Tec. Auxiliar de Prótese
Tec. Eletrónica Automação e Computadores
Tec. Auxiliar de Saúde
Pontes
Manuel Rodriguez Suárez
para o mundo de trabalho…
Edição: 17 – Abril
Disciplina: Português
Revista Realizada por: 3º TAS 3º TAP e 2º TAP
“Mergulhar num livro é dar aos pés e aos braços, até chegar a outro continente”
Ano Letivo: 2018/2019 Professora: Isabel Maciel
2
Vestir a pele do outro… Se conseguíssemos viver na pele, durante alguns momentos, o que realmente vivem no seu quotidiano, os outros seres humanos, ou o que sentem no mais íntimo do ser, naquela pequena cavidade, que denominamos de coração, seríamos pessoas mais íntegras. Tudo vai ou passa para além de compreender a humanidade. A mesma, está de tal forma cega, vendada, ou de olhos fechados, que mesmo compreendendo, decide ignorar o outrem. É inexistente a compaixão, o amor, a paciência e a tolerância para com o próximo. Na verdade, todos nos
encaixamos no velho ditado “ver para crer”. Então, se pudéssemos ver como um filme, o que o meu próximo, passa, haveria paciência, haveria cuidado para com ela, e existiriam conselhos sábios para que não andássemos por vales acidentados. Tentem sempre entender o próximo, e mesmo que não consigam, mergulhem em sua alma e decifrem todas as suas incógnitas inquietudes e sentimentos. E então, tratem-no com todo o amor e respeito, porque do mal, a própria humanidade se encarrega. E, como diz a sabedoria popular “Não há pior cego, do que aquele que não quer ver.”
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
O plasma do coração Se pudéssemos olhar para o coração, e compreender o sangue venoso e o sangue arterial que passaram pelas veias e artérias, poderíamos perceber as suas reações. O porquê dos glóbulos brancos atacarem daquela maneira, ou os glóbulos vermelhos transportarem aquele ódio ou amor… e ainda temos o plasma que fica indiferente, mas que é um constituinte essencial. Cada um tem as suas percentagens. Se pudéssemos olhar para todos os pormenores, iriamos tratar os outros de melhor forma, com amor, com paciência e tolerância. Almejamos que nos compreendam, mas não nos esforçamos para compreender os outros…
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniela Santos
"Perante o frio, faz com o coração o contrário do que fazes com o corpo: despe-o. Quanto mais nu, mais ele encontrará o único agasalho possível - um outro coração." Mia Couto. in A chuva pasmada
A nudez da alma Está tanto frio e eu nem consigo parar de tremer, como vou voltar para casa? Deveria nem ter saído. Já não bastavam as palavras frias que me correm pelo corpo, para além disso, o vento trouxe-me algumas que ainda hoje me gelificam. Como é que eu me descongelo? Será parada, a aceitar as temperaturas elevadas que me fazem brincar ou escorregar na neve até encontrar um local sem problemas? Tudo envolve sentimento, o de ficar, e o de ir. O de aceitar, ou o de ultrapassar. “Perante o frio, faz com o coração o contrário do que fazes com o corpo: despe-o”. Então, eu segui firme, escorreguei de alegria, e muitas vezes só parei no fundo da montanha de tristeza. Foi difícil, foi fácil, foi mais ou menos. Acho que foi viver. Foi despir o meu coração a uma pessoa que eu tenho um carinho muito especial. Aquelas frieiras que tapavam com palavras belas trazidas pelo vento, e que também me agasalhavam no frio. Do outro lado da montanha, tudo era mais bonito, mostrava principalmente a realidade de viver feliz. E quem me mostrava... já andava há muito tempo na neve. Maturidades distintas, sentimentos crescentes, vidas complementares, histórias imperfeitas, corações frios. É de nós que se trata. Foram poucas horas, inúmeros momentos, porém, vivências únicas jamais esquecidas. Obrigada por me trazer o frio, a neve, o vento, as montanhas e, por fim, por me levar consigo sempre como agasalho! É, sem dúvida, o melhor frio e o melhor quente que se pode ter! Beijinho do tamanho do mundo da sua aluna transparente!
Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Teixeira Ano letivo: 2015/2018
O meu coração! O meu coração, assim como muitos outros, tem dias. Tem dias que é humilde, preocupado, bate sem razão certa, umas vezes mais forte, outras mais fraco. Tem dias que parece um senhor cheio de posses, muito cheio de si, que nada lhe falta, muito menos ego. Ele vive apenas de si próprio, bate por si próprio, e acha que a razão é tudo o que precisa. Há dias que acha que tem tudo, e nada lhe faltará, pois toma tudo o que tem como garantido, como seu, acomoda-se. Talvez seja verão para ele e ainda assim, reclama do calor. Chega o Outono e ele nem repara, passa o outono e as folhas caem, e ele nem repara, continua cheio de si.
Perante o frio do Inverno, ele continua nu, o vento sopra-lhe nas costas e sussurra-lhe um choque térmico: estás sozinho, não há abraço que te console e te retire do relento. Aí, no meio de toda a tempestade, de toda aquela turbulência, ele acorda como um mendigo num banco de jardim. Como tudo pode mudar da noite para o dia! Como podes num dia ter tudo e acordar no outro e não ter nada? Como pode um coração tão forte estar partido em dois, ter ficado sem a melhor parte de si sem sequer saber? Uma dor tão forte que se aloja no tórax, uma ansiedade que sobe pela garganta acima, lágrimas que escorrem pelo rosto sem controlo como se de uma bica se tratasse. A concentração que se perde, a noção do tempo, do trabalho, das responsabilidades de tudo o que há para fazer...tudo se perde. Ele bate com tanta rapidez e pressão como nunca, devido ao desespero...Ele abranda, fraco, como se quisesse desistir devido à solidão. Ele tinha tudo afinal, e não sabia. A cortina cai, com o frio olha em volta com humildade e procura agasalhos, todavia, não existe agasalho que lhe sirva. Porquê? Porque não há mais toque que queira sentir, nem mais nenhum beijo que queira conhecer, senão o teu. Porque não quero mais nenhum estranho na minha vida. E eu, quando te conheci nunca me imaginei nos teus braços, agora não desejaria nada mais que a paz dos mesmos.
Apenas no frio, na solidão, o nosso coração vê claramente o seu único agasalho, e por vezes, é necessário que o Inverno venha com força, que cause estragos, para que na chegada da Primavera, o mais simples broto seja valorizado.
Técnico Auxiliar Protésico Susana Leite Ano letivo 2013/ 2016
Se encontrares outro coração, aquece-o! Para sentir o frio temos que nos despir, sairmos de corpo e alma. Entregarmo-nos sem receios, um nu, é um coração puro. Não tenhamos medo de avançar, de dar o primeiro passo, enfrentemos outros corações. Ao cruzarmos com outros, podemos encontrar o nosso, em outra pessoa, ou apenas o próprio sentido do nosso. De que nos adianta muito agasalho, se o nosso coração continua frio, e se mesmo sentindo frio não distribuímos agasalho? Nesse sentido, continuamos a caminhar sozinhos, não damos, nem recebemos. Não encontrámos o amor, nem permitimos que ele entre. E se lhe deixássemos a porta entreaberta? Talvez ele ouse, talvez ele se atreva, e sorrateiramente, o calor se dilua no tempo… Mas, se encontrares outro coração, aquece-o!
