ano 3. número 14. fevereiro/março de 2008
PERFIL: CLÁUDIA TREVISAN, NOSSA CORRESPONDENTE NA CHINA
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA
Grupo Estado inicia elaboração da 3ª edição do Relatório de Responsabilidade Corporativa
Direto das Sucursais A repórter Sônia Filgueiras fala, direto da sucursal de Brasília, sobre a cobertura da crise dos cartões corporativos
Sucesso Limônico Limão ultrapassa 120 mil usuários em três meses. O que isso representa para o Grupo?
E MAIS: AGÊNCIA ESTADO APOSTA EM TELEVISÃO VIA WEB grupo estado - estad’olho
comunicação interna
Editorial
Desenvolvimento contínuo Um jornal interno tem como principal objetivo facilitar o fluxo de informação na empresa, mantendo os funcionários a par das ações e dos processos que visam à evolução da organização. Mas o instrumento destina-se também ao compartilhamento de bons momentos, de conquistas e do convívio entre os funcionários. Atendendo a esse objetivo, esta 14ª edição do Estad’Olho vem com
um encarte especial. Nele os funcionários poderão identificar ações promovidas pela organização por meio de imagens divididas em quatro blocos: “Bem-estar”, “Gestão de Processos”, “Reconhecimento” e “Desenvolvimento Organizacional”. Ainda na primeira edição de 2008 destacamos algumas ações corporativas importantes para o desenvolvimento constante do Grupo,
como a confecção do 3º Relatório de Responsabilidade Corporativa e a iniciativa da Rádio Eldorado para neutralizar a emissão de carbono no ambiente. Além disso, divulgamos aqui nossa segunda participação no processo do Great Place to Work, que elegerá as 100 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil. Acompanhe também as ações com foco no desenvolvimento da liderança.
“Apresentações têm que ser pensadas, bem es-
truturadas e concisas, visando sempre à qualidade do processo de tomada de decisão. O seminário foi muito bom porque passou conceitos simples, objetivos e práticos, para todos praticarem no diaa-dia.”
Cesar Avidos Pereira - Diretor Administrativo de Negócios Digitais
“É uma grande mudança cultural. A proposta é
Entre os meses de janeiro e fevereiro, o Grupo Estado promoveu uma série de workshops com o consultor Normann Kesternbaum com o objetivo de analisar a comunicação no cotidiano empresarial
Monica Santos - Gerente de Planejamento Comercial e OPEC - Rádio Eldorado
“Já iniciei o uso da metodologia em meu dia-a-
dia. Ao montar a apresentação para um importante cliente, por exemplo, na qual preciso convencê-lo de investir recursos em um projeto, fazer a estruturação do raciocínio possibilita testar o conceito que estará em prova, bem como desenvolver a empatia.”
Rodrigo Bolton - Gerente de Inovação e Novos Negócios - Agência Estado
Recursos Humanos
Andréa Oliveira Margaret Moraes
2 comunicação interna
Regina Fogo RH- Redação
Denise Almeida Diretoria Industrial
Jandira Ferreira
Andréa Oliveira - gerente de Desenvolvimento Organizacional
Apresentações Eficazes
reflexo de um capital humano inteligente, em que você tem seu pensamento organizado para tornar tangíveis seus objetivos. Entendo que o Grupo está vivendo um bom momento para implementação da metodologia.”
Responsáveis
Boa leitura!
Enquete: Palestras sobre
O QUE ELES PENSAM:
Agência Estado
Os resultados dessas medidas serão amplamente vivenciados na organização e contam com a efetiva participação dos funcionários, um bom motivo para procurar entender melhor estas questões, engajar-se e participar.
Com
foco em desenvolvimento de fluxos de informação mais simplificados e eficientes, o Grupo Estado organizou uma série de palestras, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2008, com o consultor Normann Kesternbaum. O público-alvo das palestras foram gestores da organização, que tiveram a oportunidade de refletir a respeito da elaboração de apresentações objetivas e de reuniões produtivas. Para atingir a clareza na comunicação, o especialista sugere que
Conselho Editorial Oesp Mídia
Rádio Eldorado
Karim Aguilar
Mônica Santos Danielle Oliveira
Diretoria de Mercado Anunciante
Comercial e Marketing
Elaine Dias
Carlos A. Romano Mellyssa Amalie
os líderes reflitam bastante sobre a pauta da apresentação antes de decidir os assuntos que serão abordados e de preparar o material que será utilizado. Assim, é possível economizar tempo e facilitar o entendimento, evitando explicações desnecessárias ou confusas. Como nossos gestores receberam esses ensinamentos? O Estad’olho foi perguntar a opinião deles sobre a metodologia apresentada e o que muda no dia-a-dia após os workshops (saiba mais sobre as palestras na página 5).
Coordenação de edição
Revisão final
Comunicação Interna
Dráusio de Paula Sandra Spada
Margaret Moraes Cristiane Rocha
Colaboração
João Wenceslau de Lima Neto
O Estad’olho é uma publicação bimestral do Grupo Estado voltada para o público interno. Tiragem de 3.100 exemplares.
estad’olho - grupo estado
clima organizacional GILDO MENDES
Depois do TREINO,
O AMISTOSO Funcionários do Grupo Estado terão a oportunidade de avaliar o ambiente de trabalho da organização
Foi em 2007 que o Grupo Estado
fez sua primeira investida, com espírito de treino, no processo de escolha das Cem Melhores Empresas Para Trabalhar no Brasil, ranking realizado pelo instituto Great Place to Work. Na ocasião, o objetivo era conhecer a metodologia de seleção e receber feedback dos funcionários, possibilitando a adoção de ações assertivas dentro da empresa. Nossa participação agregou conhecimento organizacional por meio de relatórios consolidados e comparativos com o mercado, permitindo à organização adotar medidas, mesmo que iniciais, para solucionar pontos classificados como insatisfatórios pelos funcionários. Para a coordenação do projeto, a cargo da Diretoria de Recursos Humanos, o treino foi de grande valia. “É um processo seguro, do ponto de vista da confidencialidade, e muito objetivo, abordando questões de relacionamento humano e satisfação com o ambiente de trabalho”, define a gerente de Desenvolvimento Organi-
zacional do Grupo, Andréa Oliveira. O relatório consolidado da pesquisa, resultante da média alcançada entre todas as questões, confere ao Grupo Estado 59,6 pontos de favorabilidade, sendo o benchmarking equivalente a 82,4 pontos. Neste caso, os 23 pontos de diferença representam a nossa meta estipulada para o ano de 2010. Em quesitos como “Orgulho em trabalhar na organização”, estamos bem próximos das melhores empresas do Great Place to Work. Já os critérios “Camaradagem” e “Imparcialidade” podem ser considerados os quesitos em que a organização recebeu os mais negativos feedbacks. “Esta análise é primária, outros fatores de maior complexidade impactam no resultado. Mas olhar o resultado consolidado, segmentado por quesito, nos possibilita um rápido entendimento do processo e das necessidades de melhoria”, avalia Andréa. Foi a partir desse levantamento que a Diretoria de Recursos Humanos identificou, por exemplo, a necessida-
Bastidores: Funcionários se divertem durante sessão de fotos para campanha que pede a participação de profissionais da empresa. de de investir no desenvolvimento de gestores e também em projetos como o mapeamento de competências. Metas A maioria das organizações deseja alcançar bons índices de satisfação e contar com ótimo clima organizacional. No entanto, pesquisas dessa natureza demonstram que essa é uma meta ousada para as empresas. Exatamente pelo grau de complexidade das variáveis consideradas é que o Grupo estabeleceu o ano de 2010 como prazo para cumprimento da meta. “Acreditamos que, durante esse período, poderemos treinar, evoluir, consolidar mudanças e adotar medidas que aumentem a satisfação das pessoas. O período estabelecido evidente-
mente não descarta a possibilidade de a organização ser contemplada com resultado positivo antes de 2010. Pelo contrário, buscamos caminhos para ampliar o convívio saudável das pessoas, para ressaltar a imparcialidade nas decisões e para estimular o respeito ao próximo”, explica a gerente. Na validação do processo, é preciso que haja participação dos funcionários (selecionados pela Great Place to Work) no envio de um formulário, preenchido de forma responsável, na data estipulada pela coordenação. Mudanças são construídas a partir da disposição de muitos. Em 2008, o Grupo quer descobrir quais ações estão dando certo e qual o melhor caminho a trilhar para se tornar a melhor empresa para você trabalhar.
