente, palmeámos a estrada da vida, deparámo-nos com alguns obstáculos e, aquilo que almejámos foi escrever uma história enriquecedora. As palavras fizeram-nos refletir, e aí, concluímos que compreendê-las foi muito mais profundo do que conhecê-las. Existem na verdade muitas pessoas que nos conhecem, mas pouquíssimas nos compreendem… assim são as palavras, crescemos com elas, amadurecemos, e aí interrogamo-nos sobre a verdadeira felicidade das palavras. E afinal, a felicidade das palavras, está onde coração encontra repouso. No decorrer da minha narrativa pessoal e académica vi deambular e dedilhar palavras de toda a espécie… Há-as que servem para colorir o nosso ego e nos reconfortam, outras há que trespassam a nossa caixinha mágica e deixam cadenciar um som inaudível…Outras há tão invisíveis, tão impercetíveis que só a nossa alma consegue decifrar. Metaforicamente, elas foram o farol que nos orientou e guiou, a fim de atenuar e adensar as intempéries interiores. Inúmeras vezes a declamação das vossas palavras veio acompanhada de um sussurro inaudível e envergonhado, de uma lágrima há já muito retraída, mas apaziguada quando deslizada pelo rosto… Poderá haver maior regozijo para uma professora que diariamente semeia palavras? Obviamente que não!!! Felizmente, não faltaram mãos para esta seara, e, cada safra colhida era banhada de uma enorme satisfação e gratidão. Nuvens plúmbeas deram origem a um peculiar e harmonioso arco-íris.
9
O escritor José Luís Peixoto, afirmou no seu mais recente livro” Em Teu Ventre” que: “As palavras são corpos transparentes, à espera de uma cor”
Salutar
é
dar-lhes
uma
identidade, um caráter para assim lhe atribuirmos
uma
personalidade
multicolor. A escrita teve muitas vezes a particularidade de transformar os vossos invernos, em dias de primavera.
Ser professora para os meus alunos foi importar-me com o outro, numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado. O caminho faz-se caminhando, e a sementeira fazse semeando…. Será que colhemos o que plantámos? Nem sempre…. Almejava responder-vos afirmativamente, contudo, reitero que na sua grande maioria acontece. Quantas vezes asseveramos que a flor que eclodiu da terra possui uma beleza imaculada, e abruptamente se desvanece em nossas mãos?
Quantas vezes vislumbramos a hesitação na gestação e nos surpreendemos com a sua gênese? Indubitavelmente, apesar de algumas reticências, bom mesmo é semear com afeto….
Afinal, ensinar e aprender são movimentos de uma mesma canção: A Canção da Vida…
Ensinar foi ter a capacidade de “sair de cena” sem sair do espetáculo. A mente humana é como um grande teatro. O seu lugar não é na plateia, mas no palco, brilhando na sua inteligência, alegrando-se com as suas vitórias e aprendendo com as suas derrotas. 10
Ensinar foi incutir-lhes responsabilidades, a fim de serem os autores da sua própria história… Instiguei-os a quererem ser grandes, sem diminuírem o próximo…. se quisessem que cressem, pois, sem crer, não há querer. Ensinamentos especiais são como músicas, ouvimos, gostamos e jamais esquecemos! Aprendi que mais do que prepará-los para receberem um diploma, foi prepará-los para a vida, de forma a escreverem a sua própria história!
Aprendi que o nosso trabalho é muitas vezes o corrimão a que alguém se agarra para conseguir ir mais longe. Aprendi que a matemática da Emoção sobressaiu, e hodiernamente me entendem quando afirmo ser necessário ler nas entrelinhas! Aprendi que há pessoas que surgem na nossa vida para somar, e não para subtrair.
Quero aqui deixar umas palavras de apreço, a todos os alunos vindouros que estão prestes a iniciar esta jornada na Escola Europeia de Ensino Profissional, D. Manuel Rodríguez Suárez. O prefácio desta narrativa terá como ingrediente principal a solidariedade e o companheirismo. Esforçar-nos-emos para dar cor à vossa aprendizagem, pois a tarefa de ensinar os outros terá maior sucesso se for feita com amor, uma vez que o coração tenha entendido, a mente abrir-se-á naturalmente. Procurem sempre o mais brilhante de todos os endereços, o endereço que existe dentro de vós, afinal seremos conhecidos para sempre pelas pegadas que deixamos. Todos sabemos que não somos eternos. Amanhã digo…amanhã faço…amanhã vou. Mas virá um dia em que não haverá amanhã, pois os passageiros embarcarão noutro navio…e o destino levá-los-á por mares nunca dantes navegados. 11
E para que os sentimentos floresçam e perdurem! Obrigada pela viagem magnífica! Obrigada pela aprendizagem mútua! Obrigada por partilharem comigo algumas páginas do livro da vossa vida! Obrigada pelas intempéries, que deram posteriormente lugar a um lido arco-íris! Obrigada por conjuntamente pintarmos quadros apenas com palavras! E, afinal é tão simples dizer! Vamos ter Saudades Vossas! Professora: Isabel Maciel
12
A árvore genealógica Não é a família que faz as pessoas. São as pessoas que fazem a família. Por isso é que há amigos que são família e há famílias em que não há amigos. Há famílias em que as pessoas não são amigas. O grau de parentesco não chega para unir uma família, só o grau de amor, num superlativo sem comparação, pode estabelecer o vínculo para lá do que determina a árvore genealógica. A árvore genealógica pode vir de longe e não ter raízes fundas. Pode ter muitos ramos e em nenhum se abrigar um ninho. Não é o facto de pertencer a uma família que faz com que exista sentimento de pertença; é a existência do sentimento de pertença que estreita os laços e não deixa que se desfaçam. Não é a família que justifica o amor, é o amor que justifica a família. Pouco pode o tronco de uma árvore genealógica contra corações que não entroncam uns nos outros. In lado.a.lado
13
Solos férteis Família no seu significado é um agrupamento humano formado por indivíduos ancestrais, o que por vezes na prática nem sempre é assim. No mundo ou na prática apenas chamamos indivíduos de família a quem um dia nos amparou, nos deu carinho e o mais importante, amor. Família não é só quem chamamos pai e mãe, é também um amigo que simplesmente fez valer o verdadeiro significado de tal palavra. Família são aqueles que plantamos em solos férteis e cultivamos até que haja bons frutos. É certo que nem sempre escolhemos a família a qual queremos pertencer, nem mesmo o lar que queremos morar. Contudo, podemos fazer escolhas, escolhas definitivas pois a família é equiparada a um casamento, onde está escrito em juras “ser-te-ei fiel até ao fim”. Será sempre difícil dar um significado à palavra família, pois cada um de nós está encarregue disso. Talvez a sua definição seja certamente o contrário da minha, mas, no final os resultados serão iguais, pois todos nós procuramos pelo o mesmo. Feliz daqueles que podem dizer ter uma família, mesmo ela não sendo de sangue. Seja grato, pois nem sempre alguém teve a sua sorte.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
14
Tal como as árvores o amor nasce, cresce e floresce… Há pessoas que aparecem nas nossas vidas, e aí ficam permanentemente. Sem escolhermos, são elas que nos fazem sorrir nos dias tristes, levantar a cabeça nos dias cinzentos, e nos mostram que o fim da viagem só depende de nós. Há pessoas que nos acolhem, nos fazem renascer, e nos fazem sentir bem no meio delas. Não são parentelas, mas, agem como tal. Não escolhemos a família, mas podemos escolher os amigos. E há amigos que ficam no nosso coração e fazem prevalecer a palavra família. Não acredito que a felicidade esteja nos outros, mas no amor correspondido para a criação de laços e afetos. Um caso de amor floresce quando se faz por isso, e onde a reciprocidade existe. Uma árvore é regada para se manter viva, sendo assim, onde floresceres fica!