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
Um coração que ousa e se despe… Quanto mais frio tem o corpo, mais roupa a gente tende a vestir… Quanto mais frio tem a alma, mas a gente tende a rodearse de pessoas que nos são queridas. E se assim não fosse com o coração? Se em vez de o enchermos com pessoas, e mais pessoas, o deitássemos ao mar livre de espectativas e ilusões, pronto para amar e deixar-se amar. Será isso deveras complicado? O amor é algo difícil de encontrar, e expormo-nos assim a um novo alguém, quando já estamos magoados com feridas abertas, e um frio incalculável. A ferida, leva o seu tempo a sarar, e, por defeito ou hábito, temos a mania de nos prender a memórias, recordações e lembranças de alguém que em tempos nos foi importante. Mas, em vez disso, e perante todas as contrariedades, face a tudo o que é impossível, devemos dar asas e libertar o coração. No tempo certo, encontraremos um outro coração que se encontra nu, e pronto para amar. Então, despe o coração, e ousa amar e se ser amado. Livre de velhos amores e falsos agasalhos. A nudez da alma é custosa, no entanto, é a nudez mais autêntica e mais transparente. E, um amor de verdade, só se alcança com esta mestria e ousadia.
Técnico Auxiliar de Saúde Inês Gomes Ano letivo 2015/ 2018
A moléstia da minha mocidade
Tinha 18 anos quando aquele diagnóstico mudou para sempre a minha vida! Foi estranho, tudo estava estranho os sintomas eram estranhos. O coração começou a bater de uma forma descontrolada, desde aquele dia que não me deixou dormir descansada. Tinha entrado na primavera dos adultos, aquele momento que todos desejamos, mas ao mesmo tempo a criança frágil ainda morava em mim. Não sabia o que fazer, deveria pedir ajuda? Os sintomas não passavam e eu estava pior de dia para dia. Decidi então a medo procurar uma justificação para aquilo que eu estava a sentir, comecei a ler sobre o assunto, e qual é o meu espanto, segundo todas as informações poderia ser fatal. Não queria acreditar, eu era tão jovem ainda. Troquei, troquei o livro, aquela informação só poderia estar errada, portanto procurei mais sobre o assunto, até escolhi a capa que dentro de toda aquela fatalidade tinha um aspeto mais otimista, mas mesmo assim, o conteúdo continuava a ser o mesmo. Não... Estava mesmo acontecer e eu só pensava “ainda tenho tanto para viver, tanto para escrever, tanto para dizer, simplesmente tanto...” A minha vida não podia acabar ali!
PAIXÃO, foi o diagnóstico para todos aqueles sintomas que me estavam a corroer! Aceitei, pois nem sempre tive muito cuidado com a alimentação. A cada parágrafo que lia tudo se fazia sentir em mim, o coração piorava de dia para dia. Restava-me esperar! Foi isso que fiz, decidi esperar, devia ser passageiro, afinal sempre fui confiante. Não passou, no entanto, eu achava ter descoberto a cura, já que pouco tempo depois vi uma luz ao fundo do túnel. Curou... (E)le não se tinha formado em medicina, mas aos meus olhos era o melhor remédio, e a verdade é que o meu coração começou a melhorar porque aquelas doses de amor estavam a funcionar. Mal sabia eu, que o pior estava por vir. O tratamento funcionou, mas foi passageiro, na verdade, não morri da doença, mas quase morri da cura! Pobre de mim, achei mesmo que estava livre daqueles malditos sintomas, a cura foi-se, mas eles não. Teimaram em ficar e eu aprendi a lidar com eles. Daquilo que continuei a ler sobre o assunto cheguei à conclusão que poderiam causar alguns danos colaterais, mas na verdade, não matavam. Respirei de alívio, mas por pouco tempo. Os sintomas alastraram-se e começaram a afetar outros órgãos vitais. Os pulmões! Milhares foram as vezes que fiquei sem ar. O estômago! Centenas de borboletas eu sentia, pensei o pior novamente, mas nada aconteceu. Repentinamente, de novo outra cura. Juro, juro que acreditei que era ali que estava a minha salvação, mas, na verdade, quando estamos sedentos de luz qualquer foco nos parece o Sol. Não me fez mal, pois aquele diagnóstico não poderia piorar, mas também não me curou... Eu quis muito e verdadeiramente. Dei o corpo às balas! Queria ver-me livre de todas aqueles sintomas que me estavam a levar o sorriso, a fé, no fundo tudo aquilo de bom que havia em mim. Nasci rodeada de amor, e acreditava que o amor vencia tudo, mas aquela maldita paixão fez-me ver que o amor só não chega. Foi bom enquanto curou, mas não durou. Talvez só tenha tomado o genérico! Decidi deixar todas aquelas curas milagrosas que prometiam mundos, mas, que na verdade não eram nem mais nem menos, do que fundos!
Esperei, muitos e longos anos e tudo se refez. Certo dia alguém me disse que a melhor cura para este tipo de padecimento era o TEMPO! Nunca achei que fosse a melhor solução para mim, mas resolvi experimentar. Não tinha nada a perder, talvez à terceira fosse de vez... O TEMPO cura tudo! Dizem... Eu não nego. Foi a minha melhor terapia. Foram doses elevadas confesso, mas sobrevivi. Durante a vida, tive algumas recaídas, voltei a sentir aqueles sintomas e talvez vá acontecer até ao final dos tempos. Assim espero. Hoje sei que a PAIXAO não mata… Estou curada, o tempo cura tudo... Já não DÓI, mas às vezes ainda REMÓI.
Técnico Auxiliar Protésico Sónia Fernandes Ano letivo 2009/ 2012
As pessoas que não têm vida costumam questionar a dos outros Existem pessoas que têm o costume de valorizar a vida, as conquistas e as decisões
dos
outros. Isso
acontece apesar de ninguém lhes ter pedido opinião, e os seus comentários costumam abrigar intenções não muito boas. Mesmo sabendo que isto acontece e podendo diferenciar as críticas malintencionadas dos bons comentários, não é muito fácil evitar que de alguma forma elas nos afetem. Quando a crítica e o desprezo são contínuos, isso “machuca” a nossa autoestima. Normalmente, as pessoas que se metem na vida alheia são as que têm maiores conflitos emocionais em suas próprias vidas, pois costumam cavalgar entre a baixa autoestima, a rejeição e as suas dificuldades. Neste sentido, há momentos em que podemos ajudá-las a se tornarem conscientes de que estão cometendo muitos erros ao se meterem na vida dos outros, mas outras vezes é preciso afastar-se para poder proteger a nossa própria saúde emocional.
O que outras pessoas pensam de você é a realidade deles, e não a sua Provavelmente, em algum momento, as opiniões e os julgamentos dos outros tenham feito você questionar a sua realidade. Talvez você tenha pensado que vivia com os olhos fechados e que na verdade não era nada consciente da imagem que projetava dentro e fora de si mesmo. Contudo, nem tudo é ruim, pois podemos utilizar este tipo de dúvidas para nos reafirmar. Lembre-se de que os outros podem conhecer o seu nome, mas não a sua história, não viveram na sua pele, nem calçaram os seus sapatos. Considere que se você mesmo tem a sensação de se desconhecer às vezes, os outros não podem ter chegado a um lugar onde sequer você esteve. Portanto, seja consciente de que as suas palavras só obedecem a uma realidade ilusória que a sua mente criou. Não espere que os outros compreendam a sua viagem especialmente se eles nunca tiveram que percorrer o seu caminho.
