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CAPA Abistinência: o remédio mais eficaz

Abstinência • CAPA

Num país que tem tudo para ser uma grande nação, como é o caso do Brasil, a dependência química de álcool e outras drogas figura como um grande flagelo responsável por causar dor e sofrimento à sociedade e às famílias brasileiras. Uma vez que as políticas públicas adotadas ao longo da primeira década do século XXI no país contribuíram tão somente para a manutenção dos dependentes em seus respectivos vícios. Como resultado, de acordo com a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred) do Ministério da Cidadania, em mais de uma década, o Brasil viu crescer o número de consumidores de álcool e outras drogas, a prevalência e o aumento substancial de pessoas em situação de dependência química, bem como o aumento das cracolândias e das taxas de suicídios, que tem as drogas como o segundo maior fator de risco.

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Além disso, o país assistiu ao crescimento do número de dependentes químicos em situação de rua e a consequente expansão das cracolândias, sem contar com o aumento da mortalidade dos dependentes do crack, droga esta que tem o Brasil como seu segundo maior mercado consumidor. Tanto é que, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), 20% de todo o crack do mundo é consumido em terras brasileiras.

Sendo assim, fica claro que o caos estava posto de forma irreconhecível, pois os dados que

Abstinência

se tinham eram irrelevantes. Um exemplo disso é a dificuldade para encontra-los, sobretudo em plataformas oficiais de governo. Por isso, com a eleição e posse do presidente Jair Bolsonaro, percebeu-se que este problema era reflexo de uma política pública sobre drogas equivocada, a qual focava apenas na redução dos danos causados pelas drogas sobre os indivíduos, enquanto estigmatizava diversas formas de tratamento que hoje são vistas, entendidas e comprovadamente eficazes na superação da dependência química.

O remédio mais eficaz para combater a dependência química no Brasil

A dependência química de álcool e outras drogas figura como um grande flagelo responsável por causar dor e sofrimento à sociedade e às famílias brasileiras

Senador Eduardo Girão

Deputado Federal Eros Biondini

Ministro da Cidadania, Osmar Terra

Mudança começou pelo Congresso Nacional

Diante deste cenário, uma ampla frente em defesa da vida foi formada em Brasília-DF. Ela contava com o apoio do novo governo federal, da Frente Parlamentar Mista em Defesa das comunidades terapêuticas, presidida pelo deputado federal Eros Biondini (PROS-MG); e do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que foi um dos grandes responsáveis pela articulação e aprovação do Projeto de Lei Complementar 37/2013, de autoria do atual ministro da Cidadania, Osmar Terra, que resultou em alterações na Lei Antidrogas e no Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad).

Esse texto estabelecia, entre outras coisas, a internação involuntária de dependentes químicos com o psicológico abalado em ambulatórios, para a sua desintoxicação. Neste ponto, a ideia era devolver a capacidade de tomar decisões conscientes do dependente químico e oferecê-lo alternativas para se libertar das drogas, seja em clínicas ou em comunidades terapêuticas, que passaram a ter a sua atuação reconhecida pelo Governo Federal um mês depois com a sanção, via decreto, da nova Política Nacional Sobre Drogas.

Ao mesmo tempo, a PLC 37 também aumentou a pena mínima a ser aplicada a traficantes que comandam individualmente ou coletivamente organização criminosa, de cinco para oito anos de reclusão; e instituiu medidas que garantissem a reinserção social dos dependentes químicos acolhidos, tratados e recuperados dos seus respectivos vícios. Para o senador Eduardo Girão, a proposta que hoje tem força de lei “tem uma importância muito grande no processo de oferecimento de vagas para tratamento. As comunidades terapêuticas e demais instituições de auxílio ao dependente químico serão valorizadas e com isso, sem dúvidas, muito mais pessoas e suas famílias terão oportunidade de, através de uma atenção especializada, se afastar das drogas”.

Já o ministro da Cidadania, Osmar Terra, destacou que a aprovação da PLC 37 em favor da vida e contra as drogas somente foi possível com a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. “Para se ter uma ideia, a lei que regulamenta a questão das drogas no Brasil foi gestada em 2010, aprovada na Câmara em 2013 e só veio ser aprovada no Senado seis anos depois e uma das razões foi um telefonema do presidente dizendo que isso precisava ser aprovado o quanto antes e ai ele vetou aquilo que era inadequado. Então nós temos uma lei que avança em relação às leis anteriores e que constituem as comunidades terapêuticas como braço no tratamento e no acompanhamento dos dependentes nessa luta toda que temos contra as drogas”, frisou o ministro da Cidadania.