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
15
Família como um retrato Família a palavra mais conhecida à face da terra, normalmente, composta por pai, mãe e filhos. Desculpem, este é o sentido que se ouvia no século passado, pois no presente a realidade é bruta, e vira do avesso. Para considerar família, basta querer, não precisa de ser afetuoso, de ser do mesmo sangue, do mesmo gene. Chamo de mãe à pessoa que me criou, a que sempre esteve ao meu lado, nem que estivesse distante. Chamo de irmãos às pessoas do meu gene, e aqueles que viveram comigo, que tropeçaram comigo, subiram as mesmas escadas sozinhos, tal como eu. Chamo de família a quem reconheço o valor, onde a dignidade e a verdade são as rainhas, onde o juízo e bom estado de espírito são os reis. Onde os efeitos colaterais são apenas os maus, os vilões da história, onde as piadas sejam os bons que nunca perdem. Família é designada por quem nós queremos, e é quem estará sempre junto. Esta palavra é interpretada á nossa maneira e fazemos dela, o nosso porto de abrigo, o sítio feliz, onde há sol, mesmo que chegue a chuva e estrague a pintura, do meu retrato, do nosso retrato de todos os retratos, a minha família!!!!
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
16
17
Balão de hélio- Autopsicografia Reflito no que penso Vejo o que reflito Sinto-me mais que propenso Pela palavra de apito
Medo, insegurança Simpatia, o carinho Pelo que passou de andança Sou rodas de carrinho
Carrinho esse felizardo Com motor preenchido Por vezes triste e cansado Sinto-me eu iludido?
Bom amigo, de todos Alguns veem outro lado Não me considero tolo Por vezes acanhado
Defeitos, qualidades Tudo se escreve Muda com a idade Mas é o que me descreve. Alexandre Cancujo 18
Em cada fio de cabelo há uma história para contar Uma criança inocente que cresceu numa pequena cidade. Tornou-se uma adolescente. resmungona, comilona e com uma contradição sensível. Aprendeu todos os valores que lhe foram transmitidos ao longo do tempo, com falhas e quedas que foram surgindo. Assemelho-me a um balão de hélio, quando soltamos vai subindo, assim começou o meu percurso. Voei até Braga, e ao longo de todo este tempo tenho continuado a voar, sozinha… só com amparos. Estou tão feliz por ver as minhas próprias subidas. Muitas vezes, não é fácil, sinto que encalho nos cantos dos choupos, e tenho a cabeça cheia de interrogações. Mas, depois do Inverno passar e cada fio de cabelo voar, há mais uma história para contar. E no céu vou tendo os meus passarinhos da guarda que me iluminam sempre o caminho. E eu, ainda um pequeno balão, sou tão agradecida por isso. O voo só termina no céu onde nos encontramos todos, e até lá, eu vou voando e pousando nos galhos de árvores que me reconfortam!
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
19
Mergulha. Deixa-te de mas. Deixa-te de se isto e se aquilo. Não tenhas medo. Não andes a reboque. Experimenta. Aprofunda o que sabes de ti. Aprofunda o que sabes da vida. Mergulha nos livros. Nos sonhos. Mergulha na imensidão do pensamento. Mergulha na profundidade dos afetos. Traz para a superfície os tesouros que encontrares. Mergulha. Ninguém pode mergulhar por ti, mesmo que depois nade ao teu lado. Mergulha nos sorrisos, nos abraços. Não interessa que o mergulho não seja perfeito, o que interessa é que vais buscar no fundo de ti as paixões perdidas e outros amores de perdição. Só o morrer de amor por alguma coisa nos faz viver. Escreve. Dança. Canta. Sorri. Mergulha.
lado.a.lado
20
Sem mas, nem meio mas, apenas eu… As palavras tem um grande impacto na vida das pessoas, e sinceramente eu acho que são poucas, as que hoje em dia, tem cuidado com as palavras que dizem. Há uns tempos atrás, eu era a primeira pessoa que ansiava pelo que os outros diziam ou pensavam de mim. Era aquele tipo de pessoa que tomava as minhas decisões pela cabeça dos outros e não pela minha. Era raro dar ouvidos a mim mesma. Aguardava sempre que alguém me dissesse que o que eu fiz estava certo, e receava que dissessem que estava errado. Era aquele tipo de miúda que ficava de madrugada acordada a tentar entender o porquê das pessoas serem tão duras e cruéis comigo. Fui forçada a engolir lágrimas, lágrimas essas que hoje precisam ser regurgitadas. As lágrimas que me escorriam pela face eram lágrimas de uma rapariga inocente, que não sabia que a vida é feita de escolhas e que cada pessoa escolhe as suas. A partir do momento em que eu deixava os outros escolherem por mim, eu sentia-me sem vida, como se já nem dona de mim fosse. Foi aí que decidi ver a verdade por detrás das mentiras que as pessoas me cuspiam. Nesse instante, vi-me obrigada realmente a viver. Foi aí que decidi aventurar-me, e mesmo sem saber nadar, mergulhei de cabeça. Hoje posso dizer que esse mergulho mudou a minha vida por completo, e foi das melhores escolhas que já fiz, porque não há nada melhor do que poder dizer o que me vai na alma, e fazer o que o meu corpo pede, sem ter que dar satisfações a ninguém. Hoje, sou feliz porque posso escrever, cantar, dançar e até mesmo sorrir. Deixei para trás as pessoas tóxicas e as que são realmente verdadeiras sei que ainda nadam ao meu lado. Acabou-se, hoje vivo conformada com aquilo que sou, e já ninguém me derruba com palavras! Carina Oliveira 3º TAS
21
“Por mares nunca dantes navegados” Descobrimentos
Saíram de Lisboa
O Ulisses e o Eneias
Saíram da capital
São heróis de outras Epopeias
Os navegadores Portugueses
Mas os verdadeiros são aqueles que pela
São a personagem principal
pátria Se arriscaram com coragem e sem peneiras
Camões foi o autor Os Portugueses a personagem fulcral
Por causa destes heróis
E este é conhecido como o criador
Deusas tiveram que reunir
De uma história desigual
Mas com medo dos feitos deles Baco teve de os persuadir
Os heróis Portugueses Saíram para viajar
O gigante Adamastor
E o seu objetivo
Logo se foi apaixonar
Era o seu império aumentar
E por causa dessa mágoa Nos Portugueses foi descarregar
Pedindo às ninfas Um pouco de inspiração
Com muito esforço e dedicação
O autor desta história
Pelo monstro conseguiram passar
Deu aos Portugueses grande valorização
E com muita alegria e convicção Foram todos festejar
22
Na chegada à Índia
Com a sua força intelectual
Era tudo diferente
Muito tarde perceberam
Os Portugueses ficaram espantados
Que com a sua força física
Com cada especiaria e ingrediente
Conseguiram prevalecer
O povo indiano
Após as suas conquistas
Recebeu os Portugueses com muita
Uma ilha foi oferecida
hospitalidade
Pediu Vénus às suas ninfas
Mas depois acabaram por perceber
Para as compensar da sua batalha sofrida
Que era tudo falsidade
Por Baco e os indianos
Com a sua voz rouca
Planeavam a cilada
Camões teve de desistir
E à noite os portugueses
Pois para incentivar os portugueses
Preparavam a emboscada
A D. Sebastião auxílio teve de pedir Lucas 2º TEAC
23
Outubro Rosa na E.E.E.P PROJETO OUTUBRO ROSA - MÊS DA PREVENÇÃO DO CANCRO DA MAMA NA EEEP Para promover a consciencialização sobre a doença e partilhar informações sobre o cancro da mama, a Escola Europeia de Ensino Profissional participou neste ano 2018 na campanha “Onda Rosa” da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) campanha de sensibilização para a prevenção do cancro da mama. Durante a segunda quinzena do mês de outubro, a cor rosa dominou a nossa Escola e foram desenvolvidas diferentes atividades com os objetivos de: 1-Sensibilizar para a problemática do cancro da mama 2-Capacitar para a adoção de comportamentos saudáveis para a prevenção de cancro da mama.