Passe os julgamentos alheios pelos seus próprios filtros “O jovem discípulo de um sábio filósofo chega em casa e diz-lhe: – Mestre, um amigo esteve falando do senhor com malevolência…
– Espere! Interrompe o filósofo. – Você já passou pelos três filtros o que vai me contar? – Os três filtros? Perguntou o seu discípulo. – Sim, o primeiro é o da verdade. Você tem certeza que o que você tem para me dizer é absolutamente verdade? – Não. Só escutei alguns vizinhos comentarem. – Com certeza você deve ter usado o segundo filtro, que é o da bondade. Isso que você deseja me dizer, é bom para alguém? – Não, na verdade não. Ao contrário… – Ah, puxa! O último filtro é o da necessidade. É preciso que eu saiba isso que tanto lhe inquieta? – A bem da verdade, não. – Então – disse o sábio sorrindo – se não é verdade, nem bom, nem necessário, é melhor sepultá-lo no esquecimento.” Somos nós que damos validade às palavras e atitudes dos outros. Por isso, é importante que filtremos a informação que realmente é construtiva e que a separemos da que é destrutiva. Assim, passando os filtros da verdade, da bondade e da necessidade, ficaremos com aquilo que mereça verdadeiramente a alegria e não a pena. Somente quando deixamos de viver conforme o que os outros esperam ou pensam de nós, conseguimos nos sentir bem.
Rodeie-se de gente boa
Rodeie-se daquelas pessoas que somam e evite aquelas que subtraem. Não permita que o anulem com críticas, comentários ou opiniões que não têm o fim de ajudá-lo. Desfaça-se daquelas palavras que têm a intenção de anular as suas capacidades ou de truncar os seus sonhos e aspirações. Aproxime-se daquelas pessoas de olhar sincero, pois são as que compreenderão e respeitarão quem você é, e o que você sente. As pessoas nas quais você pode apoiar-se são aquelas que lhe oferecem uma paz sem barulho, sem distorções e sem segundas intenções. Em resumo, procure desconsiderar a ironia malévola e trabalhe para construir um lugar no seu mundo que esteja longe da chantagem emocional, da destruição e da toxicidade que caracterizam certas pessoas e ambientes. Não se esqueça de que as pessoas mais infelizes neste mundo são aquelas que se preocupam demais com o que os outros pensam.
A Mente é maravilhosa
A Vida alheia
Deixar de cuidar da vida alheia, e tomar conta da nossa, ajuda a viver muito melhor. Todos já perdemos tempo para fofocar a vida do outro, às vezes para comentar, outras vezes para fazer comentários destrutivos. No entanto, ninguém andou com os meus pés, ou calçou os meus sapatos. Ninguém fez o meu percurso para dar palpite. Não estiveram na minha pele, muito menos na minha vida. Por isso, se hoje me encontro onde estou, foi por mim e graças a mim. E, a todos aqueles que de uma maneira ou de outra fizeram comentários, só tenho mesmo a agradecer. “O que não nos mata, torna-nos mais fortes " aqui me encontro... Se cada um cuidasse da sua própria vida, como cuida da dos outros, o mundo teria bem menos gente frustrada, fracassada e mal-amada. Pois, só são assim porque a vida alheia é mais interessante. Enquanto cuidam da minha vida, eu cuido do meu coração!
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
Modesto Mundo! És feliz no teu modesto mundo, ou precisas de olhar para o mundo dos outros? Queres partilhar o teu mundo com pessoas que te amam, ou simplesmente sentir inveja, ódio pelo mundo dos outros? Não queiras sentir o ar pesado nem sufocante, respira o ar do teu próprio mundo com céu limpo, brisa do mar, com o ar puro que existe dentro de ti. O que precisas mais? Riqueza, roupas de marca, popularidade? O que vale isso quando sentes um vazio dentro do teu coração? Deixa o teu coração bater ao ritmo certo, fazer o seu caminho, abre a porta a pessoas com bondade. Aí, feridas serão cicatrizadas, com o ingrediente único e tão almejado por todos…o Amor!
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
A arte de cuidar da vida alheia O que mais existe por aí, são pessoas com mestrado e doutorado, na arte de se intrometer na vida alheia. As pessoas querem tomar conta de uma área da sua vida, e consequentemente, a vida por completo, como parasitas. A necessidade de falar mal resulta sempre do negativo, seja pela inveja do outro, ou simplesmente pela frustração de não conseguir ser, ou possuir algo igual. Cada um de nós tem os seus próprios demónios, seus próprios problemas, temos tanto para ajustar em nossas vidas, e ainda assim, queremos cuidar da vida alheia. Quem gosta da própria vida não tem tempo, nem interesse pela vida contrária. A vida próxima se torna banal e desinteressante, pois, se cuidar da própria vida por si só, não é fácil, quanto mais de duas. Pessoas que necessitam e se comportam de tal maneira, são pessoas ocas e vazias, pessoas estas que não conseguem cuidar da própria vida, e necessitam cuidar de outros. São as mesmas que necessitam de protagonismo para brilharem à custa da luz alheia, e acabam esquecendo de suas próprias vidas. Que erro crasso ser assim! Apenas se preocupe em plantar coisas boas, e não se envenene com pessoas que praticam tais comportamentos. Esse tipo de pessoa está por toda parte, esperando por uma chance para te prejudicar. Nunca é demais relembrar que amaldiçoar as conquistas alheias, não levará a lado algum, pois o velho ditado é severo: “Tudo que vai, volta!.” 3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
Aprendi que Amores eternos podem acabar em uma noite. Que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos. Que o amor sozinho não tem a força que imaginei. Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno. Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos. Que os poucos amigos que te apoiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram. Que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba. Que minha família com suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso. Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de Mãe desde que o mundo é mundo. Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo. Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido TUDO." Estamos aqui de passagem.. William Shakespeare
Já
não guardo rancor, mas também já não te amo Sinto saudades do estado da minha mente antes de sofrer-te, de como em tempos seguiu sã, e de repente, viu-se entregue em braços de sentimentos tão insanos. Deparei-me presa a palavras ditas, que já me foram bonitas, e, que de repente, se rasgaram sem pudor. Doeste-me ao ponto de já não ter mais por onde doer, e, apesar da inexistência de saudade, por vezes, ainda me arranha aquele órgão que já não tenho. Recordo-me da intensidade dos meus sentimentos quando o teus seguiram escassos e pequenos. Recordo de todas as vezes que te pedi perdão, sem ter culpa nenhuma. Cedi barreiras
que
deviam
ter
permanecido
erguidas.
Suportei-te sem perceber que me doías mais do que qualquer dor existente, e que eras mais
tóxico que qualquer substância ilícita. Mesmo assim, permaneci tua, perante uma visão distorcida do que era pertencer a alguém. Mas o amor é isto, tirano e distorcido. O dito amor, não só queima, como afoga, por vezes arranha, outras vezes corta.
