Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Diretor: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Rosa Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria Email: o.pregao@esmsarmento.pt nº 16
Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães
Março 2017
Reportagem Fotográfica
“Pôr em comum, dividir, repartir” são alguns dos significados que o dicionário etimológico aponta para o vocábulo comunicar. Por vezes, a evolução dos conceitos e da técnica é de tal modo veloz que nos esquecemos de refletir na sua origem ou no que a motivou. Mas a verdade é que o ser humano sempre sentiu necessidade de pôr em comum, isto é, de partilhar. Assim, acompanhamos, quase em tempo real, relatos de tiroteios, de explosões; assistimos, através dos diferentes meios de comunicação social, a manifestações xenófobas, inclusive por parte de quem governa; tememos a insegurança provocada pela globalização; lutamos incessantemente por monopólios em diferentes negócios. Ao mesmo tempo, a ciência e a técnica evoluem a um ritmo alucinante, nomeadamente ao nível das tecnologias da informação. O homem procura novas formas de comunicar (i.e., de partilhar, de pôr em comum…). Não é, pois, sem contradições, como acima se mostra, que a sociedade e a técnica, ou a civilização, evoluem. Por isso, o papel da Escola é cada vez mais premente; não tanto ao nível da transmissão de saber, facilmente suplantada pelas tecnologias, mas essencialmente pela orientação do saber. Porque a troca de dados não cria, por si só, informação, à Escola compete, cada vez mais, fazer refletir as aprendizagens; questionar os acontecimentos; interrogar as certezas; duvidar dos paradigmas, como muito bem têm ensinado a filosofia e a literatura. Como alguém disse, um dia, “A literatura não tem deveres de coerência ideológica, não tem mensagens a propor Continua na última página
MAÇAZINHAS
Foto:Gabinete de Comunicação e imagen da ESMS
Editorial
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Notícias: Ensino Superior – Que Escolha?
Notícias: Conferência Educarte - através da Arte de Pensar Em destaque: Welcome
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Entrevista: Paulo Gonçalves e Gabriela Cunha, Autores do livro Manual para (um Pequeno) Nicolino
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Reflexão: "Da vida de um estudante 10 (também professor)": Prof. Doutor João Ferreira
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Universo esms: Sketch book - artes visuais
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Entrevista
• Entrevista
Paulo Gonçalves O Pregão decidiu entrevistar o Paulo Gonçalves, coautor, em conjunto com a Gabriela Cunha, do livro recentemente editado, “Manual para (um Pequeno) Nicolino” Como surgiu a ideia deste projeto? A ideia surgiu em 2013, mais concretamente a 29 de Novembro, estava eu a dirigir o projecto da Vaca Negra, em Urgezes. Por essa altura, decorria a exposição "Urgezes e as Nicolinas", idealizada com base na histórica ligação da freguesia de Urgezes às Festas Nicolinas. Depois, a ideia foi amadurecendo. Porquê a parceria com a Gabriela Cunha? A Gabriela encarna o espírito progressista da obra: na visão, nos conteúdos, nos propósitos.Ela idealizou grande parte dos conteúdos, e ainda pensou outros comigo. Emprestou o seu espírito (eminentemente) criativo e inquieto à feitura deste trabalho. Se o livro é o que é, muito se deve a ela. A ideia original foi cumprida, sim, mas muito modificada, muito por mérito da Gabriela. A título de curiosidade, a Gabriela é bisneta de um dos homenageados na obra (António Faria Martins).
É curioso que ainda ninguém se tivesse lembrado do público infantil, com uma presença tão significativa nestas Festas... É, temos essa característica. Fazer por fazer não nos corre no sangue. Viemos para acrescentar; para diferenciar; para almejar. Se assim não fosse, permaneceríamos quietinhos no nosso canto. Queremos ajudar a que as Nicolinas se tornem nas Festas de todos os estudantes de Guimarães, e não apenas dos do Secundário, como erradamente se pressupõe; poder ajudar a acabar com uma série de mitos que não dignificam as Festas; poder ajudar a que alguns dos agentes envolvidos tomem, finalmente, consciência do que (não) andam a fazer. Muito resumidamente: informar, educar, instruir, desmistificar: sugerir. Foi fácil falar para este público - alvo? É sempre fácil, logo que nos queiram escutar. Sobretudo, esperamos que a levem a sério. Esta obra não permite condescendências. Nem os seus autores. Da mesma forma que respeitaremos quem nos chamar, desejaremos o respeito de quem nos chamou. E isso já não depende do público-alvo.
Queremos ajudar a que as Nicolinas se tornem nas Festas de todos os estudantes de Guimarães, e não apenas dos do Secundário, como erradamente se pressupõe; poder ajudar a acabar com uma série de mitos que não dignificam as Festas; poder ajudar a que alguns dos agentes envolvidos tomem, finalmente, consciência do que (não) andam a fazer. Muito resumidamente: informar, educar, instruir, desmistificar: sugerir.
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Entrevista
Há algum número das festas que assuma destaque especial no vosso Manual? São todos tratados com a importância que lhes reconhecemos, mas, talvez, por sermos involuntariamente tendenciosos, o número do Pregão. Como tem sido a adesão ao projeto? Tem sido positiva, embora enfrentemos uma certa resistência. O mercado livreiro é muito complicado.
Têm recebidos apoios de algum género para a consecução, elaboração, publicação e divulgação do vosso projeto? Recebemos apoio a título particular do Senhor Mário De Sousa (neto da Sra Aninhas, a Madrinha dos Estudantes); da AAELG (Velhos Nicolinos) ao nível logístico e da Câmara Municipal de Guimarães, que apoiou a edição na doação de livros às escolas. De resto, como é uma edição de autor(es), está tudo ao nosso cargo.
Há perspetivas de divulgação além-fronteiras? Para lá das fronteiras de Guimarães? Talvez... Este projecto é menos poético que os anteriores? Não. É o mais poético. As Nicolinas são a Poesia (e a Alma) de Guimarães. Mais: com a Gabriela, tudo é (mais) poético. Obrigado e felicidades para o vosso pequeno grande livro.
(Nota: o entrevistado escreve segundo a antiga ortografia).
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Welcome Os alunos de 10ºano, recém-chegados à escola deixam testemunho do que os trouxe até ela
Escolhi a Martins Sarmento por ser reconhecida como uma das melhores escolas de Guimarães. Para além do ensino e das instalações, a opinião da minha irmã, que frequenta o 12º ano de escolaridade na mesma escola, foi também um fator decisivo na minha escolha, uma vez que me deu uma visão do bom ambiente vivenciado na mesma pelos vários elementos da comunidade educativa. Na realidade, as minhas expetativas em relação a esta instituição não se poderiam ter confirmado mais. Neste momento, posso dizer que me sinto totalmente integrada e que para isso contribuíram, não só os meus colegas como também, e de forma decisiva, os professores e os funcionários. Algo que me surpreendeu imenso pela positiva foi o facto de os elementos da direção da escola terem uma grande proximidade com os alunos, principalmente o diretor, visível, por exemplo, no facto de quase, diariamente, dar as boas vindas aos alunos quando estes chegam à escola. Maria Beatriz Guimarães, 10º CT1 Conheci a Escola Secundária Martins Sarmento através de amigos que já a frequentavam e escolhi-a porque várias pessoas, amigos e familiares, me aconselharam a fazer esta opção e, na verdade, não me arrependo da escolha que fiz. Nela tudo tem correspondido às minhas expectativas. Ana Sofia, 10 CT1 A nossa vida é feita de escolhas e decisões. Muitas vezes, não temos vontade de as fazer, mas, no nosso
percurso escolar, somos obrigados a optar por um único caminho. Na reta final do nono ano, e uma vez que a escola onde andava não tinha ensino secundário, tive de escolher de entre as escolas com o referido nível de ensino, qual a que melhor se adequaria ao meu percurso escolar. Mesmo tendo recebido diferentes opiniões de diferentes pessoas, sempre tive a ideia de frequentar a Martins Sarmento. Esta realizou um “dia aberto” à comunidade, no qual participei. Aí esclareceram-me todas as dúvidas sobre o seu funcionamento e acabei por tomar a minha decisão. Agora que ando no Liceu de Guimarães, adoro! É uma escola acolhedora, com excelentes profissionais, um ótimo espaço e uma excelente direção, sempre pronta a ajudar e a receber propostas de melhoria de quem as queira dar. Ana Rita Lopes Ribeiro, 10º CT1 Conheci a Escola Martins Sarmento através de alguns familiares e amigos. Todos eles frequentam ou frequentaram a escola e todos eles têm uma opinião positiva acerca dela . Para além disso , o ano passado (quando frequentava o 9ºano ), os alunos da minha escola (João de Meira) foram convidados a fazer uma visita guiada para conhecer a Martins Sarmento. Eu participei nessa visita e as minhas primeiras impressões sobre a escola foram boas também. Assim, devido à influência dos meus amigos e familiares e também graças à visita que realizei à
escola, escolhi a Martins Sarmento para frequentar o ensino secundário e ainda bem que o fiz, porque a escola está a corresponder às minhas expectativas . As instalações são novas, com qualidade; existe um bom ambiente de trabalho entre todos e, principalmente, tanto professores, como alunos e funcionários são pessoas simpáticas e acolhedoras. Resumidamente, estou a gostar de frequentar esta escola e recomendo-a a qualquer pessoa, tal como fizeram comigo. Alice Tomé, 10ºCT6 Ouvi falar da Escola Martins Sarmento quando a minha antiga escola nos informou de que o Liceu iria proporcionar aos alunos interessados uma visita à escola. Eu fiquei curiosa e decidi fazer a tal visita com as minhas amigas. Aí, tivemos um professor que nos mostrou a escola e esclareceu sobre tudo quanto ela podia fornecer aos alunos. A vista ajudou-me bastante na minha decisão e, depois de pensar, percebi que o liceu era a escola que queria frequentar. Agora, sei que a minha escolha foi a melhor. Gosto muito desta escola, que, na minha opinião, possui instalações excelentes, bons funcionários e professores que, além disso, são bons profissionais simpáticos. Eliana Macedo, 10º CT6 Antes da minha entrada na escola Secundária Martins Sarmento, eu já a conhecia: as minhas amigas falavam dela e todas nós já tínhamos combinado que seria para