24
Trabalhos efetuados pelos alunos da E.E.E.P
25
26
Poesia alusiva ao Outubro Rosa Imagino ser a tua cura Sou um ser esquisito
Desvias o olhar
Estou mascarado por ti
Não queres ver o reflexo
Uso a força de um atrito
Do pavor que te quero dar
Peço desculpa se menti
O medo é tão perplexo
Sou o medo
No fim sofro
Dão-me o nome
Sou eu quem morro
Falam-me como enredo
Quem voa ao som do sopro
Da história do síndrome
Não sobrevivo ao socorro
Sinto as lágrimas
Prendes-me na atividade
Das mulheres perdidas
Masmorras do terror
Faço-as íntimas
Inspiro a tua radioatividade
Sentirem-se incompreendidas
Afeto-me pelo teu amor
Cancro é o meu apelido
Dou o último desastre
A mama é a minha casa
Liberto da mentira, encaro a verdade
Onde sou retido
Antes que me alastre
E a minha voz arrasa
Dou-te a liberdade
Sou destruído pela luta
Sou a tua cura
Pela queda e o levantar
Tenho-a absoluta
A minha vida encurta
Não sou loucura
Quando te sinto arrepiar
Vida da tua luta 27
Seguro contigo a espada Da bravura e da força Sinto-te amada És o que me reforça
Falei-te mas não sabes Quem te procura E não te apercebes Eu sou a tua cura
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
28
Guerreira em cor de rosa Não é por teres uma mama Que a tua vida fica desamparada Podes continuar a deitar-te na tua cama À beira da pessoa que te ama
Os problemas surgem Mas não deixes que os teus hábitos mudem Serás sempre uma guerreira Deste uma volta à tua vida inteira
A vida um dia vai sorrir-te Deus não está a dormir Ele vai te ajudar E esse teu problema vais superar
Fica de cabeça erguida És linda como uma margarida A vida não tem só uma ida Segue em frente pela avenida
Essa luta vais ultrapassar Os problemas vão acabar Tu desse problema vais-te livrar E contra essa tempestade vais remar Samuel, 2º TAP 29
Rosa é a tua cor Eu sou uma doença
Eu sou um grande mal
Apareço de surpresa
Sou eu que espalho o medo
E não importa o que aconteça
Os médicos temem o mal
Normalmente a mulher é a minha presa
Pois só a morte te trará sossego
Se me instalar no teu corpo
Mesmo que me superes
Tens de te antecipar
Eu poderei voltar
Porque se eu me desenvolver
Por isso fica atento
Vai ser difícil de curar
Da próxima vez, eu venho para ficar
Ainda não sabes o meu nome
Para finalizar vou te dizer
Mas agora eu vou dizer-te
O meu maior tormento
O meu nome é cancro
A quimioterapia!
E não queiras a sorte de me conhecer
É a única coisa que não aguento!
Normalmente a presa é mulher
2ºTEAC- Lucas
Mas os homens não estão safos Apesar da sua raridade Melhor é eles terem cuidado
Cancros há muitos Somos todos um tormento Não somos todos iguais Pois a mama é o meu alojamento
30
31
A didática do afeto: o amor como forma de ensinar
Esse tema é diferenciado e pode ser introduzido no currículo escolar das nossas escolas públicas e privadas. E para refletir sobre isso – utilizo as ideias – de quatro teóricos da educação, que nos fornecem o conhecimento para aprender a didática do afeto, ou seja, o amor como jeito de ensinar. O psiquiatra chileno, Cláudio Naranjo, destaca que quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo. Segundo Naranjo investir numa didática afetiva é a saída para estimular o autoconhecimento dos alunos, sobretudo, de crianças e adolescentes, formando seres autónomos e saudáveis. Nessa perspetiva, o papel do educador é levar o aluno a descobrir, refletir, debater e constatar. Para isso, é essencial estimular o conhecimento de si mesmo, respeitando as características de cada um. Tudo é mais efetivo quando a criança entende o que faz mais sentido para ela. No ponto de vista didático, os nossos educadores devem ser mais amorosos, afetivos e acolhedores, como um modo mais eficaz de ajudar – todos os alunos – não só os melhores a realmente aprender e assim mudar o mundo. 32
Nesse contexto, lembra Naranjo, precisamos de uma mudança da consciência e o melhor caminho é a transformação da educação, por meio de uma nova formação de educadores orientada não só para a transmissão de informações, mas para o desenvolvimento de competências existenciais. O psicanalista, americano, Erich Fromm, afirma que a resposta madura para o problema da existência é o amor. Sendo assim, o amor pode ser ensinado nas escolas, de maneira maturada e consciente, pois o amor é acima de tudo a preocupação ativa pela vida. É o cuidado de promover o crescimento daqueles que amamos. Na visão de Fromm, a escola pode ser transformada em um local adequado para ensinar o amor, na mesma medida que se estuda música, pintura, carpintaria, escrita ou arquitetura. Aprender amar requer prática, maestria e uma ação contínua, pelo qual o esforço e o bom trabalho não deixam nada ao acaso ou à sua sorte. O neurocientista, português, António Damásio, alerta que é necessário educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros, porque se não houver educação massiva, os seres humanos vão matar-se uns aos outros. Damásio avalia que a vida emocional e sentimental são provocadoras da nossa cultura, de conflito ou de cooperação, que é a base fundamental e estrutural de vida. Na mesma linha de pensamento o filósofo, francês, Edgar Morin, constata que a verdadeira crise é uma crise de relações humanas, uma incapacidade de constituir verdadeiras relações afetivas, um mal antigo, que se tornou uma crise insustentável. Portanto, com base nesse conhecimento, podemos concluir que a escola é o melhor ambiente para desconstruir a cultura do “desamor”, onde a didática do afeto pode ensinar amar, como método de conhecermos a nós mesmos e para conhecermos os outros.
In A Mente é maravilhosa
33
Aprender a amar O amor é o elemento fundamental na vida, todos vivemos rodeados de amor, mesmo que as pessoas que nos rodeiam não o revelem. A vida tem outro sabor quando realizamos tarefas no nosso dia-a-dia com amor, as coisas fluem melhor e a vida ganha outro brilho. Como dizem os entendidos, a maior crise que existe é a do “desamor”, principalmente, em nós jovens, pois em vez de nos amarmos, só nos odiamos. Será necessário haver essa guerra tão medíocre? Quando hoje em dia à nossa volta existem milhares de problemas piores que esses… Começa em ti o fim dessa crise, deposita amor naquilo que fazes e o sucesso será muito maior. A vida dá tudo de retorno, e o fim de todos é só um. Então, porque não levar o melhor que pudemos e darmos o melhor que temos? É grátis. Estamos no início de um longo percurso, e ainda pudemos absorver a matéria “do amor”, cabe a cada um decidir se a quer estudar ou não. O amor não ocupa espaço, e tornanos seres Humanos muito mais felizes.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
34
As pessoas felizes nem sempre estão felizes. Mas ser é diferente de estar e não é porque não estão felizes que deixam de ser felizes. As pessoas felizes sabem que a tristeza é uma espécie de chuva. Não dura sempre e limpa o pó dos caminhos. Depois da chuva, o sol brilha mais. As pessoas felizes cuidam da sua vida e, por isso, não têm tempo para se meter na vida dos outros. Mesmo que tivessem tempo, não iriam desperdiçá-lo com coisas que não lhes dizem respeito. As pessoas felizes respeitam-se. As pessoas felizes têm vida própria, por isso não precisam da vida alheia. As pessoas felizes são aquelas que conhecem e sentem na pele as dificuldades da vida, mas que reconhecem facilmente todas as coisas maravilhosas que a vida guarda para elas. As pessoas felizes gostam de repartir com os outros essas coisas maravilhosas que a vida lhes oferece. A felicidade dividida por todos nunca divide, une. A felicidade dividida nunca faz com que ninguém tenha menos, mas todos mais. As pessoas felizes podem não ter muito dinheiro, mas nunca são pobres. Ter pouco dinheiro não significa ser menos. Pobres são as pessoas que se julgam mais. As pessoas felizes são as mais ricas como pessoas. Ser mais como pessoa é a maior riqueza a que podemos aspirar. As pessoas felizes irradiam luz. As pessoas felizes não se apagam.