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DAS CEM MELHORES EMPRESAS
Camaradagem • Hospitalidade • Comemorações e celebrações • Sentimento de pertencer a uma comunidade
grupo estado - estad’olho
Respeito
Imparcialidade
• Criação de oportunidades para desenvolvimento • Reconhecimento pelo trabalho bem-feito • Envolvimento em decisões relevantes • Respeito pelo indivíduo
• Equilíbrio entre remuneração e trabalho • Ausência de favoritismo • Mecanismos de apelação • Ausência de discriminação
Credibilidade • Comunicação aberta e acessível • Competência em coordenar pessoas e recursos materiais • Integridade e consistência na condução da visão
Orgulho • Do trabalho pessoal • Da equipe • Da corporação • Da imagem da empresa com a comunidade
comunicação interna 3
compromisso ambiental
Ondas Verdes No Ar No ano de seu cinquentenário, a Rádio Eldorado busca a neutralização da emissão de carbono da emissora no ambiente SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE
Carreira & Negócios SÉRIE “JARGÕES” ENTENDA OS JARGÕES DE RECURSOS HUMANOS Assessment – Metodologia de avaliação aprofundada do potencial de indivíduos em níveis gerenciais e executivos; Benchmarking - É um processo sistemático de medida e comparação das práticas de uma organização com as das líderes mundiais, no sentido de obter informações que a possam ajudar a melhorar o seu nível de desempenho;
Pomar Urbano: Meta é plantar 700 árvores por ano.
Não é à toa que o paulistano se refere à Eldora-
de um tempo maior do que o previsto. Não conhedo como a “rádio cidadã”. Além de oferecer um cemos o tempo necessário para emissão do certidos melhores serviços de utilidade pública em ficado, pois existem poucas empresas de comuniradiojornalismo e de constantemente dar voz aos cação documentadas neste sentido”, esclarece ela. talentos da música brasileira, a Rádio engaja-se em movimentos para proteção e preservação do A festa de 50 anos também é verde meio ambiente. As ações adotadas pela emissora Comemorando 50 primaveras e demonstrando já no início de 2008 reafirmam este papel social. muita maturidade, a Eldorado ressalta suas conUma das medidas, por exemplo, é inovadora: vicções socioambientais com uma ação comemoa equipe está determinada a promover a neutrali- rativa que privilegia o meio ambiente. Com este zação de suas emissões de carbono no ambiente. intuito, a festa de 50 anos da rádio acontecerá Por meio de plantio de espécies da mata atlânti- no Projeto Pomar Urbano, onde 50 convidados ca, será certificada como empresa cujas ativida- especiais, entre eles o governador de São Paulo, des foram compensadas pelo plantio, na mesma José Serra, ouvintes da Rádio e representantes proporção, do extraído por meio de seu processo. do Grupo Estado, farão o plantio de 50 árvoPara neutralizar a emissão de gás que a emisso- res, simbolizando a idade da emissora. A comera libera diariamente na atmosfera, será necessá- moração está marcada para o dia 17 de março e rio o plantio de 700 árvores por ano. A meta será recebeu o nome de Bosque Eldorado 50 anos. atingida por meio de uma parceria com a SOS Para Miriam Chaves, diretora da EldoraMata Atlântica, que auxiliará na obtenção das do, “a Rádio esteve sempre presente nas quesmudas necessárias, na identificação de locais ade- tões do meio ambiente urbano de São Paulo. quados para o cultivo e na realização do plantio. Este plantio é o símbolo de que queremos deiA ação ainda não está concluída, segundo Pauli- xar nossa marca na cidade, sempre em consona Chamorro, coordenadora de Cidadania e Meio nância com o que divulgamos. Por isso escoAmbiente da Rádio Eldorado. “Estamos traba- lhemos as árvores nativas da Mata Atlântica”. lhando no sentido de receber o certificado até 17 de O Pomar Urbano é um espaço aberto à visitamarço, dia da comemoração de 50 anos da Rádio. ção e funciona de segunda à sexta-feira, no horáNo entanto, mesmo com o processo bem encami- rio comercial, com entrada gratuita. Informações nhado, os órgãos responsáveis podem necessitar podem ser obtidas pelo telefone: (11) 5892.2655.
