Revista Pascoa 2017 EEEP

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Tec. Auxiliar de

Tec. Auxiliar de

Prótese

Saúde

Tec. Eletrónica Automação e Computadores

Escola Europeia de Ensino Profissional Manuel Rodriguez Suárez

Pontes

para o mundo de trabalho…

Revista Realizada por: 3º/2º TAS 3º TAP

Disciplina: Português

Design Gráfico: 3ºTEAC

Ano Letivo: 2016/2017

Professora: Isabel Maciel Edição: 11 – Abril

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" Você torna-se grande, não pelos bens que acumula, e sim, pelo bem que espalhou" Mychele Magalhães Velloso

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O Bem Da Minha Herança “Você torna-se grande, não

pelos

bens

que

acumula, e sim, pelo bem que espalhou.” De uma coisa tenho a certeza,

aqueles

que

passaram na minha vida e por algum motivo foram embora com certeza que até a data de hoje se lembram de mim. Não por aquilo que eu posso ter, pelo menos alguns, mas sim por aquilo tudo que eu tinha para lhe oferecer. Sei que não sou mais que ninguém, mas provavelmente sou diferente de muitos, porque nem todos somos iguais. Gosto de marcar pela diferença e sei que ao longo dos anos vou ficando grande, e não pelos bens materiais mas sim pelo bem que tento espalhar. Faço pelos meus pais, pelos meus irmãos, pelos meus avós principalmente, e pelos meus amigos. Mas ninguém me ama mais do que a minha família. Palavras faladas, palavras escritas, palavras tocadas, palavras ditas e muitas vezes pergunto-me: palavras são necessárias quando o nosso corpo, alma, espírito e coração transbordam de amor? Não posso apagar dores do meu passado, porque ninguém sabe o que cada um de nós sofreu… não posso pedir ao tempo para voltar atrás com erros cometidos porque ele não volta. Porque na verdade até eu erro.

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Mas, estou aqui hoje, frente a frente com o meu presente e estendo a mão pequenina sempre que possível, mesmo que um dia haja alguém que não valorize. Posso não ser forte o suficiente quanto pareço, ou tento parecer, e deixar cair algumas vezes o meu mundo mas provavelmente será para segurar o de alguém. O bem espalhado foi algo herdado, algo que agora valorizo imenso. Fui ensinada, e muitas vezes desaprendi, mas voltei aprender. Sei que no meu presente, ele não esta presente, mas sei que com certeza foi um presente de Deus para que o meu futuro seja seguro, sem interrogações, sem coisas súbitas, sem reticências nas horas difíceis. Será um futuro de frases completas e certas, todas dentro das regras dadas. A minha maior herança está espalhada e por isso que tenho a certeza do presente e confiança no futuro. Aprendi a ser assim e algumas vezes não o deveria ser, mas, também fui ouvindo que fazer o bem não faz mal a ninguém. Um dia serei recompensada, acredito na justiça do mundo e na lei do retorno. Portanto, como vi e vivi as pessoas recolhem aquilo que vão plantando. A vida vai ser injusta algumas vezes, e irá colocar-nos à prova e iremos perguntar: Fizemos mal a alguém? Se só sabemos espalhar o bem. “O mundo não está ameaçado pelas más pessoas, mas sim por aqueles que permitem a maldade.”

3º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Bruna Ataíde

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A GRANDIOSIDADE DO SER HUMANO

Uma pessoa não se define pelo que tem, mas sim pelo que é. É importante ser-se autêntico e genuíno. Fazer o bem e deixar o resto acontecer, naturalmente, sem pressas, sem interesses... O que tiver de ser será! Costuma dizer-se que cada um colhe o que semeia, pois quem espalha o bem, colhe o bem. O dinheiro e os bens materiais podem acabar um dia, mas aquilo que somos jamais acabará. A essência mantém-se. Na imagem pode ver-se o homem dar uma flor à menina. É algo simples, mas é o que ele lhe pode dar. Certamente, foi o homem quem a plantou e viu crescer. E colheu-a para a oferecer. É um gesto simples, mas cheio de bondade. Por vezes, um gesto vale mais que mil palavras. O importante é a intenção da nossa ação. É ter um bom coração. O essencial da vida é cada um procurar e tentar evoluir a sua pessoa, a sua bondade, as suas boas intenções e ver sempre o lado bom da cada situação. Nem tudo é mau, deixemo-nos de pessimismo. Devemos preocupar-nos mais em tornarmo-nos cada vez melhores pessoas, ajudar e fazer o bem, pois afinal isso é o que realmente importa; o que nos define e nos torna GRANDES!

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Ana Araújo

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O valor que precisa ser sentido Eu gosto mesmo é de pessoas despreocupadas, aquelas que não precisam olhar sempre para o relógio, que se sentam no sofá e começam a rir dos filmes e passam horas e mais horas no telemóvel com um amigo, mas sabem aproveitar os poucos minutos que um encontro casual reserva para compartilhar coisas boas. Que não dão qualquer importância se o verde combina com o verão, ou se o cabelo está desarrumado. Gosto dessas pessoas que têm paixões incomuns, pessoas que se apaixonam por livros, paisagens, pela vida, que acreditam sempre que existem outros dias, outras pessoas, mas que nunca se esquecem de valorizar as que estão com elas. Eu gosto das pessoas que saem de casa quando começa a chover, e se levantam cedo para não perder nenhum minuto a mais da vida. Pessoas que sorriem para estranhos na rua, mas que não fazem questão de chorar na frente deles. Pessoas que não têm vergonha de dançar em público e não têm medo de dizer a verdade mas acima de tudo, eu gosto das pessoas que surpreendem, que acreditam em tudo, que perdoam, que amam demais, das simples, das loucas, principalmente dessas pessoas, esse tipo de gente, têm cheiro a felicidade. Para o resto da minha vida vou dar sempre as melhores partes de mim, na esperança de que as pessoas sintam as suas partes piores. A verdade é que não espere nada em troca, pense sempre que o seu primeiro instinto seja sempre o correto mesmo que seja uma má ideia… porque as más ideias fazem boas histórias.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Cristina Gomes

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Balada da Neve Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente e a chuva não bate assim. É talvez a ventania: mas há pouco, há poucochinho, nem uma agulha bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho… Quem bate, assim, levemente, com tão estranha leveza, que mal se ouve, mal se sente? Não é chuva, nem é gente, nem é vento com certeza. Fui ver. A neve caía do azul cinzento do céu, branca e leve, branca e fria… Há quanto tempo a não via! E que saudades, Deus meu! Olho-a através da vidraça. Pôs tudo da cor do linho. Passa gente e, quando passa, os passos imprime e traça na brancura do caminho… Fico olhando esses sinais da pobre gente que avança, e noto, por entre os mais, os traços miniaturais duns pezitos de criança…

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E descalcinhos, doridos… a neve deixa inda vê-los, primeiro, bem definidos, depois, em sulcos compridos, porque não podia erguê-los!… Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!… Porque padecem assim?!… E uma infinita tristeza, uma funda turbação entra em mim, fica em mim presa. Cai neve na Natureza e cai no meu coração. Augusto Gil (Antigo livro da 4ª Classe)

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Vivências opostas Durante séculos a mulher ocupou um lugar subalterno no seio da família e da sociedade por imposição histórica, que remonta ao tipo de organização e ao modo das subsistências das sociedades primitivas. As mulheres entregues à sua atividade de procriação, doméstica e pouco mais iam definhando pelos cantos, e perdendo a sua identidade.

A mulher dependia do homem, ficava confinada aos espaços restritos, cuidava dos filhos e dos parentes. Restava à mulher a intuição, a paciência, a capacidade de dedicação aos outros, e o "eu" estava estagnado. Esta situação foi vivenciada pelas mulheres durante séculos, mas felizmente, o esforço, a persistência das mesmas venceu. Atualmente, sociedade do século XXI, nós mulheres saímos da domesticidade para a vida ativa, pusemos à prova as nossas capacidades, revelamos talentos, e sobretudo afirmamos a nossa identidade e autonomia.

Depois de muito cogitar sobre este novo, mas profundo trabalho de casa, achei sugestivo propor-lhes que encarnassem dois papéis fundamentais. Primeiramente, encarnarão o papel de uma jovem (idade entre os 18 e 25 anos) cuja vivência se reflete na época ditatorial (antes do 25 de Abril). Em seguida, encarnarão o papel de uma jovem (vocês mesmas) cuja vivência será a do século XXI. Ambas explicarão uma à outra o que era permitido fazer nestas épocas tão distintas. Naturalmente, os temas abordados entre elas ficará ao teu critério, mas, aqui ficam alguns a título sugestivo.

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Obrigatoriedade

da

religião;

Vestuário

utilizado;

Maquilhagem;

Permissão

para

Como

se

Interesses

fumar;

namorava; familiares;

Saídas à noite; Trabalhar fora de casa;

Estes são apenas alguns tópicos sugestivos, para redigires uma conversação profunda entre estas duas mulheres tão distintas cujo objetivo é uno, ser FELIZ.

Professora Isabel Maciel

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O Antes e o Agora

Numa bela tarde de Outono, o vento faz cair folhas das árvores, em movimentos suaves, tristes e amarelecidas, no chão. No ar, mistura-se um cheiro das castanhas que se vendem num jardim onde duas amigas se tinham encontrado. A Francisca era a mais velha e a Cristina era uma menina que gostava de aprender novas histórias e interessava-se por tudo que era diferente. Ao seu redor e no seu mundo tudo parecia perfeito e calmo, mas em voz suave pergunta a sua amiga. - Francisca, como seria antigamente a vida? - Era bem diferente, tinha o seu lado bom e o seu lado mau – disse Francisca pensativa. - Tão bom como agora amiga? Mas mau como assim? – Disse Cristina. As duas amigas vão em direção de um banco, e sentam-se. Francisca explica como realmente era a vida nesse tempo. - Relativamente ao amor, a maneira das pessoas era tão simples, se estavam felizes, sorriam, se estavam tristes choravam. As suas ações e reações eram naturais. As músicas falavam de sentimentos. As pessoas conversavam de verdade, olhando nos olhos, os abraços eram mais sinceros e andavam pelas ruas sem medo. As crianças brincavam, as raparigas adaptavam-se às suas tarefas e os rapazes eram cavalheiros e elegantes. As cartas de amor eram escritas num papel e a caneta, e lá transmitiam todos os

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sentimentos e verdades. O beijo era tímido e calmo, o que causava um choque no coração. O namoro era muitas das vezes ao portão, com o pai a vigiar, elogios inesperados, sorrisos sinceros, um romantismo incurável. Nenhuma palavra precisava ser dita, apenas um olhar. Hoje em dia, não tem nada a ver, à exceção dos motivos que levam dois seres a unirem-se, quer seja por apenas uma noite, um período ou uma vida, disse Francisca. Ao ouvir todas aquelas palavras, Cristina em voz radiante disse. - Era tão lindo e demonstrava que a vida não precisava de ser perfeita mas sim sentida. Ainda mais curiosa, pede a Francisca que partilhe mais coisas com ela principalmente sobre as mulheres desse tempo. Francisca contente, continua a explicar: -Antigamente, o papel do homem era no trabalho e o da mulher em casa. Hoje assiste-se a uma mistura de papéis. Na questão de fumar, antes quem fumava eram os homens, não se via nenhuma mulher e caso acontecesse

era

maquilhagem

era

julgada. mais

A

simples,

discreta essencialmente, mas hoje, é tão exagerada que até pensamos, o que é aquilo? As suas roupas eram saias compridas, vestidos, quanto mais simples melhor e praticamente todas mulheres usavam roupa quase igual. Hoje, toda gente tem o seu estilo, podem andar com a roupa que quiserem sobretudo devem sentir-se bem. – Disse Francisca. Maravilhada por saber algumas realidades de antigamente, Cristina dá a sua opinião a Francisca por toda esta “história”.

