Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 Código da Escola: 402187 Diretora: Ana Maria Silva Coordenação Geral: Joana B. Silva Grafismo e paginação: José Faria Email: o.pregao@esmsarmento.pt nº 19
Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães
Setembro 2018
O Liceu: a nossa escola O que é uma escola? Para que serve a escola? O que é este liceu? Desde pequeninos que os nossos pais desejam que entremos para a escola com alegria. E que nela, Escola, onde se enforma a vida, sejamos bem tratados. Ser bem tratado significa, não apenas receber uma educação integral de excelência, mas, também, estarem atentos a nós, à nossa diferença, às nossas fraquezas e capacidades: acolherem-nos bem. É para isso que a escola serve. Afinal, nesse lugar cria-se identidade. Espaços, língua, território, símbolos, valores comuns, conteúdos, competências, projetos, pessoas, realizações... confluem, em geometrias de complexidade variável, para nos ensinarem a saber como estar, ser e viver com o Outro. Tudo o que aprendemos na escola não é uma preparação para a vida; não. É já vida. A minha vida. É por isso que a Escola é tão importante. Muitos alunos chegam agora, de novo, ao Liceu. Já sabem muitas coisas. Sabem que as Festas Nicolinas estão ancoradas nesta instituição que recebeu o nome de um notável arqueólogo vimaranense, Martins Sarmento. Sabem que o Liceu é portador de uma história transversal a muitas gerações. Sabem que há bom ambiente, que a inclusão e a equidade não são palavras vãs. Aqui, os alunos sabem que têm horários de turno único, que têm projetos e clubes à disposição da sua criatividade e pensamento crítico. Que têm profissionais que os ajudam a resolver os seus problemas. E depois há O Pregão, o nosso jornal que mudara de nome em 2003. Fez em março 15 anos que o professor António Leite, percebendo a alma desta comunidade escolar, deu um new look a um dos rostos do Liceu. Recordemos, saudosamente, umas linhas do seu editorial: “Vou adoptar algo que é bem nosso — O Pregão — o grito audível e vi-
sível da nossa existência, a voz que ajudou, ao som dos tambores, a projectar esta escola no calendário das mais concorridas festas estudantis.” Folheiem-me! Verão que as minhas páginas estão prenhes de atividades, encontros, imagens, desenhos, relatos... histórias que se vão contando e ilustram o trabalho desta comunidade escolar. Poderemos ser injustos em destacar esta ou aquela iniciativa, por isso convidámo-los a ler o que se fez, desde a última publicação online (março/n.º 18).
continua na última página
Foto: Gabinete de Imagen da ESMS
Editorial
DESTAQUE:
Mostra de projetos
CURSOS PROFISSIONAIS
Notícias: Concurso de Curtas Metragens “Jovens Iluminados”: ESMS conquista o 2.º lugar Destaque: Jornadas Culturais 2018
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Projeto Voltar à Escola: 40 Encerramento do projeto 'Dê 10 min. à Língua Portuguesa
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Destaque: Projeto "A Empresa" Equipa da ESMS ganha prémio “Santander”
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Universo ESMS: Erasmus+ em Eindhoven Diário de viagem…
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Sketchbook: Artes Visuais: Registos gráficos
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Ana Luísa Silva, Ana Rita Martins, Bruna Ribeiro e Jéssica Costa, com a miniempresa WorldBlind
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Em destaque Vídeo do projeto em: https://www.youtube.com/watch?v=zA0Q0MV_Xnw • Participação de alunos dos cursos profissionais no projeto “A Empresa”
Equipa da Secundária Martins Sarmento ganha prémio “Santander” A Escola Secundária Martins Sarmento aderiu ao projeto “A Empresa”, da responsabilidade da Junior Achievement Portugal, lançando um desafio a todos os alunos dos segundos anos dos cursos profissionais, com o intuito de desenvolver nos seus alunos competências de pesquisa e conhecimentos autónomos num contexto real. Deste modo, e respondendo ao desafio, as alunas Ana Luísa Silva, Ana Rita Martins, Bruna Ribeiro e Jéssica Costa, com a miniempresa WorldBlind; os alunos João Costa, Luís Lopes, Ricardo Ferreira, Romão Pinto e Tiago Monteiro, com o produto DriveAware; todos os alunos do 2º ano do Curso Profissional de Técnico de Vendas e os alunos Bruno Lopes, Márcia Abreu, Tiago Ribeiro e Vítor Lemos, do Curso Profissional Técnico de Qualidade de Calçado e Marroquinaria, com a miniempresa Walkers, destacaram-se na fase distrital, passando à fase regional. Assim, no dia 2 de maio, no Hard Club, realizou-se a Feira (I)limitada do Porto, onde estes três grupos de alunos participaram, apresentando em palco o seu “pitch” e divulgando, durante a tarde, o seu produto num stand. Esta participação, resultado de esforço e dedicação, colheu os seus frutos, tendo a equipa criadora da miniempresa WorldBlind passado à fase nacional. O seu produto, DriveBlind, consiste numa bengala para invisuais com sensor de obstáculos e GPS integrado, diretamente ligado por Bluetooth a um auricular sem fios. A fase nacional realizou-se no Museu do Oriente, em Lisboa, no passado dia 28 de maio, onde estavam presentes vinte e seis miniempresas. Aí, a equipa da ESMS teve de fazer uma nova apresentação do pitch e submeteu-se a uma entrevista, toda ela em inglês, para explicar o seu produto a diferentes empresários presentes. Esta prestação foi excelente, tendo-lhe
garantido o prémio Santander como reconhecimento pelo seu zelo, rigor e capacidade de trabalho. Não passaram à fase europeia, no entanto, foi muito gratificante terem esta visibilidade pública e, assim, em contexto real, usufruirem de uma oportunidade de adquirir novas competências de trabalho em equipa. Neste sentido, desenvolveram um espírito inovador e empreendedor, capacidades que devem caracterizar a postura dos alunos dos Cursos Profissionais e às quais tanto se apela nesta escola.
Para além da WorldBlind, a nossa escola foi representada, na final regional, pela equipa da DriveAware, do 2º ano do Curso Profissional de Técnico de Vendas e a Walkers Bag, do Curso Profissional Técnico de Qualidade de Calçado e Marroquinaria, com a miniempresa Walkers, destacando-se na fase distrital, ao passar para a fase regional.
Ana Silva, Ana Martins, Bruna Ribeiro, Jéssica Cunha, 2º PV
A final regional da Feira (I)limitada realizou-se no Porto, no Hard Club, onde os três projetos da ESMS apresentaram o seu “pitch” e divulgaram o seu produto num stand.
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Esta iniciativa tem como principal objetivo dar a conhecer à comunidade escolar e ao tecido socioeconómico local, o trabalho realizado pelos alunos e pelas diferentes equipas educativas dos três anos dos cursos profissionais.
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Em destaque Reportagem em: https://www.youtube.com/watch?v=PDuRYH6HqUE&t=40s&frags=pl%2Cwn
1ª Mostra de Projetos
Cursos profissionais No âmbito do Plano Anual de Atividades da nossa Escola decorreu, no passado dia 28 de junho, a 1ª Mostra de Projetos com trabalhos dos alunos dos cursos profissionais. Esta iniciativa teve como principal objetivo dar a conhecer à comunidade o trabalho realizado pelos alunos e pelas diferentes equipas educativas dos três anos dos cursos profissionais em funcionamento na nossa escola. Nesta mostra divulgamos as diferentes dinâmicas que caracterizam os cursos e o espírito empreendedor dos nossos alunos. Os visitantes conheceram os vários projetos desenvolvidos pelos alunos. Os do 1º ano, numa lógica de lecionação interdisciplinar e articulada do currículo, pretenderam ser projetos aglutinadores de aprendizagens das diferentes disciplinas. Os projetos do 2º ano pretenderam desenvolver competências de empreendedorismo através da criação de Mini Empresas. Os do 3º ano são os projetos desenvolvidos pelos alunos no âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional em que os alunos aplicam os conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso de formação e que os capacita para o exercício de uma atividade profissional. Esta iniciativa promoveu uma troca de experiências entre alunos/escola e empresários de forma a criar sinergias com o mundo empresarial para uma maior aproximação das duas realidades. Profª. Rosa Dinis
Este evento contou ainda com o concurso 'O Melhor Projeto da PAP' que reconheceu a qualidade do projeto do Bruno Vale, aluno finalista do Curso Profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos
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• Projeto de turma 1º PM
Multimédia por uma causa No projeto de turma do 1º ano de multimédia, os alunos foram desafiados a promover uma causa social através dos vários registos multimédia como o design, som, vídeo e fotografia. O projeto teve a preocupação de ir ao encontro do repto lançado pela escola, ou seja, dinamizar o projeto numa lógica de lecionação interdisciplinar e articulada do currículo. Assim, em diferentes fases e disciplinas, o projeto ganhou forma e promoveu a reflexão de temas como a discriminação sexual, violência no namoro, direitos das crianças, violência doméstica e fanatismo no futebol. A orgânica das campanhas teve também a preocupação de seguir uma metodologia empresarial, com atribuição de cargos entre os elementos do grupo e uma lógica de criação
de marcas, com a promoção de processos de branding e apresentação de produtos. O resultado final ficou visível em marcas, websites, campanhas publicitárias impressas e em vídeo. Os projetos foram mostrados à comunidade na 1º Mostra de Projetos realizada no passado dia 28 de junho. Prof. José Faria
Campanha 'LGBT+' No início do 2º período, fomos desafiados a realizar uma campanha social como base do nosso Projeto de Turma. O tema que escolhemos foi o preconceito LGBT+ porque consideramos ser um assunto interessante de ser explorado no ambiente escolar. Hoje em dia, apesar de alguma flexibilização de mentalidades, o preconceito ainda existe. Rotula-se, discrimina-se e há ainda quem adote comportamentos pouco assertivos. O nosso objetivo foi tentar sensibilizar os alunos da Escola Secundária Martins Sarmento para o tema e tentar diminuir a discriminação e o preconceito. Ao longo do projeto, conseguimos criar uma marca. Procuramos que essa espelhasse o valor da nossa causa. O elemento figurativo do logótipo representa duas raparigas a beijarem-se. Este gesto revela a parte lésbica da sigla LGBT+. Foi criado através de vectores retirados a partir de uma foto da nossa autoria. O nosso nominativo é “PRIDE”, ou seja, esta palavra preconiza o apreço, pois devemos ter orgulho no que somos. A cor escolhida foi o roxo, uma vez que é uma cor neutra e, também,
porque é uma das cores do arco-íris. Foi precisamente às cores do arco-íris que nós recorremos para lhe dar um aspeto mais jovial e descontraído. Estas tonalidades estão presentes sobretudo na nossa campanha impressa, composta pelos cartazes e panfletos. Produzimos, em paralelo, uma entrevista (formato de áudio), um vídeo (spot comercial) e um website.
Com este trabalho conseguimos desenvolver as nossas capacidades nas disciplinas técnicas e preparamo-nos para possíveis situações na nossa vida profissional. Carlos Silva, Helena Abreu, Hernâni Teixeira e Margarida Santos, 1º PM
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'SOS Violência Doméstica' No âmbito do projeto de turma de multimédia, o nosso grupo escolheu um tema muito em voga na atualidade: a violência doméstica. Começamos por fazer um estudo onde ficamos a saber que diariamente 14 mulheres, 3 idosos, 2 crianças e 2 homens são vítimas de maus-tratos. Face a esta situação, ficamos chocados com o número de denúncias. O nosso objetivo foi, então, o de sensibilizar a comunidade escolar para o tema, pois, apesar de ser uma problemática da atualidade, não é muito discutido na nossa escola. Neste projeto, dinamizamos várias tarefas coisas com vista a chamar a atenção de toda a comunidade escolar para esta temática. Assim, elaboramos um cartaz, um flyer, uma entrevista para a rádio escola, um vídeo sobre o tema e um website. Criamos e vendemos rifas de forma a podermos suportar os custos
do projeto. Após este projeto, concluímos que o trabalho em grupo é complicado, pois sentimos dificuldades em estabelecer estratégias comuns a todos, mas conseguimos chegar sempre a bom porto. Com
este projeto, preparamo-nos melhor para o nosso futuro nas áreas técnicas de multimédia, pois desenvolvemos muitas competências nessa área específica. Ana Carvalho, Beatriz Castro, Cristiana Rocha, 1º PM
'Stopunch': não à violência nos estádios O nosso projeto de turma consiste em apelar à não violência nos estádios através de uma campanha publicitária promovida pelos multimédia. O objetivo do projeto foi, portanto, consciencializar a comunidade Martins Sarmento e a população em geral sobre as consequências associadas a comportamentos violentos nos estádios de futebol para o infrator e para o seu clube. Logo no início deste projeto, fomos desafiados a criar uma ‘marca’, com um nome e identidade própria. Assim, na primeira fase, criamos a “Stopunch” que surgiu a partir da palavra inglesa stop, cujo significado é conhecido de todos, à qual juntamos punch que significa soco, ou seja, queremos parar a violência. Escolhido o nome, criamos um logótipo. As suas cores são o vermelho, pois simboliza a paixão vivida por um adepto e, também, o sangue derramado no estádio, já o verde representa a esperança que temos de acabar com a violência nesses
recintos desportivos, que é o objetivo desta campanha. De seguida, passamos para a divisão da comunicação. Para tal, elaboramos uma campanha impressa com: panfletos, cartazes, website, spot de vídeo e áudio. Ao
longo do projeto, levamos a cabo várias apresentações e, na Mostra de Projetos, fomos avaliados por um júri. Tiago Sousa, Francisco Fernandes, Leonardo Silva, Marco Ferreira , 1º PM
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• Curso Profissional de Técnico de Vendas
Desfile de moda e exposição e venda de obras de arte no Museu de Alberto Sampaio Nos dias 31 de maio e 1 de junho, no Museu de Alberto Sampaio, decorreu um Desfile de Moda e Exposição e Venda de obras de arte, evento inserido na componente empírica de dois Projetos de Aptidão Profissional, da autoria das alunas Susana Silva e Jéssica Henriques, do Curso Profissional de Técnico de Vendas, da Escola Secundária Martins Sarmento. Estes projetos foram integrados na temática da Comunicação Below the Line. O Desfile de Moda resultou de uma parceria estabelecida com a Escola Profissional Cenatex e o seu Curso de Design de Moda, com o intuito de dar a conhecer os vestidos e coordenados concebidos pelos jovens alunos. A aluna Susana Silva, responsável por este projeto, integrou, inclusivamente, o grupo de modelos no desfile. A exposição e venda das obras de
arte contou com a colaboração da turma do 11º AV1, do Curso de Artes Visuais, da Escola Secundária Martins Sarmento, tendo, para o efeito, sido redigido, por ambas as partes, um contrato de consignação. A divulgação da Mostra de Arte foi bem conseguida, uma vez que, no final, alguns dos quadros foram vendidos. Para a promoção deste evento, as alunas prepararam cartazes e convites, que foram distribuídos por professores, familiares e amigos. A Diretora da Escola, bem como a Diretora de Curso e a Professora Orientadora dos projetos assistiram ao Desfile de Moda, apesar de ter sido realizado num feriado, dia santo. Por fim, o testemunho dos convidados presentes no evento foi muito positivo, tendo as alunas ficado muito satisfeitas com o resultado final e
agradecidas pela colaboração das entidades externas na concretização dos respetivos Projetos de Aptidão Profissional. Susana Silva e Jéssica Henriques, 3º PV
• Formação em Contexto de Trabalho
“Conta-nos como foi...." No âmbito do estágio, do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde, decidimos participar neste concurso, intitulado, “Conta-nos como foi…”, para partilharmos a nossa experiência do primeiro dia de Formação em Contexto de Trabalho. O medo, o receio e o entusiasmo estiveram presentes no primeiro dia, era verdadeiramente um misto de sensações que sentíamos. Medo de não alcançar as expectativas; receio em criar laços fortes com os doentes e medo de presenciar a morte de um ser humano. No entanto, partilhamos também entusiasmo, porque estávamos a entrar numa nova fase da nossa vida, em que iriamos ser colocadas à prova e também seria a oportunidade ideal para demonstrar conhecimentos
adquiridos em sala de aula. Refletimos imenso com a elaboração deste “testemunho”, pois passamos a estar mais conscientes do que é ser um Técnico Auxiliar de Saúde. Verificamos que as suas competências vão para além do auxílio nos cuidados prestados ao doente. Ainda constatamos que é necessário que o TAS saiba ser paciente, saiba adotar estratégias para lidar com os diversos doentes e, fundamentalmente, veja cada doente como um todo e não apenas como um objeto aos nossos cuidados! A participação neste concurso foi muito relevante, não somente pelas reflexões que fizemos enquanto elaboramos este texto, mas sobretudo porque também foi um momento em que pudemos dar a conhecer o quão
este dia nos marcou e reparar na nossa evolução tanto a nível pessoal, como a nível profissional. Para tal, fomos sempre aperfeiçoando a nossa prática diária, durante as várias Formações em Contexto de Trabalho, tornando-nos cada vez mais autónomas e mais responsáveis. Carla Teixeira, Bruna Fernandes, Carina Oliveira, Clara Ribeiro, Marta Cunha, 3º TAS
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Mais umas Jornadas Culturais da Martins Sarmento Nos dias 21, 22 e 23 de março, a ESMS realizou as suas IX Jornadas Culturais, uma iniciativa que faz parte da tradição da nossa escola. Ao longo de três dias, a Martins Sarmento levou a cabo inúmeras atividades dirigidas a alunos, a pais e encarregados de educação e a toda a comunidade em geral. Todas os empreendimentos tiveram como objetivo principal desenvolver nos alunos, numa perspetiva integradora, competências cognitivas, sociais, cívicas e culturais. Pretendeu-se responder a um desafio dos próprios alunos: contactar com especialistas de diferentes áreas do saber e, desta forma, aprender em contextos diferentes da sala de aula. As palestras que fizeram parte do programa foram organizadas pelos diferentes grupos disciplinares, procurando ir ao encontro dos interesses do maior número possível de alunos. O momento musical da sessão de abertura foi a forma escolhida através da qual se recebeu os alunos das escolas básicas que, no primeiro dia destas Jornadas, participam nos já clássicos Laboratórios Abertos. Alunos e professores de diferentes cursos da ESMS organizaram atividades que pretendiam mostrar aos visitantes aquilo de que são capazes em contexto laboratorial. Estas iniciativas envolveram diferentes áreas do saber desde a Física e Química, à Biologia e Geologia,
à Matemática, às Artes, passando pela Multimédia, pela Robótica, pela Saúde e pela Restauração. Neste dia, celebrou-se também o Dia Mundial da Árvore com a iniciativa Toma e Planta, organizada conjuntamente pelo Projeto Eco-Escola e pela Coordenadora da Segurança. Num gesto simbólico, foi oferecido a cada turma que nos visitou um exemplar de uma árvore a ser plantada nos jardins das suas escolas, tendo sido assinado um compromisso para o efeito. Nos dias 21 e 22 à noite, a ESMS abriu as portas aos pais e encarregados de educação com duas sessões Acompanhar e Responsabilizar: como fazer?, organizada pela Associação de pais e Encarregados de Educação da ESMS e apresentação do Plano de Ação Estratégica- Sucesso Escolar sob a tutela da Biblioteca e Centro de Recursos da escola. Foi possível refletir, com os pais e encarregados de educação, sobre estratégias facilitadoras e necessárias para que os nossos alunos possam atingir a excelência. Os Torneios Desportivos planeados pelo Grupo de Educação Física foram uma das atividades em que os alunos participaram mais ativamente e onde o mérito desportivo se manifestou. Ao longo dos dois primeiros dias, os torneios sucederam-se de forma intensa e envolveram toda a comunidade escolar, quer direta quer indiretamente.