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essa escola que iríamos, independentemente do curso que cada uma escolhesse. No dia da “escola aberta”, em maio, eu e as minhas amigas visitámos a escola e ficámos fascinadas, pois esta tinha e tem ótimas condições, tanto no respeitante aos espaços físicos como às pessoas que lá trabalham, que são sempre muito simpáticas. Esta escola secundária é ótima; possui excelentes condições para que nós, os alunos, alcancemos os nossos objetivos. Não podia estar mais feliz com a minha escolha, a ESMS. Juliana Gomes, 10º CT6 Talvez seja difícil indicar o motivo pelo qual nos sentimos bastante apreensivos perante a realidade da grande mudança para o 10º ano. Para mim, esta transição foi assustadora: escola nova, amigos novos, professores novos, funcionários novos, tudo mudado e um grau de exigência muito superior! Eu tinha realmente a ideia de que tudo isto seria inalcançável. Mas, com estas pessoas que se sentem muito gratas por ensinar, que conseguem dar uma outra atenção aos alunos, isso conforta-nos um bocado. É indiscutível que todo o aluno sinta este receio: “não vou conseguir!”. Mas estas pessoas, professores, amigos e familiares conseguem dar o apoio de que nós necessitamos. E esta escola não tem só o básico, ensinar; também nos dá educação, para que consigamos ser bons cidadãos, o que é muito importante. Tinha uma outra visão sobre o secundário, mas com a afetividade encontrada nesta escola, tudo muda! Catarina Almeida, 10º CT6 A Martins Sarmento oferece condições que muitas escolas não têm. Tem muitas salas à nossa disposição, com características específicas para os diferentes cursos existentes. É uma escola grande e tem capacidade para acolher muitos alunos e que
tem à nossa disposição muitos apoios e atividades diversificadas; tem muito espaço ao ar livre e também serviços muito úteis como a secretaria, a papelaria, o bar, a cantina ou a biblioteca. Acho que não podia ter escolhido uma escola melhor, porque as pessoas que nela trabalham também são excelentes e ajudam-nos em tudo o que podem. Sofia Abreu, 10º CT6 No final do terceiro ciclo, tinha muitas opções relativamente à escola que podia frequentar e escolhi a escola Secundária Martins Sarmento. Já tinha tido conhecimento desta escola através de familiares e, por isso, tinha também boas referências. A escola secundária Martins Sarmento oferece muito boas condições aos alunos e percebi isso logo no dia da visita às instalações no “Dia Aberto”. Todos os docentes foram simpáticos e acolhedores e, agora que a frequento, posso dizer o mesmo relativamente aos assistentes, que ajudam os novos alunos em tudo o que precisam, e com os professores, que são excelentes. Sem dúvida que correspondeu às minhas expectativas! Acho que não poderia ter escolhido melhor, esta escola tem excelentes condições, funcionários e professores, permitindo aos alunos ter uma ótima aprendizagem e sucesso no seu percurso escolar. Beatriz Frutuoso, 10º CT6 Sei da existência do “Liceu” desde que me lembro. Durante os cinco anos que passei na João de Meira falava-se muito sobre o Liceu; todos os anos iam lá alunos que frequentavam o “Liceu” no curso de artes para mostrarem uma pequena parte dos seus trabalhos. Mas principalmente no nono ano é que eu descobri mais sobre esta escola. Como já estava na altura de escolhermos o curso que queríamos seguir, tínhamos também que decidir para que escola gostávamos de ir e assim tive a oportunidade
de ouvir, com o resto da minha turma, opiniões de alunos que tinham andado na João de Meira e optaram pela Martins Sarmento e conhecer as razões pelas quais escolheram esta última secundária, a razão da escolha do curso e, ainda, sobre a mudança do nono ano para o décimo. Essa foi uma "experiência" que me ajudou bastante. Para além disso, ainda tive a oportunidade de visitar Escola no "Dia aberto", assim como de visitar outra secundária, embora em dia de aulas. Na altura - vou ser muito sincera -, foi-me muito difícil compará-las e decidir. Contudo, o Liceu era uma escola sobre a qual eu ouvia falar diariamente no nono ano. Assim, escolhi-o, pois achei que era a melhor escolha para mim. Eu só tomei a decisão no último dia de matrícula; foi difícil decidir-me, mas não me arrependo nada. Agora que frequento o Liceu posso dizer que gosto muito de lá andar; é diferente daquilo que eu pensava, contudo é melhor. Lá, preocupam-se com todos os alunos, apesar de eles serem cerca de 1600. Lá, cada um importa; lá, dão valor à educação e aos valores. Sinto que no Liceu há justiça, pelo facto de não deixarem que os alunos façam ou digam o que querem sem antes pensarem nas consequências, sem pensarem nos outros. Os professores, pelo menos os que me ensinam, são atenciosos e preocupam-se connosco; querem que tenhamos a melhor carreira possível no futuro; que, quando formos todos os dias trabalhar vamos felizes por gostarmos do nosso trabalho; que escolhamos o que quisermos seguir na universidade sem termos limitações; que as nossas notam não nos impeçam de sermos o que quisermos. Os professores simplesmente querem que nós sejamos felizes com as nossas escolhas e com o nosso futuro e isso é muito importante. Eles são, na minha opinião, a base de qualquer escola, são quem nos motiva, são eles que conseguem interessar vinte e
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10º CTC6 e 10º CT1 nove alunos de uma vez só. Um professor tem o poder de mudar muitos estudantes. Eu gosto do ambiente do Liceu; sinto-me segura, confortável e cada vez mais me parece uma segunda casa. Sinto que vou ter uma boa jornada nesta escola, com muitas memórias para depois contar a amigos ou filhos. Espero que o Liceu continue a evoluir. Uma escola não é só os alunos. Temos que agradecer a todos os que ajudaram a construir esta "casa", a todos que lá trabalham e que contribuem para o seu especial bom ambiente. Catarina Albuquerque, 10º CT6 Como todos sabem, a Escola Secundária Martins Sarmento é uma escola muito falada e conhecida, sobretudo, favoravelmente. Eu sempre gostei do que ouvia a respeito desta escola e sempre quis frequentá-la. Duas primas deram-me a garantia de que esta seria a escola perfeita e até agora tem correspondido às minhas expectativas. Tenho tido um bom ano letivo. Eu gosto muito de frequentar o Liceu, pois ele é, sem dúvida, uma escola espetacular, com um bom ambiente, bons professores, bons funcionários, um ótimo espaço livre e verde, um ótimo campo de jogos, uma ótima biblioteca... Não é por acaso que ela foi considerada a melhor escola de Guimarães. Lara Fernandes, 10º CT6 Por influência de amigos, familiares e também professores que visitaram a escola que frequentava levaram-me a escolher a Escola Secundária Martins Sarmento para concluir mais uma etapa da minha vida escolar. Esta escola, sem dúvida, que me surpreendeu pela positiva, provavelmente porque estava habituada a uma escola básica onde tudo é completamente diferente. Espero continuar a surpreender-me, pela positiva, e obter as notas que espero ao longo do ano.
Márcia Costa, 10º CT6 No final do 9°ano, tive que tomar uma importante decisão para o meu futuro: o curso que queria seguir e a escola onde o realizar. Recebi informação sobre a Escola Secundária Martins Sarmento através de amigos que a frequentam e quando estava mais próxima do momento de decisão recebi mais informação na minha antiga escola através de duas professoras que nos falaram das condições e cursos da escola. Depois, visitei a escola no "sábado aberto" e tomei a decisão de me matricular. A Escola Secundária Martins Sarmento tem correspondido às minhas expectativas, tem boas condições e bons professores. Estou a gostar de a frequentar e acho que tomei a decisão certa. Cláudia Azevedo 10° CT6 A escolha da escola que vamos frequentar é sempre complicado
pois é um local onde vamos passar muito do nosso tempo. Durante o 9º ano vieram a minha escola professores da Escola Secundaria Martins Sarmento apresentar os cursos e a escola, agora que cá estou gosto das condições que esta escola nos proporciona a todos os niveis cada vez mais tenho a certeza que fiz a escolha certa. Henrique Mendes Félix, 10º CT6 A escolha da escola que vamos frequentar é sempre complicado pois é um local onde vamos passar muito do nosso tempo. Durante o 9º ano vieram a minha escola professores da Escola Secundaria Martins Sarmento apresentar os cursos e a escola, agora que cá estou gosto das condições que esta escola nos proporciona a todos os niveis cada vez mais tenho a certeza que fiz a escolha certa. Mariana Pacheco, 10º CT6
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Há mérito na Escola! Direção ESMS
Foi grande o orgulho da Escola, quando no outubro passado descobriu que o Prémio de Mérito não poderia, como era habitual, por limitações de espaço, ser realizado no Auditório da Escola. Na presença da associação de pais, da associação de estudantes, da autarquia, pais e familiares foram entregues cento e vinte e nove prémios de mérito, com um misto de alegria, de sentido de conquista e uma réstia de saudade. Acreditamos que o êxito alcançado foi fruto de um trabalho árduo, sistemático, quer dos nossos alunos, quer dos seus professores, quer ainda do envolvimento das suas famílias. Ficamos, assim, perante este sucesso visível na quantidade de alunos presentes nesta entrega de prémios de mérito, com um verdadeiro e gratificante sentimento de dever cumprido. A todos eles desejamos que continuem, pela vida fora, a replicar este exemplo, lembrando-se sempre de que “Deus ao mar o perigo e o abismo deu/Mas nele é que espelhou o céu!”, como diz o nosso Poeta maior. Bem hajam!