Luiz Roberto Beggiora, Senad

Quirino Cordeiro Júnior, Senapred

O governo incumbiu à Senapred de desenvolver iniciativas para fomentar a prevenção, o tratamento e a reinserção social de dependentes químicos

Governo Federal fortaleceu a luta pela vida

Entretanto, o problema das drogas no Brasil é algo muito complexo e, por isso, o Governo Federal decidiu fortalecer a luta pela vida com a instituição da nova Política Nacional Sobre Drogas, por meio de um decreto presidencial assinado em abril de 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro. O texto, além de mudar o foco do tratamento de redução de danos para a promoção da abstinência, também definiu duas frentes de atuação para combater o avanço das drogas no Brasil.

Na área cujo objetivo era a redução da oferta de drogas, o governo encarregou a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) a desenvolver ações para desmantelar o narcotráfico e o crime organizado. E o resultado apareceu ainda em 2019 com a arrecadação de R$ 1.596.595,60, fruto do leilão de bens apreendidos do tráfico de drogas e que foram revertidos ao Fundo Nacional Antidrogas, para financiar ações, projetos e programas relacionados à política sobre drogas.

Para Luiz Roberto Beggiora, atual Senad, os recursos oriundos do crime organizado têm conseguido promover um verdadeiro reaparelhamento dos órgãos de segurança pública nos âmbitos federal e estaduais. Segundo ele, entre as medidas possibilitadas está o fortalecimento do pelotão de cães farejadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atuam na fiscalização das rodovias brasileiras; bem como a capacitação de 10 mil professores para lidar com temas ligados à saúde, à segurança e às drogas nas escolas, e o investimento em projetos que auxiliarão as forças de segurança a detectarem novas substâncias psicoativas.

“Para se ter uma ideia, em 2019, já destinamos R$ 13 milhões para a área de fronteiras, que é muito carente de recursos. E esses recursos estão indo para melhorar as ferramentas de comunicação da Operação Vigia, que é uma operação integrada entre as Polícias Federal, Militar, Civil e batalhões de fronteiras, e isso vai trazer uma maior eficiência na área de comunicação nas fronteiras e consequentemente ampliará a apreensão de drogas”, exemplificou.

Já na área onde o objetivo é a redução da demanda por droga, o governo incumbiu à Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred) do Ministério da Cidadania de desenvolver iniciativas para fomentar a prevenção, o tratamento e a reinserção social de dependentes químicos, o que possibilitou também o reconhecimento do trabalho desempenhado pelas comunidades terapêuticas, grupos de mútua ajuda e apoio familiar.

Aliás, foi nesta secretaria que iniciativas preventivas como aquelas desenvolvidas pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) nas escolas ganharam um impulso maior. Pois a pasta firmou um Acordo Técnico de Cooperação com o Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, responsável pelo programa, para expandir e dar maior capilaridade às ações no maior número possível de escolas públicas no país.

Nas áreas de cuidados e reinserção social, a Senapred viabilizou a expansão de vagas financiadas pelo Governo Federal em comunidades terapêuticas, que passaram de 2.000 no primeiro semestre de 2019 para 20.000 vagas no primeiro semestre deste ano, com a divulgação de editais de finan

Primeira reunião com toda equipe da Senapred em 2020

ciamento; reconheceu e possibilitou a promoção da expansão dos grupos anônimos, de ajuda mútua e de apoio familiar, por meio de parcerias e editais; bem como – graças ao foco na abstinência – disponibilizou cursos profissionalizantes aos dependentes químicos em recuperação nas comunidades terapêuticas.

Por falar em comunidades terapêuticas, foi somente em 2019 que elas foram efetivamente reconhecidas pelos três poderes da República Federativa do Brasil. É que depois do Congresso Nacional aprovar a PLC 37 e o Governo Federal instituir a nova Política Nacional Sobre Drogas, no dia 06 de setembro de 2019, depois de muitos embates, o Pleno do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) decidiu por unanimidade reconhecer o marco regulatório das CTs.

O texto – segundo a Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas (Confenact) – dá maior segurança jurídica às CTs e para “apagar falsas premissas criadas por desconhecimento do funcionamento das comunidades terapêuticas, que tem resultados expressivos no atendimento e recuperação de usuários de drogas por todo o território nacional, atendendo diariamente mais de 60 mil pessoas em regime residencial”.

Diante disso, o deputado federal Eros Biondini disse que a expectativa é que o Governo Federal chegue a financiar 50 mil vagas em CTs. “Nunca tivemos um governo que apoiasse tanto a política de drogas no que diz respeito à prevenção, recuperação dos dependentes químicos e reinserção social. Uma mudança na mentalidade, com foco na abstinência e não na redução de danos, que só faz incentivar o uso pelos jovens”, comemorou o parlamentar, que vê na Comunidade Terapêutica “o melhor de todos os caminhos para a recuperação de alguém que está na dependência química”.

