Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Diretor: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Rosa Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria Email: o.pregao@esmsarmento.pt nº 13
fevereiro 2016
Foto: www.vsc.pt
Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães
Editorial Caros leitores, Ao assinalar-se, no passado dia 17, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o Papa Francisco legou-nos as seguintes palavras: "Neste nosso tempo, os fluxos migratórios aparecem em contínuo aumento por toda a extensão do planeta: prófugos e pessoas em fuga da sua pátria interpelam os indivíduos e as colectividades, desafiando o modo tradicional de viver e, por vezes, transtornando o horizonte cultural e social com os quais se confrontam." Na verdade, ao defrontarmo-nos com esta realidade em que os povos em fuga buscam uma vida melhor noutras paragens, cujos hábitos culturais são totalmente diferentes, questionamos: Estarão as sociedades democráticas preparadas para o acolhimento destes cidadãos? E o que verificamos é que o medo acaba por ser o estado emocional mais presente, tanto nos refugiados e migrantes como nos estados que os acolhem. Os refugiados e migrantes fogem do medo da morte provocado por situações de guerra e fome, mas voltam a enfrentar o medo quando se aventuram em viagens sem garantia de segurança e outra vez o medo perante o que vão encontrar numa terra que desconhecem e que muitas vezes os hostiliza. Por outro lado, nos países de acolhimento há quem tenha medo de que se infiltrem terroristas ou outros malfeitores que alterem a ordem social. Há ainda o medo de não saber lidar com situações de conflito associadas às diferenças de hábitos. Há ainda quem julgue este acolhimento considerando que “ temos que ajudar os nossos antes de ajudar os de fora”. Perante tanto medo e julgamento, ficamos tolhidos na passividade e no silêncio. Nada se resolve. E os refugiados e migrantes continuam a sofrer as amarguras da exploração e do desprezo. Estas pessoas são vítimas de situações políticas e sociais para as quais não foram chamadas a pronunciar-se e, por isso mesmo, merecem todo respeito e atenção. Merecem uma oportunidade de vida. O medo deve ser substituído pela coragem: coragem que acabam por ter os que se aventuram no desconhecido, coragem em ajudar o próximo, coragem para mudar Continua na última página
Entrevista
Rui Pedro Rebelo Bragança
Ex-aluno da ESMS está apurado para os jogos olímpicos 2016 p. 02
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