Os Torneios Desportivos organizados pelo Grupo de Educação Física foram uma das atividades em que os alunos participaram mais ativamente e onde o mérito desportivo se manifestou. Ao longo dos dois primeiros dias, os torneios sucederam-se de forma intensa e envolveram toda a comunidade escolar
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No dia 22, pela manhã, foi altura para falar de Segurança na Internet. Elementos das Forças de Segurança, afetos ao Programa Escola Segura, vieram à escola para fazer recomendações sobre como fazer para criar e partilhar conteúdos na Internet, de forma responsável e consciente. Foi a data que a ESMS escolheu para assinalar a efeméride europeia - Dia da Internet mais Segura 2018 – que este ano tem como tema “Cria e partilha com responsabilidade: Uma Internet melhor começa contigo”. Ainda no dia 22, no período da tarde, falou-se de Conciliar é Preciso! Tarantini veio à ESMS conversar com os alunos e, durante cerca de 45 minutos, mostrou que é fundamental conciliar os estudos com a prática desportiva de alto rendimento. No presente ano letivo, a ESMS integra o Projeto-piloto Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE). O seu objetivo principal é o de criar condições para que os jovens alunos e atletas possam conciliar, com sucesso, a atividade escolar com a prática desportiva quando enquadrados no regime de alto rendimento, seleções nacionais ou que revelem potencial desportivo elevado. A atividade cumpriu plenamente os seus propósitos e a adesão de alunos e professores foi significativa. Em paralelo a esta iniciativa, decorreu a final do concurso “Jovem Cozinheiro Martins Sarmento”. Este concurso já faz parte da cultura organizacional da ESMS e mostra os talentos dos nossos jovens cozinheiros. Nesta edição, o júri foi constituído por antigos alunos que já desenvolvem a sua atividade como chefes de cozinha em restaurantes de renome, designadamente no Grupo José Avillez. O Sarau Cultural, que se realizou no dia 23 de março, no Centro de Artes e Espetáculos S. Mamede, finalizou as
IX Jornadas Culturais. O grande espetáculo da Martins Sarmento deu a oportunidade aos alunos de revelarem, mais uma vez, as suas aptidões artísticas e criativas e, simultaneamente, desenvolverem competências sociais e culturais. Nele foi visível o sentido de pertença de toda a comunidade ESMS. O envolvimento de alunos, pais, professores, assistentes, associação de estudantes e de pais mostra o valor que esta atividade tem para os que fazem parte da nossa comunidade educativa. Foi um espetáculo de som, luz e cor, repleto de momentos mágicos para todos os que nele participaram. A final do Liceu’ Got Talent
pôs a descoberto talentos que poderão abrir caminhos de realização artística e influenciar a vida profissional futura dos concorrentes. Foi um desfecho cheio de profissionalismo e de espírito de solidariedade e de companheirismo bem patentes no momento da revelação do vencedor da edição deste ano. A cobertura fotográfica e vídeo de todo o evento esteve a cargo do Gabinete de Imagem da ESMS. Foram três dias nos quais a ESMS não parou, demonstrando claramente o dinamismo de todos quantos se envolveram para que esta iniciativa fosse um êxito. Ana Maria Silva, Diretora da ESMS
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Universo ESMS
Foram três dias em que a Martins Sarmento não parou, demonstrando todo o seu dinamismo, numa abertura à comunidade envolvente
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Em destaque Atuações do Sarau em: https://www.youtube.com/user/ESMSARMENTO/ videos
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• Sarau Cultural 2018
Lago dos Cisnes Como vem sendo habitual em espetáculos anteriores que a nossa escola tem o prazer de oferecer a toda a comunidade educativa, este ano o grupo de Educação Física apresentou uma atuação verdadeiramente memorável, digna, na nossa perspetiva, de um galardão (perdoem-nos a escassez de modéstia!) E porque estamos sempre recetivos a qualquer desafio, desta feita, assumindo convictamente a nossa sensibilidade, delicadeza e talento inato, decidimos "recriar" o "Lago dos Cisnes", peça musical amplamente conhecida de Piotr Ilitch Tchaikovsky. Assim, após muito empenho e dedicação nos ensaios de preparação que o antecederam, somos de opinião que o Sarau 2018 foi engrandecido pela beleza de vários cisnes ( mais de umas do que de outros, é certo!). Foi um belo momento, de diversão, de romantismo, de feminilidade com a exibição de algumas aves mais musculosas! Enfim, um grupo eclético que se complementa e harmoniza! Um apreço e louvor a todos nós e a todos os que colaboraram dando o seu melhor! Agradecemos a oportunidade e prometemos cá estar para aceitar reptos futuros! Acreditamos que "juntos somos mais fortes" e, quando cada um de nós dá o melhor de si, atingimos o Sucesso! Parabéns a todos! Bom ano! O Grupo de Educação Física
A atuação subiu ao palco da sala de espetáculos do São Mamede e foi o ponto alto da segunda parte da edição, deste ano, do Sarau Cultural da nossa Escola
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• Jornadas Culturais
Laboratórios abertos de Biologia, Geologia e Saúde Estamos em 2018, e, no dia 21 de março, mais um ano de participação ativa dos nossos alunos na dinamização dos Laboratórios Abertos de Biologia, Geologia e Saúde, atividade integrada nas Jornadas Culturais. Na área da Biologia, da Geologia e da Saúde, alunos e professores empenharam-se na receção aos jovens alunos de 9º ano de outras escolas, assim como na divulgação de algumas das atividades que vão sendo desenvolvidas nas várias disciplinas da área, ao longo do ano. Mais uma vez foi de realçar a interação em clima de boa disposição, a curiosidade e o grande empenho do público envolvido. No laboratório de Biologia, foi possível observar, manusear, identificar estruturas em órgãos de um mamífero e identificar odores específicos e ver os famosos pintainhos que todos os anos nascem nos nossos laboratórios, depois de um período de tempo de grande dedicação de alunos, de professor e funcionários da escola. No Laboratório de Geologia, foi possível observar e identificar amostras de rochas que, ao longo dos anos, vão sendo recolhidas por alunos e professores em cada nova aula de campo, catalogadas e guardadas na escola. No Laboratório de Saúde, os alunos do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde ensinaram a fazer a manobra de Heimlich para a desobstrução de via aérea e a lavar corretamente as mãos, entre outras iniciativas. Obrigada a todos. Profª Frederica Sampaio
A iniciativa de Laboratórios Abertos divulgou a ciência entre os jovens das escolas do 1º. 2º e 3º ciclos , motivando-os para a Ciência e Tecnologia e, em particular, para a área da Biologia, Geologia e Saúde. O programa deste evento incluiu visitas a laboratórios, execução de experiências laboratoriais e demonstrações feitas pelos nossos alunos e professores.
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• Jornadas Culturais: Serviço de Psicologia e Orientação
Peça de teatro “Meu amor, dói” O Serviço de Psicologia e Orientação promoveu a peça de teatro “Meu amor, dói”, dinamizada pelo Projeto Tabu, com dramaturgia e encenação de Marcela Fernandes, para seis turmas de 11.º e 12.º anos, no âmbito dos seus Projetos de Educação Sexual. No dia vinte e três de março de 2018, a peça, apresentada em dois momentos, foi integrada no programa das Jornadas Culturais da Escola, e contou com a presença das turmas 11.º CT1 e CT6, 3.º PM e PV. No dia vinte e seis de abril de 2018, a peça foi reposta para as turmas 11.º SE1 e SE3. Cada peça foi constituída por três monólogos sobre violência sexual, baseados em relatos reais, em que o ambiente do espetáculo se desenrolava num cenário simbólico, ou seja, o limbo mental das personagens que iam descrevendo as suas histórias pessoais. A dramática história das personagens Ana, Eva, Varela e Zé tiveram um forte impacto, representando, metaforicamente, a problemática sexual que as personagens viveram e expondo abertamente todos os seus pensamentos sobre o que vivenciaram. Vocacionada para as questões da violência de género, a peça recorreu às artes cénicas como instrumento de intervenção social. A violência de género é considerada um obstáculo à concretização dos objetivos de igualdade, de desenvolvimento e paz, ao violar, dificultar e anular os direitos humanos e as liberdades fundamentais do ser humano. Os textos funcionaram como uma descarga elétrica da realidade, desencadeando nos espetadores um misto profundo de emoções e reações. As histórias foram um ponto de partida para o debate que permitiu a partilha de experiências por parte dos jovens e a troca de ideias sobre temas como a orientação sexual, a violência no namoro e a violência de género que incidiram na aceitação de papéis sexuais e na forma de abordar a sexualidade individual. O debate foi muito participado pelos alunos e professores, sendo as opiniões unânimes ao considerar a peça de grande utilidade, enriquecedora do ponto de vista das atitudes e valores e uma mais valia para os seus Projetos de Educação Sexual. Agradecemos ao Projeto Tabu a disponibilidade, a inovação e o profissionalismo com que vieram enriquecer a temática. Carla Sofia Rodrigues, Serviço de Psicologia e Orientação
Psicóloga Diana Teixeira do Espaço Municipal para a Igualdade e atores Diana, Rafael e Marcela do Projeto Tabu
Dinâmica de grupo sobre rótulos sociais e a forma como condicionam as relações interpessoais
Peça “Meu amor, dói” apresentada às turmas de SE, na sala dos espelhos
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• Serviço de Psicologia e Orientação
Comportamentos autolesivos na adolescência A adolescência é considerada uma etapa de desenvolvimento e maturação entre a infância e a idade adulta, sendo um período de desenvolvimento humano em que os jovens desenham a sua identidade, escolhem o que querem fazer profissionalmente e preparam o seu projeto de vida. Pode ser um período vulnerável em que há busca de independência dos pais e maior valor dos amigos e vontade de exploração de novas situações, com as quais o jovem não sabe ainda como lidar. Desta forma, os comportamentos autolesivos em adolescentes são de grande relevância, estando associados a doença psiquiátrica e à maior probabilidade de suicídio futuro. Atendendo à complexidade da temática, o Serviço de Psicologia e Orientação dinamizou, no âmbito das Jornadas Culturais, no dia vinte e dois de março, uma palestra sobre comportamentos autolesivos na adolescência, à qual compareceram o primeiro e segundo anos do Curso Profissional de Saúde. Os comportamentos autolesivos na adolescência constituem um problema de saúde pública, resultando em riscos físicos, sociais e educacionais significativos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, atinge 2% da população mundial, com predominância do sexo feminino. Cerca de 10% dos adolescentes apresentam comportamentos autolesivos pelo menos uma vez ao longo da vida, sendo que 40 a 60% dos adolescentes com psicopatologia apresentam este tipo de comportamentos. O comportamento autolesivo pode ser encarado como um comportamento com resultado não fatal em que o individuo: - iniciou comportamento com intenção de causar lesões ao próprio (ex: cortar-se, queimar-se); - ingeriu uma substância numa dose excessiva em relação à dose terapêutica reconhecida;
- ingeriu uma droga ilícita ou substância de recreio, num ato em que a pessoa vê como de autoagressão; - ingeriu uma substância ou objeto não ingerível, como detergentes, solventes. A automutilação é um dos comportamentos autolesivos mais frequentes, caracterizando-se como um comportamento direto, inaceitável e repetitivo, que causa ligeira a moderada lesão física, resultando em dano infligido no próprio corpo, em que há agressão direta ao corpo sem intenção consciente de suicídio e perturba o funcionamento fisiológico e psicológico do indivíduo e que não é social ou culturalmente aceite. O perfil clínico do adolescente com comportamentos autolesivos associa-se a ansiedade, depressão, impulsividade, agressividade, personalidade borderline, esquizotípica, dependente ou evitante, baixa autoestima ou consumo de substâncias. As estratégias de intervenção devem ser multidisciplinares, englobando Intervenções escolares que conduzam a uma redução do estigma sobre a saúde mental, a comportamentos de pedido de ajuda na situação de perturbação emocional e apostando no treino de estratégias de coping. Deve apostar-se na formação dos profissionais escolares acerca dos comportamentos autolesivos, que permitam uma maior facilidade de identificação de jovens em risco, que capacitem os técnicos
para lidar com estes jovens e que informem sobre o encaminhamento adequado a dar ao adolescente. Da mesma forma, deve haver uma maior facilitação do acesso aos cuidados de saúde mental dos jovens em risco, ou já com comportamentos autolesivos e capacitar os serviços de saúde mental que tratam os adolescentes em aceder a tratamentos do foro psicossocial. É importante promover o envolvimento do adolescente em atividades, na sua família e na sua comunidade. O encaminhamento para serviços técnico-pedagógicos das escolas, como o Serviço de Psicologia e Orientação, desempenha um papel fulcral. A psicoterapia é fundamental nos comportamentos autolesivos na medida em que: ajuda a identificar os problemas implícitos que provocam os comportamentos autolesivos; ajuda a procurar outras formas de lidar com a frustração; ajuda a regular a impulsividade e outras emoções; ajuda a gerir melhor a angústia/preocupação; permite desenvolver capacidades/aptidões de resolução de problemas mais assertivas; promove a autoestima e os relacionamentos sociais; fornece feedback e ativa rede de suporte. Desta forma, pode-se concluir que a intervenção deve ser abrangente e integrada, envolvendo vários domínios, como a família, a escola e a comunidade. Carla Sofia Rodrigues, Serviço de Psicologia e Orientação
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Notícias
“Toma e Planta” • Dia Mundial da Árvore
No dia 21 de março, integrando as Jornadas Culturais da nossa escola, assinalamos o dia Mundial da Árvore, com a atividade “Toma e Planta”. Foi com entusiasmo que oferecemos uma pequena árvore a cada uma das escolas que nos visitou, não sem antes um responsável se comprometer a cuidar devidamente desse novo ser vivo. Passar pequenas plantas para as mãos de alunos, de crianças e jovens de outras escolas, e vendo a sua alegria, revelou-se um prazer. Temos a certeza que estarão bem entregues e que crescerão fortes juntos. Projeto Eco escola e Coordenadora da Segurança
• Dia Aberto
A ESMS abre as portas à Comunidade A promoção da escola junto da comunidade é uma das metas do nosso Projeto Educativo e, no dia 12 de maio, cumprimos mais uma etapa dessa divulgação. O Dia Aberto Martins Sarmento foi uma iniciativa concebida dentro do espaço escolar, mas voltada para a comunidade. Foi uma atividade muito positiva e este sentimento é partilhado por todos os que participaram na sua realização, bem como por aqueles que nos visitaram. Este ano, conseguimos superar as nossas expectativas. Estamos certos de que tudo o que projetamos pretende promover o serviço educativo de excelência que nos caracteriza, e que juntos conseguimos atingir a excelência desejada em todas as atividades que realizamos. Este dia é mais um exemplo disso! Ana Maria Silva, Diretora da Escola
Os pais e alunos do ensino básico tiveram a oportunidade de conhecer as instalações, os cursos e algumas atividades que a escola desenvolve ao longo do ano.
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• Conciliar Sucesso Escolar e desportivo
Somos todos UAREE Terminada esta primeira experiência como Escola Piloto UAARE é possível fazer um balanço final do desenrolar de todo o processo de acompanhamento de Alunos/Atletas com carreiras duais, pertencentes por direito próprio ao Projeto UAARE – Martins Sarmento. Assim sendo, apesar de ter sido necessário trabalho árduo para promover uma forte e eficaz articulação de vontades, entre todos os envolvidos, tais como: Coordenador Nacional UAARE, Câmara Municipal, Diretora da Escola, Equipa da Sala de Estudo “Aprender+”, Diretores de Turma, Professores dos Conselhos de Turma, Alunos/Atletas, Encarregados de Educação, Federações, Clubes, Diretores Desportivos e Treinadores, foi alcançado com sucesso o desígnio para o qual todos nos propusemos. Não foi fácil, deu muito TRA-BA-LHO é verdade, no entanto, todo o esforço foi compensado, com a constatação de que todos os alunos/atletas, sem exceção, atingiram o sucesso escolar pretendido. Envolveu mudança de alguns paradigmas, compreensão das dificuldades/ necessidades de gestão de carreiras duais, aulas de recuperação, adiamento de testes sumativos, adaptações curriculares, aulas de apoio individualizado, apoio à distância, reuniões, formações, entre outras. Não foi um trilho fácil, mas foi certamente um caminho que valeu a pena percorrer. A devida consideração para todos aqueles que cooperaram e acreditaram no projeto, tendo sempre presente que os alunos são a razão da nossa paixão. O justo reconhecimento ao trabalho/esforço/dedicação que todos os Alunos/ Atletas demonstraram ao longo do ano, não só no seu percurso académico, mas também no seu percurso desportivo, o mérito também foi deles. A todos eles, manifesto a opinião de que nunca desanimem na vontade da procura dos seus sonhos. Votos de bom ano! Prof. Adelino Carvalho
No passado dia 30 de julho, teve lugar, no auditório da ESMS, a assinatura do acordo de cooperação para o fomento das carreiras duais, que sentou à mesma mesa a Câmara Municipal de Guimarães, a Escola Secundária Martins Sarmento | Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola, o Agrupamento de Escolas João de Meira e o Vitória Sport Clube. O acordo de cooperação contou com a presença de João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e Desporto.