A importância da promoção da abstinência

Procurado pela reportagem de Imagineacredite, o Dr. Quirino Cordeiro Júnior, atual Senapred, lembrou que a mudança do foco do tratamento do dependente químico decorreu da gravidade encontrada no país no tocante às drogas. Por isso, ele afirmou que com a promoção da abstinência “a gente busca ajudar o dependente químico a viver uma vida em sobriedade e reinserido socialmente, para que ele possa viver uma vida plena e efetivamente cidadã”.

Para Quirino, investir na redução de danos significa manter o indivíduo nas drogas. “A gente sabe que se a pessoa com dependência química continua a usar a droga, infelizmente o seu desfecho clínico vai ser muito ruim, como vinha sendo”, observa. Por isso, ele ressaltou que todos os esforços do governo são para melhorar os índices relativos direta e indiretamente à dependência química. “Nós temos uma tarefa muito difícil, devido à politicas públicas equivocadas que nós tínhamos. [...] Mas pelos resultados obtidos nesse primeiro ano de governo, nós estamos esperançosos”, completa.

Apesar dos investimentos e das intenções, ficam as perguntas: Como funciona o tratamento baseado na

A IMPORTÂNCIA DA

ABSTINÊNCIA

“A gente busca ajudar o

dependente químico a viver uma

vida em sobriedade e reinserido

socialmente, para que ele

possa viver uma vida plena e

efetivamente cidadã”.

promoção da abstinência? Para responder a essa pergunta, a reportagem de Imagineacredite buscou Nelson Giovanelli, que atua na promoção da abstinência há mais de duas décadas na Fazenda da Esperança, instituição essa da qual é fundador junto com o Frei Hans Stapel Ofm, e que está presente em todos os continentes do globo terrestre resgatando vidas da dependência química.

Segundo ele, o indivíduo recorre à droga quando quer fugir de algo ou algum problema que o faz perder o sentido das coisas. Por isso, ele disse que o tratamento baseado na promoção da abstinência tem o objetivo de devolver o sentido da vida ao dependente químico, por meio da verdade e também do Evangelho, como ocorre em instituições de liderança religiosa. “Não podemos ensinar aos jovens a viver na mentira, ou seja, a redução de danos faz uma proposta de não deixar a droga completamente, mas de criar um compromisso com aquilo que faz mal para sua vida e para sua saúde”, salienta.

Aliança com a fé e a espiritualidade

Neste sentido, Giovanelli sublinhou que o tratamento baseado na abstinência total demanda de um ambiente favorável capaz de evitar a chamada Síndrome da Abstinência. “No caso das comunidades terapêuticas, esse ambiente acontece num lugar onde existe trabalho, existe espiritualidade, existe natureza, existe uma convivência fraterna, existem pessoas que estão à disposição 24 horas, existe a possibilidade de receber responsabilidade. Então todos os elementos necessários estão aqui. Com isso, a crise que poderia acontecer não ocorre, porque ele recebe com todas essas ajudas o impulso necessário para não sofrer com a falta da droga”, detalha.

Ele ainda confidenciou que tal conclusão foi constatada por um acupunturista do Vietnã, o qual afirmou que a existência dos fatores acima elencados ajuda a produzir a endorfina, hormônio responsável pela sensação de prazer que antes era produzida por meio da droga. “Nós recebemos com isso uma explicação científica do porquê que nas Fazendas da Esperança e em muitas outras comunidades terapêuticas não existe a Síndrome da Abstinência”, completa.

A lógica do Nelson Giovanelli foi confirmada pelo saudoso Padre Haroldo J. Rham, em entrevista concedida ao Imagineacredite. De acordo com ele, esse ambiente favorável, repleto de amor, espiritualidade e fraternidade, proposto pelas CTs, são coordenados por pessoas honestas e dedicadas ao trabalho. “Dar muito afeto e muito amor. Isto é muito mais importante do que as técnicas e metodologia. Como em outros setores da vida, todo mundo corresponde ao amor verdadeiro”, concluiu.

Já o pastor Galdino, fundador da Comunidade Terapêutica Desafio Jovem, a segunda do Brasil, e autor de diversos programas de tratamento terapêutico, disse ao Imagineacredite que o segredo para o resgate de vidas do mundo das drogas está “na palavra de Deus” e que, nesta caminhada de promoção da abstinência, é necessário que se trabalhe a espiritualidade junto ao dependente químico em reabilitação. “Porque se você cria um sentimento espiritual de vida, o sujeito estará propenso a aceitar os ensinamentos da palavra, então não tem importância o problema da religião. Acho que fica equidistante”, observa.

Os impactos positivos sobre as entidades

Com a mudança de foco no tratamento, o Governo Federal gerou uma série de impactos positivos, principalmente sobre as entidades que atuam no terceiro setor, a exemplo das CTs, grupos anônimos, de mútua ajuda e de apoio familiar, os quais foram reconhecidos e passaram a serem protagonistas no tratamento da dependência química.