4 comunicação interna
Brainstorming – Significa “tempestade de idéias”. É uma técnica para reuniões em grupo com o objetivo de gerar idéias e estimular a criatividade; Capital humano – Relativo a competências, habilidades, talento e conhecimento das pessoas da organização; Capital organizacional – Relativo a comportamento e cultura da organização; Core Business – A especialidade ou o negócio principal de uma empresa; Feedback – Retorno, retroalimentação. Normalmente utilizado quando se dá retorno a alguém quanto ao seu desempenho profissional; Networking - Rede de relacionamentos e contatos; Treinamentos on the job - São aqueles que utilizam a rotina de trabalho do profissional sem retirá-lo para a sala de aula, como em um estágio prático supervisionado diretamente; Turnover – É a rotatividade de pessoal em uma empresa; Outplacement - Investimento de uma empresa na recolocação de ex-funcionário no mercado de Autora: Teresa Marques, repórter de xxxx dos trabalho. Cadernos Comerciais.
estad’olho - grupo estado
aprendizado
FOCO NA LIDERANÇA: COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL EFICAZ Série de palestras para líderes do Grupo visou à objetividade no fluxo de informações
É visível que o dia-a-dia moderno
transformou a maneira como nos relacionamos. Estamos vivendo uma era tecnológica que “estreitou” o globo terrestre e alterou a velocidade da comunicação. Com esse crescente volume de informações, porém, falta tempo às pessoas para absorver todos os dados. Nas organizações, essa realidade leva à adoção de medidas internas para a produção de um fluxo de informação simplificado e eficiente, que valorize e potencialize o tempo disponível. Com esse objetivo, o Grupo Estado promoveu, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2008, uma série de workshops para o desenvolvimento da capacidade de comunicação de gestores do Grupo. Os workshops, coordenados pela Diretoria de Recursos Humanos e conduzidos pelo consultor Normann Kesternbaum, analisaram as dificuldades vividas nas empresas com o binômio “escassez de tempo” e “pouca objetividade”. Uma das frases do palestrante que mais levaram a audiência à reflexão foi “Obrigado pela informação que
você não me deu!” O consultor explica: “A expressão reconhece o esforço de um expositor que fez a lição de casa, apre-
ção: a partir da reflexão e de profundo conhecimento do tema a ser apresentado, é possível estruturar de COMUNICAÇÃO INTERNA
Normann: ‘Não criamos exposições concisas; terminamos de forma concisa depois de muito suor e dedicação’ sentou somente o essencial para o tema em discussão e não provocou perda desnecessária do tão precioso tempo.” A metodologia apresentada por Kesternbaum parte essencialmente da idéia de seletividade da informa-
forma sintetizada qualquer conteúdo. Segundo o especialista, concisão com qualidade não significa usar letra pequena nos textos e apresentações ou espremer várias frases em um só slide do PowerPoint. A qualidade das
apresentações vem necessariamente da preparação do comunicador. O grande desafio apresentado aos líderes do Grupo no workshop foi o de encontrar tempo na agenda para refletir suficientemente sobre o tema a ser apresentado em uma reunião, para depois estruturar o discurso de forma enxuta e clara, retirando as explicações desnecessárias e redundantes, e encerrar o trabalho com objetividade. “Estruturação do raciocínio é, para mim, a síntese de toda a metodologia apresentada pelo consultor Normann”, afirma Rodrigo Bolton, gerente de Inovação e Novos Negócios. No ambiente corporativo, tempo é um fator de alta relevância. Alcançar sucesso em pouco tempo, seja para aprovação de um projeto ou em uma negociação, é um diferencial. “Com essa iniciativa, pretendemos proteger o tempo da organização, oferecendo metodologia para que as pessoas alcancem melhor resultado, com explanações concisas, em menos tempo”, declara Andrea Oliveira, gerente de Desenvolvimento Organizacional.
OS CINCO PASSOS PARA UMA APRESENTAÇÃO OBJETIVA O especialista Normann Kesternbaum sugere cinco passos a serem observados por profissionais que se preparam para uma apresentação: 1) Desplugue-se: raciocínio é o que vale. Dedicação e foco. Prepare-se, aprofunde-se realmente no tema. Estude todos os aspectos de sua proposta. grupo estado - estad’olho
2) Elimine o desnecessário. Não caia na tentação de apresentar demoradamente a empresa ou o esforço e domínio que detém sobre o assunto. Seja direto e apresente o tema. Deixe claro quais são os objetivos e as propostas rapidamente. 3) Evite jargão e lugar-comum. Buscamos constantemen-
te o entendimento do receptor da mensagem. Evite ruídos com expressões que necessitam de decodificação. 4) Vá direto ao ponto. Não crie expectativa na audiência, e sim favorabilidade. Exponha claramente o problema e a sua proposta. 5) Torne tangíveis resulta-
dos e benefícios. Para defender a essência de uma proposta, é fundamental mostrar claramente os diferenciais competitivos relacionados a ela, fortalecendo a argumentação. No mundo corporativo, idéias e soluções são promessas até que sejam atribuídos valores e benefícios.
comunicação interna 5
web 2.0
LIMÃO CHEGA
A 120 MIL
A aceitação surpreende. Mas isso muda alguma coisa no Grupo Estado? Os números demonstram que interativida-
de realmente é um desejo do público. Os mais de 120 mil internautas que aderiram, em menos de três meses, e ativamente desenvolvem conteúdo no Limão buscam participação nas redes sociais. Apenas no mês de janeiro de 2008 foi contabilizado 1,6 milhão de visitantes únicos e 20 milhões de páginas exibidas. “Nenhuma rede de relacionamentos chegou a esse número de cadastros e visitas em tão poucos meses de atividade — todas levaram de seis meses a três anos para decolar”, conta André Bianchi, diretor de estratégias digitais e novos negócios do Grupo Estado. A aceitação do produto “eternamente Beta” leva a crer que o público-alvo, familiar com o meio digital, não deseja apenas obter informações, mas colaborar e expressar preferências e opiniões. O Limão surge em meio a esse conceito de participação e de construção compartilhada, com as facilidades oferecidas pela web 2.0. O site prevê utilização de código aberto (open source), permitindo que o próprio usuário crie aplicativos, e ainda disponibiliza blogs, vídeos, fotos, notícias e games. Além disso, funciona como um grande espaço wiki: nele uma matéria pode ser elaborada por um estudante de 20 anos ou por um jornalista — é a relevância que o público confere à notícia que a levará para a página principal. Hoje, já são mais de 8 mil wikisites (sites colaborativos) de temas variados, como grupos de música, cinema, gastronomia e bairros. E um modelo inusitado de publicidade está surgindo com essas comunidades: recentemente, por exemplo, o Limão recebeu proposta de patrocí-
6 comunicação interna
nio para um wikisite sobre a Amazônia. “Ainda não atingimos a maturidade. Primeiro estamos buscando a audiência, para depois obter retorno financeiro”, diz o diretor André Bianchi sobre as possibilidades de publicidade no Limão. O cenário é animador para um produto recém-lançado (o site foi aberto para cadastro em 22 de novembro de 2007). Bianchi acredita que ainda há uma parcela de visitantes que está acanhada com a quantidade de links e informações que há no Limão. “O que nós precisamos fazer agora é simplificar e facilitar a navegação”, conclui. O produto reflete na organização O Grupo estabeleceu, em 2007, com a reformulação do portal estadao.com. br e depois com a chegada do Limão, um avanço considerável na área de mídias digitais. A partir deste fortalecimento, algumas adequações podem ser necessárias.