Lado.a.lado
35
Uma peça de teatro A vida é como uma peça de teatro, onde a tristeza é a peça, e a felicidade é a realidade quando não se está em cena. Isto, porque quando estamos em cima
do
palco,
multidões,
perante
vestimo-nos
de
alguém que não somos, e escondemos assim o verdadeiro "eu",
os
verdadeiros
sentimentos, e transparecemos para a plateia o que não somos verdadeiramente. E, por momentos, abstraímo-nos do que estamos realmente a sentir. Aparentamos ser pessoas felizes, de bem com a vida, sem problemas e
chatices,
parece
que
a
vida
não
tem
complicações...
Mas, nem sempre é assim, e quando a peça acaba e as cortinas se fecham voltamos ao nosso verdadeiro mundo, onde existem problemas, tristezas. Nem todos os dias são cor de rosa, e nem
todos
os
dias
existem
fadas
nem
reinos
encantados.
Com a peça da vida, aprendemos a dizer "bem vindo" aos dias maus, e a contorná-los para transformá-los em bem. Com a peça da vida brincamos com os sentimentos e recebêmo-los como aprendizagem. Com a peça da vida agimos irracionalmente. E com a peça de teatro temos um texto estudado, onde as palavras são pensadas e os papéis são escolhidos. Somo pequenas marionetes na peça da vida, mas ainda assim felizes por existirmos na realidade.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
36
O valor de ensinar as crianças a dizer “obrigado”, “por favor” e “bom dia
Transmitir às crianças a importância de agradecer, de pedir “por favor” ou de dizer “bom dia” ou “boa tarde” vai muito além de um simples gesto de educação. Estamos investindo em emoções, em valores sociais, e acima de tudo, em reciprocidade. Para criar uma sociedade baseada no respeito mútuo, onde o civismo e a consideração façam a diferença, é preciso investir nesses pequenos hábitos sociais aos quais às vezes não damos a devida importância. Porque a convivência se baseia, no fim das contas, na harmonia, nessas interações de qualidade baseadas na tolerância onde todas as crianças deveriam ser iniciadas logo cedo. Sou da geração da gratidão, do por favor e do bom dia, da mesma que não duvida em dizer “sinto muito” quando é necessário. Qualidades, todas estas, que não hesito em transmitir aos meus filhos, porque educar com respeito é educar com amor. Um erro que muitas famílias costumam cometer é iniciar os filhos nestas normas de cortesia quando os pequenos começam a falar. Mas é interessante saber que o “cérebro social” de um bebé é extremamente recetivo a qualquer estímulo, ao tom de voz, e mesmo às expressões faciais de seu pai e sua mãe.
37
Acredite se quiser, podemos educar uma criança nos seus valores desde muito cedo. Suas aptidões são inesperadas e precisamos aproveitar essa grande sensibilidade em matéria emocional.
Agradecer, uma arma de poder no cérebro das crianças Os neurocientistas lembram-nos que o sistema neurológico de uma criança está programado geneticamente para se “conectar” com os outros. É uma coisa mágica e intensa. Mesmo as atividades mais rotineiras, como alimentá-los, dar banho ou vesti-los, se transformam em informações cerebrais que configuram de um jeito ou de outro a resposta emocional que essa criança terá no futuro. O desenho dos nossos cérebros, por assim dizer, nos faz sentir implacavelmente atraídos por outros cérebros, pelas interações de todos aqueles que estão ao nosso redor. Portanto, uma criança que é tratada com respeito e que desde cedo se acostumou a ouvir a palavra “obrigado” rapidamente entenderá que está diante de um estímulo positivo poderoso e que, sem dúvida, irá desvendando pouco a pouco. É muito provável que uma criança de 3 anos a quem seu pai e sua mãe ensinaram a dizer obrigado, por favor ou bom dia, não compreenda muito bem ainda o valor da reciprocidade e do respeito que essas palavras impregnam. Mas tudo isso cria uma base apropriada e maravilhosa para que depois as raízes cresçam fortes e profundas.
38
No fim das contas, a idade mágica compreendida entre os 2 e 7 anos é a que Piaget denominava como “estádio de inteligência intuitiva”. É aqui onde os pequenos, apesar de estarem sujeitos ao mundo dos adultos, irão despertando progressivamente o sentido do respeito, intuindo esse universo que vai mais além das próprias necessidades para descobrir a empatia, o sentido de justiça e, obviamente, a reciprocidade.
A
reciprocidade,
um
valor social de peso Quando uma criança descobre finalmente o que acontece nos seus contextos mais próximos quando
pede
coisas
com
um ‘por favor‘ e as conclui com um ‘obrigado’, nada mais será igual. Até o momento, ela o realizava como uma norma social preestabelecida pelos adultos, uma coisa que lhe trazia incentivos positivos pelo seu bom comportamento. “A educação não muda o mundo, muda as pessoas que irão mudar o mundo.” -Paulo FreireContudo, cedo ou tarde ela experimentará o autêntico efeito de tratar com respeito a um par, e como essa ação se reverte, por sua vez, nela mesma. É uma coisa excecional, uma conduta que a acompanhará para sempre, porque tratar com respeito aos outros é, além disso, respeitar a si mesmo, é agir de acordo com certos valores e um sentido de convivência baseado em um pilar social e emocional de peso: a reciprocidade.
Será por volta dos 7 anos de idade que nossos filhos descobrirão plenamente todos estes valores que perfazem a sua inteligência social. É nesse instante que começam a dar mais importância à amizade, a saber o que implica essa responsabilidade afetiva, a entender e desfrutar da colaboração, atendendo necessidades alheias e interesses diferentes dos próprios. 39
É, sem dúvida, uma idade maravilhosa onde todo adulto precisa ter em mente um aspeto fundamental: precisamos continuar sendo o melhor exemplo para nossos filhos. Agora, a pergunta mágica é a seguinte… De que forma vamos envolvendo nossos filhos desde cedo nessas normas de convivência, de respeito e de cortesia? Sugerimos
algumas
simples
estratégias
para
que
você
tenha
em
mente,
algumas orientações básicas para apontar às crianças em cada situação: Você chegou ou entrou em algum lugar? Cumprimente, diga bom dia ou boa tarde. Você vai embora? Diga adeus. Recebeu um favor? Alguém lhe
deu
alguma
coisa? Agradeça. Alguém falou com
você?
Responda. Alguém está falando com você? Ouça. Você tem alguma coisa? Compartilhe. Você não tem? Não inveje. Você tem alguma coisa que não é sua? Devolva-a. Você quer que façam alguma coisa por você? Peça por favor. Você se enganou? Peça desculpas. São regras simples que, sem sombra de dúvida, serão de grande ajuda no dia a dia de qualquer família.
Educação e Transformação
40
A reciprocidade Tudo ao nosso redor deriva da reciprocidade, tudo o que nos dão nós damos de volta, e isto não quer dizer que sejam tudo coisas más... Pois bem, pondo os pesos na balança grande parte de, nós, jovens quando somos abordados por alguém de uma forma incorreta, ou quando alguém nos trata mal respondemos da mesma maneira, mesmo não sendo essa a maneira mais correta. Mas, é mais fácil atirar pedras do que tirá-las do caminho. É assim é o começo de grande parte dos desacatos entre pessoas sem necessidade, isto porque, estamos mais preocupados em autodefendermo-nos do que ajudar o próximo a ser melhor. Se tu reconheces que alguém não te abordou da melhor maneira, não faças o mesmo! Apenas mostra com palavras e atitudes que a forma de agir da pessoa não foi a mais correta, toma tu outra atitude. Começa por dizer "bom dia", "obrigada", "desculpe", "fico muito agradecida", com sorriso na cara. Quando sentes que foste alvejada fala, diz que isso te fez sentir mal, que não gostas, que certas palavras te incomodam, mas não pagues com a mesma moeda. Não é por "eu" tratar bem toda a gente, que toda a gente me trata bem a mim. Mas, com as minhas atitudes sentir-me-ei melhor. Não posso mudar o mundo, mas tento mudar-me a mim. O que me faz sentir uma pessoa melhor, é ao acordar agradecer tudo aquilo que tenho, principalmente a vida. Se o ser humano reconhecesse o bem precioso que tem, só se preocupava em fazer o bem.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
41
Fala-se de educação… Educação, dizem ser o princípio básico para sermos melhores, mas leva-nos a outros aspetos vigorantes, tais como a arrogância e a falta de respeito. Educação tem como centro de comando o ser humano, tendo como objetivo tentar controlar a inquietação, apoiados sobre a razão e liberdade.. A mesma, não é tão visível e percecionada nos dias de hoje. Escasseia e alastra a olhos vistos. Mas, como Oscar Wilde citou: “A educação é uma coisa admirável, mas é bom recordar que nada do que vale a pena saber, pode ser ensinado”. Deve ser um ensino discreto e eficaz, não demonstrando o que deve ser ocultado.