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• Artes visuais e performativas
Primeiro encontro de antigos alunos de artes da ESMS Registo Momentos 1 foi o nome escolhido para um encontro que reuniu os trabalhos artísticos de vários antigos alunos da Escola Secundária Martins Sarmento, no passado dia 5 de maio, no Museu Alberto Sampaio, em Guimarães. Esta iniciativa juntou cerca de 20 criadores de várias áreas como a música, escultura, pintura, performances e vídeo, com a finalidade de criar um espaço de partilha entre variados diálogos artísticos. Segundo os seus impulsionadores, para além desse momento de comunhão, pretende-se que esse espaço seja de reflexão e de estímulo criativo em torno das problemáticas da arte em Guimarães e, até, em Portugal. A arte é, aqui, entendida como um conceito alargado que abrange o campo da prática artística e um outro mais próximo do âmbito industrial. A promoção da relação entre as vertentes educativa e artística também far-se-á com base nas vivências e nas expectativas das pessoas que participam neste projeto. A inauguração aconteceu no dia 5 de maio, pelas 16 horas, e contou com a atuação de alguns músicos que passaram pela nossa escola, entre eles: Diogo Cosme, Manuel de Oliveira, Mathilda, Toulouse e Virar DaSquina. O registo do impacto que a criação artística teve e tem em cada um dos participantes, bem como a sua interação na comunidade em que estão inseridos, será ainda objeto dum próximo encontro, a realizar em julho, na Casa da Memória, em Guimarães. Prof. José Faria
A inauguração aconteceu no dia 5 de maio, pelas 16 horas, e contou com a atuação de alguns músicos que passaram pela nossa escola, entre eles: Diogo Cosme, Manuel de Oliveira, Mathilda, Toulouse e Virar DaSquina.
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• Visita de Estudo com voluntariado
Morabeza com especial destaque, o apoio da ONG Colcheia, sediada em Guimarães, na pessoa do professor Óscar Ribeiro, que nos ofereceu o seu know-how e nos guiou pelas ruas… pela terra batida da “Bubista”.
... Foi uma visita de estudo diferente, que nunca se irá apagar das nossas memórias. Para muitos foi
Dez ilhas vulcânicas, na região central do Oceano Atlântico, constituem a República de Cabo Verde. País insular que os exploradores portugueses descobriram e colonizaram no século XV. E o escolhido para o projeto Volunteen dos alunos do 11CT2. Projeto aventura! Porque, de facto, foi à descoberta que partimos para a Ilha de Boa Vista. O objetivo? Oferecer o nosso tempo e as nossas ações voluntárias em jardins de infância da ilha. Paralelamente, diminuir a pegada ecológica que decorre da crescente oferta turística da ilha, através da limpeza de areais. É esta aventura que me pedem para descrever. Não é fácil, porém. Deveria sê-lo já que não foi imaginada. Foi real. Mas a dificuldade da sua redação prende-se com o embaraço de transformar em palavras as emoções que foram vividas, os toques, os abraços, os cheiros sentidos. As sensações são algo tão íntimo que, quando partilhadas, parecem perder a sua essência. “Morabeza!” Morabeza será a melhor resposta à questão que naturalmente ocorre após esta viagem. Cabo Verde é Morabeza. É ser genuinamente feliz. É ser amável, afável, delicado, gentil. Não se traduz. Sente-se. Foi de sentimentos este projeto. Muitos. Desde o seu início, um ano antes. Acreditar que a Escola Secundária Martins Sarmento poderia voar até terras africanas e “fazer diferente”. In loco. As empresas Filinto Mota, Donaire Portugal e Lasermind acreditaram e apoiaram o projeto. O Volunteen sentia-se fortalecer. Os encarregados de educação não o deixaram esmorecer nunca. Todos os intervenientes tornaram o Volunteen humanamente sentido. Igualmente grande, e
a primeira vez que viajaram de avião, foi a primeira vez fora de Portugal, mas para todos esta viagem foi especial pela companhia, pelos sítios que visitamos e que muito nos marcaram...
Estar em Boa Vista é ser capaz de dar, abraçar e sentir. Sentir como, de tão pouco, se fazem dias plenos. Foram assim os nossos 7 dias: plenos. Desde o primeiro minuto em que o despertador toca à 01.00 da manhã de sábado, logo seguido de toques de chats em que alguém grita “estou a sentir-me preparado, AGORAAA!”, um dia inteiro de viagem para chegar a Boa Vista e sentir aquele primeiro impacto de…choque!! Cabo Verde?!! Mas é tudo castanho!! Cores desertas que se espraiam até mergulhar na frescura azul esverdeada das águas do Atlântico. A um lado. Porque, do outro… uma das raras ruas de Sal Rei, a capital da ilha, ladeada por lojas de comércio
europeu… mas com sabores africanos oferecidos em bancas improvisadas na berma da calçada. Sair desta avenida significa entrar na Bubista que conheceríamos… na desorganização paisagística caótica, mas que se apresentaria bela. Porque há arte nos sorrisos das crianças que nos acolheram nas suas salas de aula. Não há muito mais. Tínhamos combinado não pesar as nossas malas com material escolar. Um ou outro par de conjuntos de lápis de cor e caderninhos, apenas. E essa foi a escolha acertada porque os jardins de infância que visitamos, que acolhem todas as crianças do bairro (degradado) da Boa Esperança, precisam mesmo é de quem possa ir até lá FAZER! Não há muitos educadores de infância nestes espaços. Há monitoras. Ávidas, elas próprias por aprender a fazer. E há crianças, sedentas de carinho! Muitas, em cada sala, que acariciam os nossos cabelos lisos e segredam que irão “casar com aquele titio”. Porque lhes oferecemos flores feitas de pedacinhos de papel fino, improvisadas no momento.
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A pobreza destes espaços contrasta com a alegria da praia e do cais, ao fim da tarde. O nosso momento. A reflexão. Sentados em círculo, partilhando visões e concordando que esta experiência já era, desde o primeiro dia, reveladora… de que a falta de luxo não significa falta de bem-estar. O sentimento era de que nunca havíamos imaginado que esta experiência seria tão profunda… até pelo impacto que nós próprios causávamos em alguns dos locais que, demonstrando alguma desconfiança, ainda assim nos abordavam com um caloroso “high five”. Concordamos, no final da noite, que há uma escolha a fazer: fechar os olhos e não correr riscos ou meter mãos à obra e fazer a diferença. Levantamo-nos no dia seguinte para comprovar isso mesmo. A empresa KLS, Comércio e Distribuições, recebe-nos e mostra-nos que o sonho, realmente, “comanda a vida”. Uma empresa que é, ela própria, espelho da vida do seu diretor. Grande! Alguém que depois de sair do “seu” Brasil, vem para Portugal como jogador de futebol, mas, por infortúnio, perde “tudo”. Arregaça as mangas, aprende a fazer e levanta uma empresa em Cabo Verde cuja missão é “vender com qualidade”. Alguém que nos ensina a nunca desistirmos dos nossos sonhos.
Foi na KLS que aprendemos um pouco da dinâmica das importações/ distribuições de produtos e foi com ela que honramos o compromisso com o meio ambiente, de fazer brilhar ainda mais as belas praias da ilha, tentando diminuir a grave pegada ecológica de que sofrem os areais de Sal Rei. Não demoramos mais do que 20 minutos a encher mais de uma dezena de sacos e caixotes com lixo deixado na praia… De manhã, no dia seguinte, o cenário é outro. Hora de conhecermos a Escola Secundária de Boa Vista e de sermos recebidos por uma turma de 11º ano. Não houve tempo para formalismos. A receção foi imediatamente calorosa. Assistimos às suas aulas de Português e de Química... até que nos convidam para a aula de Biologia. E lá fomos. Para a praia... recolher amostras de algas, numa aula que pareceu ter demorado 15/20 minutos. Calcorreando os extensos areais das praias circundantes, contavam-nos, orgulhosos, sobre a origem do nome de cada uma delas, e falavam-nos de como a Praia d’ Cruz acolhe o festival de verão em agosto. O último dia era chegado. E com ele uma experiência única. Um miminho que nos ofereceram. Uma volta à ilha. Primeiro, Rabil, para conhecer a arte da olaria local. E tocar uma morna com os músicos locais; depois, Povoação Velha, berço da primeira povoação da ilha. Duas
ruas ladeadas por casas baixas e que “fervilha” com a chegada de jipes com turistas. Daí, uma reta interminável por caminhos que raramente conhecem a água…pedras, pedregulhos, uma árvore aqui e ali e dois montes a cortar a planície até sermos levados à praia de Sta Mónica. Maravilhosa. Linda. Mais uns quilómetros e chegamos a um cenário de cortar a respiração: um deserto à beira mar. O Deserto de Viana e, com ele, a magia de surfar naquele mar de areia. Foi assim a Bubista. Chegou, triste, a “ora di bai. Xei de Morabeza”. Profª Brigitte Gomes
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• Curso Profissional Técnico de Vendas
Visita de estudo à Vista Alegre No passado dia 6 de março, as turmas dos 2º e 3º anos do Curso Profissional Técnico de Vendas tiveram o privilégio de visitar as instalações e de conhecer a riquíssima história da empresa Vista Alegre, em Ílhavo, Aveiro, fundada em 1824 pelo visionário José Ferreira Pinto Basto, oriundo do Norte do país, mais precisamente de Cabeceiras de Basto. Esta empresa produz cerca de 50 000 peças por dia, de gama média e alta, inseridas nos segmentos de porcelana de mesa, decoração, hotelaria, faiança e cristal, comercializadas nos mercados nacional e externo, representando este último uma quota superior a 60% do volume de negócios. A internacionalização da marca Vista Alegre deu os primeiros passos na década de 90, mas, atualmente, já se afirmou nos quatro cantos do mundo, tendo alcançado mercados improváveis como a Índia, onde inaugurou recentemente o último Showroom; a Coreia do Sul; os Estados Unidos e o Brasil, entre outros, sendo alguns dos seus clientes casas reais, como a rainha Isabel II. A Fábrica da Vista Alegre, que está prestes a comemorar o segundo centenário, já passou por períodos conturbados, tendo estado na iminência de colapso há menos de uma década. Porém, em 2009, foi integrada no Grupo Visabeira, detentor da maior parte do capital social, e agrega no seu portefólio as marcas Atlantis e Bordalo Pinheiro, bem como a loiça de mesa em grés, produzida pela Fábrica Ria Stone, cujo principal cliente e parceiro é o Ikea. O nosso anfitrião e guia, o Dr. Santiago, um dos responsáveis pelo marketing da Vista Alegre, começou a visita orientada pela capela privada, objeto de obras de restauro, na qual destacou as duas torres e dois púlpitos – características típicas das catedrais -, e o presépio Vista Alegre, com a presença física de Deus e a imagem da Padroeira “Nossa Senhora da Penha de França”, o túmulo do Bispo e reitor da universidade de Coimbra, nos finais do séc. XVII, D. Manuel de Moura Manoel, da autoria do escultor Claude Laprade, que se
Esta empresa produz cerca de 50 000 peças por dia, inseridas nos segmentos de porcelana de mesa, decoração, hotelaria, faiança e cristal, comercializadas nos mercados nacional e externo.
encontra na posição vertical. O guia partilhou connosco inúmeros episódios e curiosidades sobre a cultura ímpar da empresa, pela qual nutria enorme orgulho e abordava com fulgurante entusiasmo. Realçou que a Vista Alegre foi e é pioneira em várias vertentes sociais e recreativas. Assim, o primeiro desafio de futebol em Portugal foi organizado por esta empresa, assim como a primeira escola do país, em 1826. Na mesma época, os trabalhadores
foram brindados com um corpo de bombeiros e teatro privativos, um bairro operário cuja renda simbólica correspondia a um dia de salário, um grupo coral, refeitório, creche, pois a visão humanista e solidária, bem como o sentido comunitário de José Pinto Basto fez dele um empresário de sucesso, respeitado e venerado pelos seus trabalhadores, na medida em que procurava aliar o progresso da indústria ao investimento na educação e
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O Museu Vista Alegre reúne no seu acervo mais de 30 000 peças dos séculos XIX, XX e XXI, entre as quais peças domésticas, de Christian Lacroix, da rainha Pia de Saboia, peças com rostos, coleções de aves em biscuit, sendo que um faisão tem um custo de 800€ e uma perdiz 20000€, com pigmentos naturais.
cultura dos seus trabalhadores. Além de que era um requisito do recrutamento de novos colaboradores a apetência por um instrumento musical, a fim de integrarem a banda filarmónica. Ou seja, este empresário preocupava-se com o bem-estar físico e psicológico de todos os que o rodeavam e com o seu desenvolvimento pessoal e profissional. No trajeto entre a Capela e o Museu, o Dr. Santiago fez alusão ao hotel de charme, de cinco estrelas, “Montebelo Vista Alegre Hotel”, inaugurado recentemente pelo Presidente da República, que esteve encerrado durante três dias para apresentação de novos modelos da marca. Já na receção do Museu Vista Alegre, deparamo-nos com dois imponentes fornos que remontam à origem da fábrica, mas que perduraram durante longos anos em atividade, atingindo temperaturas de 1300º e 1400º para a cozedura da porcelana. As principais matérias-primas utilizadas no fabrico da porcelana são argila branca (caulino), quartzo e feldspato, sendo a primeira proveniente de Ovar e a última de Viseu. A primeira sala a visitar foi a do vidro, já que, numa primeira fase, José Ferreira Pinto Basto se inicia na produção de vidro, aplicando o saber fazer do setor vidreiro à porcelana. Durante a passagem por este espaço e aquando da admiração das magníficas peças expostas, o Dr. Santiago sublinhou que a palavra é um dos valores chave da empresa e os pedidos de testemunho do seu mentor são cumpridos por todos. Na Sala do Fundador, a peça mais importante é o seu busto, onde se pode apreciar o fato bordado pelas filhas, a condecoração do Estado da figura
nobre, empreendedora, católica e liberal, bem como a foto dos 100 anos da fábrica, o primeiro catálogo que data de 1824 e um LCD com vários tipos de catálogos – dos mais antigos aos mais modernos. A sala das Litofanias é reservada a exposições não permanentes: Feira de Paris, Frankfurt, Londres e Nova Iorque, e continha peças singulares. O Museu Vista Alegre reúne no seu acervo mais de 30 000 peças dos séculos XIX, XX e XXI, entre as quais peças domésticas, de Christian Lacroix, da rainha Pia de Saboia, peças com rostos, coleções de aves em biscuit, sendo que um faisão tem um custo de 800€ e uma perdiz 20000€, com pigmentos naturais. Há sempre um exemplar exposto, mesmo que se produza uma peça por encomenda, fica uma réplica na coleção, conforme eram os desejos do fundador. Contudo, as séries numeradas não se reproduzem. Uma outra curiosidade que, nos chamou a atenção, prendeu-se com o ouro cuja cor de origem é negra e, para ficar dourado, as peças vão ao forno a altas temperaturas, e com o facto de os pintores terem de possuir uma experiência/formação de 5 anos para estarem aptos a integrar a oficina de pintura que tivemos o prazer de visitar. Não é de estranhar que os preços de algumas peças sejam exorbitantes, uma vez que pudemos observar a minuciosidade a que está sujeita a sua pintura e os materiais preciosos que incorpora, assim como o recurso a artistas de alto gabarito - nacionais e estrangeiros -, onde constam (os que já desapareceram), numa tela decorada a preceito, que encima a escadaria de acesso, com uma árvore genealógica,
dando relevo aos pintores que marcaram a história da empresa e que contribuíram para que se tornasse célebre no país e além fronteiras. Por último e antes de ingressarmos na loja principal, o anfitrião alertou-nos para um painel onde constam todos os logótipos desta instituição, que mudam sempre que há alteração do presidente do conselho de administração da empresa e peças de prestígio como coroas douradas. Na loja de artigos de gama alta, ficámos deslumbrados com a beleza, cores, motivos das pinturas, requinte e inovação de múltiplas peças, quer de serviços de mesa quer de decoração, em porcelana e vidro. Posteriormente, visitámos uma loja outlet nas imediações, com peças de gama média/baixa e a loja da marca Bordalo Pinheiro, onde pudemos apreciar soberbas peças decorativas de grande excentricidade. Após esta visita a uma empresa de vanguarda nacional no setor das porcelanas e sexta maior no mundo, seguimos para o centro da cidade de Aveiro, onde o almoço decorreu no Forum Aveiro, seguido da visita às várias lojas, com intuito de apreciarmos alguns detalhes de merchandising e técnicas de atendimento e vendas adotadas pelos lojistas locais, a fim de respondermos a um inquérito concebido pelas docentes organizadoras: Engrácia Bastos e Graça Ribeiro. Finalmente, fizemos um breve passeio pela cidade, num dia soalheiro, mas que foi ameaçado por um curto aguaceiro durante o qual contemplamos a bela paisagem e os seus canais, e alguns alunos experimentaram os famosos moliceiros e as bugas. Em suma, foi uma visita muito enriquecedora do ponto de vista dos conhecimentos técnicos do curso profissional de vendas, mas também ao nível cultural e social. Susana Silva e Vera Vieira, 3º PV
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• 10º SE2
Visita de Estudo ao Banco de Portugal, Palácio da Bolsa e Super Bock Group No dia 8 de junho de 2018, foi organizada uma visita de estudo ao Banco de Portugal, Palácio da Bolsa e Super Bock Group, no âmbito da disciplina de Economia A.