Só preciso desacelerar estas lágrimas que escorrem tão rápido, por um causador tão desmerecido. Sinto-me plenamente entregue a esta fatalidade que tanto me esfaqueia, e é tão injusto não ter como me defender. Onde está a honra do amor em atacar-nos quando estamos tão inofensivos? Preciso deitar fora todo este sentimento que cresceu sem chances de envelhecer, que sonhou voar, e de repente, viu-se sem asas. Pergunto-me de onde tiraste a coragem e a força para nos desfigurar desta maneira? Como é que lamberias esta ferida se ela fosse tua? Sinto que a minha cabeça entrou em conflito; os pensamentos já se agridem uns aos outros, na tentativa de aniquilar o que resta de ti, e no esforço de preservar o que restou de nós. Oxalá nunca te firam com tamanha brutalidade. O ato mais desumano é tirar a humanidade de outra pessoa, é despejar a confiança que nos foi dada no lixo, e pisar com botas de aço no sentimentalismo alheio. Entristece-me saber que clareei caminhos que já se tinham tornado escuros, só para tornar possível a tua entrada. Que mesmo depois de dizer-te que andava anestesiada de sentimentos, tu vieste e arrancaste-me aquilo que já sabias ser-me tão frágil. Desligaste as máquinas que sustentavam o órgão que eu tive tanto trabalho a reanimar, e só para te conseguir sentir. Completei-me por achar que não me merecias incompleta, e acabaste por provar que não mereces um pedaço meu. É uma pena que os papéis só se tenham invertido quando eu já não te sinto. “Ama-me mais um bocadinho”, pensei eu, em todas as vezes que simulaste uma ida sem volta. E a nossa breve existência resumiuse a isto, a um ciclo vicioso, em que a base dos meus vícios eras tu. Oxalá tivesse ensaiado um adeus quando o teu já era tão prudente. Quando já dominavas tão bem a lei do desapego, e eu ainda tinha tanta dificuldade em praticar, por permanecer agarrada a um tudo bem que nunca esteve.
Menosprezaste as minhas lágrimas, enquanto a tua função era tirar-me do chão. Inferiorizaste a minha dor, à medida que enaltecias o teu ego, cobriste-me de mentiras quando podias ter sido sincero. O amor é tão perigoso quando não existe reciprocidade, e cada amor que acaba mal, é um lembrete de que ele não existe. É frustrante saber que lutamos tanto por quem não se arrisca a um arranhão por nós, é muito mau sermos constantemente a pessoa que ama mais. É pura idiotice ter tantas opções de ida, e escolher ficar quando já não nos querem lá. Mas, sobretudo, é desgastante ter que mudar por feridas mal saradas. E, mesmo com esta inversão de papéis, em momento algum chorarás meia poça em comparação aos meus oceanos. Jamais saberás o que é silenciar choros para ninguém ouvir, ou ter que controlar lembranças para conseguir dormir. Já não guardo rancor, mas também já não te amo. Fomos o típico exemplo de que nem todas as histórias bonitas têm um bom final!
3º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Carina
Sobrevivência Aqui me encontro, no meu perfeito vazio, agarrada somente aquilo que tenho certezas.
De corpo e alma livre, com
saudades do que não tive, do que tenho, e do que um dia ainda virá. Junto a mim levo o que de melhor tenho, e os que me querem bem. Estou de passagem neste mundo, a quem chamam vida, sintome hipoteticamente pequena para enfrentar os monstros que o Universo tem. Mas, consciente disso, em plenitude e conformidade com as estrelas, continuo caminhando à espera do apocalipse que um dia há-de vir. Sem medos de dar passos, mas assombrada pelo desconhecido. Apenas iluminada pelo sol, e seguindo o rasto aos cometas, observando a chuva de estrelas e a encontrar o sentido da vida, circulando como um astro. Esta, sou eu, a sobreviver ao Planeta Terra, que é a minha casa. Mas, a sonhar um dia, visitar a lua como uma astronauta, e descobrindo onde realmente mora o bem!
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
Aprendi que… Eu aprendi… Aprendi
que
nunca
podemos
amar
verdadeiramente uma pessoa, quando não nos sabemos amar a nós mesmos. Aprendi que nenhuma pessoa possui um coração de pedra, onde guarda as fortes palavras que ouve de si. Sabemos que não somos feitos de ferro nem de aço, mas que somos moles por natureza. Que grandes amigos que pensávamos ter, já não estão do nosso lado, já não querem saber de nós. Aprendemos a respeitar, e que o melhor remédio é sermos respeitados. Que nunca conhecemos verdadeiramente o vizinho do lado, porque afinal conhecemos pouco de nós mesmos. Na verdade, pensamos que somos feitos uns para os outros. E, a verdade é que acabamos por sair deste mundo sem ninguém … Apenas somos filhos de Deus, e uns simples passageiros do comboio da vida, onde embarcamos sem nada, e saímos sem nada, apenas estamos aqui de passagem…
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Francisco
Meu Desabafo… Aprendi amar com o coração e não com o cérebro. Aprendi a ser bondosa nos braços da minha avó, aprendi a ouvir o outro e compreendê-lo. Aprendi que não devo julgar, mas sim ajudar. Aprendi a respeitar os animais e as árvores, como fossem pessoas, aprendi a ser sincera, mas não magoando os outros. Aprendi a sonhar com a realidade e não com o impossível, mas acima de tudo, aprendi que tenho de me amar primeiro. Mas, essa é a parte mais difícil, amar- me primeiro, pois coloco os outros em primeiro, e deixo- me para segundo plano. Desta forma, acabo por ser calcada pela ingratidão dos outros. Será que tenho que aprender a ser má pessoa? Será que tenho que aprender a julgar os outros, para ninguém me rebaixar? Será que tenho que aprender a calcar o outro, para me darem valor? Sinto que não pertenço a este mundo, sinto que cada vez mais falho com os meus princípios, sinto-me cansada de ser usada como um objeto por interesse…e aqui vai o meu desabafo em simples palavras…
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniela Santos
Dentro de uma caixa Guardo o que me desaponta Escondo o que não encaixa Destruo o faz de conta Sinto e sofro em segredo Orgulho e prodígio Desvendar o sacrifício Da coragem e do medo Do que fugiu e correu Do que pára e que fica Insignificâncias da vida que morreu. Bloqueia naquele momento Pensamento imperdoável De quem se abriga do relento Chave que é escondida. Mas visível aos olhos viver de uma mentira daquilo que existe aos molhos.
Sofrimentos e sacrifícios Pensar o que ninguém pensa E ver o que ninguém vê!
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
Será que somos o que mostramos? Ninguém vive o que o outro está a viver, cada um tem a sua vida. Não posso julgar o vizinho se não calcei os seus sapatos, nem vivi a sua vida. Muitas das vezes ninguém sabe o que se passa connosco, parecemos bem e felizes, mas, por dentro, existe uma tristeza enorme, esmagada no meio de tantas histórias felizes, que são… as dos outros.
Vemo-nos obrigados a fingir que está tudo bem, e que a casa que tivemos tanta minuciosidade em construir, não se está a desmoronar.
Ninguém sabe o que o outro passa, os sacrifícios que faz, ou as tristezas que esconde, somos um livro repleto de páginas rasgadas sem capa, e ninguém saberá o que se está a passar, até que o leia até ao final.