Uma delas é o entendimento do perfil de um novo público: os jovens. De acordo com Bianchi, 80% dos cadastrados no Limão têm entre 18 e 30 anos – o pico etário de participação fica entre 21 e 22 anos. O desafio, para o qual o Grupo já vem trabalhando, é adequar linguagem e formato para uma geração com outras preferências. Assim como a fluência em outras mídias, distribuindo informação, seja no papel ou na web, e desenvolvendo expertise em novas áreas e formatos. Internamente, o lançamento do limao.com. br pode representar o início de uma etapa, com a incorporação na cultura organizacional de novos conceitos. O relacionamento com um público mais jovem que aquele ao qual a organização está acostumada gera mudança e aprendizado. O leitor do futuro está se formando, demonstrando suas necessidades e, paralelamente, conhecendo as mídias disponíveis. Acompanhar este mercado implica experimentar e inovar.
Para mais informações sobre o portal, visite a Intranet ou o site do Limão (www.limao.com.br).
LIMÃO VIRAL Em janeiro, o Limão Viral, equipe de marketing viral do portal, realizou ações para aumentar o número de usuários e fidelizar os já cadastrados. Conheçam algumas delas (vale lembrar que funcionários do Grupo não podem participar das promoções organizadas. Desta forma, a organização atesta a credibilidade dos concursos):
estad’olho - grupo estado
ESPREMA SUA TURMA Por meio de uma nova ferramenta no Limão, os usuários podem convidar amigos do Orkut, Gmail, Yahoo e Hotmail para participar do site. Quem consegue limonizar mais pessoas ganha o prêmio da semana. Essa promoção gerou mais de 60 mil convites enviados apenas na primeira semana. grupo estado - estad’olho
ESPREMA SEUS PASSOS Nesta ação, o cadastrado reúne sua turma e grava um vídeo com a coreografia do Limão. Os próprios usuários votam no melhor grupo, que ganhará seis Ipod Touch. A promoção ainda está na fase de uploads de vídeos, mas já gerou mais de 51 mil page views. As votações começam em 31 de março.
ESPREMA SEU REMIX foram reunidas feras da música eletrônica na chamada Liga dos DJ’s Limônicos, em que cada um deu um toque pessoal na música-tema do Limão. A segunda fase dessa ação ainda vai acontecer: o usuário poderá baixar a máster do Limão e produzir seu próprio remix, participando de votação popular e de júri.
comunicação interna 7
capa
capa
ética
RESPONSABILIDADE
CORPORATIVA Grupo Estado empenha-se na elaboração da 3ª edição do Relatório de Responsabilidade Corporativa
“Além de uma prestação de contas à comuni-
dade e aos seus públicos de interesse, este documento é uma síntese das transformações que têm permeado toda a organização nos últimos tempos”, diz o primeiro parágrafo da 2ª edição do Relatório de Responsabilidade Corporativa, com dados do ano de 2006. Essa é a definição dos objetivos do Grupo Estado com a adoção do instrumento, renovado anualmente, quando a organização efetua balanço das ações socioeconômicas e ambientais empreendidas no período. Nesta terceira edição, o Grupo Estado seguirá as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI), padrão internacional adotado em relatórios de sustentabilidade. A realização conta com o apoio da empresa BSD Consultoria, que entrevistou gestores, conheceu processos industriais e analisou iniciativas da organização, como o programa Pintou Limpeza e o Programa de Conservação de Água (PCA). O modelo GRI, com sede em Amsterdã, visa à melhoria e à padronização da prestação de contas das empresas. De acordo com o GRI, mais de mil organizações de todo o mundo utilizam suas diretrizes. Entre as empresas de comunicação que baseiam seus relatórios no modelo estão a BBC (Grã-Bretanha), a TimeWarner (EUA) e o jornal The Guardian (Grã-Bretanha). Para o editor Ari Schneider, um dos responsáveis pela elaboração do relatório de 2006, a iniciativa de prestar contas das ações em busca da sustentabilidade é particularmente importante para o Grupo Estado em razão do alto
LIMÃO VIRAL
8 comunicação interna
estad’olho - grupo estado
grupo estado - estad’olho
conceito da organização perante a opinião pública e por sua expertise na difusão de informação qualificada. “Muito antes de o conceito de responsabilidade corporativa entrar em voga, o Grupo já contava com ampla folha de serviços prestados à comunidade, por meio de suas várias unidades”, diz Schneider. E acrescenta: “A corporação só tem a ganhar se for identificada como o grupo de mídia que tem mais compromisso com as boas práticas corporativas.” A nova edição do relatório vem para reafirmar a atitude ética da organização ante os seus leitores, ouvintes, internautas e também diante da sociedade. “É dever do Grupo Estado estimular a adoção de atitudes firmes e inovadoras diante de questões relacionadas à ética e à responsabilidade social, imprimindo assim qualidade superior
na relação empresa-empregado-sociedade”, dita o Código de Conduta e Ética do Grupo. Sobre a elaboração do novo relatório, Antônio Hércules Jr., diretor de Maketing e Mercado Leitor, declara: “A partir deste ano, adotaremos medidas para a evolução do conceito de responsabilidade corporativa. Além da confecção do relatório, a BSD atuará como consultora, auxiliando-nos no levantamento e análise de processos da organização que impactam na sociedade e no meio ambiente. Com este trabalho de averiguação aprofundada, a empresa poderá adotar medidas que ampliem sua atuação socioambiental. Este é o grande avanço. Estamos efetivamente caminhando no sentido de incorporar as práticas de responsabilidade corporativa nos processos do dia-a-dia da empresa, mensurando e podendo avaliar a sua evolução.”
“
Estamos efetivamente caminhando no sentido de incorporar as práticas de responsabilidade corporativa nos processos do dia-a-dia da empresa, mensurando e podendo avaliar a sua evolução
,,
Antônio Hércules Jr.
comunicação interna 9
benefícios bre essa despesa com constante análise de utilização dos serviços e ações educativas com o objetivo de reter a sinistralidade dentro do patamar estabelecido, viabilizando a continuidade do benefício. É necessário que, individualmente, façamos a gestão do nosso plano de saúde e dediquemos nossa atenção à prevenção de doenças.
USE SEMPRE QUE NECESSÁRIO,
MAS USE CORRETAMENTE ‘É fundamental entendermos que estamos todos na mesma apólice’, diz coordenador do plano de saúde
N em todos compreendem o fun-
cionamento dos planos de saúde empresariais em razão da complexidade das leis e dos contratos. Buscando ampliar o conhecimento dos funcionários do Grupo Estado sobre o assunto, o Estad’Olho conversou com os responsáveis pelo benefício na empresa. Os planos de saúde O Brasil possui dois tipos principais de corretoras de saúde. Algumas funcionam como “agentes”, efetuando a contratação de serviços médicos para seus associados. Outras atuam diretamente na área, possuindo hospitais próprios, médicos especialistas e rede credenciada de clínicas. Em ambos os modelos, as empresas são regulamentadas e supervisionadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS), que fiscaliza os serviços oferecidos e as coberturas contratuais. No caso da assistência médica empresarial, além das regras estabelecidas pela lei, é necessário considerar o contrato firmado individualmente formalizando peculiaridades e especificidades de utilização. No Grupo Estado, adotamos a Amil desde outubro de 2004. Nosso contrato contempla 6.300 vidas, entre funcionários e dependentes legais.