A visita iniciou-se com uma conferência no Banco de Portugal, no Porto, dividida em duas partes e intercalada por uma curta pausa para o lanche. Na abertura da conferência, visionamos um pequeno vídeo alusivo ao historial do Banco de Portugal, bem como às suas principais funções e missões. Seguidamente, foram abordadas, pela Dra. Cláudia e pela Dra. Helena, duas temáticas fundamentais: Contas de Depósitos à Ordem e Meios de Pagamento. Neste âmbito, fomos devidamente esclarecidos sobre a ficha de informação normalizada (FIN); o formulário de informação ao depositante (FID); o fundo de garantia de depósitos; a abertura de conta através de canais digitais, onde se procede à recolha de dados do cliente por videoconferência, para validação da sua identidade e atribuição de código de
segurança através de SMS; o extrato bancário digital; a titularidade de contas; tipologias de contas bancárias - singulares, coletivas/conjuntas (solidárias e mistas); base de dados de contas (BDC); encerramento formal de contas; cheques; transferências bancárias, pagamentos digitais (cartão contactless – pagamento através da aproximação de um cartão a um terminal TPA); MB WAY (patente portuguesa), que equivale ao multibanco no telemóvel e permite efetuar transferências instantâneas através do telemóvel/ tablet; MB NET; Débitos Diretos - nos quais é possível estabelecer limites de pagamento por meio de homebanking ou de ATM, para pagamentos automáticos de serviços de água, eletricidade ou outros, mas que pressupõe uma autorização formal dada pelo cliente ao credor (comerciante); cartões de débito
e de crédito – no caso deste último, os encargos podem ser juros, anuidade e comissões para operações de pagamento no estrangeiro; Serviços Mínimos Bancários – possibilitam a manutenção das contas de depósitos à ordem e a realização de transferências intra e interbancárias (direitos e deveres dos depositantes, vantagens e custo simbólico associado de 4,28€). A segunda parte da sessão de formação foi conduzida pela Dra. Cármen Pinheiro, tendo versado sobre o “Conhecimento da Nota e Moeda do Euro”, tema revestido de um caráter mais prático. Assim, a formadora começou por nos dizer que as notas de euro são produzidas na fábrica VALORA, no Carregado, e possuem alguns detalhes que nos permitem verificar se são genuínas ou falsas (bandeira europeia, assinatura do presidente do BCE e
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respetiva sigla, elementos holográficos, a designação do euro e o símbolo copyright, filete de segurança, janela com retrato, número de série, marcas táteis, variantes linguísticas, etc.), sendo que um dos métodos que permite a distinção é o TOI (Tocar – Observar – Inclinar), havendo outros como a lupa para detetar microtextos, e a luz ultravioleta para observação das propriedades do papel (fibras e tintas). A Dra. Cármen informou-nos, também, acerca das duas séries da nota do euro e das suas especificidades; alertou-nos, ainda, para o facto de nunca contarmos as notas pelas pontinhas e que as pessoas cegas conseguem identificar se as notas são contrafeitas através das marcas táteis que emitem sons. Relativamente à moeda de euro, falou-nos das variantes comemorativa (sempre de 2€) e de coleção (2,50€, 3€, 10€), ou seja, com valores faciais distintos das moedas tradicionais. Na sequência da sua exposição, que se pautou pela interação permanente connosco, tivemos o privilégio de fazermos experiências com notas falsas e genuínas com recurso a equipamento que funcionava a radiação ultravioleta. Após a palestra, a formadora transportou-nos até ao edifício imponente da filial do Banco de Portugal, no Porto, situado na Praça da Liberdade, no qual teve o cuidado de nos mostrar uma máquina que contava, de forma célere, grandes quantidades de moeda e convertia em notas de euro. Também nos deu a conhecer a maquete do edifício e falou dos vários pisos subterrâneos e departamentos. Na despedida da Dra. Cármen, fomos contemplados com um certificado relativo à formação e com a oferta de um livro sobre a nota e moeda de euro e um pequeno desdobrável informativo dos vários países da Zona Euro e símbolos das respetivas moedas euro. Fomos, então, almoçar na baixa portuense onde aproveitamos para conviver um pouco. Da parte da tarde, deslocamo-nos, a pé, até ao Palácio da Bolsa, passando nalgumas ruas mais emblemáticas do Porto. Já no Palácio, tivemos uma visita guiada
A turma do 10º SE2 iniciou a visita com uma conferência no Banco de Portugal, no Porto, seguindo-se uma visita ao Palácio da Bolsa e à fábrica da cerveja da Super Bock e Museu da Cerveja pelo Dr. António, tendo os alunos ficado deslumbrados com a mistura de estilos arquitetónicos, desde os brasões dos aliados de Portugal expostos no Pátio das Nações, até aos Salões decorados a ouro, como o Salão Árabe, local onde tiramos uma foto conjunta para recordação, uma biblioteca, uma sala do antigo tribunal do Comércio e uma sala de reuniões da assembleia geral da Associação Industrial e Comercial do Porto. O nosso guia fez questão de salientar que o Palácio da Bolsa é um dos monumentos nacionais mais importantes e belos, sendo um dos mais visitados, imprescindível na agenda turística de personalidades que visitam o nosso país. Para concluir esta magnífica visita de estudo, os alunos dirigiram-se para a fábrica de cerveja Super Bock Group, antiga Unicer, a maior empresa portuguesa de bebidas, ativa nos cinco continentes e em 50 países. Esta empresa comercializa as marcas Superbock, Carlsberg, Cristal, Cheers, entre outras. Nesta empresa, começamos por ver pequenas amostras das matérias-primas: cereais (cevada e milho), lúpulo, malte, levedura e água. A seguir realizamos uma visita
guiada a uma unidade fabril que agrupava todas as fases do processo produtivo e, posteriormente, visitamos as diferentes secções de produção, com enorme capacidade instalada, onde observamos a tecnologia de ponta utilizada de fabrico automático. Passamos, depois, ao departamento logístico no qual nos deparamos, novamente, com os processos automatizados de embalagem e de supervisão. Por fim, fomos guiados para o luxuoso Museu da Cerveja, onde tivemos uma explicação do historial da empresa e, antes de regressarmos a Guimarães, fomos ainda brindados com um lanche. Em suma, foi uma visita muito produtiva, pois o nosso conhecimento saiu fortalecido com estas experiências enriquecedoras. Resta-nos agradecer aos professores que nos acompanharam. Francisca Faria e Joana Picoto, 10º SE2
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• Ensino Superior
Hoje em dia, a grande maioria dos estudantes do ensino secundário não está certa relativamente ao caminho a percorrer. De modo a contrariar esta tendência, inúmeras iniciativas foram (e são) criadas. Projetos como a Mostra da Universidade do Porto promovem a interação entre o público-alvo e professores e estudantes universitários, o que leva a uma partilha de informação mais detalhada e fidedigna sobre os cursos, instalações, processos de candidatura, planos de estudo, entre outros. Contudo, mesmo existindo a possibilidade de encontrar dados similares em várias plataformas (digitais ou físicas), é o contacto com as perspetivas dos diferentes indivíduos que vai causar mais impacto na decisão que vai guiar o destino profissional do futuro estudante universitário. De facto, ao conversarmos com estudantes dispostos a partilhar a sua experiência universitária (o que inclui as praxes, receções ao caloiro, alojamentos e residências, e, sobretudo, a sua opinião sobre a totalidade do percurso), as dúvidas sentidas por cada um de nós foram atenuadas e, consequentemente, tivemos o privilégio de ficar mais informados sobre as várias possibilidades existentes e a essência da universidade em si. Concluindo, depois de termos a oportunidade de vivenciar esta iniciativa, podemos, agora, afirmar com certeza que projetos desta dimensão servem não só os seus propósitos, mas tocam, também, os alunos de tal forma que os efeitos de algo, aparentemente tão simples, é, na realidade, o fator que promove o começo da jornada mais importante da vida de todos os jovens-adultos. Daí sermos capazes de repetir o slogan da 16° Mostra UP "Quatro dias de informação, experimentação e descoberta" e ainda acrescentar e enfatizar que, apesar de ser de curta duração, os seus efeitos manifestam-se
Joana Carvalheiro
Alunos da ESMS na 16ª Mostra Universidade do Porto
muito para além das expectativas criadas, levando-nos a acreditar no poder da partilha correta de informação. Ana Beatriz Mendes, Ana Carneiro, Diana Silva, 12° CT1
A visita à Mostra da Universidade do Porto foi uma experiência que permitiu, por um lado, percebermos a grande diversidade de cursos à disposição dos jovens e que, por outro lado, foi uma ajuda para decidirmos o nosso futuro, já que
foi possível trocar impressões com alunos que frequentam diversos cursos do ensino superior e recolher informações adicionais acerca dos mesmos. Não é possível deixar de referir que o único aspeto negativo foi a quantidade exagerada de alunos que estavam a visitar em simultâneo a mostra. Luís Fonseca Rodrigues, 11º CT3
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• 2º ano Profissional de Qualidade - Calçado e Marroquinaria
Visitas de estudo: fábrica de solas Bolflex e a rota do Calçado Durante o presente ano letivo, a turma do 2º ano do curso Profissional de Qualidade - Calçado e Marroquinaria realizou duas visitas de estudo que vieram reforçar e complementar as aprendizagens adquiridas nas disciplinas técnicas, ao longo do curso, assim como consciencializar os alunos para a importância e dimensão da indústria do calçado no país. A primeira visita de estudo aconteceu a 6 de fevereiro, à fábrica de solas Bolflex, em Felgueiras, onde foi possível observar o processo criativo e produtivo de uma sola. A visita contemplou a parte criativa com uma visita ao gabinete de design e de desenvolvimento de amostras, seguida da parte de produção dos moldes para posterior injeção e vulcanização das solas. A empresa defende, também, uma forte política ambiental, nomeadamente no reaproveitamento e na reciclagem de todos os resíduos inerentes ao processo produtivo. Mais tarde, a 7 de maio, a turma voltou a sair a caminho de “A rota do Calçado”, em S. João da Madeira. Esta visita de estudo incluiu a ida ao Centro Tecnológico do Calçado de Portugal – CTCP (laboratório acreditado de referência na área do calçado), ao Instituto do Design e do Calçado, ao Museu do Calçado e à fábrica de calçado Evereste. Esta visita permitiu aos alunos terem diferentes perspetivas sobre a indústria do calçado, nomeadamente sobre: a relevância do controlo de qualidade em laboratório, a importância e a dimensão da formação profissional na área, o relevo do sapato do ponto de vista histórico e a sua evolução, além da visão industrial e, por fim, a produção do sapato e controlo de qualidade em produção/fábrica. Para além destas visitas, a turma
participou, também, ao longo de grande parte do ano letivo, num projeto da Junior Achievement Portugal, que permitiu desenvolver competências em diferentes vertentes, destacando-se o empreendedorismo, a cooperação e a responsabilidade. A miniempresa Walkërs passou à segunda fase do
projeto, Feira (I)limitada, com o seu produto desenvolvido produzindo uma mochila versátil com um kit multifunções. 2º PQCM
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• Visita de Estudo de Biologia e Geologia
Aula de campo no Parque Natural do Litoral Norte de Esposende Os alunos de Biologia e Geologia de 11ºano (CT1, CT3, CT4, CT5 e CT6) realizaram, ao longo do mês de maio, visitas de estudo ao Parque Natural do Litoral Norte de Esposende (PNLNE). Esta visita foi, na realidade, uma grande aula de campo para cada turma, onde foram trabalhados conteúdos da disciplina sob a orientação do professor Artur Viana do PNLNE. Ao longo da manhã, a aula foi essencialmente orientada para a interpretação dos diferentes ecossistemas que existem ao longo das margens do rio Cávado, que desagua entre Esposende e Ofir, para a técnica de observação da variedade de aves que habita na região e a importância da preservação da biodiversidade na manutenção do equilíbrio da Natureza. Ao longo do final da manhã e tarde, a aula de campo foi dedicada à geologia através da interpretação das diferentes litologias (formações rochosas) da região; os processos de transformação inerentes, uma caça aos fósseis de rastos trilobites (da era paleozoica) na praia de Apúlia, a observação do resultado da ocupação pelo Homem (ocupação antrópica) desta zona costeira ao longo das ultimas décadas e a análise dos efeitos das obras de engenharia que têm sido implementadas no sentido de minimizar os efeitos da ocupação antrópica. Com esta atividade, foi possível relacionar os conteúdos trabalhados nas aulas com a sua observação no terreno. Mas quem melhor para avaliar do que os próprios alunos. Junto segue o testemunho dos alunos Luís Pereira e Miguel Faria do 11º CT4. Grupo de professores de Biologia e Geologia, 11º ano
Esposende, uma cidade geológica
Durante o mês de maio de 2018, foram
realizadas visitas de estudo a Esposende no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia. A visita começou na margem sul da zona estuarina do rio Cávado, onde comparamos a biodiversidade existente no leito de cheia e na zona de margem. De seguida, fizemos um percurso pedonal até à restinga, e, aí, foram-nos dadas a conhecer as consequências de construção das obras de proteção costeira em Viana do Castelo. Falamos ainda da alimentação artificial da restinga com geotubos e da sua mobilidade com o passar do tempo. Fomos, também, à praia de Ofir, e, lá, analisamos rochas metamórficas com vestígios fósseis (icnofósseis de trilobites). Da parte da tarde, visitamos o
Castro de São Lourenço, onde nos foi explicada a sua formação (devido a uma orogenia) e relembrados conteúdos programáticos do ano anterior, como transportes transmembranares. Durante a viagem de regresso, finalizamos determinadas respostas cujas perguntas nos tinham sido feitas no guião orientador da visita, observamos, no terreno, muitos assuntos que tínhamos abordado nas aulas, o que foi muito interessante, e percebemos, então, que aquele dia foi muito agradável e educativo e seria ótimo se fosse possível, fazermos mais aulas de campo, uma vez que se aprende melhor a Geologia. Miguel Amorim e Luís Pereira, 11º CT4
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• Época desportiva
Desporto na Martins Sarmento Foi nos últimos dias de aulas do 2º Período que se realizaram os Torneios das Jornadas Culturais. O Espírito Desportivo e Fair Play foi uma constante nas manhãs e tardes desse evento cultural e desportivo, salientando o trabalho de arbitragem da responsabilidade dos alunos federados e dos alunos dos cursos profissionais que colaboraram na organização. Como já tem vindo a acontecer há vários anos, os professores de Educação Física organizam, no final do 1º e 2º períodos, torneios de várias modalidades desportivas. Neste sentido, este ano, realizaram-se torneios de Voleibol e Badminton, no final do 1º período nos dias 14 e 15 de dezembro e de Futebol e Basquetebol, nos dias 22 e 23 de março, final do segundo período. As inscrições foram abertas a rapazes e raparigas, e cerca de 1000 alunos da Escola Secundária Martins Sarmento participaram nesta experiência, distribuídos pelas várias modalidades, manifestando visivelmente a sua vontade de superação e dedicação nos vários eventos desportivos. Foi nos últimos dias de aulas do 2º Período que aconteceram os Torneios das Jornadas Culturais. O Espírito Desportivo e Fair Play foi uma constante nas manhãs e tardes desse evento cultural e desportivo, salientando o
trabalho de arbitragem da responsabilidade dos alunos federados nas várias modalidades e dos alunos dos cursos profissionais que colaboraram na organização destes Torneios. Relativamente ao projeto Desporto Escolar, os alunos participaram no Mega Sprint e Mega Kilómetro Distrital, tendo sido apurada a aluna Carlota Ribeiro para os Nacionais. A Carlota conseguiu um excelente 7º Lugar na Final do campeonato Nacional de Mega Sprint, realizado em Lisboa, no dia 24 de março. Também ocorreram os campeonatos regionais de Natação em Bragança, nos quais ficaram apurados para a fase Distrital, no dia 28 de abril, os alunos Ricardo Faria, José Ribeiro e Inês Ferreira. Por último, a nossa escola também
esteve representada no Regional Norte do Tiro com Arco, em Vila de Conde, no dia 18 de maio. Ao organizar estes torneios, os professores de Educação Física tiveram como objetivo envolver o maior número possível de jovens e estimular o seu interesse pelo desporto. Houve um consenso alargado de que estas atividades tiveram uma influência positiva sobre todos os participantes e se desenrolaram com o êxito esperado! Grupo de Educação Física
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Notícias • Projetos empreendedores
Orçamento participativo das Escolas mobiliza alunos da ESMS
edição online em www.esmsarmento.pt
A Associação de Estudantes realizou várias atividades com o intuito de divulgar e promover a 2ª edição do Orçamento Participativo das Escolas. É uma iniciativa que pretende estimular o espírito cívico e democrático dos alunos, desafiando-os a desenvolver projetos no sentido de melhorar a escola e celebrar o dia do estudante, no dia 24 de março. Depois de todos os procedimentos que o projeto exige, apareceu apenas um projeto que deriva de uma necessidade premente, sentida por professores e alunos, isto é, a aquisição de quatro projetores multimédia para apetrechar quatro salas de aula. O projeto foi apresentado em sessão pública pelos proponentes e obteve 493 votos no ato eleitoral realizado no dia 22 de março. Os alunos participaram de forma ativa e manifestaram o seu contentamento por terem contribuído para reduzir as desigualdades pedagógicas sentidas no dia a dia dos alunos e dos professores da ESMS. Ana Maria Silva, Diretora da ESMS
O OP é promovido pelo município de Guimarães abrangendo os 14 Agrupamentos de Escolas e as 2 Secundárias do concelho e prevê um montante máximo das propostas de 12.50,00€. As propostas desta edição foram enquadradas no âmbito das áreas de sustentabilidade ambiental, voluntariado e solidariedade e articulação com o projeto Pegadas. A sessão de apresentação dos projetos na nossa escola contou com a presença da Dra. Patrícia Ferreira da Câmara Municipal de Guimarães.