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- Hoje, em dia verifica-se uma enorme mudança, muito melhor em determinados setores, mas pior a outros níveis. Mas, mais importante que isso é sabê-las usar da melhor forma. Devemos dar preferência ao toque, ao sentimento, ao contacto pessoal e dedicar-nos a nós mesmas, porque o mais importante, do que estarmos bem, é amarmos a vida.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Cristina Gomes

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Vivências de Outrora Como todos sabemos o papel da mulher na sociedade portuguesa tem vindo a evoluir, principalmente após o 25 de Abril. Imaginemos, numa realidade hipotética, como seria uma conversa entre duas jovens, ambas com cerca de vinte anos, no entanto uma nasceu nos anos cinquenta do século XX e a outra nos anos noventa. - Maria: - Olá. Eu sou a Maria e vivi em Portugal na época ditatorial, numa altura em que as mulheres praticamente não tinham direito. -Bruna; - Olá. Eu sou a Bruna e felizmente vivo numa época em que praticamente já não existe diferença entre ser homem ou ser mulher. - Maria: - Nem consigo imaginar o que isso será, nós mulheres apenas estamos associadas ao papel de mulher, mãe e dona de casa e pouco mais. Poucas trabalhavam e aquelas que o fazem, ganhavam cerca de 40% menos do que os homens. A lei do contrato individual do trabalho permitia que o marido pudesse proibir a mulher de trabalhar fora de casa. As mulheres não tinham acesso às seguintes carreiras: magistratura, diplomacia, militar e polícia. Certas profissões (por ex., enfermeira, hospedeira do ar) implicavam a limitação de direitos, como o direito de casar. - Bruna: - O quê? Como é possível! Hoje a mulher tem um papel ativo na sociedade, a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres aumentou e tudo graças à Revolução de Abril. - Maria: - No meu tempo, o único modelo de família aceite era o casamento entre homem e mulher. A mulher, face ao Código Civil, podia ser rejeitada pelo marido no caso de não ser virgem na altura do casamento. O casamento católico era indissolúvel (os casais não se podiam divorciar). A família era dominada pelo homem, este era o único administrador dos bens comuns do casal. Estava na lei, que “pertence à mulher a vida em

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comum e o governo doméstico”. Havia distinção entre filhos legítimos e ilegítimos (nascidos dentro e fora do casamento): os direitos de uns e outros eram diferentes. Mães solteiras, não tinham qualquer proteção legal. O marido tinha o direito de abrir a correspondência da mulher. O Código Penal permitia ao marido matar a mulher em flagrante adultério. Até 1969, a mulher não podia viajar para o estrangeiro sem uma autorização do marido ou do pai. - Bruna: - Felizmente, isso atualmente já não acontece. O casamento de pessoas do mesmo género também já é possível desde o dia 5 de Junho de 2010, no entanto a adopção só passou a ser possível desde Fevereiro de 2016. - Maria: - As mulheres só podiam votar quando fossem chefes de família e possuíssem um curso médio ou superior. A elevada percentagem de analfabetismo em Portugal, que atingia sobretudo as mulheres. - Bruna: - Ainda bem que já não é assim, desde 1976 que temos consagrado na nossa constituição o direito ao voto. Bem como a poder decidir o destino das nossas vidas. Felizmente, o fim da época ditatorial possibilitou à mulher o direito a liberdade, fazer as suas escolhas e decidir a sua vida. As mudanças com que deparamos eram urgentes e necessárias, o papel da mulher tinha de começar a ser valorizado. Hoje em dia, a mulher já não é descriminada e tratada de forma inferior aos homens, mas tudo porque lutou para chegar ao lugar que ocupa hoje. 3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Bruna Gomes

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O Poder das Palavras Na obra Felizmente Há Luar, de Luís de

Sttau

possuem

Monteiro, um

as

carisma

palavras e

uma

personalidade bem vincada. Algumas são

proferidas

de

forma

mal

intencionada e até mesmo irónica (Vicente, Principal Sousa, D.Miguel (entre outros) Há-os cujas palavras transbordam

de

transparência

evidenciando através das mesmas o que lhes vai na alma (Antigo Soldado, Populares, Matilde entre outros) Poderemos nós visualizar uma similitude entre as palavras e as estações do ano? Peremptoriamente acho que sim! Umas fazem-nos desabrochar na primavera….outras aquecem a nossa alma e o nosso coração…outras fazem-nos tropeçar e cair como as folhas no outono…e outras simplesmente nos fazem esmorecer e refrigerar como as árvores em pleno inverno. Muitas vezes, as palavras antecedem-nos e ultrapassam-nos, e quando damos conta pronunciámo-las sem as termos dito. Na maioria das

vezes

as

palavras

encontram-nos, reencontram-nos, reinventam-nos e eis que temos um novo recomeço através das mesmas.

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Há palavras que nos libertam, há outras que nos aprisionam, outras há que nos iludem e outras simplesmente que nos conquistam…Bonitas no meu entender são palavras simples, sinceras, significativas vindas do interior. Aquilo que pretendo com este simples, mas peculiar trabalho é que discurses sobre a importância que as palavras possuem na tua vida e no teu quotidiano. Já alguma vez cogitaste sobre tudo isto? Medita, interioriza e expõe o que te vai na alma.

Professora Isabel Maciel

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A força das Palavras

Tudo começa por uma palavra seja somente para saudar uma canção para si mesmo. Como na primavera renasce o sol de um inverno sombrio, as palavras são reveladas com entusiasmo. O poder das palavras ou as palavras do poder, é como se dobrássemos o cabo das tormentas sem medo de perder as palavras,

contudo,

lançámo-las.

Sejam

sinceras, falsas, obscuras, toda a humanidade lança palavras, lança e não se cansa à medida que o tempo avança. No verão, as palavras são aquecidas pelo sol que reflete no nosso rosto as palavras mais ditas nesta época são: o sol, praia, férias, sombra, etc. Finaliza o verão, inicia o outono “saudade” é a palavra mais verbalizada para os que partem para longe das suas famílias. As árvores ficam “despidas” o inverno chega, com ele, as pessoas afugentam-se, e aí a palavras mais pronunciada é sem dúvida “casa”.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico João Paulo Novais Faria

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A Fertilidade das minhas Palavras

Interpelei-me inúmeras vezes sobre o porquê de nunca ter tido a graça de gerar uma vida, e como dizia o nosso ilustre Fernando Pessoa ”Primeiro estranha-se, mas depois entranha-se”. Paulatinamente, consciencializei-me que outro fado me estava destinado. Digo consciencializeime porque na verdade, o esforço habita em nós, mas por vezes dissipa-se e esvanece-se. Embrenhei-me na melodia das palavras, e apercebime que as mesmas (palavras) possuem uma vida secreta. Sinto e imagino as palavras como uma gestação, amamos intrinsecamente aquele ser, sem mesmo o termos visualizado. Cada palavra é amada, mesmo antes de ser pronunciada. Depois de idealizarmos a sua forma, de carinhosamente a protegermos, eis chegado o momento de a presentearmos ao mundo. Timidamente, elas entrelaçam-se e harmoniosamente vão deliciando ou não, aqueles que possuem a capacidade e a qualidade de serem bons recetores. No decorrer da minha narrativa pessoal e académica vi deambular e dedilhar palavras de toda a espécie…Há-as que servem para colorir o nosso ego e nos reconfortam, outras há que trespassam a nossa caixinha mágica e deixam cadenciar um som inaudível…Outras há tão invisíveis, tão imperceptíveis que só a nossa alma consegue decifrar. Sempre incuti aos meus alunos que cogitassem sobre a essência e transparência das nossas palavras. Hodiernamente, congratulo-me, pois a semente outrora plantada, desabrochou e floriu. Esta seara imbuída de palavras revela em nós sentimentos nunca antes demonstrados, escondidos no mais recôndito das nossas almas.

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Degrau a degrau, e através dos trabalhos solicitados aos meus alunos, verifiquei que as palavras são muitas vezes um instrumento de terapia. As mesmas, metaforicamente, foram o farol que as orientou e as guiou, a fim de atenuar e adensar as intempéries interiores. Inúmeras vezes a declamação das suas palavras veio acompanhada de um sussurro inaudível e envergonhado, de uma lágrima há já muito retraída, mas apaziguada quando deslizada pelo rosto… As emoções turbilhavam nas suas mentes, e, em determinadas ocasiões, os sentimentos estavam imbuídos pelas sombras que as assolavam. Paulatinamente, as palavras deram lugar a um raio de sol iluminado que penetrava nas nossas mentes. Poderá haver maior regozijo para uma professora que diariamente semeia palavras? Obviamente que não!!! Felizmente, não faltaram mãos para esta seara, e, cada safra colhida era banhada de uma enorme satisfação e gratidão. Nuvens plúmbeas deram origem a um peculiar e harmonioso arco-íris. Um dia ouvi um grande Senhor, o ator Ruy de Carvalho proferir que “Amar é envelhecermos juntos”, e, neste caso concreto finalizo com um simples mas grandioso conselho: Tenham com as palavras um caso de Amor, e amem-nas além do seu significado.

Professora Isabel Maciel

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As Boas Palavras são as Verdadeiras

“As palavras são armas poderosas nas mãos de quem tem o dom de as saber usar”. É através das palavras que expressamos tudo o que sentimos, desde sentimentos, atitudes, pensamentos, estados de espírito, agrado, desagrado, etc. É com as mesmas que aprendemos com os outros e lhes ensinamos algo. No entanto, estas podem acarretar com elas um sentido negativo, transformando, muitas vezes, bons sentimentos em maus. O efeito que as mesmas produzem depende do modo como as pronunciamos, do intuito por detrás do que foi dito e com o que queremos que o outro sinta realmente ao ouvi-las. Há palavras que por muito simples que sejam, fazem do nosso dia, um dia positivo. Há outras que o destroem. Há palavras que nos dão um sono descanso, outras que no-lo tiram. O cuidado com as palavras nunca é pouco, e às vezes, não é o suficiente.

Portanto as boas palavras são as verdadeiras pois, “palavras certas são aquelas que tocam mentes e corações, potenciam respostas e ações positivas, geram atitudes e comportamentos benéficos para nós e para os outros e mudam o mundo para melhor”.

3º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Ana Soares

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Crueldade das Palavras O que são as palavras? São fórmulas mágicas que saem da nossa boca ou são as nossas armas contra o exterior? Dizemos palavras sem pensar. Até podemos não querer dizer aquilo, mas elas escorregam da nossa boca. Elas são poderosas! Têm a capacidade de arrancar um sorriso ou fazer escorrer lágrimas. Mas… se elas são tão poderosas, porque não temos um selecionador que escolha as boas e as más, deixando as más por dizer? Claro que nem sempre podemos dizer coisas boas, pois as más existem e elas são para ser usadas, mas a forma como as pronunciamos, pode atenuar o seu efeito. Temos a estrondosa capacidade de comunicar palavras belas e magníficas. Elas vêm de dentro da nossa alma para o exterior. Elas são belas, expressadas em melodias e em poesias. Outras são proferidas por homens de carne e osso. Por vezes, deixamos os nossos instintos sobrepor ao nosso raciocínio. Dizemos palavras sem pensar. Muitas são maliciosas, outras bondosas e outras valiosas. Temos o dom de as proferir, de ser tratadores delas, de as podermos usar. Proferidas em vão, elas são levadas pelo vento, mas qualquer palavra pode marcar para sempre a nossa vida. Elas são como tatuagens, que nos marcam por dentro, como feridas abertas que custam a cicatrizar. As palavras acompanhar-nos-ão para o resto das nossas vidas e cabe a cada um, sabê-las utilizar.