3º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Carina
Aprender a amar O amor ĂŠ o elemento fundamental na vida, todos vivemos rodeados de amor, mesmo que as pessoas que nos rodeiam nĂŁo o revelem. A vida tem outro sabor quando realizamos
tarefas no nosso dia-a-dia com amor, as coisas fluem melhor e a vida ganha outro brilho. Como dizem os entendidos, a maior crise que existe é a do “desamor”, principalmente, em nós jovens, pois em vez de nos amarmos, só nos odiamos. Será necessário haver essa guerra tão medíocre? Quando hoje em dia à nossa volta existem milhares de problemas piores que esses… Começa em ti o fim dessa crise, deposita amor naquilo que fazes e o sucesso será muito maior. A vida dá tudo de retorno, e o fim de todos é só um. Então, porque não levar o melhor que pudemos e darmos o melhor que temos? É grátis. Estamos no início de um longo percurso, e ainda pudemos absorver a matéria “do amor”, cabe a cada um decidir se a quer estudar ou não. O amor não ocupa espaço, e tornanos seres Humanos muito mais felizes.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
Para ti
Escrevi em texto os meus sentimentos. É difícil decifrar o que por vezes sinto, tento quebrar essas barreiras que me travam. Aprofundo o meu “eu” e descubro que nunca te esqueci. Leio os meus pensamentos, e muitas vezes apareces tu. Não sei onde estás, mas ainda te sinto cá. Quem me dera eu encontrar-te a qualquer hora, e em qualquer lugar. Ver no que vai dar e deixar rolar. Só te queria perto e que desse certo. O amor é breve e a vida mais breve ainda. Não estarei para sempre aqui, mas no meu coração vais atrás de mim. Eu, agora, já nem penso mais em ti… Mas será que nunca deixo de lembrar que te esqueci? Os bilhetes de amor que me enviaste, o avião de papel que me mandaste, e com o teu amor me acertaste. Caí em teus braços e tu os fechaste. Embrulhaste- te em mim e desabrochaste. Sem forças me deixaste. Um dia, vais querer voltar, e, de porta fechada, eu vou estar somente comigo a viajar.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
Amor! Amor e Amor! Palavra forte que todos dizem, mas, nem todos sentem.
Do amor vem a palavra: Eu te amo, eu quero-te agora… O amor não se trata de um simples sentimento, mas também de uma grande ação. A grande ação é saber amar, sentirmo-nos à vontade porque a pessoa que está ao nosso lado nos faz bem, e nós, fazemos bem a essa pessoa. Amar, é mergulhar na profundeza do seu coração, é transformar um abraço num abrigo.
Amar é saber lidar com todos os defeitos e com todas as diferenças do outro, é saber estar presente nos momentos bons e maus, passar por todas as dificuldades da vida juntos. O amor é uma palavra simples, uma palavra leve e uma palavra libertadora. O amor é o momento em que tudo se ganha e nada se perde, é oferecer-nos por completo a alguém, sem medo do que esse alguém possa fazer connosco. Amor é chegarmos a casa depois de um dia de muitas complicações, e de muito trabalho, e ter motivos para sorrir… aí, vês a pessoa que mais te ama na vida, e que nunca te deixa só. Amor é poder ser quem nós somos verdadeiramente, sem fingimentos e dar a permissão ao outro que seja também quem ele é verdadeiramente, sem disfarces, nem falsas aparências. Mas, se o amor nos doeu, o melhor é deixar ir, porque não vale a pena correr atrás de alguém que nunca fez nada poer ti…
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Francisco
Amor É um sentimento único Que não é platónico Mas temos que ir devagarinho
O melhor da vida é amar Saber cuidar e não desprezar O amor pela outra pessoa É uma coisa que não se pode deixar à toa.
Temos que lutar E nunca deixar escapar Porque o que vai não volta Mas a vida pode dar uma reviravolta.
E, o sonho de hoje! Pode ser uma realidade amanhã!
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Eduardo Lopes
Salpicos de amor na E.E.E.P
Palavras leva-as o Vento É sempre mais fácil falar do que executar. “Palavras, leva-as o vento”, não ficam na memória, vão embora da noite para o dia, já as atitudes, permanecem… Levámo-las connosco no coração pois confortam o dia. As palavras ajudam a preencher um vazio, as atitudes completam esse vazio. As palavras qualquer um diz, as atitudes poucos as têm. As palavras acolhem, as atitudes fortalecem. As palavras são caras, e as atitudes raras. São poucos os que agem, e muitos os que falam.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
A oração dos sábios As palavras têm sempre grandes valores quando assim pronunciadas, porém, do que adianta um amor não transparecido ou um afeto sem atitude? As palavras são meras palavras comparadas com atitudes, aliás, podemos sempre relacioná-las ou interligá-las, assim sendo, uma palavra, dá sempre seguimento a uma atitude. Muita das vezes, entendemos que podemos convencer com palavras algo ou alguém, de como somos, ou qual é verdadeiramente a nossa origem. Porém, só os mais aptos, ou sinceros conseguem fazê-lo por meio de atitudes. Sendo assim, mantém-te em silêncio, e, se não for para dizer e corresponder ao que diz o silêncio, o mesmo, é por vezes sinónimo de sabedoria.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Valdes
O Silêncio de um Abraço Falar toda a gente fala, e muitos, de boca cheia… mas, executar, é que é mais difícil. É sempre mais fácil falar do que agir, mas, o que nos torna mais fortes são as atitudes porque as palavras são levadas pelo vento. Não me importa se dizem que gostam de mim, se não o demonstram, não importa se prometem e não cumprem. O importante não é convencer com grandes palavras, mas surpreender com grandes atitudes. As palavras até podem impressionar, mas só as atitudes me podem convencer. Conhecemos realmente as pessoas, não só pelo que elas dizem, mas sobretudo pelo que elas fazem. É muito melhor ouvir o silêncio de um abraço sincero, do que um amo-te falso. Mas será que as palavras são importantes? Claro que sim! No entanto, se não vierem acompanhadas por gestos à altura delas, perdem todo o seu significado.
3º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Carina
Impura Verdade Falo-te por falar Calo-me por medo Não sei como acabar Apontas-me o dedo Tens medo de acordar
Realidade, surreal Foges da personagem Pensas no teu moral Para quando efetuares a paragem Quando não te sentes igual
Paragem sem nome De Aldeia ou Cidade Não se retrata do pronome Quanto mais da sua idade
Pensas que sabes quem sou Pesquisas-me na realidade Fui eu quem te mudou O meu nome é verdade 3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
Guerra Fictícia Navegante, soldado Porque sofro? Por não ser amado… Sinto esse sopro Pelo sangue derramado Batalhas, e guerras Fazem ser o que não sou Levando a flor de eras Por onde nunca vou Cada tiro disparado É um pedaço de mim
Ficando eu destroçado Com algo sem fim Navegante, soldado Porque vivo? Se no início honrado E no fim esquecido
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
Amor de erro Erro, que cometi Altura em que falhei Aquele dia em que menti E que nunca perdoei Palavras que eu disse Fizeram-te odiar-me Queria que eu fugisse Algum dia amar-me As desculpas saíram Mas resposta não veio Os meus sentimentos sofreram Por algo que alheio Palavras que amem Frases que te faço Errado o que fazem Mas mesmo assim, digo-te amo-te
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
A violência psicológica age como gotas de água sobre a pedra
Quando pensamos na palavra maus-tratos, automaticamente vem à mente a imagem de uma surra física. Contudo, a violência física é apenas uma forma de violência. Neste artigo vamos tratar de outro tipo de violência que pode acontecer paralelamente à anterior ou sozinha. Estamos a falar da violência psicológica. A manipulação, a desvalorização e os insultos são mais quotidianos do que as surras ou as pancadas. Contudo, não são alvo de denúncias e não se fala sobre o assunto. Porquê? Os motivos são diversos, alguns compartilhados com a violência física, como é o sentimento de vergonha da vítima, e outras são exclusivas da violência psicológica, como a dificuldade de perícia forense pela ausência de marcas físicas.