10 comunicação interna
Saúde Preventiva Para evitar quadros complexos de saúde é preciso antecipar-se. Prevenção é a palavra-chave: • Realize anualmente exames de controle, como análises clínicas de sangue e urina, que podem detectar doenças, como diabetes, e o status de índices importantes, como colesterol e triglicerídeos. • Cada indivíduo possui hábitos próprios e predisposição a certos problemas de saúde, então some aos exames de controle os exames específicos, como os de avaliação cardíaca (em caso de sintomas ou histórico familiar) e os de avaliação pulmonar (em caso de fumantes), e assim sucessivamente. • Além dos exames anuais, é primordial “ouvir” os alarmes, informa o dr. Eduardo de Souza Brito Garcia, responsável pelo ambulatório médico do Grupo Estado. O corpo humano emite sinais que, na maioria das vezes, são ignorados. Para ser adepto da medicina preventiva, é preciso conhecer o próprio corpo e saber decodificar esses sinais, que podem parecer insignificantes no início de um quadro de doença, mas são aliados eficazes na manutenção da saúde.
Particularidades O Grupo Amil é uma organização sem intermediários, possuindo rede de profissionais e estabelecimentos médicos credenciados, bem como hospitais próprios. O contrato entre o Grupo Estado e a Amil permite ao funcionário decidir entre os Planos Amil 20 (básico) e Amil 40 (superior). A organização subsidia integralmente o plano de saúde para os funcionários que optam pelo Amil 20 e repassa a diferença aos que escolherem o Amil 40. A rede médica credenciada é similar nas duas alternativas. A principal diferença acontece na internação: a rede 40 oferece quarto
particular e mais opções de hospitais. A escolha entre os planos pode ser alterada uma única vez ao ano, na data de aniversário da apólice, após análise de utilização realizada pela operadora. No caso da assistência médica empresarial, a correta utilização do benefício é muito importante, por impactar nas negociações futuras. “É fundamental entendermos que estamos todos na mesma apólice. Desta forma, o que parece simples, como não retirar um exame realizado ou descontinuar um tratamento, é ruim para todos“, explica João Carlos, coordenador do benefício.
estad’olho - grupo estado
Entenda sinistralidade As conseqüências da má utilização são percebidas na renegociação do contrato entre as duas empresas. Esse acordo é norteado pela sinistralidade, que representa o uso, por funcionários e dependentes, de procedimentos como consultas, exames, tratamentos especializados, pronto-socorro, cirurgias e internações. O limite dessa utilização é de até 75% do valor da fatura da empresa e, quando ultrapassamos esse teto, nossa apólice fica em desequilíbrio, ou seja, gastamos mais do que pagamos. Essa situação leva a operadora a requerer, na época do reajuste, um aumento significativo em virtude das perdas do período. Como referência, é importante registrar que o período entre dezembro de 2006 e novembro 2007 apontou média de sinistralidade de 96% no Grupo Estado, bastante acima do teto estipulado de 75%. Assim como ocorre com o Grupo, a maioria das empresas encontra na fatura de assistência médica uma das maiores despesas administrativas. Por essa razão, é imperativo o controle so-
O bom uso do benefício Como principal dica de bom uso, ressaltamos a utilização correta de prontos-socorros. Embora não seja diferencial no fator moderador, parte custeada pelo funcionário, essa atitude altera em grande escala a sinistralidade do plano de saúde. É bom lembrar que os valores praticados pelos prontos-socorros são dimensionados para uma emergência, na qual ficam à disposição dos usuários procedimentos e profissionais diferenciados. O índice de utilização inadequada em casos não emergenciais ou urgentes é alto em qualquer operadora de saúde. Elas creditam o elevado índice de freqüência em prontos-socorros a um fator cultural. Mas podemos reverter este hábito. A Amil disponibiliza uma grande quantidade de especialistas busque um para tratamento e acompanhamento de sua saúde. “A participação de todos os funcionários é de máxima importância, para as pessoas e para a empresa. A saúde preventiva, além de muito mais eficaz para o funcionário, é o melhor custobenefício na área médica”, afirma o dr. Eduardo Garcia.
Orientações para o bom uso do benefício:
1
Dê preferência à saúde preventiva e visite um especialista aos primeiros sintomas de doença;
2
Utilize o pronto-socorro somente em caso de emergência. O pronto-socorro não é eficaz para tratamento médico, e sim para eventos pontuais. Somente o especialista poderá acompanhar a evolução do tratamento, após diagnóstico adequado;
3
Retire sempre os exames solicitados e retorne ao médico. Com esse procedimento, você não põe a sua saúde em risco e evita desperdícios. Há casos em que a dor que motivou a ida ao médico desaparece, mas a doença permanece. Portanto, não abandone o tratamento;
4
O retorno ao médico, que deve ser realizado dentro de 30 dias, não pode acarretar nova fatura. Caso você esteja dentro do prazo, não assine o formulário;
5
Evite a busca indiscriminada por médicos. Quando tiver dúvidas sobre qual especialista procurar, entre em contato com o ambulatório médico da empresa ou agende uma consulta com um clínico-geral a fim de obter orientação adequada a respeito de sintomas;
6
Antes de assinar o formulário entregue pelo estabelecimento médico, verifique o descritivo dos procedimentos contido no formulário. É importante que ele esteja preenchido corretamente para sua conferência;
7
Para obter tratamento médico personalizado é muito importante escolher um profissional de sua confiança e que já conheça todo o seu histórico, fator que ajudará no tratamento.
Parcerias e Canal na Intranet O Grupo disponibiliza aos funcionários comodidade para a realização de exames de análises clínicas por meio do Laboratório Foccus, que atende no prédiosede todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 7 às 10 horas. Já o Posto Amil, que atende de segunda a sexta no 2º andar, auxilia na escolha de especialisgrupo estado - estad’olho
tas em caso de cirurgia e na emissão da documentação necessária. Outras medidas são adotadas com foco na saúde dos funcionários. Entre elas ressaltamos uma iniciativa recente: o canal Sua Saúde. Por meio da Intranet corporativa, o ambulatório médico contará com a agilidade do meio digital para falar sobre saúde,
promovendo conhecimento sobre situações pontuais (como a recente epidemia de febre amarela) e medicina preventiva. Ações desta natureza reforçam o conceito de saúde preventiva e vêm de encontro com outros projetos, como o Mapeamento da Saúde, realizado em parceria com a Amil. Cuide de sua saúde diariamente e
procure ajuda profissional sempre que necessário. Em caso de dúvida, o ambulatório médico está à disposição para orientar os funcionários. Se existir um tema que você gostaria de ver abordado no canal Sua Saúde, encaminhe a sugestão para o e-mail da Comunicação Interna: comunicacao.interna@grupoestado.com.br.
