Genesini:
“Sucesso é consequência de conhecimento e dedicação” PALAVRA DO PRESIDENTE | PÁG. 3
Pesquisa de Retenção: Participe da pesquisa de retenção e satisfação disponível na intranet e concorra a prêmios!
No Oriente Médio: Os muros, as pedras e as memórias inesquecíveis DIRETO DAS SUCURSAIS| PÁG. 16
ESTAD’OLHO ano 5 • número 23 • maio / junho / julho de 2010
Comunicação Interna
Jornalismo renovado • Aos 135 anos, renovação. Redesenho do Estadão e do Estadão.com.br consolida a era da hiperedição jornalística na empresa – e quem mais se beneficia são os leitores.| Pág. 10
Funcionários ganham espaço de bem-estar CURTAS | PÁGINA 5
Com inauguração prevista para o primeiro semestre, o espaço Estado de Bem-Estar é um ambiente idealizado pelo Grupo Estado para atividades de convívio, relaxamento e diversão de seus funcionários.
AE comemora 40 anos ACONTECE | PÁGINA 9
Novo restaurante do prédio-sede Clayton de Souza / AE
ENTRE ASPAS | PÁGINA 8
Profissionais do Grupo Estado e da Cases trabalharam desde 2009 na reforma do jornal e do portal
Cobertura da Copa do Mundo ENTRELINHAS| PÁGINA 12
ESTAD’OLHO Tradição e renovação são temas presentes em nosso Grupo e também nesta edição do jornal interno. Completar 135 anos, certamente, é prova de nossa tradição. E aqui você pode acompanhar nossas ações internas para comemorarmos com a equipe esses 135 anos, como a entrega das capas do jornal da data de nascimento e a inauguração do
Espaço Estado de Bem-estar. Você poderá conferir também a renovação de nossos produtos, acompanhando os bastidores do projeto de redesenho do Estadão. Nesta edição do jornal interno, que também passou por uma revisão gráfica e editorial, você vê as principais notícias organizacionais do trimestre e ainda conhece alguns dos caminhos
estratégicos para 2010, como o Encontro de Alinhamento Organizacional da Liderança e os preparativos para a cobertura da Copa do Mundo. Não deixe de ler o especial de 135 anos, que nesta edição aborda a importância da empresa para os paulistanos de um modo diferente: nas placas da cidade. Boa leitura!
Comunicação Interna
Editorial
Andréa Oliveira Gerente de Desenvolvimento Organizacional
Nesta edição 2
4
6
8
9
Bússola
Curtas
Negócios e Cia.
Editorial
Convenções motivam equipe de vendas
Estadão está censurado Funcionários têm novo restaurante há nove meses
Palavra do Presidente
Entre Aspas Acontece AE comemora 40 anos
10
12
Jornalismo renovado
Em busca da artilharia
Reportagem Entrelinhas de capa
AE inicia projeto de expansão
Diretoria Industrial Liderança se encontra apresenta case a para alinhar estratégia jornais americanos
Vamos fazer juntos? Funcionários Mundo lá fora ganham espaço para relaxamento e convívio OESP Gráfica valoriza clientes
Bússola
13
14
15
16
Multimídia
Inspiração
Mundo Melhor
Grupo Estado ingressa no Twitter
Movido a caridade
Três mil cidades Os muros, as pedras apagam as luzes contra e as memórias aquecimento global inesquecíveis
Clique aqui
Direto das Sucursais
17
18
20
Ponto de Vista
135 anos
Cliques do Trimestre
Grupo Estado em Cinema, Teatro, 10 placas de São Paulo Cultura e muito mais!
Programe-se
Jornais do Grupo Notícias da OESP passam a usar Mídia do Rio embalagens ecológicas
Responsáveis
Conselho Editorial
Rádio Eldorado Recursos Humanos Vanessa Vieira Andréa Oliveira Margaret Moraes Agência Estado Regina Fogo
2
Coordenação de Edição Revisão Final Comunicação Interna Margaret Moraes Cristiane Rocha
RH - Redação Denise Almeida
Oesp Mídia Ana Oliveira
Dir. Industrial Jandira Ferreira
Merc. Anunciante Elaine Dias Layout e Diagramação Ricardo Navas Lopes
O Estad’olho é uma publicação trimestral do Grupo Estado voltada para o público interno. Tiragem de Colaboração João Wenceslau de L. Neto 3.000 exemplares.
Érica Oliveira Sandra Spada
ano 5 • número 23 • maio / junho / julho de 2010 Comunicação Interna
Palavra do Presidente perfil empreendedor que devemos buscar. Felizmente, esse espírito envolveu diversas iniciativas do Grupo Estado neste trimestre, como o redesenho do Estadão impresso e digital. Acredito que muitos brasileiros compartilharam da satisfação em ler um produto renovado, mais bonito, mais interessante. Foi um projeto tão impactante que ultrapassou as paredes da organização, consolidando o valor do Estadão nas vidas de leitores e internautas. O diferencial foi ter profissionais que foram além de simplesmente aceitar o desafio – fizeram dele um propósito e nele acreditaram intensamente. Essa energia produtiva e vigorosa dos funcionários foi completamente perceptível na
semana que antecedeu o lançamento. Havia algo mágico no ar, um orgulho corporativo, a sensação de estar participando de algo histórico, a união em torno de um objetivo comum. Profissionais enérgicos e obstinados também foram essenciais para comandar a reforma completa do restaurante interno do prédio-sede, questão tão presente no cotidiano da maioria de nós. Apenas gestores interessados na melhor solução, como eles o foram, teriam escolhido ouvir o funcionário, seus desejos e opiniões, para então criar um novo conceito e convertê-lo em estratégia, que agora se materializa em melhorias para todos. Isso é realização. Acredito em empresas com
essa atitude. Companhias onde profissionais compreendem os objetivos, desempenham atividades com energia, criam soluções viáveis e aceitam transformar ideias em realidade, sempre visando à evolução dos colegas e da empresa. São esses elementos que permitem o sucesso e, por meio da realização, promovem um orgulho perene de pertencer. Comunicação Interna
A conquista do sucesso é consequência de conhecimento e dedicação. Se estamos provando o sabor marcante de nossas realizações neste início de 2010, é porque existiu determinação, esforço e paixão, combinação que sempre resulta em mudanças positivas e, muitas vezes, surpreendentes. Quando estamos à frente de um desafio ou proposta ousada, é natural sentir certo temor – o chamado “frio na espinha”. É uma reação que resulta da consciência de que grandes projetos só são realizados com inspiração, suor e planejamento. Ultrapassar essa barreira inicial e aceitar energicamente o desafio, almejando sempre mais, é uma competência admirável que um profissional pode ter. E é esse
Silvio Genesini Diretor-presidente do Grupo Estado
Liderança se encontra para alinhar estratégia
Uma das características mais comuns às empresas de sucesso é a valorização de seus funcionários. O reconhecimento ao esforço profissional diário deu o tom dos projetos internos nesse primeiro trimestre, da busca de melhorias na comunicação às ações comemorativas de 135 anos do Grupo Estado. Confira as principais novidades e continue acompanhando os canais de comunicação interna: • Reformulação do jornal interno, dos murais e dos boletins eletrônicos;
Primeira reunião de alinhamento do ano apresentou resultados do trimestre e metas para 2010 Em 30 de abril, os líderes do Grupo Estado se reuniram para compartilhar os resultados do primeiro trimestre e apresentar as ações estratégicas em andamento. Com os resultados econômicos positivos trazidos pela Diretoria Financeira, concluiu-se que a empresa alcançou um patamar relevante de solidez financeira, o que permitirá investimentos e expansões, embora os executivos ressaltem a necessidade de ajustar despesas e rever processos e controles, para que sejamos mais eficientes e competitivos. Num cenário em que o segmento de comunicação permanece em mudanças, com o surgimento de novas mídias, a Diretoria de Conteúdo e a Diretoria de Mercado Publicitário trabalham, com sucesso, na criação de diferenciais para manter a viabilidade e a relevância de seus negócios. “Estamos preparados para o futuro”, anunciou o presidente do Conselho Administrativo, Aurélio Cidade. Nos próximos meses, as prioridades na pauta de iniciativas internas são: a implementação do proje-
to Computer to Plate na Diretoria Industrial; a disciplina orçamentária; a centralização de compras; a consolidação de um Centro de Serviços Compartilhados; novos processos e soluções em Tecnologia da Informação; e a implementação de um sistema de avaliação e planejamento de desenvolvimento profissional. No âmbito da expansão de mercado, os executivos estabeleceram um plano de crescimento para 2010, iniciado com o redesenho do Estadão e do Estadão.com.br. Nessa agenda estratégica, as ações prioritárias para o primeiro semestre são: o crescimento no segmento de impressão e distribuição de produtos de terceiros; o redesenho dos cadernos de Classificados e criação do caderno Ultra; a renovação e criação de novos sites, com destaque para Política, Esportes, Divirta-se, Hiperlocal, JT e Comunidades. Além disso, estamos fazendo muitos investimentos na modernização da Agência Estado, com a criação de uma nova plataforma de tecnologia e o lançamento de novos produtos.
• Ações de aniversário do Grupo Estado; • Cine Estado e murais históricos nos quadros de cortiça; • Jornal de aniversário para todos os funcionários; • Estadão redesenhado na residência dos funcionários; • Ações de lançamento do novo restaurante, com entrega de saleiros; • Painel na lanchonete desenhado por Carlinhos Muller, ilustrador do Estadão; • Distribuição do álbum de figurinhas da Copa do Mundo; • Elaboração do Relatório de Responsabilidade Corporativa; • Início das obras do Espaço Estado de Bem-Estar.
3
Convenções motivam equipes de vendas Logo da Convenção do Mercado Anunciante
Curtas
Motivação, conhecimento, integração. Promover grandes reuniões entre profissionais da área comercial, a conhecida “convenção de vendas”, é uma prática comum nas empresas e tem o objetivo de propiciar que a equipe examine os resultados obtidos e planeje as metas futuras. Além disso, a possibilidade de reunir profissionais em contato direto com clientes e gestores possibilita correções em procedimentos e rumos. O investimento das empresas geralmente é exclusivo para a área de vendas, porque esta concentra quantidade significativa de seus funcionários nas ruas, tornando necessário o cuidado com o alinhamento e o vínculo entre profissional e empresa. Com o objetivo de alinhar estratégias para 2010, a Diretoria de Mercado Anunciante organizou uma convenção para 170 profissionais da equipe comercial entre os
Gildo Mendes
Áreas comerciais promovem encontros no 1º semestre
Reunião permite o alinhamento das metas futuras
dias 7 e 9 fevereiro, no Casa Grande Hotel, no Guarujá. Pela primeira vez, estiveram presentes todos os representantes comerciais das 15 cidades em que o Grupo Estado está. O diferencial do encontro, que foi aberto oficialmente com discurso do diretorpresidente Silvio Genesini, foi a integração com as áreas editoriais
e de circulação, cujos gestores apresentaram os projetos para este ano, em especial o de redesenho do Estadão impresso e digital. Já na Agência Estado, que não fazia um encontro desde 2006, a convenção teve um gostinho especial: celebrar as quatro décadas de existência da empresa. De 5 a 7 de
Gildo Mendes
ESTAD’OLHO
Silvio Genesini, diretor-presidente do Grupo Estado fevereiro, profissionais da agência estiveram reunidos para palestras, dinâmicas e apresentações no Hotel Royal Palm Plaza Resort, em Campinas. À noite, diversão com show de humor e festa à fantasia. O universo dos samurais inspirou a temática do evento: mais que um guerreiro, o samurai é uma pessoa que se dedica com o máximo empenho e lealdade, o que pode servir de exemplo para a conduta profissional. Em 10 e 11 maio, foi a vez de a OESP Mídia reunir seus profissionais para discutir os resultados da campanha de 2009, premiar os destaques e projetar a próxima campanha, cujo mote é “OESP, a solução em mídia – eu faço acontecer!” Cerca de 450 pessoas de todas as áreas da empresa participaram do encontro, promovido no Hotel Fazenda Hípica Atibaia. Os gerentes tiveram ainda um treinamento com foco em liderança.