É bom olhar para trás e poder dizer que tenho o maior orgulho no meu percurso pelo Liceu. Sinto que fiz tudo aquilo que tinha de fazer, mas principalmente sei que fiz o meu melhor pelo sucesso da nossa escola. Sim, a nossa escola. Considero o Liceu a minha grande escola. Foi aqui que me tornei uma mulher corajosa, ambiciosa, capaz e sonhadora. Foi aqui que descobri o meu gosto pela música, pela política e pela comunicação. Esta escola permitiu-me conhecer um mundo novo, um mundo que eu desconhecia. Abriu-me as portas que hoje fazem de mim uma rapariga feliz. Por um lado, responsabilizo esta escola pela importância que me levou a dar à música, que é hoje um dos rumos da minha vida. A experiência do Sarau Cultural, quer como participante quer como assistente, trouxe-me momentos únicos e amigos inigualáveis. O Liceu Got Talent mostrou-me que a música é capaz de nos tornar pessoas diferentes, pessoas melhores. Também como grande conselheira, a música preenche, muitas vezes, uma solidão, seja ela duradoura ou momentânea. É capaz de nos fazer sorrir numa situação de tristeza, é capaz de nos fazer feliz numa situação mais difícil. Desde as audições ao dia do Sarau, todos os momentos foram especiais. A disponibilidade da escola para nos ajudar, a dedicação de todos os professores para que o Sarau seja sempre um momento alto e único e o carinho de toda a comunidade escolar são coisas que eu vou guardar com muito carinho no meu coração. Por outro lado, pretendo revelar a todos os professores, auxiliares, alunos e todos aqueles que fazem parte do Liceu, o meu “muito obrigada”. Obrigada pela disponibilidade, paciência, dedicação e preocupação que demonstraram para que o nosso percurso no ensino secundário fosse o mais feliz e o mais completo possível. Desde as aulas, às atividades e até à Associação de Estudantes, o meu sentimento é de dever cumprido. Obrigada Liceu. Obrigada por me terem provado, dia após dia que o Liceu era o meu lugar, a minha escola. Obrigada por tudo aquilo que fizeram por mim. Em qualquer parte do mundo em que me encontre, irei sempre dizer: “Ser Nicolino é ser estudante toda a vida”. Da vossa ex-aluna, Mafalda Portilha
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Alunos distinguidos na Cerimónia de Entrega de Prémios de Mérito, setembro de 2017
“A Martins Sarmento foi, durante três anos, uma segunda casa para mim. Foi um sítio onde fiz amigos para a vida, onde me foram dadas todas e mais algumas oportunidades, onde conheci professores extraordinários, onde aprendi imensas lições de vida, onde construí objetivos e, mais importante, onde os atingi! A Martins Sarmento não é como as outras escolas; é uma escola que motiva os seus alunos a serem os melhores, que os encoraja a sonharem com o futuro que sempre quiseram e que lhes dá todo o tipo de instrumentos para os poderem alcançar! Tenho orgulho em dizer que fui aluna desta escola e só desejo a todos aqueles que ainda não a frequentam possam um dia entrar nela, como eu ainda entro, e sentir-se em casa!” Francisca Martinho “Guardo com muito carinho e saudade o meu percurso pela Martins Sarmento. Agradeço a todos os docentes a não docentes que me acompanharam estes três anos nesta escola onde cresci como aluna e como pessoa.” Carolina Peixoto
“A Escola Secundária Martins Sarmento foi, sem dúvida, das várias escolas por onde passei, das que mais me preparou para o futuro, tanto a nível de conhecimentos e competências, como a nível pessoal. Guardá-la-ei sempre com muito orgulho e alegria, não só pela formação, como por todas as vivências proporcionadas.” Margarida Almendra “Para mim, o percurso no Liceu foi marcado por várias tomadas de decisão essenciais na minha vida, pelo conhecimento, pela amizade, pelo crescimento, pela realidade. Para mim foi uma fase de transição e de preparação para a vida. Fui marcada por amizades, que levo para sempre comigo, de vários funcionários que nos tratam quase como filhos e de vários professores que me transmitiram imenso saber. Sem dúvida, a Martins Sarmento vai deixar em mim uma grande saudade.” Margarida Sampaio
“A Escola Secundária Martins Sarmento, ou Liceu, como sempre lhe vou chamar, foi a minha segunda casa durante três anos. Foram três anos que passaram num abrir e fechar de olhos, mas suficientes para criar laços, histórias e muitas, muitas recordações que hoje já fazem parte de mim, parte daquilo que sou. No Liceu, para além de toda a bagagem académica, adquiri ferramentas para vida. Cresci como aluna e, acima de tudo, como pessoa. Já sinto saudades de percorrer aqueles corredores, de esperar pelos meus colegas e amigos no portão. Já sinto saudades das pausas de almoço que passava na cantina com os meus colegas (e quantas gargalhadas demos...). Tenho até saudades de ouvir a campainha a tocar. Hoje, quando por aqui passo, relembro alguns dos momentos que vivi e reavivo memórias. Passam-me pela cabeça todos os nomes e todas as caras daqueles que fizeram parte da minha passagem por esta casa e sei que os vou recordar para sempre, com saudade, muita saudade." Joana Santos
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Opinião # Reflexão
• CURTOS RETALHOS
"Da vida de um estudante (também professor)" Professor Doutor João Ferreira
Entrei para o 1.º ano do ensino secundário com 11 anos feitos. Vê-se por aqui que, depois da 4.ª classe, os jovens que queriam seguir os estudos, caso as condições económicas da família fossem favoráveis, faziam exame de admissão e, uma vez aprovados, ingressavam no ensino secundário – então escola industrial e comercial de Guimarães, para os que tinham o propósito de entrar cedo no mundo do trabalho, concluído o curso de índole profissional; e, para aqueles que pretendiam prosseguir estudos universitários, o liceu nacional de Guimarães (depois Escola Secundária Martins Sarmento). A nível privado e com o mesmo objetivo dos alunos do liceu – prosseguimento de estudos superiores -, podiam ainda os rapazes frequentar o colégio Egas Moniz, e as meninas o colégio Vila Pouca. Nunca fui aluno do liceu. Contudo, porque os colégios não tinham autonomia total, concretamente no que a exames dizia respeito, todos os seus alunos tinham de prestar provas nesse estabelecimento de ensino público. Por isso, realizei aí o meu exame de 5.º ano, 9.º ano atual, como aluno do colégio Egas Moniz. Ainda hoje recordo esse exame e a minha primeira entrada no liceu. Habituado a uma escola frequentada apenas por rapazes, nunca me tinha apercebido que o liceu tinha umas escadas de acesso unicamente para rapazes e outra para raparigas, e que também os recreios
eram separados. E que, até no interior do edifício, os rapazes tinham escadaria distinta da das meninas para passarem às salas dos pisos superiores! Enfim, eram exames, e nós aí estávamos para prestar provas às disciplinas de letras e às de ciências. Só passávamos de ano se não obtivéssemos negativa a mais de uma disciplina em cada área. Claro está que podíamos passar a letras e “chumbar” a ciências, ou vice-versa. O exame era constituído por prova escrita e prova oral, e a avaliação ia de 0 a 20 valores. Se, na escrita, tivéssemos duas negativas inferiores a oito na mesma área, já não fazíamos exame oral a nenhuma disciplina dessa secção, porque estávamos simplesmente reprovados. Caso fôssemos admitidos à prova oral, deparávamos com um enorme júri, formado por 5 ou 6 professores, que nos examinava nas diferentes disciplinas. Se o número de professores no júri era, por si mesmo, assustador para o examinando, a presença do relógio de areia, a ampulheta, que virava sempre que alguém começava a prova, era elemento de maior terror ainda. Quando um ou outro aluno de hoje pensa que a nossa ida a exame era algo que encarávamos com naturalidade, engana-se completamente. Vejam bem que, para além de o fazermos numa escola que não era a nossa, isto para os alunos do colégio, e para além da prova oral e do ambiente assustador em que ela
decorria, todos eram obrigados a levar gravata, não só para realizar as provas escritas e orais, como para assistir à oral de outro colega. Esta era, por conseguinte, objeto indispensável no vestuário dos rapazes. Claro está que, quando alguém conhecido não precisava da sua gravata, (porque saíra da sala e não tencionava voltar durante a prova de um ou mais colegas), emprestava-a a outro, o que fazia com que, caricatamente, a mesma gravata fosse várias vezes a exame… Estas são algumas das recordações que ainda guardo do liceu de então. Felizmente muitas coisas mudaram. Os alunos, rapazes e raparigas, já têm acesso à mesma entrada, utilizam as mesmas escadas que conduzem às salas de aula, têm os mesmos espaços de recreio, entre outros. E embora não tenham exames orais, sou de opinião, e desculpem-me os que pensam de forma diferente, que estas provas deveriam continuar a algumas disciplinas, concretamente a língua vivas. Defendo esta posição, porque há alunos que, sendo menos bons na escrita, se desembaraçam razoavelmente bem, ou até muito bem, na oralidade. E porque a língua viva é essencialmente para ser falada, para servir de comunicação oral em grupo ou entre dois interlocutores, deveria ser dada oportunidade de usufruir da prova oral numa ou noutra disciplina dessa área – português, inglês,
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Opinião # Reflexão
francês, alemão ou espanhol - àqueles alunos que, previamente e por escrito, mostrassem essa vontade. Não podemos ignorar que, com o desenvolvimento tecnológico, a comunicação é cada vez menos escrita e quase sempre falada. É agora o momento de vos falar um pouco da minha vivência enquanto professor no liceu de Guimarães, ou melhor, na escola secundária Martins Sarmento. Isto se a vossa paciência ainda aguentar. Cativaram-me a localização do edifício fora da confusão citadina e o seu ótimo aspeto exterior, graças não só à sua estrutura e recreios, mas também ao espaço verdejante e sempre bem cuidado que o cercava e rodeia ainda. O seu interior foi, para mim, igualmente apelativo. A largura dos seus corredores e escadarias, as salas de aula com muita luz, a boa distribuição e localização dos espaços de direção, secretaria, bar, reprografia, ginásios, e outros, davam conforto, bem-estar a todos os que frequentavam esta casa. Claro que todas as características atrás apontadas deixariam de ter valor, se no campo humano não existissem união, compreensão, diálogo e forte vontade de continuar a projetar a escola. Assim era verdadeiramente. A cooperação entre todos os grupos disciplinares contribuía para o sucesso desejado. A prontidão do pessoal auxiliar – desculpem-me esta designação, mas era a que se utilizava então – em ajudar os professores para que nada lhes faltasse nos espaços de lecionação, bem como a boa disposição do pessoal da secretaria sempre que os professores aí recorriam para esclarecimentos ou outros pedidos de ajuda eram de tal forma notáveis e notórias que tudo apontava para o êxito da nossa escola. Deixei para o fim a referência aos professores e aos alunos. Com um grupo docente pedagógica, didática e cientificamente bem formado
e informado, fortemente motivado pela profissão que escolheu, com conselhos executivos sempre disponíveis para aceitar e incentivar novos projetos e desafios, apenas os alunos poderiam, porventura, hipotecar o bom desempenho da escola. Mas não. Creiam que não. Tal não era possível neste espaço escolar onde também os alunos estavam muito motivados pelas tão boas condições que lhes eram oferecidas. Na verdade, num ambiente de excelente qualidade, teriam os jovens tempo e vontade para se distraírem? Graças à boa preparação dos professores e às sessões sempre animadas na variedade de atividades propostas e executadas ao longo dos 60 ou 90 minutos, era impossível viver com o pensamento afastado do espaço sala de aula e do que aí se passava. E os bons resultados apareciam. Não posso esquecer que o Liceu Martins Sarmento, ou, se preferirem, a Escola Secundária Martins Sarmento, foi sempre amada por todos os que a frequentaram e admirada por quantos tiveram o privilégio de a visitar. Era e é conhecida em todo o país, pelas celebridades que aqui estudaram ou lecionaram – e deixo como exemplo de docente o Prof. Doutor Manuel Rodrigues Lapa, filólogo e linguista na universidade de Coimbra; pelas viagens dos seus alunos e professores a Inglaterra e a França; pelas quatro edições das Jornadas Nacionais (ou Internacionais) da Língua Portuguesa, com oradores vindos de universidades de todos os países lusófonos e com participantes do continente, ilhas e Galiza; pelas “suas” NICOLINAS; pelos concursos de canções; exposições; palestras, etc.. Os anos passaram e obras profundas vieram tornar mais úteis os espaços interiores e exteriores do liceu, face aos novos desafios que se impõem. Não sendo meu propósito tecer considerações às transformações verificadas, permitam-me que
diga apenas que a Escola Secundária Martins Sarmento ganhou novo ar e continua um bom modelo a seguir, como se pode ver pelo número crescente de jovens que a procuram e pelas classificações que ela obtém a nível nacional. Concluo, afirmando que ser professor no liceu de Guimarães foi para mim uma honra, uma distinção, uma parcela da minha vida que jamais posso apagar. Depois de um longo percurso de quarenta e cinco anos, passando do ensino preparatório ao secundário e, depois, ao universitário, confesso que o liceu de Guimarães foi e será sempre A MINHA ESCOLA.