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Notícias • Concurso
Concurso Nacional de Curtas Metragens “Jovens Iluminados”: ESMS conquista o 2º lugar Curta em: https://www.youtube.com/watch?v=_GyDvpD4p54
Cláudia Dinis, Francisco Moreira, Francisca Gonçalves e Joana Sousa foram os alunos responsáveis pela Em outubro de 2017, foi lançado, pelo Departamento de Matemática e Aplicações, da Universidade do Minho, o concurso nacional de criação de curtas-metragens denominado “Jovens Iluminados”, destinado a alunos do ensino secundário. Este inédito, e muito participado, evento nasceu sob o tema "José Anastácio da Cunha - o Tempo, as Ideias, a Obra...”, e visava homenagear o ilustre matemático. O principal objetivo do concurso foi o de instruir os jovens para uma “leitura” informada e crítica - do mundo que nos rodeia. O concurso, antecedido, (em 12 de outubro) pela participação dos alunos
concepção da curta-metragem que conta a história de quatro jovens que viajam no tempo para encontrar Isaac Newton, o famoso físico e matemático inglês em 10 workshops, na UM, foi transversal a várias áreas do conhecimento: matemática, ciências da computação, história, balística, filosofia, literatura, música, etc. Estes encontros serviram de mote para as curtas. Para realizar o filme, os alunos Cláudia Dinis, Francisco Micael Moreira, M.ª Francisca Gonçalves e Joana Pinto Sousa (do 11.º AV1) aprenderam e
trabalharam muito. Reuniram, durante uns meses (às quartas-feiras e noutros dias) com o professor da disciplina de Filosofia e, por vezes, com outros profissionais e alunos do Liceu. Partilharam ideias; leram; visionaram filmes e curtas; escreveram; contactaram com instituições (Museu de Alberto Sampaio, uma banda de música internacional, a UM); prepararam contínua na próxima página
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cenários; alugaram vestimentas do séc. XVI a XVIII e vestiram-nas várias vezes para as filmagens. Trataram da pré-produção, da produção e da pós-produção. Tiveram muitos problemas para resolver. Esqueceram as falas das personagens; deixaram as baterias das máquinas de filmar descarregar em momento cruciais; carregaram cabos, máquinas e tripés. Perceberam o que é ter problemas de som (falta de material adequado) e de luz... Reescreveram o guião e redesenharam a storyboard. Choveu quando precisavam de filmar à noite. Tiveram de regravar várias cenas; penaram horas a fio na edição; ouviram o professor dizer, vezes sem conta, “cortem, cortem: são 5 minutos e não mais do que 5 minutos.” Afinaram os créditos, remasterizaram meia dúzia de vezes e, por fim, o filme ficou pronto. Nunca desistiram! Foram uma equipa fantástica. O anúncio dos vencedores atrasou duas semanas, mas a 8 de junho de 2018, lá fomos todos receber o 2.º prémio do concurso nacional, no Instituto do Design, Campus de Couros da UM. A cerimónia teve alguma pompa e circunstância. Os alunos das equipas vencedoras, para além dos prémios recebidos em palco, foram ainda contemplados com um prémio extra, uma participação em atividades do Verão no Campus, da Universidade do Minho. Deixo-vos agora com as palavras que a aluna Joana Sousa Pinto (realizadora) leu quando a equipa foi receber os prémios: “Recebemos a proposta de participação nas oficinas de sabedoria e no concurso nacional de curtas-metragens e cartaz, logo no início de outubro de 2018. Acho que nenhum de nós se imaginava a trabalhar num projeto como este, quando o ano começou! Mas, quando a oportunidade surgiu, através do professor Carlos Félix, abraçámos o desafio e o tema lançado pela Universidade do Minho: Jovens Iluminados.
Definitivamente não tínhamos noção das horas e dedicação que viríamos a investir no projeto. Forçou-nos a sermos mais independentes e autónomos proporcionando-nos a colaborar com instituições como o Museu Alberto Sampaio, sem esquecer, claro, o apoio e colaboração de vários profissionais da Escola Secundária Martins Sarmento. Encontrar uma ideia interessante para a Curta não foi difícil. Sempre gostei imenso da ideia, de que não conhecemos realmente nada. Sempre me encantou acreditar que a dita “história”, que os
factos e datas que nos enfiam na cabeça desde que aprendemos a ler e a escrever, não são mais do que suposições. Não passam de uma ficção escrita por alguém que decidiu interpretar os espaços em branco, os espaços sem registo. Deste modo perguntámo-nos: como preencheríamos nós os espaços em branco? E a ideia surgiu: E se em vez de contarmos a parte que o mundo já conhece, justificássemos as coisas que o mundo não entende? Primeiro procurámos uma vítima. Tenho de admitir, como adolescentes
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normais que não distinguem génios do século XV de génios do século XVIII esta parte do processo foi a mais simples. Abrimos a wikipédia, pesquisamos por “iluminismo” e, algures naquele aglomerado de palavras azuis e pretas, o nome Isaac Newton salta-nos à vista. Boa! Cá está o nosso iluminado. Após algumas horas de pesquisa, sabíamos que Newton, para além de físico, também tinha uma queda para a alquimia. Fora membro da Royal Society. Criara um novo telescópio que usa espelhos em vez de lentes. E que a fatídica queda da maçã ocorrera quando ele se isolara dois anos na casa da sua família, protegendo-se da peste. A ideia da viagem no tempo surgiu algures nesta fase. Acho que pela necessidade de ilustrar um paralelismo entre o passado e o futuro. E o conceito nasceu: quatro jovens viajariam para o passado e seriam eles que ensinariam a Newton tudo pelo qual o físico é conhecido por ter “inventado”. Três dos jovens representam pessoas reais da vida de Newton. Nicolas Fatio de Duillier, também membro da Royal Society. Catherine Barton, sobrinha de Newton, e, Emilie du Châtelet, física francesa. Por fim, a última personagem representa todos aqueles jovens iluminados que são esquecidos ou não chegam sequer a ser reconhecidos pela sociedade. Estas iniciativas fortalecem o nosso espírito de equipa, porque no final de contas somos uma equipa. Por mais talentosos ou espertos que sejamos como indivíduos, a chave para o sucesso, a chave para criarmos algo do qual nos orgulhamos está na nossa capacidade para comunicar, entender e trabalhar uns com os outros. Se há oito meses nos perguntassem: “o que terão feito no fim do ano?”. Provavelmente não responderíamos: — Uma curta-metragem. Mas estamos certamente satisfeitos por podermos responder: — contámos uma história. Muito obrigada!
O Storyboard dos 'Iluminados com Futuro' foi da autoria da aluna Joana Pinto de Sousa, a realizadora e argumentista da curta-metragem.
Joana Pinto de Sousa, 11º AV1
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• Biologia e Geologia
Desenvolvimento sustentável em Guimarães No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, os alunos do 11º CT4 e 11º CT5 desenvolveram, ao longo do segundo e terceiro períodos, um projeto de investigação sobre Desenvolvimento Sustentável em Guimarães, associado à candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020. Durante este processo estabeleceram ligações com o meio (Câmara Municipal de Guimarães, Laboratório da Paisagem, Juntas de Freguesia, entre outras instituições). Organizaram-se em grupo para a distribuição de tarefas de pesquisa para o envio de mails para solicitar informação e para a realização de entrevistas para elaborar o trabalho final. Este foi apresentado nos dias 5 e 6 de junho, no Pequeno Auditório da Escola, sob a forma de poster, powerpoint e vídeos, entre outros tipos de divulgações. Demonstraram dinamismo e empenho na elaboração, cuidado, atenção e criatividade na apresentação. No entanto, apesar de Guimarães não ter saído vencedora do galardão, os vários grupos de trabalho deste projeto consideraram que é urgente e importante continuar-se o caminho do combate às alterações climáticas no sentido de diminuir o aquecimento global através da contínua redução das emissões de carbono; reduzindo a produção de resíduos, nomeadamente de plásticos, acelerando a transição da nossa cidade para uma mobilidade mais sustentável incrementando uma maior eficiência energética e prosseguindo os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e da Agenda de 2030. Mas nada melhor do que a leitura de alguns testemunhos dos jovens alunos para percebermos o impacto da realização desta atividade. Profª. Frederica Sampaio, dinamizadora do Projeto
“Na nossa opinião, a realização deste trabalho trouxe um enorme reforço do nosso conhecimento acerca de Guimarães e de todas as medidas que estão a ser implementadas para tornar Guimarães numa cidade mais sustentável, assim como para uma sensibilização acerca do que deve ser melhorado para a tornar mais sustentável. (…) Acima de tudo, assumimos este trabalho com responsabilidade, agarrando todas as possibilidades de descoberta e procura, pisando o terreno. No entanto, sentimos algumas dificuldades como: apresentar o trabalho com criatividade, com algo de novo/ inovador, e o tratamento das entrevistas realizadas junto da população vimaranense, uma vez que obtivemos opiniões muito variadas sobre o que tem sido feito.” Ana Sofia Poleri, Mariana Torres e Rafaela Vilar (11º CT4)
“O que aprendi de novo?" A realização deste projeto permitiu-me passar a prestar mais atenção aos problemas relacionados com a sustentabilidade e a ocupação antrópica de Guimarães e a ser mais participativa
e crítica relativamente a estes temas. Foi também uma importante forma de sensibilização, pois tomei consciência de que posso melhorar alguns hábitos relacionados com a preservação do ambiente na minha cidade, assim como tomar algumas medidas que podem contribuir para melhorar o nosso planeta.” Maria Inês Coelho, 11º CT5
A realização deste trabalho permitiu-me colmatar as dúvidas existentes no meu conhecimento relativamente ao desenvolvimento sustentável que vem sendo implementado na nossa cidade Guimarães, e perceber que a procura por uma cidade melhor, a nível ambiental, é um caminho a ser percorrido por gerações.” Joana Machado, 11º CT5
“O trabalho de investigação realizado na disciplina de Biologia e Geologia acerca da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020, nos subtemas EcoInovação e Emprego Sustentável e ainda o diagnóstico de situações que resultam da ocupação antrópica, levaram-me a adquirir novos conhecimentos e despertaram-me para novas prioridades. Contudo, também me deparei com algumas dificuldades, as quais fui ultrapassando ao longo do desenvolvimento de todo o projeto, como por exemplo, que locais visitar no âmbito dos subtemas do meu trabalho e descobrir o significado de emprego sustentável. Além disso, descobri bastante acerca do contributo de algumas freguesias de Guimarães para a candidatura do Concelho a Capital Verde Europeia 2020. Apesar de Guimarães não ser uma das finalistas ao Galardão Capital Verde Europeia 2020, é muito importante que os cidadãos continuem a ter atitudes amigas do ambiente. A participação neste projeto ajudou-me a valorizar mais o meio ambiente e a prestar mais atenção ao que me rodeia, nomeadamente, na identificação de situações que resultaram da ocupação antrópica e que ainda não foram solucionadas.” Ana Beatriz Frade, 11º CT5
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• Física
Masterclasses Internacionais em Física de Partículas 2018 No passado dia 2 de março, os alunos do 12º CT3 levaram com uma onda de informação particularmente interessante. A Física não é novidade nenhuma para qualquer pessoa, visto ser uma das ciências mais reconhecidas e mais respeitadas, porém esta é apenas o tronco de vários ramos, sendo um deles a Física de Partículas, tal como estes alunos puderam constatar. Por entre o burburinho inicial, numa das salas da Universidade do Minho, local desta International Masterclass, ouviam-se uns “Não sei bem o que é isto” ou “O que viemos aqui fazer?”. Pois, para perceber o que estes alunos realmente fizeram, é preciso primeiro compreender o que é a Física de Partículas. A Física de Partículas estuda os constituintes elementares da matéria e da radiação, assim como as suas interações e aplicações. É também conhecida como “Física das altas energias” visto que estas partículas só podem ser criadas com energias muito elevadas. Todos estes conceitos foram explicados na palestra inicial, assim como alguns métodos gerais da Física, a título de exemplo, a lei das áreas de Kepler. Segundo esta, um raio vetor que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais. Assim sendo, os diferentes planetas têm não só velocidades diferentes entre si, como também velocidades diferentes na sua trajetória, pois esta é elíptica e não circular. Porém, os olhares brilharam quando o assunto foi a matéria e a energia negra. Algo que não interage com o nosso “mundo comum”, mas que é essencial à sua existência, é simplesmente impressionante! Quem diria que apenas conhecemos 5% da constituição do Universo!
A Física de Partículas estuda os constituintes elementares da matéria e da radiação, assim como as suas interações e aplicações. É também conhecida como “Física das altas energias” visto que estas partículas só podem ser criadas com energias muito elevadas. Explicados todos estes conceitos, chegou o momento de atribuir uma tarefa aos alunos. Estes iriam avaliar a existência de duas partículas elementares, Bosão Z e Bosão de Higgs. Bosão Z decai num par muão-antimuão ou num par eletrão-positrão Bosão de Higgs decai em 2 Bosões Z e pode originar 2 fotões. Após as análises dos resultados, estes foram partilhados com outros países presentes no projeto e com o próprio CERN (Conseil Européen pour
la Recherche Nucléaire). Para terminar o dia, os alunos puderam ainda ouvir o testemunho de um aluno da universidade que teve o privilégio de trabalhar nesse local tão prestigiado. Após tudo isto, quem sabe se o 12º CT3 não terá um futuro físico de partículas entre eles? Prof. João Paulo
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• Escola Secundária Martins Sarmento
Projetos de Futuro Pregão Pregão, o grito audível e visível da nossa existência; a voz que ajudou, ao som dos tambores, a projectar esta escola e os seus alunos no calendário das mais concorridas festas estudantis. Mas o processo relacional não poderia ficar por aqui. Afinal, sou um jornal escolar e estas páginas têm de reflectir a realidade que é uma escola (...) As diferentes atividades dinamizadas pelos vários clubes e projectos são uma espécie de laboratório onde se ensaiam e exploram as novas aprendizagens. Prof. António Leite
“As minhas asas, - deu-mas O tanto sonhar eu poder gritar-te, ó Morte: -Inútil! Podes vir Acabar de matar as mortes do meu ser! Tu podes vir buscá-lo, podes vir! Mas eu não sou de morrer! Eu vou voando! Sou asas para o Porvir...” José Régio
Voluntariado MS O Voluntariado MS pretende promover a solidariedade, a cidadania, colaborar para a formação dos alunos, contactar diretamente com a realidade , criar laços afetivos entre diferentes gerações e incentivar e promover a prática do voluntariado, - Despender de tempo EM PROL DOS OUTROS Assim, no âmbito da promoção dos
valores essenciais do projeto, durante o passado ano letivo, desenvolvemos várias atividades em parceria com alguns organismos da nossa cidade. Deste modo, cooperamos com a Cruz Vermelha nos projetos: recolha de alimentos; fizemos embrulhos na época do Natal, junto da superfície comercial Continente. Continuamos, no Hospital Senhora da Oliveira, com a iniciativa Hospital Divertido, na Consulta externa de pediatria. Juntamente com a União de Freguesias, colaboramos na recolha de alimentos junto do Supermercado Pingo Doce e dinamizamos o centro de dia do Lar de Santos Passos com oficinas de iniciação à informática. Com o projeto ERDAL, estivemos em duas provas, auxiliando na logística. Colaboramos, também, no auxílio aos utentes do Lar de Santos Passos. E, finalmente, participamos na logística no Campeonato Mundial de Ginástica. No próximo ano letivo, pensamos centrar-nos mais na escola, lançando o desafio à comunidade educativa (professores, alunos e funcionários), para que o grupo de Voluntários MS seja mais alargado e esteja presente em mais iniciativas da nossa escola. Profª Helena Rodas
Escola Com Pedalada A “Escola Com Pedalada” é um Eco projeto no âmbito da sustentabilidade ambiental da nossa escola que é feita de múltiplos projetos interessantes e que mobilizam, ao longo do ano, muitos alunos em atividades de enriquecimento pessoal e educativo. A escolha do transporte para as nossas deslocações diárias pode melhorar a qualidade de vida das cidades e, consequentemente, da nossa Escola, tornando-a mais sustentável e agradável. Os mais jovens deslocam-se todos os dias para a escola e a maioria recorre