A violência psicológica dentro e fora do lar Este tipo de violência ocorre principalmente em casa, mas também no trabalho, nos meios de comunicação e na sociedade em geral. Em muitos casos ela surge sem percebermos, sem sermos capazes de notar a sua “sutileza”, mas sim os seus danos.
As agressões psíquicas costumam perseverar ao longo do tempo e agem como uma gota d´água sobre uma pedra. Constantes, contínuas, causando uma erosão difícil de observar se a olharmos em um curto espaço de tempo. Algo
semelhante
acontece
com
a
violência
psicológica. O
agressor
vai
explorando pouco a pouco a mente da outra pessoa até que a desacredita, a impede de desenvolver suas tarefas com normalidade, semeia o medo e colhe a dependência. Embora este tipo de agressão possa acontecer em qualquer âmbito, é mais frequente no seio da família e principalmente no do casal. Desta forma, um faz o outro sentir que vale menos, o faz de ridículo na frente dos outros, insulta, despreza, julga ou ameaça. A vítima vai perdendo a vontade e a ousadia de sair para a rua, de frequentar certos lugares, de ter amizades (principalmente do sexo oposto), de ver os pais ou familiares, etc. Desta violência nasce a dependência: a vítima sente que não vale nada e que depende do seu companheiro para tudo. A violência psicológica nas crianças. Acredita-se que aplicando uma disciplina exagerada nos filhos contribuiremos para que sejam adultos fortes e disciplinados. Mas isto não é bem assim. Uma educação deste tipo só consegue criar crianças, jovens e adultos frustrados, cheios de complexos e com uma autoestima muito baixa. Os pais que agridem mentalmente os filhos não percebem que dessa forma estarão forjando uma conduta que se pode voltar contra si mesmos quando os filhos forem maiores, especialmente na adolescência, que para eles é uma etapa complicada. Por que a violência psicológica não é denunciada? Para responder a esta pergunta é preciso considerar vários fatores e prestar atenção às circunstâncias pontuais. Contudo, existem alguns padrões comuns ou frequentes neste tipo de situação. Em primeiro lugar, não se denuncia porque muitas vezes a pessoa agredida não percebe o fato em si. O trabalho do agressor é tão “fino e calculado” que não é percebido como uma coisa ruim, mas sim quotidiana, normal e mesmo esperada. O típico “faz isso porque me ama” é muito comum.
Por outro lado, se a pessoa notou essa conduta no outro, é uma coisa difícil de provar (diferentemente da agressão física). Na maioria dos casos a família ou os amigos da vítima encontram mudanças na conduta ou atitudes de ambas as partes, e as agressões verbais acontecem inclusive em um contexto de reunião.
Além disso, a violência psicológica não se denuncia por medo. Às vezes a vítima precisa voltar para sua casa, para conviver com a pessoa que maltrata por temor de que alguma coisa aconteça com os filhos ou com algum membro da família. Por fim, a falta de compromisso por parte das autoridades e a falta de legislação em muitos países em relação à violência doméstica, tanto física quanto mental, tornam muito difícil a denúncia. O que é possível fazer para impedir os maus-tratos? Para que a pessoa agredida possa mudar a sua situação, uma boa opção é ter contato com aquelas que já viveram situação semelhante. Existem organizações e fundações que podem ajudá-la. Na medida do possível, é preciso se afastar o quanto antes do agressor para que o problema não tenha consequências trágicas ou irreparáveis. Além disso, a terapia ou conversa com pessoas próximas pode ser o incentivo de que a vítima precisa para seguir adiante. Com o apoio de pessoas queridas e o aprendizado do que já viveu será mais fácil seguir adiante. Não nos podemos esquecer por outro lado, de que revigorando a autoestima das pessoas que amamos estaremos contribuindo para que sejam mais fortes diante deste tipo de agressão.
In A mente é maravilhosa
Marca Psicológica
Contamos através de histórias o que queremos que não seja real, damos cartas ao jogo quando a derrota está perto, e procuramos a vitória, mandámos água para cima da fogueira quando está muito alta para que fique mais baixa. Tudo isto pensado e insensatamente explodido nos neurónios através de ramificações incompletas. Não pensamos quando falamos sobre algo, quando ousamos perguntar, mas mesmo assim o fazemos. Fazemos com que as palavras sejam tiros, que nos alvejem até à morte da única coisa que nos mantêm, que é a vida. Às vezes somos pó, cadáveres, sacos de ossos sem alma nem espírito, fazendo-nos questionar a sanidade mental. Agarram-me pelas memórias, sinto-me forçada a mostrar-me e a magoar-me a mim mesmo. Dou socos nas feridas cicatrizadas, que sangram sem ter veias para bombear, mas lágrimas salgadas com o peso do coágulo morto. Dos sonhos despedaçados, faz-se o nosso lar, a nossa casa torna-se simplesmente em quatro paredes que servem de refúgio, ao medo, ao fracasso, ao desentendimento, mas, ele permanece em nós. Sem ter medo espeta as facas por entre as entranhas do psicológico, faz fogo com os sentimentos da violência, degenera o cansaço de viver, o cansaço de nunca ganhar. Então, tornamo-nos outras pessoas, outros seres
para encobrir de quem temos receio que volte a atacar, e que acabe o poço antes nunca existido. Culpa, sofrimento, morte, não culpes as pessoas, a vítima é o psicológico, o agressor, a violência implacável na sua rapidez, inimaginável aos olhos de quem finge, e morta, ao olhos de quem a sente, a vê, a faz viva, de quem não têm proteção. A quem a fobia percorre paralelamente à anterior e sozinha, manipulação invulgar de quem sofre, sofreu ou vai sofrer. O que podem fazer? Nada. Pois existe mais. E o que fazem? Correm no mesmo sítio, gritam sem ter voz, voam sem ter asas, vivem sem ter alma nem espírito, esperando o dia em que a única palavra para as descrever seja exclusiva. Por vezes, única, e arrasta-se pelo tempo, de quem é abatido, de quem sacrifica a vida no silêncio. Estes, são os rejeitados, as verdadeiras vítimas!
3º
Ano Técnico Auxiliar Saúde Alexandre Cancujo
As marcas que perduram para sempre
Tudo começa com a ilusão, de que aquele sujeito é a pessoa ideal para nós, que vai ser a pessoa que nos irá confortar quando o mundo parecer desabar. Que vai ser o nosso cobertor nos dias mais frios, que vai ser o companheiro(a) de uma vida… mas tudo não passa de uma ilusão, meras suposições e especulações. Acreditando ou não, este tipo de violência começa quando o(a) parceiro(a) tenta controlar a nossa vida, como o nosso trabalho, as nossas amizades, as nossas saídas, enfim o nosso dia a dia… Podem chamar ciúme, eu chamo-lhe controlo. Os dias passam, e a vítima, iludida, como é obvio, acha aquilo normal, cogitando que aquele tipo de atitude é a forma de proteção que o ser amado tem para com ela(e)… Não quer dizer que só aconteça entre casais, porque até numa simples amizade acontece, simplesmente, quando a pessoa manipuladora e frustrante, tenta convencer a pessoa amiga a ser como ela… Isto, é do pior que há…visto que a pessoa manipuladora e frustrante sabe que não deve ser assim, mas assim o é, porque gosta de desprezar e sentir-se maior que o próximo… E tudo começa… A vítima sente-se cada vez mais em baixo, e, parece-lhe que ninguém lhe quer dar a mão para a ajudar a subir cada degrau que desceu, quando se deixou levar pela(as) pessoa(as) que ela pensava que era amiga(o) e companheira(o) para com ela. Acontece que a ajuda já existiu, e continua a existir, pois, os amigos que se preocuparam com esta vítima no inicio, continuam a preocupar-se, quando ela já nem sequer tem forças para sair da cama… Por outro lado, existem profissionais que a ajudaram a reerguer, encorajando-a a ter a sua própria vida de volta…
Isto tudo acontece debaixo dos nossos olhos, e por vezes, dentro da nossa família. Falo por experiência própria, por mais que tentes dizer-lhe que aquela pessoa não presta e que só lhe vai desgraçar a vida, ela não te vai ouvir. Hoje, quem sofre é a pessoa que tu achas desprezível e insegura, mas, a vida tem a lei de retorno, e o karma não falhará!