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
42
“Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas te impedirão de ver as estrelas” O Principezinho
43
Magusto na E.E.E.P No passado dia 16 de Novembro de 2018, realizou-se o tradicional Magusto em S. Bento da Porta Aberta em Terras de Bouro.
Programa: Dia 16 de Novembro de 2018 8H45 – Concentração nas instalações da EEEP 9h00 – Saída da EEEP 10h30 – Inicio das Atividades 13h00 – Interrupção para almoço 15h00 – Reinicio das atividades 16h00 – Encerramento das atividades e saída de S. Bento da Porta Aberto com destino a Braga. Objetivos: Fomentar o gosto pela natureza no seio da comunidade escolar Promover a atividade física de forma saudável Desenvolver as relações interpessoais dentro da comunidade educativa (promover o convívio entre alunos, professores e funcionários).
44
Preparativos para o almoço, atividades e convĂvio
45
46
47
48
Quando eras bem pequeno...
...eles gastavam horas a ensinar-te a usar os talheres nas refeiçþes...
... ensinaram-te a vestir, a amarrar os cordĂľes dos sapatos, a abotoar a camisa...
49
limparam-te quando sujavas as fraldas, ensinaram-te a lavar o rosto e a tomar banho, a pentear os teus cabelos...
...ensinaram-te valores humanos...
Por isso...
50
...quando eles ficarem velhos um dia...
...quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder...
...nĂŁo te chateies com eles...
51
...quando eles começarem a esquecer-se de fechar os botões da camisa, de amarrar os cordões dos sapatos...
...quando eles começarem a sujar-se nas refeições...
...quando as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam cabelo...
52
...por favor, não os apresses... Porque tu estás a crescer aos poucos, e eles estão a envelhecer...
...basta a tua presença... a tua paciência... a tua generosidade... a tua retribuição...
...para que os corações deles fiquem aquecidos....
53
...se um dia eles nĂŁo conseguirem equilibrar-se ou caminhar direito...
...segura firmemente as mĂŁos deles e acompanha-os bem devagar respeitando o ritmo deles durante a caminhada... da mesma forma que eles respeitaram o teu ritmo quando te ensinaram a andar...
Fica perto deles... Assim como...
54
...eles sempre estiveram presentes na tua vida, sofrendo por ti.... Torcendo por ti... e vivendo "POR TI"
“Não eduques o teu filho para ser rico, educa-o para ser feliz”. “Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO” (Max Gehringer)
55
Ciclos quebráveis A gente nasce, vive, e morre. Dizemos que este é o nosso ciclo e nada mais há para
viver.
Pensamento
errado, é um ciclo, mas não é vicioso é onde os milagres acontecem. Nós fomos razão para dizer milagre pois somos filhos, e alguém é o nosso pai, e
a
nossa
mãe.
Independentemente, nascemos, fomos o momento naquele ano, naquele dia, naquela hora, a questão de um ser viver após nove meses no berço da mãe e o amor do pai, assim como as carícias dos tios. O ouvir das pessoas, da nossa pulsação, do toque fino ao nascer, do cuidado, do almofadado. Não nasci em berço de ouro, podem crer que não, mas os meus pais são o meu berço de ouro, com eles vi o nascer do luar e do respirar. Não nos apercebemos o quanto orgulhosos podemos ser de ter uns pais babados, falo por experiência própria. A distância não é o que nos separa, é mais o que nos une, é o que nos fortalece, é o que faz de mim a pessoa que sou hoje, a que serei amanhã e no futuro.
Todos temos o processo natural de envelhecer, mas quando avança mais do que isso é exuberante, é forte, é dolorosa a perda de um pai. Ficar uma mãe com filhos sem o pai para apoiar, por muito maus que sejam, reina na minha cabeça que são os únicos dignos de chamar 56
pai e mãe. Envelhecer é o processo mais difícil que se pode ter, é quando existem as rugas, em que toco e sinto a morte próxima, é quando a resposta vem devagar como a chuva da noite, é quando esperar por ti nos passeios é fácil, pois devagar se vai ao longe, e tu vais longe como diz a expressão, eu digo não ao deixar-te, pois nunca o fizeste comigo enquanto crescia, enquanto dormia em bebé, enquanto eu fazia as minhas birras e vinhas à minha beira e dizias, DEPOIS. Mesmo que esse depois não viesse eu não me chateava, quando me dizias que me vinhas visitar e não vinhas não me aborreci, orgulho-me agora, ou na velhice de te chamar mamã e o papá onde quer que ele esteja, está seguro, está a olhar por nós, e sabe que todos estamos a olhar por ele. Que as minhas últimas palavras para vocês sejam que nunca vos vou abandonar, nem neste mundo, nem no outro.
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
57
Para os meus queridos avós Avô e avó, ou será que devo dizer padrinho e madrinha? É para vocês que hoje escrevo este texto, pois foram vocês as minhas amas desde quando eu era bem pequenina. Hoje vou dizer-lhes aquilo que certamente não tenho dito ao longo destes anos, talvez por ter medo de demonstrar este sentimento que sinto por vocês, puro amor, carinho, felicidade...
Foi com vocês que dei os primeiros sorrisos, os primeiros passos, as primeiras palavras, enquanto os meus pais trabalhavam. Mas eu cresci, e num instante se passaram 18 anos, 18 anos onde eu aprendi tanto com as vossas palavras, palavras essas que fazem de mim uma pessoa com mais fé e mais vida, embora eu seja uma pessoa muito sentimental e muito sensível. Sabem uma coisa? Eu tenho muita sorte, em ser neta de alguém como vocês. Vocês são sinônimos de carinho, atenção, meiguice, amor, dedicação, paz, solidariedade e muita sabedoria.
58
Hoje, sei que todos os vossos ralhetes, todas as vossas palmadas serviram para eu aprender o que está certo, e o que está errado. Hoje também sei que todos os vossos sorrisos, todas as vossas demonstrações de carinho serviram para eu ser generosa para com os outros. Como já referi anteriormente, hoje, vou agradecer-lhes, mas a escrita, um simples texto ou até mesmo umas simples palavras parecem ser tão insuficientes para vos retribuir tudo aquilo que me deram e continuam a dar. Mas, como é que eu posso agradecer a alguém como vocês, se todas as formas parecem simples diante do que vocês merecem?! Mas há uma coisa em que vou ser eu a ajudar... Sei que já estão a caminhar para velhinhos, e possivelmente os papéis vão inverter-se, em vez de serem vocês a cuidar de mim, vou ser eu a cuidar de vocês. E é aqui que eu vou agradecer, mas não será o suficiente... Ficam a saber que o vou fazer com todo o gosto, e com toda a paciência do infinito, possivelmente vai custar-me ver-vos nesse estado, porque são meus avós e não os velhinhos do lar... Em vez de serem vocês a meterem-me a comida na boca, vou ser eu a metê-la em vocês, em vez de ser eu a chorar com dores a meio da noite, vão ser vocês, e eu estarei lá para vos acalmar as dores, com o meu abraço e com o medicamento certo. Como disse vou estar sempre lá, até para rir das vossas piadas, sim porque os velhinhos também sabem dizer umas piadas, e vocês não vão ser exceção. Só espero que Deus os preserve assim, uns avós maravilhosos e cheios de saúde! Amo-vos muito, meus queridos avós!