comunicação interna 11
multimídia COMUNICAÇÃO INTERNA
Conteúdo em qualquer formato:
COMUNICAÇÃO INTERNA
ae tv
PRONOMES
Será que é certo falar “me passe o sal”? É “para ‘mim’ fazer” ou “para ‘eu’ fazer”? Essas dúvidas e outros erros freqüentes relacionados ao emprego de pronomes são explicados no esquema abaixo:
COMUNICAÇÃO INTERNA
EQUIPE AE TV Da esquerda para a direita, no sentido horário: Henrique Pedreiras, técnico de áudio e vídeo; Paula Pavon, editora-assistente; Claudia Violante, editora-assistente; Ederson Sousa, técnico de áudio e vídeo; Neusa Ramos, editora-executiva; Letícia Bragaglia, repórter.
a-dia. Faz e vê o que não ficou bom e melhora no dia seguinte, até você ter um produto de qualidade para exibir.”
o objetivo de desenvolver a produção de conteúdo em novas mídias, a Agência Estado aposta na marca AE TV, um canal de notícias e análises jornalísticas em formato de vídeo, com divulgação pela internet e elaboração sob demanda para clientes da Agência Estado, como bancos, portais de informação e investidores individuais. Os assuntos escolhidos podem incluir editorias variadas, desde economia até esportes e entretenimento. Para a editoraexecutiva Neusa Ramos, a iniciativa da Agência em investir na televisão via web “reforça a imagem de empre
12 comunicação interna
Decifrando o português para não ser devorado por ele
ERROS COMUNS NO USO DE
Agência Estado aposta em inovação e investe em novos meios de transmissão de notícias e análises
Com
Acerte!
sa voltada para a inovação e antenada com os desejos do cliente e represen ta novas oportunidades de negócio”. A adesão a essa nova maneira de fazer jornalismo requer tecnologias e equipamentos específicos. De acordo com Neusa, há demanda por vídeos com qualidade de imagem, mas que não sejam “pesados” a ponto de o internauta não conseguir assisti-lo em seu computador residen cial. “Uma das demandas hoje, por exemplo, é a de produzir os vídeos em ‘flv’, um formato originário do Adobe Flash que é muito mais leve, permitindo que um internauta assis
ta rapidamente ao conteúdo”, ilustra. No momento a equipe envolvida no projeto é formada por três fun cionários diretos: Letícia Bragaglia, Henrique Pedreiras e Ederson Sousa, mas outros funcionários também têm participação ativa, como Paula Pavon e Claudia Violante. Hoje a idéia é envolver todos os funcionários da Agência Estado na produção de conteúdo. Neusa conta que, no começo da AE TV, era ela mesma quem tocava o projeto. “Era necessário dar o pontapé inicial, testar os equipamentos, ter projetos para exibir para clientes”, conta. “Nessa fase, o processo é construído no dia-
Adaptação Quando da inclusão de nova mídia no processo, é preciso considerar a adaptação e habilidade do profissional. Uma nova plataforma cria a necessidade de desenvolvimento e aprendizado. A experiência da AE demonstra que os profissionais se adaptam e reagem às necessidades positivamente e que podem produzir conteúdo para qualquer tipo de mídia, seja jornal, revista, áudio ou vídeo. “Para os conteúdos em vídeo, por exemplo, o jornalista aprende que precisa se importar com o cabelo, com sua roupa, com sua dicção, com seus cacoetes ao falar, se sua pele está brilhante, já que pesquisas mostram que mais de 80% da credibilidade transmitida no vídeo está relacionada à imagem e não ao conteúdo. Para alguns, isso pode ser um pouco sofrido e angustiante no começo, mas o jornalista
estad’olho - grupo estado
As ilhas de edição: ‘O jornalista percebe que a visibilidade de seu trabalho aumenta quando ele investe nas plataformas mutimídias’, diz Neusa Ramos. percebe que a visibilidade de seu trabalho aumenta quando ele investe nas plataformas multimídias”, explica. A constante evolução tecnológica deve ser um fator positivo para qualquer organização, um aliado na elaboração de melhores produtos. “Hoje, é possível capturar imagens com um celular e transmitir quase em tempo real para o prédiosede. No mundo da tecnologia não precisamos
ficar imitando formatos reconhecidos, como ocorre na TV convencional, e em relação ao conteúdo não há grandes diferenças quanto ao meio de divulgação”, declara Neusa. O importante é a preservação da essência da organização, de sua missão. Com a credibilidade que é inerente ao Grupo Estado, as novas tecnologias permitem que a empresa produza conteúdos de acordo com o interesse de leitores, internautas e clientes. COMUNICAÇÃO INTERNA
O relatório é para “mim” ler – “Mim” não pode ser sujeito, portanto não conjuga verbo. O correto é utilizar o pronome pessoal “eu”: O relatório é para eu ler. Vi “ela” no corredor – Os pronomes pessoais (eu, tu, ele, nós, vós, eles) não devem ser empregados como objeto direto. O apropriado é: Vi-a no corredor. O segredo deve ficar entre “eu” e você – Os pronomes “eu” e “tu” devem ser empregados apenas como sujeito. Após preposição, utilize as formas “mim” e “ti”: O segredo deve ficar entre mim e ti. Não “lhe” convidei – Os pronomes “lhe” e “lhes” só devem ser empregados como objeto indireto, substituindo “a ele”, “a eles”, “a você” e “a vocês”. A forma válida para a frase acima é: Não o convidei. Um exemplo do pronome “lhes” utilizado corretamente: O filho deve lhes obedecer (substituindo “obedecer a eles”). Não “procure-me” mais – Palavras de sentido negativo (não, nunca, jamais, ninguém, nada, etc.) atraem o pronome. O correto é: Não me procure mais. Outro exemplo: Nunca lhe disse isso (e não Nunca “disse-lhe” isso). “Me” faça um favor – Mesmo que essa forma seja amplamente utilizada na linguagem informal, a norma culta formal ainda não permite que um pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) seja colocado em início de frase. O adequado é: Faça-me um favor. Outro exemplo: Passe-me o sal (e não “Me” passe o sal).
Você é quem fará o próximo Acerte! Decifrando o português para não ser devorado por ele! Encaminhe sugestões de erros comuns cometidos em e-mails trocados na empresa para comunicação. interna@grupoestado.com.br e colabore para o aprendizado de seus colegas. Bastidores: Idéia é envolver todos os profissionais da casa na produção de conteúdo grupo estado - estad’olho
comunicação interna 13
Direto das Sucursais por Sônia Filgueiras
A coluna “Direto das Sucursais” desta edição do Estad’olho traz o relato da repórter Sônia Filgueiras a respeito do recente furo de reportagem, obtido em conjunto com o jornalista Marcelo Caetano de Moraes, que denunciou os gastos ministeriais abusivos com cartões corporativos do governo. No Grupo desde maio de 2006, Sônia trabalha para a editoria Nacional na sucursal de Brasília.