Diretoria Industrial apresenta case a jornais americanos Qualidade na manutenção da impressão foi tema de seminário virtual de 20 minutos
4
vas e métodos para permitir uma produção com maior rapidez, eficiência e qualidade. Nessa edição, o diferencial foi que, pela primeira vez, toda a conferência foi virtual, por meio de seminários online chamados de “webinars”. Roberto Dias foi o único brasileiro convidado a palestrar. Para isso, utilizou apenas a internet banda larga, um headset (microfone acoplado a um fone de ouvido) e uma apresentação em PowerPoint. Durante os 20 minutos de apresentação em inglês, Dias falou sobre a qualidade na manutenção da impressão, explorando um case bem-sucedido realizado no Grupo
Estado de auditoria no processo de produção. Com supervisão da Goss International, a auditoria identificou pontos de atenção na impressão, como falhas no registro e no equilíbrio entre água e tinta. Com base nesse diagnóstico, foram definidas as soluções para melhoria na produção, além da criação de indicadores e de dispositivos de medição da qualidade dos equipamentos.
Diretoria Industrial
Representantes de diversos jornais do continente americano assistiram, em 25 de março, a uma apresentação do Grupo Estado sobre o seu processo de impressão de jornais. Ministrada pelo supervisor e engenheiro mecânico Roberto Dias da Costa, a palestra integrou a conferência anual do Metro Users Group, grupo de usuários de máquinas Goss, uma fabricante de impressoras rotativas de grande porte, utilizadas no Grupo Estado. O evento, que ocorreu entre os dias 22 e 25, teve o objetivo de promover o compartilhamento de informações técnico-administrati-
Saiba mais: A palestra sobre qualidade na manutenção da impressão está disponível (em inglês) no site do Metro Users Group: www.metrousers.com
Auditoria no processo de impressão permitiu criação de indicadores e dispositivos de medição
ano 5 • número 23 • maio / junho / julho de 2010 Comunicação Interna
Funcionários ganham espaço para relaxamento e convívio
Logo do projeto ‘Estado de Bem-Estar’
Drenagem linfática e massagem estão entre as atividades no local
Sala de Quick Massage
Sala de Massagem Sala de Quick Massage
Sala de Aula Mix
Sala de Quick Massage
Arte ilustrativa do futuro espaço de bem-estar
Endomarketing, Margaret Moraes. “Acreditamos que programas dessa natureza, de incentivo à qualidade de vida, estejam relacionados ao desenvolvimento de uma cultura de responsabilização individual acerca do bem-
estar. Disponibilizando um espaço para vivência de práticas saudáveis e novos estilos de vida, criamos condições de apoio aos funcionários. Afinal, qualidade de vida é a percepção que a própria pessoa tem sobre o seu bem-
estar.” Nesta primeira etapa de lançamento, estão previstas atividades “piloto”, como aulas de dança e alongamento, para medir o interesse dos funcionários. Essas atividades terão custo para os usuários, por um valor diferenciado do mercado. Haverá autosserviço, com uma área para massagem gratuita. As áreas que já usufruem de ginástica laboral continuarão a praticá-la em suas próprias áreas, com ampliação da disponibilização do serviço para as áreas de Assinaturas e Classificados do Call Center. A iniciativa faz parte das comemorações de 135 anos do Grupo Estado, como forma de retribuir o esforço diário de seus profissionais. Utilize o espaço no 4º andar industrial e participe das atividades. Além dos benefícios para a saúde, praticar exercícios melhora a atenção, a concentração, o convívio e o rendimento no ambiente de trabalho.
Wagner Fabrim
“A iniciativa está alinhada ao conceito de bem-estar integral do indivíduo e, embora se concentre na perspectiva da saúde, é o início de um trabalho que concentrará ainda sociedade, cultura e lazer”, explica a gerente de
Wagner Fabrim
Com inauguração prevista para o primeiro semestre, o espaço Estado de Bem-Estar é um ambiente idealizado pelo Grupo Estado para atividades de convívio, relaxamento e diversão de seus funcionários. O projeto, cujos pilares são lazer, saúde, convívio e cultura, prevê um espaço, estabelecido no prédiosede, que deve refletir harmonia, tranquilidade e uma energia positiva. Para tanto, existem estudos de cores e mobiliário, que deve ser convidativo e confortável. Até na criação da logomarca foram realizadas pesquisas de conceito e solução gráfica. O logo final representa a possibilidade de harmonia entre os seres, com figuras coloridas sorridentes que remetem a um estado de satisfação e bem-estar. A disposição simétrica de quatro elementos e o uso de diferentes cores reforçam a ideia de bom convívio e respeito à diversidade.
Equipe de atendimento
OESP Gráfica valoriza clientes Exemplo curioso de atendimento ao cliente na Diretoria Industrial resgata antiga história de impressão na empresa A lenda é verdadeira: nas oficinas do Grupo Estado já foram impressos até exemplares da Bíblia – em tamanho grande, capa dura em alto relevo e OESP Maltese escrito na lateral. Essa história foi resgatada em março, quando Mara Oliveira Mercês acessou o site da OESP Gráfica (www.oespgrafica.com.br) pela primeira vez e por meio dele enviou um e-mail um tanto inusitado,
contando ter comprado um desses exemplares há cerca de 20 anos. “Vocês acharão estranha a história que aconteceu comigo”, começa a mensagem. “Antigamente, vocês tinham vendedores de Bíblias católicas. Um deles foi à minha casa, então no bairro do Ipiranga, e eu comprei uma, por meio de carnê, para presentear minha mãe.” O exemplar que ela
comprou, no entanto, veio sem algumas páginas. No livro dos Salmos, por exemplo, que originalmente contém 150 salmos, vieram apenas 122. Em seguida, pula 17 páginas, diretamente para o capítulo 13 do livro de Provérbios. De um orelhão, Mara entrou em contato com o vendedor para solicitar a troca, que acabou nunca ocorrendo. Assim, dona Clarice,
mãe de Mara, não podia usar a Bíblia, que ficou esquecida numa gaveta por todos esses anos. “Vocês ainda fazem Bíblias? Ficaria muito honrada se vocês fizessem esse gesto de carinho para minha mãe. E vocês, mais honrados ainda em fazer uma senhora feliz”, termina o e-mail. Após o contato, funcionários da Diretoria Industrial do Grupo
Estado solicitaram à Prol Editora Gráfica uma versão atualizada da Bíblia detalhada por Mara e, de maneira a mostrar que a empresa se preocupa com seus clientes, decidiram entregá-la pessoalmente na casa de dona Clarice, hoje com 80 anos, em São Caetano do Sul. A visita da equipe de Atendimento da OESP Gráfica ocorreu em 24 de março.
5
ESTAD’OLHO
Estadão está censurado há nove meses
Capa do Estadão denuncia censura ao jornal
Jornal não aceita desistência da ação e espera julgamento de mérito A censura continua. Desde 31 de julho de 2009, o Estadão está proibido pela Justiça de publicar notícias sobre a operação da Polícia Federal que investiga irregularidades cometidas pela família do presidente do Senado, José Sarney. O mais recente episódio da série foi o pedido de desistência do filho do político, o empresário Fernando Sarney, da ação que move contra o Estadão, após a repercussão negativa do
caso, declarando que foi mal interpretado e que seu propósito não era o de restringir a liberdade de imprensa. Apenas a desistência, no entanto, não derruba de imediato a censura, o que levou a diretora jurídica do Grupo Estado, Mariana Uemura Sampaio, a declará-la como “midiática”. O Grupo Estado não aceitou a desistência da ação. Segundo o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira, o jornal prefere que a
censura seja extinta por julgamento de mérito, e não por desistência. Com isso, o Grupo espera ver reconhecido publicamente o seu direito de noticiar e prestar informações aos brasileiros. Os 135 anos do Grupo Estado registram outros períodos em que o jornal foi vítima de censura. Durante a ditadura militar (19641985), por exemplo, foram cortados 1.136 textos no Estadão apenas entre março de 1973 e janeiro
de 1975, segundo pesquisa de Maria Aparecida Aquino, da Universidade de São Paulo (USP). Uma imprensa amordaçada não é, no entanto, benéfica nem desejada pela população. De acordo com pesquisa do Instituto Análise a pedido do Estadão, 92% dos brasileiros defendem a liberdade de imprensa no País e 91% acreditam que a mídia ajuda a combater a corrupção ao divulgar escândalos políticos.
AE inicia projeto de expansão Comunicação Interna
Blocos de iniciativas para 2010 têm o objetivo de aperfeiçoar atuação
Negócios e Cia.