3º Ano Técnico Auxiliar Saúde Patrícia Soares
Coração Preso
Alma sufocada com coração nas mãos, mente presa com palavras inesquecíveis, sombra presa debaixo dos meus pés. Caminho no escuro sem luz. Ajuda- me! Agarra a minha mão! Já não sei para onde ir, não encontro o caminho! Feia, gorda, esquelética, devias de morrer. Violência psicológica a arma que não corta, mas que te destrói. O que fiz para merecer isto? Será que sou mesmo assim? Será que não faço falta a ninguém? Perguntas frequentes de um coração preso, de alguém que não sabe o que é a vida, mas sim de alguém que está a sobreviver. Chega do dia para a noite, o medo instala-se, o medo que alguém abre a boca, medo de ser atacada sem ter nada para defender, sem poder fugir para o colo de alguém. Onde me posso esconder? Não encontro lugar seguro, nem debaixo dos cobertores me livro das tuas palavras. Onde estás tu quando mais preciso? Porque desapareceste? Já não conheço mais esse teu coração…
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniela Santos
A jaula psicológica
Pode ser mais um mero clichê que muitos preferem ignorar, pois é sempre mais fácil fugir ao assunto, do que encarar uma realidade que por vezes é negra. Falaremos então de violência psicológica, uma violência de que todos nós já sofremos, e todos já exercemos. Isto assim ao primeiro impacto parece feio de ouvir, mas é a realidade... Todos um dia, erramos, e sem nos apercebermos o teu/meu erro já foi abordar alguém de forma inadequada. O que para nós no momento é apenas uma insignificância, para o "outro" cai como gotas de água na pedra, não se vê, mas sentese. Ao invés, a violência física é como cair uma pedra sobre o asfalto, causa marca e dor, mas um dia passa. Ambas são agressões que acabam por magoar, e deixar ferida na vítima, mas a física, cicatriza, e a psicológica nunca sara. A ti, te digo, nunca te deixes ficar, somos feitos para voar, e não para ficar em jaulas. Toca notas musicais aos passarinhos em teu redor, ninguém é feliz sozinho, mas algumas pessoas são feitas de pedra.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
O meu pirilampo Tu és a luz. A única luz que precisas na tua vida é tua! Arrisca, experimenta, atreve-te, avança sem receios, e sem medos, aventura-te. O brilho próprio de casa
incomoda muita gente,
causa transtorno e inveja aos que não te querem bem. E a tua defesa é a tua luz, ilumina-te! Algumas pessoas são os pirilampos que te ajudam a percorrer o caminho sóbrio da vida, outras ensinam-te a ser pirilampo, e outras tentam abafar o teu próprio brilho. Afasta-te de quem se junta a ti para se iluminar. Acredita, a tua luz por vezes brilha mais sozinha. Tu só precisas realmente de ti.
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Inês Pereira
Pedras no caminho Caminhos atrás de caminhos, uns feitos de areia, outros de pedra, aquele que devemos escolher é uma luta no nosso pensamento. Consequências positivas, consequências negativas e um passo em frente vêm o melhor para nós. Lutamos, e não parámos até chegar ao topo da montanha, aí sentimos o orgulho daquilo que percorremos.
Não devemos ter medo de parar para pensar: Qual montanha devemos escolher? Aquela que nos traz mais felicidade para o nosso coração, ou aquela que nos dá vida interior e exterior? “ Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo.”
3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniela Santos
“...e enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.” William Shakespeare
É Carnaval, ninguém leva a mal!!! O carnaval está à porta E tem muita fantasia Os rapazes de astronauta É um momento de alegria
Todos andam mascarados E à rua vão sair Lá vão todos pintados E só se querem divertir
E como já diz o ditado No carnaval, ninguém leva a mal Podes fingir ser casado E dizer que é carnaval!
Este dia, um festival… Mascara-te de forma triunfal! Vamos todos festejar E no carnaval arrasar!
Helena Arantes e Samuel Sá- 2º TAP
O carnaval é uma arte Uma arte tão profunda Em Portugal fazem-se palhaçadas No Brasil abanam a” bunda”
É um dia de alegria Fantasias e emoções À noite é uma regalia Pois acaba tudo aos trambolhões
Há índios e cowboys Uns vilões e outros heróis Uns encostados a beber vinho Outros a comer caracóis
No carnaval ninguém leva a mal Já diziam os nossos avós Se não passarmos acompanhados Fazemos a festa sós! Carnaval é sambar Salto alto é uma fatiota E quem quiser zombar Vai até de cambalhota Francisco e Sérgio- 3º TAP
Quando tudo está escuro E a vida sem sentido É só falar contigo Que tudo fica colorido Serás sempre o meu herói Dos desenhos animados Mas fazes mais do que eles Porque me acolhes em teus braços Quando estou doente Tu cuidas bem de mim Eu fico logo contente Por gostares de mim assim Gosto dele até a lua E da lua até aqui Vou ser sempre tua Mesmo quando não estiveres aqui Quando fores velhinho Vou eu cuidar de ti Acolher-te no meu ninho Como fizeste quando eu nasci Ensinaste-me a brincar na rua Aquela que era tua Ensinaste-me a jogar à bola E também a gostar da escola Mesmo daí de longe Não me esqueço de ti Tenho sempre lembranças Para me recordar de ti. Helena Arantes e Samuel Sá- 2º TAP
Querido papá
Parece que hoje se celebra o dia do Pai não é verdade? Escrevo-te então esta carta para não pensares que me esqueci. Como não estás aqui, eu decidi mandar te uma pequena lembrança, uma fotografia nossa, onde estamos os dois juntinhos no sofá a dormir. Pois, se bem me lembro antes da nossa soneca estivemos a fazer maluquices. Ensinaste-me a andar de bicicleta, a fazer o pino, a pintar, a sorrir, a ser humilde e a ser feliz. Sempre me protegeste de todo o mal que me podia acontecer, estavas sempre preocupado e com os olhos em mim para não me magoar. Continuas assim a ser o meu super-herói favorito, aquele que acompanho desde pequenina. Não me posso esquecer das coisas boas da vida que me ofereceste, de todo o carinho, de todo amor, de toda a alegria e boa disposição. Todas as gargalhadas dadas contigo e todos os momentos estarão sempre bem guardadinhos no meu coração. Espero que voltes depressa para o meu abraço para poder te retribuir tudo o que me deste e ensinaste, para te dar duas vezes mais o meu amor, e poder estar ao teu lado uma eternidade. E nunca te esqueças de ser bom para os outros, tal como me ensinaste a mim. Beijinhos da tua querida filha.