Quando um aluno de hoje pensa que a nossa ida a exame era algo que encarávamos com naturalidade, engana-se completamente. Vejam bem que, para além de o fazermos numa escola que não era a nossa, isto para os alunos do colégio, e para além da prova oral e do ambiente assustador em que ela decorria, todos eram obrigados a levar gravata, não só para realizar as provas escritas e orais, como para assistir à oral de outro colega.
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Opinião # Reflexão
• Escola Secundária Martins Sarmento:
um olhar externo a partir de dentro... Professor Doutor José Carlos Morgado, Instituto da Educação da Universidade do Minho e membro do Conselho Geral da ESMS Este texto surge em resposta a um desafio que me foi lançado pela equipa editorial de “O Pregão”, o jornal da Escola Secundária Martins Sarmento (ESMS), em Guimarães, para fazer um pequeno texto que resumisse um olhar externo sobre a escola. Como faço parte do Conselho Geral dessa Instituição há cerca de seis anos, como representante da Universidade do Minho, e como aí tenho dinamizado algumas ações de formação, decidi manter no subtítulo a ideia de “um olhar externo” e acrescentar a expressão “a partir de dentro”. Por isso, ao iniciar esta brevíssima reflexão, não podia deixar de assumir que tenho plena consciência de que o meu olhar sobre a Escola será sempre um olhar limitado, porque assenta numa visão construída na base de referenciais distintos daqueles que têm possibilidade de a observar apenas do seu exterior, por aí não exercerem qualquer atividade nem integrarem qualquer órgão escolar, ou daqueles que a sentem no seu âmago, porque a ela permanecem intimamente ligados em termos laborais ou estudantis. Pese embora a limitação que acabei de referir, não posso deixar de referir pelo menos três aspetos que, em meu entender, contribuem de forma explícita para que a ESMS se tenha conseguido afirmar como uma referência emblemática na cidade de Guimarães. Desde logo, e não deixando de reconhecer um conjunto de vicissitudes a que as escolas têm estado
sujeitas, mais recentemente, e que condicionam a forma como se organizam e funcionam, é visível o esforço que os agentes educativos desta Instituição têm desenvolvido no sentido de criar um clima propício a uma efetiva inclusão educativa. Esta preocupação reflete-se, em particular, no trabalho desenvolvido pelos docentes ao nível dos processos de ensino-aprendizagem, onde têm vindo a ganhar terreno e a consolidar-se quer uma pedagogia centrada nos saberes, sem que esteja eminente a emergência de qualquer “surto meritocrático”, apesar da escola se encontrar ao nível das melhores prestações em termos de resultados a nível nacional, quer a afirmação de cursos profissionais que facilitam a integração na vida ativa, enquadrados em áreas tão sensíveis como a saúde, a informática, a restauração ou o calçado e marroquinaria. Em segundo lugar, o facto de a Escola ter vindo sucessivamente a aumentar o número de alunos que a frequentam – de 1180 alunos em 2012/2013 passou para 1600 em 2016/2017 –, contrariando, assim, o decréscimo demográfico que tem afligido o concelho e cujos efeitos se têm feito sentir noutros quadrantes sociais, bem como noutros estabelecimentos de ensino. A propósito deste “fenómeno” não posso deixar de enaltecer o empenho da Direção da Escola que, desde há muito, se tem preocupado em divulgar a ESMS junto da comunidade, salientando um conjunto de aspetos que
(...) ainda que existam uma série de aspetos que conformam a vida desta Escola que carecem de aperfeiçoamento e melhoria, Guimarães pode orgulhar-se da contribuição desta Escola na formação e qualificação escolar e profissional dos jovens, bem como na dinamização de atividades de carácter cultural, artístico, desportivo que enriquecem o concelho, numa lógica de desenvolvimento contínuo e de educação para a cidadania.
a têm tornado atrativa, acolhedora,
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interventiva e pedagogicamente consequente. Por último, e na sequência do que acabei de referir, o dinamismo cultural que caracteriza esta instituição, visível pelo número significativo de iniciativas em que alunos, professores e outros agentes educativos estão envolvidos, procurando fazer da escola um espaço de realização pessoal e coletiva. Tais iniciativas, para além de serem um meio de aglutinar uma boa parte da comunidade escolar em torno de objetivos comuns, facilitam a interação e abertura da Escola ao meio, dando corpo ao que aqui designamos por Projeto Formativo Comum. Como iniciativas mais representativas podemos, desde logo, destacar O Pregão, um jornal que tem funcionado como um meio de informação dentro e fora da escola e tem permitido divulgar uma série de eventos de cariz lúdico, desportivo e cultural que aqui se dinamizam ou em que a Escola participa. A título meramente exemplificativo podemos citar: (i) o Parlamento Jovem Europeu, em que a ESMS obteve o 1º lugar em 2014 e novamente em 2016; (ii) o Chef.IN:AVE, um concurso na área da Hotelaria, no qual a representante da Escola obteve um valioso 2º lugar, que permitiu reconhecer a ESMS como uma das Escolas Empreendedoras In.AVE; (iii) a participação de uma equipa da ESMS na Feira (I)Limitada do Porto, (iv) a participação no Campeonato nacional de Full-Contact, tendo o atleta da Escola vencido a Taça de Portugal nesta modalidade; (v) o Concurso Ler Ciência, organizado pela Escola no âmbito da Semana de Leitura e que tem estimulado a leitura e a apresentação de determinadas obras científicas por parte dos alunos; (vi) a participação em várias atividades nas tradicionais Festas Nicolinas, afirmando a sua interação com a cidade, entre muitas outras atividades que poderíamos
aqui referir e que têm concorrido para a afirmação da ESMS. Não podemos terminar este segmento de análise sem destacar a organização das Jornadas Culturais, um empreendimento que abarca uma série de áreas distintas – tais como a música, a dança, o desporto, a poesia e a representação – e tem projetado a ESMS a vários níveis, com particular destaque para a sua inclusão no meio envolvente. Trata-se de uma semana importante, que envolve dois eventos de “alto gabarito” – o Liceu’s Got Talent e o Sarau Cultural – e conta com o apoio da Equipa de Multimédia da Escola, sendo reconhecida como uma oportunidade de divulgar uma série de talentos que existem na Escola, um meio de afirmar competências essenciais para o desenvolvimento integral dos jovens e uma forma de envolvimento e de convívio da comunidade escolar. Em suma, ainda que existam uma série de aspetos que conformam a vida desta Escola que carecem de aperfeiçoamento e melhoria, Guimarães pode orgulhar-se da contribuição desta Escola na formação e qualificação escolar e profissional dos jovens, bem como
na dinamização de atividades de carácter cultural, artístico, desportivo que enriquecem o concelho, numa lógica de desenvolvimento contínuo e de educação para a cidadania. Porém, a ESMS não pode deixar de reconhecer que uma boa parte daquilo que tem conseguido fazer em prol do desenvolvimento pessoal, social e económico da região resulta também do facto de estar integrada num Município que tem procurado gerar dinâmicas que favoreçam o envolvimento de todos os elementos da comunidade em torno de objetivos comuns e valorizem a educação formal e não-formal, aspetos essenciais para a partilha de vivências numa cidade que se pretende inteligente e se procura afirmar como uma cidade verde, promotora do desporto e da sustentabilidade, uma cidade património da humanidade e uma cidade de cultura e conhecimento.
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• Impressões
Que Cena! Prof. Carlos Félix
Nem muito simples, nem demasiado complicado
Tive o gosto de acompanhar uma das nossas turmas para assistir a uma peça teatral educativa de intervenção social, de que gostei tanto que me apeteceu escrever estas linhas. A Companhia Usina (http://usina.pt) veio à nossa escola pela mão do Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno- GAIA. O objetivo foi pôr os alunos a falar sobre o tema da sexualidade e da violência no namoro de um modo descomplicado, mas sério (o que é difícil), através da expressão artística que, muitas vezes, imita a vida: o teatro. E foi assim que cerca de cem alunos, cinco professores e a psicóloga escolar assistiram a uma peça lúdico-pedagógica (“Nem muito simples, nem demasiado complicado”), levada à cena por dois atores e um apresentador-ator-dinamizador. A peça é constituída por um prólogo e cinco cenas: “o primeiro passo”; “uma questão de equilíbrio”; “cuidado com a reputação”; “uma ocasião especial” e “a primeira vez”. Estas cenas tratavam, respetivamente, dos seguintes assuntos: início de uma relação; gestão da relação; a pressão de grupo; início da sexualidade e a primeira vez. Estão reunidos todos os ingredientes necessários para captar a atenção dos jovens adolescentes. Falta apenas uma representação cabal dos atores, com uma intervenção cuidada do apresentador que se viera a transformar num moderador de sentimentos e de gestão da própria
peça ao vivo e a cores. Com efeito, se numa primeira fase os atores (um homem e uma mulher) desempenham os seus papéis contando as histórias, sem interrupções; numa segunda fase, o público é convidado a intervir , sendo-lhes pedido que representassem cenas que lhes pareceriam poder vir a ter um desfecho diferente daquele que foi apresentado ou sugerido. Os atores desempenharam os seus papéis de um modo muito cativante e ilustrativo das mensagens que desejavam passar. Os cenários e adereços eram espartanos. O público interveio com à-vontade (que era o pretendido) e contracenou (para além de debater entre si, instigado pelas questões do moderador) com os atores. Houve muitos momentos hilariantes, no meio dos dramas. Se Aristóteles tivesse assistido a esta peça interativa tê-la-ia apreciado, ele, que escrevera sobre a tragédia grega e dissera na Poética (335 a.C) que o teatro conseguia superar a Epopeia, a obra escrita, pois ao texto juntava-se a música e a representação: era o espectáculo cénico. A Usina trouxe à Escola um texto inteligente, bem escrito, bem representado e que conseguiu o que prometera, pois colocou os alunos a pensar, despertando os seus sentimentos e razões, durante 90 minutos, sobre problemáticas ao nível dos relacionamentos e da sexualidade. E no fim… todos aplaudiram!