ao transporte motorizado, mesmo residindo nas proximidades. “Escola com Pedalada” dispõe de 10 bicicletas para estimular na comunidade educativa uma mudança de hábitos no domínio da mobilidade, no sentido da sustentabilidade e combate ao sedentarismo das deslocações para a escola, contando para tal com a parceria da “ERDAL” e de “Guimarães + verde”. O projeto está em marcha e as bicicletas foram utilizadas pelos alunos nas aulas de Educação Física, faltando um uso mais frequente em vários contextos. No próximo ano letivo, pretende-se aprovar o documento que estabelece as normas de cedência das bicicletas e regula a sua adequada utilização. Estas bicicletas destinam-se a toda a comunidade educativa da ESMS mediante um registo de adesão e apresentação de termo de responsabilidade assinado pelo Encarregado de Educação quando o requisitante for menor, ficando este responsável por qualquer dano causado na via pública e pelo bom uso dos equipamentos. Esta medida poderá potenciar as deslocações de bicicleta para a escola, recuperando um hábito antigo e saudável e, simultaneamente, a utilização regular da futura Ecovia por parte da comunidade educativa, dada a sua proximidade. Este projeto também poderá interferir positivamente nos níveis de poluição junto das escolas e melhorar as condições de segurança rodoviária. Prof. Ricardo Lopes
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O projeto Eco Escola Eco Escolas é um programa internacional direcionado para a educação ambiental, desenvolvido em Portugal desde 1996 pela ABAE e que conta a nível internacional com cerca de 20000 escolas, distribuídas por 46 países. A nossa escola adotou este projeto desde o ano letivo de 2006/2007. O programa “Eco-Escolas” promove o desenvolvimento de atividades direcionadas para a melhoria do desempenho ambiental quotidiano da escola, contribuindo para a alteração de comportamentos. Na prática, o programa visa criar hábitos de participação e de cidadania, envolvendo os alunos na tomada de decisões e implementação das ações planeadas, procurando encontrar soluções que permitam melhorar a qualidade de vida na escola e na comunidade. As ações desenvolvidas pelos alunos e por toda a comunidade educativa proporcionam a tomada de consciência de que simples atitudes individuais contribuem, no seu conjunto, para melhorar o ambiente global. Divulgar boas práticas ambientais, fomentar o trabalho em equipa, familiarizar os alunos com a fauna e flora da região, estimular o aluno na construção do seu saber são objetivos a atingir. Este programa abrange iniciativas direcionadas para as temáticas da água, resíduos, energia, floresta, mar, geodiversidade, biodiversidade, alimentação saudável, alterações climáticas, ruído e mobilidade sustentável. Contamos com a tua energia. Não deixes de participar! Profª Gisela Freitas
Projeto Nicolinas Este Projeto pretende colaborar na divulgação e preservação das Festas Nicolinas na comunidade educativa, informando e colaborando no que for necessário com todas as Instituições/ Associações responsáveis pela sua concretização anualmente. No âmbito deste projeto, temos realizado o "Jantar Nicolino" na noite do Pinheiro, na Escola Secundária Martins Sarmento, aberto a toda a comunidade; participamos sempre no Cortejo das Maçâzinhas, assim como, no Pregão; colaboramos com a Comissão de Festas na realização de palestras sobre este tema aos alunos de 10º ano. Mas o que devemos saber sobre as Nicolinas? Segue um breve texto que podes consultar no site da ESMS: As tradicionais e seculares Festas Nicolinas decorrem de 29 de Novembro até 7 de Dezembro de cada ano. As Festas Nicolinas têm a sua origem na devoção religiosa dedicada a São Nicolau que era oriundo da Ásia Menor e terá vivido nos séc. III e IV. Julga-se que terá sido Bispo em Mira, Turquia. A devoção a este santo deve-se à sua proteção às raparigas pobres, perseguidos, comerciantes, presos, crianças, infelizes, abandonados à sua sorte e estudantes. Este culto terá chegado até Guimarães através dos peregrinos de vários pontos do país e do estrangeiro que aqui se deslocavam para venerarem Nossa Senhora de Guimarães (Padroeira de Portugal até ao séc. XVII), e também através da passagem de romeiros de/e para Santiago de Compostela que terão deixado como marca a sua devoção a S. Nicolau. São as festas mais antigas de Guimarães e durante estes dias, os estudantes tinham e têm várias “atividades” que fazem parte da estrutura da Festa. São os designados Números Nicolinos, os quais são fundamentais conhecer para entender o espírito destas Festas: - as Novenas; - as Ceias Nicolinas;
- o Pinheiro; - as Posses - o Magusto; - as Roubalheiras; - o Pregão; - as Maçãzinhas; - as Danças de S. Nicolau; - o Baile Nicolino Ao longos dos tempos, as Festas Nicolinas têm sofrido algumas alterações em função do evoluir normal da civilização, mas a sua essência mantém-se e representa um testemunho intangível do património cultural vimaranense. Prof. Filipe Freitas
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Clube de Programação e Robótica O Clube de Programação e Robótica (CPR) da Escola Secundária Martins Sarmento (ESMS) foi criado em 2004, no âmbito do Curso Tecnológico de Informática, mantendo a sua atividade e o seu compromisso profissional, sem interregno, até ao presente, com o Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. É um centro de interesses educativos e científicos, de inovação e tecnologia, na área da automação e robótica criativa e competitiva, que estabelece a união entre a vertente académica e prática, garantindo competências gerais no crescimento académico, pessoal e humano dos jovens. Ambiciona, assim, que a Escola ganhe, cada vez mais, um lugar de destaque na comunidade, em termos tecnológicos e de engenharia. Neste sentido, objetivamos que o Clube apresente sempre, e de forma renovada, um potencial de construção de mecanismos robóticos, com utilidade e aplicabilidade em trabalhos de laboratório, no desenvolvimento das Provas de Aptidão Profissional (PAP’s) e no investimento em experiência mais especializada, de modo a adequá-los aos projetos de Formação em Contexto de Trabalho (FCT). Numa perspectiva de projeção do interior (escola) para o exterior (comunidade) e vice versa, procuraremos e desenharemos, como é nossa prática, uma dinamização e participação em competições e eventos. De modo a alargar o nosso raio de ação, protocolamos diversas parcerias empresariais e institucionais com variados objetivos de cooperação e de interação. Os resultados mais ambicionados remetem-nos para a conquista de competências dos alunos que são atraídos para o clube. A efetiva evolução das suas capacidades de autoconhecimento leva-os a serem responsáveis e agentes do seu próprio processo educativo, na versatilidade que passamos a elencar: na comunicação; na agilidade;
na adaptação; na interacção; na partilha colaborativa; na diversidade e interesse na aprendizagem e trabalho em equipa; num espírito competitivo, criativo, curioso, imaginativo, inovador e no pensamento crítico. Entenda-se que tudo é arquitetado e pensado numa perspetiva de construção e projeção no futuro. Além disso, destaca-se, no presente ano letivo, o projeto do concurso “Melhor Projeto PAP da Escola”. Por ter sido a sua primeira edição neste evento foi especialmente acarinhado e objecto de um sucesso notório e visível. Com efeito, envolveu todos os alunos de todos os cursos profissionais e contou com a participação de um júri externo, com diversas individualidades empresariais e representativas de instituições da comunidade. Prof.ª Luísa Vieira
Gabinete de Imagem Nove de julho 2018, pouco falta para as nove da manhã, um grupo já está no Centro Cultural Vila Flor a preparar o equipamento e a verificar o mapa de atividades para o dia. Alunos e professores. Objetivo, apoiar, a nível de imagem e vídeo, o V Encontro Internacional da Casa das Ciências, este ano a decorrer em Guimarães, ao longo de três dias, e cuja colaboração foi solicitada ao Gabinete de Imagem. Na escola, o grupo de editores prepara-se também para receber e editar as primeiras imagens de forma a serem divulgadas o mais cedo possível. Na sala de multimédia, mais alunos e professores. Durante os três dias em que se realizou o Encontro, a azáfama foi muita, as equipas revezaram-se e, entre fotografias, vídeos, o leva e traz de equipamentos e conteúdos, muitas edições, os grupos mostraram o seu desembaraço. O mais gratificante foi aceder às plataformas da organização e verificar que o trabalho estava a ser apreciado. É sempre a melhor parte, a sensação de fazer e fazer bem! Quando nos perguntam em que consiste este projeto, a melhor resposta é o trabalho feito, nomeadamente, as
reportagens de fotografia e de vídeo (que alimentam a página eletrónica da escola ou as suas redes sociais, trabalhos que fazemos para entidades exteriores quando nos é pedido). Além da divulgação da imagem da escola, as atividades junto da comunidade escolar e local são alguns dos nossos objetivos, sendo que o principal pretende envolver os alunos na dinâmica da escola e deste projeto. Criado para envolver, especialmente, os alunos do curso de Multimédia, integra alunos de Artes Visuais, Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades, Informática e Restauração. A nossa intenção visa colocar as equipas em situações o mais próximo possível do mundo do trabalho, de modo a que os participantes se apercebam do que pode ser um futuro relacionado com esta área. Orientamos a Rádio Escola e o Estúdio Multimédia, publicamos conteúdos na página da escola e no facebook. Além disso, criamos conteúdos de vídeo para a LiceuTV, com reportagens fotográficas e audiovisuais. Ainda, elaboramos os suportes gráficos para a divulgação de diversas atividades, entre outras, a coordenação multimédia do Sarau, o desenvolvimento de atividades específicas (em momentos pontuais das Jornadas Culturais ou o Dia Aberto) e… não menos importante, paginamos este jornal, o ‘O Pregão’. Por isso, se te imaginas a fazer algumas destas tarefas, esta é a tua equipa! Prof.ª Raquel Silva
edição online em www.esmsarmento.pt
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• Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno
A Educação para a Sexualidade também é trabalhada no ensino secundário O GAIA, ou Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno, funciona na nossa escola em articulação com os alunos, professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação. Tem como principais áreas de intervenção a Cidadania, a Educação para a Saúde e Sexualidade. Além disso, articula com a Direção no sentido do acompanhamento de alunos que revelam problemas de integração escolar, assiduidade, sociabilidade ou outros aspetos psicopedagógicos. Ao longo do ano, foram realizadas sessões sobre o tema “Saber ser, saber estar” para todas as turmas de 10º ano dos cursos de ciências e tecnologias e 1º ano dos cursos profissionais (cerca de 550 alunos), nas quais foram abordados, entre outros pontos, a fundamentação ética do estatuto do aluno e a ética escolar, pelo professor António Moura. Os alunos estiveram envolvidos na sua elaboração e avaliação. No GAIA, também se proporciona um atendimento individualizado, com encaminhamento para outro serviço, nomeadamente o Serviço de Psicologia, sempre que solicitado por um aluno, o diretor de turma, o professor e a Diretora, essencialmente. Houve ainda a preocupação de acompanhar vários alunos para a orientação vocacional no Serviço de Psicologia. Além disso, foram levadas a cabo várias sessões sobre questões ligadas à Saúde e Educação para a sexualidade a nível de turma, 28 turmas no total (cerca de 784 alunos) abordando temas como a sexualidade e os afetos; questões de atitude; postura e assertividade dos jovens; IST’s e relações sexuais e métodos contracetivos; sexualidade; prevenção de comportamentos desviantes, nomeadamente os que são tipificados como
crimes sexuais (como os detetar, como os enfrentar); a violência no namoro e a violência pela internet. Estas sessões foram dinamizadas pelos docentes do GAIA, António Moura e Frederica Sampaio e pela psicóloga Carla Sofia Rodrigues, do SPO, à medida que alunos e respetivos professores responsáveis pelo Projeto de Educação Sexual da Turma foram solicitando a sua colaboração. Considera-se que os alunos estiveram envolvidos na preparação, dinamização, participação e avaliação das atividades. Sobre estas sessões, os alunos fizeram uma avaliação anónima, com sugestões de temas para novas intervenções, acerca das quais se juntam alguns testemunhos. Prof. Frederica Sampaio, Coordenadora da Educação para a Saúde e Sexualidade e do GAIA
“Na minha opinião, achei muito interessante esta sessão, pois falamos da diferença entre sexo e amor e muita gente, de certeza, achava que o sexo poderia ser mais importante do que o amor e, nesta sessão, foi possível debatermos as nossas opiniões de forma tão aberta,
para esclarecer dúvidas existentes, sem o desconforto e a vergonha, geralmente associados. Numa próxima sessão, acho que podíamos abordar melhor as relações entre as pessoas que têm relações sexuais e também sobre a dúvida, a incerteza e a pressão por uma das partes em relação à outra.” Aluno anónimo
“Com esta sessão aprendi bastante sobre a diferença entre sexo e amor. Isto fez me refletir sobre quando é que estarei preparado(a) para ter relações sexuais e como hei de lidar com as minhas ideias acerca do assunto. Obrigada pela sua presença, que volte mais vezes, pois foi um diálogo muito produtivo e que nem sempre nos é possível.” Aluno anónimo
“Penso que esta sessão foi importante, pois na escola nunca temos sessões tão abertas como estas e acho que é interessante porque muitas pessoas têm dúvidas em relação à sexualidade e têm medo de perguntar ou questionar alguém sobre o tema.” Aluno anónimo
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• Projeto Voltar à Escola
“Dê 10 minutos à Língua Portuguesa”: No encerrar de um projecto Apresentação da edição manuscrita de “Os Lusíadas”, promovida pelo grupo “Voltar à Escola” Sociedade Martins Sarmento, 2018-06-10
No ano lectivo que agora termina, o grupo “Voltar à Escola” decidiu, por sugestão da colega Salete Pinto, promover uma cópia integral de “Os Lusíadas”, manuscrita colectivamente. Em sessão realizada a 16 de Novembro, na Escola Martins Sarmento, convidámos os vimaranenses a colaborar nesse projecto, que intitulámos “Dê 10 minutos à Língua Portuguesa”. Com a consciência de que estávamos em contraciclo, explicitámos então os nossos objectivos: 1. Homenagear a língua portuguesa, o mais valioso património nacional imaterial, que temos o dever de conhecer, estudar, defender e valorizar; 2. Propiciar o espírito de colaboração e de entreajuda; 3. Exercitar a escrita manual como meio de desenvolver a atenção e a destreza, e facilitar a memorização. A Escola Martins Sarmento, a Sociedade Martins Sarmento e a Biblioteca Municipal Raul Brandão, instituições parceiras na nossa iniciativa desde o primeiro momento, puseram à disposição dos eventuais copistas as respectivas bibliotecas. E foi assim, entre livros, que o nosso livro nasceu e foi crescendo. A meio da maratona da escrita, tivemos uma agradável surpresa: a turma de Artes Visuais do 12.º ano da Escola Martins Sarmento brindou-nos com um projecto próprio, a que foi dada a sugestiva designação de “Tempo de ilustrar a Língua Portuguesa”: em ambiente de aula, cada aluno criou uma
ilustração para uma diferente estrofe de “Os Lusíadas”. Os trabalhos foram apresentados e estiveram expostos na Sociedade Martins Sarmento, e posteriormente na Escola durante a Semana Cultural, e também na Biblioteca Raul Brandão, voltando alguns a estarem hoje, dia da apresentação, de novo presentes. Em meados de Maio, a cópia do poema de Camões, feita vagarosamente, de forma paciente e esforçada, estava praticamente concluída.
Dez cantos; 1 102 estrofes; 8 816 versos; muitas horas de trabalho não contabilizadas, 100? 180? ; cerca de 450 escreventes, cujas assinaturas constam no final do volume, como marca pessoal de cada participante. Uma tarefa a que aderiu um número significativo de jovens estudantes de várias escolas, mas também antigos alunos, professores, funcionários, profissionais dos mais variados sectores de actividade, donas de casa, reformados, turistas de passagem; pessoas de
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todas as idades, o mais novo apenas de 6 anos (um rapazinho que acelerou o seu processo de aprendizagem da escrita para poder participar), o mais velho contando 95 primaveras; portugueses, obviamente em maioria, mas também alguns estrangeiros: meia dúzia de entusiásticos brasileiros, um luso-brasileiro escritor, galegos, belgas, uma francesa, um italiano, uma americana, um angolano; desde o mais anónimo de todos nós, até algumas personalidades bem conhecidas no nosso meio, autarcas, antigos autarcas, universitários, directores de instituições culturais, etc… O Senhor Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, deu-nos a honra de escrever as três últimas estrofes do Poema. E aí está, finalmente, ainda por encadernar para mais facilmente poder ser mostrada, a nossa edição manuscrita de “Os Lusíadas”, obra de muitas mãos, produto de caligrafias diferentes. Ei-la, como já foi referido, junto a um dos raríssimos exemplares da primeira edição impressa do Poema, feita em 1572, ainda em vida de Camões – que, por deferência da Direcção da Sociedade Martins Sarmento, volta a estar exposto neste dia. É uma presença que não pode deixar de nos emocionar.