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Patrícia Soares
59
“Filho és, pai serás, assim como fizeres, assim receberás” Na velhice, tudo muda, tudo fica diferente, os olhos já não são capazes de ver de igual forma, já não andam na mesma velocidade, já não se movem com a mesma agilidade, os ouvidos já não ouvem como queriam ouvir, os dentes também já teimam em não ficar no lugar, os braços já não têm a mesma força, o corpo dói à mínima coisa, enfim, tudo muda, infelizmente, para pior. Há quem aceite a velhice, há quem não se queira conformar que já não é o mesmo que era quando era novo, e há até quem se recuse a aceitar que envelheceu, e o medo instala-se. O medo de não ver os netos crescer, o medo de não ver os netos a serem gente, de não estarem presentes nos momentos mais importantes da família como em datas festivas, ou simplesmente, naqueles almoços tradicionais de domingo em que se juntam todos. É a dura realidade da terceira idade, e o que me custa mais ouvir por parte deles é que “já não vão para novos e que nunca sabem até onde vão chegar.” Por mais que seja a realidade, tudo o que começa um dia acaba. Mas quando se trata dos nossos avós? Admitam, vocês não querem pensar nisso. Façam questão de os fazer sentir amados, e de os fazer sentir de que estiverem sempre lá para eles, não se acanhem, não reprimam esse sentimento de admiração por eles. Porque acreditem, não há sentimento pior do que sentirem que o vosso querido partiu, e vocês pensarem que podiam ter dito só mais uma vez “gosto muito de si.”
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Débora Pinto
60
Cuidar com Amor!!! Eis uma banda desenhada que retrata a nossa atual realidade… A vida é como um ciclo e vai rolando consoante assim tem que ser. Nascemos, crescemos, vivemos e por fim acabamos por falecer…. Mas cada um tem a sua peça para criar, cada um tem que ser ator principal da história da sua vida, no entanto, quando somos pequenos são os nossos pais que nos guiam que nem marionetes. Ensinam-nos a falar, andar, comer e escrever, incutem-nos todo aquilo que eles também aprenderam com seus pais e sua vida, ensinam-nos os valores fundamentais para que sejamos grandes seres humanos. No entanto, a vida anda, e passa para todos, assim sendo, tanto quanto nós ficamos mais velhos, eles também o ficam, e chega uma altura da vida em que eles vão perdendo quer as capacidades psicológicas, quer as físicas. Muito se fala acerca dessa altura da vida, mas a realidade nem sempre é como se ouve falar. Muitos filhos não sabem qual opção tomar, não sabem o que hão-de fazer … Abdicar do trabalho e tomar conta dos pais? Continuar suas vidas e esquecer quem os criou? É deveras uma decisão que tem que ser ponderada.
Inês Gomes Finalista 2015/2018 TAS
61
Gosto que me digam a verdade, eu decido se ela dói ou não.
Ninguém gosta de ouvir mentiras. Não gostamos das mentiras piedosas, nem de que decidam por nós o que devemos saber ou não. Se a verdade vai nos machucar, somos nós quem temos que decidir isso. As pessoas têm a mania de ocultar coisas que fazem, dizem ou pensam porque acreditam que assim evitam fazer mal aos outros. Mas não, na verdade não há nada tão dilacerante quanto a mentira, a omissão e a hipocrisia. Com eles, nos sentimos pequenos e vulneráveis, e ao mesmo tempo, gera-se desconfiança e insegurança frente ao mundo. Nenhum sentimento é inválido Ao longo de nossa vida, sofremos e choramos por centenas de situações causadas pelos outros. Entretanto, todos esses sentimentos e emoções nunca são inúteis; pelo contrário, grande parte do nosso aprendizado é mediado pela dor. 62
Do mesmo modo, sofrer nos faz compreender e conhecer a nós mesmos, entender que somos fortes e que nada dura para sempre. Dessa forma, conseguimos administrar nossas emoções. Nossa vida é nossa. Devemos vivê-la como quisermos e não como julgam os outros. Decidiríamos por alguém a quem ele ou dela deve amar e de que maneira? Não, isso é uma loucura. É injusto tentar decidir pelos outros. O poder de dizer as coisas de frente Dizer as coisas cara a cara é ser sincero, nada mais e nada menos. As pessoas confundem isso com a falta de educação, de tato ou de prudência. Como a sinceridade é um termo que leva a confusões e cada um tem sua própria versão do conto, vejamos algo mais sobre ela. Ser sincero não quer dizer que devemos falar tudo o que nos vem à cabeça, de forma brusca ou a qualquer momento. Ser sincero com critério, empatia e ética não significa maquiar a realidade, mas adequar sua comunicação ao momento e à pessoa. A sinceridade faz com que encontremos companheiros, gente leal, íntegra. Ou seja, boa gente. Como é óbvio, muitas vezes a intenção não é ruim, mas devemos saber que ao não dizer a verdade, estamos faltando ao respeito com a pessoa “afetada”. De fato, mentindo para alguém privamos tal pessoa da oportunidade de dirigir sua dor e aprender a lição que ela tem que aprender. Por isso, é algo tremendamente injusto e abusivo. A sinceridade dói naquelas pessoas que vivem em um mundo de mentira. A sinceridade nunca dói, o que dói são as realidades. Ser sincero sempre é um grande gesto, apesar de tudo e de quem for. Entretanto, pode acontecer de alguém preferir viver em um mundo de fantasia, sem querer enxergar a realidade. Nesse caso, tudo é respeitável. Entretanto, o mal de mentir ou de ocultar a verdade é que a partir daí ficam em dúvida mil 63
verdades que quebram a confiança, a segurança e os sentimentos de amor mais potentes. Em resumo, a verdade constrói e a mentira destrói. Cada um de nós está capacitado para assumir a realidade do que nos corresponde e, portanto, de resolver os possíveis danos que possamos sofrer. Não podemos viver esperando que a vida seja um caminho de rosas nem para nós, nem para os outros. Assim, sempre que nos corresponda, deveríamos optar por sermos sinceros e não privar as pessoas da oportunidade de crescer superando as adversidades ou desconfortos de sua própria existência. Lembremos que proteger alguém de um dano com a possibilidade de causar outro ainda pior não faz sentido. Educação e Transformação
64
O problema não é perdoar, é confiar de novo! Houve uma altura, em que um grupo de amigos me perguntou, se eu era alérgica a alguma coisa, e eu declarei que sim … às mentiras! E porquê? Porque ninguém gosta de as ouvir, mas a verdade é esta: para quê mentir se a realidade pode ser muito bem preciosa. É triste quando uma mentira destrói mil verdades, pondo as pessoas em causa e a ficarem duvidosas. Não é o nosso nariz que fica grande, mas sim a confiança, que começa a ser arrastada até não haver mais nenhum sinal dela. Toda a gente ou quase toda, já expôs determinada mentira, nem que fosse para o bem de alguém ou para elas mesmo. No nosso planeta terra costuma-se dizer “mentir é feio”, é sim, mas há coisas bem piores, como talvez alguém saber de toda a verdade e manter-se calado para não afetar o alvo. E onde estará o simpatizante de toda a mentira? Na sinceridade, pois esta é uma virtude que uns possuem mais do que outros, e que alguns sabem usar e outros não… mas é como tudo na vida. Às vezes levamos tão a peito, a maneira fria de que algo foi transmitido. Dói, mas talvez o que vá doer não seja a sinceridade, mas sim, como encarar a realidade. Mas atenção! Ser sincero não significa que se deva dizer tudo o que nos vai na alma, de forma áspera, porque isso é coisa de quem não é gente. É essencial adequar a nossa
65
comunicação, com o tipo de pessoas, e com o tipo de situação, porque a grande base é saber ser respeitador. Temos que perceber que se a verdade não for dita, a
pessoa
continuará
no
mundo iludida. Não se pode viver achando que o mundo só tem caminhos cor de rosa, também existem caminhos escuros, sem luz para que as pessoas acordem e comecem a refletir naqueles que sempre tentarem transmitir a realidade.