3º Ano Técnico de Auxiliar de Saúde Fátima Silva

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Palavras ditas A palavra “palavra” tem muito mais significado do que muitas de nós podemos alguma vez imaginar. Basta uma vírgula a menos, para aquela frase leve outro rumo na cabeça de uma pessoa, mesmo que não tenha sido com o intuito de ferir. Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo. Palavras levantam ou derrubam. Acalmam ou revoltam. Acariciam ou ferem. Harmonizam ou destroem. Ora são pontes, ora são muralhas. Às vezes unem, outras vezes separam. As nossas palavras têm força, peso e poder, podem promover paz ou provocar uma guerra. Quem nunca viveu situações de ódio, rancor, paixão ou amor, despertadas por palavras ditas num momento de exaltação? Por vezes, as palavras podem ter consequências inesperadas e às vezes irreparáveis, pois sempre ouvi dizer que as palavras podem doer mais que uma valente chapada, pois a dor da chapada passa, enquanto que a ferida da palavra dita, permanece nas nossas mentes. As palavras podem levar-nos ao céu, mas também nos podem empurrar para o abismo. Uma vez dita, como retirá-la? Há sempre a possibilidade de um pedido de perdão, mas como colar uma peça quebrada sem se notar a emenda? A confiança de uma pessoa é como uma folha de papel, uma vez amassada, nunca mais volta a ser a mesma, sendo a palavra uma das maiores armas de destruição. Palavras exigem reflexo, cautela, serenidade e nunca impulsividade, pois como o tempo, é impossível voltar atrás!

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“Há duas palavras que não se podem usar: uma é sempre, outra é nunca.” “Há três coisas que não voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.”

3º Ano Técnico de Auxiliar de Saúde Bruna Sousa

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A gente reclama tanto “A gente reclama tanto, presta tanta atenção naquilo que nos falta, que as vezes esquecemos de valorizar o que é mais importante. Você trocaria as pessoas que mais ama por todo ouro do mundo? Pare e pense. Agradeça os principais tesouros da sua vida e mais que tudo, valorize-os. “ Taci Goes

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Deixa as pessoas que te amam serem o teu ouro! Vou começar por realçar que não trocaria as pessoas nem nada do que tenho, por todo o ouro do mundo. Porque não é esse ouro que me vai mandar uma mensagem de bom dia, ou dar-me um sorriso para que o meu dia melhore, nem vai ser esse ouro todo que me vai fazer uma pessoa melhor, e especial. A

gente

reclama

por

coisas

supérfluas, por coisas materiais, mas esquecemo-nos que o importante é quem nós temos ao nosso lado. Pensamos mais naquilo que não temos do que temos, mas quando algo nos é retirado, nada volta a ser a mesma coisa. O ser humano é assim, infeliz com o que não tem em vez de se orgulhar por aquilo que conquistou com gestos e com atitudes. Reparem bem, o que são pessoas ricas para vocês? São pessoas que tem muito dinheiro e muita etiqueta, mas se lhe retirarem toda essa riqueza o que ela vai ter? Nada mais, nem nada menos, do que nós. Mas, não vai ser feliz com coisas simples, não vai apreciar uma simples flor do campo, nem um simples piscar de olho de uma pessoa que lhe quer bem. O dinheiro ajuda, mas não é tudo, eu prefiro ter pessoas que gostem de mim. Então se forem aquelas que nem costumam ter grandes conversas, mas, quando falam fazem-me sentir especial. Aquele, que com um toque me faz sentir diferente, aqueles olhos, esses olhos são o meu ouro. O meu ouro são pessoas que confiam em mim e me dão razões para sorrir, o meu ouro é especial porque não se conta, mas sente-se. Não se

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vê, nem azul, laranja, verde, roxo ou amarelo, mas sente-se com um carinho ou com um simples sorriso. Há pessoas que tem muito dinheiro porque lutaram para isso e não é isso que lhes vai retirar a sentimentalidade, mas há exceções. Nem toda a gente sabe gerir isso, e na verdade eu já vi o dinheiro a fazer muitos estragos, mas quando alguém sorri, jamais causará um estrago, mas pode influenciar um sorriso no outro. Ouro, ouro o único ouro que eu tenho veio de pessoas especiais, o ouro que eu sei dar às pessoas é o que eu acho que é o melhor de mim, e para mim, isso que me faz feliz. As pessoas que eu amo, e me fazem sentir viva, são simplesmente únicas. Essas são o meu ouro, ouro esse, imaterial que me faz querer viver cada dia melhor!!!

2º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Célia Oliveira

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AMOR

Um não sei quê, Que nasce não sei onde, Vem não sei como E dói não sei porquê. Luís de Camões

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"Amor não é aquilo que queremos sentir. É sim, aquilo que sentimos sem querer." Joice Colli

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Sentimento inexplicável Sentimento que sente tudo Cupido mudo que não fala Coração ferido atingido Por cada bala disparada

Cupido demoníaco Versão criada no inferno Sem amor, corações frios Atingidos por setas no inverno

O sentimento era belo A vida era bela Chega o cupido demoníaco Colocando cada alma numa cela

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniel Coutinho

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Flores no deserto - Um conto sobre o Amor Alguma vez o amor bateu à sua porta e você não sabia se abria ou não? Talvez você não soubesse se era amor ou outra coisa, já que nem sempre é fácil reconhecê-lo. Como estar seguro sobre isso? Com este conto, mostramos que é possível confundir-se com o amor, mas que existem sinais que lhe podem dar pistas quando você se esforça em plantar e regar algo que não é uma flor. Desfrute da leitura. Camila vivia no deserto e nunca havia visto uma flor. Um dia, abriram uma filial da “Teleflor” no deserto ao lado. Também tinham um serviço de frutas e verduras, mas elas não chamavam a atenção de Camila. Somente as flores a maravilhavam: finalmente ela saberia o que era admirar e cheirar uma! Segundo seus familiares do campo, não havia sensação comparável no mundo. Ela olhou o catálogo de flores da estação minuciosamente e a que lhe chamou a atenção foi uma flor com as pétalas muito finas, violetas avermelhadas, que saíam de uma espécie de crisálida de folhas verdes. “Oh, que flor bonita e que nome tão feio“, pensou Camila ao ler que se tratava de um cardo. Camila sentiu vergonha ao pedir sua flor Quando ligou para fazer seu pedido, ela sentiu vergonha de chamar a flor pelo nome e dizer “quero um cardo”, então ela a descreveu. Em menos de meia hora, o entregador chegou no seu camelo e lhe entregou um saco de papel. Camila não sabia, mas aquilo que o entregador havia trazido não era um cardo, mas sim uma alcachofra. Ela aproximou o nariz e não sentiu nenhum perfume inebriante. Suas pétalas, em vez de delicadas, pareciam duras e frias. Mesmo assim ela quis colocar água, para ela era questão de tempo até as flores violetas nascerem da sua crisálida.

Foi uma semana muito triste para Camila, já que todos os dias ela observava sua “flor” e o que via era que nada, absolutamente nada, mudava. Bem, um dia aconteceu algo trágico: a alcachofra estragou.

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“Como meus familiares e amigos podem dizer que é tão satisfatório ter uma flor quando eu só tive preocupação e tristeza com a minha?“, questionava Camila. A menina enterrou o que restava da alcachofra no deserto com uma breve cerimónia. Com o passar dos dias, ela recuperou e animou-se a experimentar com outra flor. “Talvez uma mais resistente me fará feliz“, pensou antes de folhear o catálogo. Uma nova tentativa após o primeiro fracasso Camila encontrou uma flor de folhas também roxas que, segundo dizia a publicidade, era muito resistente às altas e baixas temperaturas. Chamava-se couve ornamental. No entanto, este também parecia um nome feio, por isso voltou a descrever a planta ao atendente da Teleflor. Em cerca de 20 minutos o entregador entregou outra sacola, perguntando-se por que a menina o fazia percorrer meio deserto por uma simples couve-flor. Na verdade, pela descrição, o telefonista havia entendido que o que Camila queria era uma couve-flor violeta e, como ela nunca havia visto uma flor, pensou que se tratava de uma fase da couve até que seu “musgo roxo” se transformasse em folhas. Outra vez colocou a couve-flor na água para mantê-la com vida, mas em vez de conseguir isso, a couve-flor apodreceu soltando um odor nauseante. “Oh, isso é horrível!”, exclamou Camila no dia em que toda sua tenda foi contaminada pelo odor. A menina enterrou a verdura no deserto, sem cerimónia, e chamou sua irmã mais velha que havia trabalhado num jardim quando era jovem. Como reconhecer uma flor? “Estas não eram flores”, afirmou sua irmã. “Não sei o que eram, mas não eram flores. Uma flor reconhece-se porque é bonita sem qualquer dúvida e cheira bem com total segurança. E ela é sempre assim, menos quando você não cuida dela, claro, aí ela murcha“, prosseguiu. Ela terminou a conversa com uma advertência: “Quando você vir uma flor, irá reconhecer, sem qualquer dúvida”. Os meses passaram-se e Camila dedicou-se a outros assuntos, retomou seus hobbies e amizades antigas. Quando se havia esquecido do assunto floral, alguém bateu à sua porta.

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As flores e o amor sempre chegam… sem avisar Era o entregador. Ele tinha acabado de entregar umas hortaliças na tenda ao lado e lembrou de levar uma lembrança, já que fazia muito tempo que a Camila não fazia um pedido. O homem retirou do alforje do seu camelo uma violeta plantada num pequeno vaso de cerâmica. Camila ficou maravilhada: “Isso, isso… é uma flor!”, exclamou enquanto a observava de perto e inalava seu aroma. “É algo único, comovente, como se ao cheirá-la fôssemos um ao invés de dois“, comentou.

O entregador sorriu e, enquanto voltava para o seu camelo, felicitava-se por não ter escolhido a beterraba que inicialmente havia pensado em levar para a presentear. A mensagem deste conto é cristalina: o amor não tem discussão, é ou não é, não há dúvida. O amor chega sem avisar e nos enche de felicidade. Tudo o que se parece com amor, mas nos faz duvidar, não serve para nós, e certamente é outra coisa. Autor Desconhecido

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Amor… Sentimento imperfeito

Pessoas fazem desse sentimento

Que nunca se sente por inteiro

Um conto de fada

Não é utensílio

Uns pensam que sentem tudo

E é mais valioso que dinheiro

Outros realmente não sentem nada

Nem toda a gente sente

Sobrevoam o horizonte

Nem todos têm essa sorte

Pr’alem da vista humana

Muitos não se apaixonam pela pessoa

Sonham amar nas nuvens

Mas sim pelo seu decote

Afogam-se numa nuvem rasgada

Dizem que o amor vence sempre

Um sentimento iludido

Mas por vezes perdê-lo de repente

Com medo da desilusão

Um encontro temporário

Cérebro hesita na opção

Que causa um dano permanente

Que será escolhida pelo coração

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniel Coutinho

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Dia de S. Valentim Chegou o dia 14 de Fevereiro, o tão esperado dia dos namorados. Para muitos é só mais um dia, para outros é o tal dia. O dia dos namorados são todos os dias, todos os dias devemos mostrar que amamos. E como não podíamos deixar passar este dia sem o celebrar, demos um pouco do nosso coração. Foi na aula de Português, com a ajuda da sempre bemdisposta professora Isabel Maciel que

demos

asas

imaginação. corações

e

à

nossa

Desenhamos recortámo-los

e

oferecêmo-los para que todos se sentissem amados. Um simples gesto, uma pequena atividade, pequena mas grandiosa pela sua mensagem. Um pequeno coração vermelho, para colorir as nossas batas brancas… Um pequeno coração brilhante, a condizer com o brilho do olhar de quem ama. Um pequeno coração, mas com uma intenção enorme: espalhar o amor e mantê-lo vivo por mais fraco que ele pareça. Atreve-te a amar e faz alguém sentir-se especial.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Ana Araújo

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A Culpa é da Distância Distanciado pela distância Que dela me distância Não é por estar longe Que já não sinto o que sentia Apenas tenho saudades De quando a via De quando a apertava E sentia que era minha Tanta chama no amor Que derrete a neve fria Encantado pelo olhar Pela sua pele macia Amava-a quando sorria E me deixava à deriva Já faz tempo Que não a tenho perto Vivemos na mesma casa A atmosfera é o nosso teto Talvez seja o tempo O nosso contratempo Ainda sinto seu perfume Que é trazido pelo vento Conto o tic-tac Tenho contado cada segundo Nunca lhe disse nada Mas acho que ela sabe tudo!!!