‘O recurso mais importante para alcançar essas melhorias somos nós’, diz o diretor-geral Daniel Parke
6
Um salto rumo à excelência. Em 2010, a Agência Estado deu início ao projeto “Mudança de Patamar”, cujo conceito é o de que a empresa alcançou uma posição de mercado extremamente favorável, mas que ainda há espaço para a expansão, para um passo adiante em busca da excelência. “Para isso,
é fundamental entender que o recurso mais importante para alcançar essas melhorias somos nós”, motiva o diretor-geral Daniel Parke em documento enviado à equipe. Serão três blocos de iniciativas, denominados “AE Usuário”, “Nova Plataforma AE” e “AE Equipe”. O
primeiro tem o objetivo de transformar a agência numa empresa de vendas de alto desempenho, com a criação de controles, métricas e um banco integrado de clientes, além do reforço em marketing e na oferta de serviços ao usuário final. Já a nova plataforma da AE é um projeto de profunda atualiza-
ção tecnológica das soluções oferecidas. Para ambos os blocos, é essencial que os funcionários estejam treinados e alinhados – é nesse ponto que entra a terceira iniciativa, de gestão de talentos, com programas de desenvolvimento, de carreira, avaliações anuais e mapeamento de competências.
ano 5 • número 23 • maio / junho / julho de 2010 Comunicação Interna
Vamos fazer juntos? Tomar decisões é sempre mais fácil quando temos mais pontos de vista para comparar. Com esse conceito, o Santander patrocinou uma ação inovadora: no dia 16 de março, os assinantes paulistanos do Estadão e da Folha receberam em suas casas, num mesmo saquinho personalizado, um exemplar dos dois jornais do dia. Idealizada pela agência Talent, a iniciativa faz parte da nova campanha do banco denominada “Vamos fazer juntos?”, que decidiu somar concorrentes históricos, em benefício do consumidor, para defender a fusão entre Santander e Real, antigo concorrente adquirido em 2007. Para uma ação com duração de um único dia, os números impressionam: foram 64 dias de negociação, cerca de 30 executivos envolvidos e 234 mil exemplares do Estadão impressos – o dobro
Comunicação Interna
Campanha publicitária une Estadão e Folha por um dia
Inédita, ação demonstra confiança no produto e respeito à liberdade de escolha.
da tiragem diária normal. Segundo a diretora comercial Isabel Borba, o projeto é inédito e foi aprovado principalmente pelo conceito que o amarra: “Ele foca essa ideia de que juntos podemos extrair o melhor de tudo, o que tem muito a
Mundo Lá Fora Notícias do nosso mercado REPORTAGEM NA INTERNET CONQUISTA PULITZER Pela primeira vez, um site noticioso conquistou o mais importante prêmio da imprensa americana, o Pulitzer, concedido pela Universidade de Columbia desde 1917. O portal ProPublica venceu a categoria Reportagem Investigativa pela matéria “As Escolhas Mortais no Memorial”, na qual a repórter e médica Sheri Fink investiga e reconstrói as mortes polêmicas em um centro médico de New Orleans após a passagem do furacão Katrina. Para Pedro Doria, editor-chefe de Conteúdos Digitais do Grupo Estado, a premiação mostra o grau de maturidade atingido pela imprensa puramente online nos Estados Unidos e renova o desafio comum a todos os jornalistas de inovação e renovação da pro-
fissão. Na mídia impressa, o destaque desta 94ª edição foi o jornal The Washington Post, que recebeu quatro troféus. INVESTIMENTO EM MÍDIA CRESCE 25% NO BIMESTRE O faturamento dos veículos de comunicação brasileiros com publicidade aumentou 25% no primeiro bimestre de 2010, em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, o investimento em mídia foi de R$ 3,245 bilhões, de acordo com números do Projeto InterMeios. A maior parte do crescimento ocorreu na televisão aberta (32,7%), na televisão por assinatura (33%) e na internet (33,9%). O meio rádio registrou 19% de crescimento, atingindo R$ 149,8 milhões. Os jornais faturaram R$ 428 milhões
ver com o Grupo Estado.” A ação, diz ela, é ousada, mas demonstra uma confiança muito grande no produto e a crença na liberdade de escolha do consumidor final. “Sem dúvidas, é um projeto histórico que mostra o quan-
to o meio jornal está em sua melhor forma, atendendo a solicitações e criando soluções diferenciadas para o cliente”, afirma. O diretor de Supply Chain, Aloísio Farah Xerfan, concorda. Para ele, a experiência mostrou a
capacidade do Grupo em encarar desafios. “O sucesso dessa operação foi o planejamento e a colaboração entre as áreas. Pudemos sugerir ao Marketing o tipo de saquinho e a forma como o produto seria colocado nele; a Redação reduziu o tempo de fechamento; a Industrial fez o possível para que o produto chegasse rápido à SPDL. Uma área sem a outra não atingiria o efeito que a campanha precisava.” Para manusear e distribuir o pacote, o contingente nas oito franquias da capital foi treinado e aumentado em 350 pessoas. Até as 8h30 da manhã, 94% da carga já havia sido entregue aos assinantes e a uma lista de formadores de opinião. Com a ação, a expectativa é de que o Santander, um tradicional anunciante de televisão, se torne, em 2010, um dos maiores anunciantes do jornal.
100 MILHÕES
10 BILHÕES
DE PESSOAS ESTÃO CADASTRADAS NA REDE DE MICROBLOGS
DE MENSAGENS FORAM POSTADAS EM 4 ANOS
1 MILHÃO
DE IPADs FOI O QUANTO A APPLE VENDEU EM APENAS 28 DIAS
em vendas de anúncio, número 1,7% maior que o índice de 2009. PAÍS TEM PROBLEMAS DE LIBERDADE DE IMPRENSA O Brasil tem problemas sensíveis de liberdade de imprensa. A constatação é da entidade Repórteres Sem Fronteiras, em
um estudo sobre a situação em 175 países. Dentre os motivos estão as decisões judiciais de veto a reportagens, como a que censura o Estadão há mais de nove meses. Os resultados foram apresentados durante o seminário Liberdade de Expressão, promovido pela Emerj em 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Para o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, mediador de um dos debates do evento, o País vive em plena liberdade de imprensa, mas com ameaças periódicas. “Há o risco de a sociedade brasileira se deixar anestesiar pelo progresso econômico e deixar de zelar por todos os demais valores que devem sustentar a democracia. O convívio com o contraditório, a fluidez de ideias de várias formas,
várias origens, têm que ser preservados”, declarou. ACESSO AO TWITTER CRESCE ENTRE BRASILEIROS Pesquisa realizada pelo site de monitoramento StatCounter revela que a rede social mais acessada no Brasil já é o Twitter, com 56% do tráfego de saída em sites de mídia social. Em seguida, estão o Facebook (20%), o YouTube (16%) e o StumbeUpon (3%). O Orkut, que já esteve em primeiro lugar, hoje registra 1,67% do tráfego de saída, seguido por Delicious (0,69%) e Digg (0,34%). Os valores são do período entre 9 e 10 de abril e se referem ao tráfego redirecionado, ou seja, acessos externos por meio de links postados em redes sociais.
7
“
Entre Aspas
” ”
Funcionários têm novo restaurante Novo serviço de alimentação proporciona variedade, integração e qualidade
Quatro ilhas de alimentação, 42 profissionais na cozinha, 1.600 refeições servidas por dia, 70% de satisfação. Esses flashes numéricos refletem o início de funcionamento do novo restaurante do prédiosede do Grupo Estado, inaugurado oficialmente pela diretoria da empresa em 5 de abril. A iniciativa coincide com as comemorações de 135 anos do Grupo e, na realidade,
engloba um verdadeiro conjunto de mudanças no serviço interno de alimentação, da modernização do ambiente à troca de fornecedor, cumprindo uma antiga necessidade de melhoria desejada pelos usuários. Foram três meses de obras, cuidadosamente planejadas para evitar algum desconforto aos usuários. “Cuidamos da estrutura
física, com reforma das instalações, manutenção geral e modernização do mobiliário”, conta o diretor de Recursos Humanos, Alexandre Campos de Souza. Ao fim da reforma, os funcionários foram presenteados com um saleiro de mesa convidando para o almoço de lançamento. Encontraram um ambiente amplo, funcional e renovado para suas refeições. O destaque, no
entanto, é o novo conceito de alimentação, que oferece diversidade e liberdade de escolha, por meio das ilhas de alimentação, e ambiente unificado, proporcionando integração e equidade entre os usuários. Segundo Souza, o novo modelo tem base em pesquisas internas de satisfação e em um longo estudo de melhorias e propostas. Após aber-
tura de concorrência, a empresa Puras do Brasil foi selecionada dentre cinco fornecedores. “O serviço de alimentação precisava de um novo conceito. Na avaliação final, a Puras foi selecionada por apresentar o melhor projeto, a melhor negociação comercial e todas as habilitações solicitadas”, explica. Confira a seguir trechos da entrevista.
ENTREVISTA: ALEXANDRE CAMPOS DE SOUZA, diretor de Recursos Humanos
ENQUETE Comunicação Interna
Epitácio Pessoa / AE
Sistema de ilhas permite variedade e liberdade de escolha
“Aprovado o novo restaurante! Moderno, amplo, clean, harmonioso, cardápio diversificado. Na minha concepção, o ambiente favorece maior integração entre os funcionários. E toda "boa mudança" é bemvinda. Mas ainda sinto falta da folha de papel para forrar a bandeja e acredito que alguns vasos de plantas dariam mais vida ao ambiente.”
Comunicação Interna
Andreia Guerra T. Dangebel Tesouraria - S.A O Estado de S.Paulo
Diretor-presidente Silvio Genesini conversa com funcionários na inauguração do restaurante
8
“O ambiente está agradável e sempre há mesas disponíveis. Aprecio o Via Light Max, porque há variedade de frutas e a guarnição está sempre fresca. O que percebo, às vezes, é um desencontro na hora das pessoas se servirem. Mas, no geral, estou satisfeita.” Vania Mara Marques Coelho Produção de Anúncios - OESP Mídia
Como o novo restaurante soluciona essas questões? Cuidamos da estrutura física, com reforma das instalações, manutenção geral e modernização do mobiliário. As obras também consideraram a unificação dos restaurantes, o que traz integração e padronização de serviço. A questão da variedade de cardápio foi solucionada com o novo conceito de ilhas de alimentação, que oferecem ao consumidor mais opções e liberdade de escolha. Por que mudamos de fornecedor? O serviço de alimentação precisava de um novo conceito. O Grupo Estado abriu uma solicitação de proposta e concorreram as empresas Puras, Sodexo, Sapore, Gastroservice e a própria GR. Fizemos uma comparação de mercado e estudos sobre os serviços oferecidos pelas empresas prestadoras. Na avaliação final, a Puras foi selecionada por
apresentar o melhor projeto, a melhor negociação comercial e todas as habilitações solicitadas. Existem empresas que utilizam modelo igual ou semelhante? Sim. Utilizam modelo semelhante a matriz do Carrefour, a Editora Abril, a Du Pont, entre outras. Quais foram as preocupações na implantação? A principal foi a necessidade de mudança de cultura interna, com a criação de um conceito melhor, mas bem diferente do anterior, o que poderia gerar ruídos. A adequação das obras e do serviço prestado pela empresa também foi observado atentamente. Tivemos neste projeto um time de profissionais dedicados, como Emerson Gouveia, Renani Portes, Paulo Balzan, Nana Gasparini e Cesar Augusto Pontes, que ficará com a gestão da operação. Nas pesquisas diárias, o novo restaurante já tem obtido 70% de aprovação dos usuários.
Comunicação Interna
Epitácio Pessoa / AE
Qual o diagnóstico do antigo modelo de restaurante? Identificamos alta insatisfação dos usuários com os serviços prestados no antigo restaurante, como variedade de cardápio, qualidade de insumos e atendimento. As instalações físicas também necessitavam urgentemente de reparos e manutenção, em especial dos equipamentos, que estavam bastante comprometidos. O mobiliário também precisava de substituição.
Alexandre Campos de Souza Diretor de Recursos Humanos
Acontece!