Infelizmente, ainda há gente que tenta fugir da verdade, talvez para não sofrer com as frases dolorosas, mas é preferível levar com elas na cara e que nos obriguem a analisar o que se está a passar … assim, mais vale sofrer tudo uma vez, do que sofrer aos bocadinhos todos os dias.
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Joana Ferreira
66
A verdade dói, mas a mentira destrói! Li, reli e voltei a ler vezes sem conta este texto…. Que mais dizer além de tudo aquilo que já foi dito? A verdade é uma informação preciosa que nem todos estamos preparados para ouvir, e nem todos têm a capacidade para a proclamar e digerir. Vivemos num mundo de mentiras piedosas, hoje esconde-se uma informação, amanhã outra e quando se dá conta, a bola de neve é enorme e não se sabe mais como sair dela. Pior do que esconder essas verdades, é alterar as histórias, e cada vez mais se verifica isso. As pessoas preferem uma palmadinha nas costas, e um sorriso no rosto, do que uma lágrima no canto do olho. Não se está preparado para ouvir a verdadeira realidade dos factos, e com isso vão- se perdendo as amizades, e as pessoas que julgamos que estariam sempre lá para nós. Por isso digo…. Se me tiveres algo a contar ou a dizer, bem digam-no a mim mesma, na minha cara e eu decido se dói e o que fazer com essa informação. A verdade magoa na hora, já a mentira destrói a nossa alma. Mas e tu? Preferes uma verdade dolorosa ou uma mentira piedosa? Estará a sociedade preparada para acatar com as consequências em ouvir a realidade dos acontecimentos?
Inês Gomes Finalista 2015/2018 TAS
67
Verdadeiramente… “Toda a gente gosta de sinceridade, mas nem toda a gente gosta de ouvir a verdade!” A frase perfeita para explicar este texto. Nem todos gostam de obter uma resposta negativa, quanto mais ouvir a verdade. As pessoas hoje em dia fecham-se no seu mundo de fantasia, de amor, de dor ou de mentira. Sim, é verdade, quantas pessoas vivem uma vida de mentira? Talvez as pessoas tenham uma justificação ou um porquê de viverem assim, fechadas, naquele mundo que é só delas! Certamente, com o decorrer dos anos, para viverem felizes, tiveram de criar uma vida de mentira, para que os outros não lhes sentissem inveja, ódio, ou talvez amor. Inveja por ter aquilo que os outros não têm, ódio por não terem a vida que a outra pessoa tem, ou amor, porque sofrem, e a maneira de apoiar o outro é demonstrar afeto. Debruçada a falar de verdade, mas afinal o que quer dizer esta palavra? Verdade significa aquilo que está intimamente ligado a tudo que é sincero, que é verdadeiro, é a ausência da mentira. Ninguém pode afirmar que nunca mentiu, porque toda a gente mente, talvez seja uma mentira sem interesse nenhum, ou uma mentira para proteger, como por exemplo um pai ou uma mãe esconder do filho que tem uma doença grave, e não lhe quer dizer, para não o preocupar, ou sofrer! Mas o filho não tem o direito de saber? Não tem o direito de ajudar? Não pensemos demasiado em nós mesmos, os outros também merecem a nossa atenção, sejamos, sempre que possível sinceros, verdadeiros e felizes! “Só se sabe o que felicidade de verdade depois de ter conhecido a tristeza de muito perto!” Logo, podemos afirmar que só se sabe realmente a verdade depois de conhecer a mentira de muito perto. 3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Patrícia Soares
68
Escravos da Mentira A mentira é uma escravidão, fazendo assim sofrer o mentiroso, arrastando para aquele que é enganado com a mentira. A mentira é algo ou um relato que não corresponde ao real. Muitos o fazem por medo, ou para escapar punições e correções, ou simplesmente fazem porque gostam, porque querem um melhor conceito sobre si, perante outros. É sempre bom lembrar que a mentira, quase sempre, ou sempre tem “perna curta”, isto é, sempre é descoberta, fazendo com que o mentiroso seja revelado, fazendo com que suas feições verdadeiras sejam vistas nuas e cruas. A mentira gera mentira, contudo, você viverá em um mundo de farsa, mundo esse irreal. Saber ser verdadeiro e honesto consigo mesmo, e perante outros aceitando assim suas punições e julgamentos, é uma virtude que poucos a possuem A verdade sempre te levará pelo mundo da aprendizagem, da correção ed a perfeição, não somente como pessoa, mas também como ser humano. Você terá vantagens, as pessoas não estarão lá por ti, não por aquilo que dizes ser, mas por aquilo que demonstras ser. A verdade é um ato de coragem e responsabilidade, opte sempre por ser verdadeiro. E aos restantes demais, “valorize pessoas verdadeiras, pois são únicas, raras e estão em vias de extinção”.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
69
70
Nem tudo é em vão Em certo momentos da nossa vida, entendemos que precisamos todos uns dos outros, e que todos representamos um papel fundamental na vida de alguém, talvez trazendo algo de bom ou mal. Entendemos também que tais pessoas não passam em vão, todos elas nos trazem entendimentos e ensinamentos, e a cada propósito nos leva a sabedoria. Hoje, sentada, relembro-me o rosto de cada pessoa que entrou em minha vida, conscientemente ou inconsciente. Minha alma clama por todos aquele que entraram e trouxeram algo benéfico. Derramo-me pelas saudades que vos tenho, porque tudo na vida vai e vem, ela é formada de erros, e o segredo é aceitar sem ressentimentos. Vivo a vida a cada segundo, danço conforme a música e sigo instintivamente o meu coração, para que no fundo nada seja em vão, se não é bênção é lição.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
71
Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida. Clarice Lispector
72
O palmilhar da vida Cada um traz em si marcas, frustrações, momentos, felicidades que a caracterizam como pessoas. É difícil colocarmo-nos no lugar de cada uma delas, pois não sabemos de facto o que vivenciaram durante a sua passagem pela vida, e quando o fazemos é por breves instantes. Caminha lado a lado comigo, e te mostrarei pelos vales sombrios por onde andei, imite-me nas ações carinhosas que faço, vive as minhas marcas e angústias, e então por fim, julgue-me. Será fácil compreender atitudes até o meu próprio caráter. É certo que hoje, sempre julgamos ao invés de compreender, condenamos ao invés de orientar, deitamos para baixo alguém que necessita de uma palavra para se fortalecer. Por isso, antes de julgar a minha vida, calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
73
Carta de alguém… para alguém Olá não consegues correr Parou-te a respiração Ouviste a palavra morrer Não sentiste a pulsação Mas sentiste-me a mim o teu medo, o teu terror Sentes o metal e o seu peso Tocas nas balas do segredo Sentes o tremor do disparo O cheiro podre dos cadáveres São almas vulneráveis que voam ansiando pelo local prometido É a rede de arame farpado de forma a proteger-te É a névoa e fumo misturados como um só É a vida e a morte Em luta pelo fim pensas como será que ficarás Ao fim dos tempos de ódio amor que é abafado Sem hipótese de dizer adeus, e dar o último olhar De pensar como volte a dizer Os sentimentos profundos Pois não é possível por isso Escrevo não por medo ou recreio Mas pela minha justificação Pela minha vulnerabilidade Pela minha fraqueza Por mim peço-te Lê e relê, mas não apagues as letras Faz delas a próxima linha.
Alexandre Cancujo
74
Na vida, todos somos semeadores... Uns semeiam flores e descobrem belezas, perfumes e frutos. Outros semeiam espinhos e se ferem nas suas pontas agudas. NinguĂŠm vive sem semear, seja o bem, seja o mal... Felizes sĂŁo aqueles que, por onde passam, deixam sementes de amor, de bondade, de afeto...