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Notícias
• Há Teatro na Escola
Nem muito simples,… No passado dia 12 de janeiro, na Escola Secundária Martins Sarmento no âmbito do programa de educação sexual, ocorreu a apresentação da peça de teatro “Nem muito simples, nem demasiado complicado”, pela companhia USINA, associada ao Instituto Português da Juventude e sedeada na cidade do Porto. Antes de dar início à dramatização, o ator Emílio expôs os cinco temas a abordar na peça, respetivamente intitulados “o primeiro passo”, “uma questão de equilíbrio”, “cuidado com a reputação”, “uma ocasião especial”, e “a primeira vez”. De seguida, explicou-nos como se estruturaria a peça; a primeira parte sem a participação da assistência (alunos); enquanto na segunda parte os alunos poderiam participar, devendo interromper, quando quisessem, usando para isso a palavra “STOP”. Em seguida, os alunos apresentariam algumas opiniões pessoais, revelando o que mudariam naquela situação, podendo ainda, se quisessem, subir ao palco e desempenhar o papel de uma personagem: a Mané ou o Filipe. Todas as cenas foram desenvolvidas da seguinte forma: o ator Emílio apresentava, ao jeito de uma introdução, o assunto; o Filipe e a Mané vestiam a pele de vários personagens e encenavam; de novo o Emílio intervinha, concluindo e provocando uma reflexão. Relações possíveis, relações impossíveis, relações curtas, sexo e consequências foram algumas questões abordadas. De um modo geral, podemos dizer que esta dramatização cativou todos os alunos, porque os atores apresentaram situações que realmente acontecem no dia-a-dia dos jovens. Além disso, esta peça de teatro fez-nos refletir sobre os comportamentos relacionados com a sexualidade que podem surgir e como reagir perante os mesmos; por exemplo, o que dizer, o que fazer e, em especial, a importância do
"Nem muito simples, nem demasiado complicado” foi encenado pela companhia USINA, associada ao Instituto Português da Juventude. Esta peça de teatro pretende fazer-nos refletir sobre os comportamentos relacionados com a sexualidade a importância do diálogo numa relação.
diálogo numa relação, seja amorosa ou sexual. Achamos que esta forma de abordar questões, tão importantes na nossa idade, é muito interessante
e gera verdadeiras aprendizagens, pelo que deverá ser uma experiência a repetir na escola. Clara Marques, 2º PS
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Notícias • Conferência
Educarte - através da Arte de Pensar: Ciência, Tecnologia e Sociedade • O núcleo de estágio da ESMS, em articulação com o Grupo Disciplinar de Filosofia, organizou no dia 17 de novembro de 2016, no Auditório da Escola, a Conferência “Educarte através da Arte de Pensar: Ciência, Tecnologia e Sociedade”. Esta iniciativa procurou comemorar o Dia Mundial da Filosofia, instituído pela Unesco em 2002. A Conferência iniciou-se com o discurso de abertura proferido pelo Diretor do Centro de Formação da ESMS, Dr. António Leite. Contou com a participação dos ilustres oradores convidados, o Professor Doutor João Mendes, docente de Filosofia da Ciência (ILCH) da Universidade do Minho (UM) e o Dr. Vasco Carneiro, docente da ESMS e Artista Plástico. Na plateia estiveram presentes alunos, professores, a direção e ainda, ilustres convidados, como a Professora Doutora Flávia Vieira, Diretora do Instituto de Educação da UM e o Professor Doutor José Silva, docente de Didática das Ciências da UM. A Conferência “Educarte” posicionou-se como uma plataforma de reflexão sobre três modelos de interação, a saber, ciência, tecnologia e sociedade e a sua possível conexão à arte e à arte de pensar. Fazendo uma pequena resenha do que se passou, o Doutor João Mendes considerou que uma ação mais participativa, por parte dos cidadãos, face às questões da manipulação da tecnociência, constitui uma necessidade para a vida atual. Foi exposto que a investigação científica produziu significativos avanços tecnológicos que proporcionaram progressos para a humanidade, mas também problemas. No ambiente atual dominado pela ciência e pela tecnologia, que têm como objetivo satisfazer exigências de consumismo da sociedade contemporânea, são também visíveis consequências negativas nas suas dimensões
humana, social, cultural e económica. À medida que aumenta o seu impacto na vida dos homens e na sociedade, as questões éticas devem ser refletidas, no sentido de se procurar encontrar caminhos para responder aos problemas que têm particular pertinência no domínio do viver melhor, mas também no de viver mais humanamente. Um dos exemplos apontados, que refletem problemas do âmbito da investigação da ciência que nunca foram devidamente clarificados junto da sociedade, foi o caso de bebés que nasceram com deficiências de formação provocadas pelo fármaco “talidomida” administrado a mulheres grávidas. Sob o lema ”a ciência descobre, o génio inventa, a indústria aplica e o homem adapta-se”, têm-se justificado imensos “desvios” criticáveis. A reflexão em torno das questões relacionadas com a proliferação das tecnologias de monitorização constante permitiu, também, ao auditório perceber que estas poderão ser utilizadas de forma imoral, podendo colocar em causa as liberdades individuais e coletivas. Ficamos com a ideia que o construtivismo social da tecnociência não dá
muito lugar ao livre-arbítrio, dado que o determinismo tecnocientífico vai imperando acriticamente. Cabe-nos a nós todos não o permitir. Outrossim, a Arte tem sofrido ao longo dos tempos mutações ao nível da técnica, mas esteve sempre aliada aos novos modos do Homem pensar, interpretar e sentir a vida e o mundo. A Arte é a manifestação que ecoa nos sonhos do artista, que posteriormente são apropriados pelos espectadores, transformando-os, numa contínua superação de libertação do ser humano. Por outras palavras, o Dr. Vasco Carneiro afirmou que a técnica avança e a arte ilustra-a. Foi profícuo refletir e debater as interdependências existentes no trinómio: ciência, tecnologia e sociedade, com o contributo de perspetivas de pensamento de vanguarda como as dos nossos convidados, o filósofo e o artista plástico. A presença na conferência foi muito participada pelos professores e alunos da Escola, evidenciando-se, após apreciação de inquérito avaliativo, a pertinência do tema e do interesse didático-pedagógico da iniciativa. Professora estagiária, Paula Azevedo,
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Notícias • Campus de Couros
A Escola vai às origens: do saber ao fazer • A turma do primeiro ano do curso profissional de técnico de qualidade, calçado e marroquinaria (PQCM) tem vindo a desenvolver um conjunto de atividades diversificadas com o objetivo de aproximar as aprendizagens à prática empresarial e a integrá-las nos espaços e ambientes que as circunscrevem. Neste sentido, no âmbito da disciplina Tecnologias e Processos, realizou-se uma aula de campo na zona de couros em Guimarães. Foi dado a conhecer aos alunos que a tradição do trabalho do couro é já antiga em Guimarães. Encontram-se notícias de que a atividade já se desenvolvia, desde a Idade Média, fora das antigas muralhas, junto ao rio que atravessa a cidade, numa zona outrora conhecida pelo “burgo de Couros” e onde atualmente ainda persistem vestígios dessa ligação antiga à manufatura das peles. A visita começou pela fábrica de Curtumes da Ramada, de António Martins Pereira da Silva. Seguiu-se pelo Centro de Ciência Viva de Guimarães: "Curtir ciência", onde se pode observar uma grande variedade de tanques utilizados para tratar, limpar e fazer o tingimento das peles. Assim, os alunos puderam entender como nasceu a tradição na cidade e como se tratavam as peles que eram, em tempos passados, utilizadas na área do calçado. Ainda com o mesmo objetivo, integrado no programa ambiental PEGADAS, os alunos visitaram o Centro para a Valorização de Resíduos – (CVR) sito no Campus da Universidade do Minho. Ficaram, então, a saber que o CVR é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que presta serviços de investigação, análise científica e aplicação de soluções reais na área da valorização de resíduos. As boas práticas
ambientais adquirem papel importante na sociedade e, estando a cidade de Guimarães a assumir um compromisso na sustentabilidade, a temática dos resíduos ganha especial atenção, nomeadamente na sensibilização do curso de técnico de qualidade e de toda a comunidade estudantil para a redução, reutilização e encaminhamento dos resíduos produzidos em diferentes áreas. A turma 1º PQCM participou na feira de Santa Luzia, que decorreu na Escola Martins Sarmento, nos dias 13 e 14 de dezembro, com trabalhos realizados nas disciplinas de Tecnologias e Processos e Laboratórios de Ensaios, no módulo 1, intitulado “A Pele”. Realizou pequenas peças de marroquinaria, produzidas com peles bovinas, caprinas e suínas. Os alunos trabalharam em grupos e mostraram orgulhosamente à comunidade educativa os seus projetos e a sua obra. 1º PQCM
A turma 1º PQCM participou na feira de Santa Luzia, na Escola Martins Sarmento, nos dias 13 e 14 de dezembro, com trabalhos realizados nas disciplinas de Tecnologias e Processos e Laboratórios de Ensaios, no módulo 1, intitulado “A Pele”.
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Notícias • Orientação Vocacional
Ensino Superior – Que Escolha? •A Escola Secundária Martins Sarmento realizou, durante a manhã do passado dia 11 de janeiro, um conjunto de atividades, com vista à orientação dos alunos na entrada no ensino superior, intitulada ”Ensino Superior – Que Escolha?”. A atividade, numa articulação conjunta do Serviço de Psicologia e Orientação, da Coordenação de Diretores de Turma e da Direção, realizada pelo segundo ano consecutivo na Escola, tendo decorrido no ano anterior pela primeira vez no norte do país nesta modalidade, foi desenvolvida em parceria com a instituição Yorn Inspiring Future. O evento englobou um conjunto diferenciado e vasto de atividades. Para além de sessões de esclarecimento, dirigidas a todos os alunos do 12º ano, sobre questões relacionadas com o acesso ao ensino superior, foram ainda realizadas diversas apresentações de cursos e universidades por professores e representantes, na área da saúde e do desporto, da gestão e da economia, das artes, das ciências e engenharias e das ciências sociais e humanas. Nestas sessões, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer instituições, os respetivos planos de estudo, de esclarecer questões relacionadas com bolsas de estudo, médias de acesso, provas de ingresso, entre outras. Foram, ainda, realizados três workshops subordinados às questões do empreendedorismo, da proatividade e da tomada de decisão. Simultaneamente às apresentações mais dirigidas aos alunos do 12º ano, desenvolveu-se uma mostra, no pavilhão, que contou com a presença de mais de 30 instituições de ensino superior, onde todos os alunos da Martins Sarmento tiveram a oportunidade de colher informação detalhada e esclarecer dúvidas sobre o ensino superior, relacionada com cursos/áreas de estudo e ainda referências orientadoras sobre como estudar no estrangeiro. Nesta manhã verdadeiramente
inspiradora, a dinâmica e adesão dos alunos ao evento foi extremamente positiva, como revela a cobertura mediática. Alguns alunos de cursos profissionais da nossa escola puderam colaborar de uma forma mais interventiva, através de apoio técnico na área da informática e da multimédia. O evento revelou, uma vez mais, um êxito surpreendente, visível na enorme satisfação dos alunos, da equipa organizadora, da instituição parceira e de toda a comunidade educativa. Carla Rodrigues (SPO), Ana Paula Martinho (Coord. DT), Glória Machado (Adjunta Direção)
O evento englobou um conjunto diferenciado e vasto de atividades. Para além de sessões de esclarecimento (...), foram ainda realizadas diversas apresentações de cursos e universidades por professores e representantes, na área da saúde e do desporto, da gestão e da economia, das artes, das ciências e engenharias e das ciências sociais e humanas.