AE comemora 40 anos
Helcio Toth / Arquivo Estadão
Agência de notícias líder no País foi a primeira a fornecer informação financeira em tempo real
Trajetória será celebrada ao longo de 2010. Na foto, de 1989, painel no Anhagabaú mostrava notícias da AE
Pioneira e líder no fornecimento de informações online e em tempo real para o mercado financeiro no Brasil, a Agência Estado (AE) comemora 40 anos em 2010. Criada em 4 de janeiro de 1970 para oferecer suporte operacional às unidades de mídia do Grupo Estado (que, então, eram a Rádio Eldorado, O Estado de S. Paulo e o Jornal da Tarde), a AE funcionava numa pequena sala onde quatro funcionários despachavam, via telex, notícias a associados. Em pouco tempo, começaria a distribuí-las também para clientes externos, geralmente pequenos e médios jornais e emissoras de rádio. O primeiro grande salto da AE ocorreu em 1991, quando, sob a
gestão de Rodrigo Mesquita, a empresa foi transformada em uma unidade de negócios autônoma. Na época, o mercado financeiro brasileiro era fortemente influenciado por boatos. Com o objetivo de atender à demanda desse público por informação, a AE adquiriu a Broadcast Teleinformática, companhia que transmitia cotações das bolsas nacionais e internacionais. Manteve a marca “Broadcast”, mas redesenhou o sistema para agregar conteúdo jornalístico em tempo real. Eram, então, 200 terminais do AE Broadcast – hoje são quase 15 mil em todo o País. O crescimento da agência acompanhou de perto a explosão da internet. Já em 1991, o e-mail começou a ser utilizado para
entrevistas e matérias especiais. Em 1995, a AE tornou-se a primeira empresa jornalística brasileira a publicar um site na internet. Ao longo do tempo, um verdadeiro portfólio foi sendo construído, com a criação de sistemas customizados para os segmentos de agronegócio, de mídia e de tendências, por exemplo. Uma revisão conceitual em 2004 definiu a oferta de produtos mais próxima da atual. Quarenta anos após a fundação, um prédio de três andares no bairro do Limão abriga uma AE consolidada. Ainda hoje, o AE Broadcast é o principal produto da empresa, respondendo por 85% de toda a sua receita, somando-se o lucro do AE Broadcast
Investidor Pessoal, versão mais amigável do AE Broadcast especialmente desenvolvida para o segmento de pessoa física. Ao reunir notícias, análises, cotações, ferramentas e gráficos integrados, a plataforma criou uma comunidade de profissionais do mercado financeiro em constante comunicação. O cliente pode acessá-la via internet, com o produto AE Homebroker, e via celular, com o AE Móvel Broker. Além disso, hoje o AE Broadcast pode ser habilitado com serviços de negociação eletrônica de ações e derivativos, como o AE OMS e o AE Roteador Client. Nos últimos anos, a Agência Estado conquistou troféus relevantes como o Prêmio Esso de
Jornalismo, o Prêmio Imprensa de Educação ao Investidor, o Prêmio Sports Shooter e o Prêmio Info Exame. Com o lançamento do portal AE Investimentos, em 2008, ganhou o BM&F Bovespa de Jornalismo Online. Em 2009, ano de crise financeira mundial, viu seu faturamento crescer em 6%, agora sob o comando de Daniel Parke. Essa trajetória de sucesso será celebrada ao longo de 2010 pela empresa, em especial durante as premiações que anualmente entrega ao mercado – o Destaque AE Analistas, o Destaque AE Projeções e o Destaque AE Empresas, que chega à sua décima edição e terá uma exposição de fotos marcantes dos últimos 40 anos de cobertura.
9
ESTAD’OLHO
Jornalismo Renovado Redesenho do Estadão e do Estadão.com.br consolida a era da hiperedição jornalística na empresa – e quem mais se beneficia são os leitores Aos 135 anos, renovação. Desde a segunda quinzena de março, as versões impressa e digital de O Estado de S. Paulo chegam ainda mais bonitas, organizadas e completas às mãos, aos computadores e aos celulares dos brasileiros. O novo projeto gráfico e de conteúdos dos produtos resulta de sete meses de trabalho coordenado pelo editor-chefe Roberto Gazzi, num “movimento fundamental para aprimorar a identidade do jornal e ampliar sua presença no mercado”, nas palavras do diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour. Para o diretorpresidente Silvio Genesini, a renovação representa um passo importante para que a empresa cumpra a meta de crescer 20%, em receita e circulação, até o fim de 2010. Impresso: sofisticação gráfica e mais conteúdo Elegância é a palavra que define o novo Estadão, sintetiza Gazzi. “Nosso próprio DNA é o de um jornal elegante e respeitoso, mesmo quando faz críticas”, diz. A nova tipografia do produto impresso, mais confortável e sóbria, foi criada pelo designer português
Mário Feliciano exclusivamente para o jornal. Até o logo foi redesenhado, com mudança de cor para um azul mais escuro e incorporação do brasão ex-líbris, de modo a unir modernidade e tradição. Além disso, as notícias e análises agora estão mais bem hierarquizadas e diferenciadas, com destaque para fotografias e infográficos. “Consolidamos uma nova forma de editar. Não é só uma mudança cosmética, de tipologia, de grafismo. É um novo jeito de apresentar o jornal”, avalia Gandour. O redesenho do impresso engloba também novos cadernos, seções e enfoques. O trio “sextafeira, sábado e domingo”, por exemplo, agora é mais valorizado, com a criação dos cadernos culturais Sabático, C2 + Música e C2 Domingo, além da reformulação do TV, do Casa, do Estadinho e do Feminino. Outro destaque é o novo suplemento mensal Planeta, especializado em meio ambiente. “O Grupo Estado sempre acompanhou os temas de interesse da sociedade. Os novos cadernos, em especial o Planeta, mostram essa preocupação em oferecer um jornal cada vez mais completo e rele-
vante”, explica o editor-chefe de Publicações, Ilan Kow. Segundo Gazzi, o projeto teve dois nortes essenciais: a preservação da identidade do jornal e a melhoria da experiência de leitura. “A condição básica para começar os trabalhos foi a de que a mudança não ferisse aquilo que o Estado tem de melhor”, diz. A segunda premissa, tornar a leitura mais agradável, norteou principalmente a criação de instrumentos editoriais e gráficos para facilitação do entendimento. “Como ajudamos o leitor a ter mais compreensão do que estamos mostrando para ele? Muitas vezes pensamos que o leitor está acompanhando a história desde o princípio, por exemplo, e não contextualizamos o tema”, avalia. Agora, estão mais explícitos visualmente gêneros informativos complementares, como análises, críticas e entrevistas. “Acreditamos que o papel do impresso em ser difusor de notícias exclusivas ainda vai continuar por um bom tempo”, afirma Gazzi. “Nós temos estrutura e expertise para fazê-lo. Uma pesquisa recente publicada nos Estados Unidos mostrou que 85%
das notícias que circulam na internet saem dos jornais. Mas é evidente que o jornal tem que começar a ter outra postura e oferecer outros tipos de conteúdo.”
depois de sua fundação, o jornal passou pela primeira reformulação gráfica, com o objetivo de se aproximar mais dos leitores. “Se você analisar, nossa história sempre foi de mudanças”, lem-
bra o diretor de Conteúdo, Ricardo Gandour. “O Estado sempre se renovou graficamente.” Ao longo de seus 135 anos de fundação e 130 de vida indepen-
Digital: cada vez mais interativo Pela primeira vez uma reformulação do Estadão não foi apenas em papel, mas também digital. Além de mudanças na tipografia e na logomarca, o novo portal foi idealizado para reunir interatividade, mobilidade e conteúdo multimídia. Isso significa mais blogueiros, redes sociais e ferramentas digitais como gráficos e vídeos. Além disso, a página inicial agora segue o conceito europeu de organização, que divide as manchetes em duas colunas – uma para o noticiário importante, outra para tudo o que é interessante. Segundo o editorchefe de Conteúdos Digitais, Pedro Doria, o portal continuará sendo um veículo de cobertura instantânea, mas “irá mais fundo na informação.” Para Pedro Anísio de Luna e Silva, gerente de Projetos de Internet que comandou os 30 profissionais de TI na construção da arquitetura por trás do portal, o novo layout é
LINHA DO TEMPO Mais antigo dos jornais da cidade de São Paulo em circulação, O Estado de S. Paulo tem uma trajetória marcada pela inovação. Fundado em 1875 com o nome de A Província de São Paulo, já
4-1-1875 Sai o primeiro número de A Província de S. Paulo. Com quatro páginas, 2 mil exemplares foram impressos à luz de velas por seis negros libertos.
10
naquela época pregava o fim da monarquia e defendia a abolição da escravatura. Empregava em suas próprias oficinas de impressão seis negros libertos. Em 1880, apenas cinco anos
19-10-1879 Pela primeira vez, a Província traz um anúncio em cores, trabalho efetuado pela oficina litográfica de Jules Martin.
1-1-1890 Para comemorar a proclamação da República, o jornal passa a se chamar O Estado de S. Paulo. Título novo, em letras góticas, aparece apenas um mês e meio depois.
27-3-1892 Após pausa para reforma, Estado reaparece com nova apresentação gráfica e logotipo mais moderno.
ano 5 • número 23 • maio / junho / julho de 2010
Clayton de Souza / AE
Tiago Queiroz / AE
Clayton de Souza / AE
Comunicação Interna
Bastidores: Profissionais do Grupo Estado e da Cases trabalharam desde 2009 na reforma do jornal e do portal
ousado e posiciona o Estadão.com.br na liderança noticiosa da internet. “É um site que mostra o cuidado com a edição de conteúdo. Essa pequena imagem, no alto da página, que mostra o clima da cidade em que você está, por exemplo. Agora subiremos uma nova versão que mostrará as fases reais da lua quando o internauta acessar à noite. A hiperedição do conteúdo e da forma é o diferencial”, afirma. Ele destaca ainda o reforço da participação do leitor. O plano é que, no futuro, esses usuários com os mesmos interesses sejam reunidos em comunidades moderadas de discussão. Bastidores As primeiras discussões sobre o redesenho remontam a 2007. “Desde os projetos Rumos e Fase 3”, relata Gandour, “vínhamos trabalhando na tentativa de achar uma
nova forma de editar para apresentar os conteúdos de uma maneira mais organizada, mais clara para o leitor, e, sobretudo, que fizesse frente às mídias instantâneas. Estudávamos como ir além da notícia factual e apresentar o contexto, os bastidores, uma olhar sobre o futuro. Enfim, fazer do impresso um produto indispensável, mesmo com a avalanche de informações que as pessoas têm com a internet.” Com a consultoria da empresa catalã Cases e Associados, responsável pela reforma do Estadão em 2004, uma equipe de 27 profissionais, entre executivos, desig-ners e jornalistas de diversas áreas, participou de uma maratona de reuniões, estudos, palestras e viagens para aprender mais sobre as novas demandas do público e tendências do jornalismo. “E também ouvimos muito os leitores,
com o apoio de uma superpesquisa com o leitorado médio, a Mega Perceptor, que nos norteou nas mudanças”, conta Gazzi. “Depois, fomos consolidando o projeto com conversas com executivos, editores, repórteres, redatores. Foi um projeto muito democrático nesse sentido.” A primeira edição do jornal renovado teve tiragem recorde de 502 mil exemplares. A distribuição foi realizada principalmente pela SPDL, numa operação especial para a qual foram contratadas 100 pessoas. Mais de 115 bancas participaram da promoção de entrega do Estadão para cada compra e até os 2.400 funcionários do Grupo receberam em suas casas, ainda naquele domingo, um exemplar. Para o gerente de Distribuição, Eliomar Limeira, a operação foi um sucesso. “Ela não atrapalhou a distribuição comum, por ter sido feita
dente, o Estadão destacou-se também pelo lançamento de cadernos ousados. Na década de 30, por exemplo, criou o Suplemento em Rotogravura, revista quinzenal com uso inten-
so de fotografias, impressas em alta qualidade e com novas técnicas, como a fotomontagem. Em 1953, foi a vez do Suplemento Feminino, a primeira publicação para esse público em um jornal
diário. Também pioneiro, o Suplemento Agrícola surgiu em 1955. Em 4 de janeiro de 1966, sob a direção de Ruy Mesquita, sai o primeiro número do Jornal da Tarde, considerado uma re-
25-11-1934 Anúncios classificados saem pela primeira vez.