Em muitos casos, boas reportagens
partem da disposição de examinar o óbvio: algo que está diante dos olhos, mas ninguém vê. Foi com esse olhar estrangeiro em sua própria terra — um dom raro — que o repórter especial Marcelo de Moraes me propôs a empreitada de vasculhar o Portal da Transparência, administrado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e qualificar em detalhes os gastos com cartões corporativos do governo em 2007, que ostentavam uma expansão de 129% em relação ao ano anterior. Marcelo, que naquele momento estava dedicado ao fechamento da edição de domingo em Brasília, cedeu-me uma pauta sua. Ele acompanhava o assunto há tempos. Combinamos que, além dos números agregados, capazes de sustentar um bom lead, também atacaríamos algumas despesas no varejo. Sentei-me diante do computador e durante três dias extraí do portal detalhadamente os dados sobre os gastos com cartões. A primeira das quatro retrancas, que tratava da elevação e da qualidade das despesas, exigiu um trabalho extensivo. Para identificar os órgãos mais gastadores, selecionei as despesas de cada um dos ministérios e, dentro deles, os gastos de cada uma das repartições ali identificadas. Lancei tudo em planilhas do Excel, para facilitar somas e cálculo de médias. Tudo foi comparado com 2006. Pedi explicações aos órgãos responsáveis sobre a elevação das despesas e busquei reflexões críticas sobre o enorme volume de saques em espécie — 75% do total — um duro golpe na transparência que o car-
14 comunicação interna
CELSO JUNIOR/AE
Crise: Matilde Ribeiro caminha para a entrevista coletiva na qual anuncia afastamento do cargo de ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial tão corporativo é capaz de oferecer. Na quinta-feira, iniciei o exame de gastos específicos: aqueles realizados por órgãos da Presidência da República e ministros. Foi então que surgiu a grande surpresa. Embora comandasse uma pasta de orçamento quase inexpressivo, a então ministra do desenvolvimento de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, apresentava nas 17 páginas do extrato de seu cartão de pagamentos grandes e intrigantes gastos. Em 2007, ela gastara R$ 171,5 mil, quase sete vezes mais do que o segundo colocado da lista, o ministro da Pesca,
Altemir Gregolin, com R$ 22,6 mil. Os dados mostravam que Matilde vinha mantendo aquele padrão de gastos desde julho de 2006, quando recebeu o cartão. Ou seja, as informações, e tantas outras publicadas quando as demais redações, seguindo o Estado, se lançaram na tarefa de esquadrinhar os dados do Portal, estavam disponíveis para consulta há tempos, esperando por um olhar estrangeiro. Em um gratificante trabalho de equipe, a cobertura rendeu outras boas matérias exclusivas. Apontamos, por exemplo, que apenas uma pequena parte dos ministros utiliza cartões
em seu próprio nome. Recorrendo a uma permissividade das normas, preferem ter suas despesas em viagens oficiais quitadas por cartões em nome de assessores. Também mostramos que os gastos realizados pelo gabinete do presidente da República — igualmente registrados em nome de assessores — são os mais elevados de todo o governo federal. Dez campeões absolutos em uma lista de 11 mil funcionários titulares de cartões. E que os cartões corporativos foram usados até para compras em uma feira brasiliense conhecida pela oferta de produtos contrabandeados.
estad’olho - grupo estado
perfil
(Tradução: “Ir à China” / Fonte: professor Daniel Liu Chun Hung)
Cláudia Trevisan, a nova correspondente do Grupo Estado na China, fala sobre os desafios da função
O Grupo Estado inicia 2008 com
a contratação de Cláudia Trevisan na função de nova correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no território chinês. A medida faz parte da estratégia da organização em proporcionar ampla cobertura econômica, política, social e cultural de um dos países mais relevantes do cenário internacional atual. Outra das missões de Cláudia será preparar e participar da cobertura das Olimpíadas de Pequim em agosto deste ano. “Temos certeza que nossos leitores ganharão muito com o trabalho de Cláudia em Pequim”, diz o editor-chefe Roberto Gazzi. É importante a presença do jornal no país que hoje mais atrai a atenção do mundo, afirma. “Cláudia, com sua experiência de jornalismo e de China, terá muito a acrescentar à cobertura que o jornal tem feito da região.” Segundo Gazzi, a ação segue a importância historicamente dada pelo jornal à cobertura internacional. “Estava decidida a voltar para a China em 2008 e nada melhor do que voltar como correspondente de um grande jornal. Já trabalhei com várias pessoas
que hoje estão na redação do Estadão e gosto muito da cobertura econômica e internacional do jornal, duas áreas para as quais vou escrever com freqüência”, conta Cláudia. Do trabalho no gigante asiático também deve sair seu segundo livro sobre o país, Os Chineses, a ser publicado ainda antes das Olimpíadas. Para enfrentar o desafio, a jornalista já está participando de um programa de imersão na redação do Grupo. O treinamento consiste em entender o funcionamento do jornal e entrar em contato com os novos colegas de empresa. “É um trabalho extremamente importante, porque estarei do outro lado do mundo e com uma enorme diferença de fuso horário”, explica. Por questões políticas, todo o território chinês segue o relógio de Pequim, que está 11 horas à frente do brasileiro. Formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Cláudia já trabalhou na sucursal de Brasília do Estadão e em diversas outras redações, além de ter atuado como correspondente em Nova York, em Buenos Aires e na própria China. Sobre essa última experiência, ela descreve: “Sei que é um chavão repetido à exaustão, mas a globalização de fato tornou o mundo menos surpreendente. Minha vida em Pequim não era muito diferente da minha vida em São Paulo: eu tinha amigos, saía para jantar fora, ia a bares, freqüentava
PAULO LIEBERT
Imersão: Cláudia na redação do jornal O Estado de S. Paulo uma academia de ginástica, fazia yoga e tomava café no Starbucks.” Além disso, ela acredita que a internet “encolheu” o mundo, sendo hoje mais fácil morar na China do que na Nova York em que ela morou no ano de 1996, “quando a internet ainda engatinhava no Brasil”. O idioma, segundo Cláudia, é a principal barreira para os jornalistas no país. “Eu estudo mandarim, mas ainda estou longe de poder me comunicar”, revela. A solução é contar com a colaboração de intérpretes. “Mesmo assim, tenho plena consciência de que muitas coisas
se perdem no processo de tradução.” Para ela, a maior vantagem de ser correspondente é poder ter uma visão global do país em que se está. A profissão de jornalista também legitimaria a curiosidade, característica, segundo ela, muito presente em sua personalidade. “Posso parar uma pessoa na rua e começar a fazer perguntas sem correr o risco de ser considerada louca”, brinca. O lado ruim é a solidão. “Mas tenho uma grande facilidade de conhecer pessoas. Fiz grandes amigos em todos os lugares por onde passei”, diz a jornalista.