Adalberto Calmon, presidente da Confenact

No tocante às CTs, Adalberto Calmon, presidente da Confenact, observou que a nova PNAD aliada aos investimentos governamentais fizeram com que as entidades do segmento ficassem mais “comprometidas com o melhoramento de seus trabalhos, tanto na formação e capacitação de suas equipes, como em melhorar as condições de suas estruturas. Felizmente, essas ações do Governo Federal possibilitaram acesso aos recursos públicos para que as comunidades possam buscar meios para se adequar à legislação, ter melhores estruturas e também a possibilidade de obter cursos realizados pelas federações”.

No entanto, Calmon observou que as CTs são uma das soluções para o enfretamento da dependência no Brasil, sendo necessários também alguns investimentos nos “CAPS, nos hospitais gerais, nos leitos psiquiátricos e nos consultórios de rua que também devem ser fortalecidos pelo governo, para que seja uma ação conjunta em que a Rede de Atenção Psicossocial possa funcionar e dar resposta para a sociedade”.

É unânime o desejo de todas as entidades que lidam com a dependência química na ponta que o Governo Federal dê continuidade e amplie as

Em relação aos grupos de mútua ajuda, Egon Schluter, da Cruz Azul no Brasil, observou que os investimentos federais têm possibilitado a expansão desses grupos nas regiões norte e nordeste do país. “Com este apoio estaremos formando grupos de apoio no nordeste, no norte e também ampliando nosso trabalho com grupos de apoio para indígenas, visto que atualmente nosso trabalho está mais presente na região sul do Brasil, e vínhamos tendo demanda grande da região nordeste, que não conseguíamos atender por falta de recursos”, comemora.

Neste mesmo raciocínio, Fábio Magalhães da Silva, coordenador da regional Serra Negra da Federação de Amor Exigente, lembrou que a parceria junto ao Governo Federal tem permitido à “sociedade entender que pode também contar com os grupos na orientação, apoio e ajuda na reinserção social do dependente químico, dando as famílias meios de colaborar efetivamente na recuperação tanto do indivíduo, como dela mesmo”.

O padre Vinícius Esch Gouvêa, do Grupo Esperança Viva (GEV) da Fazenda da Esperança, frisou que a parceria com a Senapred possibilitará o nascimento de novos grupos no mês de fevereiro e no dia 14 de março, quando mais de 30 mil pessoas serão reunidas em Manaus-AM para “dizer que toda vida tem Esperança”, já que para o GEV “o Amor e somente o Amor pode transformar o ser humano”. “O apoio de muitos voluntários, o incentivo do poder público, o trabalho eficiente e disciplinado, a orientação para Deus, o essencial, e principalmente momentos que proporcionam formar família nos grupos nos permitem formar as pessoas em um novo estilo de vida”, ressaltou.

Nova política abre uma luz para os Estados

Com a instituição da nova Política Nacional Sobre Drogas, da Lei Antidrogas e outras normativas relacionadas ao assunto, o Governo Federal iniciou governando pelo exemplo. Um exemplo é que algumas assembleias legislativas instituíram Frentes Parlamentares Mistas em Defesa de comunidades terapêuticas, uma vez que as CTs foram reconhecidas como prestadoras de um serviço de excelência e que, portanto, tornou-se imperativa a viabilização de convênios para o acolhimento, tratamento e reinserção social dos dependentes químicos.

Nesta seara, figura o Governo do Distrito Federal, que tem trabalhado para regularizar, via Conselho de Políticas Sobre Drogas, mais de 100 comunidades terapêuticas, além de ter firmado um convênio, por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus), um convênio para garantir a reinserção social de pessoas acolhidas nessas entidades, por meio da sua capacitação profissional.

De acordo com Rodrigo Barbosa, subsecretário de Enfrentamento às Drogas da Secretaria de Justiça do GDF, a medida integra o projeto denominado "Quem escolhe seu caminho é você". Inspirado no Programa Progredir, do Ministério da Cidadania, a iniciativa resultará

ações que têm sido motivadoras de transformações no cotidiano de que atua resgatando vidas assoladas pelo flagelo causado pelo consumo de drogas

num investimento de R$ 2,6 milhões oriundos do Fundo de Direito Difusos e Coletivos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Governo Federal. “Esse projeto vai ofertar cursos de capacitação nas comunidades terapêuticas na modalidade itinerante. Então ele vai se deslocar em todas as 12 comunidades terapêuticas do DF que são parceiras com o GDF, bem como aquelas que possuem registro no Conselho de Política Sobre Drogas e as que deram entrada em seu registro”, acrescentou o subsecretário depois de informar que a execução do projeto iniciará em 2020 e será concluído em 36 meses.