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniel Coutinho

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Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida Eu vou te amar A cada despedida Eu vou te amar Desesperadamente Eu sei que vou te amar…

E cada verso meu será Prá te dizer Que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida...

Eu sei que vou chorar A cada ausência tua eu vou chorar Mas cada volta tua há de apagar O que essa tua ausência me causou...

Eu sei que vou sofrer A eterna desventura de viver À espera de viver ao lado teu Por toda a minha vida...

Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida Eu vou te amar A cada despedida Eu vou te amar

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Desesperadamente Eu sei que vou-te amar... E cada verso meu será Prá te dizer Que eu sei que vou te amar Por toda a minha vida...

Eu sei que vou chorar A cada ausência tua eu vou chorar Mas cada volta tua há de apagar O que essa tua ausência me causou...

Eu sei que vou sofrer A eterna desventura de viver À espera de viver ao lado teu Por toda a minha vida…

Vinícius de Moraes

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Quando o Amor se revela O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há-de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P'ra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar...

Fernando Pessoa

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Dizem que o amor não tem preço Não tem um, vou explicar em verso: O único preço do amor É amar a pessoa que te ama Atender a chamada Cada vez que ela te chama Amar a mesma Dama Mesmo tendo fama Amar o seu corpo Venerar a sua alma Lutar para acender a chama Cada vez que ela se apaga Porque o amor é romântico Mas também tem muito drama São duas almas em um conto Mas nem sempre é um conto de fadas Porque por vezes é doce Como chocolate e morango Outras vezes dança um Quando é preciso dois para dançar o tango Não sei se o amor Tem sempre o mesmo valor Sei que imploro o sentimento

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Sem nunca perder tempo O tempo nunca acaba Mas nossas vidas são temporárias Amor verdadeiro há um Apesar que oportunidades há várias O amor é um som É um sabor É um beijo, um abraço É quando queres viver infinitamente para amar Mas reparas que o tempo é escasso É o querer miminho, ter carinho É lindo seguir um caminho Sonhando pelo mesmo objetivo Olhar num olhar E procurar o meu reflexo Há amor no amor E discussões sem nexo Os corações caem sem falar Mas talvez seja preciso cair Para aprender a amar!!!

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniel Coutinho

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Amor indecifrável, indescritível, incomparável Como dizer que te amo, quando um simples amo-te não basta? Como te posso mostrar o que sinto? Na verdade não posso. Quando te vi pela primeira vez, não foi amor á primeira vista, aliás não significaste nada para mim, afinal o amor constrói-se. Amei-te pelo teu jeito humanamente errado de ser, errado mas bom, genuíno, alegre, aquilo que faltava em mim. Amei-te, não pelo teu olhar, mas pela forma como me olhavas, o olhar de um condenável impróprio que olhava pela primeira vez com afeto, com vontade de querer cuidar como quem protege a sua própria vida. Amei-te pelo teu sorriso sincero, aquele sorriso que clamava por outro para o acompanhar. Amei-te pela tua vontade de viver. De alguma forma hoje sou parte de ti. Deparo-me a falar como tu, a rir como tu, a agir como tu. E será que roubei isso de ti? Será por isso que perdes aquela essência que me cativou para sempre? Será que te amo ou amo apenas aquilo que eras e já não és? Por vezes, gostava de voltar àqueles dias e sentir-te novamente, rever-te e dizer-te que não percas aquilo que és perante as circunstâncias da vida. Mas, a verdade é que perdeste. O meu amor por ti permanece, de alguma forma, em algum lugar, com a esperança de que te voltes a encontrar. Sim, tu. Se fui eu a roubar-te a essência então serei eu a devolvê-la, pois o amor é assim mesmo, dar aquilo que temos e receber aquilo que têm para nós. E, a cada dia que passa, tu receberás de volta aquele pedaço teu com que fiquei, mas também parte dos meus. Assim, seremos um só. Vais reparar no meu romantismo e na tua falta dele e vais encher esse depósito vazio. Vais perceber a minha

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fragilidade de menina e a minha dureza de mulher. Finalmente vais querer cuidar como queria o teu olhar. E eu, vou continuar a não saber descrever o meu amor por ti.

3º Ano Técnico de Auxiliar Protésico Marlene Gonçalves

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Até que a morte nos separe “Não quero que sigas a tua vida sem mim, porque eu não sei se seria capaz de seguir a minha sem ti.” Namore alguém que emocionalmente te ame, mas espiritualmente te fortaleça. Namore alguém que deseja ser cuidado e cuidar, ser abraçado e abraçar. Que desperte o teu sorriso e que saiba segurar a tua mão quando algo correr mal. Alguém, que queira viver não apenas contigo, mas também por ti e para ti. Namore alguém, que deseja fazer planos e concretizá-los contigo. Se amar de verdade, é desejar sempre o abraço do outro, se é não conseguir controlar o sorriso ao falar, se é conversar quase todos os dias e ainda assim sentir saudades… Se amar de verdade, é sentir-me mal quando vejo que ele não está bem e eu não posso ajudar, se é querer acima de tudo a sua felicidade, se é sentir angústia só de pensar em perdê-lo. Se amar de verdade, é ir dormir e pensar em possíveis momentos juntos, se é ver no outro a melhor pessoa para mim, se é desejar ter a pessoa mais perto do que o resto do mundo, então, é isto amor de verdade! E por instantes eu distraí-me e o amor chegou. E num piscar de olhos, entre uma palavra e outra o meu coração já era de alguém. E eu não sabia que era para ser assim, ou aliás que ia ser assim. Mas aconteceu. É que o amor sabe sempre a hora de aparecer. E sim, eu prometo ser o teu porto seguro e guardar no fundo do meu coração a nossa união. Prometo amá-lo fielmente, renunciando todas as outras na alegria e na tristeza, na saúda e na doença, e não importa o rumo que as nossas vidas decidirem tomar. Eu protegerei e respeitarei, e confiarei em ti. Partilharei as tuas alegrias e tristezas e confortarei quando for preciso.

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Prometo cuidar dele, apoiar as esperanças e os sonhos, mantê-lo sempre seguro do meu lado. Tudo o que é meu agora vai passar a ser de alguém também. Dou-lhe a minha mão, o meu coração e o meu amor, e a partir deste momento, até que a morte nos separe.

3º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Bruna Ataíde

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Amor! Como é difícil descrever o amor, pensamos que o conhecemos tão bem, mas afinal…não. Ai! o amor, o amor…este que nos deixa com a cabeça na lua, com um friozinho na barriga e sempre com um sorriso estampado na cara e depois…vem a desilusão, afinal não é amor é…paixão! Mas será que o amor é sempre algo tão negativo? Claro que não! Muitas pessoas pensam que o Amor é sempre algo ligado ao nosso mais que tudo, mas não! O amor maior do Mundo é o do seio materno, aquele que nunca nos engana, aquele que nunca nos trai, aquele que nunca mente, aquele que não destrói o nosso coração e que não nos cria ilusão. Contudo, há excepções e tu, Filipe, és uma delas. O teu apoio é inconfundível, contigo nunca me sinto só e juntos formamos um. Já lá vão 7 anos desde o dia em que te vi, pela primeira vez e que o meu coração bateu por ti, foi tão lindo, o que senti por este grande amor. Eram tantas palavras que tinha para dizer, meu amor. Lembras-te, bé? Foi na Serra da Estrela, onde estava tudo tão branquinho, e um raio de sol incidiu sobre ti e eu perguntei, quem és tu? Entretanto fomos para o autocarro e deparei-me que tu vieste o caminho todo atrás de mim, pediste o meu número e eu deito e desde logo começamos a falar. Ainda me lembro, gastei todo o dinheiro do telemóvel do meu pai, e tu num momento inesperado disseste: amo-te, fiquei sem reação e as minhas mãos pegaram no telemóvel e num movimento inconsciente, os meus dedos carregaram nas teclas e disseram: Eu também! E até hoje, meu amor, com alguns obstáculos pelo caminho, nós

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conseguimos ultrapassá-los e hoje estamos mais unidos que nunca, amo-te como nunca amarei ninguém, és a luz dos meus olhos o brilho da minha vida. Concluindo, nunca deixem nada por dizer porque amanhã pode ser tarde de mais.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Anabela Rocha

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Amar é dar as mãos Se amar de verdade é sonhar contigo todos os dias e desejar o teu abraço a todas as horas, se é soltar o sorriso mais sincero quando te vejo, se é sentir saudades mesmo quando estás perto de mim. Se amar é sentir a vontade de ter esse sorriso inteiro para mim. Eu acho que te amo. Acho que de verdade eu amo-te, amo a tua maneira de ser, a tua simplicidade, não consigo ficar indiferente ao teu sorriso, não consigo ver-te sofrer e não te conseguir por bem. Se conseguisses ver no meu olhar tudo aquilo que eu nunca te consigo dizer, eu já teria a certeza que os meus olhos te iam contar que todas as noites eu agradeço por cada palavra, cada gesto, cada sorriso e cada olhar que me deste. Iam-te contar que o amor não é desejo não é uma simples curte, amor é dar as mãos quando estás no chão, é dar as mãos quando vences e consegues a vitória. Eu imagino isso eu e tu…. de mãos dadas, de coração cheio, imagino que eu e tu ninguém poderia derrubar porque não eram apenas duas mãos dadas , mas duas mãos de trabalho para mantermos um amor vivo e verdadeiro. Eu sorrio, apenas vendo-te sorrir, e nada é mais importante para mim do que ser eu a conseguir a tua felicidade. Pena que os olhos não falam, e o sorriso não diga que te amo, pena que o amor é cego e os teus olhos não conseguem perceber que eu gosto de ti. Poderás mesmo fazer a tal pergunta se gosto de ti? Mas a minha resposta vai ser não, porque é o medo de te perder, ao menos continuo perto de ti como amiga, e sei que sou capaz de te fazer sorrir.

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Isso não só é amar, é também jogar pelo seguro, se amar é fazer promessas para te ver bem eu já sei o que isso é. Se amar é derramar lágrimas, e dizer que mesmo assim não vou desistir, e se amar é sonhar alto e desejar-te, eu apenas te amo. Mas dizer isso por palavras apenas é impossível, porque nunca é o momento nem o sítio e a hora certa, porque o medo fala mais alto, e os tremeliques aparecem mesmo antes de abrir a boca. Apenas te peço, repara em tudo o que faço por ti, repara em cada sorriso meu e verás, verás que esse sorriso tem um motivo. Esse motivo apenas tem o teu nome. E agora acabo este texto de mãos dadas com a vida, e digo vida, porque não tenho as tuas mãos entrelaçadas com as minhas. E assim me despeço com um amo-te e com um beijo que vale mais que mil palavras.