Está a nossa cópia enriquecida com uma introdução da autoria do poeta Carlos Poças Falcão e com 12 ilustrações originais, distribuídas pelos diversos cantos. Carlos Falcão, naquele dizer diferente de que só os poetas são capazes, considera a nossa versão, manuscrita no século XXI, como “um belo e consciente anacronismo”. E continua: “…a edição que aqui se apresenta é, mais do que porventura qualquer outra, uma homenagem de afeição, um anacronismo de amor a Camões e a "Os Lusíadas”. Refere depois a importância de Os Lusíadas enquanto “monumento maior da nossa língua”, capaz de “conseguir dizer os mundos todos, visíveis e invisíveis”, “a voz (…) que melhor nos desenha a vida e a história (…)”. Teremos atingido os objectivos que formulámos em Novembro? Numa autoavaliação honesta, cremos que sim: agitámos a bandeira da língua e cerca de 450 pessoas seguiram-nos, comungando do nosso sentir. Ler e copiar uma estrofe de “Os Lusíadas” é tarefa modesta, mas pode ser o despertar de um interesse, o desejo de entender melhor, a admiração pelo Poema e pelo Poeta, o respeito por uma língua que foi a dele, mas que hoje é nossa. Acreditamos que o menino de seis anos e os jovens do 12.º AV guardarão por muito
tempo uma lembrança positiva da sua participação neste projecto. Houve quem confidenciasse: “Há quanto tempo não ouvia falar de “Os Lusíadas”! Ou ainda “Há quantos anos não escrevia à mão!” Em relação ao grupo “Voltar à Escola”, a experiência foi enriquecedora. Fez-nos sair da nossa zona de conforto, estabelecer contactos, tomar decisões, aceitar críticas, sugestões e encorajamentos. Entre nós, houve quem pela primeira vez tivesse a oportunidade de ler integralmente “Os Lusíadas”; quem se ficasse num determinado episódio ainda lembrado ou já esquecido; quem voltasse a desenhar; quem se espantasse com a profunda cultura clássica de Camões, com a riqueza imaginativa do dizer, ou com a musicalidade do verso. E hoje, os nossos sentimentos são de satisfação por termos chegado ao fim e de gratidão para com todos os companheiros de viagem. De um modo especial, queremos renovar publicamente o nosso agradecimento à Escola Martins Sarmento, à Biblioteca Municipal Raul Brandão e à Sociedade Martins Sarmento, pela disponibilidade com que nos acolheram; pelo entusiasmo com que adoptaram a nossa iniciativa; pelas ajudas que nos dispensaram; pela atenção sempre vigilante; pelo cuidado e carinho posto nas pequenas coisas. E também pela intervenção de há pouco do Dr. Paulo, da Dr.ª Ana Maria e da senhora Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Dr.ª Adelina Paula. Não esquecemos os muitos que deram "10 minutos à Língua Portuguesa "(ou mesmo um pouco mais). As nossas últimas palavras só podem ser estas: Bem hajam! Obrigada! Dra. Manuela de Alcântara Santos, Projeto Voltar à escola
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• Projeto Voltar à Escola
A sublime e sempre jovem Língua Portuguesa Língua moderna de civilização transcontinental Excelentíssimos Membros da Mesa Distinta Assembleia
Com cerca de 270 milhões de falantes, é a Língua Portuguesa a 3.ª maior da Europa, entre mais de 60, e a 6.ª mais falada no mundo, entre milhares de outras línguas. Falada em todos os continentes, é Língua oficial de 9 países, e faz parte dos currículos de escolas não só do Uruguai, Argentina, Paraguai, Venezuela e Bolívia, mas também da República do Congo, Senegal, Namíbia, Suazilândia, Costa do Marfim e África do Sul, entre outras. Na universidade de Goa tem um mestrado em Estudos Portugueses desde 1988. Para além da sua presença em comunidades europeias, com destaque para o Luxemburgo onde é língua materna de 19% da população, é falada em pequenas comunidades do Zanzibar (na Tanzânia), da costa oriental da África, de Macau, Goa, Damão e Diu, de Malaca (na Malásia), de Java (na Indonésia), da Austrália e Nova Zelândia (na Oceânia), e, nas palavras do poeta, “se mais mundo houvera, lá chegara!” (VII, 14). Enquanto Língua Transoceânica e Transcontinental está o Português em franca expansão, aumentando significativamente o seu interesse na China; e, nos países de língua espanhola limítrofes do Brasil, está a introduzir-se e a expandir-se para lá das fronteiras do país lusófono. Com cerca de 270 milhões de falantes, perspetiva-se que, por volta de 2050, tenha cerca de 400 milhões, sendo atualmente, de acordo com a UNESCO, “o idioma que tem maior potencial de crescimento como língua internacional na África Austral e na América do Sul”. A grandiosidade da Língua Portuguesa vai muito para além do seu espaço linguístico no mundo. O Português é língua de prestígio, língua
sublime e distinta naquilo que de tão especial nos oferece. Língua difícil, afirmam todos, mas, talvez por isso e pelas suas particularidades distintivas, língua de estudos e de teses frequentes por especialistas estrangeiros. Língua de civilização, a par da inglesa, espanhola e francesa, é a Língua Portuguesa senhora de uma riqueza tão sem igual, que podemos afirmar que nós, porque tivemos e temos o privilégio de a falar, somos os prediletos, os eleitos entre todos os povos. Não hesitemos, por isso, em prestar-lhe justiça, colocando-a, por distinção, no pódio das mais polidas e mais completas línguas do mundo. Rica na abundância dos seus
sinónimos, é, quando comparada à francesa ou à inglesa, única na expressividade dos seus aumentativos e diminutivos, como podemos ver em “rapagão” ou em “rapazinho” e “rapazito”; única na semântica contida no adjetivo “quentinho”, que, totalmente diferente do significado de “quente” e de “muito quente”, traduz aqui, graças ao sufixo, o calor exato do aconchego e do bem-estar; única no uso, conceito e expressividade dos termos “menino” (muito mais terno e doce do que “criança”), “formoso” (que está para além de “belo”), “jeito” (tão diferente de “habilidade”), ou “saudade”, cuja riqueza semântica não permite encontrar par nas outras línguas; rica e completa na sua conjugação verbal de
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todos os tempos e modos, não precisando, salvo algumas exceções, da presença do pronome sujeito para sabermos qual a pessoa referida, pois o morfema de pessoa e número contido na forma verbal dispensa a pronúncia e a grafia desse pronome. “Quando estavas em casa, trabalhávamos em conjunto”, frase exemplificativa da ausência gráfica e fónica do “tu” e do “nós”, necessários na enunciação das frases em inglês e francês, sob pena de ruído na receção da mensagem; única capaz de se referir à 2.ª pessoa com a forma verbal da 3.ª – “O senhor estuda português?”; “você não sabe onde deixou os óculos? - particularidade de difícil compreensão para estrangeiros. E se estes exemplos não bastam, atentemos na exclusiva, morfológica e semanticamente exata utilização das formas de agradecimento “obrigado” ou “obrigada” com as suas variantes de número, que, incorretamente usadas por muitos portugueses, são de difícil entendimento para falantes de outras línguas. Tão diferente da língua francesa no emprego diferenciado entre o pretérito perfeito simples e o composto! Esta língua abundante, enérgica, concisa e elegante, para cuja perfeição tanto contribuíram reis como D. Dinis ou D. Duarte, e para cujo poder comunicativo encontramos eco em Fernão Lopes, mostrou esse grau de perfeição, aquele vigor expressivo em Camões, Garrett ou Pessoa, aquela força argumentativa em António Vieira, aquela dor e ansiedade em Florbela Espanca, aquela paixão telúrica em Torga, aquele poder interventivo em Sttau Monteiro ou Manuel da Fonseca, aquela denúncia sentida em Ary dos Santos, aquela busca de justiça em Sofia, aquele reconhecimento internacional em Saramago, aquela candura e inebriante doçura em Matilde Rosa Araújo. Esta sublime idoneidade, este grande caráter, esta nobre energia, esta elegância e capacidade da nossa Língua deveriam colocar os seus falantes, compreensivelmente orgulhosos, no píncaro linguístico europeu e mundial. Mas esta Língua de ouro está a
ser delapidada, profanada e desonrada por alguns dos seus falantes. De Língua de glória está, para e por certos (ir) responsáveis, a transformar-se num idioma sem ambição, pela desprezível e ingénua “mania de quererem parecer estrangeiros na sua própria pátria.” Esta bela Língua Portuguesa está a ser ameaçada pelo desnecessário, despropositado e abusivo uso de palavras estrangeiras na conversação, nos discursos públicos, na publicidade. Esta ignorante presunção está a prostituir este nosso Tesouro, introduzindo-lhe ou tentando introduzir-lhe termos que, disfarçados em português, ou não, negam o uso e a riqueza dos sinónimos que a nossa Língua possui e que, seguramente, contêm igual ou maior expressividade do que aqueles. Com o orgulho linguístico que nos brota do coração, sempre certos de que a Língua Portuguesa, tal como todas as línguas vivas, não pode estar “couraçada em si própria”, mas, em natural e permanente evolução, aberta à influência de outras línguas, que a ajudam seguramente a remoçar-se; sempre aberta, por conseguinte, às entradas lexicais de que necessita, e criando, simultaneamente, outras palavras no seu seio e atribuindo novos significados às já existentes; conscientes ainda de que, para esta permanente renovação que “lhe mantém a pujança da saúde e do vigor”, o contributo de todos é indispensável, urge pôr cobro àqueles portugueses que, atrás referidos, por razões inaceitáveis, de “peraltice ou jactância”, às vezes com intuito de ascensão social, dão a conhecer simultaneamente a milhares de portugueses novos vocábulos e expressões estrangeiras inúteis, e, por isso, de emprego despropositado na nossa Língua, classificando-os o linguista Amadeu Torres “de um zebroidismo bacoco”, “de um falar exibicionista e assarampelado”. Digamos-lhes que a Língua Portuguesa não é um tecido com traça que precise de remendos; que a Língua Portuguesa dispensa a ajuda dos que já não
acreditam ou procedem como se não acreditassem nas suas inesgotáveis capacidades. Esta infeliz teimosia de certos (ir)responsáveis em tornar esta Língua de ouro numa manta de retalhos, nunca aceitaremos. Esta nossa persistência neste ponto deve-se à responsabilidade acrescida e, nas palavras de Amadeu Torres, e cito, aos “cuidados múltiplos em ordem à manutenção e salvaguarda [do nosso património] contra os agentes deterioradores que imperceptivelmente pervadem e infestam os escaninhos do léxico e da gramática”; contra, e volto a citar, «“os yuppies” do léxico e da pontuação, […] apodados [por alguns] de zebras da imprensa em alarde canhestro, e retalhistas de café.» (fim de citação). E recordando o conto “Bobok” de Dostoiewsky, conclui o linguista que “quem tão mal fala a sua língua sabe a defunto.” Este nosso magnificente idioma – 3.º mais falado na Europa – na sua sublime perfeição, no seu permanente rejuvenescimento e, consequentemente, na sua total capacidade de realização, parece não ter sido criado para todos, refiro-me novamente àqueles que atrás mencionei, mas para uso dos ungidos, dos selecionados, que encontram a seiva, o mel, a vida nos distintamente consagrados, como Eça, Eugénio de Andrade, Agustina, Pessoa ou Camões. “Tenho, num sentido, um alto sentimento patriótico. A minha Pátria é a Língua Portuguesa”, afirmou Pessoa. E o linguista, várias vezes por mim citado, acrescenta que «a verdadeira mundialização da Língua Portuguesa, adentro dos limites da Lusofonia ou para além deles, sempre atual e lídima, sempre outra e sempre a mesma, teve o condão de, pela sua universalidade transcontinental tornar-se, tal como a proclamou o então Presidente Mário Soares em 1989, “uma pátria de muitas pátrias”, uma “língua de afeto, uma língua de liberdade”». Professor Doutor João Ferreira, Projeto Voltar à Escola
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Spoken Word A poesia performática - recitação ou, em inglês “spoken word” - é uma forma de arte em que o texto existe para ser dito mais do que lido. A performance é um ato emocional, gentil ou agressivo, reflexivo ou até violento, de índole marcadamente interventiva. Nos anos 80, foram organizadas as primeiras poetry slams: competições de recitais de poesia em locais mais populares, retirando a poesia da academia e espalhando-a por todo o lado. De enorme adesão pelos jovens, existem já com-
petições a nível mundial e centenas de vídeos são postados no youtube todos os meses, com a gravação de performances únicas. De referir Harry Baker e o seu poema “49”, ou Darius Simpson & Scout Bostley, com o poema "Lost Voices" ou Rudy Francisco com "Things I Strongly Believe". Um dos desafios que coloquei há minha turma de 12º foi o de escreverem uma peça interventiva. Algo que fosse sentido, emocional, para ser dito com garra e vontade: que “saísse de dentro
e nos fizesse tremer”. Como sempre, aderiram, porque são pessoas excecionais e alunos curiosos. Apresento-vos quatro na impossibilidade de mostrar todos, como gostaria. Foram todos lidos. E aí, mais uma vez, estes alunos mostraram compreensão plena e pessoal da razão de ser desta forma de arte. Convido-vos a lê-los. Façam-no em voz alta! Bem alta. Com vigor! Com vontade! Porque estes textos merecem-no.
Moods I suffer from drastic mood changes You might be thinking «here she comes with that thing» It´s super hard to understand what mood changes are if you don´t suffer from them People don´t understand that it can ruin your day, your relationships or friendships There are days that I'm feeling great and all of the sudden I feel super sad This is one of the worst feelings on the world, because you don`t know why or what is happening You don´t have guarantees of how your mood is going to be You lost your mind, because it´s all so weird You start to cry but you are not sad You get nervous without having reasons to be Nothing makes sense, you don´t know how to control your own feelings But what can be the worst is the fact of people making fun of you because they don´t understand what you are going trough It hurts so much It hurts knowing that you can be laughing so hard it hurts or you can be crying your heart out All in the same day, and sometimes with not much difference of timing It hurts because you have no idea of what to do, or how to behave Maria Martins, 12º CT5
https://www.inprnt.com/gallery/stvn-h/mood-swings/
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Forgotten Lately, I’ve been approached by people asking the same questions. “Hey, aren’t you the granddaughter?”, “Is he okay?”, “How is your mother?”. And every time it’s the same answers. “Yes, I am”, “He´s okay”, “She’s fine”. Even if I give such small replies, they try to start a conversation. They start saying that it must be complicated, that we must be strong. Are you kidding me, what do you know? It’s terrifying. Knowing the day is coming when your loved one won’t know you Is the most horrific feeling of them all for an Alzheimer’s caregiver. Is like riding the world’s biggest, scariest and emotional roller coaster. People tend to get frustrated because of their loved ones who have Alzheimer's. “Oh, he doesn't recognize me anymore, how can I recognize this person, if they don't recognize me? They're not the same person.” Well, they are the same person, but they've got a brain disease. And it's not their fault they've got this disease. Do you actually think that a person prays to have Alzheimer´s? And he may not recognize me, but I recognize him. Loving a patient with Alzheimer’s is like loving a haunted house. It’s fun to visit once a year, but no one wants to live there. It´s not easy to have something, and in the next moment it disappears. The thing that I miss the most is the scrunching the nose gesture that we always did. I never gave importance when he did it, I just responded to it equally. But now, when I’m with him, I’m the only one that makes it. It saddens me knowing that he doesn´t understand. It saddens me that I can’t even demonstrate that I’m sad. It saddens me that my mother and uncle are in a worst position. It infuriates me that people keep talking when they know nothing. So, to those people that keep talking and saying that we must be strong, Thank you very much for the unneeded information. But mind your damn business. Filipa Guimarães, 12º CT6
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Euthanasia
One Percent
Euthanasia, the current favorite theme of the Portuguese people Euthanasia, the theme on which everyone has an opinion Euthanasia, who has the right to decide? Euthanasia, to what extent should individual liberty go?
When I stroll around my thoughts, I analyse words and their phonetics. "Cul-ture"… Is it an unpleasant word? Since, sometimes, it seems that powerful people Fear its sound. Is it too mighty for them?
I've heard arguments like: "euthanasia is a violation of human life"; “life is sacred”; "only the "creator" can take someone's life" Well, to these arguments I answer: "Non-Euthanasia" is violence to Human Dignity; The choice of life is sacred; Only we are the owners of our lives. Put yourself in this situation: Trapped to a hospital bed, Unable to breathe alone, Unable to eat alone, Without any quality of life, With unbearable pains, Without any hope, Simply waiting… What would you do? I can state, With all my certainties That no one deserves a slow, gradual and painful death Everyone should have the right to end their suffering Everyone should be entitled to a dignified death. If life is a right, then death is too. Ana Luísa Azadinho, 12º CT5
Culture, Why don't they help you? Those who wear pompous black suits that, Perfectly, Match with the darkness of their Self-styled cultured souls. Your museums' walls hold colourful paintings Portraying someone's mind, Feelings an artist didn't left behind. It's called an a-bil-i-ty. Those who wear black suits don't have Sensibility. Books are touchable knowledge, The place where truth lives. Those who manipulate run away From their fears. Plays depict society in a jocular way. Oppressors avoid citizens who have something To say. Your sound has a revolutionary rhythm, It unites by causing A reaction. Those who tyrannize citizens keep them Under distraction. Without Culture, We would be small dots in a desert's empty immensity. Indistinguishable. The vastness' silence would be out of tune. Culture, You're too true and Humanized lies can't stand you. Matilde Reitor Ramos, 12º CT6
https://www.youthvoices.live/2017/12/02/voluntary-euthanasia-survey/
http://culturalconundrums.theblogpress.com/files/2014/03/Culture_by_AagaardDS.jpg
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• Momentos de ref lexão
A propósito de “O avanço da ciência e o recuo de Deus”… No passado dia 30 de abril, a nossa escola teve a oportunidade de receber, como orador convidado, o Sr. Prof. Álvaro Balsas. Trata-se de uma pessoa com um nível de conhecimento excecional, não só pelo alto grau de sabedoria que possui em várias temáticas, mas também pela diversidade de disciplinas que o seu saber engloba, desde a Teologia à Física. É também de salientar o modo como, enquanto professor, é capaz de transmitir as suas ideias e fazer com que o seu auditório as compreenda. O professor foi convidado pelos alunos do 11º CT3, no âmbito da disciplina de Filosofia, com o intuito de expor um pouco daquilo que expressa no seu livro "O Avanço da Ciência e o Recuo de Deus" e desenvolver um pouco mais este tema. Antes de iniciar o seu discurso, o professor pediu que os alunos colocassem questões, de modo a que ele pudesse, mais eficazmente, satisfazer a sua curiosidade. As perguntas, todas pertinentes, variaram desde “Será que Deus existe?” a “Qual é a relação entre a ciência e a Igreja?”. A isto, seguiu-se cerca de uma hora em que o orador, em constante interação com os alunos, foi esclarecendo o que lhe havia sido questionado. Deste modo, desenvolveu alguns temas, entre os quais: as bases da ciência; a sua origem relacionada com o cristianismo; a sua evolução e os requisitos para que se possa praticar a ciência. Abordou todas estas questões, recorrendo sempre a exemplos ilustrativos, como o contraste entre a teoria de Einstein e de Newton para demonstrar que, mesmo as crenças mais fortes, que se aceitam como completamente certas, podem, na verdade, não o ser. Por fim, todos se despediram do Sr. Prof. António Balsas com um forte e sincero aplauso, nunca duvidando que fora uma palestra produtiva, já que nela toda a gente aprendeu algo ou, pelo menos, ficou algum estímulo para a reflexão. Luís Fonseca Rodrigues, 11º CT3
Este livro destina-se ao mercado universitário, aos cursos e alunos de filosofia, sociologia, ética, e bioética, ciências cognitivas, psicologia, filosofia das ciências, só para citar alguns.