Já para Teodolina Martins Pereira, presidente do Conselho de Política Sobre Drogas do DF (Conen- -DF), vinculado à Sejus-DF, a busca pela regulamentação das CTs no estado tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento dessas entidades do terceiro por meio do repasse de recursos públicos federais e estaduais. “O maior objetivo do Conselho, além de proporcionar trabalho em excelência junto com as CTs, é que as contas sejam aprovadas e que a gente não tenha nenhum problema junto ao Tribunal de Contas do DF, junto aos órgãos de controle externo e nem interno”, acrescentou.

Além disso, o Governo do Distrito Federal tem se destacado com iniciativas voltadas a este assunto. Um exemplo disso é a instituição do projeto denominado “Ame, mas não sofra”. Fruto de um convênio, a iniciativa tem o objetivo de cuidar das famílias que sofrem com a dependência química.

Um marco histórico que deve ser mantido

Diante de tantos avanços, a Pastoral da Sobriedade, por meio de Leuzalina Alessandra Silva Gomes, coordenadora regional Centro Oeste da Pastoral da Sobriedade, membro da Sociedade Internacional de Profissionais da Prevenção e Tratamento de Uso de Substâncias e especialista em dependência química, ao fazer um comparativo do antes e do depois do Governo Bolsonaro, frisou que as entidades que compõem o terceiro setor comemoram a “concretização de um marco histórico no processo de recuperação atual no país, uma vez que os grupos de mútua ajuda e o Governo Federal têm em comum a meta principal da abstinência de substâncias psicoativas como objetivo fim no processo de recuperação”. Por isso, assim como diversas entidades procuradas pela reportagem de Imagineacredite, a representante da Pastoral da Sobriedade, Leuzalina, informou que a atual preocupação do terceiro setor é a “fidelização de parcerias com os órgãos e entidades vinculados direta ou indiretamente com a dependência química que, comprometidas com os aspectos biopsicossociais, promovam capacitação profissional com foco na prevenção, recuperação e reinserção familiar e social buscando estratégias de implicações, fortalecimento de vínculos e apoio aos dependentes e seus familiares”.

Por fim, a reportagem de Imagineacredite constatou que é unânime o desejo de todas as entidades que lidam com a dependência química na ponta que o Governo Federal dê continuidade e amplie as ações que têm sido motivadoras de transformações no cotidiano de que atua resgatando vidas assoladas pelo flagelo causado pelo consumo de drogas. “Temos uma confiança grande, pois a estratégia do Governo Federal de fomentar a diversidade dos serviços de atenção, tratamento, prevenção e reinserção social é um caminho muito bom e necessário”, resumiu Egon Schluter.

Felizmente, ainda na entrevista que concedeu ao Imagineacredite, o Dr. Quirino Cordeiro Júnior observou que o Governo Federal pretende dar continuidade a tais ações, a fim de melhorar os indicadores referentes ao tema. “Nós estamos esperançosos e esperamos que com o passar do tempo, nós possamos consolidar as mudanças implementadas para que possamos ter indicadores cada vez mais robustos nos próximos anos”, disse.

E finalizou: “Hoje, nós não temos dúvidas que a política de abstinência é a melhor alternativa na atualidade. Nós tínhamos resultados muito ruins e os primeiros resultados deste primeiro ano nos mostram que já estamos colhendo os frutos das mudanças implantadas nas políticas públicas no Brasil. É importante ficar claro que o cenário era tão grave que tínhamos na área das drogas, que nós da Senapred trabalhamos com ações de redução de demanda por drogas e em conjunto com outras esferas do Governo Federal, como o Ministério da Justiça que tem trabalhado de maneira importante para a repressão ao narcotráfico. Então nós temos um cenário complexo e as ações precisam ser realizadas para que possamos dar conta de toda a complexidade deste cenário”.

Arte na Praça • CULTURA

Projeto resgata praça das drogas e torna Sobradinho referência cultural do DF

Pioneiro e transformador! Assim pode ser definido o projeto Arte na Praça, realizado desde o ano de 2016 pela Associação dos Artistas de Sobradinho e Entorno (Artise), na Praça das Artes Teodoro Frei, situada na Quadra 08, em Sobradinho, região norte do Distrito Federal.

É que ele foi o responsável por revitalizar a Praça das Artes, que antes era utilizada para a venda e o consumo de drogas, devido à sua escuridão e abandono, preenchendo-a de cidadãos até então carentes de eventos que promovessem a integração e o engajamento comunitário.

Segundo o apurado por Imagineacredite, o estreitamento dos laços comunitários ocorre todos os sábados, que é quando o Artise executa o Arte na Praça, que disponibiliza à população uma feirinha de artesanato e de produtos orgânicos, oficinas de Dança e de DJs, shows artísticos, e uma rica praça de alimentação.