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Notícias • Visita de estudo
Heidelberg minha • O Instituto Goethe, em parceria com a Master Mint, uma escola que visa a formação de adolescentes nas áreas da matemática, da engenharia, da informática e das ciências naturais, deu a oportunidade a adolescentes portugueses, belgas, espanhóis, franceses e alemães, de passarem uma semana em Heidelberg, na Alemanha. A semana foi preenchida com imensas atividades interessantes, dentre elas trabalhar com a Lego Education, onde os principais objetivos são desenvolver o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas nas áreas de engenharia e outros. Conhecer a DLR, um centro aeroespacial que trabalha em conjunto com a NASA e funciona como Agência Espacial Alemã foi também um ponto alto da visita, tal como visitar a fábrica da Audi, onde pudemos observar alguns modelos (A4, A6, A8 e R8) a serem fabricados. Tivemos, ainda, a oportunidade de visitar a SAP, empresa criadora de softwares de gestão de empresas. Na DFS, empresa responsável pelo controlo do tráfego aéreo, pudemos ver os controladores aéreos a trabalhar, perceber como é o trabalho deles e o que é necessário para o ser. Já no Centro Experimenta, fizemos experiências relacionadas com biologia molecular. No fim da semana, reservámos momentos para visitar a Universidade de Heidelberg, o centro histórico da cidade e ainda Estugarda, onde assistimos a um musical extraordinariamente bem conseguido, acerca do lutador de box Rocky Balboa. Por fim, demos um passeio de barco pelo rio Neckar, onde nos foi possível vislumbrar a magnífica paisagem da cidade de Heidelberg e outras cidades envolventes. Deliciámo-nos com vários pratos típicos da gastronomia alemã, como o famoso Currywurst, Spätzle e Sauerkraut, entre outros. Esta experiência foi vivenciada por mim (portuguesa), três espanhóis, dois belgas, dois franceses e cinco
alemães, permitindo a todos o contacto, não só com a cultura e língua alemã, mas também com as dos restantes participantes. Nessa semana realizei imensas atividades, às quais não acederia de outro modo. Passar essa semana em Heidelberg revelou-se uma experiência única e inesquecível para mim. Carolina 12º LH2
A semana foi preenchida com imensas atividades interessantes, dentre elas trabalhar com a Lego Education, onde os principais objetivos são desenvolver o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas nas áreas de engenharia e outros.
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• Rádio Escola
Martins Sarmento no dia mundial da Rádio da RUM A Rádio Escola da ESMS foi convidada a participar na emissão especial do ‘Dia Mundial da Rádio’ da RUM, Rádio Universitária do Minho. Sob o lema ‘a rádio és tu, a rádio somos todos’, o dia internacional da rádio foi assinalado numa emissão em direto, que decorreu na tarde do dia 13 de fevereiro no Museu Nogueira da Silva, em Braga, aberta a todas as pessoas que quisessem visitar o espaço. Os jornalistas Mafalda Oliveira e Sérgio Xavier estiveram à conversa com o professor António Costa, um dos coordenadores deste projeto, e os alunos Carolina Monteiro e João Araújo, animadores da nossa rádio que explicaram o que é gerir e participar na rádio da ESMS. Este projeto teve início em 2013 e integra o Gabinete de Imagem e Comunicação que também coordena a Liceu TV e o Estúdio de Multimédia. Ouça a nossa participação na celebração do Dia Mundial da Rádio 2017 da RUM através do podcast em: http://www.rum.pt/shows/dia-mundial-da-radio Projeto 'Gabinete de Imagem e Comunicação'
FACEBOOK ESMS. ACEDE ATRAVÉS DE: WWW.ESMSARMENTO.PT
• Biblioteca Escolar
Feira do livro Em colaboração com a livraria da Culturminho, decorreu na ESMS, entre 12 e 23 de dezembro, mais uma Feira do Livro.
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Notícias
• Festival Literário de Guimarães
“Da Rua para o Papel“ • Capicua em conversa com os alunos • O Festival Literário de Guimarães foi assinalado na nossa escola, no dia 31 de janeiro, com a presença de uma convidada muito especial, a rapperi Ana Matos Fernandes, de nome artístico, Capicua. “Nascida no Porto, cresceu a gostar de rimas e de palavras ditas ao contrário. Com 15 anos descobre o Hip-Hop, primeiro pelos desenhos nas paredes, depois pelas rimas em cassetes, até chegar aos microfones. Algures entre a escola e a universidade, do Porto para Lisboa, estuda sociologia e faz um doutoramento em Barcelona.”ii Recebida calorosamente pelo público, falou de si e da sua carreira. Ficámos a saber todas as experiências vividas nos seus inícios, do que está presente no nosso quotidiano e se designa por Hip-hop... Capicua explicou-nos os progressos ao longo da sua vida, os motivos pelos quais começou toda esta mixórdia de rimas, conceitos, ritmos, temas e sentimentos. Tudo por ser uma amante de palavras. Deste ponto de partida, biográfico, de interesses, influências artísticas, literárias e musicais, cativou-nos a todos com um discurso informal, franco, aberto, caloroso e motivador, sem preconceitos. De tudo o que foi dito e conversado, muito mais haveria para dizer, mas reproduzimos aqui as ideias e mensagens preponderantes. A importância e o valor das palavras, o que podemos fazer com elas foi a tónica dominante. E para lhes dar forma, o rap foi a forma escolhida para contar histórias, micro-histórias, retratos do quotidiano, distante das histórias do poder instituído. A linguagem usada é a linguagem
das pessoas, local, do Porto, a nossa língua, “a melhor matéria-prima do mundo”. Todos os temas são válidos e a grande riqueza do Rap está precisamente na mistura de todas as linguagens, no falar de uma forma menos encriptada, recorrendo ao património cultural e linguístico coletivo. Por isso, a relação do Rap com a nossa língua materna assume uma vertente plástica e visual. A relação que nós, portugueses, temos com a nossa língua é uma relação quase visceral, uma capacidade única de nos emocionarmos com as palavras, uma relação de respeito, “o respeito que temos com os avós, é o respeito que temos com as palavras.” Às questões dos alunos sobre os mais diversos aspetos da sua carreira e percurso artístico, começou por enfatizar a importância do percurso escolar e académico, fundamental para a maturidade artística. Todo um percurso que tem vindo a ser desenhado com ligação a várias experiências, desde a escrita política,
por influência da música de intervenção dos anos 70, e em partícula a música de Sérgio Godinho, referência maior para a artista. Até à música para crianças, o trabalho mais recente – Mão Verde – numa abordagem ecologista, e mais uma vez, socialmente comprometida. Uma atitude livre, orgulhosa e subversiva: assim se classifica a ela própria, “intrusa” num mundo dominado pelo masculino, no qual entrou “sem pedir licença a ninguém, sendo ela própria, de uma forma muito orgulhosa , numa atitude de liberdade”. E por isso mesmo, tal como acontece noutros domínios, uma mulher, e uma rapper mulher tem de trabalhar duas vezes mais, para mostrar o que vale, mas também, ao mesmo tempo, alcançou mais visibilidade. E por último, porquê Capicua? Palavra originária do catalão, capicua, de cap, cabeça + i, e + cua, caudaiii. Prof.ª Cristiana Lopes e Guilherme Freitas, 10º LH1
i. “RAP: neologismo popular do acrónimo para rhyme and poetry (rima e poesia)”. ii. http://www.capicua.pt/capicua [ acedido em 31 de janeiro de 2017] iii. "capicua", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/capicua [consultado em 02-02-2017].
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Notícias • Projetos e Clubes
Voluntariado Martins Sarmento •O Grupo de Voluntariado Martins Sarmento tem, no âmbito do compromisso social assumido, vindo a realizar diversas atividades desde o início do ano letivo. Desenvolveu, por exemplo, gestos de solidariedade com a Cruz Vermelha e a Junta de Freguesia de S. Sebastião, colaborando na recolha de alimentos junto de espaços comerciais e, ainda, fazendo embrulhos em campanhas promocionais. Fez uma ação alargada de recolha de calçado na escola, que se traduziu num grande sucesso. O material recolhido foi entregue diretamente numa organização não governamental sedeada no Porto. Como o calçado continuou a chegar, mesmo depois de terminada a campanha, o grupo entendeu doá-lo à Casa dos Pobres de Guimarães. Atualmente o Grupo tem voluntários na Casa da Criança e na União de Freguesias e, ainda, a colaborar em lares de idosos onde ensinam noções básicas de informática. Para além destas iniciativas, o Grupo vai estar no Hospital Distrital do Alto Ave com uma atividade para crianças, designada “Hospital Divertido”; nas escolas básicas, com campanhas sobre “Alimentação Saudável” e “Proteção Solar” e numa parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa. Aos Voluntários ESMS, que têm sido um exemplo de contributo, participação e compromisso, um grande bem-haja por “ajudarem a ajudar”. Prof.ª Helena Rodas (pelo Voluntariado MS)
Todas as novidades da escola em
www.esmsarmento.pt
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Notícias • A Escola desce ao campo
Alunos em festa das colheitas • Num belo dia solarengo de outono, mais precisamente no dia catorze de outubro, alguns alunos do 10º e 11º anos das turmas AV1, da Escola Martins Sarmento, acompanhados pelas docentes de Educação Especial, partiram da escola, de camioneta, rumo à freguesia de S. Torcato, no intuito de observar e participar numa vindima, integrada na festa das colheitas e com organização a cargo do Grupo Folclórico de S. Torcato. Após uma viagem curta, mas muito alegre, apearam na paragem junto ao Mosteiro de S. Torcato. Começou então a digressão, a pé, pela freguesia que os levou à Quinta da Eira. Nesse espaço rural, depararam-se com homens e mulheres, vestidos a rigor, usando trajes do rancho folclórico da supracitada freguesia, vindimando. Os homens, empoleirados nos escadotes, cortavam os cachos de uvas e colocavam-nos nos cestos de vime que chegavam às mãos das mulheres, ao som estridente e enérgico emitido pelos vindimadores “torna…torna…torna…!”), na esperança da recolocação célere dos cestos na corda, para assim continuarem a sua colheita. As mulheres, cientes do seu papel, recolhiam os preciosos cachos e transportavam-nos à cabeça até às dornas – recipiente feito de madeira ou plástico para armazenar as uvas das vindimas - que estavam num carro de bois, prontas para serem transportadas para o lagar que se situava no Terreiro em frente ao Mosteiro. Aí, as uvas foram pisadas pelos vindimadores até ficarem em mosto, um suco açucarado destinado à fermentação alcoólica. No decorrer da vindima, imbuídos do espírito, os alunos provaram uvas e comeram doces típicos. Além disso, quiseram testar as suas capacidades físicas subindo, de improviso, aos escadotes e ajudando no transporte dos cestos. No terreiro, para além do lagar, os alunos puderam observar uma cozinha tipicamente regional, na qual se
Os alunos da esms participaram numa vindima, integrada na festa das colheitas e com organização a cargo do Grupo Folclórico de S. Torcato. confecionavam belos rojões à moda do Minho, servidos aos trabalhadores que labutaram na colheita. Tiveram também a oportunidade de ver retirar de uma camioneta uma marrã - uma porca nova desmamada. Quando a fome começou a apertar, à hora do almoço, os trabalhadores subiram da quinta para o terreiro acompanhados por carros de bois, ao som da música do rancho folclórico.