28-10-1991 Estado volta a circular às segundas-feiras, com mudanças na quantidade de colunas; índice na página 2; e cartas dos leitores em local próximo aos editoriais.
25-7-1993 Estado inicia reforma gráfica orientada pelo consultor gráfico Mario Garcia. Destaques: logotipo azul, novo layout das capas e reformulação dos suplementos.
após a entrega aos assinantes, e só tenho escutado elogios sobre a nova formatação do jornal.” Gazzi acredita que o sucesso do lançamento só foi possível com um bom planejamento. Uma prova é que o novo jornal foi publicado exatamente no dia programado desde o início. “Os editores também foram fantásticos, porque em determinado momento tinham que estar com duas cabeças: se preparando-se para fazer um jornal novo e ainda tendo que fazer o do dia a dia”, elogia. Ele também credita o resultado ao pedido da Diretoria de Conteúdo para que deixasse o comando diário da Redação a cargo de Marcelo Beraba, então diretor da sucursal do Rio, para se dedicar exclusivamente ao redesenho. Repercussão Dezenas de depoimentos publica-
volução gráfica e editorial no jornalismo brasileiro. As duas próximas grandes reformas no Estadão ocorreram em 1993 e em 2004. Nesta última, já coordenada pela consulto-
17-10-2004 Ampla reforma gráfica e editorial coordenada pela consultoria Cases e Associados. Começam a circular Aliás, Casa& e TV&Lazer, num movimento que se completará com Link, Viagem & Aventura, Negócios, Guia São Paulo e Vida &.
dos nos dias seguintes ao lançamento mostram a aceitação do público. “Nós estávamos seguros do projeto, mas a repercussão, muito francamente, superou nossas expectativas”, orgulha-se Gandour. Para ele, a movimentação na imprensa brasileira para reformulação gráfica de veículos é uma reação ao nosso projeto. “E isso é muito bom para o nosso meio como um todo.” O lançamento em 14 de março não representa o fim do redesenho. “Há diversas ideias e correções que vamos implantar nas próximas semanas, meses e anos para fazer um jornal cada vez melhor”, diz Gazzi. Ele conta que alguns leitores fizeram reclamações pontuais, como as mudanças nas palavras cruzadas e na grade de televisão, que já foram resolvidas. “A inovação deve ser uma preocupação constante”, conclui Gandour.
ria catalã Cases e Associados, foram lançados ou reestruturados cadernos como o Link e o Paladar. Mesmo com o redesenho deste ano, o desafio é continuar renovando.
14-3-2010 Aos 135 anos de fundação, renovação do Estadão e, simultaneamente, do portal.
11
ESTAD’OLHO
Em busca da artilharia Escalação do Grupo Estado se prepara para cobrir a Copa do Mundo diretamente da África do Sul Atenção, torcida brasileira, vai começar o jogo. Entre os dias 11 de junho e 11 de julho, o continente africano receberá pela primeira vez a Copa do Mundo, tendo como anfitriã a África do Sul. Acompanhando as 64 partidas de futebol mais importantes do ano estarão 27 profissionais do Grupo Estado, entre jornalistas, locutores, fotógrafos e equipe de suporte, enviados para reportar notícias e bastidores diretamente da competição. Além dos correspondentes, as editorias de Esportes do Grupo Estado serão reforçadas no prédio-sede para planejar e manter a comunicação constante com a África do Sul, que está cinco horas à frente do relógio de Brasília. Muito antes de estrelas como Kaká, Cristiano Ronaldo e Messi entrarem em campo, no entanto, os leitores, ouvintes e internau-
tas já podem contar com uma cobertura pré-Copa nos veículos do Grupo Estado. No Estadão e no Jornal da Tarde, suplementos temáticos já foram veiculados e recheiam os cadernos de Esportes reportagens sobre os preparativos para o campeonato mundial e histórias de Copas anteriores resgatadas nos arquivos do Estadão. Outro caderno especial será publicado durante a competição, com infográficos, reportagens especiais, entrevistas, colunas e seções com curiosidades, resultados e personagens. Em São Paulo, a coordenação da cobertura no impresso fica a cargo do editor Eduardo Maluf e do subeditor Gilson Vilhena, enquanto o colunista Antero Greco lidera o time de repórteres em território sulafricano. Na Agência Estado, o planejamento começou há um ano. A
do ESPN em Johannesburgo. O pontapé inicial no somatório das forças entre Eldorado e ESPN para a Copa ocorreu com a estreia dos programas A Copa é Nossa e Histórias da Copa, antecedendo as transmissões esportivas de domingo. Durante a competição, a proposta é de transmitir 56 dos 64 jogos programados. “Queremos transformar a Eldorado na ‘emissora da Copa’”, afirma o editor de Esportes da Eldorado, Ary Pereira Jr. As narrações dos jogos serão intercaladas por programas exclusivos e mesasredondas com apresentação simultânea no canal ESPN Brasil. As transmissões também poderão ser ouvidas no Território Eldorado, que já hospeda o Blog da Copa, atualizado pelos repórteres Eduardo Affonso, Conrado Giulietti, Sérgio Loredo e Flávio Ortega.
Alex Silva
Willey Ertel / ESPN
Entrelinhas
antecedência foi necessária para elaborar os produtos especiais e as estratégias para uma cobertura completa, o que é uma demanda tradicional dos clientes em eventos desse porte. Segundo o editor de Esportes da AE, André Cardoso, o foco será a seleção brasileira, mas o plano é acompanhar todas as notícias relevantes do campeonato. O editor estará entre os enviados à África do Sul, deixando a equipe de São Paulo sob a coordenação do subeditor Rafael Franco. Nas ondas da Eldorado, a grande aposta é a integração da equipe Eldorado ESPN, criada em 2007 e que parte com força máxima para a cobertura de sua primeira Copa, com a expectativa de mais de 30 vozes falando diretamente da África do Sul a partir de 7 de junho, quando será aberto oficialmente o canal de comunicação no estúdio Eldora-
À esquerda, parte do time que será enviado pelo Grupo Estado à África do Sul. À direita, equipe Eldorado ESPN completa
BOLÃO DA COPA: CONFIRA AS APOSTAS DE ALGUNS DOS CORRESPONDENTES
Almir Leite ..........................................................INGLATER RA André Cardoso Frederico ..................................ESPANH A Antero Greco .....................................................BRA SIL Ary Pereira Jr ......................................................HO LANDA Christian Carvalho da Cruz ................................AR GENTINA Daniel Akstein Batista .........................................ARG ENTINA Daniel Piza ..........................................................INGLATER RA Eduardo Affonso .................................................INGLA TERRA Eduardo Nicolau .................................................BRASIL Jonne Roriz .........................................................BR ASIL
12
Felipe Machado ..................................................BRASI L Luiz Antônio Prósperi .........................................ARG ENTINA Marcelo Di Lallo .................................................ESPAN HA Marcius Azevedo ................................................ESPANH A Milton Pazzi Jr. ....................................................BRAS IL Reinaldo Costa ...................................................BRAS IL Robson Morelli ...................................................INGL ATERRA Sílvio Barsetti ......................................................ARG ENTINA Valmir Fraccaroli .................................................BRASIL Wilson Baldini Jr...................................................ARG ENTINA
ESTAD’OLHO
Grupo Estado ingressa no Twitter Ferramenta digital permite interatividade e agilidade
Esse tal de :
O furo jornalístico pertencerá às novas mídias?
Já são quase 30 endereços oficiais no Twitter. Só no Twitter principal do Estadão foram registrados mais de 20 mil seguidores. No da editoria Link, 13 mil pessoas. No da equipe Eldorado ESPN, mais de 4 mil. O Grupo Estado está cada vez mais presente nas chamadas novas mídias, utilizando diversas ferramentas do universo digital para oferecer conteúdo. Além de demonstrar avanço tecnológico, essa estratégia aproxima leitores e jornalistas e permite abordar assuntos que não estão na pauta do noticiário. Para o editor de Multimídia do Grupo Estado, Felipe Machado, o próprio furo jornalístico pertencerá às novas mídias num futuro não tão distante. Em entrevista ao Jornalistas&Cia, ele explicou: “Em pouquíssimo tempo não haverá mais o furo jornalístico, pelo menos não no for-
mato que conhecemos hoje. O furo hoje vai para o Twitter, blogs e rapidamente será de todo mundo. O jornal não terá mais que dar o furo. Ele terá que explicá-lo, contextualizá-lo, analisá-lo e dizer como esse furo afetará a vida do leitor.” Um exemplo disso ocorreu em 12 de fevereiro, quando o portal do Estadão furou a imprensa brasileira ao publicar primeiro a informação de que o Supremo Tribunal Federal havia negado habeas corpus ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. A informação chegou ao repórter Fausto Macedo às 10h30 e foi publicada às 11h53, após ser devidamente apurada. A reportagem foi para a manchete do site e distribuída para os milhares de seguidores do jornal no Twitter 15 minutos antes de as primeiras emissoras
de televisão replicarem a notícia. Glossário @usuário - Todo usuário tem um nome: o sinal de arroba mais o endereço de seu Twitter. O Estadão, por exemplo, é @estadao, porque seu endereço é www.twitter.com/estadao. RT - A abreviação de “retweet” é usada quando se quer encaminhar para seus seguidores uma mensagem de outro usuário. A regra é escrever “RT” e, em seguida, colar a mensagem copiada. #assunto - Para organizar melhor o conteúdo, você pode criar marcadores por assuntos, postando o sinal # e o tema. Quando o usuário clica no marcador, confere tudo o que foi escrito sobre aquele assunto.