Além disso, a iniciativa estende seus trabalhos para as escolas públicas da região, com a oferta de oficinas de Música, Artesanato e Pinturas. No entanto, para o músico e compositor Angelo Macarius, atual presidente da Artise, a maior conquista do Arte na Praça foi a transformação promovida na Praça das Artes Teodoro Frei.

“Essa praça estava largada, essa praça tinha virado uma biqueira de crack. Não quero aqui estigmatizar o usuário, não é isso, está entendendo? Estou falando que, a partir do momento em que a gente chegou, a coisa mudou. A praça deixou de ser “boca”. Virou esse

ambiente familiar que a gente está vendo aqui”, comemora.

De acordo com o maestro Alex Paz, fundador do Arte na Praça e ex- -presidente da Artise, para a transformação do espaço, alguns serviços tiveram que ser realizados pela Associação, tais como a implantação da iluminação em LED, aliada a restauração dos banheiros, dos bancos e do palco da praça. Como resultado, o projeto afastou a criminalidade e obteve o apoio da comunidade de Sobradinho.

“Agora, os empresários têm sido muito importante para nós, porque eles têm se tornado parceiros do nosso projeto. Eles ajudam na propaganda e no marketing do nosso esquema aqui. Então eles sabem que é bom para eles estar ajudando a nossa entidade, porque sabem que está sendo bom não só pra eles, mas pra cidade em si”, acrescenta.

Por falar no comércio local, a reportagem de Imagineacredite entrevistou alguns comerciantes, os quais comemoraram o fato do projeto ser capaz de combater e prevenir o uso de drogas – ao afastar a criminalidade - e de devolver a vida àquele espaço. “O movimento na Quadra 08 estava meio morto, cheio de... Estava enchendo de bandido, de pessoas que mexem com drogas. Agora o pessoal do comércio está todinho aqui fazendo parte desse projeto. Por isso, esse projeto está sendo maravilhoso”, destacou a comerciante Sandra.

Já o cantor Marciano comemorou o fato do Arte na Praça valorizar os artistas locais e retirar a população do ócio. “O Arte na Praça está levando música para o povo. O povo tem que vir para a praça, o que é muito importante. E Sobradinho está de parabéns por realizar um evento maravilhoso igual a esse. Aqui o público canta e interage com a gente e a gente só tem a agradecer”, destaca.

Uma plataforma de reinserção social

O pioneirismo e a capacidade de transformação são traços tão marcantes dentro do Arte na Praça, que, além de afastar a criminalidade, prevenir e combater o uso de entorpecentes, a iniciativa também serve de trampolim para reinserir na sociedade os dependentes químicos em tratamento na Comunidade Terapêutica Mar Vermelho, instalada em Sobradinho.

Gerida pelo pastor Darley César, a CT envia seus acolhidos em fase avançada na caminhada de recuperação para erguerem toda a estrutura necessária para a realização do Arte na Praça. Com isso, eles têm a oportunidade de voltar ao convívio social e, quiçá, adquirirem uma profissão, uma vez que, segundo o pastor, desde que haja uma identificação do dependente com a proposta cultural do Arte na Praça, eles podem fazer uso das oficinas de DJs. Tanto é que, segundo ele, o Arte na Praça já conta com um ex-dependente reinserido na sociedade. “Ele foi acolhido e hoje está fazendo a reinserção. Está casado, com família e todos os finais de semana ele não só vem trabalhar, como também traz a família para curtir a proposta que é o Arte na Praça. E aí aprecia os músicos, faz uma crítica, e consegue enxergar quem faz um show bom e quem não faz um show tão legal assim”, comemora o pastor.

Ainda de acordo com o religioso, a entrada dos dependentes químicos em fase avançada no Arte na Praça foi resultado de uma parceria com os diretores do Artise. “Eu não participei da formatação do Arte na Praça, mas como a gente é parceiro já há mais tempo, fui me envolvendo nas discussões e quando vi o formato que estava acontecendo, eu disse: ‘A gente se encaixa aqui. A galera nossa tem espaço. Dá pra essa galera estar participando’”, relembra. Essa visão casou perfeitamente com o método de tratamento terapêutico do Mar Vermelho, pois lá, durante a sua caminhada, o acolhido tem um leque de possibilidades para retornar ao convívio social. Tanto é que alguns acolhidos estão prestes a gravar um EP e saírem numa mini turnê por Brasília. Por isso, o pastor destaca que a união da CT com o Arte na Praça foi o casamento perfeito.

“Esse projeto trouxe um renovo pra nossa cidade. A gente não tinha um espaço onde ouvir boa música, comer, participar de uma tarde e um pedaço da noite, num sábado, de uma coisa bem organizada, tranquila. E pra minha proposta de trabalho na Comunidade Terapêutica foi uma junção, né. O Arte na praça e as coisas que a gente já vem ao longo dos anos fazendo em recuperação e na área cultural. Então foi um abraço maior a essas pessoas que estão com a gente lá se reinserindo”, conclui.