2º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Célia Oliveira

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O Amor é uma flor… O amor é uma flor por desabrochar. Começa com o caule e acaba com o despenhar das pétalas no chão, ou não. Muitas vezes, uma simples papoila pode dar a entender que as suas folhas estão cheias de sangue, de um poder de relacionamento mal acabado, pode ser bem acabado, mas muitas vezes não é assim. Começa com o caule, e assim sentimos a primeira paixão da nossa vida, e o amor só complica. Mas, para mim, quanto mais pensamos no assunto, mais nos preocupamos e mais desiludidos ficamos. O objetivo do amor é deixar o coração ondular como uma canoa num rio, com suavidade, com alguma tontidão, mas livremente e extraordinariamente, com apenas um propósito principal, fazer-nos crescer enquanto pessoa…

3º Ano Técnico de Eletrónica Automação e Computadores Vicente Nogueira

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Professora Isabel Maciel

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O Carnaval está @ chegar e sua alegria toda @ Escola Europeia está @ contagiar…

Foi numa manhã de sol que mais uma vez, todos juntos, numa aula de português com a total disposição da professora Isabel Maciel, que realizamos a atividade carnavalesca (máscaras). Propusemos fazer esta animada atividade com o intuito de dar cor e trazer a alegria do carnaval, de forma a que toda a comunidade educativa se deixasse contagiar com esta época festiva.

EcomoéCarnaval, ninguémlevaamal!

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Ana Araújo

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É Carnaval ninguém leva á mal Chegou o Carnaval É tempo de mascarar Fantasias comprar E nas ruas desfilar

Meninas vestidas de fadas Meninos super-Heróis Eles com capas e espadas Elas com perucas aos caracóis

As pessoas vão á janela Para o desfile ver passar Vêem a Cinderela E confettis pelo ar Passa a branca de neve Com os seus sete anões E de seguida Ali babá E os quarenta ladrões

É uma animação Uma felicidade de contagiar Crianças pela mão Todos juntos a festejar!!! 3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Ana Araújo

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Mascarados Máscaras e fantasias Por todo o canto Mortos-vivos e vampiros Princesinhas um encanto.

Dia diabólico Com fantasias fantasmagóricas Adultos com indiferença Crianças cada vez mais eufóricas

No Brasil não vivem sem Festividade nota 100 Sabe bem desfilar Para quem samba bem

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniel Coutinho

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Semana da saúde e do desporto

“Uma alimentação saudável é a base do meu bem-estar; E o meu bem-estar é a base da minha felicidade…”

Com os objetivos de promover uns hábitos alimentares saudáveis, o gosto pelo desporto e aprofundar uma vez mais, nas relações interpessoais e envolver a comunidade educativa num projeto comum. A Escola Europeia de Ensino Profissional “Manuel Rodríguez Suárez” vai celebrar na semana do 13 a 18 de Fevereiro de 2017 a “Semana da Saúde e do Desporto”.

Os objetivos principais desta atividade multidisciplinar são informar a toda a Comunidade Educativa sobre a importância de uma boa alimentação, de ter uns hábitos saudáveis, assim como, sensibilizar os alunos para a importância de adotar estilos de vida saudáveis, quanto aos hábitos alimentares e prática de exercício físico regular.

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As MENINAS. Uma se chama Razão. A outra, Emoção

Há duas meninas que moram dentro de nós. Ousaria dizer que nos fazem companhia do nascimento à morte. Extremamente competitivas, elas disputam palmo a palmo nosso quotidiano. Dependendo da fase da vida, ouvimos ora uma, ora outra. Uma se chama Razão. A outra, Emoção.

O conflito entre a razão e a emoção Elas são como azeite e água, não afeitas a se misturar. Tudo o que fazemos – do pequeno gesto à grande decisão – é influenciado por uma delas. Ou mesmo pelas duas. De maneira poética costumamos abrigá-las em dois lugares do corpo. A emoção no coração. A razão no cérebro. Mas elas, com vontade própria, muitas vezes trocam de lugar. Sentimos uma tontura quando a razão invade o coração e a emoção toma conta do cérebro.

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As tuas enteadas

Poderei começar por dizer que o nosso corpo carrega dentro de nós duas meninas rebeldes, a emoção e a razão, ambas fazem com que

nós

façamos

tomadas

de

decisões

precipitadas ou não, mas ás vezes o coração é tão mole que a gente acaba por se magoar, porque a razão mesmo berrando não conseguiu passar a mensagem. Poderei eu dizer que em mim, vive mais a emoção, talvez seja esse o motivo de já ter sentido o que realmente é a dor ou a desilusão. Já a razão, também vive em mim, mas estará ela adormecida, porque talvez se cansou de insistir em dizer-me e chamar-me à razão?

Confesso que ao ouvir a razão, já

tomei decisões, na qual hoje não me arrependo. Olho para o passado e vejo que fui bruta em algumas situações por pensar e fazer o que estava mais certo. Se pedi desculpa a essas pessoas? não , não pedi. Talvez o coração me tenha dito para o fazer, mas o meu cérebro não obedeceu. Não é salutar ser sempre eu a dar o braço a torcer, a emoção é algo que nos faz desesperar quando esta invade todo o nosso corpo. Ficamos completamente doidos, porque sentimos um turbilhão de sensações, tanto choramos, como nos rimos, como amamos ou odiamos. A emoção é algo que invadiu o meu coração para fazer amigos, amigos esses para a vida, amiga essa que a emoção me pôs no coração, e me fez orgulhar disso. Mas, pensando bem foi com a razão que eu consegui perceber que, talvez do nosso lado, tenhamos imensas pessoas. Eu tenho razão

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ao dizer que tenho gente que me ama, mas a emoção faz com que eu exprima isso pelo choro, sorrisos, amuos e birras. A razão faz-me ser mulher, mas a emoção faz com que eu seja uma mera adolescente que ainda não sabe o que quer e aquilo que sente. Aquela adolescente que chora do nada, que se ri do nada, mas a razão faz-me ver que a vida continua e nada é uma festa. Segue o meu conselho, isto foi dito pela razão, e o texto foi redigido pelo coração com o patrocínio da senhora emoção.

2º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Célia Oliveira

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“Mas não pode ser, e agora, estou sozinha, e rodeada de inimigos, numa terra hostil a tudo o que é grande, numa terra onde só cortam as árvores para que não façam sombra dos arbustos.” Matilde de Melo in Felizmente Há Luar

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Todos precisamos de uma sombra Hoje em dia, também na nossa sociedade atual se cortam as árvores para que não façam sombra aos arbustos, ou seja, “eliminamse” os mais fortes. As pessoas não olham a meios para atingir os fins pretendidos, nem que para isso tenham que “passar por cima” de outras. Os valores foram esquecidos e a verdade é que estamos numa sociedade em que tudo vale. Muitos, aproveitam as árvores no verão, para lhe fazer sombra e encobrir um pouco o calor e, no Outono, quando as folhas começam a cair e a árvore parece ficar sem utilidade, a não ser fazer lixo com as suas folhas, cortam-na pela raiz. Uma vez que o verão já passou e tão cedo não irão precisar da árvore para fazer sombra acabam com ela, mas esquecem-se que as estações do ano são como um ciclo: o verão voltará e com ele o sol e o calor também. E depois terão de aguentar todo o sol, pois eliminaram o que lhes fazia sombra. Todos precisamos de todos, ninguém é melhor que ninguém. Hoje podemos achar que algo é inútil na nossa vida, mas amanhã pode ser a nossa maior ajuda. Agora, as folhas das árvores até podem estar só a fazer lixo no jardim, mas mais tarde poderemos vir a agradecer pela sombra que nos proporcionarão.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Ana Araújo

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Os que vivem na minha sombra

Não tenho inimigos, porém há quem me tenha como inimiga. Há quem me queira cortar as pernas como quem corta uma árvore para não viver na minha sombra, não porque o faço propositadamente, mas sim porque a inveja mata. Não odeio ninguém mas também não gosto de toda a gente e, nem toda a gente gosta de mim, afinal não sou perfeita. Há ainda aqueles que se esticam para ser a árvore maior da floresta, e para quê? Se no fim nenhuma restará... Vivo para ser feliz, e mesmo assim há sempre aquele alguém que se incomoda com a minha felicidade. Mas eu não o odeio, não quero o seu mal como ele quer o meu. Quero apenas que encontre o seu próprio rumo e deixe para trás o meu, que não lhe pertence. Que não viva a minha vida, mas sim a sua. Por vezes, gostaria de respirar um ar puro, aquele ar que sentimos quando saímos da cidade e chegamos à praia, não só porque é agradável ao olfato mas sim porque me sinto leve, livre, sem pressões, sem perseguições e invejas de ninguém. Apenas eu e o mundo, numa paz terna, nem que seja apenas por momentos. Pois a verdade é que isto nunca vai acabar, e só momentos assim para recuperar forças para o amanhã.

3º Ano Técnico de Auxiliar Protésico Marlene Gonçalves

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A sombra da claridade

O sol como é uma fonte de calor é também uma fonte de iluminação. Incide na terra e muitos são os que querem ser iluminados ou aquecidos. Contudo, há sempre um inimigo, uma sombra um contraste diferente daquele que queremos ser. Fazem com que esta sombra não deixe atravessar feixes de luz, para prosseguir mos ou alcançá-los. Uma árvore tem vontade própria de crescer. Para crescer necessita de sol, pelo contrário uma árvore ao não receber luz não vai ter crescimento e irá estagnar, secar ou até mesmo morrer. O mesmo acontece connosco se tivermos vontade, determinação, se gostarmos de aprender melhoramos o nosso nível de inteligência, temos objetivos no futuro. Há quem se deite à sombra da bananeira, e, ao não receber luz solar não está a viver, simplesmente a descansar e não aproveitar a vida ou a chance de viver. O tempo é limitado e o passado já é passado.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico João Paulo Novais Faria

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Os Anjos

"Anjos existem. Andam disfarçados por aí. As asas escondem. Vestem roupas comuns e transitam por entre as pessoas. Não é fácil identificá-los, mas anjo de verdade se aproxima. Então, é só manter a mente e coração abertos. Se alguém te olhar nos olhos e passar uma paz nunca antes experimentada, se ficar por perto de ti mesmo nos piores momentos, se oferecer asilo nos seus braços quando lá fora todos oferecem guerra, saiba que encontraste um anjo. Anjo, é super, é tudo de bom, é amigo incondicional. Não riam e nem duvidem. Eu encontrei o meu. Não ouço harpas e sinos, mas me sinto segura mesmo quando ele me leva a andar nas nuvens". Autor desconhecido

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Os Anjos existem pois Bem, se vos perguntar se acreditam em anjos, alguns dir-me-ão que não. Mas, já eu, acredito que temos dois tipos de anjinhos, os anjos da terra chamados anjos à “paisana” e os anjos do céu. Eu acredito que tenho um anjinho da guarda, aquele anjinho que me proteje a cada anoitecer e aquele que trata de me acordar a cada pôr-do-sol. Depois, eu sei que a cada passo que eu dou na minha vida, tenho uma pessoa, que está sempre lá nos bons e maus momentos. Aquele anjo que me sossega no embalo de um abraço, esse anjo tem uma vida igual à minha, sinto-o e vejo-o. Sabem o que eu tenho na minha ideia, é que os meus anjinhos às vezes, têm de ser substituídos porque eles também ficam velhinhos. Talvez seja o meu ponto de vista, encontrar a razão na qual os meus queridos, amigos familiares partem para o céu. Talvez seja para renovar esses anjinhos. É verdade o que o pequeno excerto diz os anjos não riem, nem duvidam de nós , e é verdade que eu não consigo ouvir harpas e sinos. Humm! o que eu ouço todos os dias é a música do meu despertador! Já viram? Tenho um anjo super moderno. Bem, com este pequeno aparato, pretendo apenas dizer que sim, eu acredito nos anjos, acredito nas estrelas e em tudo o que me faz sentir protegida. Anjinho? sim….tu!! Olha eu sei que me estás a ouvir, só quero dizer-te que te amo e quero agradecer-te por todas as vezes em que me protegeste e que me apoias-te. Adoro-vos, isto é para os meus dois, para vocês meus anjos. Assim me despeço com um beijo e digo que o meu ser a vós está entregue! Obrigada do fundo do meu coração.