2º Ano Técnico Auxiliar Protésico Lara Catarino
Há pessoas assim. Pessoas-árvore. Pessoas com corações frondosos. Pétalas de luz. Pessoas que dão flor. Fruto. Oxigénio. Conheço muitas. E depois há as pessoasarbusto. Rasteiras. Invejosas. Tentam deitar abaixo as pessoas-árvore. Só precisa de deitar abaixo quem não se consegue elevar. Mas as pessoas-árvore não levam a mal. Sabem que é destino de cada um ser aquilo que é e cumprir a sua natureza. Lado.a.lado
Cada qual é o que é…
Todos nós vimos ao mundo com um prepósito. Cada um de nós é um ser único e inigualável, só que nem todos compreendem isso. Há pessoas que parecem não compreender que por mais que tentem virar mundos e fundos, na tentativa de serem iguais a outro alguém, não conseguem. Essas pessoas são aquelas que consideramos pessoas “arbusto”, pois são pessoas sem fundamento próprio, são pessoas invejosas, excessivamente gananciosas, pessoas sem luz própria, pessoas intriguistas, em que a felicidade delas só existe, através da infelicidade dos outros. Aquelas a quem chamamos pessoas com luz própria, que sabem o que querem e lutam para conseguir o melhor para si e para os outros, que não precisam pisar ninguém para se sentirem bem, pessoas bondosas de coração imenso, pessoas que são uma lufada de ar fresco quando se cruzam com os meros comuns. Sim, porque também existem esses… os meros comuns, pessoas que vagueiam no mundo de forma livre, não se importando com os outros. Vivem por si mesmos, e por vezes, nem se apercebem do que se esta a passar à sua volta, ou apercebem-se, interiormente, no entanto, nem exteriorizam. E pessoas luz, incomodam pessoas “arbusto” uma vez que brilham autonomamente sem para isso precisarem de grandes esforços, a não ser serem elas mesmas. E pessoas arbusto tentam destrui-las, para serem como elas, para conseguir o que elas são, e elevarem-se perante a sociedade e o mundo. Só que pessoas luz não se importam com isso, elas sabem que todos vimos ao mundo com um prepósito, e que o destino se encarregará de fazer com que cada um o cumpra, independentemente de tentarem em vão destruí-las. O coração e a alma delas, é tão grande e pura que não se incomodam com pessoas “arbustos”, pois sabem que com o tempo, a verdade há-de vir sempre ao de cima, e há-de revelar quem é quem, sem máscaras e ilusões. Sendo assim, cada um deve cumprir a sua própria natureza.
Técnico Auxiliar de Saúde Inês Gomes Ano letivo 2015/ 2018
Simplesmente, Sê! Há pessoas assim, pessoas-árvore. Quando
brotamos
ao
mundo
todos desejam que sejamos assim, Árvores lindas e belas, adequadas a todas as estações, que cresçamos bem enraizadas, e que os nossos ramos sejam frondosos, assim como os nossos corações. O quanto eu admiro pessoasárvore, que crescem e florescem no seu tempo, que quando esse mesmo tempo assim o pede, e no passar de muitas primaveras amadurecem e dão fruto. Pessoas, quer seja inverno ou verão a sua folhagem resplandece de luz. Mas, mais importante que isso são aquelas que nos fazem sentir bem, que purificam o ar, que são oxigénio. Todos nós temos uma árvore destas na vida, aquela que nós sabemos que mesmo depois do pior vendaval chegaremos lá e tudo estará tranquilo. Aquela onde nós podemos estender uma manta junto ao seu tronco, e ficar ali palreando, como fazem os passarinhos, ou apenas silenciar e tentar decifrar o que o vento nos diz quando se cruza com os seus ramos. Conheço muitas assim, árvores que foram bem mimadas e adubadas e hoje formam jardins felizes. Depois, existem pessoas- arbusto, e se existem! São uma praga daninha, contaminam os solos. Tudo, porque as suas raízes só buscam os piores nutrientes, a inveja a cobiça, o ódio a falta de amor próprio. São arbustos rasteiros que acusam as árvores de lhes fazer sombra, culpando-as assim pelos seus corações sombrios. Mal eles sabem que o sol resplandece para todos, acredito que às vezes sejam eles que se escondam com medo da luz. A luz expõe, e isso, para quem vive na escuridão, às vezes magoa.
Os arbustos tentam derrubar as árvores, maioritariamente sem sucesso, mas elas não levam a mal, pois sabem que é destino de cada um ser aquilo que é, e cumprir a sua natureza. Que a nossa natureza nos permita ser sempre pessoas-árvore, poder embelezar e oxigenar o mundo. Quanto aos arbustos, que um dia o vento lhes possa sussurrar, “se não puderes ser uma árvore no topo de uma colina, sê um arbusto no vale, mas sê o melhor arbusto”
Técnico Auxiliar Protésico Sónia Fernandes Ano letivo 2009/ 2012
As pétalas da minha sobrevivência! As pessoas cercam-nos, acolhem-nos, muitas
ficam,
mas
muitas
vão.
Nós
queremos que elas fiquem e elas ficam. Nós queremos que elas fiquem, e elas vão. Nós queremos que elas fiquem e elas vão, e vêm. Ou nós também podemos não as querer, mas essas, a gente chama-as de pessoasarbusto.
Levantem-se, vamos saudar a pessoaárvore! Ignorem, vem aí a pessoa-arbusto!
As pessoas que nos alteram o espírito cansado, que nos fazem os dias felizes, as que nos levam para o seu mundo, as que nos tornam capazes de ser melhores, as que nos invadem de sentimentos, as que nos adormecem a tristeza, as que nos transbordam de coragem, e as que nos agasalham para vivermos com elas.
Sobretudo, as que ligam deitar fora a inveja, o rancor, a mágoa, a tristeza, as rasteiras que ultrapassam montanhas para se sentarem ao lado das outras e verem o destino a derrubálas! Porque é mesmo isso o melhor, o destino!
Mergulhar na vida e ver quem nós queremos ter! Porque realmente não faltam pessoas, e todas elas diferentes.
Inúmeras qualidades e milhares defeitos, quem não os tem? Eu quero conhecer pessoas, sejam elas que árvores forem! Quero explorar e realmente saber em que mundo eu vivo! Que círculo de amigos tenho e que currículo da vida eu quero ter!
Porém, isto tudo parece demasiado fácil, então conhecer pessoas! Eu conheço quase todos os dias.
O que se diferencia é conheceres-te a ti mesmo, e construíres a tua árvore, não a deixares crescer sozinha. Pensado bem, há muitas árvores, mas poucas são as que sobrevivem.
O oxigénio que respiro deixa-me serena. Esta taça de fruta ao meu lado, mata-me o desejo. Escrever deixa-me tranquila. A luz do meu lado direito ilumina o meu pensamento em folha. A hora a que escrevo, só dá flor. E, enquanto isso, vai me passando as pétalas de luz da minha vida que me enchem de felicidade, e o meu coração frondoso de orgulho!
Técnico Auxiliar Protésico Bárbara Teixeira Ano letivo: 2015/2018
Aos que me sorriem,e Ă s mĂŁos que amparam a vossa
escrita,Obrigada
A Professora Isabel Maciel deseja a todos uma Santa e Doce Pรกscoa