Uma fonte de promoção artística O Arte na Praça surgiu após anos de experimentos culturais promovidos pela Artise e que não foram bem sucedidos. No entanto, foi o espirito de persistência aliada à ideia de garantir a inclusão social daquela comunidade periférica do DF e em elevar a autoestima dos artistas locais, que clamavam por espaços dentro e fora da indústria cultural, que a Diretoria da Artise decidiu reunir tudo o que havia de positivo nesses projetos e construir um só. E o saldo positivo desses experimentos quando unidos foi tão grande que o deputado estadual por Sobradinho, Ricardo Valle, decidiu destinar uma emenda parlamentar para garantir a continuidade do projeto Arte na Praça que, segundo Alex Paz, retirou Sobradinho do esquecimento cultural e a elevou ao status de Cidade-Arte do Distrito Federal.

“A gente apresentou essa ideia pra ele na Câmara Legislativa. Nós fomos lá com nossa comitiva e apresentamos pra ele todo o projeto ilustrado, todo acabado, formatadinho, perfeito, redigido com um jornalista nos ajudando na redação do projeto e ele entendeu que era um projeto muito interessante... que era um projeto até barato, como ele falou", conta.

"Ele falou: ‘Pra mim é um projeto altamente barato, porque trezentos mil reais para oito meses significa um gasto mensal muito pequeno. Enquanto tem pessoas por ai no DF que gastam uma emenda de trezentos mil reais num dia só’”, relembra Paz, ao acrescentar que essa parceria permitirá que o projeto seja realizado todos os sábados, até o dia 18 de julho de 2020, com a perspectiva de ser expandido para todo o Distrito Federal.

Cabe destacar que a emenda parlamentar fez a Artise conceber o Arte na Praça por meio de um convênio com a Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, viabilizado graças ao Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). Com isso, além de garantir o acesso à cultura na periferia, o projeto acabou servindo como plataforma de escoamento da produção artística- -cultural brasiliense, uma vez que o DF está fora do eixo Rio – São Paulo, que é onde figura as principais bases da indústria cultural brasileira.

Além disso, por se tratar de uma região voltada ao serviço público federal, o Arte na Praça destaca-se como o primeiro projeto de valorização da arte local via convênios, o que acabou modificando a rotina dos artistas locais que foram obrigados a se burocratizarem para ter a oportunidade de apresentar os seus trabalhos em todo o DF, como explica Angelo Macarius. “Em Brasília, sempre houve essa coisa da gente ter que intervir dentro das questões do poder público para poder fazer as coisas e o poder público ter que intervir também. Então a gente se burocratiza né? E o que a gente tem pedido para os associados [cerca de 80] é justamente que façam isso também, que vão atrás do seu CEAC, pois não é difícil... É porque realmente não é do temperamento do artista”, comenta Macarius.

Por isso, o presidente da Artise ressaltou a importância da sociedade em geral olhar com mais atenção os artistas locais. “A gente precisa da comunidade – queria até usar essa palavra aqui esclarecida - pra que a gente possa prosseguir e continuar fazendo o que a gente faz que é levar a cultura. A gente não está aqui de graça, a gente está levando cultura às pessoas”, salienta.

Conheça o Arte na Praça Para saber mais detalhes sobre a programação do projeto Arte na Praça, os interessados podem acessar a página oficial da Artise, por meio do endereço eletrônico: www.artise.org. Lá, você vai poder conferir as novidades culturais promovidas pela Associação, que é uma das raras instituições que abrange as diferentes manifestações e tendências artísticas, como Música, Poesia, Dança, Espetáculos Circenses, Marionetes, palhaços, Literatura e Artes Cênicas.

60 anos de Brasília • TURISMO De olho nos turistas, Governo Distrital prepara programação festiva para todo o ano N o próximo dia 21 de abril, Brasília, considerada pela Unesco um Patrimônio Cultural da Humanidade, celebrará o seu 60º aniversário. Pensando nisso, o Governo do Distrito Federal tem preparado uma programação para atrair ainda mais turistas à capital do Brasil.

Segundo, Vanessa Mendonça, secretária de Turismo do Governo do Distrito Federal, a ideia é atrair mais turistas valorizando aquilo que Brasília tem de melhor e que encanta a todos que a visita. Por isso, estão no radar de investimentos ações voltadas ao turismo cívico e ao Ecoturismo. Sem contar com a ressignificação de seus monumentos, a fim de tornar a cidade mais moderna e acolhedora para seus cidadãos e visitantes.

Em relação ao Turismo Cívico, a ideia é investir em atos como a famosa Troca da Bandeira, que é realizada no primeiro domingo de cada mês por um dos órgãos que integram as Forças Armadas nacionais ou locais. “O turismo cívico é uma das apostas da Setur para divulgar Brasília para o Brasil e o mundo. O Bandeirão ocorre no primeiro domingo de cada mês e é uma das maiores expressões do turismo cívico do país”, argumenta.