2º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Célia Oliveira

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Nem sempre a vida na escola é fácil! Escola, lugar onde sorrimos, onde choramos, onde conhecemos pessoas para a vida, outras não, a nossa segunda casa, lugar de extrema aprendizagem para a nossa vida futura, onde crescemos, tanto fisicamente como intelectualmente. Mas a relação professor/ aluno, será só de formalidade? Não terá qualquer

tipo

de

amizade? Será que os vemos só como robôs que nos ditam a matéria? Já que a escola é a nossa segunda casa, por que também não os vemos como

segundos

pais?

Haverá algum tabu que não nos deixa exprimir aquilo que sentimos por eles? Por que os vemos como inimigos, se são eles que nos tão a formar pessoas com cultura, com sabedoria para o nosso futuro profissional? São perguntas retóricas que me deixam a pensar… porque muitas vezes, os professores pagam pela revolta de cada aluno, e vice-versa. Pagam pelas regras da escola, porque é um facto que quando nos chateamos com o que ouvimos, nós, descarregamos neles, como se fossem eles a ditá-las. Levam com as nossas injúrias, hipocrisias, mentiras e faltas de respeito. Contudo, a relação professor/aluno nem sempre é pejorativa, pois consegue-se encontrar neles o nosso confidente, o nosso melhor aliado, o nosso “psicólogo”, a nossa segunda mãe ou pai, pois eles estão lá para nos

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ajudar e não prejudicar. Tenho a certeza que não é fácil ser professor, pois levar com os nossos maus feitios pela manhã, com as nossas pieguices, com as nossas trapalhices e com as nossas perguntas ignorantes. Em suma, não se chateiem por pequenas coisas, não os vejam como inimigos, mas como pessoas que só querem o nosso bem e que tenhamos um futuro ótimo.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Anabela Rocha

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Os Mestres “Os professores não são anjos nem demónios. São apenas pessoas que trabalham para o crescimento e formação de outras pessoas.” A palavra que demonstra admiração, respeito e carinho pelos meus professores é o agradecimento. Agradecer pela paciência, pela partilha, pelos ensinamentos que muitos me deram para a vida, e pelo acompanhamento. O professor não ensina só matérias, o professor também educa, aconselha, planeia o futuro connosco e principalmente é formador de opiniões. O professor ajuda a pensar faz-nos refletir e a organizar as ideias. E falo por experiencia própria. O que seria de mim sem os professores que, aliados aos meus pais, formaram uma personalidade do bem. Professores, não são esquecidos, são lembrados com carinho e ternura. Quem é que não se lembra dos professores que marcaram as nossas vidas? Daquela aula que a matéria era super interessante, daquela bronca não bem recebida pela imaturidade? Quem não se lembra da maneira que cada um deles, aqueles mais especiais, de uma forma particular e única davam aulas? Lembro-me da rigidez de outros cobrada para o respeito mútuo! Aos ditos professores que intitulei como Mestres, agradeço pela luta diária, pela motivação não monetária para exercer com profissionalismo da melhor forma. Os professores que foram passando pela minha vida, apresentaram-me matérias que muito usarei durante o meu percurso de vida e usarei também outras lições que não estavam incluídas nos livros. Os caminhos que seguirei terão sempre traços dos ensinamentos que recebi nas salas de aula. Talvez me tenha esquecido de alguns rostos e nomes mas levarei no meu subconsciente

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as lições aprendidas. E sim, os professores são uma peça fundamental no nosso puzzle, afinal de contas eles também nos educam. “O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior ensina. O grande professor inspira.”

3º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Bruna Ataíde

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Fazer a diferença “Mais do que avaliar as provas e dar notas, o importante é ensinar com amor mostrando que é sempre possível fazer a diferença”. Mas, o que realmente faz a diferença? Às vezes não é preciso muito para se fazer a diferença. Por vezes, não conhecemos as pessoas e julgamos os outros sem pensar no que poderá estar por detrás deles estarem assim. Por vezes, pensamos que só a nossa vida é má e depois deparamo-nos com pessoas com uma vida pior que a nossa. Há sempre uma história por detrás de cada pessoa. Há uma razão pela qual as pessoas são como são, elas não são assim porque querem. Algo que aconteceu no passado e que às vezes é impossível de resolver. Mas, existem maneiras, não de resolver porque o passado já passou e não se pode mexer para mudar, mas pode-se tentar esquecer um pouco do passado e às vezes não é preciso muito, bastam pequenos gestos de carinho, de solidariedade, basta uma só palavra, um sorriso para mudar a vida das pessoas, e para elas voltarem a ter a alegria de viver que outrora perdida. É nos pequenos gestos, nas mais pequenas coisas é que melhor se identifica o caráter de uma pessoa.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Filipa Duarte

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Dia internacional da Mulher 8 de Março A mulher não é só casa mulher-loiça, mulher-cama ela é também mulher-asa, mulher-força, mulher-chama E é preciso dizer dessa antiga condição a mulher soube trazer a cabeça e o coração Trouxe a fábrica ao seu lar e ordenado à cozinha e impôs a trabalhar a razão que sempre tinha Trabalho não só de parto mas também de construção para um filho crescer farto para um filho crescer são A posse vai-se acabar no tempo da liberdade o que importa é saber estar juntos em pé de igualdade

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Desde que as coisas se tornem naquilo que a gente que é igual dizer meu homem ou dizer minha mulher ARY DOS SANTOS

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Ser Mulher é… Com o passar dos anos As mentalidades tiveram que mudar Antigamente mulheres vistas como instrumentos Coitados homens que não souberam o que é amar

Dividir sorrisos, momentos Dividir amor Juntar as almas Viver juntos a felicidade, dividindo cada dor Sentar juntos encarando o horizonte Pensando num futuro destino Pensando em ter uma casa Ter um filho

O que os dois querem Ninguém estraga Como dois passarinhos voando Ao som de uma guitarra

Uma mulher é muito mais que Uma saia, do que uma camisola decotada Uma mulher digna Feita para ser amada, não usada

Tempos em que mulheres eram vistas como objetos Grandes poetas lhes dedicaram seus poemas Letras atingiam corações como setas Grandes amores separados por barcas à vela

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E agora que temos tudo para amar Acabamos com o amor como o soprar de uma vela…

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Daniel Coutinho

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Mulher Mulher, sinal de grandeza, de força, de garra, de luta, de amor, … são muitos os significados que podemos dar a este grandioso nome e que certamente não chegavam para o definir, pois mulher, mulher é tudo, mulher é a única que pode ser mãe, é a única árvore que consegue dar fruto com vida racional, é ela que sente todas as nossas dores, as nossas preocupações, os nossos devaneios e anseios, é a ela a quem podemos chamar de Mãe! Afinal, o que é ser mãe? Ser mãe, não é apenas ter prazer e depois ter, é sim saber cuidar, saber amar, saber perdoar, saber quando

estamos

mal,

saber

quando

precisamos de carinho e miminho e para mim, a minha mãe é tudo, é a luz que me guia e que me ilumina, é o brilho dos meus olhos, o motivo do meu viver. A ela eu dava a vida e sei que ela dava a vida por mim, amo a minha mãe acima de tudo e de todos, e farei a ela no futuro tudo o que ela fez por mim, nunca a abandonarei, nem desprezarei, estarei com ela até ao último minuto da sua vida. Amo-te mamã, nunca mas nunca te deixarei só! E obrigada, por seres a minha mãe, por seres quem és, e por me transformares na pessoa maravilhosa que sou!!!

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Anabela Rocha

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Elas sorriem quando querem gritar. Elas cantam quando querem chorar. Elas choram quando estão felizes. E riem quando estão nervosas. Elas brigam por aquilo que acreditam. Elas levantam-se para injustiça. Elas não levam "não" como resposta quando acreditam que existe melhor solução. Elas andam sem novos sapatos para suas crianças poder tê-los. Elas vão ao médico com uma amiga assustada. Elas amam incondicionalmente. Elas choram quando suas crianças adoecem e se alegram quando suas crianças ganham prémios. Elas ficam contentes quando ouvem sobre um aniversário ou um novo casamento. Seus corações quebram quando seus amigos morrem. Elas lamentam-se com a perda de um membro da família, contudo são fortes quando elas pensam que não há mais força. Elas sabem que um abraço e um beijo podem curar um coração quebrado. O coração de uma mulher é o que faz o mundo girar! Mulheres fazem mais do que dar a vida. Elas trazem alegria e esperança. Elas dão compaixão e ideais. Elas dão apoio moral para sua família e amigos. Mulheres têm muito a dizer e muito a dar.

Pablo Neruda

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As grandes Mulheres das nossas vidas Como pode ter sido tão inferiorizada a criação perfeita? A mulher. Como pode o homem viver sem ela? O próprio Homem nasce dela! Aquela que tem um papel importantíssimo na sociedade mas mais que isso, na vida! Como viver sem elas? A mulher edifica, é a cabeça de tudo. É protetora, carinhosa, sensível, é amiga, é mãe, é esposa, é a base e o pilar. Mulher, é muito mais que dona de casa! Mulher não só completa a vida, mas dá vida. Um ser tão imperfeitamente perfeito. Conheço várias mulheres, grandes mulheres, mas, a maior delas todas é a minha, a grande mulher da minha vida, minha querida mãe. Como não amar-te? Tu que abdicavas até do teu próprio bem pelo meu. Tu que foste mãe leoa, tu que me deste um amor que nunca sentirei, um amor inexplicável, inigualável, incondicional. Tu que foste mãe, que foste pai, que foste ar e alimento até. Como viver sem ti? Gostava que por um descuido Deus te tornasse eterna, pelo menos na minha vida. Quão grande é o teu exemplo de mulher para mim, quão confortante é o teu abraço, o teu cheiro, o teu toque. Mesmo quando o mundo guerreia contra mim, tu amas-me, independentemente de tudo, tu estás lá. E quando a tua vida desaparecer, desaparecerá metade de mim, contigo. Uma guerreira, sofredora mas vitoriosa, leal, incrível. É isso que tiro de ti como exemplo. Não és uma mulher sem defeitos, tens muitos aliás, mas nada disso te torna imperfeita aos meus olhos. Todos precisam de uma grande mulher na sua vida, homens e mulheres, sejam elas mães, avós, tias, esposas ou até madrastas. Não desprezemos a mulher da nossa vida, que não é eterna. 3º Ano Técnico de Auxiliar Protésico Marlene Gonçalves

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Preconceitos da atualidade Perante o powerpoint lecionado, que eu acho de extrema importância, neste caso para os alunos, mas não só, considero-o também em relação a jovens e adultos. Assim o considero perante a sua visualização e com os factos que foram apresentados ao longo dos diapositivos. O meu ponto de vista serve para refletir arduamente nas pessoas que nos rodeiam regularmente, e, muitas delas são excluídas, humilhadas, agredidas de forma física ou psicológica. E tudo isso derivado à sociedade em que vivemos. Com o passar do tempo parece que cada vez mais vai criando estereótipos e padrões que todos deveremos seguir para que nada aconteça como referi anteriormente.

Então dito isto, friso que a maior parte das pessoas consideradas “diferentes” em meio social acabam sempre por sofrer, ou então utilizam máscaras para esconderem quem são o tempo todo. Para que isso não aconteça, para serem aceites e agradarem a todos os que lhes rodeiam, em vez de serem eles próprios. Se pensarmos bem essas pessoas ao demonstrarem ser uma pessoa que na verdade não são, podem eventualmente não sofrer preconceito da sociedade, mas acabam por sofrer interiormente.