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Erasmus+ em Eindhoven Diário de viagem… Segunda-feira, dia 14 de maio, começou cedo. Perto das 06:15, toda a equipa portuguesa se encontrou na Escola Secundária Martins Sarmento - nosso ponto de encontro -, para todos nos dirigirmos ao aeroporto, onde apanharíamos um avião, por volta das 09:15, que nos levaria para Eindhoven, Holanda. Apesar do inevitável atraso do avião que nos fez perder parte das atividades marcadas para o primeiro dia do encontro, assim que chegamos, parecia que já lá estávamos há semanas! Foram todos tão generosos e amáveis connosco e as amizades estabeleceram-se tão rapidamente, que nos sentimos imediatamente bem acolhidos. Quando chegamos ao centro de Eindhoven, por volta das três horas da tarde, começamos por fazer um peddy-paper, onde teríamos que descobrir mais sobre a cidade e interagir com estrangeiros. Depois desta atividade, todas as equipas (austríaca, espanhola, holandesa, turca, finlandesa e portuguesa) se juntaram para tirar a primeira fotografia de grupo. Mais tarde, dirigimo-nos ao De Zonnewende, hotel no qual ficamos instalados. Na primeira noite, no hotel, preparamos o quarto, jantamos e criamos laços com os alunos dos outros países. E, apesar de ter sido apenas o primeiro dia de projeto, onde apenas estivemos menos de doze horas rodeados dos alunos dos outros países, desde o primeiro instante apercebemo-nos do quão única esta oportunidade fora e o quão maravilhosa acabaria por ser. Inês Cruz, 10º CT4
necessárias para enfrentar o dia. De seguida, apanhamos um autocarro que nos levou ao “Nemo Science Centre”, um museu de ciência fabuloso, repleto de atividades interativas e versátil, pois abordava um leque variadíssimo de temas! À tarde, fomos visitar Amsterdão, algo que todos esperávamos com ansiedade! Tiramos imensas fotos, rimos sem
A manhã de terça feira, 15 de maio, acordou-nos muito cedo e, com ela, todos os que estavam na “De Zonnewende" (ah, porque se queríamos aproveitar o dia, tínhamos de levantar cedo!). O sol espreitou por entre as árvores e trouxe o calor. Trouxe um dia quente e soalheiro, ótimo para desfrutar! Após o maravilhoso pequeno-almoço, que devo assinalar, diariamente, manteve essa qualidade, apesar de sermos muitos, proporcionando-nos um carregamento de energias
duas amigas e o professor, andar numa espécie de baloiço para quatro pessoas, cujos assentos eram pneus suspensos por um ferro (como podem ver na fotografia), sentados frente a frente, dois a dois. Como ninguém se ofereceu para nos empurrar, começa o professor a subir e a descer daquela engenhoca, de modo a poder “dar lanço” para o baloiço andar. Pouco depois, decidiu sair e, como sem ele aquilo perdia toda a graça, resolvi descer também. Não é que me ponho a olhar para o lado, muito sossegada, quando, de repente, vejo
limite e jantamos num dos cafés mais bonitos onde eu já tinha estado! Bonito, mas até nem era pela decoração, era mesmo pelo aconchego, pelo bom ambiente que transmitia, pelo facto de a cozinha ser mesmo, ali, diante dos nossos olhos e de pairar no ar um cheiro delicioso a bolos acabadinhos de fazer! Quando acabamos a refeição, voltamos para o “De Zonnewende” e cada um pôde divertir-se à sua maneira! E, agora, vem a parte mais hilariante do dia! Vou eu, mais
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uma coisa preta enorme a aproximar-se e a bater-me com força na cara! Era um pneu que vinha ainda com todo o lanço! Olho para os professores e estão eles desmanchados a rir! E eu, ali, com a cara dormente e cheia de comichão por causa das picadas dos mosquitos!!! É claro que, num instante, também desatei a rir de mim mesma e pensei: “Tu eras a única a quem poderia acontecer isto!!!”. Só mesmo a mim! Este é o relato de apenas um dia desta grandiosa semana que passamos e que vai ficar gravada, para sempre, na história do meu coração! Marta Soares, 12º CT5
No período da manhã, divertimo-nos com os mais diversos jogos, entre os quais o que mais me marcou foi o Jogo do Javali que consistia em tentar acertar com dardos em áreas delimitadas, e o Jogo Sueco que foi o meu preferido, visto que fomos obrigados a responder a questões relacionadas com “Olympics”. Depois de uma manhã intensiva a treinar para as competições que iríamos ter à tarde com estes mesmos jogos, soube mesmo bem o almoço que nos serviram. Fizemos a digestão e estávamos novamente prontinhos para disputar os desafios. Pessoalmente, gostei da forma como eles organizaram os jogos, pois estes tanto testavam a componente física como a intelectual. Assim, por exemplo, no jogo de obstáculos era necessária uma estratégia bem definida para conseguirmos fazer um percurso em menos tempo possível.
Neste dia, quarta-feira, 16 de maio, era suposto que todos nos dedicássemos à concretização do projeto previsto para este mês “Olympics”. Começamos naturalmente o dia, com um pequeno almoço completo e saudável. Seguimos, imediatamente, para o anfiteatro onde todos fomos divididos por 5 equipas, as quais constavam de diversas pessoas oriundas de países diferentes. Tive a sorte de ficar com Roos e Wenxi, duas raparigas holandesas que conhecera no dia anterior. Às 16:00 horas, começou o torneio de futebol, aquele que culminou com o meu braço partido (eu sei que futebol se joga com o pé! Ahahah!). Seja como for, esta situação permitiu-me conhecer o hospital de Eindhoven, onde percorri imensas salas. Estive ainda entretida a falar com o meu professor acompanhante, professor João Paulo, e uma senhora holandesa relacionada com o projeto Erasmus+, que, amavelmente, me explicou como funcionava o sistema educativo holandês. Enquanto isso, as minhas colegas divertiam-se com danças e música no tal anfiteatro. Nessa mesma noite, decorreu a chamada “Feira dos Países”, onde cada país colocou, em exposição, a sua gastronomia típica e lembranças alusivas às suas tradições, que podíamos tocar, provar e mesmo levar
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connosco de recordação. Quando cheguei, após "o chorrilho" habitual de perguntas, acabei o meu dia, como considero que deveria acontecer, essencialmente, num programa Erasmus, rindo, falando e partilhando pedaços da nossa cultura com um rapaz austríaco da nossa idade e um outro holandês de 13 anos, juntamente com as minhas colegas Bárbara e Mafalda. E foi bom, porque uma pessoa como eu, com um futuro povoado provavelmente de viagens pela frente, estas experiências são as mais importantes, porque me preparam, e, ao mesmo tempo, deixam uma marca doce na minha memória. Joana Cruz, 12º CT3 Nesse dia, quinta-feira, 17 de maio, levantámo-nos, fomos tomar o pequeno-almoço e preparamos o nosso almoço. Entrámos no autocarro e fizemos a viagem até Noord-Holland, Enkhuizen, um lugar muito frio. Lá, visitamos várias casas, cada uma com a sua história, vimos um moinho, águas limpas e paisagens magníficas. Almoçamos e, depois, continuamos a nossa visita. Seguidamente, fizemos a viagem de volta a Zonnewende e jantamos.
Nesta noite, pude conhecer melhor as pessoas de outros países, pois fiquei a saber como é a vida e a cultura deles. Esta foi a última e a melhor noite de convívio de uns com os outros. Nessa noite é que nos apercebemos que teríamos de nos despedir e de voltar à nossa vida, cada um para o seu país. Desta experiência fica uma grande certeza, a de que estas pessoas e este país permanecerão nas minhas memórias! Inês Reis, 10º CT4
Este dia, sexta-feira, 18 de maio, começou exatamente como qualquer outro dia desta semana, mas todas sabíamos que provavelmente seria o dia mais triste desta jornada magnífica. Estávamos todas com pouca vontade de nos levantarmos e de dizer adeus àquele que foi o nosso abrigo durante uma semana. Assim que todas ganhamos coragem para nos levantarmos, umas mais tarde que outras, procedemos à rotina habitual que tínhamos criado. Tomamos o pequeno-almoço, despedindo-nos do refeitório e da mesa que tinha sido “nossa”, sabendo que aquela seria a última refeição ali. Com muita tristeza, acabamos de fazer as malas e deixamos o quarto arrumado, tal como tinha sido encontrado. Nenhuma de nós estava preparada para deixar aquele lugar e as pessoas maravilhosas que conhecemos, mas sabíamos que, quanto mais cedo o fizéssemos, melhor. Tínhamos combinado encontrar-nos às 09:45 de modo a nos dirigirmos para a paragem de autocarro que ficava a 15 minutos daquele lugar. Como era de esperar, não partimos à hora combinada, porque a despedida era muito difícil, pois tivemos que dizer adeus à Espanha, à Holanda e à Turquia e foi muito comovente! Só conseguia olhar para toda a gente a chorar e a querer ficar mais uns dias, uma semana quem sabe. Mas, para mim, o momento mais emotivo, ainda, foi quando caminhávamos para a paragem de autocarro e fomos seguidas por um grupo de alunos mais próximos de nós, que não nos queriam deixar partir e nos acompanharam até metade do percurso. Quando se aperceberam que tinhamos de nos despedir, começaram a dançar uma música portuguesa que o nosso grupo lhes tinha ensinado. Foi realmente muito bonito ver que, em tão pouco tempo, conseguimos transmitir tanto a outras culturas! Mas a partida foi inevitável!
Chegamos a uma cidade que ainda não conhecíamos e foi nos dado algum tempo para a visitarmos sozinhos e almoçar. Nessa cidade, depois da refeição, tivemos de dizer adeus à Finlândia e à Áustria que ficariam para trás. Não tardava já estávamos a chegar ao aeroporto, onde teríamos de fazer um jantar rápido, porque a hora do voo aproximava-se. Fiquei isolada do grupo no voo, pois não tinha ninguém que conhecesse perto de mim e, infelizmente, não tinha nada com que me entreter, porque o meu telemóvel tinha ficado sem bateria.
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dia 3
Então, a única coisa que eu podia fazer era lembrar-me dos momentos únicos que tinha passado naquela semana, com pessoas tão diferentes e de culturas tão diversas que chegava a ser engraçado como conseguíamos darmo-nos bem, sendo tão diferentes! Pensei nos amigos daquele projeto que levarei para a vida. Pensei também no quão bem recebidos fomos pelos holandeses e o quão acessível era o alojamento e qualquer professor responsável assim como as alunas! Pensei, por último, nos momentos fantásticos que nos tinham sido proporcionados, nas visitas às cidades, nos jogos de equipa, e no convívio entre todos! Foi realmente uma das melhores experiências que vivi na minha vida e quero levar comigo. E fico feliz por, no próximo ano, estar de novo neste projeto fantástico para poder rever a maior parte destas pessoas. Inês Almeida, 10º CT4 Ao acordar, na manhã daquela quinta-feira, 17 de maio, todos os participantes que integravam o projeto Erasmus se sentiam invadidos pela mesma sensação, à medida que o regresso se aproximava - já era possível sentir o cheiro de Casa! Uns com vontade de ficar, outros com vontade de voltar – eu, para todos os efeitos, já fantasiava com uma cama que não fosse um beliche! Como plano para aquela última quinta-feira, foi organizada uma visita ao Museu Zuiderzee em Enkhuizen, na zona Norte da Holanda. Sem qualquer ideia para onde nos levavam, e longe de sequer poder pronunciar este nosso destino, partimos num autocarro igualmente repleto de jovens meio-acordados e crianças sob o efeito energético do açúcar (que, misturado com o entusiasmo da experiência, resultava na produção e reprodução de sons altos e repetitivos, causadores de uma profunda dor de cabeça aos primeiros). Passadas cerca de três horas do início da viagem, havíamos chegado ao Museu. Bastou um pé fora do autocarro para sermos abalroados pelos ventos locais que, diria eu, não se encaixam muito bem na estatura e resistência portuguesas. Gélidos, abraçados a nós próprios e com dentes a bater uns nos outros, corremos para o interior do edifício, onde nos foi feita uma breve introdução àquilo que iríamos encontrar naquele local. Era essencialmente uma recriação das cidades e vidas
passadas dos Holandeses, onde, tanto podíamos encontrar pequenas casinhas, cujo interior facilmente nos introduzia para a cultura doméstica nórdica, como descobríamos ruinhas estreitas que nos levavam ao passado assim que as atravessávamos. Sem receios ou anseios, deixei-me perder por aquele local tão amistoso, que mais parecia uma cidade “a brincar” – é curioso como dificilmente nos sentimos perdidos em locais bonitos. Sem dar conta para onde os diferentes trilhos me levavam, segui-os cega e fielmente (e ainda bem que o fiz!). Vi-me perante uma paisagem de uma beleza inimaginável, tão magnífica que qualquer descrição por palavras ficaria aquém da realidade, por isso, fotografei-a. De olhos cheios, as fantasias com camas que não fossem beliches subitamente desapareceram – naquele momento, não havia motivos para estar em qualquer outro lugar. Podia não ser a despedida do projeto, nem tão pouco era uma despedida da Holanda, mas foi um bonito até já. Acho que, se me pedirem para resumir toda a minha experiência como parte desta iniciativa de Erasmus, resumi-la-ia neste momento em que fui, sem pensar em ser, e vi, sem pensar naquilo que estava diante mim. Não houve qualquer outro local, experiência ou conversa que me proporcionasse igual sensação. É aí que brilham estes projetos, que proporcionam uma partilha de vivências e costumes impossíveis de experienciar de qualquer outra forma. Na Holanda fui holandesa. Mafalda Costa, 12º LH3
SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 19
GARUPA; GASTOS; AI; RAM; ERA; SI; S; RITA; ORIA; M; SANAR; MORDE; C; MAME; ELAI; R; AS; MAL; TAS; FE; MAR; RA; RR; TAC; ARIA; D; I; PODA; RA; TROCADO; AP; A; IA; TU; I; ARU; MU; ME; ARU; GATA; A; O; ORAL; EDITAR; RAPARA; MALETA; AMARAR.
Beatriz Salgado, 10º AV Renata Mendes, 11º AV Gabriela Duarte, 10º AV Gabriela Duarte, 10º AV Gabriela Duarte, 10º AV
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Célia Vieira, 11º AV2 Vera Rodrigues 11º AV2 Gabriela Duarte, 10º AV
Célia Vieira, 11º AV2 Célia Vieira, 11º AV2
Sara Novais, 12º AV2 Marta Marques, 12º AV2 Joana Arantes, 12º AV2
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Cidades invisíveis
Adriana Oliveira Bárbara Castro Carolina Salgado
Ana Catarina Lopes Bárbara Lopes Ana Helena Costa Hernâni Fernandes
Andreia Costa Adriana Lopes Cátia Abreu
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“A cidade de Leónia refaz-se a si própria cada dia que passa: todas as manhãs a população acorda no meio de lençóis frescos, lava-se com sabonetes acabados de tirar da embalagem, veste roupas novinhas em folha, extrai do mais aperfeiçoado frigorífico frascos e latas ainda intactos, ouvindo as últimas canções no último modelo de aparelho de rádio. (…)” In Italo Calvino, As Cidades Invisíveis
Filipe Rocha Pedro Berbereia Pedro Guimarães
Em “As Cidades Invisíveis”, considerada a obra mais emblemática de Italo Calvino, o escritor cria um diálogo fantástico entre o imperador mongol Kublai Khan e Marco Polo, conhecido por ser o maior viajante de todos os tempos. Khan, ao perceber a impossibilidade de conhecer os seus domínios por inteiro, utiliza os olhos de Marco Polo para visualizar as suas terras. Deparámo-nos com 55 cidades com nomes femininos que surgem como personagens dotadas de diferentes carácteres. Incluídas em onze temas, vão indicando o assunto abordado:
Lara Ribas Inês Gonçalves Sara Novais
memória, desejo, sinais, subtilezas, trocas, olhos, nome, mortos, céu, contínuas e ocultas. O grupo do 12º ano AV2 apresentou, na Semana da Leitura, um trabalho de ilustração sustentado nesta obra que, entre outras, incluiu as cidades de Zenóbia com as suas palafitas, Armilla, que não tem nada que a faça parecer uma cidade, Octávia, a cidade teia de aranha, Sofrónia, com duas meias cidades, ou Leónia cujo lixo, pouco a pouco, invadiria o mundo. Prof.ª Raquel Silva
Marta Marques Joana Arantes Lídia Lemos
Equipa de ‘O Pregão’ Fátima Caldas Joana B. Silva Jorge C. Faria José L. Faria M. Fátima Lopes Raquel Silva
Jornal ‘O Pregão’ online: issuu.com/opregao impresso: biblioteca e sala de estudo Pede uma cópia impressa na reprografia. Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email: o.pregao@esmsarmento.pt
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Palavras Cruzadas 19
Prof. António Costa H
Editorial (continuação) Do regresso à Escola de muitos docentes que celebram a língua pátria, passando pe-la I Mostra de Projetos dos Cursos Profissionais, pelas Jornadas Culturais, pelo Liceu’s Got Talent, até ao desporto, aos concursos e às estimulantes visitas de estudo e voluntariado, há muito para ler, fruir e guardar para memória futura. A Escola conjuga passado, presente e futuro. A Escola permite ensinar e aprender. Por isso a Escola é uma grande, multifacetada, séria e amistosa conversa que temos uns com os outros. Ensinando e partilhando... tal como Darwin caminhava com o seu mestre nas charnecas, ou como Aristóteles passeava com Platão. Todos, ontem e hoje, procuramos construir e descobrir o mundo em que vivemos. Dar-lhe um sentido. Sejam, pois, todos bem-vindos, a este novo ano letivo de 2018-2019. Como José Régio dissera, ganhemos asas, sonhemos, — folheiem-me! — somos asas para o Porvir. Prof. Carlos Félix
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D E T S A C A N S O
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J U S T O
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Cartoon (Sofia Carmo, 11º AV2) V
1
Parte posterior do cavalo, entre o lombo e a cauda; despesas.
2
Momento; memória de computador; época histórica; nota musical.
3
Nome feminino; língua indiana falada no Orixá, estado do Nordeste da Índia.
4
Recobrar a saúde; ferra.
5
Engane; prendei.
6
Elas; antónimo de bem; bigorna de aço, sem hastes, usada pelos ferradores e nos estabelecimentos de cunhar moedas; crença.
7
Lago de grandes dimensões; rádio (s.q.); “Rádio Renascença”; “tomografia axial computorizada”.
8
Peça musical para uma só voz, dotada de unidade própria apesar de pertencer a uma composição maior; corte.
9
“Região Autónoma”; confundido com outro; “Área Protegida”.
10
Atravessava; pronome pessoal que designa a segunda pessoa do singular.
11
Nota musical; operação de salvamento; ástato.
12
Anfíbio anuro, nativo da América do Sul, de cor acastanhada, corpo achatado, cabeça com focinho pontiagudo e patas traseiras com membranas; mulo; “Ministério da Economia”; espécie de sapo das regiões amazónicas.
13
Mulher considerada atraente; exame realizado com base em perguntas e respostas de viva voz.
14
Publicar; cortara rente.
15
Mala pequena; pousar no mar o hidroavião.
1
Fluido gasoso, combustível, utilizado para aquecimento, aplicação culinária e iluminação; convivência amigável.
2
Instante; nome feminino; ermida fora do povoado.
3
Memória de computador; ridiculariza; proveitoso.
4
Expelir pela uretra; embaraçar; amarre.
5
Painel de inclinação nula; sobre; “Aeródromo de Trânsito”.
6
Pálido; transpirara.
8
Estudo das propriedades dos «seres geométricos» que são invariantes para as operações de um grupo de transformações; fruto silvestre.
9
Inventariar; telúrio (s.q.); amerício (s.q.).
10
Abandonaras; grande vaso de barro destinado a conter líquidos; balandrau.
11
Juntei; porco; ferir.
12
Aqueles; mulher bela e bondosa; mentira.
13
Anuência; repetir sumariamente.
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