Vale destacar que o Bandeirão figura no Livro dos Recordes como a maior bandeira hasteada do mundo. Por isso, a ideia do GDF é implantar o projeto denominado “Brasília, a nossa capital”. Com ele, estudantes de outros estados brasileiros poderão ir à capital federal participar do evento e, ao mesmo tempo, serem copartícipes de um dos maiores eventos cívico-culturais do país.

“Em 2019, ele [Brasília, a nossa capital] foi implementado para alunos de escolas da rede pública do DF. A partir desse ano, agências de viagens vão oferecer pacotes para visitas de estudantes de outros estados. O projeto é uma parceria da Setur do Distrito Federal junto com a Secretaria de Educação do DF e a Voetur”, detalha a secretária. Foto: Luis Tajes

O turismo cívico é uma das apostas da Setur para divulgar Brasília para o Brasil e o mundo" Vanessa Mendonça, secretária de Turismo

Brasília vista de outro ângulo

Ainda para comemorar os 60 anos de Brasília, o GDF pretende investir no Ecoturismo por meio do projeto Caminhos do Planalto Central. Seu objetivo é atrair ciclistas, caminhantes e cavaleiros para percorrerem 400 quilômetros de trilhas em todo o Distrito Federal, que contam a história e apresentam as belezas naturais e arquitetônicas da capital brasileira.

“O Caminhos do Planalto fará parte do Caminho dos Goyases, que liga a cidade de Goiás Velho à Chapada dos Veadeiros, ambos no estado goiano, que é um dos quatro circuitos da Redetrilhas”, adiantou Vanessa, ao acrescentar que o projeto é fruto de um acordo de intenções assinado ainda em 2019 entre as Secretarias de Turismo, Meio Ambiente e Agricultura, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater- -DF) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Diante de tais investimentos tornou-se imperativo uma ampla articulação entre todos os envolvidos no acolhimento dos turistas. Por isso que, ainda em 2019 empresários, autoridades, representantes do setor produtivo e do trade turístico se reuniram com o Governo do Distrito Federal para unirem esforços e construírem ações para a comemoração dos 60 anos.

“Desde então, estamos trabalhando para ampliar as celebrações e dar a Brasília o que ela merece. Afinal, temos uma cidade incrível e o Governo do Distrito Federal está trabalhando para ressignificar os nossos monumentos e apresentar essa cidade moderna e acolhedora para que a população e visitantes possam vivenciar tudo o que temos a oferecer”, completa a secretária. Cabe destacar que também estão previstas as festividades de aniversário da cidade uma programação artística-cultural, que ainda não foi divulgada. No entanto, a expectativa é grande, uma vez que somente a festa de réveillon promovida pelo GDF atraiu 120 mil pessoas para a Esplanada dos Ministérios e 27 mil para a Praça dos Orixás. “Além do belo espetáculo com atrações culturais locais e nacionais, e queima de fogos, os eventos têm outros números que colocam a cidade como referência na capacidade de promoção de ações sustentáveis e com legado para a sociedade”, observa Vanessa Mendonça. Governo do DF pretende investir no Ecoturismo

Brasília é o 4º destino mais procurado

Sabe-se que o turismo é uma grande porta para o fortalecimento da economia e geração de empregos. Por isso, o GDF está focando no bem estar dos turistas na capital federal, justamente porque um levantamento realizado pelo Google Travel indicou que Brasília foi o quarto destino mais procurado pelos brasileiros em 2019 com vistas a 2020. A cidade só perde para Londres (1º), Rio de Janeiro (2º) e São Paulo (3º).

Aliada a este fator, somente em 2019, o Aeroporto de Brasília registrou aumento significativo no número de passageiros de voos internacionais. O fluxo foi de mais de 617 mil passageiros, o que representou um crescimento de 18,8% na movimentação internacional. A quantidade de aeronaves que realizaram as rotas para o exterior também aumentou, foram 4.796 pousos e decolagens, resultando em um trânsito 35,2% a mais que o ano passado.

Para Vanessa Mendonça, o reflexo deste incremento foi a entrada dos novos voos internacionais no final de 2018 para Miami, Orlando, Buenos Aires e em 2019 para Cancún, Lima e Santiago. “Em dezembro, Assunção, capital do Paraguai, também passou a fazer parte do portfólio do Aeroporto. Os destinos impulsionaram o acréscimo no fluxo”, destaca.

E completa: “Os números e o posicionamento de Brasília demonstram o potencial que temos para o Turismo. Vamos seguir com o trabalho de estruturar e valorizar o Turismo na cidade, buscando parcerias que visam tornar as seis décadas da cidade ainda mais especial”.

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