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Como é que uma pessoa é capaz de estar bem consigo mesma se não pode ser ela própria? Quando cito isto, refiro-me

a

diversas

pessoas, não de forma a quer demonstrar que elas são melhores mas sim que ninguém é melhor que ninguém independentemente da sua etnia, cor, orientação sexual, estatuto social, das limitações físicas ou psicológicas, religiosas, cada um é um ser diferente, é o que é. Muitas das coisas que retorqui não têm opção de escolha ou modificação, mesmo que o próprio indivíduo assim o deseje. Vou dar vários exemplos: Estás a ver aquele teu ex colega que era de etnia cigana, ele não tinha amigos a não ser da mesma etnia que ele, ele era julgado e olhado de lado sem nunca ter feito algo de errado. Atualmente ele bate de porta em porta a tentar arranjar emprego mas sem sucesso, cada tentativa que faz é em vão. As pessoas nem o deixam falar e explicar-se, ninguém o quer ouvir, só querem que ele vá embora o mais depressa possível com medo que lhes faça mal, que os assalte. Cada vez mais

ele

vai-se

entristecendo. Pois é…

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Lembras-te daquele teu vizinho que era de cor negra? Todos os dias ele ia para a escola, era gozado por todos, toda a gente fazia piadas racistas a seu respeito, diziam que ele era feio, a sua opinião era sempre a última a ser ouvida

quando

se

lhe

dava

oportunidade de a ouvir. E tudo isto, por ele ser de outra cor. Muitas das pessoas assistiam e não faziam nada. Sabes, ele fartou-se disso tudo, e tentou-se mandar da ponte abaixo. Recordaste-te daquela tua amiga que conheceste, no Algarve no Verão passado? Pois, ela era lésbica, mas fazia-se passar por bissexual o tempo todo, não de modo literal simplesmente para as pessoas que ela era assumida, ela era lésbica, para as outras ela era hétero. Ela tinha que fingir o tempo todo quem era por causa do preconceito da sociedade. Uma vez ela contou a uma rapariga que gostava dela, confiando a sua orientação sexual. Essa rapariga não guardou segredo contou para a melhor amiga, e essa por sua vez, contou a toda a escola. Toda a gente começou a fazer “chacota” dela, risos, olhares, comentários homofóbicos. Ela começou a refugiar-se dentro na sala de aula, a chegar tarde às aulas só para não ter que passar por toda a tortura dos intervalos, a ser mal educada com os seus pais

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devido a toda a pressão psicológica a que era submetida diariamente. Os pais da rapariga não a aceitaram muito

bem,

acharam que era só uma fase, não a deixavam

sair

com

amigas

achando que ela

tivesse

algum interesse

nelas,

as considerando como vítimas a cada rapariga que a rapariga gostasse. Maior parte dos amigos se afastaram dela ao saberem a verdade, os rapazes porque sabiam que não tinham oportunidade com ela, as raparigas com receio que ela “desse em cima delas”. Sabes atualmente essa tua amiga do Algarve pratica automutilação por um amor não correspondido por uma rapariga hétero que namora, não consegue aceitar o facto de por ser rapariga nunca terá nada com ela e por ela namorar. Ela sofre e sente um grande vazio dentro de si, porque nunca amou tanto alguém com ama a ela. Já pensou em suicídio, a vida para ela não faz mais sentido. Ela tapa cada corte que faz para se libertar por momentos a dor que sente tornando-a física com pulseiras, porque iriam fazer muitas perguntas, chama-la de retardada, não iriam entender o motivo ou achariam que fosse pouco para o seu estado emocional estar

naquele

estado.

Diariamente ela finge que está bem e coloca um sorriso na cara, mas ela sofre contudo isso e por ter de fingir ser o tempo todo uma pessoa que não é.

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Lembraste daquele rapaz novinho que tinha por volta dos seus 7 anos com as calças rotas e a camisola suja e te veio no meio da rua abordar para tu lhe dares uma esmola para ele comprar alguma coisa para se alimentar? E tu não deste, não por não teres dinheiro contigo mas porque pensaste que o dinheiro que lhe irias doar seria para outros fins. Na verdade, é que ele tinha mais três irmãs, a sua mãe fazia muito esforço para alimentar todos. Na realidade já há uns bons dias que ele não se alimentava, a comida não chegava e esta situação estava cada vez pior. Ele já estava com anemia e anorexia, estava muito desnutrido. Ele estava a sofrer bastante, estava desesperado, sendo ele uma criança não sabia o que fazer para ajudar a sua mãe, para ela lhe poder dar de comer. Recordas-te daquela tua colega do atletismo que era invisual? Pois ela também sofria preconceito, na turma que ela frequentava ninguém queria saber dela, ninguém ajudava quando ela precisava, já para não falar na colega que a agredia e as pessoas viam e não faziam nada… Ela sofria porque ela queria ver e queria ter uma vida considerada normal pelo resto da sociedade. Apesar disso ela lutava pelos seus sonhos todos os dias que passava, ela tentava e conseguia cada dia que passava ser mais independente.

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Estás a ver aquela rapariga da tua freguesia que ia à missa todos os Domingos? Não que ela quisesse, mas sim, porque os seus pais a obrigavam. Aquilo na verdade era pior que uma tortura para ela, porque ela nunca foi de acreditar muito na bíblia, apesar de acreditar em Deus. Os seus pais eram uma família muito tradicional e qualquer coisa que fosse diferente, ”saí-se fora da linha de Deus” era tudo condenável e consideravam anormal. O que dificultava bastante as coisas para essa rapariga porque ela tem vindo a aperceber-se cada vez mais com o passar do tempo que se sente como um rapaz interiormente. Sente-se como se tivesse nascido no corpo errado e quer fazer a operação para a mudança de sexo. Ela não se sente bem com o seu próprio corpo e sofre muito por dentro, é um segredo dela e só dela, porque se contasse a alguém iria ser julgada, não compreenderiam. Os seus pais nunca a iriam aceitar, iriam achá-la uma aberração porque vai contra a bíblia. E a cada dia que vai passando, ela vai morrendo por dentro, cada vez mais o seu estado de ebulição piora, vai-se tornando numa pessoa mais fria, ninguém entende o porquê, só ela o sabe mas preferia não o saber. Atualmente ela sofre de depressão e precisa de ajuda. Se refletirmos bem quantas pessoas estão a passar ou já passaram pelo mesmo ou por situações idênticas?

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Tudo isto para dizer que não devemos julgar ninguém independentemente de conhecermos ou não uma pessoa, porque todos nós temos “telhados de vidro”, ou seja, não temos moral para falar, devemos deixar a outra pessoa dar-se a conhecer, e dar-lhe a oportunidade para ela se defender se a mesma necessitar. Cada um de nós tem uma história, sofremos por coisas que ninguém sabe, então devemos aceitar como cada um é e ajudar sempre que possível. Nem que seja com palavras, por vezes não temos a noção do quanto as palavras mesmo que sejam poucas fazem a diferença, na vida de uma pessoa e são capazes de evitar muitas tragédias.

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2º Ano Técnico de Electrónica Automação e Computadores Alexandra

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O nosso aniversariante… Querido D. Manuel, Quanto tempo já se passou? Talvez tenhamos perdido a noção do tempo mas nunca o esquecemos. Ainda há pouco estávamos no 10º ano e agora já somos finalistas. Sempre admiramos a dedicação que teve para connosco, incutindo em nós o profissionalismo e a responsabilidade, de modo a ingressarmos no mundo do trabalho de forma mais aprazível. Mais do que um Diretor é um amigo! Apesar da nossa escassa convivência habita em nós um sentimento de gratidão para consigo. Saudade, palavra genuinamente portuguesa que descreve tão bem o que sentimos por si. Sentimos saudades de o ver percorrer os corredores da escola com um sorriso no rosto, das suas palavras reconfortantes questionando-nos se estávamos bem, do seu olhar paternal acariciando-nos com um simples gesto. Senti-lo presente era para nós deveras acolhedor. No entanto, apesar da distância sabemos que se encontra bem e presente nas nossas vidas e nos nossos corações. PARABÉNS! Achava que nos tínhamos esquecido do seu aniversário? Naturalmente que não. Desejamos-lhe um dia repleto de alegria presenteado pelo amor e carinho de todos aqueles que habitam no seu coração. Até Breve e um forte abraço de todos nós. 3º Técnico Auxiliar Protésico 2014/2017.

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Pai há só um, o meu e mais nenhum!!!

Sem pedir licença, o meu pai entrou na minha vida e tocou a minha alma. Ensinou-me a cultivar a flor da transparência, da humildade, da sinceridade para comigo e para com os outros. Na sua história de vida aprendi que o enamoramento pela mesma é contínuo. O meu pai e herói deu cor à minha narrativa e conseguiu pintar quadros apenas com palavras e afetos. Ensinoume também que a oração dos sábios continua a ser o silêncio... Há na verdade uma frase que perdura e perdurará pelo tempo fora: ”Se estiveres triste, pensa em mim”

Professora Isabel Maciel

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A ti pai e a ti Pai Pai biológico tenho apenas um. De coração tenho um distinto, ou talvez dois. Houve dias em que amei chamar-te pai e outros em que me envergonhei. Foste o meu herói e foste o destruidor dos meus sonhos. Foste o meu porto de abrigo e quem mais me tirou a paz. Como é bom ver fotos de que não me lembro, ver-te brincar comigo com consciência do que fazias, com amor. Como é bom lembrar de quando encostava a cabeça no teu peito e me acariciavas com o teu jeito bruto, mas tão paternal. Como é bom lembrar do teu olhar de admiração e orgulho da filha que tinhas trazido a esta vida. Só tenho pena de ter tão poucas coisas para lembrar. Infelizmente, foram maiores os momentos em que me entristeceste. Tão gravados na minha memória, os momentos em que discutias comigo de copo na mão, que negavas que pudesse ser sangue do teu sangue, que me olhavas com desprezo, que perdias o respeito à mulher que fez com que fosse possível a minha existência. Tão aliviante foi ver que ela se impôs a tal situação, não por amor a ela mas por amor a mim, depois de saber que eu a entendia e que não era feliz também. Tão triste ver-te sair daquela porta, sem ter o que fazer, sem ter o que dizer ou para onde ir, mas agora percebo que foi opção tua viver assim. Agora, que nunca mais me procuraste e mal me reconheces... Eu não guardo rancor ou mágoa, guardo pena e sobretudo compaixão, pois ainda assim continuo a amar-te, de alguma forma.

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À minha heroína eu tenho a dizer obrigada. Obrigada por me amares incondicionalmente, por teres sido mãe e por teres sido pai. Por teres preenchido esse vazio no meu coração, por teres sido a melhor mãe e o melhor pai. Mas ainda assim, eu tive um pai, que mesmo não sendo sangue do meu sangue me amou como tal. Meu querido “bô”. Foste um pai para aqueles que não são verdadeiramente teus filhos e foste um pai para esta tua neta.