Divaldo Pereira Franco
75
Os frutos do amanhã! Sementes, algo tão pequeno, que pode oferecer grande conteúdo. Todos nós devemos tratar bem das nossas sementes, regando, para crescer, cultivando, para não ganhar ervas daninhas, e sobretudo, dar-lhe amor, para que cresça feliz, dando as melhores flores e os melhores frutos. A água, são as pessoas que vão estando na nossa caminhada, na nossa vida e não saem delas, correm novos caminhos, mas nunca novas pessoas. As ervas daninhas são as pessoas que andam agarradas a nós, feito pulgas, que não desgrudam, porque querem viver a nossa vida, e não as delas. A enxada são as pessoas que nos fazem crescer, cultivam-nos por dentro para sermos bons. As sementes más crescem entre silvas, cobras e pedregulhos, e estas não duram muito tempo, morrem secas. As silvas são as pessoas com más línguas, que inventam para prejudicar o outro. As cobras são as pessoas venenosas que lançam o seu veneno, para os outros não poderem ser mais do que elas, e os pedregulhos são aquelas que incomodam o crescimento dos outros Sementes de hoje, frutos do amanhã!
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Patrícia Soares
76
Da Gente que eu Gosto Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade. Eu gosto de gente com capacidade para assumir as consequências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus. Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca. Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos. Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada. Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
77
Gosto de gente fiel e persistente, que no descansa quando se trata de alcançar objetivos e ideias. Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções. Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosta de gente que tem personalidade. Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração. A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranquilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE. Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído. Impossível ganhar sem saber perder. Impossível andar sem saber cair. Impossível acertar sem saber errar. Impossível viver sem saber reviver.
A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário. 78
E ISSO ร ALGO QUE MUITO POUCA GENTE TEM O PRIVILEGIO DE PODER EXPERIMENTAR. Bem aventurados aqueles que jรก conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota...
Mรกrio Benedetti
79
Sê apenas Gente! Sê tu mesmo, ainda que incomode aqueles que fingem ser quem não são. Acabarás sempre por ser demais para alguém, eu sei que sim, mas, pensa, serás sempre maior, mais alto, mais radical, mais inteligente, enfim … serás sempre “mais”. Se te perdes em tentar mudar isso, acabas por perder um pouco de ti. Acabas por perder a tua essência. E o que és tu sem a tua essência? Apenas outra pessoa banal que anda por aí … Quando somos gentis, podemos ser vistos como alguém que possui segundas intenções. Quando sentimos compaixão por alguém, podemos ser julgados como fracos. Quando discordamos de alguém, podemos ser ofendidos da pior forma. Quando nos permitimos tirar um tempo sem fazer nada, podemos ser chamados de preguiçosos. Nunca antes houve tanta gente pronta para criticar a vida alheia. Pede desculpa. Pede desculpa pelos teus erros. Pede desculpa por magoares as pessoas, mas, nunca peças desculpa por seres quem és, porque nada é mais prazeroso do que podermos conviver com quem somos realmente.
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Débora Pinto
80
Gente de Verdade! Sou gente desconhecida Sou aquele que olha por ti Posso ser gente amiga Pode ser que até que te menti
Gente generalizada Sentes medo, terror, pavor Gente que não é abraçada Gente que não sente amor
Queres ser gente Mas não sabes como ser Entrega-me inteiramente A tua vida, ensino-te a viver
Viver tem que ser da forma Aquela que achares mais correta Pois tudo pode ir, mas retorna Só nós sabemos o que acerta
Somos gente diferente Somos a escolha do não Somos diferentes da gente Somos gente diferente
Alexandre Cancujo 81
Gosto de Gente, que sabe ser Gente… A vida é um turbilhão de emoções, os dias, uma mixórdia de temáticas, e nós somos a gente concebida para entrar nela. Nesta, só há viver, ou morrer. Só quem tem a capacidade de ser gente sobrevive. Ser gente é muito mais que a palavra "gente", é possuir a verdadeira essência da vida, é sentir-se perdido, mas mesmo assim encontrar-se e saber dizer "não" quando preciso e "estou aqui" mesmo sem falar. Ser gente é saber que a vida é paladar, temos de provar de tudo para saber se gostamos. Ser gente é saber que mesmo depois de um dia ruim, a noite sempre vem. Ser gente é saber que o silêncio é sabedoria e as palavras melodia. Ser gente é celebrar o alternativo e brindar sem motivo. Gosto de gente com a capacidade de me encher a alma. Gosto de gente que sabe ser gente, gente que decide viver mesmo com as contrariedades que a vida dá. Gosto de gente que dá a volta por cima. Gosto de gente que sabe viver. Gosto ainda mais de gente que sabe ser gente.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
82
O espírito Natalício chegou à E.E.E.P
83
E.E.E.P imbuída de um espírito natalício
84
85
86
Curiosidades Natalícias
Foi D. Fernando que trouxe a árvore de Natal e o São Nicolau para Portugal. D. Maria II escreve à rainha Vitória a dizer como se deslumbrara com este costume que fazia tão feliz as crianças. Na véspera vestia de duendes os meninos do paço e mandava-os entregar convites para comparecerem na sala a seguir à Missa de Natal. E depois era ele próprio que se mascarava de Pai Natal e distribuía os presentes a todos. Um dos seus magníficos desenhos, cheio de sentido de humor, mostra-nos o próprio, e os seus sete filhos. D. Pedro, futuro rei, é o que está na cadeira de pernas levantadas ao ar, de tanto rir — nem o habitualmente sisudo príncipe resistia à alegria. Isabel Stilwell
87
Ruben Ribeiro 2ยบ TEAC 88
89
O meu perfeito Natal Tento imaginar o meu próximo natal. Feliz, toda a família reunida, presentes debaixo do pinheiro, lareira a aquecer aquela noite gelada, muitos sorrisos, crianças deixando-se perder na imaginação de poder ver o pai natal, nem que seja só a sua bota escapando-se pela chaminé. Estou a deixar-me perder na minha imaginação, pois quero poder ver na minha cabeça qual o natal especial, o meu perfeito natal. À chegada de cada época natalícia, tudo se repete. São as luzes que iluminam as ruas, as pessoas que correm à procura do presente ideal, ou do ideal presente! Bem, esta primeira visão não começa lá muito a condizer com o meu perfeito natal. Vou tentar de novo. A noite cai, a hora de toda a gente se juntar está próxima. Este natal não vai ser só perfeito, este natal vai ser único e só meu. Lá fora a neve cai, a casa está quente, à lareira junta-se a gente. Aos poucos todos vão chegando, todas as pessoas que me são importantes, todas mesmo. Esta noite não há tristezas, problemas ou lágrimas, as únicas que podem cair são as de felicidade, as de verdadeira felicidade. Hoje não há o antes e o depois, é apenas o agora, porque eu sei que é agora que tenho o meu natal perfeito. Tenho que aproveitar porque não sei quanto tempo vai durar. Tenho comigo a minha família e os meus amigos, aqueles que me fazem chorar de felicidade, aqueles que têm sempre uma boa palavra no momento certo, aqueles que eu amo verdadeiramente e aqueles que sabem que tudo isto é verdade. Agora, saída desta imaginação, sinto-me um pouco triste, pois este natal não passou mesmo disso, uma imaginação. Mas, sinto-me feliz porque no natal tenho sempre a minha família e isso é o suficiente para ter um natal feliz. O natal perfeito era com os meus amigos também, mas eu sei que eles também têm família, por isso fico feliz. Sou feliz porque hoje tive o meu natal perfeito, sou feliz porque tenho sempre um natal feliz, sou feliz porque tenho família, e sou feliz porque tenho os meus amigos. Este natal não foi real, mas pelo menos eu sei que foi meu.
Ex Aluna Vânia Macedo Finalista do Curso Técnico Auxiliar Protésico, Ano 2011.
90
A Professora Isabel Maciel deseja a Todos Vรณs, um Santo Natal
91
92
93
94
95