O que é o Twitter? Criado em 2006, o Twitter é uma rede de microblogs que permite ao usuário publicar links e mensagens curtas, de até 140 caracteres, e registrar seguidores dessas mensagens. Quem são meus seguidores? São pessoas que se interessam pelas suas mensagens e resolvem recebê-las toda vez que você atualizá-las. Elas não precisarão da sua autorização. Vocês também pode seguir alguém para receber suas mensagens. Quem usa? O Twitter já registra 100 milhões de usuários (Fonte: Link / Estadão). Nos Estados Unidos, ao menos 36 das 100 maiores empresas do país usam o Twitter, segundo a revista Fortune. Como criar o meu? É só se cadastrar em www.twitter.com e começar a postar!
Multimídia
Clique aqui Conheça a audiência dos portais do Grupo Estado de janeiro a março de 2010
Legenda da foto
Limão 19 milhões de visitas 104 milhões de page views
Território Eldorado 946 mil visitas 18 milhões de page views
Economia & Negócios 530 mil visitas 2 milhões de page views
**Estadão.com.br 49 milhões de visitas 236 milhões de page views
** Depois do redesenho (13/3), foram 10 milhões de visitas e 48 milhões de page views.
13
Inspiração
Movido a caridade
”
Na Cracolândia ou no Haiti, o analista de Remuneração Erik Carlos de Oliveira faz do voluntariado um projeto de vida dias seguintes, crianças e adultos puderam assistir à apresentação do mágico Erik, que, com a ajuda de um tradutor, utilizava truques de mágica tradicionais para falar de amor, de paz, de alegria, de esperança e de fé em Jesus Cristo (Erik frequenta a Igreja Batista). Durante os 12 dias que passou no Haiti, as maiores dificuldades de Erik foram controlar a saudade da família e se contentar com o cardápio, composto por arroz, frango e molho. “Cheguei a um ponto em que comia porque precisava, mas não tinha vontade.” O auge, conta ele, foi poder almoçar na base da ONU, onde pôde comer arroz, salada de alface e tomate e batata frita. “Eu nem sabia que gostava tanto de alface e tomate. E quando eu vi a batata frita, já comecei a agradecer a Deus. Ela estava murcha e fria, mas foi a batata frita mais gostosa que comi na minha vida”, brinca. “A experiência no Haiti me fez dar mais valor a algumas coisas. Sei que preciso exercitar o desapego, mas o bom de voltar ao Brasil foi pelo menos poder ter essa segurança de que posso beber uma água, tomar um banho e comer algo no momento em que eu quiser.” O Projeto Vida O trabalho voluntário de Erik começou em 2006, quando conheceu Paulinho, um órfão de 15 anos em tratamento no
Hospital Emílio Ribas, vítima do vírus da aids (HIV). Todo domingo, os dois passavam a tarde no quarto de hospital jogando videogame, rindo e conversando. “Eu falava que começaria a visitá-lo porque eu precisava ensinar a ele o que eu sabia. Só que fui eu que aprendi muito com aquele moleque”, conta. Paulinho veio a falecer pouco mais de um ano após conhecer Erik, que, por meio de mágicas, gosta de contar os momentos que viveram juntos. Também foi por meio das mágicas que ele se aproximou de moradores de rua na região paulistana conhecida como Cracolândia. Erik garante que minutos de conversa podem fazer a diferença. “Eles usam crack a madrugada toda. Se eu ficar com um deles durante dez minutos, são dez minutos a menos de drogas e dez minutos a mais de lucidez.” Inspirado por essa experiência, em 2009 Erik decidiu criar o Projeto Vida, que promove um jantar mensal para moradores das ruas próximas ao Metrô Armênia, com o diferencial de um cardápio variado, como carne cozida e lasanha, preparado com marcas de qualidade. “É um jantar especial para pessoas especiais. Quando recebemos um familiar ou um amigo em casa, nós não fazemos uma comida diferente e gostosa? Você não compra um refrigerante bom? É isso o que eu defendo. O que eu como em casa é o que eu ofereço a eles”, explica. Dirigido
por Erik e sua esposa, hoje o Projeto Vida entrega cerca de 50 refeições por mês. A meta é aumentar este número para 100 refeições mensais. Erik procura atender sempre as mesmas pessoas, utilizando o jantar comunitário como um meio de abordagem. “O motivo real de eu estar ali é para mostrar a eles que existe outro caminho. A ideia deles de que seriam pessoas normais e amadas é tão distorcida que eles se acham um lixo. Mostrar o contrário, que eles têm tanto valor quanto eu, pode trazer de volta a integridade. É um trabalho árduo e demorado.” Para ele, o voluntariado o ensinou a valorizar mais as pessoas e a não julgá-las pela aparência. “Ainda que você enxergue podridão na parte exterior, você pode encontrar grandes tesouros no interior. E ainda que você ouça isso por aí, precisa praticar de verdade para entender. Às vezes, pensamos que moradores de rua não são sociáveis ou não sentem amor uns pelos outros, mas, na verdade, eles são exatamente como nós somos. A diferença é que temos casa e comida, estamos inseridos na sociedade – eles não.”
Quer ajudar? Se quiser conhecer mais o trabalho social de Erik, acesse o blog http://projvida.blogspot.com ou mande um e-mail para proj.vida@uol.com.br ou erik_marcelle@hotmail.com. Atualmente, o Projeto Vida precisa de voluntários, ingredientes para os jantares e itens como roupas e produtos de higiene.
Arte: Ivande Xavier
14
centou na vida dos haitianos foram os escombros. E os traumas também – durante nossos atendimentos médicos, muitas das dores que as pessoas diziam sentir eram póstraumáticas”, explica Erik. Hospedada num alojamento construído por missionários americanos, a caravana atendia cerca de 120 pessoas por dia. “Vivemos momentos de tensão e cansaço, mas cada ‘merci’, que quer dizer ‘obrigado’ em francês, era um combustível.” Os voluntários foram divididos em equipes médicas e de apoio. Integrando o time de enfermeiros, Erik tinha a função de auferir pressão e medir a temperatura corporal. Ele conta que, por gostar de crianças, queria atender todas as que chegavam, mas elas sempre começavam a chorar. Perguntando-se por que as crianças não estavam gostando dele, no segundo dia decidiu usar a maleta de mágicas e brinquedos que havia levado, contrariado. “Tive um olhar de adulto, pensando que as crianças não achariam graça naquilo. Mas era automático: assim que começava a fazer bolinhas de sabão, elas paravam de chorar. Eu colocava o nariz de palhaço e elas davam risada”, conta. “Foi nesse momento que comecei a entender o que Deus queria comigo naquele lugar. Você não percebe esperança no olhar do povo haitiano. O atendimento médico é muito bom para aquelas pessoas, mas a minha missão foi levar a alegria.” Nos
Arquivo Pessoal
Moradores de rua, doentes terminais, usuários de drogas, vítimas de terremoto – você dedicaria sua vida a ajudá-los? Pois é isso que faz feliz o analista de Remuneração Erik Carlos de Oliveira, 26 anos de idade e 4 de Grupo Estado. Por amor ao trabalho de ajuda aos necessitados, em abril Erik embarcou num avião rumo ao país mais pobre das Américas, o Haiti, numa caravana de profissionais da saúde. Antiga colônia francesa, o Haiti é um país marcado por guerras civis e pela pobreza, com quase 60% de sua população subnutrida. A tragédia haitiana piorou quando um terremoto destruiu o país em janeiro, deixando mais de 200 mil mortos e 300 mil feridos. “A situação é de completa miséria”, relata Erik. “Os escombros continuam por toda a parte e nas ruas há muito entulho, lixo e esgoto. Vi crianças nuas sentadas nesse chão sujo. E eles jogam um pano por cima da sujeira e colocam frutas e pratos de comida em cima para vender, com moscas ao redor e sem higiene alguma. Tomam banho a céu aberto, no rio ou em canaletas – ambos poluídos. A água potável vem em saquinhos plásticos e é cara. O desafio é muito grande para reconstruir aquele país.” Essa situação, no entanto, não foi provocada pelo terremoto. “Eles já viviam nessa miséria antes. Além das perdas materiais e familiares, o que o terremoto acres-
Três mil cidades apagam as luzes contra o aquecimento global Maior edifício da Av. Engenheiro Caetano Álvares também adere à Hora do Planeta Às 20h30 do dia 27 de março, a escuridão envolveu o prédio-sede do Grupo Estado. As luzes se apagaram também na Torre Eiffel, em Paris, no Big Ben, em Londres, no Coliseu romano e até no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Ao todo, foram 1.277 monumentos apagados. O breu de uma hora em mais de 3 mil cidades ao redor do mundo foi um gesto voluntário de milhões de pessoas e empresas
em adesão ao movimento Hora do Planeta, criado em 2007 pela ONG World Wildlife Fund (WWF) com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o aquecimento global causado pela intervenção do homem no ecossistema. No Brasil, que pelo segundo ano consecutivo adere à campanha, 20 capitais apagaram suas luzes na noite daquele sábado. Só em São Paulo, apagaram-se a Ponte
Estaiada, o Monumento às Bandeiras, o Viaduto do Chá, o Estádio do Pacaembu, o Obelisco e o auditório do Parque do Ibirapuera. A mobilização é apenas simbólica, já que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa no País vem do desmatamento e não da geração de energia, mas serve para demonstrar às lideranças mundiais que indivíduos e empresas desejam uma saída para
Jornais do Grupo passam a usar embalagens ecológicas Saquinhos quimicamente modificados levam apenas 18 meses para decompor Oxi-bio-de-gra-dá-vel. Essa palavrinha difícil representa um grande passo de sustentabilidade no Grupo Estado, iniciado na segunda quinzena de janeiro, quando deixamos de embalar os jornais de assinantes em sacos plásticos comuns, que levam mais de 150 anos para decompor-se, e passamos a utilizar uma versão ecologicamente correta, que se degrada em apenas 18 meses. “Esse já era um anseio nosso e dos assinantes há algum tempo e representa a preocupação da empresa com o futuro do planeta”, afirma o gerente de Distribuição, Eliomar Limeira. Azuis para o Estadão e transparentes para o Jornal da Tarde, os novos saquinhos são produzidos com o mesmo material do modelo anterior, mas levam uma adição do sal d2w (sigla em inglês para “desenhado para funcionar”), marca registrada da empresa britânica Symphony Plastic Technologies para uma gama de plásticos quimicamente modificados para tornarem-se degra-
dáveis. “Funciona como uma bomba-relógio: você determina o tempo de vida útil do saquinho e, então, uma quantidade específica do sal é adicionada. Esse aditivo permite às bactérias de decomposição agir nas ligações de carbono, digerindo o material”, explica Limeira. Segundo ele, a desintegração ocorre mesmo que o plástico seja abandonado ao ar livre, deixando ao final do processo apenas uma quantidade pequena de água, gás carbônico e biomassa. Outros modelos também estão sendo estudados pela empresa, em especial uma versão à base de cana-de-açúcar totalmente biodegradável, utilizada recentemente em ação publicitária do Estadão para o Banco Santander. “Mas esse saquinho orgânico ainda é economicamente inviável e precisa ser enterrado para se degradar. O que atualmente utilizamos tem a vantagem de poder ser descartado no lixo comum”, analisa o gerente. Atualmente, circulam por dia no Estado de São
Paulo cerca de 200 mil saquinhos plásticos embalando os dois jornais do Grupo.