Não

pelos

bens

materiais que sempre fizeste questão em dar, mas pelo amor e pelos valores que me transmitiste. Foste o pai que nunca tive, fizeste por mim o que nenhum homem faria. Deste-me tudo aquilo que a minha querida mãe, por mais que quisesse, não me podia dar. Contigo eu brinquei, contigo aprendi, contigo ri e chorei. Mas infelizmente, a vida levou-te para outro caminho, um pouco distante do meu. No entanto, apesar desta distância e desta mudança de rumos, nada nem ninguém ocupou o teu lugar no meu coração pois tu foste um presente de Deus, para mim e quão miserável teria sido a minha vida sem ti. Como eu gostava que algum dia pudesses sentir como é o meu amor por ti, o quanto te admiro, o quanto me fazes falta. Obrigada por seres o grande rei do meu castelo. 3º Ano Técnico de Auxiliar Protésico Marlene Gonçalves

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Dia do Pai? Tristeza, desilusão e dor é o que eu senti durante estes 9 anos por ti. Tentas dar as tuas explicações que julgas que são válidas. A tua ausência é acompanhada de desculpas e de justificações, mas para mim, nada do que tu digas importa porque sou eu quem sofre com este vazio. Foi uma grande dor não ter um pai presente para me dar conselhos, para me orientar nas minhas decisões. Ter um pai que me abraçasse e que me mostrasse que me amava de verdade. É uma triste realidade tu teres tudo para seres o meu herói, e teres virado uma deceção. Não é fácil apareceres de um momento para o outro como se nada tivesse acontecido. Não te condeno por nos teres deixado, por teres fugido ou simplesmente por teres procurado a felicidade em algures, por nos teres dado um meio-irmão ou por teres ficado por aí. Condeno a forma como somos distantes, como nunca dissemos o que queríamos, como nunca me perguntaste se eu precisava de alguma coisa, como te diriges a mim pelos outros, como se tivesses medo que algum dia te diga que me abandonaste ou te questione o porquê de não me teres levado contigo. Sei que tens muito para me dizer, que as palavras te arranham quando me falas. Eu não vou deixar de gostar de ti, porque afinal tu és do meu sangue. Eu não sei se consigo superar uma grande mágoa que existe em mim e que é impossível de ignorar. 3º Ano Técnico de Auxiliar Protésico Joana

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Meu Pai Começo por dizer que me ensinaste algo muito importante, ensinaste-me que a saudade faz corroer o coração, mas o amor de um pai pela filha tudo concerta. E por falar em saudade, o que será a saudade? Será que a saudade é sentir aquela ansiedade que chegue as oito da noite para ouvir o telefone tocar? Será que saudade é esperar ansiosamente para ouvir aquela voz grossa do fundo da linha telefónica a perguntar se está tudo bem? Será que a saudade se resume na falta que eu sinto das conversas entre pai e filha? Será que tudo o que eu sinto é saudade ou revolta por ter que deixar o meu ir para outro país quando tinha apenas 11 anos? Já passaram 6 anos, 6 anos que as nossas conversas diárias não passam através de um telefone, há 6 anos que o meu pai vê o meu crescimento aos bocadinhos, há 6 anos que o meu pai luta noutro país para nos manter vivos aqui em Portugal. Há uma pequena diferença entre o antes e o depois, sabem porquê? Porque antes os beijos, os abraços, os carinhos, as conversas eram de tu para tu, cara a cara e agora é através de um telefone, mesmo que ele venha cá de 2 em 2 meses ou de 3 em 3 meses, não chega para dizer tudo aquilo que queremos, porque estamos mais preocupados em aproveitar todos os minutos para fazer planos com ele. Porque, palavras leva-as o vento mas a palavra de um pai para filha e de filha para pai é como a palavra de Deus, é sagrada e ficam sempre bem gravadas no coração para o resto da nossa vida, e os planos em conjunto disso fica gravado o dia fantástico que passamos . Será que a saudade é pensar em todos estes momentos e saber que agora nada é como antes?

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Já não somos mais pequeninos para fingir que estamos a dormir no sofá para o nosso pai nos levar ao colo para a cama, não somos mais pequeninos para ele nos cantar terrivelmente para nos fazer adormecer, não somos mais pequenos para tudo isso voltar a acontecer. Esse tempo passou, mas o meu passou a voar, não serei a única com um pai longe obviamente, mas tenho saudades desse tempo, sinto falta de sentir a chegada dele e ir a correr para a porta para ele me levar para a cozinha em cima dos pés dele. E agora será que isto é saudade, o que será isto que uma miúda já com os seus 17 anos feitos sente com a ausência do seu pai? Ele está e estará sempre presente, mas estará sempre longe quando no fundo o que eu quero é que ele esteja definitivo como quando eu era pequena… Pois é minha gente, saudade é isto mesmo, saudade é sentir a falta do nosso Super Herói!!! Mas mesmo com esta saudade o meu pai é tudo para mim, este homem sim, é um exemplo para mim, sem ele nada disto eu seria. Já sabes papá longe da vista mas perto do coração.

2º Ano Técnico Auxiliar de Saúde Célia Oliveira

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PAPÁ Papá, é com grande orgulho e gratidão que te escrevo, tu sabes que é muito difícil exprimir aquilo que sinto por ti, nesse sentido, quero dizer por este meio, que te Amo! Quero dizer que és o Homem mais importante da minha vida, e que sem ti nada faria sentido. Pois quem é que me acordava todas as manhãs a dizer: -Filha, acorda, vamos fazer o pequeno-almoço para a mamã. Quem é que me dizia: -Filhinha, és a luz dos meus olhos, és a minha filhinha

querida,

…Ninguém!

Porque só tu és capaz de dizê-lo… Adoro as tuas brincadeiras, adoro a tua maneira de ser, adoro o teu sorriso, só com dois dentinhos à frente, és o meu coelhinho preferido, adoro quando te chateias com a mamã e dizes-lhe que vais pôr as sacas do FeiraNova à porta, e ela pergunta: -Vais? E tu dizes: -Claro que não, porque te amo muito minha “Bolinha”! Obrigada Meu Homem, por me fazeres feliz e agradecida por ter um pai como tu, obrigada por fazeres da mamã a mulher mais feliz do mundo e por a amares como só tu sabes amar, obrigada por nunca me teres abandonado, obrigado pelos conselhos, obrigada pelos sermões, que me fizeram tornar a pessoa que sou hoje, obrigada, meu pai, por seres quem és! Tal como a mamã, eu nunca te abandonarei, nem desprezarei, estarei sempre a teu lado seja na saúde ou na doença até que a morte nos separe.

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Quero dizer-te que estou cheia de saudades e que espero que voltes para junto de mim e da mamã o mais rapidamente possível. Com isto, assim me despeço dizendo-te que és o meu orgulho e um grande e sentido Obrigado. Um grande beijinho desta tua filha que te ama com todas as suas forças.

3º Ano Técnico Auxiliar Protésico Anabela Rocha

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Primavera, não é uma simples estação de flores, é muito mais, é um colorido da alma!

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Provérbio Árabe

Não digas tudo o que sabes Não faças tudo o que podes Não acredites em tudo que ouves Não gastes tudo o que tens Porque:

Quem diz tudo o que sabe Quem faz tudo o que pode Quem acredita em tudo o que ouve Quem gasta tudo o que tem

Muitas vezes, Diz o que não convém Faz o que não deve Julga o que não vê Gasta o que não pode.

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Depois da tempestade veio a bonança… O 2º período, foi um período cheio de emoções, com sorrisos e lágrima, fazendo-nos mostrar o lado mais sentimental de cada um, que marcam a nossa passagem por esta escola. Neste tivemos uma fase onde a escrita foi excessiva,

mas

ajudou-nos

a

superar

as

dificuldades que tínhamos em exprimir o que sentimos e conhecer melhor uns aos outros. Tivemos alguns desacatos e alguns momentos maus, mas tivemos de os superar e conseguimos. Todos os momentos que passamos aqui, sejam bons ou maus, irão ficar marcados para sempre nos nossos corações. Tem sido um ano de mudança, visto que estávamos habituados a outro método de ensino, contudo conseguimo-nos adaptar e ultrapassar as barreiras que nos surgiram. Neste período o cansaço fez-se notar, refletindo as notas dos testes e trabalhos pobres. Começam a ser cansativos estes 3 anos, mas estamos a conseguir ultrapassa-los com sucesso. Só temos de agradecer à professora Isabel Maciel por nos ter ensinado tanto. Já na reta final do 2º Período deparamo-nos que este foi mais trabalhoso, mas em contrapartida

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mais dinâmico. De um modo geral analisamos que o facto de termos uma professora

nova,

com

diferentes

métodos de ensino, nos fez ficar reticentes. Porém neste 2º período, estávamos mais que alimentados para partilhar momentos de riso e lágrimas para com a Dª Isabel Maciel. Mesmo já adaptados, os testes continuam a ser a grande barreira de muitos, isto para não falar que as faltas e as notas são um pouco do reflexo do cansaço que sentimos. Mas no meio de tantos obstáculos nem tudo é mau, temos uma professora que tem a capacidade de nos fazer exprimir os nossos sentimentos. Por vezes fazemo-nos perecer fortes e não ter nada que nos afete mas no fundo há sempre algo que mexe connosco e não nos deixa andar para a frente, algo que nos fica entalado e não conseguimos deitar cá para fora. Com ela, Dª Isabel Maciel, conseguimos exprimir todas as nossas magoas e mostrar o que há de melhor em nos. Nem tudo são vitórias mas tão pouco são derrotas e este período é exemplo disso. A esta professora só temos que agradecer por nos acompanhar nesta longa caminhada que é este 3º ano. Escola, sinónimo de puro conhecimento, de alegrias, de tristezas, de choros, de risos, de longas amizades e de amizades que acabam, sinónimo de descoberta, de paixões, de ilusões e lamentações. Neste segundo período, não foi nada mais, nada menos de que a representação de todos estes sinónimos …, pois obtivemos bons resultados, como sempre! Mas claro que nem tudo foi fácil, devido ao facto de ter que nos adaptar a novos professores, a novas técnicas de ensino, a novas regras e a novos desafios que se enfrenta neste último ano.

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Ao longo deste segundo período alguns colegas e professores optaram por mudar o seu rumo de vida, o que realmente deixa o puzzle inacabado, pois todos nós somos uma peça desse puzzle, que é a família… e basta faltar um, que se nota logo a diferença… por mais que não gostemos… por mais que odiemos …essa peça fará nos sempre falta, seja com o seu mau feitio, seja com as suas piadas insólitas, seja por coisas mínimas, esse puzzle nunca mais ficará completo… Este segundo período, também está a ser muito complicado, devido ao facto, de se começar a sentir que estamos cada vez mais próximos do fim do nosso secundário e aproxima-se uma nova etapa da nossa vida, que é, a entrada no mundo do trabalho, o que nos cria alguma ansiedade, algum receio, algum medo e alguma incerteza do que poderá surgir … Por isso, aproveitemos cada minuto,

cada

segundo,

último

período,

para

deste não

chegarmos ao fim e dizer: Podia ter sido melhor!

Técnico Auxiliar Protésico 3º Ano

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A Quaresma A Quaresma é o tempo de preparação, destinado à preparação para a Páscoa. É um período que leva os cristãos a ir ao fundo na sua condição como filhos de Deus, pois este nos salvou. Durante este tempo os cristãos recolhem em oração, para lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto e o que sofreu na cruz. A reflexão espiritual, leva-nos a cogitar sobre o nosso dia-a-dia e perceber aquilo que erramos e aquilo que podíamos ter feito diferente e melhor. É nesta altura tão deslumbrante

que

contemplamos

as

maravilhas de Deus, as árvores, as flores, o canto dos pássaros, o que nos leva a um bem-estar espiritual. Antigamente, a penitência para a Páscoa era o não comer carne, pois antes apenas se comia o que cultivavam, como batatas, azeitonas, entre outros. Comia-se carne esporadicamente, a carne era um grande luxo. Atualmente, esta penitência não passa tanto por não comer carne mas, sim por exemplo privarmo-nos das guloseimas, que só servem para satisfazer a gula. Os que abusam do álcool também podem libertar-se do vício ou do consumo exagerado e até mesmo o cigarro. Para acertar o peso e entrar no ritmo de uma dieta saudável para a alma; – o que não é o fim nem a razão dessas práticas espirituais, mas sim uma consequência, um resultado de se viver bem a vida cristã. Quaresma é tempo de partilhar a fé com os que se acham perdidos em dúvidas que martirizam e confundem. Quaresma é tempo de rezar com amor e fé pela paz neste mundo conturbado.

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3º Ano Técnico de Eletrónica Automação e Computadores Vicente Nogueira

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Uma Santa e doce Páscoa para todos aqueles que habitam no nosso coração.

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