MANDARIM NO GRUPO ESTADO O mandarim, idioma falado na China, é para os fortes: estima-se que a língua seja formada por 56 mil caracteres! Sabendo cerca de mil ideogramas, porém, já é possível ler um jornal. Para os fungrupo estado - estad’olho
cionários que toparem o desafio, a Oficina de Idiomas do Grupo Estado é uma boa opção. As aulas são lecionadas pelo professor nativo Daniel Liu Chun Hung, que se graduou pela Universidade Fe-
deral de São Carlos e cursou a National Taiwan University. Quem estiver com passagem comprada para a China, como Cláudia, pode solicitar uma grade voltada apenas para viagens. O público-alvo,
entretanto, não é só esse. O curso também visa aos funcionários interessados em desenvolvimento pessoal e profissional contínuo por meio da busca de um diferencial para si e para a empresa.
comunicação interna 15
programe-se cinema
dário calen
xx xxx xx x xx
lazer nas sucursais
São Paulo
AVALIAÇÃO DO GUIA DO O ESTADO DE S.PAULO
exposição
Rio de Janeiro
*ruim **regular ***bom ****ótimo *****excelente
MAGNUM 60 ANOS
****ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ
Criada em 1947 por Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger, a Magnum representou uma revolução na linguagem fotográfica. Esta exposição comemora os 60 anos da fundação da mítica agência com 50 imagens coloridas e em preto-e-branco, divididas por temas.
(No Country for Old Men, EUA/2007, 122min.). Drama. Direção de Ethan e Joel Coen. Com Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Woody Harrelson e Kelly MacDonald. Censura: 16 anos. Baseado no romance “Onde os Velhos Não Têm Vez”, de Cormac McCarthy, este policial faturou quatro Oscars na última edição da premiação, nas categorias de Melhor Filme, Direção, Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Roteiro Adaptado. Bristol, Eldorado, HSBC Belas Artes, Jardim Sul, Kinoplex, Market Place Cinemark, Morumbi Cine TAM, Reserva Cultural, Unibanco Arteplex.
teatro
Caixa Cultural, Galeria da Paulista. Avenida Paulista, 2.083, Bela Vista, tel: 33214400. Terça a sábado: das 9 às 21 horas. Domingo: das 10 às 21 horas. Até 6/4. Grátis.
cursos + POESIA: LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
ENSINA-ME A VIVER Inspirado no bem-humorado filme de mesmo nome, a peça narra o improvável romance entre um rapaz de 19 anos obcecado pela morte e uma senhora octagenária apaixonada pela vida. Texto de Collin Higgins. Direção de João Falcão. Tradução de Millôr Fernandes. Com Arlindo Lopes, Glória Menezes, Ilana Kaplan e Augusto Madeira. 90 min. Censura: 12 anos. Teatro Faap (504 lug.). Rua Alagoas, 903, Pacaembu, tel: 3662-7233. Quinta a sábado: 21 horas. Domingo: 18 horas. Ingressos: R$ 70 (qui. e sex.) e R$ 80 (sáb. e dom.). Até 30/3.
O objetivo do curso, ministrado por Marcelo Tápia, é fornecer fundamentos para leitura, análise e interpretação de poemas, e discutir obras de autores brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, bem como dos próprios alunos. A tradução de poesia também será abordada. Serão propostos aos alunos exercícios de composição e tradução poética. Casa das Rosas. - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura - Avenida Paulista, 37, Bela Vista. Sábados: 8, 15 e 29 de março e 5, 12, 19 e 26 de abril, das 10 às 13 horas. Preço: R$ 10,00. Informações: 3285-6986.
teatro OTELO O texto de Shakespeare é ambientado na Veneza renascentista, onde o mouro Otelo, comandante do exército, é consumido pela dúvida sobre a fidelidade de sua mulher, a branca Desdêmona, numa trama de intrigas, paixão, ciúme e a loucura de amar demais. Tradução e adaptação de João Gabriel Carneiro e Leonardo Marona, direção de Marcus Alvisi e Diogo Vilela, que também interpreta o intrigante Iago. No elenco, Luciano Quirino, Reinaldo Gonzaga, Mauro Gorini e Rose Abdallah. Teatro Sesc Ginástico - Rua Graça Aranha, 187, Centro - tel: (21) 2279-4027. De 13/3 a 1/6. Quinta a domingo: 19 horas. Preços: R$ 6 (comerciários), R$ 12,50 (estudantes, idosos), R$ 25. [16 anos].
dança PROJETO SOLOS DE DANÇA Sétima edição do projeto que incentiva a criação na dança contemporânea, com participação de Ana Botafogo, Frederico Paredes, Helder Vasconcelos, Marcia Rubin, Paula Nestorov, Dani Lima, entre outros. Espaço Sesc - Rua Domingos Ferreira, 160. Quinta a sábado: 21 horas. Domingos: 19h30. Tel: (21) 2547-0156 Preços: R$ 4 (comerciários), R$ 8 (estudantes, idosos, classe artística), R$ 16.
Brasília
shows 13, 14 e 15/3 MARIA RITA
28/3 ORQUESTRA JAZZ SINFÔNICA
21h30 (13/3) e 22 horas (14 e 15/3). Ci- Abertura da temporada 2008. Com João tibank Hall: Al. Dos Jamaris, 213 – Moe- Bosco. Auditório Ibirapuera. R$ 120 a R$ ma. Tel.: (11) 6846-6040. R$ 60 a R$ 150. 144. Informações pelo tel: (11) 3331-6905.
4 e 5/4 RITA LEE 22 horas. Tom Brasil: Rua Bragança Paulista, 1281 - Chácara Santo Antônio. R$ 60 a R$ 150.
! 0 1 É Zero É
Promover empatia e gentileza em locais como corredores, elevadores e restaurantes da empresa.
O descarte de papel branco em coletores errados.
Encaminhe sugestões de É 10! É zero! para: comunicacao.interna@grupoestado.com.br As nuances apresentadas nesta edição foram indicações dos próprios funcionários
16 comunicação interna
exposição LUSA: A MATRIZ PORTUGUESA De 26/2 a 4/5, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) organiza mostra para celebrar os 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil. A exposição é composta por 180 peças em mármore, cerâmica, ouro, ferro e azulejos, além de pinturas, esculturas, achados arqueológicos, mapas, instrumentos científicos e componentes multimídia. Centro Cultural Banco do Brasil Brasília - SCES, Trecho 2 Conjunto 22. Funcionamento: de terça a domingo, das 9 às 21 horas. Informações pelo telefone: (61) 3310-7087. estad’olho - grupo estado