André Dusek / AE
Mundo Melhor
Luzes apagadas no Congresso Nacional, em Brasília
o problema ambiental. Escolhida como a emissora oficial do evento em território nacional, a Rede Eldorado transmitiu boletins diários sobre a ação desde 8 de março, além de ter sorteado entre os ouvintes kits com camiseta em tecido ecologicamente correto, adesivo e lanterna da campanha. No dia da mobilização, iniciou uma contagem regressiva a partir das 15h30, com
MAIS EFICIENTE
chamadas de personalidades como a cantora Mariana Aydar, o exjogador Raí e o chef Alex Atala. Emissoras afiliadas à rádio também apagaram suas luzes em 12 cidades brasileiras.
Saiba mais: Saiba mais sobre a Hora do Planeta: www.horadoplaneta.org.br
Alvo: desperdício zero
1. TELEFONIA MÓVEL (CLARO) - valores em mil reais Janeiro/10 Fevereiro/10 Dezembro/09 263 259 246 2. TRÁFEGO - valores em mil reais Janeiro/10 251
Dezembro/09 260
Fevereiro/10 277
3. KM RODADOS - distância percorrida em mil km Janeiro/10 Fevereiro/10 192 182
Plástico, um problema ambiental:
Dezembro/09 168
Fabricado a partir do petróleo, o plástico é um material cada dia mais utilizado no mundo por reunir características como resistência, flexibilidade, impermeabilidade e leveza. É exatamente essa composição, no entanto, que torna o material tão difícil de degradar, resultando num sério problema ambiental, com o volume imenso do material em aterros sanitários e locais inadequados. Estima-se que apenas 5% de todo o plástico produzido desde os anos 30, quando começou a ser utilizado maçicamente, foi incinerado – o resto continua por aí, em algum lugar do planeta, muitas vezes poluindo cidades, solos e oceanos ou sendo ingerido por animais. Saiba mais sobre plásticos degradáveis: www.resbrasil.com.br
4. DESPERDÍCIO DE IMPRESSÕES (A4) Janeiro/10 Dezembro/09 6019 7003 5. REDUÇÃO DE IMPRESSÕES (P&B) Janeiro/10 Dezembro/09 Total de impressões:
761.509 Em relação à média mensal de 2009, redução de 1.085 impressões ou R$ 72.
Fevereiro/10 4565
Fevereiro/10
Total de impressões:
Total de impressões:
667.906
711.311
Em relação à média mensal Em relação à média mensal de 2009, redução de 94.688 de 2009, redução de 51.283 impressões ou R$ 6.240 impressões ou R$ 3.380.
Média mensal de 2009: 762.594 6. REDUÇÃO DE IMPRESSÕES (Coloridas) Janeiro/10 Dezembro/09 Total de impressões:
Total de impressões:
Fevereiro/10 Total de impressões:
173.342
106.229
120.647
Em relação à média mensal de 2009, aumento de 53.331 impressões ou R$ 22.106.
Em relação à média mensal de 2009, redução de 13.782 impressões ou R$ 5.713.
Em relação à média mensal de 2009, aumento de 636 impressões ou R$ 263.
Média mensal de 2009: 120.011
15
ESTAD’OLHO
Wilson Pedrosa
Os muros, as pedras e as memórias inesquecíveis
Eu, Wilson Pedrosa, no Museu do Holocausto, em Jerusalém
os passageiros a uma bateria de perguntas, muitas delas sobre a bagagem e quem mexeu nela, além de pegadinhas com questões bobas na aparência, mas que permitem checar se o passageiro está ou não mentindo ou caindo em contradição. Vencida a etapa da checagem de segurança, deixei as malas no hotel e fui para a minha primeira caminhada pela cidade velha de Jerusalém. O Muro das Lamentações, o comércio milenar e a sensação de que ao dobrar uma daquelas esquinas iria bater de frente com Ele, em pessoa, o Jesus de Nazaré. Topo com a cara de Lula em camisetas vendidas no mercado – um clique providencial e uma foto na edição de domingo do novo Estadão, em 14 de março. O presidente Lula desembarcou. Começa a corrida da cobertura e a se desenhar, mais claramente, o ambiente de desconfiança que rege as relações entre israelenses e palestinos. Fomos de ônibus para Belém, no lado palestino, e tivemos de encarar
uma travessia incomum: um muro de dez metros de altura. Mais um interrogatório e uma revista, do lado de Jerusalém, e, depois, em Belém, outra revista, agora por conta da segurança palestina, com a ajuda de cães farejadores. Além disso, o jipe do lado israelense não é usado do outro lado do muro, em Belém. É obrigatório trocar de carro. De novo no ônibus, para Hamalah. E de novo o muro. E a história, diante de nós, cruzando os caminhos por onde andou o líder Arafat. Dali para a Jordânia, com a rodovia deserto afora. Um mar de areia e de pedras. Amã, a capital, tem um brilho noturno especial. O palácio de trabalho do rei Adbullah, onde Lula será recebido, é um luxo só. Pobreza, secura, conflitos sangrentos num cenário de mil e uma noites. Dependurada nos postes, uma profusão de anúncios exaltando a realeza jordaniana. Lula volta ao Brasil – a cobertura rendeu. Temos um dia de folga. E vamos para a incrível cidade de Petra, a três horas de carro de
Amã. Sim, Petra, aquela dos capítulos iniciais da novela global que estava no ar, Viver a Vida. Tanta beleza é de endoidecer! Verdadeiros palácios esculpidos na pedra, montanhas adentro. Um trânsito de turistas que mistura gente em camelos, charretes, táxis e burros. Muitos com o indefectível chapéu do Indiana Jones, porque em Petra foi rodada uma parte do filme. Das 10 às 17 horas perambulei por Petra, mas não deu para conhecer metade daquela maravilha. O avião de volta ao Brasil e a memória cheia de dez dias inesquecíveis no Oriente Médio.
Wilson Pedrosa
Direto das Sucursais
Sempre tive vontade de cumprir uma pauta de trabalho no Oriente Médio. A Terra Santa aguça a curiosidade de qualquer turista. O peso da história, que trespassa a região, desafia o espírito profissional de todo repórter. E no dia 11 de março passado, numa quinta-feira, chegou a minha vez ao ser destacado para cobrir a visita presidencial de Lula a Israel, Palestina e Jordânia. Às 19h15, em Guarulhos, apertei o cinto do Boeing da El Al. Catorze horas depois, o voo 0010 aterrissava em Tel-Aviv – mais 40 minutos de carro e eu botei o pé, pela primeira vez, em Jerusalém. Ali, apesar de carregar 10 quilos de equipamento, eu comecei a vergar ao peso da história. E a sentir que segurança, em Israel, é (só para ficar no lugar-comum) coisa séria. Logo ao desembarcar, em TelAviv, passei por um interrogatório de dar tremedeira nas pernas. Na verdade, era meu segundo interrogatório em menos de um dia – ao sair de Guarulhos, em São Paulo, a El Al já havia submetido
Por Wilson Pedrosa Chefe da Fotografia da Sucursal de Brasília
Notícias da OESP Mídia do Rio 16
Na filial carioca da OESP Mídia, a novidade é a expansão de mercado, com o lançamento dos produtos “Listão do Consumidor Zona Oeste do RJ” e “Listão Sul Fluminense”. Em carta enviada ao jornal interno, os gerentes da filial contam que o lançamento possibi-
litou, além do resgate de uma região muito carente de novas oportunidades de mídia, entrarmos em mercados de grande potencial e com excelentes expectativas de vendas. “Atingimos regiões em constante crescimento nos principais setores da economia, imobiliá-
rio e comércio varejista”, relatam. Para o “Listão Sul Fluminense”, até um escritório foi montado para atender à demanda da campanha. “Realizamos uma excelente campanha, tanto em venda dos produtos impressos quanto de internet, que superou todas as nossas ex-
pectativas. A filial vem desenvolvendo a cada dia mais um excelente nível de convivência entre todas as áreas de vendas e administrativo. Nosso gerente comercial, Fernando Henrique, e seu time de gerentes de equipe vêm estreitando esses laços cada vez mais.”
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Comunicação Interna
Ponto de Vista
A expectativa parece aumentar ao desamarrar a fita colorida e desenrolar a capa de jornal. Será que ela vai ser colorida? Alguma manchete do time de futebol preferido? Na mesa ao lado, o colega brinca: “Aposto que ainda tem notícia da 1ª Guerra Mundial!” Cenas como essas mostram que tem feito sucesso a iniciativa do Grupo Estado em presentear seus funcionários, nos seus respectivos aniversários, com a capa do Estadão do dia em que nasceram. Ligada às comemorações de 135 anos da empresa, a ação tem o objetivo de homenagear aqueles que contribuem diariamente na construção dessa história corporativa. Entre janeiro e abril de 2010, 1.004 profissionais receberam a sua capa.
17
* Caso seja novo de casa ou não tenha recebido o jornal no dia de seu aniversário, entre em contato com a Gerência de Endomarketing: ramais 5996 e 2619.
Em 135 anos de existência, o Grupo Estado foi testemunha – e, muitas vezes, personagem – dos principais acontecimentos políticos, sociais e culturais do Brasil. Em consequência, muitas das pessoas que pela empresa passaram tiveram atuação memorável o bastante para serem homenageadas em placas espalhadas pela cidade de São Paulo. Selecionamos dez placas que ajudam a contar o início do jornal.
dão Arquivo Esta
Algumas imagens históricas das ruas descritas
Arquivo Estadão
Grupo Estado em lo u a P o ã S e d s a 10 plac
iro Lobato Praça Monte
O português José Maria Lisboa (1838-1918) chegou ao Brasil com 18 anos, quando foi trabalhar nas oficinas do jornal Correio Paulistano. Ao lado de Américo de Campos e Rangel Pestana, ajudou a organizar o recém-lançado A Província de São Paulo, que administrou por dez anos. Saiu para criar o Diário Popular, levando Américo, ambos contrariados pela campanha antilusitana empreendida por um novo sócio. Quase levando a Província à falência, o sócio se retirou e coube ao jovem redator Julio Mesquita, filho de portugueses, trazer de volta os anunciantes lusitanos.
18
Um dos primeiros redatores de A Província de São Paulo, Américo Brasílio de Campos (1835-1900) permaneceu no jornal por dez anos. Em 1884, sai para redigir o recém-lançado Diário Popular, de José Maria Lisboa. Republicano, abolicionista e defensor convicto da educação popular, fundou a Sociedade Propaganda de Instrução Popular, que resultaria no Liceu de Artes e Ofício. Em 1890, foi nomeado cônsul do Brasil em Nápoles, onde faleceu.