No fim do repasto, todos os intervenientes regressaram alegremente à lide. Foi uma experiência muito saborosa, colorida, divertida e de grande aprendizagem, que todos os alunos e professores acompanhantes desejam repetir para o ano vindouro. “Torna... torna ... torna a vindimar!”. Os alunos de CEI, (10º e 11º AV1)
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Notícias
• Desporto Escolar
Futsal Feminino Juvenis na Martins Sarmento A equipa de futsal feminino da nossa escola alcançou o 1º lugar na 1ª fase da série A do CLDE (Coordenação Local de Desporto Escolar) de Braga. Nesta 1ª fase, a equipa Licelina competiu contra dois grupos, a série A e a B. As duas primeiras equipas de cada grupo vão agora disputar a fase final, para apurarem qual será campeã. Posteriormente, a 1ª classificada irá discutir ainda uma fase Inter-CLDE com Viana do Castelo. Destaca-se que a nossa equipa, obteve nesta 1ª fase cinco vitórias e apenas uma derrota. Encontrou como escolas adversárias as Secundárias de Fafe, de Refojos e a Francisco de Holanda. A equipa é constituída pelas alunas: Mariana Inês, Bruna Salgado, Catarina Fernandes, Anabela Pereira, Marta Melo, e Vanessa Rodrigues, Eliana Mota, Adriana Lemos, Marta Lemos, Rita Silva e Cláudia Machado e tem como treinador o professor António Pedro Magalhães.
↳ A equipa Martins Sarmento: Mariana Inês, Bruna Salgado, Catarina Fernandes, Anabela Pereira, Marta Melo, e Vanessa Rodrigues, Eliana Mota, Adriana Lemos, Marta Lemos, Rita Silva e Cláudia Machado. Treinador: Prof. António Pedro Magalhães.
Prof. Rui Machado
• Projeto “You Help”
ESMS vencedora da 1ª fase do concurso 'sitestarpt4' A equipa “Os Conquistadores”, composta por três alunos da Escola Secundária Martins Sarmento, Joana Filipa Frederico Carneiro e Lídia Manuela Ribeiro Novais (do 12ºSE2) e Luís Pedro Oliveira Santos (do 12º SE3), distinguiu-se entre as 72 equipas que participaram na categoria “Faz a Diferença”, conquistando, desse modo, a próxima fase do concurso SITESTAR.PT4. O projeto “You Help”, como nomeado,
promove o voluntariado e a inclusão social no município de Guimarães. A equipa afirma considera que no município, “com uma população cada vez mais envelhecida e os jovens preenchidos com uma vida social inteiramente dependente de uma rede virtual, é crucial recriar e melhorar as relações interpessoais”. Como tal, propõe-se “levar avante o movimento #youhelp que irá criar uma rede de voluntariado e solidariedade que,
numa primeira fase será somente direcionado à cidade de Guimarães, e posteriormente, se o feedback do projeto assim o justificar, alargada a nível nacional.” Neste momento, têm assegurado o alojamento do site www.youhelp. pt por 12 meses e contam com participação de toda a população na realização do projeto. Pedro Santos, 12ºSE3
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Universo ESMS
• Ética na Escola
• Poesia
Mensagem
“Saber ser” e “saber estar”
Que te ilumine e faça de ti o “melhor” Sê o teu próprio criador Dá asas ao futuro A esse futuro de instante, Que o inimigo falhe E que o amigo venha sempre Que sejas humilde Capacitado…rejuvenesce-te Autonomiza-te com valores positivos, reais Guia-te Ordena-te Deixa-te ir Procura o bem Quem o traz recolhe Quem não o tem semeia Pelos dias que passem Que aprendas Que ensines Que dês a tua metade Que sejas pura e clara Que tenhas resposta E proposta para tal Que sejas de modo igual Que seja como sabes Dá a tua mão ao próximo E estreia o que nunca estriaste Desse modo igual Apenas tenta E sustenta esse teu bem-estar.
• Expressões como “saber ser” ou “saber estar” são vulgarmente utilizadas de forma a estabelecer regras comportamentais. Ao serem ouvidas são interpretadas por cada um à luz das suas próprias vivências. O que para uns pode ser considerado aborrecido e secundário, para outros é já admitido como uma atitude crucial para um sucesso próspero. A verdade é que, apesar de o “saber fazer” e do “saber agir” serem elementos importantes a ter em consideração quando o objetivo é avaliar alguém, o “saber ser” e o “saber estar” são, atualmente, de igual forma decisivos na hora de diferenciar duas pessoas. Neste contexto, o Professor António Moura dirigiu uma palestra, no início deste ano letivo, para os alunos do 10º ano dos cursos científico-humanístico e 1º ano dos cursos profissionais, relevando a importância do “saber ser”, do “saber estar” dos alunos, no contexto do Estatuto do Aluno e em relação aos seus deveres. Para além de enumerar um conjunto de deveres importantes dos alunos, a mensagem que o docente transmitiu ultrapassa a sala de aula e até a própria escola, uma vez que um comportamento relutante não facilita, de maneira nenhuma,
Ana Sofia Oliveira, 2º PR
a aquisição de conhecimento e a adaptação às diferentes circunstâncias com que nos deparamos ao longo da vida. Frequentemente, é-nos reclamado saber estar em diferentes ambientes, e para que consigamos fazê-lo da maneira mais sensata é implicado o “saber ser”. Dado que a educação e as boas maneiras são património que jamais se deve desvalorizar, existem algumas atitudes que devem ser adotadas não só na sala de aula mas sempre que tenhamos de nos relacionar com outras pessoas em qualquer que seja o lugar, tais como basearmos as relações interpessoais no respeito; sermos pontuais; respeitarmos normas de convivência; atentarmos não só à comunicação verbal como também à linguagem gestual; sabermos ouvir e participar; entre outras. Em suma, todo o processo de aprendizagem é agilizado quando um aluno demonstra um comportamento recetivo àquilo que lhe é lecionado e mantém uma relação saudável com toda a comunidade envolvente, ou seja, mostra saber ser sensato e estar em sociedade.
A tua escola nas redes sociais! Acede através de www.esmsarmento.pt
Inês Rodrigues, 10ºLH3
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Universo ESMS • Serviço de Psicologia e Orientação (SPO)
Potencialidades e desafios • Os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) são uma estrutura especializada de apoio e de orientação educativa, conforme previsto na Lei de Bases do Sistema Educativo, integrando qualquer sistema educativo moderno e de qualidade e que se apresentam como um recurso para prossecução do sucesso educativo da escola. O SPO dispõe, na nossa escola, de uma psicóloga a tempo inteiro, usufruindo de autonomia técnica e científica e respeitando, na sua prática, as normas éticas e deontológicas das suas funções, nomeadamente a salvaguarda da privacidade dos alunos e das suas famílias, no respeito pela sua cultura, interesses, valores e decisões. O SPO tem um espetro alargado de intervenção – o apoio psicopedagógico a alunos e professores; o apoio ao desenvolvimento de sistemas de relações da comunidade educativa e orientação escolar e profissional e tem uma abrangência alargada de públicos-alvo – docentes e não docentes, pais e encarregados de educação e alunos. Todos os alunos da escola podem usufruir do SPO, quer por livre iniciativa, quer por sinalização por parte do conselho de turma, diretores de turma, professores, encarregados de educação ou outros intervenientes no contexto educativo. A psicóloga escolar intervém nas mais variadas dimensões do desenvolvimento psicológico e pedagógico do aluno, bem como na construção da sua identidade pessoal, identificando dificuldades e necessidades que estão na base de problemas de aprendizagem, explorando estilos de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de competências para o estudo e fomentando o treino
Todos os alunos da escola podem usufruir do SPO, quer por livre iniciativa, quer por sinalização por parte do conselho de turma, diretores de turma, professores, encarregados de educação ou outros intervenientes no contexto educativo.