Filho de um fazendeiro português, Julio César Ferreira de Mesquita (1862-1927) foi jornalista, advogado, historiador, contista e político com ideais republicanos. Aos 21 anos, formou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e exerceu a advocacia por algum tempo, antes de decidir-se pelo jornalismo, profissão que o atraía desde a universidade, quando escrevia no A República. Tornou-se colaborador da Gazeta de Campinas e, em 1886, de A Província de São Paulo. De 1891 a 1927, foi seu diretor e proprietário, iniciando a tradição jornalística da família Mesquita. Casou-se com Lucila Cerqueira César, com quem teve 12 filhos.
Segundo presidente civil da República, o advogado Manuel Ferraz de Campos Sales (18411913) teve atuação decisiva na fundação de A Província de São Paulo, em 1875. Foi um dos 19 membros da sociedade comanditária estabelecida para editar o jornal e um de seus principais redatores. Mais tarde, já na presidência, sofreria o rompimento com republicanos ligados ao jornal, como Julio Mesquita e José Alves de Cerqueira César, que contestavam sua política.
Em 1897, Euclides da Cunha (1866-1909), colaborador de A Província de São Paulo, foi convidado por Julio Mesquita a acompanhar, no sertão da Bahia, a força militar de repressão à rebelião de Canudos. Escreveu relatos sobre a terra, o homem e a luta no interior baiano, experiência que rendeu material suficiente para produzir sua obra-prima Os Sertões. O interesse dos leitores pelo assunto fez a tiragem atingir 18 mil exemplares, bem acima do usual.
• Praça Luiz Carlos Mesquita (Barra Funda)
• Ponte Júlio de Mesquita Neto (Barra Funda)
• Praça Olavo Bilac (Santa Cecília)
• Praça José Vieira de Carvalho Mesquita (Barra Funda)
• Avenida Rangel Pestana (Mooca)
• Praça Amadeu Amaral (Bela Vista)
• Av. Dona Maria Mesquita de Mota e Silva (Butantã)
• Viaduto Guilherme de Almeida (Liberdade)
• Praça Alfredo Mesquita (Lapa)
• Rua Leonel Vaz de Barros (Santo Amaro)
• Praça Esther Mesquita (Consolação)
Rua Nestor Pestana
Em 1914, foi publicado no Estadão o artigo Velha Praga, escrito pelo leitor José Bento Monteiro Lobato (1882-1948). Na realidade, era uma carta para a seção Queixas e Reclamações, mas a qualidade do texto era tanta que foi aproveitada como artigo assinado. A partir de então, o advogado passa a colaborar regularmente com o jornal. Deixou vasta bagagem literária, especialmente para crianças, e diversas traduções.
Oliveira Praça Armando de Sales
Genro de Julio Mesquita, Armando de Sales Oliveira (1887-1945) foi interventor do governo federal em São Paulo, governador do Estado e candidato à presidência da República. Com a morte do sogro, em 1927, tornou-se presidente da sociedade anônima proprietária do jornal, cuja direção assumiria em 1932, com a deportação, determinada pela ditadura Vargas, dos então diretores Julio de Mesquita Filho e Francisco Mesquita para Portugal. Por influência de seu cunhado Julio de Mesquita Filho, assinou o decreto de criação da Universidade de São Paulo (USP), em 25 de janeiro de 1934.
Neto de Cerqueira César e filho de Julio Mesquita, Francisco Mesquita (1893-1969) cresceu entre figuras importantes do ideal republicano. Com seu irmão Julio de Mesquita Filho, participou intensamente da vida política e cívica brasileira. Foi deputado, fundador de partidos e um dos líderes da Revolução Constitucionalista no campo de batalha, o que lhe valeu a prisão e subsequente exílio em Portugal. Quando o Estadão foi ocupado pela ditadura Vargas, em 1940, dedicou-se à agricultura. Com a devolução do jornal em 1945, passou a administrar a empresa, enquanto seu irmão cuidava da redação.
Valéria Gonçalvez / AE
Arquivo Estadão
• Viaduto Júlio de Mesquita Filho (República)
Praça Júlio Mesquita
A carreira jornalística de Nestor Rangel Pestana (1877-1933) começou no Estadão, em 1906. Após passagem por outros veículos, voltou e ocupou praticamente todos os cargos, de redator a chefe de redação e diretor, ao lado de Julio Mesquita Filho.
Fontes: • "Um jornal na História", revista especial distribuída pelo Grupo Estado aos assinantes em 1990. • Site "História das Ruas de São Paulo" - Consulta Histórica de Logradouros: http://www.dicionarioderuas.com.br/consulta.html • Confira ainda na intranet uma propaganda de 2005 sobre as placas ligadas ao Estadão.
Outras placas:
Com apenas 14 anos, Plínio Barreto (1882-1958) já era revisor do Estadão. Foi redator, redatorchefe e, em 1927, chegou à diretoria de redação. Formado em Direito, dirigiu diversos veículos jornalísticos e foi presidente da Ordem dos Advogados. Foi secretário de Justiça durante o governo provisório de 1930; chefe de Publicidade durante a Revolução Constitucionalista; e deputado federal pela UDN. Preso na ocupação do jornal pela ditadura Vargas, retornou à chefia de redação em 1951.
19
Programe-se SÃO PAULO CINEMA:
É DEZ! Entender o funcionamento do novo restaurante interno.
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS (EUA/2010, 111 min.). Direção de Tim Burton. Com Mia Wasikowska, Johnny Depp e Helena Bonham Carter. Com base nos livros Alice no País das Maravilhas e Alice através do Espelho, de Lewis Carroll, este filme narra as aventuras de Alice Kingsleigh, uma garota de 19 anos que, ao fugir de um casamento arranjado, cai na Toca do Coelho e se encontra num universo com criaturas estranhas como o Chapeleiro Maluco e a Rainha Vermelha.
INTERIOR:
Em cartaz: ABC Plaza, Anália Franco, Belas Artes, Boavista, Boulevard Tatuapé, Bristol, Butantã, Center Norte, Central Plaza, Cidade Jardim, Cine TAM, Continental, Eldorado, Espaço Unibanco, Extra Anchieta, Iguatemi, Interlagos, Interlar Aricanduva, Internacional Guarulhos, Jardim Sul, Kinoplex, Lapa, Marabá, Market Place, Mauá Plaza, Metrópole, Metrô Itaquera, Metrô Santa Cruz, Metrô Tatuapé, Mogi Shopping, Itaim Paulista, Multiplex Taboão, Osasco Plaza, Penha, Plaza Sul, Pátio Higienópolis, Pátio Paulista, SP Market, Santana Parque, Shopping ABC, Shopping Bonsucesso, Shopping Campo Limpo, Shopping D, Suzano Shopping, Tamboré, Villa-Lobos, West Plaza.
Dias 22 e 23 de maio. Início às 18 horas do dia 22 e término às 18 horas do dia 23. Conheça as cidades e a programação completa no site do SESC: www.sescsp.org.br. Grátis.
TEATRO:
É ZERO! Descartar lixo em elevadores e áreas comuns.
GRANDES ENCONTROS ELDORADO: DIOGO NOGUEIRA E PAULA LIMA (30/5) 12h30. Shopping Anália Franco - Praça de Eventos: Avenida Regente Feijó, 1.736. Grátis. Mais informações: www.territorioeldorado.limao.com.br/grandesencontros.
POLICARPO QUARESMA Com direção de Antunes Filho, a adaptação desta obra de Lima Barreto tem a difícil tarefa de contar a trágica história de Policarpo Quaresma, cujo amor cego à pátria o leva às últimas consequências. O caráter quixotesco da narrativa e as contradições nacionais são registrados com precisão no espetáculo. SESC Consolação: Rua Dr. Vila Nova, 245. Telefone: (11) 32343000. Sextas e sábados: 21 horas. Domingos: 19 horas. Preço: R$ 5 a R$ 20. Até 6 de junho. Censura: 12 anos. CULTURA: HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Em maio, a Casa das Rosas abre espaço para uma programação especial voltada ao universo das histórias em quadrinhos, com palestras, debates, oficinas, curtas-metragens e exposições. Destaque para a mostra que resgata autores cujas obras foram adaptadas aos gibis e para os cursos “HQ e a rebelião da linguagem”, “O papel invisível do desenhista” e “A Guerra dos Quadrinhos”. Saiba mais em: www.poiesis.org.br/casadasrosas. Casa das Rosas: Av. Paulista, 37. Telefone: (11) 3285-6986. Até 31 de maio. ESPORTE:
VIRADA CULTURAL PAULISTA Nesta quarta edição, a Virada Cultural Paulista ocorrerá simultaneamente em 30 cidades do interior, do litoral e da Grande São Paulo. Serão 24 horas ininterruptas de programação artística, que inclui teatro, circo, música, dança, literatura, cinema e atividades infantis. Com parceria do SESC, o projeto é uma realização do governo estadual paulista e das prefeituras municipais participantes.
LAZER NAS SUCURSAIS
RIO DE JANEIRO PASSEIO: ESCALADA NO MORRO DA URCA A empresa Trilhas do Rio organiza mensalmente diversas trilhas, escaladas e mergulhos. Em 12 de junho, grupos de 4 a 10 pessoas escalarão a face norte do Morro da Urca, percurso indicado para iniciantes e intermediários. Cerca de 40 minutos de trilha e 6 horas de escaladas depois, a recompensa: uma vista privilegiada para as praias de Botafogo e Flamengo, além da Baía de Guanabara. Mais informações: www.trilhasdorio.com.br. Ponto de Encontro: Praça Central da Praia Vermelha. Dia 12 de junho, às 7 horas. Preço: R$ 80. Idade Mínima: 10 anos.
BRASÍLIA EXPOSIÇÃO:
CORRIDA CORPORE FBG VIVA SAUDÁVEL Prepare seu tênis de corrida! Em 30 de maio, o Circuito Corpore ESPN realiza essa tradicional prova nos arredores do Jockey Club de São Paulo. A etapa terá percursos para diferentes níveis de corredores: 25 km, 12,5 km e 4 km. Os primeiros colocados recebem troféu, mas todos os atletas que completarem o trajeto receberão medalha. Inscrições abertas no site: www.corpore.org.br.
OSGEMEOS O Pavilhão de Vidro do Centro Cultural Banco do Brasil recebe uma exposição individual da aclamada dupla paulistana OsGemeos, composta por Gustavo e Otávio Pandolfo. A mostra já passou por São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, com novas obras concebidas exclusivamente para a edição brasiliense.
Jockey Club de São Paulo: Avenida Manuel Alves Soares, 1.100. Telefone: 5662-9500. Dia 30 de maio, com largada às 7 horas. Preço: de R$ 50 a R$ 70.
Centro Cultural Banco do Brasil: SCES, Trecho 2, lote 22. Telefone: (61) 3310-7087. Terças a domingos: das 10 às 21 horas. Grátis. Até 16 de maio. Livre.