para o trabalho autónomo e a motivação para o estudo. Ao nível do desenvolvimento vocacional, são desenvolvidos sessões de orientação vocacional e de aproximação ao mundo do trabalho, individualmente ou em grupo. São também acompanhados alunos que necessitem de informação escolar e profissional ou de qualquer tipo de apoio relativo às suas escolhas vocacionais. Nesta área, pretende-se apoiar os alunos na consolidação dos seus projetos pessoais, revendo os interesses, aptidões e valores profissionais que estão na base das suas decisões vocacionais, desenvolvendo competências de tomada de decisão e de integração no mundo profissional. É realizada anualmente a feira de orientação vocacional “12.º ano - Que escolha?”, que permite aos alunos contactar com diferentes instituições de ensino superior e esclarecer dúvidas sobre o acesso ao ensino superior e a oferta educativa. O SPO desenvolve a sua atividade em articulação e cooperação com toda a comunidade educativa e constituem-se como elemento fundamental na relação da escola com a comunidade envolvente, articulando
estratégias com os órgãos de direção e gestão da escola, diretores de turma e professores, núcleo de apoios educativos, Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno e demais intervenientes da comunidade educativa. Neste sentido, o SPO participa na divulgação da oferta educativa da escola, na dinamização de sessões de educação sexual, na organização de eventos na área da psicologia. O SPO procura dar resposta às solicitações dos agentes educativos, contribuindo para a adaptação e integração do aluno, para o seu sucesso educativo, para a promoção de atitudes positivas e para a socialização do mesmo, favorecendo o processo de ensino-aprendizagem. A intervenção do SPO contribui para a igualdade de oportunidades, para a aproximação entre a família, a escola e o mundo profissional, para a qualificação de jovens e adultos, para a prevenção do abandono escolar precoce e para o desenvolvimento integral do aluno. Carla Sofia F. Rodrigues (Psicóloga Escolar da ESMS)
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• Escola com Pedalada
Movimentação Responsável desafios e constrangimentos
• A transformação da cidade e do cidadão resulta em parte de uma influência recíproca, muitas vezes involuntária e nem sempre de um modo pensado e estruturado. O efeito do atual modelo desordenado de urbanismo tem consequências conhecidas na vida das pessoas, principalmente no domínio da mobilidade. É compreensível o desespero e ansiedade de muitos condutores quando enfrentam o tráfego rodoviário em determinados percursos e horários e quando esta situação caótica se repete continuamente, sem fim aparente. A mudança é desejada por muitos; alguns dispõem-se pensar na solução para os seus problemas, mas são poucos aqueles que realmente se esforçam por alterar comportamentos ambientalmente pouco responsáveis, conducentes a estilos de vida mais saudáveis. São estes cidadãos comprometidos com a mudança de hábitos que, através do seu exemplo, deveriam liderar os processos de crescimento e desenvolvimento das cidades no sentido da sustentabilidade. No plano da mobilidade, seria desejável uma oferta flexível e alargada de transportes de modo a possibilitar uma escolha adequada às necessidades individuais, transformando-a numa opção de deslocação mais racional e eficaz, onde a bicicleta e a pedonabilidade deveriam voltar a assumir um papel de destaque. As decisões no âmbito da mobilidade devem ser cada vez mais “smart”, capazes de
satisfazer cidadãos instruídos, criativos, tecnológicos, práticos, críticos e com anseios por soluções mais sustentáveis. A Escola Secundária Martins Sarmento pertence à família “Eco-Escolas”, um ambicioso programa de educação ambiental orientado para a comunidade educativa, demonstrando que esta escola é sensível e faz parte do fenómeno de adaptação das instituições de ensino. Neste contexto de afirmação de um projeto educativo ambientalmente
responsável, surge o projeto “Escola com Pedalada” na área da mobilidade suave. O seu propósito passa por estimular a utilização da bicicleta numa vertente recreativa, pretendendo também incutir maior regularidade na sua utilização, numa perspetiva de transporte ativo, logo mais saudável. Nesta perspetiva, o clube “Escola com Pedalada” desafia-te, enquanto membro da comunidade educativa do Liceu, a contribuir com ideias e críticas (construtivas) para o uso da bicicleta como
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meio sustentável e seguro de fazer o percurso até à escola, através do e-mail: ricardo.lopes@esmsarmento.pt. Todas as ideias que visam o aumento de utilizadores, do modo pedonal ou em bicicleta, para cumprir o trajeto até ao Liceu serão bem-vindas e avaliada a sua viabilidade. O ambiente e a saúde são duas boas razões para usarmos regularmente a bicicleta. Além destas, este transporte, segundo os últimos estudos, é reconhecido como o meio mais eficaz de deslocação em ambiente urbano para distâncias até 5 km, principalmente em situação de trânsito. As crianças e jovens que usam a bicicleta e se deslocam a pé revelam mais independência e autonomia na sua mobilidade. Os modos ativos de deslocação (pé e bicicleta) permitem uma autêntica apropriação do espaço urbano, intensificando a relação do cidadão com o seu espaço citadino. No plano da mobilidade, estas evidências justificam alguns cuidados a ter em conta na construção e requalificação do espaço urbano, nomeadamente se
existem dados objetivos que apontam para a qualidade e quantidade dos movimentos pendulares e dos fluxos rodoviários e se estes são considerados na tomada de decisão. Em última análise, a qualidade e pertinência das propostas urbanísticas devem conciliar as exigências ambientais e as reais necessidades de mobilidade do cidadão sem romper o equilíbrio essencial a uma saudável coexistência entre cidade e cidadão. Prof. Ricardo Lopes, responsável pelo projeto “Escola Com Pedalada” e membro da ERDAL
O ambiente e a saúde são duas boas razões para usarmos regularmente a bicicleta. Além destas, este transporte, segundo os últimos estudos, é reconhecido como o meio mais eficaz de deslocação em ambiente urbano para distâncias até 5 km, principalmente em situação de trânsito.
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• Curiosidade informática
Kubo-Robot. Os dinamarqueses que venceram a Web Summit em 2016 • Na Web Summit 2016, este ano realizada em Portugal, mais de 200 startups concorreram ao Pitch. A vencedora desta edição foi a startup dinamarquesa Kubo-Robot, cujo objetivo principal é o de ensinar programação a crianças. Tommy Otzen, o CEO da Kubo, refere que construíram um robô em forma de cubo dotado de um sistema de inteligência artificial e que reconhece sinais básicos, como setas ou cores. Esse robô tem de percorrer um caminho em cima de um tabuleiro de jogo que inclui um rio e uma ponte. A ideia é que a criança vá colocando, ao longo do tabuleiro, pequenos cartões com ordens para que o robô avance pelo caminho certo. Com este sistema defendem os criadores - as crianças aprendem a controlar o robô através da utilização de ordens certas, sendo esta a base da programação utilizada neste jogo. Prof. Sérgio Coelho
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• Artes-Visuais - 12º AV1 e AV2
Banda desenhada no mundo das artes visuais
Bárbara, 12º AV1
• Estudo sobre a importância da banda desenhada no mundo das artes visuais e na capacidade do aluno de a desenhar. Com o primeiro desenho, através do exercício de estudo e reprodução de uma vinheta ao seu gosto, o aluno desenvolve a sua capacidade de seleção e identidade. Com o segundo, o aluno entra no domínio criativo e produz a sua própria banda desenhada. Prof. Vasco Carneiro
Sara, 12º AV1
Diana Alves, 12º AV2
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Beatriz, 12ยบ AV2
Sofia Costa, 12ยบ AV1
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•Artes Visuais
A partir de Amadeo No dia 1 de novembro de 1916, era inaugurada, no salão de festas do Jardim Passos Manuel, onde agora se situa o Coliseu do Porto, a primeira e única exposição individual organizada em vida de Amadeo de Souza Cardoso. Há um século, as obras de Amadeo de Souza Cardoso terão sido vistas no referido jardim por mais de 30 mil pessoas. Passados 100 anos, o Museu Nacional Soares dos Reis reuniu e apresentou 81 obras das 114 exibidas na primeira e única exposição individual do pintor organizada em vida. Os alunos do curso de artes visuais tiveram oportunidade de apreciar e analisar a exposição na visita de estudo organizada pelo grupo disciplinar de artes visuais em novembro passado. Apresentamos a proposta adiantada aos alunos que passou pela seleção de um original de Amadeo de Souza Cardoso, o estudo das especificidades processuais… analisar, comparar e discutir diferenças e semelhanças… até surgir a invenção, uma interpretação pessoal da obra escolhida por cada um. Mostrámos nesta página as criações dos alunos da turma AV2 do 11º ano. Profª. Raquel Silva
Andreia Costa, 11º AV2 (pormenor)
Cláudia Freitas, 11º AV2 (pormenor)
Adriana Lopes 11º AV2 (pormenor)
Carolina Salgado, 11º AV2
Bárbara Castro, 11º AV2
Cátia Abreu, 11º AV2 (pormenor)
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Ana Catarina Lopes, 11º AV2 (pormenor)
Joana Arantes, 11º AV2
Bárbara Lopes, 11º AV2
Hernâni Fernandes, 11º AV2
Ana Helena Costa, 11º AV2 (pormenor)
Soraia Lopes, 11º AV2
Bruno Fernandes, 11º AV2 (pormenor)
Lídia Lemos, 11º AV2 (pormenor)
Marta Marques, 11º AV2 (pormenor)
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Inês Gonçalves, 11º AV2
• Artes Visuais
Sketch book
Marta Marques, 11º AV2
Sara Alves, 10º AV2
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Sara Alves, 10º AV2
Sara Alves, 10º AV2
Bruno Fernandes, 11º AV2
Sara Novais, 11º AV2
Sara Alves, 10º AV2
Sara Novais, 11º AV2
SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 16
FAZ; RA; SA; IRA; ET; CEM; EMA; UM; EUROPA; PARADA; MALAR; ARAME; C; MARE; RAMO; R; AM; MAL; ARE; CE; SAP; RA; DA; FAZ; ALEM; D; A; ARIA; MECANOGRAFIAS; SARA; SIAR; V; RESPOSTAS; C; EM; SAI; ARI; AR; TAS; LA; LO; RUI; ATAI; N; Ã; FILA; RELATO; OPERAR.
Sara Alves, 10º AV2
Sara Alves, 10º AV2
Sara Alves, 10º AV2
Sara Alves, 10º AV2 Sara Alves, 10º AV2
Sara Alves, 10º AV2
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(1º PTM e Gabinete de Imagem e Comunicação)
• Reportagem fotográfica
Maçãzinhas 2016
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Jornal ‘O Pregão’ online em http://issuu. com/opregao Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email: o.pregao@esmsarmento.pt
Equipa de ‘O Pregão’ Glória M. Machado João M. Ferreira Jorge C. Faria José L. Faria José M. Teixeira M. Fátima Lopes Rosa M. Machado
16
www.esmsarmento.pt
Palavras Cruzadas 16 H
1
nem sistemas filosóficos e morais a enunciar; pode e deve representar a contraditória experiência do todo e do nada da vida, do seu valor e do seu absurdo.” Por isso, entendemos que o jornal da escola, como espaço de escrita, de opinião, de partilha, tem tido também a missão de ser condutor na reflexão e, desta forma, um espaço imprescindível no meio escolar. Embora com diferentes tipos de intervenções, esperamos que este Pregão seja de alguma forma a voz de alguém vivo e que nunca adormeça, que continue com força e impeça que o “Império” se desfaça, continuando até que se “cumpra Portugal”! Prof.ª Glória Machado
Post it
“Um homem que se curva não endireita os outros” Aristóteles
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1
Conclui; rádio (s.q.); apelido; cólera.
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“Extraterrestre”; dez ao quadrado; grande ave corredora; o primeiro dos números naturais.
3
Nome de um continente; espaço no interior de um quartel onde se realizam formaturas, instruções, revistas, etc.
4
Osso par da face; fio de qualquer metal puxado à fieira.
5
Fluxo e refluxo dos acontecimentos sociais; porção de flores ou outras coisas ligadas juntamente.
6
Amerício (s.q.); doença; unidade de medida de superfície, de símbolo a, equivalente a cem metros quadrados (1 decâmetro quadrado); cério (s.q.).
7
“Serviço de Atendimento Permanente”; “Região Autónoma”; concede; realiza.
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Longe; andamento orquestral ou peça instrumental de expressão cantabile.
9
Datilografia, taquigrafia ou cálculo por meio de máquinas (pl.).
10 Nome feminino; fechar parcialmente as asas (a ave) para descer mais depressa. 11 Reação do organismo a qualquer estímulo (pl.). 12 Sobre; abandona; nome masculino; aparência.
Prof. António Costa
13 Bigorna de aço, sem hastes, usada pelos ferradores e nos estabelecimentos de cunhar moedas; nota musical; lado do navio voltado para o vento; nome masculino.
Geração do 'Nem'. Lídia Lemos, 11ºAV2
14 Amarrai; série de pessoas, animais ou coisas, colocadas umas atrás das outras. 15 Narração pormenorizada; executar. V
1
“Federação dos Editores Europeus”; contraem matrimónio; impedir através do veto.
2
Peixe, abundante no Algarve; calamidades; lance final.
3
Memória de computador; errar; tempero.
4
Grudam; oceanos; atravessava.
5
Restabelecer; que soa como se fosse dito pelo nariz.
6
Pálido; instrumento musical de teclas, cujas cordas são percutidas por martelos acionados pelas teclas.
8
Imagem ou grupo de imagens que marca o início de um espaço publicitário; grande exposição coletiva.
9
Pousara no mar o hidroavião; pessoa notável.
10
Dinheiro; aguçai; crença.
11
Patrão; indiferentes; gracejar.
12
Malcriado; pintar de branco; lição.
13
Gosta muito; orações; tirar do nada.
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